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quarta-feira, 22 de maio de 2024

Principal causa de cegueira do Brasil: entenda o que é glaucoma, quais são os sintomas da doença e como tratá-la

A visita anual ao médico oftalmologista pode ajudar a prevenir a perda irreversível da visão 

 

Causa de grande parte das cegueiras definitivas que poderiam ter sido evitadas no panorama global, o Glaucoma é uma doença sem cura, que afeta o nervo óptico e impacta cerca de 2% da população brasileira acima dos 40 anos, de acordo o Ministério da Saúde, o que equivale a 1,5 milhão de pessoas. O número de brasileiros portadores da condição, no entanto, tende a ser muito maior do que apontam as estatísticas atuais, devido à baixa identificação dos casos, o que tem preocupado instituições da área, como o Conselho Brasileiro de Oftalmologia.

 

Segundo a Associação Internacional de Prevenção da Cegueira (IAPB), nos próximos 15 anos, a projeção é que 112 milhões de pessoas tenham Glaucoma, por fatores relacionados à expectativa de vida cada vez mais elevada no panorama mundial e o uso prolongado de medicamentos. 

 

De acordo com o médico da área de Oftalmologia da rede AmorSaúde, Dr. Heitor Piccinini Neto, o Glaucoma causa cegueira por se tratar de uma degeneração nervosa. “O Glaucoma é uma doença que evolui aos poucos degenerando os nervos e, uma vez que conclui esse processo, não é possível recuperar as funções das terminações nervosas deterioradas. Quando a lesão é detectada, geralmente o problema já está um pouco avançado. Nesse ponto, o tratamento é iniciado para controle ou diminuição da progressão”, explica o profissional da maior rede de clínicas médico-odontológicas do Brasil.

 

O profissional explica que existem maneiras de prevenir o Glaucoma, o que envolve o acompanhamento oftalmológico. “É importante que as pessoas realizem uma consulta oftalmológica por ano, pelo menos, na qual é possível detectar eventuais problemas de fundo de olho e, assim, realizar procedimentos complementares. Para as pessoas que têm histórico familiar, há exames de rotina adicionais, como retinografias, para deixar anotado o tamanho da escavação do nervo; paquimetria e campo visual”, aconselha o médico.

 

Como é feito o diagnóstico 

O Glaucoma é diagnosticado em consulta, a partir da realização de exames com médicos oftalmologistas. Conforme aponta o Dr. Henrique, é recomendada a realização de consultas periódicas com profissionais da área, para que possam realizar os exames-diagnósticos, mas há alguns sintomas que podem indicar que é hora de buscar ajuda médica, pois a doença existe e está avançando no organismo do paciente. “O glaucoma é uma doença progressiva e costuma dar dor ocular, dificuldade visual e vermelhidão ocular”, detalha.

 

O diagnóstico inicial é realizado por meio do exame feito na parte do fundo dos olhos dos pacientes e ratificado com o auxílio de exames complementares, dentre os quais estão: campo visual, espessura da córnea, pressão intraocular, fundoscopia e retinografia. “Existem vários exames que podem ser associados ao diagnóstico de glaucoma. Inclusive, hoje em dia, a gente tem o OCT, que é a Tomografia de Coerência Óptica, que, quando feita do nervo oftalmológico, fornece resultados precisos no seguimento do glaucoma”, indica o profissional.

 

Fatores de risco para o desenvolvimento do Glaucoma 

Ninguém está livre de desenvolver a doença, mas há fatores de risco, entre eles histórico familiar da doença, idade e algumas condições oftalmológicas. “Entre os principais fatores de risco estão a miopia e a idade acima de 70 anos”, diz o médico, citando ainda que a hipermetropia alta também representa um risco maior para glaucoma de ângulo fechado.

 

No caso das pessoas 70+, o envelhecimento natural do olho afeta a produção do humor aquoso, líquido incolor que preenche as câmaras oculares, sendo responsável por manter a saúde e a transparência dos olhos. “O vítreo, gel que dá sustentação ao nosso olho, começa a ficar mais liquefeito, então começa a circular mais o humor aquoso e o humor vítreo, o que aumenta a pressão intraocular”, descreve o médico da área de oftalmologia.

 

Em relação à pressão intraocular elevada, o médico ressalta que há pacientes que são hipertensos oculares, mas que não apresentam alteração na camada de fibra nervosa e no nervo oftalmológico. “Nesses casos, é feito o controle da pressão intraocular, mas com mais tranquilidade, pois o paciente não está tendo lesão da fibra do nervo, ou seja, não é glaucoma. Existem também pacientes que têm escavação no nervo, a distância aumentada dos vasos do nervo, e isso faz com que seja uma suspeita para glaucoma. Aí, os exames vão ajudar na parte do diagnóstico”, explica.

 

Como é o tratamento para o Glaucoma 

O tratamento contra a doençavisa controlar a pressão intraocular e prevenir danos adicionais ao nervo óptico, sendo feito por meio de medicamentos, como colírios, e/ou cirurgias. “O acompanhamento ideal do paciente de glaucoma é, pelo menos, a cada seis meses depois de estabilizado, para o profissional saber quais medicações estão em uso e para verificar se não tem interação medicamentosa entre os remédios dos quais o paciente faz uso”, explica.

 

Segundo o profissional, o uso contínuo de colírios faz parte da vida do paciente com Glaucoma.  “Os colírios servem para diminuir a pressão do olho, ou seja, para melhorar a reabsorção do humor aquoso ou diminuir a produção”, fala Dr. Heitor, citando também alguns efeitos colaterais do medicamento. “Os colírios são químicos fortes, então podem provocar vermelhidão nos olhos, a hiperemia ocular, incentivar o crescimento dos cílios e resultar no escurecimento na parte palpebral”, descreve.

 

Caso o paciente tenha piora ou crise aguda, dr. Heitor fala que existem medicações para controle, como manitol e acetazolamida, assim como cirurgias. “Não estamos falando da cura do glaucoma e sim de cirurgias que auxiliam a controlar a pressão do olho. Por exemplo, o paciente está usando os quatro tipos de colírio e, mesmo assim, a pressão do olho não diminui. Nesse caso, a cirurgia filtrante pode auxiliar. Mas não é uma cura; é um tratamento”, explica.

 

Se o tratamento não seja realizado, a consequência é a perda irreversível da visão. “A parte principal de não tratar o glaucoma é a pessoa ficar com cegueira e isso é muito triste. Se a pessoa espera muito tempo e, quando vai fazer o tratamento, ela já está cega, esse é um quadro irreversível”, atesta o profissional.



A dengue vai além dos sintomas comuns: saiba como a infecção pode afetar o cérebro

Entre 1% e 5% dos pacientes contaminados podem desenvolver doenças neurológicas. Especialista fala sobre o assunto. 

 

O Brasil ultrapassou os 4,2 milhões de casos de dengue previstos pelo Ministério da Saúde para todo o ano de 2024. Esse número configura o maior surto de dengue no país nos últimos 24 anos. Em comparação, o Brasil registrou 1.658.816 casos da doença em 2023. No total, nove estados e o Distrito Federal decretaram situação de emergência. Entre esses estados está Santa Catarina, que possui mais de 210 mil casos prováveis desde o início do ano.

Os sintomas mais comuns da dengue são febre alta, manchas vermelhas no corpo, dor nas articulações e atrás dos olhos. Em casos mais graves, podem ocorrer lesões no fígado e hemorragias e hemorragia cerebral. A dengue também pode provocar riscos neurológicos nos infectados. De acordo com pesquisa publicada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), entre 1% e 5% dos pacientes contaminados podem desenvolver doenças neurológicas, como Encefalite, Mielite, Neuropatia, Meningite e Guillain-Barré. O estudo foi publicado na revista Neurology, como um dos destaques da edição.

A neurocirurgiã Danielle de Lara, que atua no Hospital Santa Isabel (Blumenau/SC), explica como essas doenças neurológicas afetam os pacientes infectados pela dengue. “A Encefalite é uma infecção no sistema nervoso central que provoca inflamação do cérebro. Já a Mielite é uma inflamação focal que, em geral, atravessa os dois lados da medula espinhal, uma das estruturas que compõem o sistema nervoso central. É preciso ficar atento também à Neuropatia, que afeta os nervos periféricos do corpo e causa danos em áreas como mãos, pés, pernas e braços, causando perda de sensibilidade e atrofia muscular nesses locais. Outras doenças, como a Meningite, inflamação das meninges, e a Guillain-Barré, que é o ataque do próprio sistema imunológico do corpo ao sistema nervoso, também podem ocorrer em pessoas infectadas pela dengue”, revela.

Essas patologias neurológicas apresentam maior risco aos pacientes contaminados pelos sorotipos 2 e 3. “Vale ressaltar que existem os sorotipos de dengue 1, 2, 3 e 4. Os problemas que afetam o sistema nervoso aparecem, principalmente, nos casos de reinfecção da dengue. Além disso, essas doenças também podem se manifestar em pessoas que já foram contaminadas pela Zika, Chikungunya e Febre Amarela”, conta a neurocirurgiã.


Dia dos Namorados: conheça quais são os métodos contraceptivos femininos

Ginecologista Loreta Canivilo explica mais de dez opções de métodos para evitar gravidez 

 

No dia 12 de junho é comemorado o Dia dos Namorados, data em que os casais celebram o amor e a união entre si. Mas, nem sempre essa celebração acaba de forma desejada.

De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, 55% da população geral e até 80% entre adolescentes no Brasil enfrenta uma gestação não planejada.

Com o avanço da tecnologia e de estudos foram criados diversos métodos contraceptivos para não surgir uma gravidez indesejada. “A contracepção se trata de dispositivos ou métodos usados para prevenir a gravidez. Sendo eles opções temporais ou definitivas”, explica a ginecologista Loreta Canivilo.

Existem mais de dez escolhas de métodos contraceptivos femininos, essa variedade é classificada em grupos. “A separação desses métodos femininos são: contraceptivos de barreira, hormonais, definitivos ou cirúrgicos. Além desses é possível contar com mais dois tipos como tabelinha e pílula do dia seguinte”, diz Canivilo.

Conheça quais são os métodos contraceptivos femininos:


Métodos contraceptivos de barreira:

Camisinha feminina - Uma barreira física que impede que o esperma entre em contato com o óvulo. Também ajuda a prevenir doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).

Diafragma - Barreira física, feito de silicone ou látex, colocada dentro da vagina para bloquear o esperma de entrar no útero. Deve ser colocado por volta de 15 a 30 minutos antes do ato sexual e removido 12 horas após a relação. A sua vantagem é a redução do risco de câncer de colo de útero e sua reutilização é por até 3 anos. Porém, antes de utilizar o método é necessário ir ao ginecologista para saber o tamanho correto que se encaixa melhor ao corpo.

DIU - Dispositivo Intrauterino (DIU), um pequeno dispositivo em forma de T que mede 30mm, é colocado dentro do útero impedindo a passagem de espermatozoides. Existe a versão não hormonal, mais conhecido como DIU de cobre e versões hormonais, que pode proteger durante cinco a dez anos.


Métodos contraceptivos hormonais:

Contraceptivos oral - Mais conhecida como pílula anticoncepcional, os comprimidos são ingeridos todos os dias, de preferência sempre no mesmo horário, impedindo a ovulação e podendo ser combinados com hormônios.

Contraceptivos injetáveis - Uma injeção hormonal aplicada a cada três meses ou mensalmente para evitar a ovulação.

Implantes - Um pequeno bastão flexível colocado sob a pele do braço, que libera hormônios, fazendo a interferência da ovulação, podendo durar de seis meses, um ano ou até três anos.

Anel vaginal - Um anel flexível, feito de silicone com cerca de 4cm, colocado dentro da vagina pela própria mulher, que libera hormônios para prevenir a ovulação. Sua permanência é por três semanas e após a remoção do anel, deve ter uma pausa de sete dias para um novo anel ser colocado.

Adesivo cutâneo - Adesivos com cerca de 2cm que liberam hormônios através da pele para prevenir a ovulação, são trocados a cada semana e são colados pela própria mulher.


Método cirúrgico:

Laqueadura - É um método definitivo que consiste na esterilização, por meio da ligadura de trompas. As trompas femininas são cortadas para evitar que os espermatozoides cheguem até os óvulos.


Mais alguns métodos contraceptivos femininos:

Tabelinha - Monitoramento de ciclos menstruais, a mulher deve evitar a relação sexual durante os períodos férteis.

Pílula do dia seguinte - Também conhecida como contracepção de emergência, é um método utilizado para prevenir a gravidez após a relação sexual desprotegida ou falha do método contraceptivo. A pílula deve ser ingerida em até 72 horas após o ato sexual e caso haja uma segunda pílula, deve ser tomada 13 horas depois da primeira.

Cada método tem seus prós e contras, e a escolha do método contraceptivo ideal depende das necessidades individuais de cada pessoa. “É importante consultar um ginecologista para discutir qual método é mais adequado para cada caso”, conclui Loreta Canivilo. 

 

Dra. Loreta Canivilo - Médica ginecologista, obstetra e ginecoindócrino Loreta Canivilo, é especialista em reposição hormonal feminina, estética íntima feminina e tratamentos de doenças do útero e endométrio. A profissional possui diversas pós-graduações em instituições de referência como: Reprodução, Ginecologia Endócrina no Hospital Sírio Libanês e Medicina em Estado da Arte no Hospital Albert Einstein. É especialista em Nutrologia e Endocrinologia pela Faculdade Primum, referência em educação em medicina. Nas redes sociais, Loreta já possui mais de 50 mil seguidores - @draloreta, e oferece conteúdo explicativo sobre assuntos relacionados à saúde da mulher, gestação, reposição hormonal e implantes. Loreta Canivilo também é idealizadora de projeto social, em parceria com o Instituto Primum – onde também ministra aulas -, que promove atendimento de saúde feminina gratuito a mulheres em situação de vulnerabilidade.


Mês da Esquizofrenia

 

Crédito: canva

Saiba mais sobre esse transtorno mental que afeta mais de 1 milhão de brasileiros 

Brasil tem mais de 1,6 milhão de esquizofrênicos, que é uma das maiores causas da perda de qualidade de vida; médico psiquiatra e diretor da SIG Residência Terapêutica comenta sobre tipos do transtorno 

 

No dia 24 de maio, é celebrado o Dia Mundial da Pessoa com Esquizofrenia, transtorno mental grave que afeta cerca de 1,6 milhão de brasileiros, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Os sintomas da doença são caracterizados pela perda de contato com a realidade, alucinações e falsas convicções, diminuindo consideravelmente a qualidade de vida dessas pessoas. 

De acordo com o Dr. Ariel Lipman, médico psiquiatra e diretor da SIG - Residência Terapêutica, a doença pode comprometer funções cognitivas e motoras, relacionamento social e profissional. “Na grande maioria dos casos, a pessoa com esquizofrenia não consegue gerir a própria vida”, explica. 

Diferente do que muitos podem pensar, não existe somente um tipo de esquizofrenia, o especialista revela que existem seis: paranoide, hebefrênica, catatônica, simples, residual e indiferenciada. “O tratamento não é feito da mesma forma em todos os pacientes, mas ele envolve medicações e acompanhamento de psicoterapia e terapia ocupacional, mas, mais uma vez, é bastante individualizado”, diz.

 

Paranoide 

Esse é o tipo mais comum da esquizofrenia e está associado a delírios e alucinações, que são os sintomas mais conhecidos da doença. “Esses pacientes costumam ser desconfiados, já que eles acabam perdendo a noção do que é real e do que não é. Também por isso, é um tipo mais fácil de ser diagnosticado”, comenta o psiquiatra. 

Nesses casos, os sintomas também incluem insônia, muita irritabilidade e até mesmo uma menor socialização nos ambientes de trabalho, escolares, etc.
 

Hebefrênica 

O termo, de origem grega, está associado à palavra “adolescência”, já que esse tipo de esquizofrenia normalmente começa durante essa fase da vida. “O tipo hebefrênico vem com a característica de respostas emocionais superficiais ou sem sentido para o contexto”, explica o especialista. 

“Essas pessoas também podem ter falas desorganizadas e problemas comportamentais associados a essa desorganização, como, por exemplo, rir em momentos tristes e chorar com uma situação positiva”, complementa ele.
 

Catatônica 

Já no caso da esquizofrenia catatônica, o comportamento motor do paciente chama mais atenção. “Nesse tipo, as pessoas podem ficar imóveis, mudas e perder parte de ações voluntários”, explica o psiquiatra. 

A catatonia, no entanto, não ocorre apenas em pacientes esquizofrênicos e também é observada em outras doenças mentais, como transtornos de humor. “Como estamos falando de uma condição que atrapalha ainda mais a qualidade de vida com sintomas físicos, o diagnóstico passa a ser muito importante”, completa.

 

Indiferenciada 

Por fim, a esquizofrenia indiferenciada mostra uma diminuição lenta - e por isso mais difícil de ser percebida - em interesses e interações do paciente. Nesses casos, dificilmente emoções se aprofundam. 

“É percebida uma diminuição de atividade mental e reação simples a situações do cotidiano. Podemos notar nesses pacientes uma indiferença e apatia”, explica o médico psiquiatra. 

Embora cada tipo de esquizofrenia apareça de forma diferente em cada pessoa, é importante ressaltar a importância de procurar um especialista, afinal, trata-se de uma doença mental grave e que compromete a vida do paciente.
 

Simples

O subtipo simples acontece, segundo o Dr. Ariel, quando o paciente não faz sintomas como delírios, alucinações ou desorganização, “Nesse caso, eles possuem um predomínio de sintomas como embotamento afetivo, ausência de volição, isolamento social, entre outros, que são chamados de sintomas negativos”.
 

Residual 

A esquizofrenia residual pode ser a evolução de todos os subtipos acima. “Ela ocorre quando se tem anos de evolução da doença e os sintomas chamados positivos (delírios, alucinações, desorganização) estão mais brandos, ou até inexistentes, porém o paciente apresenta diversos sintomas negativos (embotamento afetivo, isolamento, hipobulia), explica Lipman.




Sig Residência Terapêutica     ‍



Dia Mundial da Saúde Digestiva: conscientização e prevenção são fundamentais

No dia 29 de maio é celebrado o Dia Mundial da Saúde Digestiva, uma data dedicada à conscientização sobre a importância do sistema digestório para a saúde geral e o bem-estar. Este ano, a campanha destaca uma preocupante estatística fornecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS): mais de 1 bilhão de pessoas sofrem de problemas gastrointestinais, mas cerca de 90% não procuram atendimento médico e recorrem à automedicação. 

O Dr. Silvio Capparelli, gastroenterologista do Hospital Mater Dei Santa Genoveva, ressalta a complexidade do sistema digestório e sua interconexão com outros sistemas do corpo. “Ele é responsável pela economia e gestão dos alimentos, pela absorção, transformação e excreção. O gastroenterologista precisa ter conhecimento de muitas outras áreas além do sistema digestivo, pois ele lida com uma vasta gama de patologias que podem afetar desde o cérebro até outros órgãos relacionados ao próprio sistema”, explica. 

Os sinais de alerta para problemas digestivos são variados e podem incluir dificuldade para engolir (disfagia), azia, queimação, diarreia com perda de peso, eliminação de sangue nas fezes, prisão de ventre e perda de peso devido à má absorção de nutrientes. De igual modo, fatores do estilo de vida moderno, como dieta inadequada e altos níveis de estresse, têm um impacto significativo na saúde digestiva. 

“A correria do dia a dia, a alimentação rápida e inadequada e a falta de tempo para refeições tranquilas afetam negativamente a saúde digestiva”, alerta o Dr. Silvio. Ele sugere medidas preventivas simples e eficazes, como comer devagar, mastigar bem os alimentos, caminhar após as refeições, adotar uma dieta balanceada rica em frutas, verduras e legumes, e evitar alimentos ultraprocessados. 

O gastroenterologista também chama a atenção para a epidemia de obesidade e síndrome metabólica, que frequentemente são acompanhadas por esteatose hepática, um problema comum que pode ser tratado com atividade física regular, abandono do sedentarismo e uma dieta saudável.

 

Refluxo – Outra doença que vem chamando atenção e levando cada vez mais pacientes ao consultório é o refluxo gastroesofágico (DRGE). Esta é uma condição prevalente no Brasil, afetando de 12% a 20% da população urbana. A DRGE tem implicações significativas na qualidade de vida dos pacientes e potencial para complicações graves. 

Silvio Capparelli esclarece que a principal causa do refluxo gastroesofágico é a frouxidão da válvula esofágica inferior, que separa o esôfago do estômago. Isso permite o retorno do suco gástrico e, às vezes, do suco biliar, para o esôfago e até para a cavidade oral. Essa frouxidão muscular pode ocorrer em várias situações, incluindo obesidade e hérnia de hiato. Os sintomas típicos incluem azia, regurgitação e, em casos graves, dor torácica. 

“Prevenir o refluxo envolve mudanças no estilo de vida, como evitar alimentos que desencadeiam sintomas, comer devagar, evitar deitar-se logo após as refeições, e manter um peso saudável. É fundamental evitar a automedicação e buscar orientação médica para o uso correto de medicamentos. O uso prolongado e sem orientação de remédios pode mascarar sintomas graves, retardando o diagnóstico de condições sérias como esofagite, úlceras ou até câncer gástrico”, alerta o médico. 

Os tratamentos disponíveis para pacientes com refluxo gastroesofágico crônico incluem medidas dietéticas e comportamentais, como evitar refeições pesadas antes de dormir, evitar álcool e cafeína, e adotar uma alimentação balanceada. Inibidores de bombas de prótons são comumente prescritos, e novas classes de medicamentos, como moduladores de canais de potássio, têm mostrado eficácia. Em casos mais graves, o tratamento cirúrgico ou técnicas endoscópicas podem ser considerados. 

O Dr. Silvio destaca a importância de um diagnóstico preciso e um tratamento adequado, enfatizando que um estilo de vida saudável é crucial para a gestão eficaz do refluxo gastroesofágico e para a prevenção de complicações.

 

Conscientização - Neste Dia Mundial da Saúde Digestiva, a mensagem é clara: a prevenção e a busca por orientação médica são essenciais para manter uma boa saúde digestiva. A Rede Mater Dei de Saúde incentiva todos a adotarem hábitos de vida mais saudáveis e a procurarem um médico ao menor sinal de problema. A saúde digestiva é fundamental para o bem-estar geral, e cuidar dela é um passo importante para uma vida mais saudável e plena.

 

Rede Mater Dei de Saúde


Glaucoma: especialista fala sobre a doença que é a maior causa de cegueira entre os brasileiros [1]

 O Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, marcado em 26 de maio, reforça a importância das visitas frequentes ao oftalmologista e do diagnóstico precoce da doença.

 

No Brasil, 80% dos casos de cegueira seriam evitáveis se fossem diagnosticados precocemente[2]. Neste cenário, o glaucoma é a principal causa dessa condição no país[1]. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 2,5 milhões de brasileiros[3] vivem com a doença, que é crônica, progressiva e silenciosa[4]. 

O Dr. Emílio Suzuki, médico oftalmologista e presidente da Sociedade Brasileira de Glaucoma, esclarece os principais fatos sobre a doença.
 

Principais sintomas

Um dos principais desafios do glaucoma é a sua natureza assintomática nos estágios iniciais[4], o que pode acarretar um diagnóstico tardio. “A doença pode se desenvolver durante meses ou anos silenciosamente, sem apresentar nenhum sintoma”, comenta o Dr. Emílio. “Quando o paciente passa a ter uma perda de visão e a esbarrar em objetos pela casa, é sinal de que a doença já está em estágio avançado.” 

O primeiro sintoma a ser notado por pacientes é a perda da visão periférica[5], o que já indica o estágio avançado da doença. Depois, o campo visual vai estreitando gradualmente, até que o paciente tenha apenas uma visão tubular[5]. Pacientes também relatam sentir diminuição da percepção de contrastes[5], dificuldade e lentidão para leitura[5], alteração na adaptação claro/escuro[5]; além de vermelhidão nos olhos[5], aumento dos cílios[5], olho seco[5], entre outros. 

“Por isso a importância de fazer visitas constantes ao oftalmologista. Com consultas e exames frequentes, é possível identificar a doença em seu estágio inicial e começar um tratamento o quanto antes, evitando maiores danos à visão do paciente”, completa. 

Pesquisas mostram que 74% dos brasileiros[6] visitam o oftalmologista apenas em casos de algum incômodo da visão, com mais de 30%[5] alegando que nunca foram a esse especialista.
 

Impacto no dia a dia do paciente

“O glaucoma é uma doença que surge devido ao aumento da pressão intraocular, podendo atingir pessoas principalmente a partir dos 40 anos[4]”, comenta. “Muitas vezes, a perda da visão é confundida com o avanço da idade. O paciente acredita que, se já não enxerga tão bem, é porque não é tão mais jovem, que é algo natural, mas isso é um mito. Todos têm o direito de enxergar plenamente, independente da idade que têm.” 

Além dos sintomas, a doença também possui um forte impacto na saúde mental de quem vive com ela. Dados mostram que 50%[7] dos pacientes relatam sentir ansiedade em relação ao glaucoma e pelo menos 20%[8] se preocupam em relação ao tratamento diário. 

Os impactos do glaucoma também afetam a vida social e física de quem convive com ela: 30% dos pacientes relatam ter medo de quedas[8], com 50% alegando perda na capacidade de leitura[8]. Além disso, outros números demonstram que 25% perdem a confiança de sair de casa sozinho[8], com 30% alegando perda de independência[8] por conta da patologia. Alguns pacientes (35%) também contam que deixaram de fazer atividades físicas ou praticar esportes[8], assim como 40%[8] têm a habilidade de dirigir afetada.
 

Tratamento

“Apesar de ser crônico e não ter cura, o glaucoma pode ser controlado, uma vez que o paciente receba o tratamento adequado e tenha acompanhamento contínuo”, explica o médico. Dentre as opções disponíveis, o paciente pode contar com o uso de colírios, medicamentos ou uso de laser.

“Existem novidades no tratamento da doença hoje, com a possibilidade de uso de colírios, medicamentos e até mesmo procedimentos micro invasivos que auxiliam fortemente no controle da pressão intraocular, em que o médico consegue ter um controle maior da progressão da doença e o paciente sente uma rápida melhora na qualidade da visão”, finaliza o presidente da Sociedade Brasileira de Glaucoma.


Sobre a AbbVie em Oftalmologia

Na AbbVie, estamos comprometidos em fazer comque a visão dure uma vida toda. Com um legado de mais de 75 anos em saúde ocular, temos orgulho de oferecer 125 produtos para cuidados oftalmológicos que ajudam a preservar e proteger a visão de pacientes em todo o mundo. Tratamos doenças da parte frontal até a posterior do olho, incluindo glaucoma, doenças da superfície ocular e doenças da retina.

Para saber mais sobre nossa atuação em Oftalmologia, acesse o nosso site: Link


 



AbbVie
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[1] Link

[2] Link

[3] Link

[4] Link

[5] Link

[6]

[7] Glaucoma Research Foundation – National Glaucoma Impact Survey, 2019. Available at: Link

[8] Allergan. Unpublished Data. INT-NON-2051227. 2020.​


Dia Internacional da Tireoide: entenda a importância do diagnóstico precoce para tratamento eficaz dos distúrbios da glândula

 60% dos brasileiros podem ter nódulos de tireoide, sendo que 10% destes indivíduos podem apresentar células malignas

 

Celebrado no dia 25 de maio, o Dia internacional da Tireoide visa conscientizar a população sobre as complicações que podem acometer a glândula tireoide, como hipotireoidismo, hipertireoidismo, doenças autoimunes, nódulos benignos e câncer. A data busca promover a educação sobre essas condições e incentivar a prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado, visando uma melhor qualidade de vida para indivíduos com doenças na tireoide. 

Facilmente identificável no formato de “borboleta”, a glândula encontrada logo abaixo do Pomo de Adão, localizado na parte de anterior do pescoço, popularmente conhecido como “gogó”, tem a função de produzir dois dos hormônios mais importantes para o bom funcionamento dos músculos, órgãos, metabolismo e no equilíbrio do corpo (T3, triiodotironina e T4, tiroxina). 

Segundo o Dr. Arthur Vicentini, cirurgião de cabeça e pescoço do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a tireoide pode deixar de funcionar adequadamente ao longo da vida, geralmente por conta de alterações autoimunes. 

Quando ela trabalha de forma insuficiente, ocorre o hipotireoidismo; já quando os hormônios são produzidos em excesso, ocorre o hipertireoidismo. As duas condições podem estar relacionadas às chamadas doenças autoimunes (quando o sistema imunológico ataca as células saudáveis do organismo), causando desequilíbrio no organismo como um todo. 

De acordo com o cirurgião, o hipotireoidismo é condição mais comum e uma das suas principais causas é a doença de Hashimoto, em que os próprios anticorpos atacam a tireoide. “Os sintomas do hipotireoidismo incluem cansaço, sonolência, funcionamento lento do intestino, batimentos cardíacos reduzidos e sensibilidade ao frio”, aponta o médico. 

Já o hipertireoidismo é caracterizado por sintomas como a aceleração do coração, tremores, sensação de calor, pele avermelhada. Em casos específicos, como a Doença de Graves (doença autoimune que ataca a tireoide), os pacientes podem apresentar olhos proeminentes, ou seja, quando parecem “saltados” para fora. 

Dados do Departamento de Tireoide da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia) mostram que a predominância de casos de hipotireoidismo em mulheres é de 10% e pode chegar a 15% na fase da menopausa, quando há perda da proteção dos hormônios femininos. Em homens é menos frequente e sua prevalência é em torno de 3%. No Brasil, a incidência anual do hipotireoidismo em mulheres é de 4/1000 e nos homens de 0,6/1000. 

Já o hipertireoidismo, tem distribuição mais homogênea entre indivíduos, dependendo da causa. De acordo com publicação de 2023, da Brazilian Journal of Health Review, a Doença de Graves, responsável por até 80% dos casos de hipertireoidismo, apresenta índices 5 a 10 vezes maior em mulheres do que em homens, sendo mais frequente entre os 20 e 40 anos. 

Além das alterações no funcionamento da glândula, por vezes é possível encontrar nódulos na tireoide. Na grande parte dos casos, trata-se de lesões benignas. Entretanto, o Inca (Instituto Nacional do Câncer) estima que 16.660 casos novos de câncer de tireoide sejam diagnosticados para cada ano do triênio de 2023 a 2025. Sem considerar os tumores de pele não-melanoma, o câncer de tireoide ocupa a sétima posição entre os tipos de tumores mais frequentes no Brasil. 

O cirurgião aponta que os nódulos podem ser um sinal de alerta para o câncer de tireoide. Segundo ele, cerca de 10% dos portadores de nódulos podem apresentar células malignas, e na maioria dos casos, é um tumor com baixa mortalidade, facilmente identificável e tratável, quando diagnosticados em fases precoces.

 

Autoexame e diagnóstico 

Uma forma de auxiliar o diagnóstico prévio e saber como a tiroide está, é realizando o autoexame na frente de um espelho. Identifique no pescoço onde está o “gogó” e engula um gole de água, com a cabeça levemente estendida para trás. Ao engolir, é normal perceber que a tireoide se movimenta para cima. Se ao fazer esse processo a pessoa perceber alguma saliência ou protuberância anormal é preciso ficar atento, repetir o autoexame e em caso de persistência, procurar atendimento médico. 

A suspeita diagnóstica do câncer de tireoide é feita por exames de imagem, principalmente a ultrassonografia, que permite identificar a presença de nódulos na tireoide e avaliar suas características, como tamanho, forma, existência de calcificações e padrão de vascularização. 

Caso, após o exame, o médico suspeite de algo, o próximo passo é a realização de uma punção aspirativa por agulha fina (PAAF), que consiste na retirada de células encontradas no nódulo para realizar uma análise laboratorial. 

Com os resultados do PAAF em mãos, para diferenciar os nódulos inofensivos dos perigosos, os médicos recorrem à Classificação de Bethesda. “Este sistema de classificação analisa minuciosamente as células obtidas pela biópsia dos nódulos, e divide os resultados em seis categorias, de 1 a 6, desde células normais até malignas. Se um nódulo é classificado como Bethesda 5 ou 6 as chances de ser cancerígeno são altas, variando de 75% a 97%”, explica Dr. Arthur. 

Nesses casos mais sérios, a recomendação geralmente é cirúrgica, podendo envolver a retirada de metade do nódulo ou até mesmo de toda a tireoide. Por conta disso, Dr. Arthur Vicentini destaca o diagnóstico precoce como um aliado poderoso, sendo que a maioria dos tumores tireoidianos, mesmo quando malignos, apresenta baixa agressividade e taxas de até 98% de sucesso no tratamento. 

É importante ressaltar que o diagnóstico do câncer de tireoide requer uma avaliação multidisciplinar, envolvendo endocrinologistas, cirurgiões de cabeça e pescoço, radiologistas e patologistas, para garantir o diagnóstico correto e o melhor plano de tratamento para cada caso.

 

Hospital Alemão Oswaldo Cruz
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Cólica do Bebê: Confira 3 maneiras de aliviar o desconforto nos pequenos

As cólicas são comuns nos primeiros meses de vida dos bebês, mas causam desconforto e tornam-se também, um desafio a ser enfrentado pelos pais.

Ainda assim, existem algumas soluções bastante eficazes para diminuir as dores nos pequenos e consequentemente, tranquilizar os pais e cuidadores. A pediatra neonatologista Dra. Andrea Patente, listou três delas. Veja:

 

1)     Deite o bebê sobre o antebraço: Esta é a posição mais recomendada

para alívio das cólicas, já que o seu braço fará uma leve pressão na barriga do bebê e ajudará a eliminar os gases. Aproveite para fazer movimentos circulares nas costas da criança, pois o carinho ajuda a relaxar.

 

2)     Apoie o bebê no seu pescoço: Coloque a cabeça da criança entre o seu

queixo e peito. Enquanto faz isso, balance seu corpo suavemente para a frente e para trás enquanto conversa ou canta uma música em voz baixa. A vibração da sua voz vai ajudar o bebê a relaxar e acalmar.

 

3)     Posição de Cócoras: Faça a posição de cócoras horizontal. Para isso,

basta flexionar suavemente as coxas do bebê contra a barriga, com cuidado e delicadeza como se estivesse fazendo uma massagem.




Andrea Patente - Médica Pediatra Neonatologista, especialista em prematuros e primeira infância. (CRM 92953)


CUIDADOS CRUCIAIS PARA ATLETAS NA PREPARAÇÃO PARA AS OLIMPÍADAS

 

Período pré-Olímpico é crucial não apenas para o aprimoramento
técnico e tático, mas também para garantir que os competidores
 cheguem ao evento principal livres de lesões
(imagem: Instituto Trata)

Estratégias essenciais para prevenir lesões e garantir desempenho máximo

 

À medida que o mundo se volta para a próxima edição dos Jogos Olímpicos, os atletas de elite estão em fase intensiva de treinamento e preparação. Este período pré-Olímpico é crucial não apenas para o aprimoramento técnico e tático, mas também para garantir que os competidores cheguem ao evento principal livres de lesões. Especialistas em medicina esportiva, treinadores e fisioterapeutas concordam que a prevenção de lesões é tanto uma prioridade quanto um desafio. O Dr. Thiago Fukuda, diretor clínico do Instituto Trata e com uma renomada carreira dedicada à biomecânica e fisioterapia esportiva, compartilha insights valiosos sobre como os atletas podem se preparar de maneira eficaz e segura para um dos maiores palcos do esporte mundial.

 

Avaliação e Monitoramento Contínuos

"A avaliação contínua é o pilar de qualquer programa de treinamento de alto nível. Utilizando avançados métodos de biomecânica, podemos identificar potenciais desequilíbrios e corrigi-los antes que se tornem lesões," afirma Dr. Fukuda. Com a experiência adquirida na University of Southern California, EUA, e na seleção brasileira de futebol feminino, ele enfatiza a importância de personalizar cada aspecto do treinamento com base nessas avaliações.

 

Treinamento Personalizado e Descanso Adequado

O equilíbrio entre treinamento intenso e descanso adequado é essencial. "A sobrecarga é uma das principais causas de lesões em atletas. Por isso, é fundamental intercalar sessões de treinamento com períodos de recuperação planejados," destaca Dr. Fukuda. A periodização do treinamento ajuda a evitar a fadiga acumulada, que pode comprometer tanto a saúde quanto o desempenho dos atletas.

 

Nutrição e Hidratação

Segundo o Dr. Fukuda, a nutrição também desempenha um papel crucial na prevenção de lesões. "Uma dieta bem planejada e rica em nutrientes essenciais auxilia na recuperação entre os treinos," explica. A hidratação é igualmente vital, visto que a desidratação pode diminuir a eficiência muscular e aumentar o risco de lesões e cãibras.

 

Psicologia Esportiva e Suporte Mental

A preparação mental é tão importante quanto a física. "Atletas sob intensa pressão precisam de suporte psicológico para gerenciar o estresse e manter o foco. A ansiedade pode levar a decisões de treinamento precipitadas, que aumentam o risco de lesões," observa o Dr. Fukuda. Ele recomenda sessões regulares de psicologia esportiva como parte integrante do treinamento.

 

Adoção de Tecnologia no Treinamento

O uso de tecnologias como análise de movimento em tempo real tem revolucionado a forma como os treinamentos são monitorados e ajustados. "Essas tecnologias nos fornecem dados precisos que são essenciais para o ajuste fino dos regimes de treinamento e para garantir que estamos progredindo na direção certa sem colocar o atleta em risco," relata Dr. Fukuda.

 

Conclusão

À medida que os Jogos Olímpicos se aproximam, a implementação de estratégias de treinamento eficazes e seguras é fundamental. O Dr. Thiago Fukuda e sua equipe no Instituto Trata estão na vanguarda, assegurando que os atletas não apenas atinjam seus picos de desempenho, mas também permaneçam saudáveis e livres de lesões. 



ITC Vertebral

Instituto Trata


Comprimidos, cápsulas ou xaropes: existe uma forma farmacêutica ideal para seu medicamento?

Medicamentos com formatos diferentes podem ter a mesma
finalidade embora atuem de maneiras diferentes
no organismo  
Crédito: Envato

Ainda que com a mesma finalidade, medicamentos podem ser comercializados de diversas formas; entenda as diferenças entre elas.
 

 

Nas prateleiras das farmácias, é comum encontrarmos uma variedade de medicamentos apresentados de diferentes formas e administrados em vias distintas: comprimidos, cápsulas, xaropes, soluções, usadas de forma oral, nasal, tópica, sublingual, entre outras. Essa gama de possibilidades pode deixar muitas pessoas em dúvida sobre qual apresentação é mais adequada para suas necessidades. Essa diversificação ocorre devido a vários fatores, incluindo características da substância ativa, a condição de saúde do paciente, as preferências individuais ou necessidades específicas de cada um.

Muitas vezes, essa escolha pode influenciar diretamente o desempenho do medicamento e consequentemente a resposta ao tratamento. Cada paciente deve ser avaliado de forma individual considerando seu contexto clínico, por isso, a forma de apresentação do medicamento pode fazer toda a diferença na hora da prescrição.

“O mercado farmacêutico tem acompanhado tendências de evolução farmacotécnica, seguindo rigorosos padrões de qualidade estabelecidos pela Anvisa e outros órgãos reguladores. Por exemplo, crianças e idosos tendem a preferir comprimidos menores ou até mesmo formulações líquidas devido à dificuldade de engolir. Já medicamentos com formatos diferenciados e coloridos ajudam a facilitar a administração em pacientes que fazem uso de muitos medicamentos. Todos esses fatores são considerados no desenvolvimento de uma formulação, e visam melhorar a adesão ao tratamento e democratizar o acesso ao mesmo, melhorando a qualidade de vida dos pacientes”, comenta a pesquisadora clínica da Prati-Donaduzzi, Patrícia Zimmermann.

Entenda um pouco mais sobre as diferenças:


Comprimidos

Os comprimidos são uma forma farmacêutica sólida amplamente utilizada e reconhecida pela praticidade de administração. São formulações contendo princípios ativos e excipientes normalmente moldados por compressão. Dentre suas características relevantes estão a facilidade de transporte, estabilidade, padronização de dosagem, possibilidade de partição, modulação da liberação do fármaco e versatilidade. É a forma mais comercializada atualmente. No entanto, alguns pacientes podem enfrentar dificuldades na deglutição e estes podem ser irritantes para a mucosa gástrica. 


Cápsulas

As cápsulas também são uma forma sólida de medicamento que vem ganhando destaque. Seu revestimento, geralmente feito de gelatina, dissolve-se liberando o conteúdo no organismo. Essa apresentação oferece várias vantagens, como capacidade de disfarçar o sabor do medicamento, o invólucro protege o ativo da luz e há possibilidade de modulação da liberação do ativo. As cápsulas moles permitem a veiculação de medicamentos líquidos ou semissólidos apresentando facilidade de deglutição.


Xaropes

São formulações líquidas, normalmente açucaradas que apresentam facilidade de deglutição, possibilidade de ajuste de dosagem através do volume, sabor agradável com mascaramento de sabor do ativo e boa estabilidade físico-química, também existindo xaropes dietéticos para pacientes que não possam consumir açúcar. 

Além dessas opções, há inúmeras outras como soluções, pomadas, suspensões, etc. Para segurança e eficácia do tratamento, deve ser avaliada a forma farmacêutica, assim como a via de administração mais adequada ao paciente.


Vias de administração

Dentre as vias de administração temos a enteral (oral, sublingual e retal) e parenteral (subcutânea, intramuscular e endovenosa). Na administração sublingual, por exemplo, os medicamentos são administrados abaixo da língua, o que permite que sejam absorvidos diretamente na corrente sanguínea. Essa via de administração oferece vantagens significativas em comparação com a ingestão oral.

A absorção rápida é uma característica relevante dos medicamentos administrados de forma sublingual, tornando-os ideais para situações de emergência, como enjoo. Além disso, eles evitam o “efeito de primeira passagem” pelo fígado, o que significa que doses menores administradas via sublingual podem ter o mesmo efeito que doses maiores tomadas por via oral. Pacientes com dificuldade para engolir comprimidos também se beneficiam dessa forma de administração.

“O desenvolvimento de medicamentos em diferentes apresentações, com segurança e eficácia comprovadas, possibilitando maior facilidade de administração e adesão ao tratamento, são importantíssimos para a qualidade de vida do paciente, mas é crucial que as recomendações dos profissionais de saúde sejam seguidas, de modo que sejam prescritas as melhores alternativas terapêuticas para cada caso”, reforça a pesquisadora Patrícia Zimmermann.

 


Prati-Donaduzzi


Neurologista lista 04 estratégias para ajudar mães que sofrem com Autismo e TDAH a lidarem com os desafios da maternidade!

 Estudos recentes têm explorado como o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) afetam a experiência da maternidade, sugerindo que essas mães enfrentam desafios únicos, como dificuldades na comunicação social, alterações sensoriais e a necessidade de rotinas estruturadas.

“Esses desafios no TEA podem tornar a interação com seus filhos e a navegação nas demandas da maternidade mais difíceis. Já as mães com TDAH podem enfrentar dificuldades relacionadas à desatenção, impulsividade e desorganização. São comuns dificuldades em manter a consistência na disciplina, estabelecer rotinas e lidar com as demandas multitarefas da maternidade”, enfatiza o médico que é referência no diagnóstico e acompanhamento neste segmento em adultos, o Dr. Matheus Trilico.

Segundo o neurologista, essas mulheres enfrentam não apenas os desafios comuns da maternidade, mas também as dificuldades específicas relacionadas às suas condições neurodivergentes, precisando de suporte  e de estratégias específicas durante essa fase da vida, levando em conta suas necessidades diárias. E para auxiliar nessa jornada, o Dr. Trilico lista 4 estratégias simples, porém eficazes:

  1. Estabelecer rotinas e estruturas claras;
  2. Usar auxílios visuais e lembretes para organização;
  3. Praticar o autocuidado e buscar apoio quando necessário;
  4. Comunicar-se abertamente com parceiros e familiares sobre suas necessidades; 

Além disso, o suporte de profissionais especializados e grupos de apoio pode ser fundamental. Esses recursos oferecem orientação, validação e um senso de comunidade para mães atípicas.

“É importante reconhecer e celebrar a diversidade na experiência da maternidade. As mães atípicas trazem perspectivas e pontos fortes únicos para a criação de seus filhos. Elas podem ensinar lições valiosas sobre aceitação, adaptação e superação de desafios. À medida que a conscientização sobre o TEA e o TDAH continua crescendo, é crucial que a sociedade ofereça suporte e compreensão para essas mães. Ao criar um ambiente acolhedor e inclusivo, podemos capacitar essas mulheres a prosperar em suas jornadas maternas”, explica Dr. Matheus. 

Esse outros artigos sobre TEA e TDAH em adultos podem ser vistos no portal do neurologista: https://blog.matheustriliconeurologia.com.br/

 

 

Dr. Matheus Luis Castelan Trilico - CRM 35805PR, RQE 24818. Médico pela Faculdade Estadual de Medicina de Marília (FAMEMA); Neurologista com residência médica pelo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC-UFPR); - Mestre em Medicina Interna e Ciências da Saúde pelo HC-UFPR; Pós-graduação em Transtorno do Espectro Autista


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