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terça-feira, 4 de junho de 2024

Crise climática e a saúde: integrar conceitos e unir esforços

A devastadora crise no sul do Brasil completa 30 dias como uma trágica consequência de eventos climáticos extremos. A comunidade científica já havia alertado para as condições de clima e geografia vulneráveis do Rio Grande do Sul, mas não foi prevista a magnitude dessa catástrofe, diferente de tudo que já se observou. Cientistas do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul divulgaram na imprensa estimativas de que 14.2 trilhões de litros de água foram despejados no estuário do Guaíba nos primeiros 7 dias da enchente. Isso corresponde à metade do volume de água do reservatório da usina de Itaipu, que tem o triplo do tamanho do Guaíba. Hoje se contabilizam mais de 169 mortos, 50 desaparecidos, 600 mil desalojados em 471 cidades, estando a capital ainda duramente atingida. Os abrigos em todo estado acolhem hoje 50 mil pessoas. As redes de apoio comunitário são gigantescas e comovem pelo trabalho diligente, longe da luz dos holofotes. A ajuda chega de todo o país que solidariamente se mobiliza.

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Na área da saúde preocupam os casos de leptospirose que passaram de um único registro nas semanas que antecederam o desastre, para mil registros na última semana de maio. Ainda não foram contabilizados os problemas de saúde decorrentes das interrupções em redes sensíveis como a dos cuidados de pacientes em situação crítica, transplantes, e tratamentos oncológicos. Muitos desses tratamentos indispensáveis para manutenção de vidas foram interrompidos no meio do caminho. Os impactos em saúde mental chegam num momento em que a recuperação da pandemia do COVID-19 não estava consolidada. Lidar com o estresse pós-traumático e a depressão são desafios crescentes. A solidariedade e empatia não serão suficientes e procedimentos eficazes testados à luz da ciência devem ser implementados para atender a população em tempo hábil. É o momento de unir esforços para reconstruir o Rio Grande do Sul. E também tempo de reflexão. O lado mais sombrio dessa crise é seu aspecto premonitório. Os eventos climáticos extremos serão recorrentes e afetarão mais e mais as águas das bacias do RS, nossos mananciais, nossas matas e outros biomas. No Brasil e no mundo.
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Hoje, quem percorre as ruas da cidade de Porto Alegre observa um cenário de guerra. As imagens obtidas por satélite mostram os fluxos d’água entumecidos. A própria água que transborda tem a cor barrenta da terra que derrete, misturada com detritos orgânicos. A densidade da água com os sedimentos e a rapidez na descida das encostas estão associadas ao dano em estruturas como pontes. Como as bandeiras hasteadas ao contrário, no RS pessoas e animais estão nos telhados das casas, aeroportos estão submersos e embarcações foram encontradas sobre estaleiros nos locais onde o nível da água já baixou. Não é apenas um pedido de socorro. É mais um e dessa vez, agonizante sinal de alerta. Um alerta para que as leis existentes para lidar com desastres transicionem para legislações preventivas, com permanente gestão de riscos futuros.
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As ações para atender as vítimas estão a caminho e o mundo Acadêmico tem muito a contribuir para que a ciência ilumine as ações de saúde e auxilie no cálculo da retaguarda necessária. Há também que observar as inovações dos atendimentos online e a saúde digital - essa crise deve acelerar o uso da tecnologia como ferramenta central no funcionamento do SUS. Da área das engenharias surgem soluções para o manejo da água em casos de inundação, tornando tragédias como essa evitáveis. Em suma, a ciência terá protagonismo nas ações de saúde. Os cientistas já lideram a avaliação dos impactos do desastre e criação de modelos preditivos para informar estratégias de prevenção. Esse momento de crise é também a oportunidade de adequar o próprio conceito de saúde, que deve englobar o cuidado com o ambiente e considerar as alterações do clima. Todos esses elementos interagem e deles emerge o conceito de uma saúde única. A situação no Rio Grande do Sul é um exemplo eloquente da necessidade desse enfoque.
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As Academias Nacional de Medicina e Brasileira de Ciências, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e o Ministério da Saúde trabalham unidos na mitigação da atual crise de saúde e prevenção de agravos. O futuro dos eventos climáticos extremos já chegou. Estejamos atentos ao que a ciência tem a dizer para preservar vidas e evitar futuras catástrofes.
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Academia Nacional de Medicina, Academia Brasileira de Ciências e Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.
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Dia do Meio Ambiente: investimentos em atividades que impactam a natureza e empobrecem o solo chegam a US$7 trilhões

 

Segundo a ONU, volume representa 7% do PIB mundial e é mais de 30 vezes superior aos investimentos em soluções baseadas na natureza

 

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) revela que US$7 trilhões são investidos anualmente em atividades que trazem impacto negativo à natureza, como o contínuo subsídio aos combustíveis fósseis e práticas agrícolas insustentáveis que podem levar ao empobrecimento do solo.

De acordo com a agência da ONU para o Meio Ambiente no relatório ‘Estado das Finanças para a Natureza’ (2023), esse montante representa 7% do PIB mundial que engloba subsídios governamentais e investimentos privados em atividades agressivas à natureza. Em contrapartida, o financiamento do setor público e privado para soluções baseadas na natureza é de US$200 bilhões por ano.

“Os investimentos anuais negativos para a natureza são mais de 30 vezes superiores  aos para soluções baseadas na natureza, que colaboram para a manutenção do funcionamento dos ecossistemas e estabilidade climática. Para termos alguma chance de atingir os objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS), esses números devem ser revertidos”, alerta Inger Andersen, diretora-executiva do PNUMA.

A meta da ONU é reverter a degradação de 40% dos solos mundiais até 2030. Para cumprir esta e outras metas, incluindo equilíbrio do clima, conservação da biodiversidade e restauração de ecossistemas, o investimento em soluções baseadas na natureza precisa ser triplicado até 2030 e quadruplicar até 2050, conforme relatório da PNUMA.


Recuperação urgente

Para o biólogo e coordenador pedagógico do Movimento Circular, Prof. Dr. Edson Grandisoli, a recuperação dos solos é uma demanda urgente. “Pensar em soluções que simplesmente reduzam os impactos negativos não é mais aceitável. É preciso criar caminhos e tecnologias que garantam a regeneração daquilo que já foi perdido, seguindo um dos preceitos mais importantes da Economia Circular”, reforça.

A aplicação de práticas ligadas a uma economia circular é uma forma eficiente e sustentável de mudar os ciclos de produção, consumo e descarte agressivos à natureza. “Um dos principais visões da Economia Circular é garantir que diferentes processos realizados no ciclo técnico não prejudiquem os que acontecem no ciclo biológico. Dentro desse cenário ousado, mas necessário, os processos de restauração com base na circularidade podem acelerar a recuperação de diferentes ambientes e seus respectivos serviços ecossistêmicos, fundamentais para todas as formas de vida e processos humanos.”

A Economia Circular é um modelo de desenvolvimento econômico associado a um melhor uso de recursos naturais por meio da redução de desperdício, prolongamento da vida útil dos produtos e regeneração dos sistemas naturais.


Soluções agroflorestais

Entre as soluções para recuperação da qualidade da terra, Edson cita que a produção agroflorestal (uso e ocupação combinada do solo entre árvores nativas e culturas agrícolas ou forrageiras) é uma forma circular de produzir, reforça Edson. “Ela dialoga diretamente com a Economia Circular, garantindo a manutenção dos ciclos naturais, além de ser uma prática bem acessível a diferentes produtores de diferentes escalas.”

Outras soluções mencionadas pelo especialista incluem a adubação verde e compostagem comunitária, que envolvem uso de material orgânico para recuperar a fertilidade do solo; a rotação de culturas e a biorremediação - uso de microrganismos ou plantas para limpar ou descontaminar áreas ambientais afetadas por poluentes. “Todas essas atividades podem impulsionar a economia local e criar empregos”, reforça.

Fato é que o modelo de economia linear, onde se produz a partir da extração crescente e alto desperdício de recursos, empobrece o solo e é um fator direto de alterações climáticas. Edson vê uma mudança de mentalidade rumo à circularidade. “O conhecimento, interesse e o número de ações ligadas à construção de sociedades mais circulares têm aumentado por parte de diferentes sujeitos sociais. Questões sociais e ambientais dialogam com a circularidade, que oferece caminhos para um desenvolvimento mais sustentável.”

No Dia Mundial do Meio Ambiente, o especialista se mostra otimista com o futuro. “Temos que celebrar. Apesar dos desafios, mais e mais pessoas estão se informando e conhecendo as questões relativas à dimensão socioambiental. Como fruto desse aumento de consciência, as ações se multiplicam em diferentes esferas. As mudanças são lentas, mas devem ser permanentes. Importante não desanimar e manter a coerência entre pensamento e ação.” 



Edson Grandisoli - Embaixador e coordenador pedagógico do Movimento Circular, Mestre em Ecologia, Doutor em Educação e Sustentabilidade pela Universidade de São Paulo (USP), Pós-Doutor pelo Programa Cidades Globais (IEA-USP) e especialista em Economia Circular pela UNSCC da ONU. É também co-idealizador do Movimento Escolas pelo Clima, pesquisador na área de Educação e editor adjunto da Revista Ambiente & Sociedade.
email - edsongrandisoli@gmail.com



Movimento Circular
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Instagram: @_movimentocircular
LinkedIn: company/movimento-circular/


Especialista em eventos antecipa tendências do segmento para os próximos meses

 

Conhecer as tendências do mercado de eventos corporativos e se antecipar em relação aos temas que estarão em pauta nos próximos meses é uma das especialidades do Grupo MM, empresa full do segmento de eventos, que somente no primeiro tri do ano já realizou xxxxx eventos. 

E o que esperar do segmento de eventos B2B para os próximos meses do ano? A executiva e fundadora do Grupo MM, Meire Medeiros, que atua há mais de 30 anos nesse mercado, se antecipou e resolveu dar uns spoilers de algumas das tendências do segmento que estarão em alta nos próximos meses!


  1. Brand experience como ALVO

“O conceito de brand experience oferece ao público uma conexão mais profunda entre a marca e seus consumidores e, para nós do Grupo MM, é uma oportunidade de associar ativações e o branding para promover as marcas”, comenta Meire.

 

      2 . MAIS e mais conexão

De acordo com o Vem na Trend 2024, realizado pela Meta em parceria com a WGSN, a Geração Z pretende priorizar conexões significativas em 2024, o que engloba todos os eventos físicos que acontecerem. Realizado pela American Express, o 2024 Global Meetings and Events Forecast mostrou que o número de eventos presenciais continua crescendo a nível global. Cerca de 60% dos organizadores entrevistados disseram que a maioria de seus eventos será presencial neste ano. “No Grupo MM faz mais de um ano que 100% dos nossos eventos é presencial”.


  1. A TECnologia a favor da realidade

Para Meire, usar o que temos de avanços na tecnologia para destacar cada vez mais a individualidade das pessoas é o que as empresas buscam, dado reforçado pelo IBTM World 2024 Trends Report que mostrou que a Inteligência Artificial vem permitindo que se conheça os padrões comportamentais dos consumidores e, assim, fornecer uma experiência customizada com base nas necessidades do consumidor.


  1. SUSTENTABILIDADE em pauta

Como produtores de eventos devemos nos atentar para a gestão responsável dos resíduos de nossos eventos e para o impacto social gerado, com um olhar atento para a diversidade e inclusão.

De acordo com o relatório Top Global Consumer Trends 2024, cerca de 60% dos consumidores buscaram gerar um impacto positivo no meio ambiente no ano que passou e reconhecem as empresas que têm esse cuidado.

 

A convergência entre opostos como motor da criatividade


Em geral, tudo – ou quase tudo – na vida pode ser analisado sob a metáfora do copo meio cheio, meio vazio. As diferenças entre formas de pensamento também seguem essa máxima. Para algumas pessoas, pensar de maneiras diferentes é prerrogativa para conflitos hostis. Para outras, contudo, a diversidade de ideias é que em geral faz as coisas acontecerem do jeito mais construtivo possível.

Esse é o viés que move o mundo, sobretudo nos dias de hoje, em que os ecossistemas das mais variadas naturezas – familiares, de negócios, governamentais – clamam por pluralidade de opiniões. Quem leva essa tendência para o lado negativo tem um prato cheio – ou meio cheio – para comprar briga, visto que a inflexibilidade pode ser um combustível para desacordos estagnantes. Mas, aqui, neste espaço de reflexão, a proposta é mesmo a de alimentar soluções criativas a partir das divergências.

A questão é que nosso cérebro tende a se aproximar dos que pensam de um jeito igual ao nosso, até por um mecanismo de conforto. Quem se entrega a esse comportamento sem um exercício crítico de predisposição ao acolhimento dos contrários corre o risco de adentrar as plagas do julgamento e da repulsa a tudo o que não está alinhado às próprias convicções.

Tendemos a julgar o outro a partir de nossas crenças. Se deixamos esse julgamento ser imperativo, estrangulando as vias que favorecem o diálogo, estaremos minimizando as chances de atingir pontos de convergência de interesses. As melhores saídas para os problemas não costumam estar nos polos opostos de um universo de possibilidades, e sim em aberturas encontradas no meio do caminho.

O conflito negativo se instaura quando um lado quer convencer o outro de que a sua ideia é a melhor. Essa estratégia de negociação geralmente não é produtiva. Em primeiro lugar, o recomendado é separar a figura do interlocutor do que está sendo discutido. Trocando em miúdos, falo aqui da famosa recomendação de não levar para o pessoal.

É preciso, então, saber distinguir a subjetividade do repertório de vida de cada um da objetividade que é chegar à solução de uma questão – que, no fim das contas, acaba sendo nada mais que gerenciar e conciliar diversas subjetividades no intuito de chegar a um bem comum, que na medida do possível agrade à maioria. Administrar conflitos nessa jornada, aliás, é papel de um líder.

Na busca de consensos entre posturas muitas vezes antagônicas, uma liderança tem de se valer de técnicas de condução para chegar aos resultados desejados. Uma delas é determinar um período da reunião para que os participantes exponham livremente seus pontos de vista sobre determinado tema, mantendo na pauta a partir daí as três ideias principais. É um ótimo recurso para gerar insights e evidenciar para as pessoas que elas estão de fato participando do processo.

Procedimentos como esse ajudam a construir a confiança entre os membros do time e para com o próprio líder. O sentimento coletivo de coesão e propósito facilita entendimentos entre diferentes perfis, os quais também requerem particularidades no trato com suas manifestações.

Para quem expõe seus pensamentos de maneira mais acalorada ou até colérica, por exemplo, sugiro que o interlocutor deixe essa pessoa falar sem combater em um primeiro momento o que diz, uma vez que o conteúdo é “despejado” até como uma forma de desabafo. Após essa acolhida inicial, a resposta às argumentações enérgicas pode tomar o rumo de uma síntese do que foi explanado, a título de confirmação ou esclarecimento, acalmando a outra parte ao deixar claro que ela foi de fato ouvida. Convém ressaltar que elevar o tom de voz raramente é recomendado, porque quem grita em geral quer se impor pela intimidação e não pela solidez dos argumentos.

Também é atributo do bom líder chamar para o jogo aqueles que não se manifestam por timidez ou por se sentirem vulneráveis no contexto. Essas pessoas precisam ser incentivadas a apresentar suas formas de pensar.

O lado mais positivo dos ambientes diversos é mesmo o de encarar antagonismos como fomentadores da criatividade. Nesse sentido, o conflito é necessário, mas dentro dos parâmetros do controle e da plena consciência dos envolvidos sobre até onde vale ceder aos contrapontos dos outros em prol do favorecimento geral. É tênue a fronteira entre sair fortalecido de um encontro entre opostos ou sucumbir às armadilhas que esvaziam a chance de evoluir a partir das diferenças.

 

Juliana Algodoal - Considerada uma das maiores especialistas em Comunicação Corporativa do país, Juliana Algodoal é PhD em Análise do Discurso em Situação de Trabalho – Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem e fundadora da empresa Linguagem Direta*. Acumula mais de 30 anos de experiência no desenvolvimento de projetos que buscam aprimorar a interlocução no ambiente empresarial - tendo como clientes grandes companhias, como Novartis, Pfizer, Aché, Itaú, Citibank, Unimed, SKY, Samsung, Souza Cruz, dentre outras. Também é presidente do conselho administrativo Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia.


Prejuízos no RS: como organizar o plano de reconstrução do estado?


Devastador e desesperador. O custo para reconstrução do Rio Grande do Sul já chegou à estimativa dos R$ 19 bilhões a médio e longo prazo, segundo dados do governo local, o que pode ser ainda maior com novas previsões de chuvas no estado. Mesmo que, neste momento, seja extremamente complexo prever uma volta à normalidade diante de tantas destruições que ainda precisam ser avaliadas, existem certos aspectos que devem ser levados em consideração, desde já, para que a união de forças em prol desta causa seja aplicada com assertividade para a habitação destas vítimas.

Sempre, depois de grandes tragédias, é usual observar uma série de oportunidades a serem exploradas a favor da recuperação do que, supostamente, foi perdido. No caso do Rio Grande do Sul, apesar de, hoje, não haver muito o que ser feito até o cessar das chuvas, já notamos uma mobilização nacional da sociedade, governo e empresas em uma força tarefa visando o abrigo destas vítimas e, posteriormente, reconstrução de suas moradias.

Em dados da Prospecta Obras, startup de construção civil que fornece informações completas sobre todas as obras em andamento no país através de um algoritmo de inteligência artificial, o sul do Brasil é a segunda maior região em termos de construção. Apenas de que no RS, existiam cerca de 79 mil obras mapeadas em andamento, das quais 90% foram afetadas pelo desastre natural, os prejuízos poderão aumentar ainda mais nas próximas semanas, o que exige um planejamento muito cuidadoso pensando nos próximos passos a serem tomados.

Uma vez normalizada a chuva, será preciso pensar em soluções práticas, rápidas e seguras para a reconstrução dos empreendimentos, de forma que se tornem mais aptas a suportar certos desastres naturais fora de nosso controle. Na Flórida, nos Estados Unidos, como exemplo, existem os chamados “prédios anti-furacão”, os quais são feitos com uma estrutura especial capaz de suportar a força dos ventos que, no estado, se tornam frequentes de serem vistos.

No Brasil, a mesma premissa precisa ser adotada, buscando por soluções inteligentes que se adaptem à realidade local para evitar danos severos em casos destes acontecimentos – tais como construções pré-moldadas que facilitem a agilizar este processo com segurança e eficiência. Junto a isso, é preciso priorizar o reaproveitamento dos materiais, visando reduzir, ao máximo, o descarte e custo destes projetos diante de um cenário econômico já abalado.

Essas opções devem ser cogitadas conforme cada caso, afinal, cada construção precisará ser avaliada individualmente pela defesa civil, engenheiros e profissionais da fiscalização, entendendo se a moradia ainda é estável e segura para habitação. Caso sua estrutura tenha sido afetada, é preciso compreender este grau para que, com isso, determinem qual o melhor procedimento a ser seguido – seja pela demolição total perante uma reconstrução do zero, ou se será possível aproveitar parte da estrutura para aplicar os ajustes pontuais necessários.

Em termos de mão de obra, as empresas do setor devem direcionar seus esforços para atrair e qualificar seus profissionais para que consigam unir forças para que essa reconstrução ocorra o mais rápido possível. Apesar deste ser um desafio para a construção civil, visto que o segmento enfrenta um déficit de talentos jovens ingressando na área, é uma oportunidade intensificar a contratação de outros estados, uma vez que o estado precisará da maior quantidade possível de pessoas aptas a ajudar neste processo.

Ainda temos um longo caminho pela frente e, é difícil estimar um tempo para que as pessoas voltem a ter seus lares em bom estado de moradia. Agora, é momento de aguardar até que as chuvas encerrem para que, depois, seja possível avaliar e fiscalizar as obras e direcionar esforços para a reconstrução destes lares e empreendimentos. 

 

Wanderson Leite - fundador do EuConstruindo.com, IA especializada em orçamentos para construção civil; e da Prospecta Obras, empresa de análise de dados especializada em mapeamento de obras.


Qual o papel da IA para a segurança dos negócios?

 Tecnologia amplia oportunidades para corrigir vulnerabilidades e atuar de forma preditiva na segurança cibernética das empresas

 

Rapidamente, a Inteligência Artificial (IA) vem ganhando corpo como uma ferramenta essencial para reduzir custos, aumentar a eficiência operacional dos negócios e ampliar a segurança das operações. A tecnologia amplia seu espaço no mercado a partir de uma série de questões regulatórias, do combate às fraudes e cibercrimes e da necessidade que as instituições financeiras têm de compartilhar medidas de segurança para salvaguardar o sistema como um todo.

 “Nos últimos dois anos percebemos um forte aumento da demanda pela automação de processos e pelo reforço à segurança das operações – agora com uma ‘pimenta’ adicional que é a IA”, explica Umberto Rosti, CEO da Safeway, consultoria pioneira em Segurança da Informação e Cibersegurança no mercado brasileiro, que integra a Stefanini Cyber.

Para o executivo, o crescimento da Inteligência Artificial, especialmente com o avanço da IA Generativa, tem duas vertentes importantes. A primeira é uma exposição maior da IA como ferramenta de negócios. “A ampliação do uso traz novas vulnerabilidades que precisam ser protegidas, tanto pelo uso de tecnologia quanto pela conscientização das equipes sobre os riscos e melhores práticas”, comenta Rosti.

O segundo ponto é o uso da IA para a proteção dos ambientes das empresas. “A IA nos capacita a ter respostas mais rápidas em relação à segurança da informação, proteção contra os ataques e automação de ações de resposta a incidentes”, exemplifica o executivo. “Tudo isso torna o ambiente mais seguro”, acrescenta.

Na visão de Rosti, é preciso permitir que a tecnologia evolua para gerar inovações e ampliar as possibilidades de uso ético e responsável. “Quanto menos regulado o uso da IA, melhor, mas com responsabilidade. É muito difícil regulamentar tecnologias em desenvolvimento sem estrangular sua evolução, mas é necessário que empresas e usuários sejam responsáveis pelas consequências de seus atos. Dessa forma, o mercado evoluirá de maneira mais madura”, analisa.


Uma abordagem diferenciada

A Safeway tem percebido, nas palavras de seu CEO, “uma avalanche de projetos” de proteção dos ambientes de negócios, prenunciando uma revolução no mercado nos próximos anos. “A segurança dos dados vem em forte expansão há algum tempo e, com o crescimento da Inteligência Artificial, se manterá como um aspecto essencial para os negócios”, afirma.

Nesse cenário, o papel da Safeway é contribuir com a avaliação de riscos para os clientes que usam IA, oferecendo um mapeamento do ambiente de negócios, analisando os potenciais riscos de adoção da tecnologia, apresentando melhores

práticas para uso dos sistemas e alertando sobre o uso de informações privadas / sensíveis. “É preciso tomar uma série de cuidados com o uso das informações para alimentar sistemas de Inteligência Artificial, para evitar o vazamento de dados sigilosos ou o uso indevido de informações de terceiros”, alerta Rosti.

 “Trabalhar com IA proprietária oferece riscos menores e aumenta os controles. Mas também é preciso controlar as informações que alimentam os sistemas de IA, o que torna essencial o desenvolvimento de um framework de gestão de riscos no uso de tecnologia”, recomenda.

A aplicação de IA na gestão de riscos corporativa traz inúmeros benefícios, como maior agilidade nas análises e visibilidade dos riscos, análises preditivas de riscos e potenciais vulnerabilidades, simplificando a gestão de riscos e consolidando informações de fontes dispersas dentro da empresa. “A compilação desses dados e a análise dos riscos demoraria muito tempo usando recursos tradicionais, mas a Inteligência Artificial entra nesse processo avaliando as vulnerabilidades e gerando, com muita assertividade, pontos de ação preventiva e corretiva”, complementa o CEO da Safeway.   



Stefanini
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A história da Gestão da Qualidade nos serviços de saúde brasileiros

 

Neste momento da história, os sistemas de saúde em todo o mundo estão diante de um abismo, e deveriam estar se concentrando na melhoria da qualidade dos cuidados de saúde prestados à sua população. É preciso mudar para não colapsar. No entanto, uma série de eventos desconexos, no passado, resultaram em pouco desenvolvimento e muitos incidentes. 

Na obra "Gestão da Qualidade na Saúde: uma revolução de e para todos", tivemos o cuidado de revisar e analisar os principais marcos históricos da qualidade dos cuidados de saúde no sistema brasileiro nos últimos 30 anos. Essa história é uma coleção fragmentada de eventos não relacionados, em vez de um esforço organizado e simplificado, e ajudam a explicar o atual estágio em que nos encontramos. 

As ideias, as mensagens e os comportamentos contidos no livro foram coletados por meio de entrevistas com especialistas da saúde e de outras áreas, um grupo heterogêneo de pessoas que vivem a gestão da qualidade na saúde de alguma forma, e que estão ajudando o sistema a navegar pelos atuais eventos de maneira ordenada. 

O leitor sentirá familiaridade com alguns posicionamentos, pois grande parte da história está tão incorporada na prática diária e nas atividades de gestão que é tida como certa. 

Os entrevistados - todos com vasta experiência profissional em torno de questões da qualidade nos cuidados de saúde em âmbito nacional, regional e local - desafiam tais abordagens, pois acreditam na complexidade do cenário de saúde brasileira. 

Dentro os temas abordamos: os conceitos fundamentais da qualidade, muitas vezes negligenciados e/ou mal compreendidos; sua história e significado no contexto contemporâneo; uma estrutura para questionar o trabalho que vem sendo desenvolvido, usando domínios conceituais interconectados como uma estrutura valiosa para considerar a melhoria da qualidade; fizemos uma reexame crítico das abordagens dominantes à mudança que são frequentemente adotadas no trabalho da “qualidade”, muitas das quais estão enraizadas na gestão científica que não conseguiu cumprir com a transformação; e exploramos como uma perspectiva interdisciplinar pode reformular aspectos do pensamento da qualidade. 

Este livro é uma leitura valiosa para todas as pessoas interessadas em melhorar a qualidade na área da saúde. Irá agradar àqueles que são tradicionalmente responsáveis ​​pelas questões da qualidade, bem como aos médicos e executivos da saúde. É um antídoto deliberado para a abordagem mecanicista, anti-intelectual, orientada por ferramentas, que ainda domina grande parte do trabalho de melhoria da qualidade dos cuidados de saúde.

No fechamento da narrativa, os depoimentos foram unânimes: o ponto de virada para a melhoria dos cuidados de saúde depende de pessoas com um conjunto de dons sociais raros e um alinhamento político do que é saúde e qualidade.

 

Mara Machado - CEO do Instituto Qualisa de Gestão (IQG), que há 30 anos capacita pessoas e contribui com as instituições de saúde para reestruturar o sistema de gestão vigente, impulsionar a estratégia de inovação e formar um quadro de coordenação entre todos os atores decisórios. O IQG vem trabalhando com parceiros internos do setor e externos para favorecer a geração de novas frentes para o sistema e colocar os prestadores de serviços em posição mais ativa. Atua no desenvolvimento de novas e modernas soluções para atender com agilidade as exigências do mercado atual.


Caso Hakimi, jogador do PSG e a fraude Patrimonial durante o divórcio

Conheça as estratégias de quem quer sabotar a partilha dos bens durante uma separação 

 

Nem sempre um divórcio é consensual, e o discurso de “o que é meu é seu” cai por terra, e aí, entra o discurso “você não me ajudou a construir nenhum patrimônio”. Soa familiar, né? Pois é, se a pessoa não passou por isso, certamente presenciou a luta de quem esteve nessa situação. O fato é: isso é mais comum do que se imagina, até mesmo quando estamos diante de um divórcio consensual.

A advogada Amanda Gimenes, especialista em direito de família e sucessão sabe exatamente o que é isso e conhece as artimanhas de quem quer ocultar seu patrimônio e capital. “Infelizmente ou felizmente esse é um problema que lido com muita frequência aqui no escritório. Isso me trouxe muita experiência para investigar e colher provas que favoreçam a vítima da fraude, dando à elas o que é devido por direito” – conta. 

Existem alguns mecanismos que já são bem conhecidos no meio jurídico e que diante da confiança no cônjuge e no matrimônio, muitas pessoas não se atentam. Porém, quando acontece o divórcio se deparam com uma triste realidade – a pessoa não é exatamente aquilo que ela idealizou em seu coração. A seguir, Amanda explica as principais táticas:

  1. Transferência para amigos ou familiares: 

Esse método visa desaparecer temporariamente com ativos, até que o divórcio seja finalizado. Para proteger-se disso, o parceiro(a) precisa estar atento em tudo que é conquistado ao longo do relacionamento e cabe ao advogado fazer uma investigação detalhada de transferências não usuais e confrontá-las;

 

  1. Subvalorização de empresas ou declaração de renta inferior à realidade:

Pessoas que possuem negócios podem manipular livros contábeis para apresentar lucros menores. Apenas um perito contábil, parceiro do advogado pode ajudar a desmascarar essa manobra;

 

  1. Aquisições ocultas registradas em nome de terceiros, os famosos laranjas:

Essa provavelmente é uma técnica um pouco mais complicada para averiguação, porém, uma investigação patrimonial feita pelo advogado, pode localizar absolutamente todos os bens, mesmo em nome de terceiros;

 

  1. Gastos exorbitantes e aumento súbito em despesas pessoais: 

A mais “normal” de todas as fraudes. É comum nos depararmos com gastos incomuns que comprovam uma forma de dissipar fundos. Geralmente, em processos de divórcio, é solicitado transações bancárias e gastos no cartão de crédito para comprovar a veracidade dessas despesas; 

 

  1. Retardar bônus e contratos lucrativos: 

Essa tática é muito usada. Nos assusta o número de pessoas coniventes com esse tipo de comportamento, de gestores à clientes, familiares, amigos, enfim, todos eles acabam contribuindo para que contratos rentáveis sejam procrastinados para desfavorecer a outra parte; 

 

6 – Procrastinação do divórcio

Outro comportamento muito comum e que não é percebido, é a procrastinação para formalização da separação, mesmo que consensual, pois, até que ele seja feito o fraudador terá o tempo suficiente para praticar todos os demais atos relacionados sem que o outro cônjuge se dê conta que a fraude foi praticada diante de seus olhos. 

 

Infelizmente essa é uma realidade em muitos processos de divórcio, e por conta da vulnerabilidade de uma das partes, estão sujeitas a serem enganadas, “em nome do amor”. Por esse motivo, Amanda alerta a necessidade de um acompanhamento profissional durante todo o percurso processual.

Mesmo que as pessoas não se casem para separar e muitas vezes repudiem a prestação de contas entre casais, é fundamental a prática e deve ser vista como algo saudável para a relação, de modo que ninguém seja lesado, caso haja um rompimento.  



Dra. Amanda Gimenes
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Com a chegada dos dias mais frios entenda o que avaliar antes de comprar uma torneira elétrica

Acessório é aliado no inverno e traz benefícios na rotina da cozinha 

 

Com a chegada do inverno, a necessidade de soluções práticas e eficientes para enfrentar o frio aumenta significativamente. Uma das alternativas que ajudam na rotina das pessoas na cozinha é a torneira elétrica. Este acessório oferece conforto ao disponibilizar água quente instantaneamente, como também contribui para a economia de energia e água.

A torneira elétrica é projetada para aquecer a água de forma rápida e eficiente, proporcionando um fluxo contínuo de água quente, ideal para lavar louças e preparar alimentos sem a necessidade de aquecer a água de forma tradicional. Além do conforto térmico, alguns modelos permitem regulagem da temperatura, o que ajuda a evitar desperdícios.

Entre as vantagens de optar pela torneira elétrica está também a economia de energia, pois a água é aquecida apenas quando necessário, ao contrário dos sistemas de aquecimento central, que mantêm grandes volumes de água aquecida o tempo todo.

“Ao escolher uma torneira elétrica é fundamental considerar alguns fatores para garantir uma compra eficiente e segura porque existem diversos modelos e funções disponíveis no mercado. Primeiramente, é importante verificar a compatibilidade com a rede elétrica e hidráulica de sua residência. A potência e a voltagem da torneira devem corresponder à capacidade elétrica disponível para evitar sobrecargas”, explica Rafael Sales, gerente da Copafer, empresa referência no fornecimento de materiais de construção há mais de 50 anos, com um portfólio de mais de 80 mil produtos.

Outro aspecto importante é a certificação do Inmetro. Este selo assegura que o produto atende aos padrões de segurança e qualidade exigidos no Brasil, reduzindo riscos de acidentes e garantindo um desempenho eficiente.
Existem vários tipos de torneira elétrica para cozinha, com diferentes potências, voltagens, formatos e acabamentos.

Entre os principais modelos estão:

De parede: Fixadas diretamente na parede, ideais para cozinhas com pouco espaço de bancada.


De bancada: Instaladas na superfície da pia, oferecendo maior flexibilidade de uso.


Bica móvel e fixa: Modelos com bica móvel permitem direcionar o fluxo de água, facilitando a lavagem de utensílios maiores.

Os modelos também contam com controle de temperatura manual ou eletrônico, proporcionando ajustes precisos conforme a necessidade.

Caso perceba que a pressão da água na torneira elétrica está baixa, pode ser que haja algum problema na rede hidráulica da sua casa, como um cano entupido, válvula fechada ou caixa d’água vazia.

“Outro aspecto é analisar se o item não precisa de um redutor de vazão. Essa peça limita a quantidade de água que passa pela torneira elétrica para economizar energia. Portanto, se preferir ter uma pressão maior de água, basta retirar esse redutor”, destaca Sales.



Copafer
www.copafer.com.br


44% dos Brasileiros têm contas em atraso, aponta pesquisa

divulgação

Cartão de crédito (51%), boletos em geral (30%) e contas de luz, água, telefone e gás (26%) são os principais tipos de endividamento da população em 2024
 

 

O cenário econômico do país está tirando o sono da população brasileira. Ondas de inflação, altas taxas de desemprego e o endividamento afligem cada dia mais.  Neste contexto de incertezas e dificuldades a análise da saúde financeira dos brasileiros torna-se ainda mais crucial. A Hibou, empresa de pesquisa, monitoramento e  insights de consumo, apresenta os resultados de sua mais recente pesquisa sobre o comportamento financeiro da população. Realizada entre os dias 18 e 21 de maio de 2024, a pesquisa entrevistou mais de 1.600 pessoas de diferentes classes sociais e regiões do Brasil, com margem de erro de 2,3% e um intervalo de confiança de 95%.

"O atual panorama econômico do Brasil tem sido uma montanha-russa para a população, refletindo-se nos números alarmantes de endividamento e nas dificuldades financeiras enfrentadas pelas famílias. Esta pesquisa revela não apenas os desafios que os brasileiros estão enfrentando, mas também a necessidade urgente de compreender e abordar essas questões com medidas eficazes." explica Ligia Mello, CEO da Hibou e coordenadora da pesquisa.


Situação financeira das famílias brasileiras em alerta

Não está fácil equilibrar a saúde financeira familiar. 33% dos brasileiros afirmam ter tido uma redução de renda em casa, enquanto 10% reportaram ter se afundado ainda mais em dívidas. Outros 10% indicam que alguém em casa perdeu o emprego no último ano. Por outro lado, 5% conseguiram aumentar a renda familiar, e 8% estão conseguindo se capitalizar novamente.


O que está mais difícil de pagar?

Entre as contas que estão em atraso, o vilão número um é o cartão de crédito que lidera com 51%, seguido por boletos em geral (30%), contas de concessionárias (26%), IPTU (21%), cheque especial (18%), parcelas de empréstimo (17%), IPVA (15%), financiamento (10%), condomínio (5%) e aluguel (4%).


Se o bolso tá vazio, o jeito é procurar por recurso

A necessidade de recorrer a empréstimos é uma alternativa ‘’salgada’’ em juros, porém bastante procurada: 41% dos entrevistados buscaram ou tentaram pegar dinheiro emprestado nos últimos 12 meses. Destes, 51% recorreram a bancos, 41% a empréstimos consignados, 21% a cartões de crédito, 18% a familiares, 11% a financeiras que operam por aplicativo, e 8% a amigos. Agiotas e empréstimos informais foram a opção para 5%, assim como quem recorreu a adiantamentos de salário.


E os itens mais pesados no bolso dos brasileiros?

Infelizmente itens básicos são os que mais pesam hoje no bolso do brasileiro. Liderando o ranking: medicamentos de farmácia (45%),seguido por plano de saúde (37%), carnes (33%) e combustível (32%). Além disso, manutenção de carros (21%), legumes e verduras (20%), cesta básica (19%), aluguel (15%), grãos (12%), produtos de limpeza (12%), laticínios (12%), escola (8%) e vestuário (7%) também foram citados.

"Observamos uma correlação direta entre os principais itens de endividamento e os gastos mais pesados no orçamento familiar. A alta incidência de contas em atraso, especialmente relacionadas a cartões de crédito e despesas básicas como medicamentos e alimentos, evidencia as dificuldades enfrentadas pelos brasileiros para equilibrar suas finanças diante das adversidades econômicas." diz Ligia Mello.


Sem dinheiro, o brasileiro redesenhou a cesta de compras

Para conter gastos, 49% dos brasileiros reduziram a quantidade ou o volume de itens comprados mensalmente. Outros 46% deixaram de colocar alguns itens no carrinho de compras, 44% substituíram marcas ou cortes por opções mais baratas, e 40% reduziram pedidos de delivery. 

Já 35% dos brasileiros deixaram de frequentar cabeleireiros e manicures, 19% cancelaram assinaturas, 14% reduziram a frequência de faxineiras, 12% venderam itens usados, 11% cancelaram atividades extracurriculares, 11% reduziram o uso do carro particular, e 10% reciclaram itens em casa. Apenas 1% mudou os filhos de escola.


Endividados quanto?

16% afirmam estar menos endividados do que no início do ano, enquanto 22% estão mais endividados e 28% permanecem igualmente endividados. No que se refere aos gastos com cartão de crédito, 35% dizem que os gastos estão maiores, 39% mantêm os mesmos níveis, e 26% conseguiram reduzir os gastos.


Pesquisar e só depois comprar

Na busca por melhores preços, 94% dos brasileiros comparam preços ao fazer compras no supermercado. Destes, 44% fracionam suas compras em diferentes mercados ao longo do mês. Outros 29% compram no mesmo mercado, comparando os preços entre marcas favoritas, 21% dividem as compras mensais em dois mercados e 6% compram tudo no mesmo lugar e marca preferida.


Tecnologia para economizar

A pesquisa ainda revela que 94% dos brasileiros compararam preços nas compras em supermercados, destes  32% utilizariam um aplicativo para comparar preços de produtos ao escanear códigos de barras, enquanto 24% usariam o app se fosse mais simples, 24% não usariam e 20% precisariam de mais informações para decidir.

  

Hibou


Metade do varejo paulistano sofreu algum impacto climático no último ano, aponta sondagem

Ainda assim, 7 em cada 10 empresas não contam com medidas para reduzir a emissão de gases; FecomercioSP lança Agenda Verde com prioridades de desenvolvimento sustentável 


 
Uma sondagem da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com o empresariado do varejo na capital paulista mostra que, pelo menos, metade desses negócios (51%) sofreu algum tipo de impacto climático nos últimos 12 meses. Os dados dizem respeito, sobretudo, a pequenos e médios empreendimentos.
 
Dentre os participantes, 38% disseram que os impactos sentidos foram leves, como atrasos no fornecimento de produtos decorrentes de problemas logísticos. Outros 13%, porém, afirmaram que precisaram interromper as operações parcialmente em razão de eventos relacionados ao clima adverso, resultantes de episódios como alagamentos, ventanias ou o calor excessivo [gráfico 1].
 
Os dados também mostram que pelo menos um terço (35%) dos ouvidos contabilizou prejuízos financeiros causados por eventos climáticos [gráfico 2], sendo que 10% afirmaram que as perdas foram grandes
 
Segundo a FecomercioSP, são números que sugerem, de certa forma, como uma parcela significativa das empresas ainda não reúne condições de enfrentar os desafios ambientais, os quais tendem a se agravar em um futuro próximo. Muitos desses negócios, vale lembrar, se localizam em áreas mais sujeitas a impactos climáticos — como próximos a rios ou situados em pontos da cidade já conhecidos por alagamentos.
 
Além disso, boa parte dos empresários pode ter relacionado desafios climáticos à falta de energia elétrica, muito por causa de dois episódios recentes na metrópole: um pertinente, originado de chuvas excedentes e ventos fortes, em novembro do ano passado, que gerou um apagão de mais de uma semana; e outro, não relacionado, envolvendo uma falha na distribuição da concessionária local, a Enel, para a região central de São Paulo, há alguns meses.
 
Por outro lado, no entanto, é importante observar como boa parte dessas empresas considera que suas operações são resilientes, ainda que não tenham sido expostas a condições severas o suficiente para perceber riscos climáticos. Uma das consequências disso, inclusive, é que a grande maioria das companhias do setor (69,5%) ainda não conta com nenhuma medida para reduzir as emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE) na atmosfera, assim como não definiram metas de redução para o futuro [gráfico 3]. As demais adotam algum tipo de ação, embora 15% não tenham objetivos pré-determinados.

 

[GRÁFICO 1]
QUANTO O SEU NEGÓCIO FOI IMPACTADO POR FATORES CLIMÁTICOS ADVERSOS?
Fonte: FecomercioSP

  
 


[GRÁFICO 2]
VOCÊ TEVE ALGUM PREJUÍZO NOS ÚLTIMOS 12 MESES CAUSADO POR MUDANÇAS CLIMÁTICAS ADVERSAS?
Fonte: FecomercioSP
 


[GRÁFICO 3]
A EMPRESA ADOTA MEDIDAS PARA A REDUÇÃO DE EMISSÕES DE CARBONO/GASES DE EFEITO ESTUFA COM METAS?
Fonte: FecomercioSP

 

 

 


Na visão da FecomercioSP, isso acontece porque ainda há dificuldades de avaliar o retorno dos investimentos em ações relacionadas a efeitos climáticos, tanto no curto como no longo prazo. Esses negócios apenas espelham um desafio mais estrutural das economias globais.
 
Mas não é só isso: faltam linhas de crédito especiais para gastos com adoções de tecnologia para redução de emissões, como painéis solares, assim como programas e políticas públicas para incentivar que empresas, sobretudo pequenas e médias, comecem a elaborar um planejamento ambiental adequado ao modelo de negócio. Apesar disso, o número de empreendimentos com alguma medida em operação é relevante, pois sugere que já exista um certo movimento consolidado de tornar o ambiente empresarial mais sustentável.
 
Dentre as que responderam que têm projetos de mitigação dos impactos climáticos, a imensa maioria (80,3%) indicou a utilização de combustíveis menos poluentes nas frotas, como o etanol ou biodiesel. Para a FecomercioSP, trata-se de uma medida mais simples de se pôr em prática no curto prazo. Chama a atenção ainda a rápida inserção de veículos elétricos no escopo das operações corporativas, de forma que 15% das empresas que disseram contar com alguma ação mencionaram a adoção desse tipo de automóvel.
 
Quase metade (46%) desses negócios ainda apontou iniciativas relacionadas à destinação correta de resíduos orgânicos (compostagem, por exemplo), o que contribui para a redução da emissão de GEE e ainda promoveu o aumento de áreas verdes em empresas e cidades.


 
CONSCIÊNCIA CLIMÁTICA


A despeito de os investimentos ainda estarem abaixo do ideal, os eventos climáticos adversos recentes, sobretudo as chuvas no Rio Grande do Sul, devem surtir ainda mais efeito na forma como os empresários observam a questão climática.
 
Antes mesmo de as chuvas atingirem o Estado, a maioria deles (54%) disse, no estudo, considerar a questão climática como “muito relevante” para o futuro dos negócios [gráfico 4], independentemente de riscos diretos (chuvas, inundações, secas, calor excessivo etc.) ou indiretos, como regulamentações ambientais ou pressões do mercado.
 
Não é trivial, assim, que 70% dos empresários do varejo paulistano estejam pensando em investir mais em medidas de redução de emissões de GEE no futuro próximo. Desses, quatro em cada dez (37,5%) se dizem “muito dispostos” a injetar recursos nessas ações. Há uma divisão bastante equilibrada quando questionados a respeito do comportamento dos consumidores: metade (49%) afirma notar uma preferência dos clientes por produtos e/ou serviços associados à sustentabilidade, enquanto a outra metade (50%) ressalta que essa ainda não é uma demanda presente.

 

[GRÁFICO 4]
QUANTO VOCÊ ACREDITA QUE A QUESTÃO CLIMÁTICA É RELEVANTE PARA AS EMPRESAS?
Fonte:
FecomercioSP


Na avaliação da FecomercioSP, com base em outras pesquisas, esses resultados demonstram que, apesar do tema climático ter crescido e fazer mais parte da decisão de compra do que há alguns anos, o fator “preço” ainda pode ser o mais importante na hora de ir às compras. A percepção do empresariado, assim, apenas comprova que há mais preocupação ambiental, mas não a ponto de transformar os padrões decisórios dos consumidores.


 
AGENDA VERDE DA FECOMERCIO-SP

Por meio de seu Conselho de Sustentabilidade, presidido por José Goldemberg ex-secretário de Meio Ambiente e ex-presidente da Eletropaulo, a Federação lançará, em breve, uma Agenda Verde, com o objetivo de contribuir para que o País atinja a posição que pretende ocupar na pauta climática global. O documento contemplará um conjunto de dez objetivos que o Brasil deve considerar nas iniciativas sustentáveis, incluindo pleitos que envolvam a atuação da Entidade. Na visão da FecomercioSP, essas são pautas centrais tanto para consolidar o papel de liderança mundial no debate climático como para começar a apresentar resultados sólidos ao mundo.
 
A Agenda Verde foca em temas como a transição de uma economia linear, cujas cadeias se baseiam na extração, na transformação e no descarte de produtos para uma economia circular baseada na reutilização e na reintrodução desses materiais nas cadeias produtivas, bem como na transição energética e na regulação do mercado de carbono.


 
METODOLOGIA

A sondagem ouviu 200 empresas de pequeno e médio porte no mês de abril de 2024.
 


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