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quarta-feira, 16 de agosto de 2023

Mútua lança Cartilha de Combate ao Assédio e à Discriminação

 

Publicação da Caixa de Assistência dos Profissionais do CREA aborda o tema de forma simples e direta, e está disponível também em versão online.

A Mútua, a Caixa de Assistência dos Profissionais do CREA, acaba de lançar sua Cartilha de Combate ao Assédio e à Discriminação. A publicação objetiva oferecer esclarecimentos sobre assédio e sobre discriminação no ambiente de trabalho. O intuito é promover uma maior conscientização sobre o tema, para prevenir e coibir práticas relacionadas ao assédio e à discriminação. 

 

De forma muito simples e direta, estão apresentados os conceitos de Assédio Moral, Assédio Sexual, Discrimição no Ambiente de Trabalho, o que fazer se a pessoa for vítima, consequências para os envolvidos e a quem recorrer. Também descreve algumas práticas comuns de violência contra a mulher no ambiente de trabalho. O conteúdo foi elaborado pela Diretoria Executiva e pela Comissão de Prevenção ao Assédio e à Discriminação no âmbito da Mútua. Mesmo sendo desenvolvida para contemplar os profissionais ligados ao CREA, a cartilha se aplica ao público em geral. 

Para o lançamento, foram impressos 1.000 exemplares, distribuídos durante a 78ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (SOEA), realizada na semana passada (8 a 11/8), em Gramado (RS). A cartilha também está disponível no site https://www.mutua.com.br/wp-content/uploads/2023/08/assedio_discriminacao.pdf.

  


Mútua - é a Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea


Zanin e a nova suspensão do julgamento da Revisão da Vida Toda do INSS no Supremo

 

O novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, pediu vista no julgamento, em plenário virtual, sobre as modulações dos efeitos da decisão que garantiu a Revisão da Vida Toda para os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em dezembro do ano passado. O magistrado pediu mais tempo para analisar o processo e, agora, tem até 90 dias para devolver o processo para julgamento, que, então, precisará ser pautado para uma nova sessão. Até o pedido de Zanin, apenas o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes havia votado. 

Ao julgar os embargos de declaração, recurso utilizado pelo INSS para não realizar os pagamentos devidos, Alexandre de Moraes considerou que os benefícios extintos não podem ser revistos, e garantiu os atrasados dos últimos 5 anos para quem tem o direito e está aguardando a sua ação, e também para os que ainda não ajuizaram o processo. 

Importante esclarecer que a expressão "benefícios extintos" no voto do ministro Alexandre de Moraes refere-se aos benefícios temporários cessados e extintos sem benefício derivado, no caso, pensionistas. Assim, quanto a pensão por morte, vedou apenas revisão de diferenças por sucessor não pensionista. 

Seu voto trouxe modulação temporal a partir de 1 de dezembro de 2022 para as ações que transitaram em julgado na Justiça, protegendo o acesso ao princípio da inafastabilidade do Poder Judiciário. Ou seja, mesmo os benefícios que ainda não transitaram em julgado e que estejam dentro do prazo decadencial ou rescisório, o ministro admitiu a revisão desses benefícios, com retroativos, desde a mudança de tese no STF, flexibilizou a coisa julgada. Benefícios de processos pendentes, sem trânsito em julgado, e ações a serem ajuizadas, ainda que derivados de outro benefício (pensão por morte), não foram objeto da modulação. 

Vale lembrar que, por maioria de seis votos a cinco, a tese definida pelos ministros no ano passado afirma que “o segurado que implementou as condições para o benefício previdenciário após a vigência da Lei 9.876, de 26.11.1999, e antes da vigência das novas regras constitucionais, introduzidas pela EC 103/2019, tem o direito de optar pela regra definitiva, caso esta lhe seja mais favorável”. 

O julgamento das modulações estava sendo realizado em sessão do plenário virtual que terminaria em 21 de agosto. Essa data, provavelmente, não será mais a do desfecho do caso. 

Uma preocupação que veio à tona foi a aposentadoria da Ministra Rosa Weber, que ocorrerá no mês de outubro deste ano. Ela não teve a oportunidade de juntar o seu voto, e é uma defensora deste direito dos aposentados. 

Importante frisar que a Revisão da Vida Toda é uma ação judicial de exceção, na qual os segurados podem pedir a correção do benefício para incluir, no cálculo, contribuições feitas antes de 1994, beneficiando quem tinha pagamentos maiores antes do início do Plano Real. E conforme dados de agosto de 2023 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) existem apenas 24.700 processos em todo país, demonstrando que o INSS trouxe dados irreais sobre o alcance da ação. Agora, é aguardar o retorno do julgamento e a posição dos demais ministros para esclarecer as modulações para o pagamento das revisões. Portanto, os aposentados, que em sua maioria são pessoas de idade avançada e doentes, terão que aguardar por mais tempo para ter a revisão dos seus benefícios garantidos.

 

João Badari - advogado especialista em Direito Previdenciário e sócio do escritório Aith, Badari, Luchin Advogados

 

Além da Aparência: Descubra o Poder da Massa Muscular para sua Saúde

 

O músculo e a força, sã os principais marcadores de longevidade, ficando à frente de pressão, glicemia e colesterol

 

Quando pensamos em saúde, frequentemente nos concentramos em aspectos visíveis, como o peso corporal ou a aparência externa. No entanto, existe um elemento interno que desempenha um papel crucial em nossa saúde geral: a massa muscular.

 

A base da saúde muscular


O médico especialista em medicina integrativa Dr. Francisco Saracuza explica que nossos músculos são mais do que simplesmente ferramentas de movimento. Eles são a fundação de nossa mobilidade, sustentação e, surpreendentemente, influenciam nossa saúde metabólica e imunológica. A massa muscular não é apenas sobre aparência; é uma questão de vitalidade e bem-estar.

 

Impacto da perda muscular na saúde


A perda de massa muscular, conhecida como sarcopenia - alteração da musculatura esquelética caracterizada pela redução da força e da massa muscular secundária ao envelhecimento, podendo comprometer o desempenho físico do indivíduo - não é apenas um sinal natural do envelhecimento, mas também está associada a uma série de condições de saúde. Estudos científicos destacam que a sarcopenia pode aumentar o risco de diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, osteoporose e até mesmo comprometer a função imunológica. Portanto, manter nossos músculos saudáveis não é apenas uma questão estética, mas uma medida crucial para prevenir doenças crônicas.

 

O poder metabólico dos músculos


Nossos músculos desempenham um papel fundamental na regulação do metabolismo. Eles são verdadeiras usinas metabólicas, consumindo energia mesmo em repouso. Quanto mais massa muscular temos, maior é nossa taxa metabólica basal, o que pode facilitar o controle do peso e a manutenção da saúde cardiovascular.

 

“Com o passar dos anos, tendemos a perder massa muscular. Isso não é inevitável e pode ser combatido com a abordagem certa. A prática regular de exercícios de resistência, como a musculação, é um poderoso aliado na preservação da massa muscular. Além disso, uma dieta balanceada, rica em proteínas e nutrientes essenciais, também é fundamental”. Destaca Francisco Saracuza.

 

O médico cita orientações para manter a massa muscular saudável, confira:

 

1. Exercícios de Resistência: Incorporar exercícios como musculação, pilates e treinamento funcional em sua rotina.

 

2. Variedade: Trabalhe diferentes grupos musculares para garantir um desenvolvimento equilibrado.

 

3. Alimentação Nutritiva: Consuma proteínas magras, como carnes magras, peixes, ovos, leguminosas e laticínios.

 

4. Hidratação: Mantenha-se bem hidratado para apoiar a função muscular adequada.

 

5. Sono Restaurador: Priorize o sono de qualidade para permitir a recuperação muscular.

 

6. Gerenciamento de Estresse: O estresse crônico afeta negativamente os músculos; pratique técnicas de relaxamento.

 

7. Consulte um Especialista: Antes de iniciar um novo programa, consulte um médico ou profissional de saúde.

 

“Em um mundo onde a prevenção de doenças crônicas é essencial, nossa abordagem à saúde deve ser holística. A pesquisa é clara: a massa muscular não é apenas sobre estética, mas sobre saúde e vitalidade. Através da dedicação à preservação da massa muscular, não apenas moldamos nossos corpos, mas também capacitamos nossa saúde metabólica e prevenimos doenças. Com músculos fortes, você está construindo os alicerces de uma vida mais plena e saudável”. Finaliza o Dr. Francisco Saracuza.

 

Dr. Francisco Saracuza - CRM 192628 - Médico Especialista em Medicina Integrativa


Educação Profissional: é preciso tirar o estigma de “anti-heroína” brasileira

A educação profissional sempre foi vista de forma diferenciada no Brasil. Muitas vezes entendida como a solução mais estratégica para aumentar a capacidade produtiva do país, em outras foi compreendida como a maneira mais sensata de contextualizar os conteúdos das ciências nas etapas da educação fundamental e média. Além disso, também foi analisada como a solução para aproximar a educação preparatória com base científica do mundo do trabalho, bem como um meio de acelerar o moto-contínuo da produção, com ciência, renda e maior bem-estar social.

Todavia, ao longo da história brasileira, a educação profissional nunca passou de um suspiro, de uma ameaça de sucesso a cada momento que, efetivamente, fez parte das políticas de governo. Efetiva como alicerce político a cada ciclo eleitoral e correta como discurso de valorização do cidadão como ente participante da sua realização e da capacidade produtiva do país, entretanto, ela nunca passou de um movimento que sempre esbarrou no elitismo.


Enquanto os índios e negros tinham acesso à educação profissional, os jovens das classes mais abastadas, (filhos dos brancos europeus) estudavam em Portugal ou em outros países (o que demonstra o caráter elitista e segregacionista da proposta) e se dedicavam a se ordenar na igreja católica, visando à participação da família na fortuna desta instituição na época.


Ainda na idade média, a “implantação” da classe burguesa se deu com muita intensidade na Europa, centro do poder e do saber. O Iluminismo, que estimulou as revoluções Francesa e Industrial, teve pouco impacto na história do Brasil. Países como Inglaterra, Alemanha, Holanda, nações onde a Revolução Industrial se deu na origem e com intensidade, passaram a ofertar educação nos liceus de Artes e Ofícios e grande parte da capacidade produtiva industrial teve origem neste momento da história. No Brasil, os Liceus foram implantados, mas sempre como uma opção para poucos, ou seja, para aqueles oriundos das classes sociais dominantes, formados para sustentar o status quo.


A anti-heroína Educação Profissional encontrou estímulo e força na Constituição de 1937, contudo, mesmo tendo força para existir, foi descrita na Constituição Federal como sendo a destinada para os pobres. Durante o governo de Getúlio Vargas, a educação profissionalizante se tornou obrigatória e parte do ensino médio.


Após a segunda guerra, mesmo com a oferta dos cursos profissionalizantes associados ao ensino médio, esta modalidade passou a ser prioridade dos sistemas de ensino para a Indústria, e para o comércio, como SENAI e SENAC, respectivamente.


O surgimento, recentemente, de marcas de cursos livres de instituições não relacionadas historicamente ao setor, que buscam formar quadros preciosos de produção com temas mais modernos acaba por mostrar a fraqueza dos setores público e privado da educação.


A Educação Profissional, como a anti-heroína, está sempre presente na cena histórica. Todavia, falta conhecimento para a gestão pública, falta clareza e empenho para os formadores de opinião e líderes sociais e, mais ainda, autoconhecimento para os cidadãos que compõem uma sociedade elitista, preocupada com a manutenção de direitos sociais que se acabam quando o país tem uma população mais velha e que não se mostrou produtiva no seu momento gerar renda.

 

Francisco Borges - mestre em Educação e consultor da Fundação de Apoio à Tecnologia (FAT).


Tábuas de mortalidade permitem cobertura irrestrita no seguro de vida?

Este não é o único fator de precificação para as seguradoras, que se utilizam, também, da sua própria experiência 

 

É comum, inclusive em sede jurisprudencial, ouvir-se que o seguro de vida possui “cobertura ampla”, de modo que desimportaria se o segurado cometeu atos criminosos, se agravou o risco, ou, quiçá, se prestou declarações pré-contratuais falsas. 

Tudo estaria coberto, pois os cálculos atuariais feitos pela seguradora para precificação são baseados em tábuas de mortalidade que estimam uma expectativa de vida geral. Assim, os dados utilizados refletiriam as mortes ocorridas nas diversas faixas de idade, contemplando todas as causas de morte, sem excetuar, por exemplo, aquelas decorrentes da prática de atos ilícitos. 

Embora teoricamente interessante, o argumento não tem aplicação prática, pois as tábuas de mortalidade não constituem o único fator de precificação para as seguradoras, que se utilizam, também, da sua própria experiência. Ao final de cada período de vigência, é feito o estudo da sinistralidade para detectar e corrigir eventuais desvios, momento em que se saberá “se o montante de prêmios puros arrecadados foi suficiente para pagar o total de sinistros cobertos pelas apólices emitidas”. 

Considerar apenas as tábuas de mortalidade como base para a precificação é ignorar princípio “que constitui o cerne da técnica securitária”, que é o princípio da equivalência atuarial, “também denominado por alguns autores como equação fundamental ou equação de equilíbrio atuarial”, segundo o qual, o total dos prêmios puros arrecadados deve equivaler ao total das indenizações devidas. 

Conforme ensina a melhor doutrina, “O segurador que não se empenhar em estabelecer uma sólida relação de equivalência entre as indenizações e os prêmios puros tenderá a enfrentar problemas sérios.” Com efeito, se o prêmio puro for menor, poderá se caracterizar a prática de preços predatórios, ou haver insuficiência de provisionamento, ou até mesmo insolvência; por outro lado, se o prêmio puro for maior, poderá estar havendo a cobrança de preço extorsivo e perda de competitividade da seguradora em um mercado bastante acirrado, com margens estreitas . 

Que dizer então de exclusões mais auto-evidentes, como guerras, acidentes nucleares, ou terremotos? É claro que as tábuas de mortalidade não permitem, ordinariamente, a segurabilidade de tais eventos, pois não são tábuas mágicas. O preço seria excessivo e o risco demasiadamente concentrado – muito melhor selecionar os riscos seguráveis e ter um produto economicamente viável e a todos acessível. 

Nestes termos, as exclusões contratuais contidas no seguro de vida, inclusive aquela usual para atos criminosos, não são irrelevantes do ponto de vista econômico e resultam em efetivo benefício para os segurados, que pagarão um prêmio menor. 

A “cobertura ampla”, pretendida por alguns, serve somente para uma maioria inocente ter de subsidiar os atos delituosos, ou reprováveis, de uma minoria desonesta.

  

Lúcio Roca Bragança - Especialista em Direito do Estado pela UFRGS. Especialista (MBA) em Gestão Jurídica de Seguros e Resseguros pela ENS. Advogado sócio do escritório Agrifoglio Vianna e parecerista na seara securitária.

 

Sabedoria cotidiana: 8 livros para conhecer no Dia do Filósofo

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De clássicos como Schopenhauer a expoentes nacionais, autores compartilham lições sobre a humanidade em situações corriqueiras e até em conversas com um gato


Se você está em busca de livros para entender questões sobre a existência humana e não sabe por onde começar, esta lista reúne oito títulos de filosofia com uma linguagem adaptada para o cotidiano. Em alusão ao Dia do Filósofo (16/08), há obras de autores nacionais contemporâneos e grandes clássicos, que atravessam assuntos como a busca por sentido no cotidiano, a resiliência diante dos problemas e os desafios dos jovens no mundo atual. Leia:


Epaminondas: o gato explicador

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 Citadel Grupo Editoria
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O que os gatos pensam? Na obra Epaminondas: o gato explicador, publicada pela Citadel Grupo Editorial, um dos filósofos mais conhecidos do Brasil relata as conversas que teve com seu animal de estimação. Questionando grandes figuras, como Descartes, Clóvis de Barros Filho explica que as pessoas preferem “chafurdar” no pântano da ignorância, entretidas pelas sombras da falsidade e das mentiras, a resistir com resiliência aos percalços e obstáculos do caminho.

(Autor: Clóvis de Barros Filho | Onde encontrar: Amazon)


O que você quer da vida?

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VR Editora

Um guia filosófico de Valerie Tiberius sobre como viver bem, compreender valores pessoais e lidar com conflitos de objetivos. A obra enfatiza a conexão consigo mesmo e a influência das outras pessoas em nossas escolhas. O conteúdo é baseado em duas questões importantes: “como identificamos valores, metas e reconhecemos os conflitos entre eles?” e “como nossos valores e metas podem ser aprimorados para que possamos gerenciar esses conflitos e promover uma maior realização?”. É um livro de filosofia acessível para todos.

(Autor: Valerie Tiberius | Onde encontrar: Amazon)


A Filosofia Resolve - Como os filósofos nos ajudam a solucionar problemas e a viver uma vida melhor

Divulgação / Edições 70

São inúmeras as aplicações práticas que a filosofia oferece para enfrentarmos os desafios da vida e apaziguarmos o sofrimento, porque a filosofia não é apenas pensamento abstrato. Ela é também cura e consolo. Dividido em pequenos textos, numa linguagem simples e elucidativa, o livro mostra como esta área do conhecimento pode nos ajudar a encarar, travar e resolver a maioria dos problemas do cotidiano.

Autora: Margot Cardoso | Onde encontrar: Amazon)


Grandes Mestres do Estoicismo

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Edipro

A coleção reúne as principais obras dos três maiores expoentes da filosofia estoica: o grego Epicteto, o romano Sêneca e o imperador romano Marco Aurélio. Esses filósofos encararam o estoicismo como uma prática diária, que colocava à prova os seus preceitos de virtude, sabedoria e racionalidade. Desta forma, elevaram a maneira de pensar ao patamar de uma das mais importantes correntes filosóficas do Ocidente. O box inclui o “Manual de Epicteto”, “Meditações” e “Sobre a brevidade da vida”.

(Onde encontrar: Amazon)


Exclusão e abraço

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 Editora Mundo Cristão

Os dias atuais apresentam uma realidade perturbadora. A alteridade, o simples fato de ser diferente de alguma forma, passou a ser definido como algo indesejado. Com uma escrita filosófica, Miroslav Volf afirma que a palavra curadora do evangelho precisa ser anunciada, e a teologia cristã não pode furtar-se a ignorar o quadro latente de ódio entre os diversos grupos de uma sociedade. Segundo ele, a mensagem de Cristo é essencialmente reconciliatória e é uma resposta à exclusão.

(Autor: Miroslav Volf | Onde encontrar: Amazon)


Tudo o que dizemos no silêncio

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Qualis Editor
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No romance Tudo o que dizemos no silêncio, a filósofa e escritora Marta Vasconcelos traz à tona dilemas que atravessam a juventude contemporânea. Publicada pela Qualis Editora, o livro é um convite para o leitor refletir sobre como lidar com o luto e o abandono parental na adolescência, além auxiliar os leitores a identificarem alertas capazes de prevenir gatilhos emocionais.

(Autora: Marta Vasconcelos | Onde encontrar: Qualis Editora)


O ensino de filosofia enquanto experiência filosófica

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 Fábio Antônio Gabrie
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Professor de Filosofia e Doutor em Educação, Fábio Antônio Gabriel reflete sobre a importância do ensino filosófico para os adolescentes. A partir de suas experiências em sala de aula e com base em pesquisas, ele mostra como a disciplina pode contribuir para a formação ética dos estudantes, além de incentivar o pensamento crítico dos alunos. Neste livro, o autor ressalta que os jovens gostam de filosofia e estão dispostos a aprender sobre o assunto, mas é necessário conectar os temas com a realidade deles.

(Autor: Fábio Antônio Gabriel | Onde encontrar: Amazon)


Sobre a Psicologia

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 Edipro

O filósofo Schopenhauer aborda a autoconsciência, a vontade, o suicídio, a loucura e suas relações com o comportamento. Para ele, a ciência estuda os fenômenos humanos por si só: uma relação de causa e efeito psicológica, que acontece por meio de nossas motivações e representações mentais. A filosofia psicológica do autor revela a urgência de investigar a si próprio.

(Autor: Schopenhauer | Onde encontrar: Amazon)

 

Como a automação pode contribuir para a segurança cibernética e nos negócios


O maior risco enfrentado pelas empresas são os danos de longo prazo causados pela perda ou roubo de informações. Espera-se que até de 2025 a criação de dados ultrapasse 180 zettabytes. Esse número versus a escassez global de mão de obra especializada em segurança cibernética, torna a automação essencial. 

Os cibercriminosos tem consciência que, para as empresas é possível reconstruir a infraestrutura de nuvem ou substituir um dispositivo, mas não se pode "recuperar" os dados, então eles transformam esses ativos digitais em um passivo e ameaçam vazá-los ou criptografá-los, a menos que a companhia pague. Esses invasores continuam encontrando novas maneiras de cruzar as defesas ao longo de uma superfície de ataque cada vez maior. Alguns hackers até aprenderam como transformar os próprios colaboradores da organização em ameaças internas. 

Enquanto as superfícies de ataque crescem, os dados estão cada vez mais centralizados. Essa tendência continuará a aumentar, visto que com as informações concentradas na nuvem é possível garantir que todos os usuários, dispositivos e serviços estejam conectados e disponíveis para todas as equipes. 

Porém, ao centralizar os dados também são concentrados os riscos. Se esses armazenamentos forem bem controlados, as consequências de uma violação de qualquer usuário ou dispositivo comprometido são reduzidas. É necessário fazer o melhor para manter os limites protegidos e monitorar todos os sinais preocupantes, mas não faz sentido alocar recursos escassos onde a maioria da vulnerabilidade não está. 

Mesmo que não se saiba de que direção um ataque virá, é possível saber para onde ele irá e causará danos, é aí que faz sentido implantar recursos. Logicamente, muitas equipes de segurança começaram a se concentrar mais nesses armazenamentos de dados centralizados, buscando a automação para entender melhor como são configurados, usados ​​e controlados. 

Para entender como a automação pode ajudar, é preciso começar com duas perguntas: Onde os dados estão ou devem ser armazenados? Os aplicativos estão instalados e funcionando corretamente? 

A automação pode ajudar a responder a essas perguntas, mas as respostas geralmente levam a novas dúvidas e gargalos imprevistos. Quando dados confidenciais são descobertos, por exemplo, eles levantam questões como se estão bloqueados corretamente, como são usados ​​e onde especificamente devem ser armazenados. Erros de configuração devem ser tratados com segurança para não prejudicarem a produtividade. 

Fluxos de trabalho, projetos e tarefas mudam com o tempo, então o que está configurado corretamente hoje pode não estar daqui a seis meses. Em ambientes altamente colaborativos em que os funcionários compartilham dados sem ajuda ou supervisão da TI, é razoável suspeitar de muitos erros.

Ao investir tempo e esforço em automação de segurança, ela deve trazer resultados e não deve gerar um novo trabalho para o qual a empresa precise de mais pessoal para lidar. Se a organização precisar de experiência em nível de nicho para implementar a solução ou agir com base nas informações que ela fornece, os ganhos de produtividade precisam justificar os custos adicionais e os desafios de encontrar colaboradores com conjuntos de habilidades especializadas. 

Na medida em que os dados crescem em volume e valor, fica mais difícil protegê-los. Os reforços humanos não estão chegando rápido o suficiente, então a automação pode impedir que esses centros de armazenamentos sejam invadidos, promovendo uma política de segurança mais eficaz.


Carlos Rodrigues - vice-presidente Latam da Varonis


Como melhorar o ingresso de jovens no mercado de trabalho a partir da educação

Como melhorar o ingresso de jovens no mercado de trabalho a partir da educação 

 

Quando olhamos o cenário atual, vemos alguns pontos de atenção que deverão ser geridos por estruturas com culturas corporativas ágeis, e para as empresas que pretendem atuar no cenário 4.0, entender sobre jovens será fundamental para garantir pessoas aptas a criar soluções que atendam às novas demandas do mercado quanto às boas práticas ESG, e que serão cidadãs globais, que buscam mais equidade, qualidade de vida e acessos às oportunidades.  

Hoje no Brasil, são 35 milhões de jovens, ou seja, 23% da população tem entre 14 a 24 anos, e 20% não estudam nem trabalham...  

Em paralelo a esses cenários, temos vários desafios na Indústria 4.0 no Brasil: 

  • em estudos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) com empresas brasileiras, destaca-se o desenvolvimento pouco representativo de investimentos nas áreas-chave como Big Data, Internet das Coisas e Inteligência Artificial; 
  • a Confederação Nacional da Indústria (CNI) mapeou no Brasil quase 700 mil indústrias, porém apenas 1,6% delas iniciaram o movimento 4.0; 
  • o Brasil não é um país digital, seu parque tecnológico está muito defasado em relação ao mercado global, e há pouca formação de novos talentos nas novas tecnologias.  

Esses pontos são fundamentais para entendermos que todas as empresas, nos mais diversos segmentos, irão demandar especialistas conectados a dados, e com habilidades pessoais diversas, entre elas, atuação em times multidisciplinares e plurais, práticas de pensamento ágil e disposição para solucionar problemas, gerar melhorias, a partir da análise e integração de dados, e que irão gerar entregas mais conectadas ao que o mercado demanda.  

Hoje, os jovens usuários de internet, sofrem com um senso de tempo distorcido por uma urgência de estar conectado o tempo todo, ou seja, vitimados pelo FoMO, ou Fear of Missing Out (medo de ficar por fora, em português). Há uma certa percepção de que liderar é fácil, crescer na carreira é rápido, e que as pessoas, inclusive entre pares etários, são lentas e que caminhar sozinho, lhes faz chegar mais rápido. Por outro lado, há mais consciência sobre as questões ambientais e sociais, menos oportunidades de trabalho, o que gera preocupações sociais, financeiras, e aumenta sua “temeridade” ao risco.  

Portanto, atuar na formação de talentos durante a fase anterior à entrada no mercado de trabalho, não pode ficar apenas na alçada das escolas, é preciso criar oportunidades para que desenvolvam suas habilidades e para que tenham seus direitos básicos respeitados. A Promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei n. 8.069, que neste dia 13 de julho, celebra 33 anos, é uma iniciativa para a proteção integral aos direitos da criança (a pessoa de até 12 anos de idade incompletos), e adolescente (a pessoa com idade entre 12 e 18 anos de idade) - art. 2º do ECA, adequando a legislação nacional à Convenção sobre os Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas, promulgada pelo Brasil em 1990. Sua empresa conhece essa Lei?  

As empresas que embasam suas políticas sob as boas práticas do ESG (Ambiental, Social e Governança), precisam agir, preparando para gerir o futuro das economias globais nas ondas integradas do universo globalizado da internet com esses talentos jovens que vivem em cenários não vistos antes.   

Uma das premissas da Lei, é o direito à educação, e para atuar na indústria 4.0, algumas especializações serão fundamentais como o letramento digital, as habilidades de leitura e escrita, o pensamento crítico e matemático, a lógica aplicada na tratativa de dados, a capacidade de produzir conteúdo. E para garantir inovação e solução de problemas, necessita-se de habilidades para gerir projetos e otimizar recursos, construir uma boa cadeia produtiva com impactos diretos e indiretos nos marcadores ESG. Estruturar times exige melhorias na performance das produções de serviços e de produtos, e um olhar para a preservação do planeta e sustentabilidade, desde as premissas da ideação.  

As áreas conectadas à biotecnologia, biomedicina, produção de alimentos, energias renováveis, lean manufacturing (sistema de produção enxuta), análise de big data, monitoramento e controle remoto da produção, digitalização, robótica, controle de/e produção, rastreabilidade, controle de qualidade, sistematização de processos, e engenharia de desenvolvimento de novos produtos, entre outras ligadas à indústria 4.0, precisarão acelerar a captação de talentos para aumentar a produtividade, e atuar dentro das normas de cibersegurança sem perderem o foco na sustentabilidade e na humanização das relações dentro do ambiente de trabalho, além da atenção aos “stakeholders” que influenciam mudanças nas regras do jogo social.  

Então, reconhecer que temos de valorizar as crianças e jovens, e iniciar a jornada formativa de pessoas cidadãs desde a infância pode fomentar pessoas mais tolerantes, com gosto por aprender, com habilidades de lidar com falhas e frustrações, e com mais abertura para pensarem em soluções para problemas reais como criadoras da inovação. É um bom começo para torná-las aptas a serem protagonistas das mudanças que o mundo precisa. Há um mercado mais consciente sobre os direitos humanos, sobre os impactos ambientais, sobre as mudanças nos estilos de vida, disposto a investir, - o conceito não é mais consumir em produtos e serviços que irão aumentar a qualidade de vida global – e sim cuidar dos recursos, do planeta e das pessoas. 


Samanta Lopes - coordenadora MDI da um.a

um.a
https://uma.ag/


Estudo do CEUB revela potencial dos fungos para combater contaminação ambiental da agricultura

Organismos têm a capacidade de quebrar moléculas nocivas produzidas por agrotóxicos. Abordagem inovadora comprovada pelo estudo é mais simples e mais barata

 

Muito utilizado para combater pragas na agricultura moderna, os herbicidas são agentes biológicos ou substâncias químicas que causam uma preocupação crescente sobre os impactos ambientais e à saúde humana. Esses produtos químicos podem persistir no ambiente, causando danos à biodiversidade. Estudo realizado pela estudante de Ciências Biológicas do Centro Universitário de Brasília (CEUB) Letícia Guedes trouxe novas perspectivas na redução de agentes químicos presentes nos herbicidas utilizados na agricultura moderna.  

Os fungos são organismos notáveis por sua habilidade de degradar uma ampla gama de substâncias químicas complexas, transformando moléculas difíceis em compostos menos tóxicos, processo conhecido como biorremediação. O estudo desenvolvido pelo CEUB buscou explorar a capacidade de fungos filamentosos em degradar herbicidas, especificamente os mais utilizados, como o glifosato e o ácido 2,4-Diclorofenoxiacético (Aminol), além de determinar seu potencial enzimático por meio do método do açúcar redutor e medir a dosagem de proteínas. 

Para realizar o estudo, fungos filamentosos foram isolados das amostras de solo - uma próxima a uma área de conservação e outra próxima a áreas de cultivo agrícola - e testados em diferentes concentrações dos herbicidas glifosato e 2,4-D. Segundo o orientador da pesquisa, professor de Ciências Biológicas do CEUB, Cláudio Cerri, o estudo avaliou o crescimento dos fungos e sua capacidade de produzir enzimas para a degradação de matéria orgânica e vegetal, favorecendo um processo de sucessão após impacto por pesticidas. 

“Buscamos selecionar microrganismos resistentes para biorremediação de herbicidas, com potencial para serem mantidos em laboratórios. Isso poderia ser útil em casos de derramamentos de pesticidas ou para acelerar a recuperação de áreas degradadas. A ação visa mitigar impactos ambientais danosos e favorecer a restauração mais rápida dos ecossistemas afetados”, afirma o orientador. 

Enquanto os fungos filamentosos não demonstraram tolerância significativa ao glifosato, eles apresentaram uma notável tolerância ao aminol, com crescimento observado em concentrações de até 7% do produto. Foram detectadas atividades enzimáticas positivas para xilanase, amilase e celulase. O resultado indica que quando o fungo cresce nos defensivos agrícolas, como única fonte de carbono, é capaz de metabolizar os componentes dos defensivos agrícolas e produzir enzimas que decompõem a matéria orgânica vegetal, acelerando a ciclagem de todos os compostos associados com a prática agrícola. 

Os achados do estudo apontam para um promissor potencial de aplicação dos fungos filamentosos na biorremediação de áreas contaminadas por glifosato e 2,4-D. Para o orientador Cláudio Cerri, a capacidade dos fungos em degradar esses herbicidas e a presença de atividades enzimáticas relevantes são indícios positivos para o desenvolvimento de estratégias de descontaminação ambiental mais eficazes e sustentáveis. 

De acordo com Letícia Guedes, o principal benefício é saber que os fungos encontrados no solo têm a capacidade de serem utilizados como ferramentas de biorremediação, um processo que é mais simples e mais barato e pode levar à limpeza do ambiente. “Esse tipo de tecnologia é classificado como biotecnologia remediadora, com o objetivo de limpar ambientes degradados", afirma. 

A pesquisadora acrescenta que os resultados oferecem uma abordagem inovadora e promissora para lidar com um dos desafios ambientais mais urgentes da atualidade. “Os fungos são ótimos para muitas coisas, inclusive recuperação ambiental. Os próximos passos incluem a classificação dos fungos, isolamento e manutenção dos mesmos e testes que levem à formulação de uma biotecnologia que pode ser incluída no mercado”, completa.


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