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terça-feira, 12 de março de 2024

Saúde renal: automedicação pode causar danos irreversíveis aos rins

 Médico da Rede Mater Dei chama a atenção para uso excessivo de suplemento, fitoterápicos e anabolizantes 

 

Com a proximidade do Dia Mundial do Rim, celebrado este ano em 14 de março, a atenção volta-se para a crescente preocupação com as doenças renais em todo o mundo. Segundo estimativas da Organização Internacional World Kidney Day, cerca de 10% da população global, o equivalente a 850 milhões de pessoas, enfrenta algum tipo de doença renal crônica, uma condição que pode ser fatal, se não for tratada adequadamente.

No Brasil, os números não são menos preocupantes. De acordo com dados recentes da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), mais de 140 mil pacientes estão em estágio avançado de doença renal crônica, submetendo-se a tratamentos, como a diálise, para sobreviver. O transplante de rim, que representa cerca de 70% do total de transplantes de órgãos realizados no país, é uma esperança para muitos desses pacientes. O Brasil ocupa uma posição de destaque global nesse aspecto, sendo o terceiro maior transplantador de rim do mundo, com 4.828 procedimentos registrados apenas em 2021.

No entanto, apesar dos avanços na área, ainda há desafios significativos a serem enfrentados. Estima-se que cerca de 50 mil pessoas no Brasil morrem prematuramente, a cada ano, devido à falta de acesso à diálise ou ao transplante de rim.

Frente a esse contexto, a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) coordena anualmente, no país, a Campanha do Dia Mundial do Rim, que tem como objetivo disseminar informações vitais sobre as doenças renais, destacando a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado. 

De acordo com o nefrologista Victor Jordão, do Hospital Mater Dei Santa Genoveva, em Uberlândia, os rins são órgãos chamados de “vitais” no nosso corpo. Eles são responsáveis pelo controle de líquido (o que fica, se está faltando, ou o que sai de água, se em excesso), de toxinas e sais, que devem manter equilíbrio no organismo, da acidez do sangue, da produção de células do sangue pela medula óssea e da pressão arterial. Sua disfunção ou perda de seu equilíbrio podem ter consequências sérias. 

“Muitas vezes essas consequências vêm por doenças relacionadas ao uso de medicações necessárias, porém tóxicas para os rins, mas é cada vez mais comum vermos uso abusivo de fitoterápicos, vitaminas, oligoelementos, anabolizantes e alguns suplementos”, alerta o médico.

Victor considera que, atualmente, estamos vivendo uma fase de acesso à informação e a produtos muito fácil, o que é excelente. Entretanto, nem tudo que está na internet e é difundido nela é benéfico ou o correto para aquela pessoa ou situação. “A automedicação pode levar a superdosagens de substâncias no organismo que, mesmo que já presentes ou até produzidas por nosso corpo, tornam-se prejudiciais em doses elevadas. Isso vale também para anabolizantes, que tem um efeito rápido na estética, mas uma conta cara a ser paga com efeitos colaterais, até irreversíveis, e risco de morte”, explica o médico.

“Reforço que suplementos são para preencher carências da nossa alimentação, que deve ser adequada para nossos objetivos e para nossa saúde, e que nem sempre algo que é natural, ou até mesmo presente no nosso corpo, é melhor em mais quantidades. Os níveis devem ser adequados para uma saúde plena, junto a outros fatores, como bons hábitos de alimentação, exercício físico, sono e redução do stress”, diz Victor.

De acordo com Victor, os atendimentos a pacientes que tenham feito uso excessivo e acabaram comprometendo os rins têm aumentado em seu consultório: “esse tipo de consulta é cada vez mais frequente. Os campeões são, com certeza, o uso indiscriminado de anabolizantes ou, até mesmo, de ‘reposição hormonal de testosterona’, mesmo que acompanhada por médico, mas com muitos efeitos. Outro muito comum é o uso indiscriminado de Vitamina D, que é uma vitamina (ou hormônio) de extrema importância para o corpo, mas que se aplicada através de doses elevadas no sangue, como alguns estão objetivando, podem levar ao aumento de cálculos renais ou até lesão renal irreversível por toxicidade direta”, afirma. 

Uma análise sobre os padrões de consumo, conduzida pelo Ministério da Saúde, revelou que em 59% dos domicílios brasileiros, pelo menos uma pessoa faz uso de algum tipo de suplemento alimentar. Destes, 60% são homens e 40% são mulheres. “Acredito que isso seja um efeito colateral de múltiplas coisas que aconteceram ao mesmo tempo, com o avanço da tecnologia. Desde o acesso rápido e fácil à informação, (que nem sempre é de fonte confiável ou verdadeira), o culto ao corpo inatingível, vendido em redes sociais, onde a pessoa, mesmo sem ter noção ou indicação de algo, quer copiar aquele influenciador específico, para ‘ser igual’, até à facilidade de acesso a qualquer produto atualmente, com contatos fáceis ou compras diretas online”, alerta o médico.


Sinais do uso excessivo – estes sintomas dependem muito do que foi usado e das doses. Victor explica que, se tratando de anabolizantes, pode ocorrer desde o aumento da pressão arterial, pelo aumento da viscosidade do sangue, até lesões diretas e tóxicas ao funcionamento dos rins, fígado e estrutura do coração – sem contar o risco aumentado de infarto, AVC e câncer. “São problemas irreversíveis e gravíssimos. Mais relacionados aos rins, podemos citar desde o aumento da incidência de cálculos renais – principalmente relacionados ao abuso da vitamina D – até o inchaço das pernas e restante do corpo, falta de ar, falta de apetite e perda do funcionamento dos rins. Estes, relacionados principalmente a dosagens de vitamina D superiores a 80ng/dL ou uso de anabolizantes (ou mesmo quando chamados de reposição hormonal controlada)”. 


Exame para todos - O Dia Mundial do Rim tem como foco a saúde desse órgão tão importante para o funcionamento do corpo. A campanha, que busca disseminar informações para toda a sociedade, chamará a atenção também para a importância de todos os brasileiros poderem acessar o exame de creatinina. O ideal, segundo a SBN, é que toda pessoa, principalmente acima de 30 anos, possa fazer um exame anual de dosagem desse marcador da função do rim.

A Rede Mater Dei de Saúde tem um serviço completo de cuidados voltados para pacientes renais crônicos e agudos, realizando diálise contínua por 72h a pessoas internadas em suas unidades, pacientes externos, e diálise em trânsito, para pacientes de outras localidades que precisam permanecer em tratamento durante um determinado período.


Espermidina: substância encontrada no corpo humano e em determinados alimentos pode prolongar a vida

   


Diversos estudos apontam resultados promissores com o consumo de substância encontrada em leguminosas, cereais, sementes e até alimentos fermentados; além de contribuir com a melhora da saúde celular e proteção do DNA, expectativa de vida pode aumentar de 10 a 25% 

 

Sabe-se que a expectativa de vida tem aumentado no mundo inteiro. No Brasil, de acordo com IBGE, esse crescimento é visto anualmente e diversos estudos apontam os motivos que podem contribuir com uma vida mais longa. Saneamento básico, avanço da medicina, maior acesso à saúde e informação e uma dieta rica em substâncias que combatem o envelhecimento são alguns dos principais fatores que ajudam na longevidade.

E cada vez mais são descobertos ingredientes e substâncias em alimentos que também são capazes de ativar mecanismos que contribuem com o aumento da expectativa de vida, como é o caso da espermidina - encontrada em cogumelos, lentilha, nozes, sementes, ou seja, em grãos integrais -, que é uma substância natural e que faz parte dos compostos chamados poliaminas, que desempenham diversos papeis importantes nas células, incluindo a regulação do crescimento celular e a manutenção da integridade genômica, ou seja, a integridade do DNA e, consequentemente, a sobrevivência da célula.


Espermidina x longevidade


Com isso, estudos publicados em 2018 pelo Instituto Guido Kroemer: Centre de Recherche des Cordeliers, na França, relataram que a absorção nutricional de espermidina está associada à redução da mortalidade geral, cardiovascular e relacionada ao câncer em humanos.

“Os estudos se basearam na utilização de questionários alimentares que permitiram calcular, para cada indivíduo, a absorção nutricional de poliaminas, incluindo espermidina. Os resultados apontaram um prognóstico favorável independente para a redução da mortalidade, o que significa que esta variável previu uma incidência reduzida de morte mesmo após correção de fatores de confusão, como idade, índice de massa corporal, consumo de álcool ou aspirina, diabetes, síndrome metabólica, atividade física, sexo, status socioeconômico e até mesmo qualidade da dieta, apoiando a ideia de que a espermidina pode, de fato, estar causalmente envolvida na redução da morbidade e mortalidade geral”, explica Dr. Maurizio Pupo, farmacêutico e professor especialista em cosmetologia.

O estudo também apontou que a espermidina é capaz de estimular e induzir a autofagia, que é um processo que envolve a reciclagem de células danificadas, envelhecidas ou não funcionais, fazendo com que haja a regulação do equilíbrio celular e, também, o rejuvenescimento de importantes porções da célula. “Por esta razão, a autofagia tem um vasto potencial antienvelhecimento, sendo capaz também de eliminar células defeituosas ou cancerígenas”, ressalta o farmacêutico.

Outro estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade do Texas A&M, em 2017, mostraram que aqueles que receberam espermidina, tiveram menos câncer de fígado e fibrose hepática, mesmo nos casos em que o organismo já apresentava uma predisposição natural para essas doenças. “Os resultados ainda apontaram que a longevidade com o consumo de espermidina pode aumentar de 10 a 25% (sendo possível a porcentagem mais alta para indivíduos que iniciam o consumo desde a infância), e que os efeitos colaterais da substância são mínimos, já que ela é encontrada no próprio esperma humano”, diz Dr. Maurizio.


Como tirar proveito da esperimidina?

Conforme citado acima, essa substância pode ser encontrada em diversos alimentos, o que facilita seu consumo no dia a dia de qualquer pessoa. “Leguminosas, como ervilha, feijão e lentilha, cereal integral, sementes, como a de girassol e abóbora, alguns tipos de cogumelos, algumas frutas, como a maçã, além de alimentos fermentados são algumas das fontes alimentares ricas em espermidina. Desta forma, é possível ter uma dieta diversificada e com opções para toda a família, lembrando que quanto mais jovem se inicia o consumo dessa substância, mais chances de aumentar a longevidade”, explica o farmacêutico.

Ainda é importante ressaltar que a quantidade exata de espermidina pode variar em diferentes alimentos e, também, pode ser influenciada pelo método de preparação desses alimentos. “Por isso, é importante manter um cardápio variado e com fontes alimentares naturais sempre que possível, para poder absorver o máximo de quantidade de espermidina nas refeições diárias”, diz o especialista.


Mecanismos beneficiados pela espermidina

Além da autofagia, citada anteriormente, que é um processo essencial para a manutenção da saúde celular, a espermidina ainda pode contribuir com outros mecanismos no nosso organismo capazes de prolongar a vida, como:

  • Proteção do DNA: A espermidina pode ajudar a proteger o DNA contra danos, o que é crucial para prevenir mutações genéticas que podem levar ao envelhecimento celular e a várias doenças.
  • Regulação da expressão genética: A espermidina pode influenciar a expressão de genes relacionados ao envelhecimento e a longevidade, uma vez que, ela pode estar envolvida na regulação de vias metabólicas e moleculares que afetam o processo de envelhecimento.
  • Redução do estresse oxidativo: A espermidina pode ter propriedades antioxidantes, o que significa que ela pode ajudar a neutralizar os radicais livres e reduzir o estresse oxidativo nas células. O estresse oxidativo está associado ao envelhecimento celular.
  • Modulação do sistema imunológico: Alguns estudos sugerem que a espermidina pode modular o sistema imunológico, promovendo uma resposta imunológica saudável, o que pode ser relevante para a longevidade.

“Atualmente, existem diversos estudos e pesquisas sobre as evidências promissoras da espermidina, principalmente, com relação aos efeitos positivos no aumento da expectativa de vida. Porém, a longevidade é um fenômeno complexo, influenciador por uma combinação de fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida. De qualquer forma, os alimentos com essa substância são opções saudáveis e que podem ser incluídos facilmente na dieta, contribuindo não só com a possibilidade de uma vida mais longa, mas com a proteção das células e DNA do nosso corpo”, finaliza o farmacêutico. 

 

Dr. Maurizio Pupo - farmacêutico ítalo brasileiro, pesquisador e professor especialista em cosmetologia. É autor de vários livros na área cosmética como: Tratado de Fotoproteção, Luz Azul | Luz Visível e Impactos na Dermatologia, DIFENDIOX® OPP’s Antioxidantes Biologicamente Ativos e Estabilizados em Sistema Hydromicelar, entre outros. Além disso, é CEO e responsável pelo desenvolvimento dos produtos marca de dermocosméticos ADA TINA.


Diabetes, hipertensão e obesidade são alguns dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças renais

 

As doenças renais, em sua maioria, são silenciosas e só apresentam sintomas em estágios avançados 
 

Dia 14 de março deste ano é celebrado o Dia Mundial do Rim, a data ressalta a importância da prevenção e tratamento adequado para a Doença Renal Crônica (DCR).  De acordo com a Sociedade Internacional de Diálise (ISN), estima-se que cerca de 850 milhões de pessoas no mundo, aproximadamente 11% da população, convivam com uma doença renal, sendo que ocorrem 2,4 milhões de mortes por ano. 

Os rins são órgãos que desempenham funções imprescindíveis, das quais dependem o equilíbrio e o bom funcionamento do organismo. Sua principal e mais conhecida função, é a filtragem de substâncias tóxicas do corpo. Porém, o órgão vai além. “Ele é capaz de manter o equilíbrio entre os minerais do organismo (como sódio e potássio), regular o pH do sangue, equilibrar o volume líquido do corpo e produzir hormônios e substâncias benéficas para o organismo, como a vitamina D”, informa a Nefrologista Geovana Basso, Diretora de Assuntos Médicos da Baxter na América. 

Ainda segundo a ISN, no Brasil, 10% da população, ou seja, 1 em cada 10 pessoas possui algum grau de Doença Renal Crônica, situação caracterizada por uma lesão no rim que persiste por mais de três meses, o que faz com que esse órgão não funcione como deveria. Em sua fase mais avançada, conhecida como Doença Renal Crônica, os rins não conseguem mais manter a normalidade do meio interno do paciente. “Injúria e/ou doença renal é a condição na qual os rins perdem a capacidade de efetuar suas funções básicas. Ela pode ser aguda, quando ocorre súbita e rápida perda da função renal, onde o quadro pode ser reversível, ou crônica, quando esta perda é lenta, progressiva e irreversível”, explica a médica.   

Uma forma de prevenir a perda da função renal e, consecutivamente, os impactos causados, é o diagnóstico e tratamento precoce. “Vale lembrar que a doença renal é silenciosa. Os problemas renais podem ser identificados pela análise de urina e/ou de creatinina no sangue. Por isso é indispensável o cuidado com a saúde dos rins em cada visita médica de rotina e quanto detectada a doença, o paciente deve ser encaminhado ao Nefrologista”, relata a médica. 

Alguns cuidados são essenciais para manter a saúde dos rins. Para a Dra. Geovana, além da hidratação, é importante que as pessoas adotem hábitos de vida mais saudáveis, como manter uma dieta equilibrada, praticar atividades físicas regularmente e ficar de olho em outras condições que acometem os rins, como a obesidade, diabetes, hipertensão, tabagismo e doenças cardiovasculares.

 

Respiração, sono e viver bem: médicas mostram como esses temas estão entrelaçados

O ronco pode ser um sinal de problemas respiratórios que levam a um cotidiano cansado, difícil e até mesmo doente. Otorrinolaringologistas desenham o mapa do sono saudável na semana do Dia Mundial do Sono

 

O Dia Mundial do Sono neste ano será em 15/03, e nada melhor do que reunir especialistas em otorrinolaringologia para cercar o problema do ronco e da apneia, grandes vilões do sono e da vida de da população mundial, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Para começar, o cuidado com o ronco é unânime no sentido de ser um indicador infalível de que algo não vai bem com a respiração durante o sono. Exceto em momentos específicos de resfriados e outras situações pontuais, o ronco não deve ser considerado normal na vida das pessoas. É o alerta da otorrinolaringologista do Hospital das Clínicas de São Paulo Dra. Maura Neves. "Roncar todas as noites ou roncar alto denota obstrução importante da passagem do ar e pode indicar a síndrome da apneia do sono, que interrompe a passagem do ar, diminuindo a quantidade de oxigênio no sangue", explica a especialista, destacando o que muitos sabem, mas poucos agem a respeito disso: "A presença da apneia do sono está associada, por exemplo, ao aumento do risco de hipertensão, insuficiência e arritmia cardíacas, derrame e diabetes." 

Engajada na missão de ajudar as pessoas a se conscientizarem sobre a gravidade dessa ocorrência, a otorrino Dra. Roberta Pilla membro da ABORL-CCF -Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, preparou uma lista simples para identificar a presença da apneia: 

  1. Boca seca ao acordar
  2. Sonolência diurna ou fadiga
  3. Sono fragmentado
  4. Dor de cabeça matinal
  5. Dificuldade na concentração e perda de memória
  6. Irritabilidade 

A apneia é um dos problemas que prejudicam a qualidade do sono e de vida das pessoas, mas, ainda que não se desenvolva essa questão mais grave, a experiência da Dra. Roberta mostra que a respiração pela boca, em si, já é suficiente para dificultar o dia a dia. Ela contextualiza: "O ar deve ser inspirado pelo nariz para ser filtrado, aquecido e umidificado antes de chegar aos pulmões. A respiração pela boca não é normal e precisa ser avaliada". 

Respirar pela boca pode acontecer por diversas razões, desde motivos anatômicos até quadros de rinite alérgica, desvios de septo, pólipos nasais, hipertrofias de conchas nasais, hipertrofia de adenoide e amígdalas palatinas, entre outras. Além dos sintomas que alertam para a apneia, dormir de boca aberta pode, segundo Dra. Roberta, levar a sintomas mais difíceis. "A curto e longo prazo o indivíduo pode começar a perceber uma hiperatividade, irritabilidade, desinteresse por atividades e agressividade, além de questões físicas, como alterações crânio esqueléticas, como rosto alongado, alteração na oclusão dentária, maxila pouco desenvolvida, lábio superior curto e entreaberto, narinas mais estreitas e palato ogival", detalha a médica.

 

Como saber se é grave? 

Dra Maura Neves chama a atenção para os cuidados de quem está preocupado com o sono, a respiração ou o ronco. "Deve ser feita uma avaliação do sono por um exame chamado Polissonografia, em que se verifica o tempo de sono, frequência cardíaca e porcentagens dos estágios de sono, além da quantidade de apneias e microdespertares". A otorrino conta que, em consulta, ela também avalia os sintomas clínicos, como a sonolência diurna, aquela que leva a cochilar em situações como assistir televisão, ler, andar de ônibus ou metrô, dirigir no trânsito etc. 

Identificadas as causas do ronco, ou da respiração bucal, ou mesmo a apneia, os tratamentos começam a ser considerados: "Em casos de apneia, há casos de cirurgia, uso de aparelhos intraorais, CPAP, fonoterapia para fortalecimento da musculatura do pescoço. Tudo depende da severidade da apneia", explica Maura Neves. Para as condições que envolvem a respiração pela boca, a especialista cita o controle das rinites, a correção de desvio de septo, das amígdalas e adenoides, e ressalta a necessidade de avaliação do dentista e da fonoterapeuta como terapia multidisciplinar, se for o caso.

 

O que fazer para respirar melhor e, assim, dormir melhor? 

As médicas otorrinolaringologistas preparam um guia de autocuidado para cuidar da respiração, que pode ser amiga ou inimiga da noite de sono: 

1. Pratique a respiração diafragmática: Ao respirar profundamente, seu diafragma, o músculo que ajuda a controlar a respiração, é ativado. Essa respiração ajuda a aumentar a capacidade pulmonar, reduzir o estresse e melhorar a oxigenação. Para praticar, deite-se de costas, com as mãos sobre o abdômen. Inspire profundamente pelo nariz e sinta o abdômen se expandir. Em seguida, expire lentamente pela boca, contraindo o abdômen. Repita por alguns minutos diariamente. 

2. Mantenha uma boa postura: A postura inadequada pode dificultar a respiração, especialmente se você permanecer sentado por longos períodos. Tente manter uma postura ereta, com os ombros para trás e o queixo levemente para cima. 

3. Tente evitar exposição a poluentes ambientais, como fumaça de cigarro, poluição do ar e produtos químicos irritantes. Use uma máscara em ambientes poluídos ou com muita poeira. 

4. Faça exercícios regularmente para melhorar a função pulmonar e a capacidade respiratória, além de fortalecer os músculos respiratórios. Escolha atividades que elevem sua frequência cardíaca, como caminhada rápida, corrida, natação, ciclismo ou dança. 

5. Mantenha seu corpo bem hidratado para manter a saúde das vias respiratórias, pois o muco que reveste o nariz, a garganta e os pulmões é composto principalmente de água. Quando o corpo está desidratado, o muco pode se tornar mais espesso e pegajoso, o que pode dificultar a respiração. 

6. Reduza o estresse, pois ele pode afetar a respiração, deixando-a mais superficial e acelerada. Práticas como meditação, ioga e tai chi podem ajudar a reduzir o estresse e melhorar a respiração. Também é importante identificar as fontes de estresse em sua vida e encontrar maneiras saudáveis de lidar com elas. 

7. Consulte um profissional da saúde especialista. Um médico otorrinolaringologista e um dentista podem ajudar a encontrar o tratamento específico com base no diagnóstico.

  

Dra. Maura Neves – Otorrinolaringologista. Formação: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Graduado em medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USP. Residência médica em Otorrinolaringologia no Hospital das Clinicas Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USP. Fellowship em Cirurgia Endoscópica Nasal no Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USP. Título de especialista pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial - ABORL-CCF. Doutorado pelo Departamento de Otorrinolaringologia do Hospital das Clinicas Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USP



Março Amarelo: Endometriose afeta mais de 190 milhões de mulheres no mundo e pode ser silenciosa: especialista alerta para os sintomas

 Conscientizar a importância do diagnóstico precoce pode evitar o desenvolvimento da doença em sua forma grave

 

O Março Amarelo é o Mês Mundial de Conscientização da Endometriose, doença que atinge cerca de 10% da população feminina em idade reprodutiva, impactando a qualidade de vida e a produtividade da mulher. O diagnóstico precoce é um dos maiores desafios da doença, já que seus sintomas se confundem com reações comuns do período menstrual. Sem tratamento, ela pode atingir formas graves, como a chamada endometriose profunda, que tem sintomas mais severos e deixam a mulher incapacitada para uma rotina normal.

“Nem sempre o diagnóstico é realizado logo de início, podendo levar até 10 anos para ser feito. Essa é a maior dificuldade, já que as dores da endometriose podem ser confundidas com dores rotineiras do ciclo menstrual. Por isso a importância da data. Precisamos dar visibilidade ao assunto, conscientizar profissionais de saúde e orientar cada vez mais mulheres a perceberem os sinais do corpo e buscarem ajuda médica quando necessário. Principalmente quando as dores começam a afetar a qualidade de vida, é preciso investigar a fundo o possível desenvolvimento da doença”, explica o ginecologista Patrick Bellelis, especialista em endometriose.

 

Como identificar sinais de alerta

Entre os principais sintomas da endometriose que afetam a vida da mulher, destacam-se as cólicas de forte intensidade e a dificuldade em engravidar. No segundo caso, é natural que as mulheres busquem ajuda profissional, quando desejam ter um filho. Mas no caso das cólicas, isso nem sempre acontece. Observar essas dores é importante para identificar se é o caso de recorrer a um médico. “Cólicas de maior intensidade, que afetam a rotina, ou com características diferentes das habituais devem ser encaradas como sinal de alerta”, frisa Bellelis.
 

Outros sinais que não devem ser ignorados durante o ciclo menstrual são dor durante a relação sexual, dor e sangramento ao urinar ou evacuar e dores nas costas. Sintomas fora do período menstrual também merecem atenção. A indicação do especialista é que, ao sentir qualquer coisa fora do normal, durante o ciclo ou fora dele, a mulher procure um ginecologista para que o quadro seja investigado e se dê início a um tratamento o quanto antes, se necessário.

“É comum que as pacientes procurem ajuda médica apenas porque estão com dificuldades de engravidar, assim como há casos, infelizmente, de mulheres que procuram diversos profissionais até conseguirem um diagnóstico correto. As mulheres precisam observar seu corpo, estar atentas aos sinais e investigar qualquer sintoma, porque o diagnóstico precoce é capaz de prevenir sequelas e permitir um tratamento que pode garantir o controle da endometriose e a qualidade de vida”.

 

Campanha busca diminuir diagnósticos tardios

A endometriose acontece quando células do endométrio, a camada interna do útero que é expelida na menstruação, acabam se depositando fora da cavidade uterina, causando reações inflamatórias e lesões. Elas podem se acumular nos ovários, na cavidade abdominal, na região da bexiga, intestinos, entre outros locais, podendo até mesmo formar nódulos que afetam o funcionamento de órgãos do corpo. 

O Março Amarelo busca diminuir os diagnósticos tardios para, assim, acelerar o tratamento das mulheres afetadas pela doença. O movimento teve início em 1993, com a ativista americana Mary Lou Ballweg. Ela e mais sete mulheres realizaram uma Semana de Conscientização sobre o assunto, durante um evento da The Endometriosis Association.


Clínica Bellelis - Ginecologia

Patrick Bellelis - Doutor em Ciências Médicas pela Universidade de São Paulo (USP); graduado em medicina pela Faculdade de Medicina do ABC; especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Laparoscopia e Histeroscopia pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo); além de ser especialista em Endoscopia Ginecológica e Endometriose pelo Hospital das Clínicas da USP.


14/03 | Câncer de rim: no dia de conscientização da doença, especialista alerta que tumor é duas vezes mais comum em homens do que nas mulheres

 

Todos os anos, são diagnosticadas mais de 434 mil pessoas com o tumor no mundo
 

A efeméride, comemorada sempre na segunda quinta-feira de março, foi escolhida pela Sociedade Internacional de Nefrologia (ISN) para conscientizar sobre as doenças que afetam o sistema urinário, responsável por filtrar e eliminar impurezas e toxinas do nosso organismo. Dentre elas, o câncer de rim ganha destaque. 

Todos os anos, são diagnosticadas mais de 434 mil pessoas com a neoplasia, de acordo com os dados mais recentes da GLOBOCAN. No Brasil, ainda segundo a instituição, são esperados 11.090 casos por ano. 

A doença, silenciosa, é responsável por cerca de 3% das patologias malignas que atingem os adultos. Muitas vezes, a lesão no rim é descoberta quando o paciente realiza um exame para outra finalidade, como um ultrassom do abdome, por exemplo. 

“É mesmo comum que o carcinoma de rim seja descoberto acidentalmente, durante a realização de um exame de rotina ou por outra causa. A boa notícia é que em muitas dessas ocasiões ele ainda está em estágio inicial, localizado exclusivamente no rim, situação na qual são maiores as taxas de cura. O carcinoma renal ocorre mais frequentemente entre os 50 e 70 anos, sendo duas vezes mais comum nos homens que nas mulheres”, comenta o Dr. Artur Ferreira, oncologista da Oncoclínicas São Paulo. 

"Os dados mais recentes da International Agency for Research on Cancer, da Organização Mundial da Saúde, mostram que cerca de 271 mil homens foram diagnosticados com câncer renal em 2020, enquanto 160 mil casos foram descobertos nas mulheres. Além disso, a neoplasia é a 14ª mais comum em todo o mundo, sendo o 9º câncer mais comum no público masculino e o 14º no público feminino". 

No Brasil, cerca de 75% dos tumores de rim correspondem ao câncer renal de células claras, de acordo com o Ministério da Saúde. Já nas crianças, o câncer de rim mais frequente é o tumor de Wilms (7% dos casos). Este tipo, segundo o médico, pode acometer um ou ambos os rins, ocorrendo principalmente antes dos 6 anos de idade. A cada dez casos de câncer renal em crianças, aproximadamente nove são tumores de Wilms.
 

Prevenção e tratamento

Segundo o Dr. Artur Ferreira, a tríade clássica do câncer renal (dor no flanco, sangramento urinário e massa renal abdominal palpável) ocorre em até 9% dos pacientes e quando presente, pode sugerir doença localmente avançada. A dor no flanco (uma das partes laterais do tronco), pode também surgir isoladamente, sem motivo aparente. A presença de sangue na urina (também conhecida como hematúria), pode se manifestar de várias formas como por exemplo, eliminação de urina com a cor rosa, vermelho vivo ou na coloração de “coca-cola”. 

Os principais fatores que podem aumentar o risco do câncer renal são idade avançada, tabagismo, obesidade, hipertensão arterial (“pressão alta”), insuficiência renal crônica (pessoas que fazem hemodiálise têm um risco maior para o câncer de rim) e presença de algumas síndromes hereditárias, como a síndrome de Von Hippel-Lindau, síndrome de Birt-Hogg-Dube, complexo de esclerose tuberosa e carcinoma papilar renal hereditário. 

“Embora alguns desses fatores sejam não modificáveis, como a idade por exemplo, muitos são evitáveis. Por exemplo: é desejável não fumar, adotar hábitos de vida saudáveis e seguir uma dieta equilibrada, além de ter um bom controle da pressão arterial. Portanto, mexa-se! Pratique atividades físicas e fique de olho em sua alimentação e seus comportamentos” finaliza o especialista.


Oncoclínicas&Co
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LIPEDEMA: Conheça os principais sintomas e tratamentos para a doença

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A Dra. Fernanda Federico (CRM/SP 204143 RQE 71191/7191911), cirurgiã vascular do Grupo Leger - rede de clínicas de alto padrão que conta com unidades em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre -, detalha sintomas e os principais tratamentos para a condição, que afeta cerca de 10% da população feminina mundial

 

O lipedema é uma condição que afeta a vida de muitas mulheres. Estima-se que cerca de 5 milhões de brasileiras convivam com a doença vascular, cuja origem tem relação genética e hormonal, segundo o Instituto Lipedema Brasil, e caracteriza-se principalmente pelo acúmulo excessivo de gordura e inchaço nos membros inferiores, como quadris, pernas, coxas e glúteos e, ainda, em menor frequência, nos braços e antebraços.  

Assim, alguns sinais da doença, que atinge majoritariamente as mulheres, afetando cerca de 10% da população feminina no mundo, incluem pernas desproporcionalmente grandes em relação ao corpo, sensibilidade ao toque, tendência a hematomas e inchaço nos membros inferiores que não diminui com repouso. É importante consultar um médico especializado, como um angiologista ou cirurgião vascular, para obter um diagnóstico preciso. 


Principais tratamentos 

De acordo com a cirurgiã vascular e endovascular da Clínica Leger, Fernanda Federico (CRM/SP 204143 RQE 71191/7191911), o tratamento de lipedema é multidisciplinar e médicos especialistas podem realizar abordagens personalizadas, a depender da gravidade dos sintomas e necessidades individuais. Alguns dos procedimentos podem incluir: 

  1. Terapia física: exercícios específicos e técnicas de drenagem linfática podem ajudar a reduzir o inchaço e a dor associados ao lipedema. 
  2. Uso de roupas de compressão: o uso de meias ou calças de compressão pode ajudar a reduzir o inchaço e melhorar a circulação nas pernas. 
  3. Dieta balanceada: uma dieta equilibrada, rica em nutrientes e pobre em sal, pode ajudar a controlar o peso e reduzir o acúmulo de gordura nas áreas afetadas. 
  4. Cirurgia: em casos graves, a cirurgia de lipoaspiração pode ser considerada para remover o excesso de tecido adiposo das áreas afetadas.

“O lipedema geralmente não compromete apenas as células de gorduras, mas também pode ocasionar edemas vasculares e o comprometimento linfático das áreas afetadas. Dessa forma é necessário que o tratamento aconteça em todas as frentes para o controle efetivo da doença e melhora na qualidade de vida das pacientes,” explica. Outros protocolos utilizados na Clínica Leger que podem ser aplicados em uma abordagem personalizada, a depender da gravidade dos sintomas e necessidade individual, são tecnologias como a radiofrequência e radiofrequência microagulhada, utilizadas para melhorar a textura da pele, tratar flacidez, cicatrizes e promover a produção de colágeno. 

Por ser uma doença que impacta diretamente na autoestima e autoimagem das mulheres, procedimentos que visam também pela melhora estética, como textura e qualidade da pele, são importantes para um tratamento multidimensional.  Assim, segundo Federico, quando há indicação, também é possível realizar o tratamento de celulites e fibroses pela técnica GOLDINCISION®, método criado pelo médico cirurgião Roberto Chacur, que envolve associação de bioestimuladores de colágeno e o descolamento de septos de fibrose para tratar cicatrizes e celulites frequentemente presentes no lipedema.   

A condição é uma doença crônica, de caráter inflamatório e progressivo, que não possui cura. Entretanto, com o acompanhamento médico especializado e o tratamento clínico adequado é possível o controle efetivo do quadro e a garantia de qualidade de vida para as pacientes.  

 


Dra. Fernanda Federico - CRM/SP 204143 RQE 71191/7191911- cirurgiã vascular e endovascular, possui títulos de especialista em cirurgia vascular, angiorradiologia e cirurgia endovascular pela SBACV/ AMB. Atuação especializada no tratamento do Lipedema com ênfase no tratamento clínico e de fibroses e celulites pela técnica GOLDINCISION®.


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Como adotar um novo hábito saudável?


Especialistas dá dicas de como fazer sem sofrer

                        A constância é mais importante do que a eficácia

 

Não é fácil aderir a um novo hábito, ainda mais quando ele diz respeito à atividade física e alimentação. Já está comprovado que um estilo de vida saudável é baseado nos pilares de exercícios físicos diários, alimentação equilibrada, boas noites de sono e não ingerir álcool são alguns dos exemplos, mas a partir do momento que estamos “acostumados” com esses hábitos não tão saudáveis é preciso muita, mas muita força de vontade para virar a mesa.

 

A endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato convive diariamente com pessoas que buscam ajuda para superar essas dificuldades e mudar de vida. Uma frase que a médica usa frequentemente é: “Não queira ter 100% do seu desempenho neste novo hábito todos os dias, pois isso atrapalha o processo. O feito é inimigo do perfeito”.  

 

A endocrinologista explica que as pessoas já começam querendo fazer 100% do planejado, o que é muito difícil, e quando percebem que não é fácil mudar hábitos, desistem. “Quando os pacientes percebem que conseguem fazer 50% da meta, eles nem iniciam a tentativa de mudança. Mas mudar hábitos não é da noite para o dia. A atividade física, por exemplo, se você programou fazer uma hora por dia, mas em um desses dias iniciais da mudança acordou atrasado ou tem uma reunião muito cedo e não vai conseguir se dedicar uma hora, faça 15, 20 minutos. O importante é fazer, é ter a rotina”, ressalta Dra. Lorena Amato.

 

A médica explica que o mesmo serve para a alimentação. Se não consegue fazer um prato com 100% da alimentação equilibrada, pelo menos, tente colocar uma verdura, um legume é melhor do que não ter nada saudável no prato. Aos poucos, o prato vai ganhando qualidade. Segundo Dra. Lorena, a constância é mais importante aqui do que a eficácia.  

 

Associar um hábito novo a outro já firmado na rotina é outra dica da Dra. Lorena: “Ao invés de telas, comece a ler antes de dormir. Deixe o celular longe da cama e coloque um livro na mesinha de cabeceira. Associe o escovar os dentes antes de dormir ao hábito de ler na sequência. Gosta de tomar um café depois do almoço? Alie o café a uma caminhada na sequência. Adora um doce? Opte por frutas secas docinhas, mas que são mais saudáveis do que um doce industrializado”, aconselha a endocrinologista, que dá outras dicas abaixo:

 

Gerenciamento do Estresse: Encontre técnicas de gerenciamento de estresse que funcionem para você, como meditação, respiração profunda, hobbies relaxantes ou conversas com amigos e familiares.

 

Hidratação Adequada: Manter-se hidratado é essencial para o bom funcionamento do corpo. Certifique-se de beber água ao longo do dia e evite bebidas açucaradas e com alto teor de cafeína.

 

Sono de Qualidade: O sono desempenha um papel crucial na saúde física e mental. Estabeleça uma rotina de sono regular e crie um ambiente propício para o descanso, evitando dispositivos eletrônicos antes de dormir e mantendo seu quarto escuro e silencioso.

 

Cuidado com a Saúde Mental: Dê importância à sua saúde mental tanto quanto à sua saúde física. Busque apoio quando necessário e não hesite em procurar a ajuda de um profissional de saúde mental se estiver enfrentando dificuldades emocionais. 


“A adoção de um hábito saudável de vida não acontece da noite para o dia. Seja gentil consigo mesmo e celebre cada pequena vitória ao longo do caminho. A persistência e a paciência são fundamentais para alcançar uma mudança duradoura. A maior recompensa é perceber que está conseguindo mudar um hábito e se tornar a pessoa que almejou”, conta Dra. Lorena

 



Dra. Lorena Lima Amato - A especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM), endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria e doutora pela USP.
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MENOPAUSA - Dores crônicas nos joelhos: problema pode atingir mulheres nesta fase

Dores acentuadas, sensação de desconforto a até limitação de movimentos podem sinalizar sérios problemas nos joelhos. Normalmente, essas dores podem ser agudas (de curta duração) ou crônicas (persistente ao longo do tempo) e podem ser desencadeadas por diversos fatores dentre os quais, distensões, fraturas, excesso de atividade física, obesidade, doenças inflamatórias tais como artrite e bursite, entre outros.

Há também outras condições que podem levar a dores no joelho, a exemplo do desgaste anormal das cartilagens quando os joelhos têm algum grau de desalinhamento entre a coxa e a perna (joelho varo ou joelho valgo) ou “desencaixe das patelas”, condições estas bastante frequentes que podem ser agravadas, principalmente, na academia, alerta o Dr. Lafayette Lage, médico ortopedista, especialista em medicina esportiva.

Segundo o especialista, o velho ditado “ninguém é perfeito” se encaixa muito bem na medicina esportiva e os frequentadores de academia recorrem ao ortopedista se queixando de dores que antes não existiam e passam a surgir depois que iniciam os treinos repetitivos na academia.  Nestes casos, as dores podem variar em intensidade e duração a depender de cada quadro clínico podendo afetar as mulheres na menopausa de forma significativa.

Dores, rigidez e inchaço ao redor das articulações são sintomas comuns de dores na menopausa. À medida que a mulher se aproxima da menopausa, seu corpo passa por mudanças hormonais drásticas que podem afetá-la de várias maneiras, principalmente, nas articulações. A menopausa representa uma transição significativa na vida da mulher, e o rápido declínio dos hormônios sexuais circulantes - estrogênio e progesterona, pode levar a alterações fisiológicas complexas. Quedas nos níveis hormonais podem explicar parcialmente o aumento na prevalência de osteoartrite (inflamação das articulações).

Existem receptores de estrogênio nas articulações. Esse hormônio age como um “protetor”, prevenindo que as articulações se inflamem. Ao passo que os níveis de estrogênio diminuem durante a perimenopausa  (o primeiro estágio da menopausa), as articulações podem inchar e ficar doloridas o que pode afetar a qualidade da cartilagem e causar, por exemplo, a osteoartrose (processo degenerativo das articulações). Outros efeitos secundários desse déficit hormonal seria a queda da densidade óssea facilitando o surgimento da osteopenia inicialmente e, posteriormente, a osteoporose.


Tratamento e prevenção

Tanto a prevenção quanto o tratamento indicado para amenizar as dores no joelho envolvem uma rotina de disciplina e promoção da qualidade de vida. 

Entre as principais recomendações estão:

Exercícios de fortalecimento muscular: inclui prática de atividades físicas que fortaleçam os músculos ao redor do joelho com o objetivo de estabilizar a articulação.

Manutenção do peso: evitar a obesidade é fundamental para reduzir a carga nas articulações, principalmente nos joelhos.

Suplementação de cálcio e vitamina D: o consumo diário de leite e derivados em boas quantidades pode ser o suficiente, porém, a suplementação de cálcio e vitamina D pode ser necessária nos indivíduos que não ingerem os alimentos ricos nessas substâncias. É muito importante lembrar de tomar sol pelo menos 15 minutos por dia. A luz solar estimula a fabricação de vitamina D pela pele. 

Gestão do estresse: o estresse pode contribuir de forma potencial para dores nas articulações. Práticas como meditação, yoga, tai chi entre outras atividades, podem ser benéficas na diminuição do estresse sendo ótimas para as articulações em geral.

Atividades de baixo impacto: optar por atividades de baixo impacto como as já citadas no item anterior e tentar associar com natação ou ciclismo. As caminhadas são aconselháveis para as pessoas que não possuem nenhum desvio em varo ou valgo dos joelhos. Se for caminhar em subidas e descidas as patelas precisam estar bem alinhadas. A cartilagem não tem inervação e não dói. Não espere ela doer. Faça uma avaliação médica antes.  

Medicamento e tratamentos específicos: em alguns casos é necessário introduzir medicamentos para aliviar a dor, geralmente de uso temporário para diminuir o processo inflamatório inicial. O uso crônico de certas drogas analgésicas pode causar dependência química e o uso contínuo de anti-inflamatórios podem desencadear uma insuficiência renal importante podendo até perder um ou os dois rins, aumento da pressão arterial, além de causarem danos no estômago e fígado.

É importante identificar a causa específica das dores nos joelhos em mulheres na fase da menopausa e buscar a orientação de um profissional da área da saúde. O médico deve obter uma história detalhada do paciente, realizar um exame físico completo e, quando necessário, exames de imagem podem ser necessários para obter o diagnóstico mais preciso. O tratamento pode envolver medidas como fisioterapia, medicamentos, mudanças no estilo de vida e, em algumas situações, procedimentos cirúrgicos. 

 

Dr. Lafayette Lage - médico ortopedista, especialista em medicina esportiva, cirurgia de quadril e joelho, pioneiro em artroscopia do quadril no Brasil em 1993 e em cirurgia de quadril com prótese de Resurfacing (recobrimento da cabeça do fêmur). CRM. 49889


Mais de 70 milhões de brasileiros não dormem bem

Ter uma noite tranquila de sono é reparador e indispensável para a boa saúde, o recomendado são pelo menos 8 horas diárias. Durante o sono o organismo se recupera e restaura suas funções, promove o reparo dos tecidos, o desenvolvimento dos músculos e a regulagem do metabolismo. No Brasil cerca de 72 milhões de pessoas não dormem bem, segundo estudos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). 

De acordo com o médico Thiago Brunelli otorrinolaringologista do hospital Santa Casa de Mauá, o distúrbio do sono é um conjunto de patologias e condições que comprometem o descanso. “Primeiramente é preciso diagnosticá-lo e depois tratar a sua causa. Uma pessoa que dorme mal está sempre com a sensação de que o sono não foi o suficiente, ainda que tenha dormido”, explica. 

Entre as principais causas do distúrbio do sono estão o ronco e a apneia. E quem tem apneia certamente sofre com o ronco, mas o contrário pode não ocorrer. 

O ronco é a vibração das vias aéreas e ocorre em razão do impedimento da passagem de ar. Já a apneia é a obstrução das vias aéreas (nariz e garganta) e causa dificuldade para respirar, cada episódio pode durar até 10 segundos. 

“O mais preocupante é que muitas pessoas não sabem que têm a apneia e a somatória de segundos sem respirar não permite que a pessoa chegue na fase mais profunda do sono. Geralmente quem ajuda na identificação do problema são os pais, no caso de crianças, ou uma das partes do casal. Uma forma de suspeitar do problema é dar atenção aos despertares repentinos e aos engasgos no meio da noite”, orienta Brunelli. 

Embora o ronco seja um sintoma da apneia outros são muito comuns como dores de cabeça e de garganta pela manhã, cansaço e sonolência e olheiras. E as consequências podem ser muito graves, com riscos de Acidente Vascular Cerebral (AVC), infarto, perda de memória, hipertensão arterial e morte precoce.

Entre algumas das causas da apneia estão as gripes ou resfriados, desvio de septo, obesidade, entre outros. Já do ronco pode ser idade, obesidade, alcoolismo, cansaço, problemas respiratórios e dormir de barriga para cima.  

O tratamento envolve o uso de máscaras de oxigênio, as CPAP; mudanças no estilo de vida; evitar o alcoolismo e o tabagismo; as cirurgias podem ser indicadas para correção do estreitamento ou obstrução do ar nas vias respiratórias.  

Antes de se automedicar ou ingerir outras substâncias para dormir é preciso avaliar os motivos que estão comprometendo o seu sono. 

 

Hospital Santa Casa de Mauá
Avenida Dom José Gaspar, 1374 - Vila Assis - Mauá - fone (11) 2198-8300.
https://santacasamaua.org.br/


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