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quarta-feira, 29 de março de 2023

Decisão do TST pode aumentar base de cálculo de férias, décimo terceiro e aviso prévio

 

Em julgamento realizado no último dia 20 de março, o Tribunal Superior do Trabalho alterou entendimento anterior e decidiu que as diferenças de repouso semanal remunerado decorrente da integração de horas extras habituais devem repercutir no cálculo de verbas tais como férias, 13º salário e aviso prévio. 

A decisão tem caráter vinculativo e com a modulação dos efeitos do julgado o entendimento deverá ser observado com relação às horas extras trabalhadas a partir de 20/03/2023. 

Proferida em sede de julgamento de incidente de recurso repetitivo (processo nº 10169-57.2013.5.05.0024), a decisão alterou o entendimento OJ 394, que prevalecia até então, que previa que a majoração do repouso semanal remunerado em razão da integração das horas extras habitualmente prestadas não repercutia sobre demais parcelas, por isso representaria dupla incidência. 

A tese jurídica que orientará a nova redação da OJ 394 e foi aprovada para o tema repetitivo 9, foi a seguinte: 

“Repouso semanal remunerado. Integração das horas extras. Repercussão no cálculo das férias, décimo terceiro salário, aviso prévio e depósitos do FGTS.
 

I. A majoração do valor do repouso semanal remunerado decorrente da integração das horas extras habituais deve repercutir no cálculo, efetuado pelo empregador, das demais parcelas que têm como base de cálculo o salário, não se cogitando de bis in idem por sua incidência no cálculo das férias, da gratificação natalina, do aviso prévio e do FGTS.

II. O item I será aplicado às horas extras trabalhadas a partir de 20.03.2023.”
 

Com a alteração do entendimento as empresas em que seus empregados se ativam em jornada extraordinária de forma habitual serão oneradas em razão da inclusão do reflexo de horas extras em repouso semanal remunerado e por conseguinte no aumento da base de cálculo de férias, décimo terceiro e aviso prévio. 

Assim, com a decisão proferida, as empresas terão que rever o provisionamento de custos em razão da majoração do valor a ser pago pela utilização de seus empregados em jornada extraordinária.

 

Jose Gustavo Barbosa - Advogado no Barroso Advogados Associados, graduado pela Faculdade de Direito de São Bernardo Campo e pós-graduado em Direito e Processo do Trabalho.


terça-feira, 28 de março de 2023

Atrium Shopping recebe nova campanha de doação de sangue


Divulgação


Parceria com projeto Amorsedoa e Hemocentro São Lucas promove ação para salvar vidas
 

 

O Atrium Shopping recebe novamente a parceria de sucesso com o projeto Amorsedoa e o Hemocentro São Lucas para campanha de doação de sangue. Nos dias 30 e 31 de março, das 10h às 16h, o empreendimento recebe o público interessado em contribuir com a iniciativa que tem como slogan "Cada gota conta".

Na última ação realizada no Atrium, em dezembro de 2022, o empreendimento reuniu 109 pessoas que com a doação possibilitaram que mais de 400 vidas fossem salvas, isso porque em cada bolsa de sangue é possível ajudar até 4 pessoas.

“Nosso compromisso como empreendimento é ser um agente transformador e é motivo de orgulho participar de uma campanha que tem um objetivo tão nobre, que é o de cuidar da saúde da população e salvar vidas”, comenta a coordenadora de marketing do Atrium Shopping, Kalime Matos.

Para doar é necessário atender alguns requisitos: ter entre 16 e 69 anos, mais de 54kg e estar bem de saúde. Além disso, é obrigatório portar documento com foto, estar descansado e bem alimentado. Na saída, além de levar o sorriso de satisfação no rosto, os doadores ganham um certificado da doação. Mais informações em https://linktr.ee/amorsedoa.

Já é possível realizar agendamento online para a doação por meio do site Sympla, no link https://www.sympla.com.br/eventos/santo-andre-sp?s=sangue&tab=eventos.


Doação de Sangue no Atrium Shopping
Dias 30 e 31 de março, das 10h às 16h

Atrium Shopping
Rua Giovanni Battista Pirelli, 155 - Vila Homero Thon, Santo André
Telefone e WhatsApp: (11) 3135-4500
Estacionamento visitantes: 10 reais até 2 horas + 2 reais a cada 2 horas adicionais


Transtorno Bipolar: entenda mais sobre essa doença que afeta milhares de pessoas no mundo inteiro


Psicólogo explica como reconhecer os sintomas e alerta para a necessidade do diagnóstico precoce


30 de março é o Dia Mundial do Transtorno Bipolar e o principal objetivo da data é chamar atenção para a importância do diagnóstico precoce, além de conscientizar a sociedade sobre a necessidade de quebrar estigmas acerca desse tema. O Transtorno Bipolar é uma doença crônica que se caracteriza por mudanças comportamentais marcadas por fases de depressão e mania que ocorrem, de forma geral, sem uma causa aparente, no entanto, gera bastante sofrimento e diversas consequências negativas na saúde e na vida dos indivíduos que desenvolvem a enfermidade. 

Na fase depressiva, a pessoa acometida costuma apresentar quadros de ansiedade e irritabilidade, podendo buscar o isolamento social. Já na fase denominada mania, há uma expansão do humor, o indivíduo fica mais falante, com mais energia - energia fora do comum - além de apresentar comportamentos compulsivos. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Transtorno Afetivo Bipolar atinge atualmente cerca de 140 milhões de pessoas no mundo e é considerado uma das principais causas de incapacidade. Os jovens entre 15 e 25 anos são os mais afetados, porém, o quadro também pode se manifestar tardiamente entre 45 e 55 anos. 

Segundo o professor do curso de Psicologia da UNINASSAU Paulista, Cleyson Monteiro, é fundamental esclarecer que a bipolaridade não se trata apenas de uma simples mudança de humor, e sim de uma doença de efeito prolongado, mas que pode ser controlada, porém quando não tratada, afeta a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas. 

“ Quando um adoecimento mental é descoberto e tratado de maneira precoce, maiores são chances do paciente ter a remissão da doença. O tratamento do Transtorno Bipolar é feito pela interação da psiquiatria com a psicoterapia, desta forma, é essencial buscar o quanto antes a ajuda de profissionais especializados assim que os sintomas do distúrbio - como as alterações no comportamento - se apresentarem. A sociedade precisa entender que essa patologia causa sofrimento não só para o paciente, como também, para as pessoas que o rodeiam, esses indivíduos precisam ser acolhidos e tratados", Explica Monteiro. 

Apesar de não haver uma causa concreta, fatores ambientais e genéticos podem aumentar as chances do desenvolvimento da doença. 

 

Confira os principais sintomas das duas fases: 

Fase depressiva:
 

- Alterações do apetite com perda ou ganho de peso; 

- Humor depressivo na maior parte do tempo; 

- Fadiga; 

- Apatia, perda de interesse ou prazer; 

- Sentimento de culpa ou inutilidade; 

- Cansaço mental; 

- Isolamento social e/ou familiar; 

- Ansiedade e irritabilidade.

 

Fase Mania: 

- Autoestima inflada, autoconfiança e delírios de grandeza;

 - Redução do sono; 

- Fala rápida, em tom alto; 

- Gestos excessivos, podendo se ter fuga de ideias; 

- Comportamentos impulsivos; 

- Agitação psicomotora; 

- Aumento da sociabilidade.


Obesidade e doenças cardíacas: devemos olhar com atenção para este tema

No início de março, dia 4, comemorou-se o Dia Mundial da Obesidade. O objetivo desta data é identificar a percepção das pessoas sobre esta patologia que está associada intimamente às doenças do coração. 

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde, atualmente mais da metade dos adultos apresenta excesso de peso, com prevalência maior no sexo feminino. Segundo o Atlas Mundial da Obesidade 2022, elaborado pela Federação Mundial da Obesidade, estima-se que 30% dos brasileiros serão obesos até 2030. Este é um dado que merece a nossa atenção. 

A obesidade ainda é uma patologia pouco diagnosticada e sem um tratamento completo – além de ser uma doença crônica. As principais causas incluem fatores genéticos, ambientais, psicológicos, culturais e sociais, alterações do metabolismo, sedentarismo e hábitos alimentares. 

Para o diagnóstico em adultos, o parâmetro mais utilizado é o índice de massa corpórea (IMC). Para chegar a esse número, divide-se o peso do paciente pela altura elevada ao quadrado (peso / altura2). Se o resultado dessa fórmula ficar entre 18,5 e 24,9 kg/m2, o peso é considerado normal. Entre 25,0 e 29,9 kg/m2, é situação de sobrepeso. Acima deste valor, a pessoa é considerada portadora de obesidade, isso tudo segundo métrica padrão utilizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Considerando a atual expectativa de vida do brasileiro, 80 anos para mulheres e 73 para homens, o IMC é um indicativo importante. Se, aos 70 anos, o IMC for normal, há 80% de chances de a pessoa atingir essa expectativa média, se não passar dela. Já se o IMC ficar entre 35-40, esse índice cai para 60%, o que nos dá mais um alerta de cuidado com a obesidade. 

É importante frisar que a obesidade é fator de risco para doenças cardiovasculares, que são as que atualmente possuem maior mortalidade no Brasil e no mundo, como a aterosclerose, hipertensão arterial, doenças coronárias e insuficiência cardíaca, além do acidente vascular encefálico. 

Com o objetivo de motivar as pessoas a tratar a obesidade, existe um grupo de profissionais de saúde que formam uma equipe multidisciplinar com olhar cuidadoso: cardiologistas, endocrinologistas, nutricionistas, psicólogos e educadores físicos. Todos esses especialistas podem ajudar a pessoa que sofre de obesidade a mudar o estilo de vida, o que poderá contribuir para a perda de peso. Atualmente, novos medicamentos também auxiliam neste tratamento. Em outros casos, a cirurgia bariátrica é a melhor alternativa. Porém, isso depende de uma avaliação médica acurada e multidisciplinar para que o procedimento funcione e atenda ao propósito.  

A obesidade é um problema sério e nós, profissionais da saúde, juntamente com a sociedade, precisamos combater essa doença se quisermos mudar as estimativas. Cuide-se e não tenha receio em procurar um médico que possa ajudar você nessa jornada, porque ela não é fácil, mas os resultados serão os melhores. Sua saúde agradece! 

 

Rafaela Penalva - cardiologista, PhD em Ciências e professora do curso de Medicina da Universidade Santo Amaro – Unisa 


HPV causa de câncer de colo de útero, explica especialista do São Camilo de SP

Até 2026, cerca de 51 mil mulheres terão câncer de colo de útero no Brasil

 

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que o papilomavírus humano (HPV) é responsável por mais de 95% dos casos de câncer de colo uterino. No mês da mulher e do câncer de colo de útero, a conscientização é fundamental para promover a saúde da mulher e estimular a vacinação como a forma mais eficiente de prevenção da doença. De acordo com a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), o câncer de colo de útero é o que mais mata mulheres na América Latina e no Caribe. 

No Brasil, cerca de 51 mil mulheres terão câncer de colo de útero até 2026, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), sendo que 90% dos casos podem ser prevenidos com a vacina nonavalente do HPV. O Brasil terminou o ano passado sem cumprir a meta de vacinar 80% do público entre nove e 14 anos contra o papilomavírus humano (HPV). Segundo dados do Ministério da Saúde, 57,44% das meninas tomaram duas doses do imunizante, enquanto a taxa entre os meninos foi de 36,59%. 

O papilomavírus humano, causador do HPV, é um dos principais responsáveis pelo câncer de colo de útero, afinal, algumas variações do vírus são cancerígenas. Por se tratar de um vírus comum, segundo o Ministério da Saúde, cerca de 75% das brasileiras sexualmente ativas entrarão em contato com o HPV ao longo da vida. 

Para o oncoginecologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Gabriel Lowndes de Souza Pinto, a atenção aos sintomas da condição e aos exames é importante para que a doença não avance para estágios graves. “Inicialmente, o câncer de colo de útero, conhecido também como câncer cervical, pode não manifestar sintomas. Em estágios avançados da doença, causa sangramento vaginal intermitente, secreção vaginal anormal e dor abdominal junto de queixas urinárias ou intestinais”, explica ele.

Dentro disso, é importante realizar os exames ginecológicos periódicos e laboratoriais para detecção do câncer. Além disso, é importante se atentar aos sintomas do HPV para que a atenção de quem foi infectado pelo vírus HPV seja redobrada quanto ao câncer cervical. Ainda assim, investir na cobertura vacinal do vírus é a prevenção mais eficiente. 


Relação entre HPV e câncer de colo de útero

O papilomavírus humano (HPV) possui mais de cem subtipos e pode causar diversos sintomas como, lesões e verrugas na pele, ardência e coceira na região genital, o qual é transmitido por meio de contatos com as lesões ou por meio de relações sexuais com a pessoa que está infectada.

“A vacinação do HPV é a melhor forma de prevenção do câncer de colo de útero, sendo que o ideal é a vacina quadrivalente que protege contra os tipos de HPV de 6 a 11, além dos 16 e 18, os quais são oncogênicos e podem ocasionar um câncer de colo de útero nas mulheres”, comenta Fábio Rios, ginecologista na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

Não existe ainda uma medicação que haja diretamente contra o HPV, mas é possível identificar as alterações que ele causa em algumas pacientes, chamadas de lesões precursoras (pré-câncer) através do exame de citologia cérvico vaginal (Papanicolaou) e a colposcopia com biópsia dirigida. 

“Quando essas lesões precursoras são identificadas podem ser tratadas de forma relativamente simples, evitando que essa paciente tenha a progressão da lesão precursora para o câncer de colo propriamente dito. Além disso, algumas pacientes podem ficar portadoras do vírus HPV por muito tempo sem que ele se manifeste (infecção latente) e outras ainda conseguem eliminar o vírus do organismo”, explica o ginecologista.

É importante ressaltar que não são todos os tipos de HPV que causam o câncer, mas que quem foi infectado pelo vírus deve redobrar os cuidados e realizar exames periódicos para a detecção precoce da doença.

Segundo o especialista, o câncer de colo pode ser prevenido com o uso das vacinas, comportamento sexual seguro e a realização periódica dos exames de rotina ginecológica. Para a grande maioria dos casos temos a chance de tratá-lo numa fase pré maligna ou inicial, com boas chances de cura.

“Quanto mais cedo o câncer cervical for detectado, maiores são as chances de tratamento e cura da doença, assim como a contenção do vírus HPV nos casos que forem confirmadas a infecção do paciente”, finaliza Rios.

 

Rede de Hospitais São Camilo


Papilite lingual transitória: entenda como a doença se manifesta e formas de prevenção

Adobe Stock
Alimentação saudável e bons hábitos de higiene bucal ajudam a combater a condição


A papilite lingual transitória é uma doença oral comum, que afeta a língua, causando o surgimento de pequenas bolinhas que podem ser avermelhadas, amareladas ou esbranquiçadas. Essa alteração pode ser causada por alguns fatores e, dentre os mais comuns, estão as lesões na língua, irritações recorrentes na região e problemas como estresse, má nutrição, tabagismo e distúrbios gastrointestinais.

De acordo com Letícia Rigo, consultora da GUM®, marca especialista em produtos inovadores para cuidados bucais, as lesões aparecem com mais frequência na superfície dorsal e estão associadas a dor leve a moderada. “O paciente afetado sofre uma pequena deformação em alguns pontos da língua, formada por uma estrutura em forma de bolha que se assemelha a espinhas e que causam uma sensação de queimadura ou formigamento pontual”, afirma.

A condição, assim como o nome sugere, é temporária e tende a desaparecer de forma espontânea dentro de algumas semanas. “Normalmente, o quadro melhora de maneira natural. Durante o período, é aconselhável suspender o consumo de alimentos ácidos e muito condimentados”

Letícia explica que o quadro é transitório e não provoca outras consequências mais graves, mas deixa um alerta. “Para casos persistente, frequentes ou em que a condição vem acompanhada de sintomas como vermelhidão intensa, dor ou febre, é necessário consultar um dentista especialista em estomatologia” aconselha.

Para prevenir a papilite lingual transitória a dica da especialista é ter bons hábitos de higiene bucal. “O ideal é escovar os dentes e língua pelo menos três vezes ao dia e não esquecer de fazer uso de produtos como o fio dental. Um limpador lingual também é ótimo para higienizar a região, pois auxilia na remoção de bactérias e células mortas”, finaliza.


Clareamento dental ou lentes? Qual a melhor opção para quem quer dentes brancos

Dra. Pamela Pironi, dentista especialista há dez anos, explicou as vantagens dos dois procedimentos

 

Todo mundo quer ter um sorriso branco. E quem já tem os dentes alinhados pode ficar na dúvida entre clareamento ou lentes de contato. A Dra. Pamela Pironi, que faz parte do quadro Beleza Renovada, do programa Eliana, pontua qual é a melhor opção.

 

“Se o paciente estiver satisfeito com seu sorriso alinhado e com o formato dos seus dentes naturais, desejando apenas dar uma tonalidade mais clara ao dente, em razão de amarelamento no sorriso, a melhor opção é optar pelo clareamento dental. No entanto, se o paciente estiver com o sorriso amarelado, tenha os dentes alinhados, mas o formato dos dentes não o agrada, ainda que faça o clareamento para corrigir o amarelamento, os dentes continuarão com a mesma forma insatisfatória para ele. A indicação, neste caso, são as lentes de porcelana para dar um novo formato que seja ideal para o sorriso do paciente”, explica.

 

Dra. Pamela fala sobre os benefícios dos procedimentos. “A vantagem de fazer o clareamento dental é de ele devolver a tonalidade mais branca e natural do dente ao paciente, mas lembrando que cada paciente e cada organismo tem um limite de clarear o dente para que ele não seja desmineralizado. A vantagem das lentes de porcelana para reabilitar a boca é que elas não mancham, a sua resistência à mastigação e durabilidade são de, no mínimo, 20 anos. Mas sempre lembrando que se deve fazer a manutenção de limpeza e polimento de 6 em 6 meses”, diz.

 

Mas quem tem os dentes mais amarelados e optar pelas lentes de contato dental, precisará fazer clareamento. “Para início do tratamento com as lentes de porcelana ou reabilitação oral, é necessário concluir a parte clínica, iniciar a profilaxia (limpeza) e depois iniciar o clareamento para os pacientes que têm a tonalidade dos dentes muito amarelada, para depois iniciar o tratamento com as lentes de porcelana e reabilitação oral”, destaca.

 

Se a dúvida é entre o clareamento em gel ou a laser, Pironi aconselha o caseiro. “O clareamento a laser eu não indico por ele ter peróxido de hidrogênio em sua composição. E tende a desmineralizar o dente deixando o aspecto de dente branco, e de enganar o paciente pelo aspecto ‘brancão’. Pode desencadear uma forte sensibilidade dental. Seu efeito clareador é mais rápido, mas é preciso ter atenção a este ponto: o dente não estará naturalmente branco e com sinal de saúde, ao contrário, estará com desmineralização dental, podendo causar sérios problemas”, diz.

 

Ela continua: “Eu recomendo sempre o clareamento caseiro, à base de peróxido de Carbamida + Nitrato de Potássio + Flúor em sua composição.

 

É sem dúvida a melhor técnica a ser indicada para o paciente que deseja um clareamento mais duradouro. O paciente faz em casa com a placa de clareamento e o gel clareador viscoso durante a hora do sono. Essa técnica de clareamento será, certamente, muito mais eficaz e satisfatória ao dente e ao paciente.

 

Durante o sono, nossa salivação diminui, ajudando o gel clareador em contato com os dentes a ser mais eficaz e elevar a qualidade do poder clareador.

Lembrando que o melhor clareador é aquele que fica por mais tempo em contato com o dente, assim tirando todo o “manchamento” causado pelos diversos corantes nos alimentos e bebidas ingeridos durante a vida”, finaliza.


Desprescrição de medicamentos se populariza entre profissionais que cuidam da saúde da população idosa

A desprescrição foi um dos temas do XXIII Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia, realizado de 23 e 25 de março de 2023, em São Paulo

 

Estudos evidenciam o aumento do uso de medicamentos conforme o avanço da idade, em especial, devido a doenças crônicas como o câncer, o diabetes e as doenças cardiovasculares, entre outras. No Brasil, onde a população de 60 anos ou mais chega a mais de 30 milhões de indivíduos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estima-se que em torno de 80% dos idosos utilizem pelo menos um medicamento por dia e que cerca de um terço use cinco ou mais medicamentos simultaneamente [1]. No entanto, profissionais de saúde como médicos geriatras e farmacêuticos têm incentivado a desprescrição sempre que possível. 

Segundo o farmacêutico Márcio Galvão Oliveira, a desprescrição é uma prática antiga que consiste na retirada gradual ou na diminuição da dose de medicamentos que não apresentam benefícios ou têm grandes riscos para os pacientes, agora difundida com esse novo nome. “Ela vem se difundindo cada vez mais entre farmacêuticos e médicos geriatras e é preciso expandir essa prática para as demais especialidades médicas”, explica o professor da Universidade Federal da Bahia. 

Para a médica geriatra Ivete Berkenbrock, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), ampliar essa prática contra o uso indiscriminado é necessária. “A prescrição precisa ser sempre orientada pelo profissional de saúde e revista pelo mesmo ao longo do tratamento, sendo desprescrita quando possível. A automedicação também é um ponto de atenção. Para muitas pessoas, ainda é mais fácil ingerir um medicamento que buscar hábitos mais saudáveis”, complementa ela, que também é coordenadora do Programa de Saúde da Pessoa Idosa da Prefeitura de Curitiba (PR). 

Até mesmo os profissionais de saúde ainda resistem em praticar a desprescrição. No entanto, de acordo com Oliveira, profissionais como os médicos geriatras, que são considerados os coordenadores do cuidado de pacientes idosos, têm manejado de forma mais contida determinados medicamentos. “Os farmacêuticos também têm mostrado excelente atuação.

Agora, precisamos continuar avançando”, defende ele. 

Não é para menos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que mais de 50% dos medicamentos para pacientes de diferentes idades são prescritos ou dispensados de forma inadequada e que 50% dos pacientes utilizam medicamentos de maneira incorreta, com o agravante entre pessoas que fazem uso de polifarmácia, isto é, que utilizam diversos medicamentos rotineiramente [2]. 

Para os próximos anos, a aposta de Oliveira é que a desprescrição se torne ainda mais popular entre profissionais de saúde no Brasil, em especial, os que cuidam da saúde da população idosa.

“Apesar de ser um tema novo em nosso país, essa prática tem sido bastante difundida em outros países. Minha aposta é que as universidades e sociedades científicas tenham grande papel nisso. Nesse sentido, por que não inserir nas diretrizes clínicas as informações sobre a prescrição de medicamentos?”, questiona o professor da UFBA. 

“A nós, enquanto sociedade científica, cabe pautar esse tema para discussão entre os profissionais que cuidam da saúde da população idosa. Dessa maneira, estamos preocupados não apenas com o cenário da Saúde atual, mas projetando o futuro que queremos”, conclui a presidente da SBGG. 

A desprescrição foi um dos temas do XXIII Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia, realizado pela SBGG entre os dias 23 e 25 de março de 2023, no Expo Center Norte, em São Paulo.

 

 

[1] COSTA, Renata Mazaro e et al. Uso de medicamentos por idosos: algumas considerações. Geriatrics, Gerontology and Aging, v. 2, n. 3, 2008.



Colocar os exames de rotina em dia pode prevenir doenças futuras

Compostos muitas vezes por exames simples, os check-ups devem fazer parte dos cuidados com a saúde

 

A saúde vai além da ausência de enfermidades. Levar uma rotina saudável depende de uma série de fatores que são essenciais, tais como: lazer, boa alimentação, consumo de água, prática de atividades físicas e o descanso. Algumas doenças podem ser prevenidas com algumas mudanças nos hábitos de vida, porém é importante ressaltar a necessidade de realizar exames de rotina e visitar um médico com certa frequência.

Os checkups são um forte aliado para o bem-estar e para garantir uma qualidade de vida. Além de ajudar na avaliação do estado atual de saúde, eles são capazes de detectar doenças no início, aumentando assim, as chances de uma melhor evolução no tratamento.

Apesar de sua importância, não é de hoje que os check-ups de saúde não são um hábito comum na população. Pesquisas anteriores já mostravam um cenário em que 35% dos brasileiros nunca haviam feito exames preventivos, seja por conta das grandes filas do SUS ou pela dificuldade com os altos preços praticados no mercado.

Esse quadro traz desafios, e muitas empresas tentam mostrar a importância dessa verificação de rotina, além de evidenciar que os check-ups geralmente são rápidos e simples. “A prevenção é uma das ferramentas mais poderosas para cuidarmos da saúde. Detectar um problema no início traz vantagens para os tratamentos, resultados e, muitas vezes, também para o bolso, pois pode evitar procedimentos mais complexos. E, claro, os check-ups trazem o mais importante, que é a certeza de que a saúde está em ordem.”, afirma Vitor Moura, CEO da plataforma de saúde VidaClass Saúde.


Prescrição digital na odontologia garante agilidade e segurança

O novo recurso do EasyDental Cloud permite que o dentista envie receitas digitais por e-mail, WhatsApp ou SMS ao paciente.

 

A odontologia é uma das áreas que não para de inovar. Ano após ano, diversas tecnologias são inseridas nos consultórios odontológicos, garantindo agilidade e resultados que vão auxiliar cada vez mais a rotina do dentista e a vida do paciente. Este é o caso da prescrição digital de medicamentos, funcionalidade que chega aos clientes da EasyDental, em parceria com a Memed, empresa líder do setor na área médica com mais de 200 mil médicos cadastrados. 

A receita em formato digital foi regulamentada em 2020, durante a pandemia de Covid-19. Ela permite a compra de medicamentos sem a necessidade da receita impressa. A receita digital consiste em um documento online, que pode ser gerado em plataformas específicas e possibilitando uma grande praticidade ao dentista na hora de prescrever medicamentos, mesmo que controlados, sem a necessidade de uma visita do paciente ao consultório ou envio da mesma via correio.

Há quem pense que a prescrição digital seja o mesmo que um simples envio de uma receita ao paciente por e-mail, mas não é. A prescrição digital é um documento com valor legal, assinado digitalmente pelo dentista através de uma tecnologia muito mais segura que o papel tradicional. Assim que finalizada a consulta, o dentista encaminha a prescrição ao paciente pelo melhor meio digital pré-determinado que pode ser SMS, WhatsApp ou outro. A partir daí o paciente pode adquirir de maneira prática seu medicamento. “O paciente recebe um link com a prescrição digital que é aceita em todas as farmácias, bastando apenas apresentar o QR Code. Além disso, pode optar pela conveniência de realizar a compra online, a partir da própria receita, e receber os medicamentos onde quiser”, explica Allan Conti, executivo da Memed.

Além de todos os aspectos de segurança e agilidade ao paciente, a prescrição digital traz melhorias no fluxo de trabalho do dentista e redução de custos do consultório – seja com a eliminação de papel ou com processos de re-emissão de receitas – toda receita emitida é automaticamente armazenada no prontuário do paciente. Além disso, a ferramenta digital aumenta os níveis de engajamento dos pacientes ao tratamento prescrito.

“Temos benefícios para todos os envolvidos.  O paciente terá mais segurança ao receber uma prescrição digital, além de ter acesso ao histórico de todas as prescrições recebidas sempre à mão. O dentista passa a receber alertas importantes para, por exemplo, interações entre os medicamentos prescritos e alergias do paciente a algum componente receitado, isso tudo enquanto prescreve. Além disso, o dentista poderá consultar se algum medicamento foi descontinuado, as posologias indicadas e outros itens da bula, até mesmo o preço de referência”, reforça Conti.


Segurança garantida

Para uma receita digital ser válida e aceita, ela precisa estar assinada por meio de um certificado digital credenciado pela ICP-Brasil, que funciona como uma senha criptografada e garante a segurança no processo. O conteúdo da prescrição digital também é criptografado no envio ao paciente, com objetivo de garantir a confidencialidade de informações sensíveis e pessoais, impedindo o acesso não autorizado e os tornando ilegíveis para quem não possua a chave de encriptação (dentistas e pacientes). A partir de março, a EasyDental oferecerá gratuidade nos certificados digitais para os primeiros 1000 cirurgiões-dentistas que aderirem ao novo recurso de prescrição digital Memed no EasyDental Cloud.

 


Easy Software
www.easydentalcloud.com.br


A fisioterapia como caminho para eliminar o sedentarismo

A rotina nos consome. Para quem vive em cidades grandes é praticamente impossível diminuir o ritmo. Se de um lado nos sentimos pressionados pela multidão e pela cobrança dos que estão a nossa volta, por outro nos sentimos solitários em muitos momentos com a sensação de um individualismo que incomoda e liberta ao mesmo tempo.

Neste contexto, as pessoas estão cada vez mais suscetíveis a quadros de depressão, ansiedade e dores crônicas, com consequente aumento do absenteísmo, que é o termo usado pela área de Recursos Humanos para as faltas no trabalho, gerando diminuição da produtividade individual e das empresas. Ninguém se beneficia deste quadro e para mudá-lo precisamos entender a causa raiz do problema e como mudar esta realidade. Tudo começa com a mudança da perspectiva que temos sobre as doenças.

A dor crônica hoje é entendida como um processo mais parecido com o aprendizado, do que uma sensação. Ela se caracteriza por uma sensação que perdura por mais do que 3 meses ou uma dor que permaneça mesmo após a cicatrização de uma lesão. Geralmente está associada a uma memória ou acontecimento específico, podendo estar conectada a emoções que tenham sido vivenciadas em algum evento marcante no trabalho ou na vida pessoal. Isso não quer dizer que a dor seja “psicológica” como muitos costumam referir, mas entendemos que os sintomas crônicos normalmente são multifatoriais e que muito comumente associamos em formato de memória sensações físicas, com eventos e emoções, formando assim uma neuromatriz única, como qualquer outra memória guardada pelo nosso Sistema Nervoso.

A depressão já foi vista como um quadro que somente poderia ser tratado a partir de muita terapia e medicação, mas hoje a ciência nos mostra que exercícios físicos de leve a moderado também ajudam a melhorar os níveis de serotonina, sendo um recurso valioso nos tratamentos, juntamente com a psicoterapia e uma possível alternativa para abandonar a medicação à medida que o quadro estabilize. É muito comum que quadro de dores crônicas sejam agravados pela depressão em um ciclo vicioso de piora, já que a depressão também pode ser agravada por dores limitantes e persistentes.

A ansiedade que para alguns pode ser uma grande tendência desta década, já foi prevista por muitos estudiosos e abordada de forma precisa nos livros e entrevistas de Zygmunt Bauman sobre o Mundo Líquido e a dificuldade que temos em lidar com a inevitável inconstância de nossa realidade e a velocidade cada vez maior com que tudo muda. Durante o tratamento de dores crônicas, em muitos pacientes, percebemos o quanto a ansiedade atrapalha a evolução da melhora pela autocobrança de resultados e pela dificuldade em aceitar o processo de cura, que as vezes demora mais do que o esperado ou programado. Sempre uma questão de ajuste de expectativa!

Já entendemos que as dores são multifatoriais e que quadros depressivos e de ansiedade podem piorar os sintomas, mas como devemos lidar com quadros tão abrangentes? Não existe passe de mágica e nem pílula milagrosa, em geral é preciso uma equipe multidisciplinar para tratar estes quadros, mas a fisioterapia tem uma solução que aborda de forma bem abrangente este tipo de problema.

Primeiro, o fisioterapeuta hoje é um profissional que tem uma visão totalmente focada no diagnóstico funcional da doença, o que já é uma mudança de paradigma, já que por anos os diagnósticos foram direcionados para entender as doenças enquanto entidades e não os processos que levavam às doenças. Esta abordagem funcional prioriza entender quais são os fatores que geram piora do quadro e abordá-los de forma segmentada. Um exemplo é a Fibromialgia, entendida como uma doença sem cura por muitos anos, que tem três aspectos que devem ser abordados: a dor itinerante (que é referida em várias partes diferentes do corpo mudando sua localização de tempos em tempos), a depressão e o sedentarismo. Entendendo que desenvolver a capacidade para praticar qualquer tipo de atividade física é uma solução que irá abranger os três aspectos da doença, o fisioterapeuta irá trabalhar com o paciente o aumento de sua capacidade adaptativa aos exercícios, evitando chegar à fadiga, mas apresentando ganhos sistemáticos. (Diversos estudos nos últimos anos tem demonstrado que exercícios físicos controlados são a melhor opção no tratamento de dores, depressão e sem dúvida no combate ao sedentarismo.)

Segundo, o próprio processo evolutivo do paciente e aumento de sua capacidade em lidar com a dor e depressão ou ansiedade são uma mudança de perspectiva por si só, possibilitando uma visão diferente sobre a doença, como uma consequência de fatores que de certa forma podemos aprender a controlar, mesmo que não completamente, dando forças para superar situações cada vez mais complexas, gerando assim maior resiliência dentro de uma rotina estressante.

A conclusão é que, seja presencialmente ou online, a fisioterapia se mune de diversos recursos para lidar com estes processos de dores crônicas associados a quadros emocionais, mudando a perspectiva sobre a doença e orientando para que os pacientes superem seus limites físicos, muitas vezes impostos por crenças de que uma artrose ou hérnia de disco seja um quadro limitante e que o destino seja a cirurgia, como se bloquear o movimento de uma articulação ou colocar uma prótese, fosse solução para suas dores (claro que em alguns casos a cirurgia é a melhor solução, mas para isso é importante que esgotemos todas as possibilidades de tratamentos conservadores, ou seja, não cirúrgicos). As vezes a percepção inicial pós cirurgia é que o problema foi resolvido, mas com o passar do tempo vem as compensações e o corpo cobra caro.

Permita-se superar seus limites, mude sua perspectiva sobre as doenças, entenda mais a fundo e mapeie os processos que agravam ou que melhoram os sintomas para abordá-los com mudanças em seus hábitos diários, aumente sua capacidade adaptativa física, mental e, consequentemente, aumente sua produtividade no trabalho e a qualidade na convivência familiar. Enfim, reverta um ciclo vicioso em um ciclo virtuoso de melhora sem esperar milagres, somente as consequências do que cultiva a cada dia na sua rotina.



Claudio Cotter - Fisioterapeuta, com pós-graduação em Medicina Psicossomática, co-autor do livro “CURA PELO HÁBITO’ e idealizador da CM2 Clínica Multidisciplinar.
www.clinicamultidisciplinar.com.br
www.curapelohabito.com.br


Impactos socioeconômicos da legalização da cannabis no Brasil

O uso da cannabis medicinal vem se desenvolvendo no Brasil. Considerando esse avanço, a legalização engloba diversos impactos socioeconômicos, já que é um setor em constante crescimento. Em geral, podemos apontar que é um mercado heterogêneo entre todas as classes sociais, pois inclui áreas como saúde, educação, segurança e economia. 

Atualmente, a regulamentação da cannabis permite a importação de alguns medicamentos à base da planta, mas proíbe a produção e cultivo em solo brasileiro, fazendo com que hoje não seja um mercado acessível para todos os pacientes. No Brasil, o número de médicos prescritores vem se multiplicando a cada ano. Nos últimos seis anos, houve um crescimento médio de 124% ao ano, de acordo com dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Esse crescimento se deve à ampliação do acesso à gama de informações sobre o tema  e do número de conteúdos científicos que comprovam a eficácia da cannabis medicinal, que são essenciais para combater a desinformação em relação às propriedades da planta e o preconceito que é enraizado socialmente, dificultando o tratamento de muitos pacientes que poderiam ser auxiliados.

Assim, com a  ampliação da informação  sobre os benefícios da cannabis medicinal , a tendência seria aumentar o acesso e, por consequência, os preços seriam reduzidos, logo, as classes mais baixas e médias teriam mais condições de adquirir os produtos, gerando  oportunidades para as empresas do setor aumentarem seu market share.  

Podemos observar inúmeros países que começaram restrições semelhantes às do Brasil e hoje já estão mais flexibilizados como, por exemplo, Estados Unidos, Canadá e Alemanha. Além disso, existem diversos benefícios econômicos que uma ampla regulamentação  pode agregar ao país, tendo em vista a estrutura do solo brasileiro e o clima favorável para a produção e cultivo em larga escala da cannabis e suas subespécies.

Há de se considerar, também, a arrecadação de impostos sobre o produto como um ponto crucial para avaliar uma reestruturação da regulamentação atual. Nos Estados Unidos, por exemplo, nos estados onde é permitida a comercialização da cannabis, arrecadam-se milhões de dólares pelo mercado legal, capital que é investido em outros setores como saúde, educação, lazer, entre outros.

A cannabis teve um crescimento muito acelerado e esse movimento tende a se tornar cada vez maior. Estima-se que o Brasil se tornará um dos maiores players globais do produto. Além da diversidade que o uso da cannabis oferece, temos uma grande população, que está abrindo as possibilidades para novas formas de tratamento; e a atuação do Sistema Único de Saúde (SUS), que já vem trabalhando para incorporar essa realidade em seu sistema.

Observando o presente e incorporando o futuro, percebo que existem  diversas  inovações, formulações e pesquisas que podem ser realizadas. O Brasil está atrasado na regulamentação, mas nada impede que, vendo o desenvolvimento de outros países nesse segmento e tendo como exemplo, terá maiores possibilidades de ampliar as leis atuais em benefício dos pacientes.

 

Fabrizio Postiglione - fundador e CEO da Remederi, farmacêutica brasileira que promove o acesso a produtos, serviços e educação sobre a cannabis medicinal. O executivo estuda a planta há mais de 10 anos e ao longo de sua trajetória profissional, atuou em todo o processo para produção e comercialização de medicamentos à base de cannabis.


Edema de glote e anafilaxia: qual a diferença?


A Glote é um espaço localizado na faringe (garganta) que fica entre as duas pregas vocais. É importante porque dependendo da abertura e fechamento das pregas vocais, o ar passa e serão produzidos os sons, a fala. Quando acontece o edema de glote, inchaço que ocorre nessa região, a passagem de ar pode ser obstruída, impedindo a pessoa de respirar.

 

“O edema de glote pode acontecer por causa de uma reação intensa na região do pescoço ou por reação sistêmica, as chamadas anafilaxias, que podem acometer vários órgãos, inclusive pele e mucosa, ocasionando o inchaço da região. As anafilaxias, geralmente, ocorrem por alguns alimentos, medicamentos e ferroadas de insetos como abelhas, vespas e formigas”, explica a Dra. Albertina Varandas Capelo, Coordenadora do Departamento Científico de Anafilaxia da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI). 

 

A especialista conta que a anafilaxia é caracterizada pela associação de manifestações clínicas envolvendo dois ou mais sistemas. “Um desmaio súbito, obstrução de vias aéreas (edema de glote) e vômitos incoercíveis, também podem ser manifestações de anafilaxia. As manifestações alérgicas podem iniciar com sintomas cutâneo e mucoso e evoluir para anafilaxia, apresentando acometimento respiratório ou gastrointestinal por exemplo”, comenta Dra. Albertina. Seguem abaixo as manifestações clínicas da anafilaxia:

 

Manifestações na pele e mucosas (80% a 90% dos casos): Vermelhidão localizada ou no corpo todo, coceira, manchas na pele, placas no corpo e/ou inchaço nos olhos e lábios. Geralmente, são as mais frequentes e aparecem primeiro.

 

Manifestações respiratórias (70% dos episódios): coceira e entupimento nasal, espirros, coceira ou aperto na garganta, dificuldade para falar, rouquidão, estridor, tosse, chiado no peito ou falta de ar.

 

Manifestações gastrointestinais (30% a 40%): náuseas, vômitos, cólicas e diarreia.

 

Manifestações cardiovasculares (10% a 45%): pressão baixa, com ou sem desmaio, aceleração ou descompasso dos batimentos cardíacos.

 

Manifestações neurológicas (10% a 15% dos casos): dor de cabeça, crises convulsivas e alterações do estado mental.

 

Outras manifestações clínicas: sensação de morte iminente, contrações uterinas, perda de controle de esfíncteres, perda da visão e zumbido.

 

Tratamento – Considerada emergência médica, o tratamento da anafilaxia deve ser feito rapidamente, sendo a ADRENALINA AUTOINJETÁVEL o primeiro medicamento a ser administrado por via intramuscular, na região anterolateral da coxa. A adrenalina trata todos os sintomas associados à anafilaxia e pode prevenir o agravamento dos sintomas.

 

Porém, a adrenalina autoinjetável não é produzida no Brasil e apenas pode ser adquirida pelo paciente por meio de importação.

 

Outros medicamentos também podem ser associados ao tratamento, como antialérgicos, corticoides e broncodilatadores, mas não devem ser administrados antes ou no lugar da adrenalina e nunca devem atrasar a administração rápida de adrenalina assim que a anafilaxia for reconhecida.

 

“A adrenalina deve ser disponibilizada para a automedicação no domicílio e o paciente deve seguir o plano de ação indicado pelo seu médico, procurando a emergência para avaliação clínica e manter-se em observação, uma vez que que a anafilaxia pode recorrer, caracterizando-se a reação bifásica”, explica a Coordenadora do Departamento Científico de Anafilaxia da ASBAI. 

Após a recuperação da anafilaxia é recomendado o acompanhamento com um especialista em Alergia e Imunologia para realizar corretamente o diagnóstico, tentar identificar os agentes desencadeantes daquela reação, diminuindo o risco de reação anafilática futura. Assim, é possível adotar ações para reduzir a gravidade da reação em uma nova anafilaxia, incluindo a prescrição e educação sobre o uso de adrenalina autoinjetável..

 


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Cinco motivos para os homens perderem - agora - a vergonha de ir ao urologista

Plataformas de telemedicina especializadas na saúde do homem aparecem como solução para que eles se cuidem mais

 

Quando o assunto é saúde masculina, o preconceito em relação aos cuidados é um risco para a qualidade de vida dos homens. Não à toa, a cada 36 minutos, um homem morre no Brasil por conta do câncer de próstata, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), isso porque o comportamento deles em não procurar ajuda faz com que o diagnóstico de muitas doenças seja feito tardiamente. 

Um levantamento recente realizado pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) com dados do Sistema de Informação Ambulatorial do Ministério da Saúde aponta que, em 2022, foram registrados mais de 1,2 milhão de atendimentos femininos por médicos ginecologistas no Sistema Único de Saúde (SUS), seis vezes mais do que os 200 mil atendimentos de homens pelos urologistas. A conclusão, portanto, é óbvia: as mulheres cuidam muito mais da sua saúde do que os homens. 

No caso deles, as consultas regulares ao urologista desde criança podem detectar e tratar mais facilmente desde problemas hormonais até de crescimento ou desenvolvimento do órgão genital. E para aqueles que ainda não se convenceram da importância de consultar um urologista regularmente, listamos abaixo cinco motivos sobre a importância de manter esses bons hábitos:

 

  1. Urologista vai muito além da vida sexual

  2. O urologista é o médico que cuida não apenas de problemas que afetam a vida sexual, mas também de órgãos como bexiga, rins e próstata. Por isso, ao fazer consultas regulares com seu médico, você poderá prevenir doenças graves como pedras nos rins e o temido câncer de próstata, que no Brasil atinge 65 mil homens todos os anos, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer.

    2. Atenção as dores frequentes

  3. Homens que sentem dores lombares podem estar com inflamação ou até mesmo pedra nos rins. Nesses casos, o melhor é não deixar a dor nas costas ‘prá’ lá e procurar logo um especialista.

    3. Não é apenas uma coceira: pode ser DST

    As infecções sexualmente transmissíveis afetam, anualmente, mais de 1 milhão de pessoas em todo o Brasil, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde 2019. Ao procurar um urologista, você não apenas poderá se informar sobre formas de prevenir essas doenças, como evitará transmiti-las à sua parceira.

    4. Sem vergonha de falar sobre a vida sexual

    Se o seu problema é a disfunção erétil, saiba que você não está sozinho: de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, quase metade dos homens acima dos 40 anos no país têm essa dificuldade. Não importa a causa -- que pode ser clínica ou psicológica, falar com o médico é o primeiro passo para resolver a questão.

    5. Hábito não é apenas escovar os dentes, é preciso consultar um especialista

    Assim como na infância e na adolescência as consultas regulares ao urologista podem prevenir e tratar vários problemas, ao chegar à meia idade manter esse hábito significa maior qualidade e expectativa de vida. A prova disto é o fato de que homens acima dos 50 anos têm dificuldade para urinar progressivamente devido ao crescimento da próstata, o que chamamos de hiperplasia prostática. O diagnóstico precoce desta condição influencia diretamente a qualidade de vida das figuras masculinas.

    A boa notícia é que, com o avanço das plataformas de telemedicina, as consultas online com um urologista aparecem como uma solução para os mais tímidos ou para aqueles que nunca encontram tempo para visitar um médico pessoalmente. Uma dessas plataformas é a Omens, criada em 2020 para conectar pacientes a profissionais de saúde de diversas áreas. “Nossos serviços incluem todas áreas da saúde masculina, desde problemas com perda de libido e disfunção erétil, até tratamentos para pele e cabelo, além de atendimento psicológico”, explica o urologista João Brunhara, cofundador da Omens. “Com atendimento por videoconferência, telefone e mensagem de texto, buscamos facilitar o caminho para que os homens procurem ajuda médica profissional, contornando o tabu que ainda existe em relação às dificuldades sexuais”, ressalta.

 


Dr. João Brunhara - Formado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), onde também fez Residência em Cirurgia Geral e Urologia. João dedicou também um ano de estudos na Universidade de Harvard, onde teve a oportunidade de se aprofundar em cirurgia robótica e pesquisa científica. Além disso, teve experiência no Hospital Henri Mondor em Créteil, na França, onde foi realizada a primeira cirurgia robótica de próstata do mundo. Possui certificação em cirurgia robótica pelo Hospital Sírio Libanês, além de ser membro da European Association of Urology (EAU) e consultor científico da American Urological Association (AUA) bem como de outros periódicos científicos.

Omens


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