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quarta-feira, 8 de novembro de 2023

Taxa de detecção precoce de câncer de próstata é quatro vezes maior com exame de sangue PSA

Exame de sangue pode ser mais eficaz que exame
de toque na detecção precoce do câncer de próstata

Créditos: Envato
Comparação é feita com diagnósticos realizados pelo exame do toque; novembro é marcado por incentivo ao cuidado com a saúde do homem 

 

O método mais amplamente conhecido para a detecção do câncer de próstata é o exame de toque. Ele é empregado por profissionais de saúde para avaliar a glândula prostática em busca de inchaços ou caroços que sejam incomuns no reto e possam indicar câncer. No entanto, um estudo realizado pelo Centro Alemão de Pesquisa do Câncer sugere que outros métodos devem ser incorporados à rotina médica para identificar a doença em suas fases iniciais. De acordo com a pesquisa, o teste PSA, que verifica o nível de antígeno específico da próstata, detectou quatro vezes mais casos de câncer de próstata em homens de 45 anos na comparação com o exame do toque. O PSA é realizado por meio de uma amostra de sangue, que é coletada do paciente em laboratório. 

O ensaio foi feito com 46.495 homens, com idade de 45 anos, inscritos entre 2014 e 2019. Metade dos participantes realizou o teste PSA já aos 45 anos de idade, enquanto a outra metade fez o exame do toque aos 45 anos e realizou o PSA até, no máximo, 50 anos. Os resultados demonstraram que o teste de PSA aos 45 anos detectou quatro vezes mais casos de câncer de próstata. A pesquisa foi conduzida por quatro universidades da Alemanha - Universidade Técnica de Munique, Universidade de Hanôver, Universidade de Heidelberg e Universidade de Düsseldorf. O estudo foi apresentado durante o Congresso Anual da Associação Europeia de Urologia, em Milão, no primeiro semestre deste ano.

“O PSA é, atualmente, a principal recomendação para o rastreio do câncer de próstata. Trata-se de um exame simples, realizado apenas com a coleta de sangue, e proporciona ao médico informações relevantes para o cuidado do paciente. É fundamental que os homens compreendam a importância de solicitar o exame e contar com acompanhamento do urologista”, observa o urologista do Hospital São Marcelino Champagnat, Gino Pigatto Filho. 

 

Quando fazer exames de próstata

O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer que mais causa mortes entre o público masculino no país. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil deve registrar média de 71,7 mil novos casos por ano, entre 2023 e 2025.

Nesse contexto, o ideal é que os homens estejam atentos à própria saúde e realizem acompanhamento frequente. De acordo com as recomendações da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), homens a partir dos 50 anos devem realizar exames anuais com um urologista. Por outro lado, homens pretos ou com parentes de primeiro grau com histórico de câncer de próstata devem iniciar a rotina de acompanhamento aos 45 anos. “A nossa recomendação é o acompanhamento com urologista. A combinação do exame PSA com o exame de toque reduz a probabilidade de falha no diagnóstico precoce para cerca de 5%”, orienta o urologista dos hospitais Universitário Cajuru e São Marcelino Champagnat, Bruno Pimpão. 

O médico também ressalta os avanços tecnológicos para rastreamento e identificação de tumores. “A ressonância magnética está ganhando cada vez mais espaço não só no rastreamento, mas principalmente como guia para biópsias prostáticas, que é o exame confirmatório. Após a confirmação, a cintilografia óssea, tomografia e até mesmo o PET-CT podem ser úteis para tomada de decisões e também no estadiamento da doença”, complementa. 

A orientação médica com urologista deve ser buscada de forma antecipada em casos de dor ou ardência ao urinar, aumento frequente da necessidade de fazer xixi, dificuldade de esvaziar a bexiga, presença de sangue na urina ou no sêmen e dificuldades de ereção. 

 

Tratamento câncer de próstata

O mês de novembro é dedicado ao aconselhamento e orientação para que os homens estejam mais atentos à saúde. A campanha Novembro Azul enfatiza a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata, uma vez que quanto mais cedo a doença for identificada, maiores são as chances de cura. 

Quando o câncer está localizado, ou seja, limitado à próstata, o procedimento mais comum é a cirurgia para remoção do tumor e/ou radioterapia. Quando a doença avançou dentro da própria região da próstata, pode ser necessária uma combinação da radioterapia com tratamento hormonal. Em casos de metástase, ou seja, quando a doença se espalhou para outros órgãos ou tecidos, a terapia hormonal é a abordagem mais indicada. 

Em todo o mundo, são registrados cerca de 1,4 milhão de casos de câncer de próstata atualmente, de acordo com a Agência Internacional para Pesquisa do Câncer da Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa doença é responsável por aproximadamente 375 mil mortes a cada ano.



Cuidados para prevenção

Hábitos saudáveis auxiliam na prevenção do câncer, conforme orientações da Organização Mundial da Saúde. Dentre os principais, destaca-se o controle da obesidade e sobrepeso, a moderação no consumo do álcool, frituras e doces, bem como o controle do tabagismo. A prática de exercícios físicos é apontada pelas entidades de saúde como um dos diferenciais para uma vida saudável. Além disso, é preciso gerir o estresse do cotidiano, uma vez que ele é altamente prejudicial para a saúde do organismo. 

 

Campanha Novembro Azul também deve incluir na discussão os direitos dos homens com câncer de próstata

 

Novembro é o mês de conscientização sobre o câncer de próstata, que é o segundo tipo de câncer mais comum na população masculina em todas as regiões do País, atrás apenas dos tumores de pele não melanoma. Além disso, ocupa a mesma colocação como o que mais mata, atrás do câncer de pulmão. Um dos motivos que explica esse cenário é o fato de os homens procurarem menos a consulta médica preventiva. Segundo a pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), o câncer é a doença urológica mais temida pelos homens (58%), seguida pela impotência sexual (37%). Entretanto, apenas 46% vão ao médico quando têm algum sintoma. 

Independentemente se o indivíduo faz o uso do serviço de saúde no setor público, privado ou suplementar, essa atitude de medo ou de passividade em ir ao médico é extremamente prejudicial, pois pode levar a uma situação de risco iminente para a saúde. Pesquisas mostram que quando o homem vai a uma consulta – muitas vezes, depois de uma árdua campanha de convencimento de seus familiares –, na maioria dos casos, a doença já está no estágio II, em primeiro lugar; ou no estágio IV, em segundo lugar. 

Para tentar dirimir os estragos que a neoplasia pode causar e acelerar o processo de identificação e de tratamento da doença, aumentando, assim, as chances de cura, existem algumas leis em vigor que, muitas vezes, são desconhecidas do público em geral. Entre as legislações e os direitos pouco divulgados e reivindicados estão duas leis importantes:

  • Lei nº 13.045, de 2014, que determina que as unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) devem realizar exames para a detecção precoce do câncer de próstata sempre que o médico considerar necessário; e
     
  • Lei n° 13.767, de 2018, que permite a homens e a mulheres se ausentarem do trabalho, sem prejuízo no salário, por até três dias em cada 12 meses trabalhados, para a realização de exames de detecção de câncer.

Além disso, vale lembrar que todo paciente diagnosticado com câncer tem o direito de resgatar o FGTS por tempo de serviço. Em casos de desrespeito às leis, os pacientes podem buscar a ajuda da Defensoria Pública. Já para as pessoas que têm planos de saúde, a orientação é fazer o uso do Código de Defesa do Consumidor. 

Um dos principais motivos para o cidadão desistir de buscar o cumprimento das normas constitucionais é a falta de informação. O conhecimento é um aliado do cidadão, portanto, campanhas como a do Novembro Azul não devem focar apenas em informações como sintomas, diagnóstico ou tratamento, que são fundamentais, mas devem aprofundar a conscientização, trazendo também informações sobre direitos e caminhos que os cidadãos podem buscar para que o tratamento seja realizado de forma rápida e eficaz. 

Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), para o triênio 2023-2025, 71,7 mil novos casos surgirão, anualmente, no País. Portanto, é urgente que seja quebrado todo esse tabu em torno do exame de toque retal (voltando à pesquisa da SBU, um em cada sete homens relataram temor em relação ao exame, sendo que o índice é maior naqueles com idade superior a 60 anos, justamente os com mais chances de desenvolver a doença) e que as campanhas de conscientização encorajem não apenas aqueles que precisam fazer o exame de rotina, mas também os que já fizeram, foram diagnosticados e estão mais fragilizados devido aos tabus da sociedade e a demora no início do tratamento.

 

Raul Canal - Presidente da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem).



Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética – Anadem
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Novembro Azul: 10 dicas de Nutricionista do CEUB para prevenir o câncer de próstata


Alimentos à base de licopeno, como o tomate, neutralizam radicais livres, que produzem o envelhecimento celular e células cancerígenas 



O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais incidente entre os homens brasileiros. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima 71.730 novos casos da doença por ano entre 2023 e 2025 no Brasil. Além dos exames de rotina, a alimentação é fundamental como método de prevenção. Professora de Nutrição do Centro Universitário de Brasília (CEUB), Ana Salomon, revela que hábitos de vida saudáveis e o consumo balanceado de alguns alimentos são aliados da saúde masculina. A especialista acrescenta que os alimentos são as principais fontes das substâncias protetoras do organismo, não podendo ser substituídos por suplementos.

"A prevenção do câncer de próstata deve ser parte de um estilo de vida saudável que promova a saúde física e também a mental”, explica Ana Salomon. Segundo a especialista, alimentação equilibrada, rica em antioxidantes, fibras e alimentos saudáveis, peso adequado e a prática regular de atividade física contribuem para reduzir o risco do câncer de próstata e os demais tipos da doença. A docente adverte que o alto índice de gordura corporal, especialmente na fase adulta, é um fator de risco para diversos tipos de câncer, incluindo o de próstata.


Confira as dicas da especialista do CEUB para prevenir o câncer de próstata:



1• Mantenha uma dieta rica em frutas e vegetais, de preferência com baixo teor de amido, excluindo tubérculos, como batata, mandioca e inhame. O INCA recomenda o consumo diário de 400 gramas de frutas e vegetais, sendo 160 de frutas e 240 de vegetais não amiláceos (cenoura, beterraba, nabo, cebola, alho, alho-poró e folhagens, como alface e couve).

2• Consuma moderadamente produtos lácteos em até duas porções por dia, com preferência por versões desnatadas ou semidesnatadas. O alto teor de gordura saturada nos laticínios pode ser prejudicial à saúde.

3• Inclua fibras na dieta, pois elas trazem minerais essenciais e são importantes na prevenção do câncer. São recomendados cereais integrais, verduras, frutas e legumes, além de opções como granola, farelo de trigo, aveia, linhaça, chia, quinoa e gergelim.

4• Alimentos ricos em antioxidantes de cor laranja ou vermelha – mamão, goiaba, acerola, manga, cenoura, pimentões e tomates – são grandes aliados no combate ao câncer: "Estes são exemplos, como carotenoides e licopeno, que contribuem para a proteção contra as células cancerígenas".

5• Mantenha um índice de massa corporal (IMC) abaixo de 25 e a circunferência abdominal menor que 90 cm. "Para o controle de peso, a prática regular de atividade física é fundamental. Manter-se ativo promove um perfil circulatório e respiratório melhor, auxiliando o corpo a combater processos cancerígenos", explica.

6• Evite o consumo de fast food e alimentos ultraprocessados, que são ricos em gordura saturada e trans, assim como alimentos com alto teor de açúcar, que contribuem para o ganho de peso, como refrigerantes e doces. Mesmo os sucos de caixinha devem ser consumidos com moderação.

7• No rol dos supérfluos, entram as de bebidas alcoólicas. Embora haja recomendações do consumo moderado de algumas para a saúde cardiovascular, a nutricionista do CEUB frisa que no caso do câncer, o álcool está associado a um risco maior.

8• Atenção ao consumo de carne vermelha e embutidos, especialmente de carnes industrializadas, como presunto, salsicha, linguiça, bacon e similares, pois são conhecidos por conter conservantes que podem aumentar o risco de câncer. "Preferencialmente consumir carnes in natura e não mais do que 3 porções de carne vermelha por semana. Para substituir, aves e peixes são opções mais saudáveis", alerta.

9• Não substitua alimentos por suplementos vitamínicos e minerais. doses desbalanceadas de vitaminas e minerais, que podem inclusive competir entre si, mesmo quando em doses adequadas."Os alimentos são as principais fontes dos das substâncias protetoras do organismo".

10• Dietas vegetarianas e veganas podem ser benéficas na prevenção em comparação com a dieta onívora. "A dieta mediterrânea é um ótimo exemplo de alimentação saudável, com variedade de frutas, vegetais, cereais e peixes”.


Novembro Roxo

MAM Baby coloca prematuridade em pauta com neonatologista e traz importantes informações sobre causas e fatores de risco 

A fim de inteirar o seu público sobre o assunto, a MAM Baby, junto à médica Lilian Sadeck, aborda o tema trazendo esclarecimentos e estratégias preventivas

 

De acordo com a pediatra e neonatologista Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck, nos últimos três anos, no Brasil, os nascimentos prematuros têm variado de 11,5% a 11,8%, números superiores aos de países desenvolvidos, indicando, também, que as populações mais carentes, são os maiores alvos de impacto. E a MAM Baby, marca especialista em bebês, com a colaboração da médica, traz à tona esse tema tão importante compartilhando informações relevantes sobre possíveis causas, fatores de risco associados e principais complicações que podem surgir na criança.

Segundo a especialista, a prematuridade é um fenômeno multifatorial, o que muitas vezes impossibilita a identificação de uma causa específica. Ainda de acordo com a médica, patologias maternas pré existentes ou desenvolvidas durante a gravidez podem ser fatores desencadeantes. 

 

Principais causas e fatores de risco

Existem vários precedentes ligados à prematuridade que podem estar relacionados a patologias maternas prévias à gestação ou aparecem durante a gravidez, por isso a médica exalta a importância do pré-natal.

Problemas de saúde que estão frequentemente relacionados ao parto prematuro incluem: histórico de nascimentos prematuros, uso de técnicas de ajuda para engravidar, pressão alta crônica ou condições específicas durante a gravidez, diabetes antes ou durante a gestação, infecções urinárias, obesidade, gravidez de gêmeos, rompimento precoce da bolsa amniótica, idade da mãe, problemas de formação do feto, infecções congênitas, entre outros. Além disso, há outros fatores de risco como fumar, consumir álcool e usar drogas ilícitas, também associados ao nascimento prematuro.

A médica ressalta que o parto prematuro por si só não apresenta um risco para a mãe, mas a causa do parto prematuro é que pode complicar e trazer riscos.

 

Principais complicações associadas à prematuridade

Quanto mais cedo um bebê nasce antes do tempo esperado, mais cuidados ele necessita para se desenvolver saudavelmente. “Embora haja desafios, a medicina avançou bastante e os profissionais de saúde estão preparados para ajudar esses bebês a crescerem fortes e saudáveis. Alguns cuidados adicionais podem ser necessários, como monitoramento da respiração e dos olhos, mas, com os cuidados adequados, muitos bebês prematuros conseguem superar esses obstáculos e crescer como qualquer outro bebê. É importante que os pais e cuidadores estejam informados e preparados para apoiar o bebê durante esse período delicado.”, afirma Lilian.

A especialista também explica como a prematuridade pode afetar o desenvolvimento futuro das crianças. “O nascimento prematuro pode influenciar o desenvolvimento do cérebro, o que poderia levar a atrasos no desenvolvimento das habilidades motoras e cognitivas. No entanto, é crucial identificar e tratar precocemente os bebês prematuros que apresentam dificuldades motoras. Além disso, intervenções planejadas e sequenciais são essenciais para estimular todas as áreas de desenvolvimento. Com o suporte adequado, muitas crianças prematuras conseguem superar esses desafios e alcançar seus marcos de desenvolvimento, explica.

É importante para os pais e cuidadores estarem cientes dessas questões para que possam proporcionar o apoio necessário às crianças prematuras em seu crescimento.

 

Desafios no tratamento desses bebês

A médica destaca, ainda, os desafios enfrentados no tratamento de bebês prematuros, incluindo a necessidade de cuidados intensivos em unidades neonatais. “Alguns cuidados são fundamentais, como manter a temperatura corporal do bebê na incubadora, fornecer suporte respiratório com o ventilador pulmonar e monitorar constantemente a frequência do coração, da respiração e do oxigênio., Dessa forma os neonatologistas e enfermeiros podem acompanhar a evolução do bebê”, comenta. 

“Segundo ela, logo após o nascimento, dependendo das condições, pode ser necessária aplicação de soro ou de nutrição pela veia, pois, mesmo que o bebê consiga receber leite, a quantidade ainda pode ser insuficiente. É importante que, se a mãe tiver condições, comece a tirar o leite para oferecer ao seu filho por essa sonda. “O leite ordenhado nos primeiros dias,chamado de colostro,e é muito rico em proteínas, anticorpos e outros fatores muito importantes para o bebê, além de ser considerado o melhor alimento em qualquer idade gestacional”, completa.

O tratamento em geral e o período de permanência na UTI Neonatal podem variar de dias a meses, dependendo da idade gestacional e das complicações do bebê. A pediatra enfatiza a necessidade da presença dos pais durante a internação para que possam construir um vínculo com o filho e aprender a cuidar dele.

 

Prevenção e avanços na medicina

Lilian Sadeck enfatiza que os impactos dos avanços terapêuticos e tecnológicos nas unidades de terapia intensiva neonatal contribuíram significativamente para uma redução na mortalidade e na morbidade associada à prematuridade. “É essencial que os pais possam contar com redes de apoio da família, governo e de entidades como a ONG Prematuridade (www.prematuridade.com), que se dedica à prevenção do parto prematuro e à defesa dos direitos de bebês prematuros e suas famílias”, conclui.

 

Estresse ocupacional afeta o sono de 60% dos profissionais, mostra estudo do Gympass

Realizado em nove países, o Panorama do Bem-estar Corporativo 2024 mostrou que para 98% dos profissionais um boa noite de sono é importante para o bem-estar geral

 



A qualidade do sono é um dos aspectos que mais impactam o bem-estar geral da força de trabalho. De acordo com o Panorama do Bem-Estar Corporativo 2024 do Gympass, 98% dos profissionais dizem que um boa noite de sono é importante para o bem-estar geral. No entanto, 60% dos colaboradores afirmam que não conseguem ter um sono de qualidade por conta do estresse no trabalho.


A situação é crítica para uma parcela considerável da força de trabalho: um em cada dez participantes da pesquisa (9%) diz que perde o sono todas as noites, 24% várias vezes por semana e 27% várias vezes por mês. Outros 23% afirmaram que perdem o sono pelo menos algumas vezes por ano e apenas 17% dos trabalhadores ouvidos no estudo disseram que nunca perdem o sono por conta do estresse no trabalho.



Os participantes que perdem o sono por causa do trabalho afirmam que sentem uma piora no bem-estar emocional, na motivação e na produtividade. A privação de sono, mesmo que por curtos períodos, prejudica o raciocínio, causa desgaste emocional e pode retardar reações físicas importantes para prevenir acidentes de trabalho, especialmente em ambientes de alto risco. Quando se torna um problema crônico, pode causar declínio cognitivo – inclusive levando à demência – e aumentar o risco de desenvolver doenças cardíacas e obesidade.

"Se as empresas não apoiarem o colaboradores no cuidado com o sono, o problema pode se tornar um ciclo vicioso: a perda de sono diminui a produtividade, causando mais estresse, o que prejudica ainda mais a qualidade do sono e o desempenho no trabalho", explica Renato Basso, vice-presidente de Pessoas do Gympass.

A boa notícia é que os funcionários estão ávidos por melhoras nesse aspecto, com nove em cada dez participantes do estudo afirmando que tomam medidas para melhorar a qualidade do sono.

Além do estresse no trabalho, preocupações financeiras também têm impactado a qualidade do sono dos colaboradores. Metade das pessoas ouvidas no estudo relataram que perdem o sono pelo menos algumas vezes por mês por conta de preocupações econômicas. Isso também pode fazer a empresa gastar mais com assistência médica. Ou seja, empresas que não possuem pacotes de remuneração competitivos dentro de seus respectivos mercados podem acabar pagando mais pelo plano de saúde.

"A situação da saúde do sono da força de trabalho acende uma luz de alerta para as organizações. Quando as demandas do trabalho impedem que as pessoas cuidem de sua saúde física (sono, alimentação e atividades físicas), em última instância, também impedem que os colaboradores entreguem os resultados esperados", diz Basso.

Comparando as respostas de cada grupo, constatou-se que o nível de bem-estar geral dos usuários do Gympass é maior do que o das pessoas que não usam o programa. No bem-estar físico e emocional — as duas dimensões que, segundo os colaboradores, mais afetam a produtividade no trabalho — o impacto é ainda maior. 68% dos usuários do Gympass dizem que seu nível de bem-estar está bom ou ótimo, em comparação com os 55% de não usuários. O número de usuários do Gympass que afirmam que a qualidade do sono e da alimentação é boa ou ótima também é maior do que o de não usuários.

O Gympass oferece acesso premium gratuito a aplicativos que ajudam os colaboradores a cuidar da saúde do sono, como Sleep Cycle, Headspace, Cíngulo, Calm, Meditopia e ZenApp.

O Panorama do Bem-Estar Corporativo foi feito com mais de 5.000 profissionais em nove mercados globais: Estados Unidos, Reino Unido, Brasil, Argentina, Chile, Espanha, Itália, Alemanha e México.



Diabéticos têm mais chances de desenvolverem doenças cardiovasculares

Cardiologista Fernando Nobre explica e ressalta ações preventivas

 

Neste mês, a data de 14 de novembro é marcada pelo Dia Mundial do Diabetes, doença que, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), atinge cerca de 13 milhões de brasileiros.

O diabetes, sobretudo quando não adequadamente bem controlado, pode desencadear complicações, com impactos à saúde como infarto do miocárdio; alterações no fundo de olho (podendo levar até à cegueira); doença renal crônica (uma das principais causas de pacientes em tratamento dialítico); obstrução de artérias periféricas (levando a úlceras e amputações), entre outros.

 

“Na prática, o nível elevado de glicose no sangue, somado ao colesterol e pressão arterial, facilitam a formação de placas de gordura que entopem artérias”, explica o cardiologista Fernando Nobre. “Em estudos que realizamos em Ribeirão Preto (SP) e no País, observamos que apenas 7% dos indivíduos avaliados tinham conhecimento de que o diabetes era um fator de risco para infarto e AVC”, completa.

 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), uma mulher diabética pode ter até 50% mais chance de sofrer um infarto do que outra sem a doença. No caso dos homens, o risco é de até 40%.

Diabetes Mellitus é uma alteração metabólica de origem múltipla, decorrente da falta de insulina ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos. A insulina é produzida pelo pâncreas e responsável pela manutenção do metabolismo da glicose. A falta desse hormônio provoca déficit na metabolização da glicose e, consequentemente, diabetes, caracterizado por altas taxas de açúcar no sangue (hiperglicemia) de forma permanente.

 

O diabetes tipo 2 ocorre quando o corpo não aproveita adequadamente a insulina produzida e a causa está diretamente relacionada ao sobrepeso, sedentarismo, triglicerídeos elevados, hipertensão e hábitos alimentares inadequados. Cerca de 90% dos pacientes diabéticos no Brasil têm esse tipo, de acordo com o Ministério da Saúde.

 

Em maio, uma pesquisa publicada no Journal of the American Heart Association indicou que um em cada três adultos com diabetes tipo 2 pode ter doença cardiovascular assintomática. O estudo avaliou mais de 10 mil adultos.

Para tratar e prevenir o diabetes tipo 2, Nobre ressalta a prática de atividade física como grande aliada, além da manutenção de peso corporal dentro dos limites da normalidade. “É muito importante a adoção desses hábitos, feitos, claro, mediante avaliação médica. Fazer exercícios não apenas ajuda a queimar o açúcar e o excesso calórico no organismo, mas também aumentando a eficiência da insulina, contribuindo para manutenção do peso”, diz. “Se doenças, como o diabetes, não forem evitadas, poderão trazer consequências muito sérias à saúde, então, a palavra de ordem é prevenção”, conclui.

 

Fernando Nobre - Doutor em Medicina pela USP (Universidade de São Paulo), com área de concentração em Hipertensão Arterial. O especialista em cardiologia e hipertensão é professor convidado da Faculdade de Medicina da USP – Ribeirão Preto.


Recém-nascidos prematuros têm maior predisposição a problemas de audição e fala

 Bebês nascidos antes das 37 semanas de gestação precisam de acompanhamento multidisciplinar, inclusive de fonoaudiólogos, já nos primeiros dias de vida; objetivo é evitar efeitos danosos à fala e à linguagem, muito comum nesse público

 

A prematuridade é considerada um fator de risco para o desenvolvimento da linguagem e da maturação das habilidades auditivas. Repetidos estudos confirmam que crianças nascidas antes das 37 semanas de gestação são mais propensas a ter problemas de audição e de fala. Por isso, é essencial o acompanhamento fonoaudiológico já nos primeiros dias de vida, de modo a identificar e tratar possíveis alterações que possam vir a comprometer futuramente esses “recém-chegados” ao mundo.

"Quanto mais extrema a prematuridade, maior o impacto sobre o desenvolvimento dessas crianças. É comprovado que os prematuros apresentam maiores chances de ter problemas no desenvolvimento cognitivo, de atenção, associados à dificuldade de aprendizagem e a problemas comportamentais. Dessa forma, é imprescindível o acompanhamento auditivo criterioso em tempo de aproveitar o período ideal para a aquisição da linguagem (primeiros três anos de vida) e evitar os efeitos danosos ao desenvolvimento da linguagem", explica a fonoaudióloga e audiologista Sílvia Roberta Gesteira Monteiro, do Hospital Paulista.

Dentre os problemas que costumam estar associados à prematuridade, estão a menor extensão do vocabulário, o atraso da aquisição da linguagem e a menor complexidade da linguagem, além de dificuldades no processamento fonológico e na memória de curto prazo.

Nesse contexto, o fonoaudiólogo tem a missão de verificar qualquer possível anomalia que esteja presente nesses bebês. E esse trabalho já começa na maternidade. "O fonoaudiólogo está apto a atuar precocemente, já no ambiente de UTI neonatal, tanto em relação à assistência à alimentação, com atendimentos que dão suporte nas funções de sucção e deglutição do bebê, assim como na detecção de perdas auditivas, por meio da triagem auditiva neonatal. O ideal é detectar a deficiência auditiva antes do bebê chegar aos três meses de vida e iniciar o tratamento até o bebê completar seis meses", destaca a especialista.

Números

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que, anualmente, cerca de 15 milhões de bebês nascem prematuros. No Brasil, são 340 mil nascidos antes das 37 semanas de gestação, o que representa cerca de 12% do total de nascimentos no país a cada ano. Ou seja, um universo significativo de pessoas.

Por essa razão é que, desde 2011, profissionais de saúde de todo o país se mobilizam em torno do Dia Mundial da Prematuridade, celebrado em 17 de novembro. Representantes das mais variadas especialidades que lidam com a questão se unem a fim de conscientizar o público sobre as necessidades e direitos dos bebês prematuros e das suas famílias. Um deles é justamente o acompanhamento por profissionais de saúde em seu crescimento e desenvolvimento.



Hospital Paulista de Otorrinolaringologia

Brasileiros buscam por soluções para sensibilidade nos dentes na internet

Condição causada por diversos fatores atinge 25% da população
 

A sensação de dor nos dentes ao ingerir alimentos ou bebidas quentes, frios, doces ou ácidos afeta milhares de brasileiros. Segundo levantamento realizado pela consultoria Kantar, em seu Painel de usuários de sensibilidade 2021, uma em cada quatro pessoas sofre com a sensibilidade no país.

A busca por soluções para o problema reflete no interesse por tratamentos e produtos especializados para o alívio da dor. Na internet, as buscas por “sensibilidade nos dentes” cresceram 12% de janeiro a julho de 2023 comparado com o mesmo período do ano anterior, segundo dados do Google. Esse cenário é acompanhado de perto por elmex, marca especializada em cuidados bucais avançados, com 60 anos de expertise na área.

 

Diferentes causas do problema

Segundo a dentista Natállia Moura, a sensibilidade nos dentes é uma condição comum e que incomoda, mas que pode ser solucionada combinando visitas regulares ao dentista com produtos específicos que muitos brasileiros ainda desconhecem, como cremes dentais que contemplam um tratamento eficaz da condição.


Seja por uma doença gengival, ranger dos dentes, refluxo, dieta ácida ou, até mesmo, pela força excessiva na escovação, as causas da sensibilidade podem ter as mais variadas origens e, além do tratamento, a elmex auxilia nessa identificação e prevenção

“Com esses fatores, a dentina, que fica abaixo do esmalte do dente e do cemento formado ao longo da raiz, acaba exposta quando esses escudos ficam desgastados. Desta forma, os estímulos externos – como a acidez e temperatura dos alimentos – atingem os nervos dentro dos dentes e geram desconforto”, pontua a dentista.
 

Além dos fatores já citados, os alimentos ricos em açúcar, como chocolates e bolos, também podem potencializar a sensibilidade ao induzir a formação da placa bacteriana, que acelera a desmineralização do esmalte.

 

Soluções para a dor

Atualmente, as soluções presentes no mercado, aliadas a um acompanhamento profissional, permitem que a sensibilidade não se torne um fator limitante para ações do cotidiano nem afete a qualidade de vida. De acordo com Natállia, ao adotar uma rotina de cuidados bucais, hábitos alimentares saudáveis e visitas regulares ao dentista, é possível prevenir e até mesmo minimizar os sintomas mais dolorosos. 

Entre as soluções, a troca do creme dental pode ser o primeiro passo na busca pelo alívio. “Ao visitar farmácias ou até mesmo supermercados, é possível identificar uma vasta gama de produtos para os cuidados bucais. Optar por uma alternativa que ofereça uma fórmula especializada com componentes que blindam o acesso de estímulos externos à dentina pode ser uma solução na busca por uma rotina sem dor”, destaca.

A escovação feita três vezes ao dia, além de prevenir o surgimento de cáries, elimina a placa bacteriana na linha da gengiva. O uso do fio dental e a escova de dente certa também são aliados nessa manutenção. Para isso, as escovas de cerdas macias são as melhores escolhas contra a sensibilidade, pois os movimentos suaves não danificam a superfície dos dentes. 

Além disso, com visitas regulares no consultório, é possível identificar a tempo possíveis problemas bucais. De acordo com a dentista, quando o tratamento começa de forma mais rápida, os resultados são mais assertivos. “Ao avaliar o caso, o profissional poderá indicar produtos específicos e recomendar o tratamento mais adequado. Por isso, quando a dor da sensibilidade não passa nem com o uso de produtos específicos, o acompanhamento do dentista é fundamental!”, finaliza. 



Colgate-Palmolive Company
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Uso de hormônios masculinos por mulheres tem potencial para câncer de mama

Envato - serhiibobyk
Diante de informações controversas, principalmente por meio de redes sociais, a Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que as mulheres evitem a utilização de androgênios para ganho de massa muscular e melhora da estética corporal 

 

O número de mulheres que fazem uso indiscriminado de hormônios masculinos vem crescendo no Brasil. De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia, 1,6% da população feminina utiliza testosterona e seus derivados sintéticos. Reposição hormonal justifica parte das prescrições dos androgênios. Outra parte das mulheres tem neste hormônio um recurso para aumentar a libido e também para ganho de massa muscular e melhora da estética corporal. “Embora não existam estudos com alto rigor científico, acreditamos que o uso indiscriminado de androgênios tem potencial para aumentar o risco de câncer de mama”, alerta o mastologista Guilherme Novita, diretor da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM).

A reposição de testosterona é claramente indicada em diagnósticos de hipogonadismo, condição que afeta a fertilidade masculina. Também é recomendada em terapias para redesignação sexual em homens transgêneros. O uso em mulheres, segundo o especialista da SBM, é controverso e contraindicado por agências reguladoras de diversos países, inclusive pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

“Temos visto, com muita preocupação, a disseminação de informações, principalmente por meio de redes sociais, sobre o uso de androgênios por mulheres com a função de aumentar a massa muscular, definir o corpo e aumentar a libido”, destaca Novita. “Nada disso é realidade. E conceitos teóricos nos levam a acreditar no possível aumento do risco de câncer de mama e piora da doença com a utilização de hormônios masculinos.”

Mesmo diante da falta de ensaios clínicos randomizados que avaliem de maneira precisa o câncer de mama relacionado ao uso de androgênios, o mastologista considera o potencial do hormônio masculino para aumentar os riscos da doença a partir de dois mecanismos. “Temos os estímulo direto de receptores androgênicos, presentes em alguns tipos de tumor mamário”, diz. O segundo mecanismo é a “transformação do androgênio em hormônio feminino (estrógeno), através da conversão periférica mediada pela enzima aromatase e estímulo direto a receptores estrogênicos, presentes na maioria dos casos de câncer de mama.”

Alguns estudos, reforça Guilherme Novita, já demonstram maior incidência de câncer de mama em mulheres “com níveis androgênicos séricos elevados ou em pessoas que receberam terapia hormonal androgênica para redesignação sexual”.

“A recomendação da Sociedade Brasileira de Mastologia para todas as mulheres, diante da ausência de pesquisas que atestem a segurança do uso de hormônios masculinos, é para que não utilizem os androgênios”, destaca o especialista. A mesma conduta deve ser seguida por mulheres com alto risco de desenvolver câncer de mama e também pelas que têm baixo risco. Para este segundo grupo, a utilização em situações necessárias deve ser feita sob rigorosa supervisão médica e após ampla discussão com a paciente.

“Por fim, é importante alertar sobre a ausência de riscos ou possível proteção mamária através do uso de androgênios, como vem sendo apregoada por leigos na mídia e em redes sociais. Com base em dados científicos atuais, estas informações são incorretas e não devem ser repassadas à população”, conclui o diretor da SBM.


Pesquisa inédita revela que 30% dos pacientes abandonam tratamento de DPOC por dificuldade de obter medicamento[1]

 

Levantamento identifica outros gargalos da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, que é responsável pela morte de 40 mil brasileiros todos os anos[2] 

 

Considerada a 5ª maior causa de internação no Sistema Único de Saúde (SUS) entre pacientes com mais de 40 anos¹, a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) ainda é desconhecida por muitos brasileiros, mesmo por quem apresenta sintomas clássicos da condição como tosse crônica, cansaço, catarro e falta de ar. 

A pesquisa inédita “Retrato da DPOC na visão dos brasileiros” ouviu 2141 pessoas em todas as regiões do país, entre pacientes (274), cuidadores (55) e população (1812). De acordo com o levantamento, realizado este ano pela biofarmacêutica Chiesi com o apoio técnico-científico da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia, 26% da população em geral não sabe do que se trata a sigla DPOC e mais da metade não procura atendimento quando tem sintomas relacionados à doença1. 

Ao mesmo tempo em que, no Brasil, cerca de 6 milhões de pessoas vivem com DPOC², com média de 40 mil brasileiros morrendo por ano em decorrência da doença², a pesquisa mostra negligência em relação à sua gravidade. Quando perguntado o quanto as pessoas consideram a DPOC uma doença grave, a condição aparece apenas em 5º lugar1, apesar do impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes e do alto índice de internações e mortes. 

Para a Dra. Margareth Dalcolmo, pneumologista, pesquisadora da Fiocruz e presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, a informação sobre a doença e a importância do diagnóstico e da adesão ao tratamento são urgentes. “É preciso que médicos, de todas as especialidades, comecem um diálogo mais criativo com a sociedade civil nesse sentido. E nós, como sociedade médica, temos que fazer com que o diagnóstico dessa doença seja realizado precocemente, bem como facilitar o provimento das medicações aprovadas para o tratamento, nas farmácias populares”, reflete. 

A pesquisa “Retrato da DPOC na visão dos brasileiros” revela que mais de ¼ dos pacientes e cuidadores entrevistados acham que é “muito difícil” ou “difícil” ter acesso ao exame de espirometria, fundamental para detectar a doença1. Evidencia ainda que 30% dos pacientes já abandonaram o tratamento sem o consentimento do médico por dificuldade de obter os medicamentos no SUS, enquanto outros 24% deixaram de fazer o tratamento ao notar uma melhora dos sintomas1. 

Os pacientes entrevistados sinalizaram que o abandono do tratamento ou mesmo a não adesão podem acontecer por barreiras como a baixa disponibilidade de medicamentos nos postos de saúde, informação sobre o uso do medicamento, acesso à consulta médica, mudança no estilo de vida e o preço do remédio – considerado por 55% dos entrevistados uma barreira “muito alta” para a adesão ao tratamento1. 

“Nós, especialistas, estamos empenhados em oferecer ao Ministério da Saúde um programa integral, em parceria com a indústria, para o diagnóstico precoce, provendo avaliação funcional e facilitando, também, o acesso aos medicamentos”, diz Dra. Margareth Dalcolmo. 

Para além das consequências na vida e na saúde dos pacientes, seus familiares e cuidadores, a sensibilidade do cenário extrapola para o SUS, impactando em um gasto anual aproximado de R 103 milhões³, com a média de 200.000 hospitalizações2. 

Em resposta a esse cenário, a biofarmacêutica Chiesi submeteu neste mês um dossiê à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) para solicitar a inclusão da terapia tripla fixa no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) de tratamento da DPOC. A partir da análise, a Comissão tem 180 dias para dar seu parecer favorável ou desfavorável, e abrir uma Consulta Pública para ouvir a opinião de profissionais de saúde, pacientes e toda a sociedade a respeito da incorporação da terapia no Sistema Público de Saúde (SUS).

 


Chiesi Brasil
Para mais informações, visite Chiesi.



Referências

[1] O Retrato da DPOC na visão dos brasileiros [acesso em 21 de agosto de 2023]. Disponível em Link
[2] MINISTÉRIO DA SAÚDE. DATASUS. Mortalidade no Brasil? Óbitos por residência segundo Região. Categoria CID-10: J-44 Outras doenças pulmonares obstrutivas crônicas, 2017.
[3] Brasil. Ministério da Saúde. Departamento de Informática do SUS [homepage na Internet]. Brasília: DATASUS; 2010. [acesso em 12 abr. 2010] Disponível em: Link
[4] Cruz MM, Pereira M. Epidemiology of Chronic Obstructive Pulmonary Disease in Brazil: a systematic review and meta-analysis. Ciênc saúde coletiva. 2020Nov;25(11):4547?57. Disponível em: Link
[5] Rabahi M. Epidemiologia da DPOC: Enfrentando Desafios. Pulmão RJ. 2013;22(2):4?8. Disponível em: Link


Dia do Diabetes: Comer doce demais causa Diabetes? Mitos e verdades sobre a doença

 Às vésperas do dia mundial de combate ao diabetes (14 de novembro), médica endocrinologista e metabologista revela o que é verdadeiro e o que é lenda, além de oferecer dicas para quem suspeita que pode estar desenvolvendo essa condição

 

Um estudo divulgado este ano pela conceituada revista científica Lancet, assustou a população mundial informando que nos próximos 30 anos teremos o dobro de pessoas diabéticas no planeta em relação aos dias de hoje. Isso significa uma projeção de 1,3 bilhão de pacientes com diabetes em 2050. 

A proximidade do dia mundial de combate ao Diabetes, que será dia 14 de novembro, levou a Dra. Tassiane Alvarenga, Endocrinologista e Metabologista pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a explicar os mitos e verdades que rondam a doença. De quebra, ela ainda dá dicas de como saber quando é necessário investigar uma suspeita e como se dá o tratamento dessa doença, que atinge perto de 17 milhões de pessoas no Brasil. 

"Você pode escolher o bom controle dessa doença todos os dias, não só nesta data. Plantar um estilo de vida saudável para colher saúde e qualidade de vida é uma decisão diária", lembra a médica. 

 

1) Diabetes tem causa genética

Verdade. 

Já se sabe que há uma influência genética significativa na fisiopatologia do diabetes. Ter um parente de primeiro grau com a doença aumenta consideravelmente as chances de você ter também. O diabetes tipo 2 tem uma maior predisposição genética que o diabetes tipo 1. Dra. Tassiane explica: "Se um dos pais tem diabetes, ocorre uma chance três vezes maior de o filho desenvolver a doença ao longo da vida. Se pai e mãe possuem esta condição, o risco aumenta em seis vezes".

 

2) Diabetes geralmente não causa sintomas

Verdade. 

Em cerca de 50% dos casos, a doença fica assintomática nas suas fases iniciais e intermediárias, segundo a médica.

 

3) Comer muito doce causa diabetes

Mito. 

Mais ou menos 90% dos casos de diabetes são do tipo 2, que é desencadeado por fatores conjugados, como tendência genética, ganho de peso, alimentação errada e vida sedentária.

A ingestão de doces contribui com o excesso de calorias, a verdadeira razão do ganho de peso. Ainda assim, "mesmo que o paciente não consuma muitos doces, outros alimentos como pães, arroz, massa ou qualquer item rico em carboidrato tem o potencial de estimular o ganho de peso e, por consequência, favorecer o risco de desenvolver diabetes", pontua a endocrinologista.

Segundo ela, o consumo desses produtos em excesso aliado à tendência genética e ao sedentarismo, por exemplo, pode estimular a doença. Ou seja, o principal fator de risco para desenvolver diabetes tipo 2 ao longo da vida é o ganho de peso.

 

4) Todo produto diet é liberado para os diabéticos

Mito. 

É preciso entender a diferença entre produtos Diet e produtos Light. Os alimentos diet se destinam a grupos populacionais com necessidades específicas e significa que o produto é isento de um determinado nutriente. Na maioria dos casos, os produtos diet são livres de açúcar, mas é importante comprovar se o nutriente retirado foi mesmo o açúcar, e não gordura, sódio ou outro componente.

O produto pode, ainda assim, apresentar calorias, tornando seu consumo sujeito a restrições para diabéticos. Além disso, os produtos dietéticos sem adição de açúcar podem conter outras formas de carboidratos que também interferem na glicemia, como frutose, lactose, amido ou maltodextrina. "O mais importante é usar com moderação e ficar sempre de olho na quantidade de carboidratos contida no produto", recomenda a endocrinologista. 

Por sua vez, os alimentos light são direcionados a pessoas que buscam uma alimentação mais saudável. Eles apresentam redução mínima de 25% em determinado nutriente ou calorias, quando comparado ao produto convencional. "A redução de calorias pode vir da diminuição no teor de qualquer nutriente (carboidrato, gordura, proteína), mas não quer dizer que seja sem açúcar", alerta Dra. Tassiane.

 

5) Tenho Diabetes e vou ter problemas nos rins, olho e coração

Mito. 

"O bom controle da glicemia é capaz de evitar todas as complicações", garante a especialista.

 

6) Estresse pode subir a glicose no diabético

Verdade. 

De acordo com Dra. Tassiane, o estresse pode levar ao descontrole glicêmico (açúcar alto no sangue) por vários motivos. "A primeira razão tem causa hormonal: o estresse crônico aumenta o nível do hormônio cortisol, que ocasiona, dentre outras coisas, o aumento da gordura abdominal, que, por sua vez, aumenta o risco de diabetes", explica ela. 

A segunda razão, continua a médica, se revela justamente por meio do comportamento: "O estresse aumenta a fome, a gula e a ansiedade, o que faz o paciente ir em busca de alimentos ricos em calorias, como bolo, pizza, chocolate e massas, entre outros", diz a especialista.

 

Quem deve investigar se pode estar com diabetes? 

- Toda pessoa acima de 45 anos;

- Pacientes com menos de 45 anos que apresentem sobrepeso (IMC > 25 Kg/m2);

- Pessoas sedentárias;

- Quem tem histórico familiar de diabetes tipo 2;

- Pacientes HAS (Hipertensão Arterial Sistêmica), ou seja, pessoas com pressão alta;

- Pessoas com DLP (Dislipidemia): colesterol e triglicerídeos;

- Indivíduos com acantose nigricans, aquela mancha escurecida e aveludada no pescoço, virilha e axilas. Ela é um sinal de que o pâncreas está sobrecarregado;

- Crianças com sobrepeso e fatores de risco também devem ser investigadas.

 

Como faz para diagnosticar o diabetes?

 

  • Teste de glicemia em jejum;
  • Teste oral de tolerância a glicose (1 copo com 75g de glicose): medir a glicemia 2 horas depois;
  • Hemoglobina glicada: exame que fornece a média da glicemia dos últimos 3 meses e se torna um excelente parâmetro para avaliar se o diabetes se encontra ou não bem controlado;
  • Teste DXT acima de 200, com muita ingestão de água, urinando em excesso, fome e perda de peso 

A pacientes que usam medicação, a Dra. Tassiane pede atenção: "O ideal é usar um remédio que controle o açúcar, mas que também ajude o paciente a emagrecer", diz ela, ao pontuar que a obesidade é um dos grandes fatores fortalecedores da doença". 

Para ela, a medicação deve, ainda, ajudar na diminuição da circunferência abdominal (barriga), no controle da pressão arterial e dos níveis de colesterol e triglicerídeos, além de diminuir a chance de infarto e AVC, a principal causa de morte no Brasil e no mundo.

 

Pilares fundamentais para o tratamento de diabéticos 

1) Alimentação saudável

2) Atividade física

3) Medicação correta

4) Parceria médico-paciente visando um controle da saúde global

5) Equilíbrio entre estresse e felicidade

 

 

Dra. Tassiane Alvarenga – ENDOCRINOLOGISTA E METABOLOGISTA. Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Uberlândia – UFU; Residência Médica em Clínica Médica pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP; Residência Médica em Endocrinologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FM USP); Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia- SBEM; Membro da Endocrine Society, SBEM e ABESO; Faz parte do Corpo Clínico da Santa Casa de Misericórdia de Passos. Sobrepeso e Obesidade. Compulsão Alimentar e Ansiedade; Obesidade Infantil; Diabetes Mellitus e Pré Diabetes: Controle da glicemia e prevenção de complicações como Retinopatia , Neuropatia , Nefropatia , Infarto do Miocárdio e Acidente Vascular Cerebral (AVC); Dislipidemias ( Colesterol); Doenças da tireoide ( Hipo e Hipertireoidismo, Nódulos na Tireóide); Osteopenia e Osteoporose; Seguimento pré e pós operatórios de cirurgia bariátrica; Check-up e Avaliação de rotina; Baixa Estatura; Distúrbios da Menstruação, Distúrbios da Puberdade, Crescimento e Desenvolvimento sexual; Síndrome dos Ovários Policísticos; Reposição hormonal na Menopausa e Andropausa.


Overtraining: o que é, consequências, sintomas e como prevenir

Síndrome do Excesso de Treinamento implica em dores, edemas, lesões musculoesqueléticas e até transtornos, como ansiedade, depressão e bipolaridade

 

O overtraining, também conhecido como Síndrome do Excesso de Treinamento, aparece quando a pessoa realiza mais exercícios, por muito tempo ou com peso maior do que aguenta. Ele ainda surge quando há um aumento repentino de carga ou intensidade. Nesses casos, os músculos não se recuperam a tempo para realizar outro grande esforço, fazendo com que o corpo sofra indesejáveis consequências. 

“Dores musculares constantes, edemas e lesões musculoesqueléticas são os efeitos mais comuns. No entanto, ele afeta também o funcionamento de diversos processos e também causa alterações constantes no humor, além de desencadear transtornos como ansiedade, depressão e bipolaridade. Tudo isso resulta em uma piora na qualidade de vida, justamente o oposto da prática regular de atividade física”, afirma Monica Marques, sócia e diretora técnica da Cia Athletica. 

Existem dois tipos de overtraining. O parassimpático, que acontece quando o sistema nervoso parassimpático se torna dominante e provoca fraqueza muscular e falta de energia; e o simpático, que impede a recuperação a tempo das fibras musculares, causando rompimentos. Seus sintomas são mais perceptíveis e envolvem: fadiga, tremores, alteração do sono ou apetite, sudorese intensa, olheiras, dor de cabeça, aumento da pressão arterial, aceleração do metabolismo e queda na capacidade motora, entre outros.

 

Como evitar ou sair desta situação?

O repouso é a única solução para os sintomas do overtraining, pois fazem com que os músculos se recuperem adequadamente. Desta forma, o atleta perde boa parte do avanço que vinha alcançando com os treinamentos, pois há uma queda do condicionamento físico, da resistência, da flexibilidade, do equilíbrio e até mesmo do sistema imunológico. Após a pausa, ainda é importante voltar com redução na intensidade dos exercícios. 

“O tempo deste descanso depende das alterações fisiológicas de cada corpo. O tratamento também consiste em uma dieta balanceada e ingestão abundante de água. O ideal é consultar um médico assim que sentir os sintomas citados, atuar com uma equipe multidisciplinar, e só voltar aos treinamentos após a autorização deles”, diz a especialista. 

Para evitar chegar nesta condição, Marques aponta que nunca se deve fazer mais exercícios, séries ou repetições além do programa de treino que seu educador físico preparou. Por exemplo, se você acabou de aumentar a carga na semana anterior, não deve aumentá-la novamente, apenas quando o professor indicar.


Companhia Athletica
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