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quinta-feira, 4 de maio de 2023

Fibromialgia: uma dor de abalo físico, psicológico e social

Inserida no rol de distúrbios reumáticos, suas causas ainda são desconhecidas e seus tratamentos paliativos


A fibromialgia, doença crônica que acomete anualmente cerca de 2 milhões de brasileiros, principalmente mulheres, é conhecida por provocar dor em pontos distribuídos por todo o corpo, além de distúrbios do sono, fadiga constante e quadros de depressão, com impacto de ordem física e emocional. 

 

Embora a comunidade médica estude os casos de dor difusa característica da fibromialgia desde o início do século XX, a doença só foi classificada e reconhecida em 1990, quando pesquisadores dos EUA estabeleceram métodos para seu diagnóstico e a batizaram de fibromialgia — uma junção de termos em latim e grego que integram a dor muscular, no tecido conjuntivo e nos tendões. No Brasil, tais critérios foram reconhecidos em 1999.

 

A fibromialgia está inserida no campo da reumatologia, especialidade médica responsável pelo sistema musculoesquelético (relação do tecido muscular com os ossos) e tecido conjuntivo (tendões, ligamentos, articulações), mas como mobiliza outros aspectos da vida do paciente requer atenção multidisciplinar.

 

Ainda não se sabe qual é a causa do da doença, mas alguns estudos apontam predisposição genética, disfunções neurológicas, infecções, entre outros.

 

A fibromialgia não se resume na dor crônica

Segundo a Drª Atsuko Nakagami Cetl, anestesiologista especializada em dor pela Associação Médica Brasileira (AMB), “o principal quadro sintomático da fibromialgia, e um dos mais incapacitantes, é a dor crônica difusa e generalizada, especialmente na estrutura musculoesquelética do corpo, que surge em crises recorrentes e de duração variável em forma de pontadas, fisgadas ou de machucadura”. 

 

No entanto, a fibromialgia não é sinônimo apenas de dor e os demais sintomas incluem:

 

●       Fadiga e cansaço, que podem ser tão intensos a ponto de interferir nas atividades cotidianas;


●       Distúrbios do sono, principalmente insônia e agitação ao dormir;


●       Rigidez muscular e dificuldade de se movimentar pela manhã;


●       Sensibilidade excessiva ao toque ou à pressão, o que pode gerar dor;


●       Distúrbios cognitivos afetando a capacidade de concentração e a memória;


●       Depressão e ansiedade, associadas a alterações de humor e comportamento;


●       Síndrome do intestino irritável, um distúrbio que altera o funcionamento do trato intestinal.

 

Os 18 pontos de dor da fibromialgia

Ao se investigar o quadro de dor nas doenças em geral, além da anamnese, geralmente busca-se uma atividade aparente: uma lesão, inflamação ou infeção, por exemplo, passíveis de identificação pela obervação de exames de imagem ou laboratoriais.

 

Este não é o caso da fibromialgia. “Nela há dor física, mas não há estruturas lesadas ou inflamadas, e seus sintomas secundários, quando analisados individualmente, podem indicar outras condições”, afirma Drª Atsuko.

 

Por isso, não existe um exame capaz de identificá-la e o diagnóstico é dado a partir de relatos do paciente. No entanto, um dos principais métodos para a confirmação do quadro se dá pela análise da incidência de dor em 11  de 18 pontos de dor, regiões sensíveis ao toque e pressão, distribuídos simetricamente pelo corpo nas áreas do pescoço, peito, costas; glúteos; cotovelos e joelhos. 

 

Uma dor invisível só para quem não a sente

Os desafios das pessoas que convivem com a fibromialgia podem ultrapassar o desconforto físico e emocional da doença, manifestando-se também no âmbito social.

 

Frequentemente, os pacientes são descredibilizados por familiares e amigos que não entendem ser possível a existência de uma doença que não se atesta em imagens ou outros exames, que conferem ao indivíduo fibromiálgico somatizações emocionais passiveis de serem sanadas pontualmente. 

 

Sendo uma doença crônica influenciada por aspectos psicológicos, a falta de apoio emocional pode agravar as crises e afastar por completo o individuo de seus relacionamentos e do convívio social em geral.

 

A importância de saber tratar a fibromialgia  

Em relação ao tratamento, o fato de não ter causa identificada, impossibilita o desenvolvimento da cura para a fibromialgia. Contudo, a adesão a uma estratégia terapêutica multidisciplinar proporciona bons resultados na condução do alívio das crises dolorosas e controle dos demais sintomas.

 

Para a diminuição da frequência e intensidade das crises de dor são indicados medicamentos analgésicos em dosagens específicas para cada pessoa, considerando sua percepção individual da dor. Os antidepressivos, ansiolíticos e neuromoduladores também podem ser indicados, mesmo sem a ocorrência da depressão, em virtude de sua capacidade de inibir a percepção de dor pelo cérebro.

 

Além disso, os procedimentos analgésicos não invasivos ou minimamente invasivos são excelentes aliados no tratamento das crises dolorosas, tais como a magnetoterapia, as ondas de choque, laserterapia e o agulhamento a seco. “Em uma porção significativa dos pacientes os medicamentos não surtem o efeito esperado e podem gerar efeitos colaterais a longo prazo e por isso este arsenal de procedimentos são de grande valia.” declara a anestesiologista.

 

Ela declara ainda que os casos mais críticos e resistentes podem receber a indicação de bomba de Infusão Intratecal”, um implante de reservatório de medicações sob a pele do abdômen que libera a substância diretamente na corrente sanguínea de forma periódica, conforme a prescrição médica.

 

Ainda, terapias complementares podem não só diversificar as estratégias de tratamento, potencializando os resultados, como também contemplar as especificidades e abrangência dos sintomas. Sendo assim, a psicoterapia, fisioterapia, terapia ocupacional, dentre muitas outras, são importantes para o paciente fibromialgico e, é claro, a alimentação balanceada e prática de atividades físicas também se fazem indispensáveis, para auxiliar a condução de todos os gêneros de sintomas. 

Por fim, é preciso frisar a importância do apoio de amigos e familiares para o processo terapêutico de quem convive com fibromialgia, ajudando a evitar o despertar e agravamento das crises, que podem ocorrer mais facilmente em momentos de estresse, ansiedade e depressão.


Dra. Atsuko Nakagami Cetl - Médica Anestesiologista, graduada pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP), mestre em ciências com pós-graduação em neurologia/ neurociências e possui certificação de especialização em dor pela Associação Médica Brasileira (AMB).


Higienizar as mãos corretamente pode evitar até 70% de infecções

A prática evita a transmissão de microrganismos e é fundamental para prevenir doença e salvar vidas

 

A pandemia da covid-19 veio para reforçar a importância do ato de higienizar as mãos. A prática, se realizada corretamente, pode prevenir doenças e salvar vidas ao evitar até 70% de infecções, principalmente, no ambiente hospitalar.

 

A informação consta no Relatório Mundial sobre Prevenção e Controle de Infecções, de 2022, da Organização Mundial de Saúde (OMS), mencionado em referência ao Dia Mundial de Higienização das Mãos (5/5).

 

O médico Djunior Mota, que atua na Clínica Censo em Parauapebas, aproveita a data para reforçar que lavar as mãos é um hábito simples de higiene, porém bastante eficaz no combate a várias doenças.

 

“Se não realizamos a limpeza correta das mãos, estamos possibilitando a entrada e transmissão de uma série de doenças como gripe, conjuntivite, resfriado, doenças de pele, diarreia, hepatite e infecções respiratórias mais graves como a covid-19”, alerta o médico.

 

Para prevenir a circulação de vírus, bactérias e outros organismos invisíveis a olho nu, o médico ressalta que é fundamental seguir o passo a passo recomendado pelo Ministério da Saúde, seja com água e sabão ou álcool em gel.

 

“É com as mãos que realizamos a maioria das atividades de nosso dia a dia. Manuseamos objetos, cumprimentamos pessoas e tantas outras tarefas que envolvem o contato manual. Este ato pode ser a porta de entrada para a transmissão de microrganismos que podem fazer muito mal à saúde”, afirma.

 

Quando higienizar as mãos?

 

Há várias situações em que a higienização das mãos é obrigatória. Você deve adotar a prática antes e após o preparo de alimentos, tocar em uma pessoa doente, coçar ou assoar o nariz, após ir ao banheiro, usar o transporte público, trocar fraldas de crianças, na alimentação dos animais de estimação, depois de manipular lixeiras, ajudar no cuidado de ferimentos etc. 

 

"As infecções prejudicam todos, portanto, não importa onde você esteja, em casa, no hospital, no restaurante ou no parque. Higienizar as mãos do jeito certo pode salvar a sua vida e de milhares de pessoas”, finaliza Djunior Mota.



Mitos e verdades sobre bilinguismo e multilinguismo na alfabetização de crianças

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Doutora em Fonoaudiologia e Especialista em Fala e Linguagem Infantil, Camilla Guarnieri esclarece dúvidas sobre o desenvolvimento de crianças expostas a mais de uma língua

 

Segundo a Ethnologue – considerado o maior inventário de idiomas do mundo, existem mais de 7.000 mil línguas. Destas, dez são conhecidas e utilizadas mundialmente. Por conta disso, muitos pais, de olho no futuro das crianças procuram por alternativas de torná-los fluentes em alguns desses idiomas.  No entanto, ainda existem muitas dúvidas acerca do desenvolvimento da fala, da linguagem e da alfabetização das crianças bilíngues. Elas atrapalham ou ajudam no desenvolvimento da fala e linguagem da criança?

De acordo com a fonoaudióloga, doutora em Fonoaudiologia e Especialista em fala e linguagem em crianças - Dra. Camilla Guarnieri, a exposição em dois ou mais idiomas não atrapalha o desenvolvimento da criança, pelo contrário, essa atividade tem reflexos positivos no desenvolvimento de diversas habilidades da criança.

Ao longo da infância, muitos pais preocupados com a confusão entre os idiomas e a dificuldade para se comunicar procuram por especialistas. Entretanto, Camilla afirma que vários estudos já mostram que a exposição a duas ou mais línguas não confunde a criança. A fonoaudióloga explica que da mesma forma que crianças pequenas falantes de uma única língua passam por um processo de desenvolvimento, as multilíngues também passam. Alguns desses processos que são totalmente naturais, podem trazer questionamentos para os pais, como o processo de hipergeneralização, que é quando a criança entende uma regra gramatical de uma língua e a usa para a outra.

Um exemplo de hipergeneralização é usar o termo “limping” para dizer que está limpando. Outro processo que faz parte desse desenvolvimento bilíngue é o code-switching, em que a criança “mistura” as línguas ao falar, dentre outros processos que fazem parte desse modelo de aquisição e desenvolvimento da Fala e da Linguagem. “O ato de dominar todas as habilidades necessárias para falar é extremamente complexo e exige muitas questões como bases cognitivas, estímulo com modelos adequados e treinos. Quando um bebê, por exemplo, é exposto a várias línguas a demanda para ele é grande, por isso, existem processos que simplificam essas demandas para que ele tenha uma comunicação funcional. Mas, se engana quem pensa que isso é prejudicial. Nesse momento da vida, até os 3 anos a janela de oportunidade de aprendizado das crianças é muito grande.  Já existem diversos estudos mostrando que essas crianças têm habilidades superiores em diversas habilidades no decorrer desse processo de desenvolvimento.” – explica a doutora Camilla.

Outro mito comum é sobre o desenvolvimento da fala. Muitas pessoas acreditam que essa essa exposição pode causar atraso na fala, o que não é verdade. Dificuldades na fala não estão relacionadas ao processo de aprendizagem, são outros fatores mecânicos do organismo que podem causar no atraso da fala. Inclusive, diversas pesquisas comprovam que não é esperado que crianças multilíngues atrasem para começar a falar quando são comparadas às crianças monolíngues.

O multilinguíssimo ainda pode ser uma opção para crianças neurodivergentes, que, a depender do caso, se houver  um plano de intervenção (terapia) é bem planejado e alinhado com todos os que estão envolvidos no desenvolvimento da criança, as chances de se obter resultados relevantes e funcionais existem. “Vejo algumas famílias, escolas e profissionais, excluindo a possibilidade da criança que possui algum tipo de transtorno que atinge a fala e a linguagem excluírem a possibilidade de ter s experiência com o multilinguismo. Sempre explico que precisamos pensar em cada criança e suas individualidades, para entender os benefícios e dificuldades para aquela criança em específico, mas que em muitos casos o multilinguismo é possível e traz mais benefícios que prejuízos” afirma Camilla Guarnieri.

Por fim, a fonoaudióloga pede cautela. Embora seja positivo, exigir demais da criança pode sobrecarregá-la e inibir comportamentos comuns para a criança. Por isso, Camilla recomenda que toda criança passe por acompanhamento especializado.

 


Fga. Dra. Camilla Guarnieri (CRFa 2 – 18977) - Fonoaudióloga graduada pela USP, mestre pelo Programa de Pós-graduação em Fonoaudiologia da pela USP com a dissertação defendida na linha de pesquisa “Processos e Distúrbios da Linguagem” intitulada “Programa de Estimulação para Crianças com Atraso de Linguagem” e doutora pelo Programa de Pós-graduação em Fonoaudiologia da pela USP/Bauru com a tese defendida na linha de pesquisa “Telessaúde e Teleducação” intitulada “Curso online para treinamento de Fonoaudiólogos na intervenção em linguagem infantil”. Durante o doutorado realizou estágio pesquisa no exterior na University of South Florida (USF – EUA). Já organizou livro, escreveu capítulos de livros, artigos e materiais para a avaliação e intervenção de fala e linguagem em crianças. Já foi coordenadora pedagógica e professora de diversos cursos e aprimoramentos para a formação de fonoaudiológos na atuação com a fala e a linguagem em crianças. É a fonoaudióloga clínica responsável pelas áreas de fala e linguagem na Clínica Care Materno Infantil.
Instagram: @dra.camilla.guarnieri
www.dracamilla.com.br


Arcturus: Nova cepa do coronavírus causa conjuntivite

Saiba como prevenir a contaminação dos olhos pela variante Arcturus ou XBB.1.16 do coronavírus que acaba de chegar ao Brasil.

 

A variante Arcturus do coronavírus, também chamada de XBB.1.16, que surgiu na Índia em janeiro deste ano e já se alastrou por quarenta países, acaba de ser detectada no Brasil segundo o Ministério da Saúde. O relatório da OMS (Organização Mundial da Saúde) revela que embora não seja tão letal como o Ômicrom, sua propagação é mais rápida e os principais sintomas causados no contágio são febre alta, conjuntivite e tosse.

 Para o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, presidente do Instituto Penido Burnier de Campinas esta nova onda de covid pode resultar em um surto de conjuntivite. Isso porque, o Arcturus está chegando ao País justamente em um período de  baixa umidade do ar  que reduz as defesas do organismo e resseca todas as mucosas, inclusive a lágrima que tem a função de proteger a superfície dos olhos. 

“A falta de lágrima, somada às alterações ambientais facilitam o aparecimento da conjuntivite alérgica e da viral.  Nos dois tipos ocorre a inflamação da conjuntiva, membrana que recobre a esclera, parte branca do olho, e a face interna da das pálpebras” pontua.  “Pálpebras inchadas, vermelhidão, coceira, ardência, sensação de areia nos olhos, lacrimejamento e fotofobia (aversão à luz) são sintomas em comum de todo tipo de conjuntivite”, explica “É a secreção que diferencia uma da outra, sendo aquosa na alérgica e transparente e viscosa na viral”, salienta.

 

Conjuntivite viral

Queiroz Neto afirma que a conjuntivite viral é altamente contagiosa, pode surgir em qualquer idade e tem como principal veículo de transmissão levar as mãos contaminadas aos olhos. Os grupos de maior risco são:

·         Crianças porque estão com o campo imunológico em desenvolvimento

·         Idosos por terem o sistema imunológico mais frágil.

·         Mulheres na pós-menopausa devido à menor produção da lágrima com a queda dos estrogênios.

Nas empresas e escolas, alerta, a transmissão ocorre pelo compartilhamento de teclados de computador ou mouse e pelo contato com interruptores de luz e corrimão de escadas. O especialista também chama a atenção para os carrinhos de supermercado e balcões do varejo.  O tratamento inicial é feito com compressas frias e lubrificação intensa. Nos casos graves, colírios anti-inflamatórios que contêm corticoide são os mais indicados. “A venda desta classe de colírios é livre, mas nunca devem ser usados sem prescrição e acompanhamento médico para evitar complicações maiores como a catarata e o glaucoma, reitera.

Uma dica do oftalmologista é usar óculos escuros que além de melhorar o conforto em ambientes claros, evita a proliferação de vírus intensificada pela exposição à radiação ultravioleta.

Um erro comum cometido por muitas pessoas, afirma, é usar água boricada que aumenta a irritação e pode causar alergia. Como toda doença viral, ressalta, a conjuntivite tem seus sintomas controlados pelos medicamentos, mas o vírus pode criar resistência. Por isso, há casos em que se formam membranas na conjuntiva que exigem tratamento com corticoide e até aplicação de laser para remover opacidades que reduzem a acuidade visual.

As dicas de prevenção são:

·         Tome a vacina ambivalente se você ainda não se vacinou.

·         Lave as mãos com frequência ou higienize com álcool.

·         Pratique exercícios moderados e constantes.

·         Mantenha os olhos bem hidratados.

·         Caso pegue um resfriado ou gripe mantenha o uso da máscara

·         Evite aglomerações em locais fechados.

·         Não pule refeições.

·         Durma de 6 a 8 horas/dia.

 

Conjuntivite alérgica

“A conjuntivite alérgica nesta época do ano é causada principalmente pelo aumento da poluição no ar e é mais comum em quem sofre algum tipo de alergia. Isso porque, estudos mostram que 6 em cada 10 alérgicos manifestam a doença nos olhos”, salienta. Ao contrário da viral não é contagiosa, mas pode causar lesões na córnea e diminuir permanentemente a visão, alerta.

O tratamento dos casos leves é feito com colírio anti-histamínico. O médico ressalta que o uso de antialérgico oral, para tratar alergias sistêmicas simultâneas à conjuntivite, resseca a lágrima e por isso dificulta a recuperação dos olhos.

Quem já tem ceratocone, doença degenerativa que faz a córnea tomar o formato de um cone e tem como principal fator de risco coçar os olhos, deve utilizar os colírios já prescritos pelo oftalmologista e em caso de crise alérgica durante o outono passar por consulta. “Quadros mais intensos de conjuntivite alérgica são tratados com colírios que contém corticoide. O medicamento só pode ser usado com supervisão médica”, salienta. Isso porque, deve ser feita a regressão correta para não causar efeito rebote. Usar por um tempo prolongado pode causar glaucoma e catarata.

As dicas do oftalmologista para prevenir processos alérgicos são:

·         Mantenha os ambientes arejados e livres de pó.

·         Evite levar as mão com substâncias químicas aos olhos

·         Não faça caminhada ou outros exercícios em locais muito polidos.

·         Beba bastante água.

·         Não use lápis na borda interna das pálpebras para não alterar o PH da lágrima.


Sabia que 80% dos casos de cegueira podem ser evitados? 7 dicas para prevenir


De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 80% dos casos de cegueira seriam evitáveis se as principais doenças oculares fossem diagnosticadas a tempo e tratadas corretamente. Contudo, globalmente, cerca de 1,3 bilhões de pessoas têm alguma condição visual que não permite enxergar bem. 

No Brasil, estima-se que 1,5 milhões de pessoas são cegas, conforme dados de 2019. A melhora da visão pode contribuir para o avanço dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) – Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). São 17 itens interconectados, que envolvem questões de saúde e a erradicação da pobreza, por exemplo. Um relatório da entidade mostrou que a saúde visual impacta diretamente 8 dos 17 objetivos e afeta indiretamente todos. 

Por mais que a visão seja algo tão fundamental, ainda falta muita conscientização no país, além de não haver a cultura de ir ao oftalmologista e cuidar dos olhos. Segundo pesquisa do Ibope, com apoio do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, 34% dos brasileiros nunca se consultaram com um médico oftalmologista. 

Os exames preventivos são imprescindíveis. Quando se fala em saúde dos olhos, é preciso atuar antes de começar os sintomas, porque muitos deles caracterizam perdas irreversíveis. Por isso, é necessário difundir cada vez mais informações sobre esse tema. Veja a seguir sete dicas para prevenir a cegueira e cuidar bem da sua visão. 

1 – Marque um exame oftalmológico 

O exame oftalmológico pode detectar alterações precocemente e evitar um problema ocular futuro. A melhor forma de prevenção é realizar consultas regulares ao oftalmologista, mesmo na ausência de sintomas. 

2 – Use óculos de grau, se precisar  

Para quem precisa, os óculos de grau ajudam a enxergar de forma mais nítida e diminuem o esforço excessivo da musculatura dos olhos, evitando o cansaço ocular e as dores de cabeça associadas. Existem lentes com tecnologias específicas que trazem benefícios adicionais para cada caso. 

3 – Conheça seu histórico familiar de problemas na visão 

Várias doenças oculares são de origem hereditária, por isso são mais comuns quando há outras pessoas afetadas na família. Alguns exemplos são a miopia, o glaucoma, o ceratocone e diversas enfermidades genéticas da córnea e da retina. 

4 – Use óculos escuros em dias de sol forte 

Óculos de sol com proteção UVA e UVB evitam que a radiação solar cause danos aos olhos. A exposição excessiva ao sol sem proteção pode causar problemas como catarata, pterígio, tumores oculares e doenças na retina. 

5 – Use óculos de proteção durante atividades de risco 

Uma importante causa de cegueira é o trauma ocular. Lesões oculares graves podem acontecer durante o trabalho em fábricas ou construção civil, na prática de alguns esportes ou em brincadeiras de criança com objetos pontiagudos.  

6 – Estimule hábitos visuais saudáveis nas crianças para evitar a miopia 

A miopia pode aumentar rapidamente em crianças, levando à alta miopia, uma condição associada a problemas graves como degeneração macular, descolamento de retina e glaucoma. 

Para o desenvolvimento natural do olho e a prevenção da miopia, as crianças devem passar pelo menos duas horas por dia ao ar livre e evitar o uso prolongado de eletrônicos próximos aos olhos. 

7 – Tenha hábitos de vida saudáveis 

Praticar exercícios regularmente, manter uma dieta equilibrada e não fumar são hábitos saudáveis que reduzem muito o risco de doenças que podem afetar a visão, como hipertensão e diabetes. Se você tem essas condições, controle-as com o seu médico. 

 


Renan Oliveira - Fundador e Diretor Médico da Verai


Verai


Os benefícios da atividade física e a tecnologia a favor da saúde

Quem nunca escutou que a prática de atividade física é importante para a boa qualidade de vida? Mas por mais que a maioria já esteja cansada de saber, muitos ainda teimam em se autoboicotar. Corpo humano é movimento, portanto o sedentarismo vai contra sua própria natureza.

Para se ter uma ideia, um estudo da Escola de Educação Física e Esporte de Ribeirão Preto (EEFERP), da USP, revelou que o distanciamento social de 16 semanas, no início da pandemia, trouxe consequências indesejáveis para a saúde de mulheres entre 50 e 70 anos. Os resultados mostraram que, mesmo durante a crise sanitária, as pessoas precisavam continuar ativas fisicamente. As análises das informações, coletadas antes e após o período, mostraram redução da capacidade cardiorrespiratória e da força muscular, acompanhadas de aumento dos níveis de insulina, triglicérides e hemoglobina glicada, indicando altos valores de açúcar no sangue por períodos prolongados. A pesquisa acompanhou 34 mulheres fisicamente inativas, que foram recrutadas e avaliadas entre janeiro e fevereiro de 2020.

Por essas e outras, diversos especialistas afirmam que inserir exercícios físicos na rotina promove o equilíbrio dos níveis de hormônios, reduz o tempo de trânsito gastrointestinal, fortalece o sistema imunológico e ajuda a manter o peso corporal adequado. Dessa forma, melhora dores, condicionamento físico, qualidade do sono, controle do estresse e desempenho cognitivo. Como consequência da prática, há diminuição no desenvolvimento de doenças causadas justamente pela falta ou redução de atividades, como problemas cardiovasculares, obesidade, diabetes, hipertensão, insônia e até mesmo o câncer.

Veja mais detalhadamente as vantagens de movimentar o corpo.

 

Fortalecimento muscular

Com o passar do tempo, os músculos perdem sua resistência, o que pode ocasionar quedas e constantes dores. As atividades físicas ajudam a aumentar e manter a massa e a força muscular, influenciando diretamente na sustentação do corpo.

 

Combate o excesso de peso

É natural que o metabolismo funcione de forma menos intensa conforme a idade chega. Uma das consequências é o ganho de peso, principalmente em pessoas que não têm o costume de fazer exercícios físicos. A melhor forma de combater os quilinhos extras é praticando atividades que aceleram o metabolismo do corpo e favorecem o gasto de energia e a queima de calorias.

 

Saúde mental em dia

Pessoas que sofrem com o estresse crônico apresentam altos níveis de cortisol e adrenalina. A atividade física é uma superaliada porque ajuda a equilibrar esses hormônios. No mais, os exercícios atuam no aumento da produção, da liberação e da sensibilidade de neurotransmissores no cérebro, como a serotonina, noradrenalina e a dopamina. Quando estes se encontram em baixas concentrações no corpo, podem causar ansiedade ou depressão.

 

Sistema imunológico potente

As atividades físicas ainda ajudam a fortalecer o sistema imunológico e a aumentar e melhorar a capacidade do corpo de combater infecções porque ativam as células de defesa. Estas, estimulam a produção de substâncias anti-inflamatórias e possuem ação antioxidante, o que melhora o funcionamento do organismo como um todo.

 

Tecnologia em prol das práticas esportivas

Diante de tantos avanços tecnológicos constatados nos últimos tempos, a saúde e a prática esportiva não ficariam de fora do universo das inovações. Nesse sentido, o mercado oferece muitos produtos e soluções que vão ao encontro de prevenir e até mesmo recuperar lesões e demais contratempos relacionados à prática de atividade física.

O poder dos Pontos Quânticos de Carbono (PQCs) é um exemplo disso. Essa nanotecnologia já foi empregada em calcinhas, cintas para lombar, manguitos e joelheiras. Os PQCs buscam auxiliar no alívio de diversos pontos desde as temidas cólicas menstruais, passando por prisão de ventre, incontinência urinária, inchaço, até dores na região lombar, tendinite, fadiga, entre outros desconfortos. É que a tecnologia em cena ativa a circulação sanguínea nas regiões, estimulando o metabolismo celular e a regularização das devidas funções.

Ou seja, todo o cenário atual segue favorecendo e estimulando a prática regular de atividade física. Então, o que mais você está esperando para colocar o seu corpo em movimento?

 


Tânia Tiburzio - copywriter na Obserantic, marca que tem como objetivo proporcionar bem-estar e qualidade de vida por meio de inovação tecnológica aplicada em seus produtos, que auxiliam na promoção da saúde física e mental.


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Estudo descreve perfil de pessoas mais propensas a transtornos associados à imagem corporal e alimentaçã

Mulheres jovens que são adeptas de dietas restritivas,
 apresentam sobrepeso ou obesidade e fazem uso de suplementos
 ou substâncias farmacológicas para mudar a forma corporal.
 Essas são algumas das características identificadas por pesquisadores da Unesp
e da Unifal com base em questionários respondidos por 1.750 voluntários
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Com base em dados de dois questionários respondidos por 1.750 voluntários, pesquisadores brasileiros identificaram um conjunto de características que tornam uma pessoa mais propensa a desenvolver transtornos mentais associados à imagem corporal e à alimentação. De acordo com o estudo, o problema afeta principalmente as mulheres, os mais jovens, os consumidores de suplementos fitness ou de substâncias farmacológicas para mudar a forma corporal. Também entram na lista os adeptos de dietas restritivas, os sedentários, as pessoas com diagnóstico de obesidade ou sobrepeso e que fazem uma avaliação ruim da própria alimentação.

O levantamento foi conduzido por pesquisadores das universidades Estadual Paulista (Unesp) e Federal de Alfenas (Unifal) e recebeu financiamento da FAPESP. Os resultados foram divulgados na revista Environmental Research and Public Health.

Segundo os autores, conhecer o perfil dos indivíduos mais vulneráveis a esse tipo de transtorno do corpo pode subsidiar estratégias preventivas e de promoção da saúde.

"Há uma preocupação mundial com doenças como diabetes, hipertensão e obesidade, que afetam a saúde da população em grande proporção. Porém, existem outras condições, como os transtornos alimentares, que são subdiagnosticados e desconsiderados, embora também afetem substancialmente a saúde das pessoas. É preciso levar em conta que uma relação ruim com a comida pode anteceder uma série de problemas físicos e mentais”, alerta Wanderson Roberto da Silva, professor da Unifal e coautor do artigo.

Ainda segundo o pesquisador, é importante considerar que, embora transtornos como compulsão alimentar, anorexia e bulimia nervosa tenham baixa prevalência na população, podem desencadear problemas sérios. “Eles estão fortemente associados a afetividades negativas, como ansiedade, estresse e depressão, que estão entre os principais desafios em saúde do século 21", afirma.

No trabalho, os pesquisadores aplicaram dois questionários para examinar a relação entre “atenção à forma corporal”, “ansiedade física social” e “características pessoais dos participantes”.

Na primeira etapa do estudo, que envolveu 1.750 adultos brasileiros, foi identificado que, quanto mais os indivíduos dão atenção à forma corporal, mais propensos são a esperar uma avaliação negativa de sua forma física. Além disso, tendem a estar menos confortáveis com a apresentação física do corpo.

As características mais comuns entre os que apresentaram níveis elevados de atenção à forma corporal foram: sexo feminino, consumo de suplementos fitness ou de substâncias farmacológicas para mudar a forma corporal e realização frequente de dietas restritivas.

Já entre aqueles que apresentaram maior expectativa de avaliação negativa da forma física os traços mais comuns foram: sexo feminino, ser considerado um jovem adulto, consumo de substâncias farmacológicas para mudar a forma corporal, sedentarismo, autoavaliação negativa da qualidade da alimentação e presença de sobrepeso ou obesidade.

Os pesquisadores observaram ainda que entre os indivíduos que estavam mais confortáveis com o próprio corpo em geral eram mais velhos, do sexo masculino, sem sobrepeso ou obesidade, não faziam uso de substâncias farmacológicas para modificar a forma corporal, não realizavam dietas restritivas e praticavam atividade física. Além disso, nesse grupo, a autoavaliação da qualidade da alimentação foi mais positiva.


O corpo real

Na segunda etapa do estudo, os pesquisadores avaliaram uma subamostra composta por 286 indivíduos submetidos a teste de bioimpedância, feito em um tipo de balança capaz de medir fatores como o percentual total de gordura, a massa magra e o nível de gordura visceral.

“Com essa análise, observamos que a composição corporal do indivíduo influenciou a percepção em relação à forma física do corpo. As pessoas com maior quantidade de gordura e menor massa muscular foram as mais suscetíveis a problemas”, relata o pesquisador à Agência FAPESP.

De acordo com o estudo, portanto, pessoas que têm uma preocupação excessiva com o corpo, a ponto de isso gerar ansiedade, podem apresentar comportamentos disfuncionais tanto em relação à alimentação quanto ao corpo. “A grande questão do trabalho é destacar que existem características individuais que sugerem maior vulnerabilidade a comportamentos disfuncionais em relação à imagem corporal negativa e alimentação transtornada. É importante prestar atenção a esses comportamentos, pois eles representam a raiz de problemas futuros. Com isso em mente, tem-se a oportunidade de desenvolver ações mais assertivas de prevenção de doenças e promoção da saúde, seja em contexto coletivo ou individual", diz.

O trabalho foi desenvolvido com foco nos aspectos cognitivos (como a atenção à forma corporal) e afetivos (como a ansiedade gerada quando o corpo é exposto) da imagem corporal. De acordo com o artigo, no contexto da imagem corporal, quando os indivíduos voltam sua atenção para o físico, podem experimentar sentimentos de adequação, mas também de inadequação, que, dependendo da intensidade, podem desencadear transtornos mentais como anorexia ou bulimia nervosa.

Silva explica que essa atenção pode ser entendida como um processamento cognitivo seletivo, em que o indivíduo se concentra intencionalmente em algo específico, ou baseado em estímulos internos e externos. “Nesse processo, a pessoa é consumida por algumas informações enquanto negligencia outras e isso ocorre individualmente, podendo variar de acordo com a intensidade de cada estímulo”, explica.

Segundo o pesquisador, a ansiedade está relacionada com o comportamento alimentar e com a relação que as pessoas têm com a própria imagem corporal. “Isso influencia as ações. Portanto, uma pessoa com um nível alto de ansiedade pode se tornar mais suscetível a ter algum transtorno alimentar, especialmente se possui problemas com a imagem corporal. Pode usar estratégias inadequadas visando mudar a imagem corporal, sem nenhum tipo de supervisão por profissional capacitado, e isso comprometer sua saúde em vez de melhorá-la”, diz.

Entre os exemplos de comportamentos disfuncionais estão a adoção de dietas restritivas ou da moda sem acompanhamento especializado, a prática de exercício físico excessivo sem supervisão e o consumo de suplementos alimentares ou substâncias potencialmente danosas (anabolizantes, por exemplo) sem a devida prescrição. “Como se vê, são várias estratégias que podem desestruturar a vida de um indivíduo em vários aspectos, afetando tanto sua saúde física quanto mental e social”, destaca.

O artigo Relationship between Attention to Body Shape, Social Physique Anxiety, and Personal Characteristics of Brazilians: A Structural Equation Model pode ser lido em: www.mdpi.com/1660-4601/19/22/14802.

  

Maria Fernanda Ziegler
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/estudo-descreve-perfil-de-pessoas-mais-propensas-a-transtornos-associados-a-imagem-corporal-e-alimentacao/41293/

 

Suor em excesso pode ser tratado com procedimento cirúrgico

Hiperidrose acomete entre 2% a 4% da população mundial

 

O suor excessivo pode ser um problema constrangedor, mas o que poucas pessoas sabem é que se trata de uma doença e que ela tem soluções razoavelmente simples. A principal função do suor é o controle da temperatura do corpo. Quando está calor ou são realizadas atividades físicas a temperatura do corpo aumenta e o Sistema Nervoso Autônomo (SNA) produz suor para que evapore e diminua a temperatura corporal. O SNA também é responsável por regular várias funções do corpo de forma automática, como a frequência cardíaca, a motilidade do intestino e das pupilas e outras. 

O médico Marcos Chesi, cirurgião torácico e especialista em tratamento de hiperidrose do Hospital VITA, em Curitiba, explica que quando uma pessoa apresenta suor acima das necessidades, causando desconforto, constrangimento social ou dificuldade para executar os afazeres diários, pode-se dizer que ela tem suor excessivo ou, tecnicamente falando, hiperidrose.

De acordo com o cirurgião torácico, se a ocorrência do suor for principalmente nas mãos, axilas e planta dos pés, isoladamente ou em conjunto e não for encontrada uma causa específica (doença de base) para o suor excessivo, pode-se classificar como hiperidrose primária ou essencial. O especialista destaca que o suor aparece mesmo quando está frio e que a hiperidrose primária também pode acometer a cabeça, com a presença ou não do rubor facial (face vermelha), principalmente quando a pessoa passa por alguma emoção mais forte.

Segundo levantamento da Academia Americana de Dermatologia, o problema acomete entre 2 e 4% da população mundial, normalmente surge na infância ou na adolescência, frequentemente causa desconforto físico e até perturbações sociais e raramente melhora na fase adulta. “A ansiedade normalmente piora os sintomas, mas não é a principal causa”, destaca o Dr. Chesi.

O simples ato de cumprimentar alguém, manipular papéis ou usar roupas escuras pode ser muito desconfortável para uma pessoa com suor excessivo. O suor das axilas pode escorrer pelo corpo molhando e estragando roupas. “É comum que uma pessoa com hiperidrose tenha que trocar de roupa mais de uma vez ao dia. Além disso, alguns trabalhos podem se tornar perigosos, como manipular equipamentos elétricos ou conduzir veículos”, alerta o especialista.

Quanto ao tratamento, o médico conta que depende da intensidade dos sintomas, ou seja, o nível de desconforto do paciente conforme a intensidade e regularidade do suor. Pode ser feito com o uso de medicamentos que diminuem a produção do suor, aplicação de toxina botulínica, dietas específicas, iontoforese ou cirurgia, que normalmente é reservada para os casos com suor bem localizado e com maior intensidade.

Existe também a hiperidrose secundária, na qual o suor ocorre no corpo todo de forma generalizada e pode haver uma causa específica, uma doença de base como alteração hormonal, uso de alguns medicamentos, obesidade ou sensibilidade aumentada ao consumo de alimentos hiperidróticos.

Já nos casos de hiperidrose secundária, o tratamento é direcionado conforme a origem encontrada. O excesso de suor pode favorecer a proliferação de algumas bactérias que podem produzir um cheiro desagradável, causando a bromidrose.

Uma avaliação médica com suporte multidisciplinar de psicólogo, nutricionista e endocrinologista é importante para a definição do diagnóstico e previsão da melhor forma de tratamento, pois varia conforme a necessidade e diagnóstico de cada paciente.


Técnica cirúrgica

O nervo do Sistema Nervoso Autônomo que estimula a da glândula sudorípara está no tórax, logo, a cirurgia é realizada, habitualmente, por um cirurgião de tórax. A simpatectomia (nome dado ao procedimento) é realizada nos dois lados do tórax, simultaneamente. O procedimento atua sobre o nervo que estimula a glândula sudorípara, a glândula não é modificada pela cirurgia, apenas bloqueia o estímulo que chega até ela.

As incisões têm aproximadamente 0,5cm e normalmente não há necessidade de pontos, apenas aproxima-se os bordos com micropore especial, que será retirado no consultório, com a finalidade de obter-se melhor resultado estético. 

O médico explica que o paciente é internado no mesmo dia da cirurgia, e pode receber alta hospitalar no dia seguinte. Em alguns casos selecionados o paciente poderá receber alta hospitalar no mesmo dia do procedimento.

Na alta, o paciente receberá prescrição de medicação analgésica e a orientação dos cuidados específicos. Os curativos podem ser molhados durante o banho e secados com o uso de secador de cabelo ou toalha macia e limpa, durante cinco dias, até serem retirados pelo médico. Nesse período o paciente deverá evitar fazer esforços físicos de maior intensidade.

O paciente poderá retornar às atividades habituais de três a quatro dias após a cirurgia. O médico poderá informar quais as principais restrições nas semanas seguintes à cirurgia.


Suor compensatório ou rebote

O especialista ressalta também, que quando bloqueado o estímulo das glândulas sudoríparas, em alguma parte do corpo o estímulo que iria para aquela região pode ser distribuído para outras áreas do corpo, como o tronco e face interna das coxas. Isso pode acontecer em até 40% dos pacientes. O suor compensatório costuma aparecer em dias quentes ou atividades físicas, diferentemente da hiperidrose primária que piora com a ansiedade e aparece mesmo em dias mais frios.

A intensidade do suor compensatório, quando aparece, pode variar de leve a intenso. Normalmente ocorre por um período de adaptação do organismo após a cirurgia. Cada paciente tem um período de adaptação diferente. Algumas medicações ajudam muito na diminuição do suor compensatório caso se torne incômodo.


Hospital VITA
http://www.hosptalvita.com.br


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