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quinta-feira, 23 de março de 2023

Pessoas com sequelas da Covid-19 estão 57% mais propensas a serem sedentárias, aponta estudo

A dor muscular/articular intensa (53%) está entre as principais sequelas da COVID-19 que favorecem o sedentarismo

 

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e publicado recentemente no periódico Scientific Reports, coloca o sedentarismo na lista das principais sequelas da Covid-19.

Segundo o documento, pacientes que tiveram complicações, e apresentam atualmente apenas um sintoma como sequela, estão 57% mais propensos a inatividade física. Já aqueles com cinco ou mais sintomas, aumentam em 138% as chances de serem sedentários.

A pesquisa também aponta que a dor muscular/articular intensa (53%) está entre as principais sequelas da COVID-19 que favorecem o sedentarismo, juntamente com o estresse pós-traumático (53%), fadiga (101%) e insônia (69%).

A inatividade física pode aumentar o risco de acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência renal crônica, diabetes e obesidade, e ainda pode prejudicar as articulações, especialmente as que suportam o peso do corpo, como o quadril e o joelho. 

Segundo o médico ortopedista e cirurgião do joelho e do quadril, Thiago Fuchs, o impacto do sedentarismo foi intensificado pelas restrições de isolamento e medo relacionados à pandemia. 

“Por mais de dois anos, muitos pacientes que já tinham problemas no quadril e joelho pararam de fazer atividades físicas, especialmente os mais idosos com artrose do quadril e joelho. O sedentarismo, juntamente com o isolamento, diminuiu a capacidade muscular dos pacientes, aumentou a dor nas articulações e ainda contribuiu com o ganho de peso, o que piora ainda mais o quadro de dor em pacientes com artrose de quadril e joelho”, afirma Thiago. 

A pesquisa mostra que 17% dos participantes eram obesos, 58% tinham hipertensão e 35% foram diagnosticados com diabetes. O médico ortopedista Rogério Fuchs explica que esses fatores já considerados como comorbidades da Covid-19 podem ser agravados sem a devida prática de atividades físicas. “As lesões e desgastes nas articulações podem ocorrer de forma muito precoce entre os pacientes obesos e sedentários devido à alta carga colocada no joelho e quadril, principalmente quando não estão acostumados à prática de exercícios físicos. Em alguns casos, pode ser necessária a colocação de prótese no joelho ou quadril”, explica.


Fisioterapia ajudar a reverter o quadro

O acompanhamento médico para tratamento das sequelas é essencial para que a retomada de exercícios aconteça. Uma forma de reverter esse quadro é buscar mais qualidade de vida por meio da atividade física .

Segundo a fisioterapeuta Rubia Benatti, do Instituto Fuchs, é importante ter um olhar atento ao processo de reabilitação desses pacientes pós-Covid. “Muitas pessoas que ficaram na UTI com Covid-19 sofreram com a perda de massa muscular, alterações no sistema circulatório e neuromuscular, alem de problemas nas articulações. Quando somado às demais sequelas, retomar ou iniciar uma atividade física pode sim ser um desafio. Por isso a importância do acompanhamento fisioterápico e multidisciplinar”, explica Benatti.

Taxação no agronegócio: decisão no Tocantins é inconstitucional

O agronegócio é um setor vital para a economia brasileira, tendo somado, apenas em 2022, um total de US$ 159,09 bilhões em suas exportações. Em vista de um índice volumétrico considerável, muito se debate sobre o valor de taxação a ser aplicado nessas negociações – o que gerou, recentemente, mais uma polêmica no estado de Tocantins à cerca da suspensão obtida pela Associação Brasileira dos Produtores de Soja e Milho quanto ao aumento das taxas sobre exportações e saída de produtos, alegando a inconstitucionalidade do ato.

Em sua lei estadual nº 3.617/19, era constatado aos contribuintes que promovem operações de saída e exportação de produtos de origem vegetal vinculados ao Fundo Estadual de Transporte (FET), o recolhimento de um percentual sobre o valor da operação destacada no documento fiscal. O fundo, que não guarda qualquer relação com a utilização de estradas ou rodovias, estabelecia uma alíquota em 0,2% nessas operações – a qual passaria, de acordo com a proposta, para o valor de 1,2% sobre hipótese que já é prevista para o ICMS, dando à cobrança o caráter compulsório típico de tributos.

Como justificativa, o próprio Estado de Tocantins defendeu que a cobrança tem natureza de preço público (pedágio) para que fosse instaurada em todas as operações de saída ou exportação de produtos de origem vegetal, mineral ou animal regionais. Contudo, a decisão apresenta um forte caráter tributário e se caracteriza como um fato gerador idêntico ao utilizado pelo ICMS, além de também possuir todos os requisitos de um tributo que, dessa forma, o determina como um ato inconstitucional – levando em consideração que a contribuição ao FET se trata de um imposto não previsto na Constituição Federal com indevida vinculação dos recursos arrecadados.

Mesmo incoerente, essa não foi uma decisão nova. Outros estados já instituíram contribuições similares para fundos semelhantes ao FET – porém, não possuíam a obrigatoriedade de recolhimento, o que as afastava do conceito de tributo de modo a não configurar ilegalidade nas cobranças efetuadas.

Paralelamente, o aumento do valor estabelecido pelo estado do Tocantins em sua alíquota sobre operações que destinam as mercadorias ao exterior também pode ser entendido como uma determinação inconstitucional, uma vez que a Constituição Federal proíbe expressamente a incidência de imposto estadual em situações deste tipo. Em meio a tamanhas incoerências, seus reflexos afetam não apenas os próprios produtores, mas consequentemente o preço final sustentado pelo consumidor e, inevitavelmente, a economia nacional em sua abrangência.

As polêmicas frente a esses desdobramentos levaram a Associação Brasileira dos Produtores de Soja à proposição de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal, além de ter feito com que a Procuradoria Geral da República emitisse um parecer favorável aos contribuintes opinando pela inconstitucionalidade da cobrança realizada pelo fundo. A ação, contudo, ainda não foi julgada.

Apesar de ainda não haver uma resposta definitiva, é fato que a contribuição obrigatória ao Fundo Estadual de Transporte criado pelo Estado do Tocantins é ilegal, uma vez que se trata de um adicional ao ICMS que pode levar o contribuinte a buscar judicialmente a restituição dos valores já pagos e a desoneração dos pagamentos futuros. Esse é um tema que ainda precisa ser revisto, buscando uma decisão que não prejudique os profissionais deste setor e suas operações em meio a um segmento tão essencial para a manutenção e crescimento da economia brasileira.

 

Bruno de Araújo Soares - advogado tributário do escritório Marcos Martins Advogados.


Marcos Martins Advogados
https://www.marcosmartins.adv.br


Governo de São Paulo assina adesão ao Sistema Eletrônico de Informações (SEI)

Acordo de Cooperação Técnica com o TRF4 trará mais agilidade e transparência a administração pública estadual

 

O Estado de São Paulo formalizou nesta quarta-feira (22) a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica com o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) para adesão ao Sistema Eletrônico de Informações (SEI), ferramenta utilizada pelo Governo Federal na gestão digital de documentos e processos. A iniciativa é coordenada pela Secretaria de Gestão e Governo Digital, com operação da Prodesp – Empresa de Tecnologia do Governo. 

Durante o evento, o governo estadual recebeu o Código Fonte para que as áreas técnicas possam atuar e iniciar a implementação do sistema integrado. A introdução do SEI nos processos administrativos do Estado será feita gradualmente, a partir da Secretaria da Casa Civil, com lançamento oficial previsto para o próximo dia 10 de abril. Já inclusão das demais secretarias e das administrações diretas e indiretas virão posteriormente, de forma escalonada. 

A nova ferramenta digital, que substituirá o SP Sem Papel, garante aos servidores paulistas mais facilidade na produção, tramitação, transparência e gestão de documentos administrativos. Entre as vantagens do SEI, estão a eficiência de processos sistematizados entre órgãos municipais, estaduais e federais; a variedade de formatos e tamanhos de documentos compatíveis; e a tramitação simultânea de processos em múltiplas unidades.


Por que o 99 Food vai sair do Brasil e qual seu impacto no mercado de delivery de comida brasileiro?

Como amplamente noticiado e com apenas três anos e meio de mercado, a caçula do Delivery, 99 Food, programa sua despedida do mercado brasileiro. A empresa, que atuava em quase 60 cidades em 22 estados do país, não divulgou os motivos exatos que a levaram a tomar essa decisão. No entanto, alguns fatores podem ser apontados como possíveis causas para a saída da empresa do mercado brasileiro. 

Anteriormente já havia avaliado as razões para a multinacional Uber EATS deixar nossas terras tupiniquins e acredito que com o anúncio da saída da 99 Food, controlada pela chinesa gigante Didi Chuxing e a já desistência pela James Delivery, controlada pelo GPA, e o Alfred implica em novas configurações do mercado nacional de delivery online.
 

A concorrência acirrada no mercado
 

Sem dúvidas uma das grandes razões para a saída da 99 Food pode ser a forte concorrência no mercado de delivery de comida no Brasil. A empresa chegou tarde no mercado, em um momento em que já existiam diversas plataformas consolidadas, como o iFood, o Rappi e o próprio Uber Eats. A entrada tardia fez com que a 99 Food tivesse que competir com empresas já estabelecidas com grande poder de investimentos e marketing, o que pode ter dificultado sua consolidação no mercado. 

Num mercado já consolidado, altos investimentos são essenciais para a aquisição de clientes, que muitas vezes já estão cativos dos concorrentes. A outra forma de se ganhar mercado é se utilizar das falhas de mercado e dos concorrentes, porém isso requer muito conhecimento do segmento e capilaridade de informações, que nem sempre estão facilmente disponíveis a todos.
 

O negócio do delivery 

No geral, na logística se ganha eficiência com o que chamamos de consolidação de carga, quando uma mesma pessoa faz diversas entregas numa única rota economizando tempo, energia e combustível do veículo. É o que tem acontecido com a expansão dos CDs (centros de distribuição) e os centros de consolidação de carga em todo país. 

Porém isso é difícil de se realizar no segmento do delivery de comida, uma vez que o produto é altamente perecível. Um atraso de 10 minutos já é suficiente para gerar reclamações por parte dos famintos consumidores que receberam suas comidas fora da temperatura esperada, quase obrigando com que a entrega dificilmente seja consolidada com o pedido de outro consumidor.
 

Risco político alcança novas alturas 

Se antes o risco político desses aplicativos era alto, agora o risco chega em novos níveis com a falta de conhecimento sobre o funcionamento da economia e o mercado de delivery dos governantes e juízes federais. Diferentemente dos países desenvolvidos, geralmente, numa tentativa de ajudar os trabalhadores, acabam criando regras que os atrapalham na maioria das vezes, aumentando enormemente o risco e passivo trabalhista.
 

A busca pela rentabilidade 

Por fim, a saída da 99 Food pode estar relacionada à busca pela rentabilidade. Apesar da facilidade gerada pelo acordo fechado em fevereiro de 2023 entre iFood e CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) o mercado de delivery de comida no Brasil continua altamente competitivo no quesito que chamamos de “espaço de tela do usuário”, uma vez que o consumidor não costuma instalar mais de 3 aplicativos do mesmo uso em seu celular. Isso pode ter tornado difícil para a 99 Food alcançar o “share of mind” (lembrança da marca na cabeça dos consumidores) e a rentabilidade necessária para manter suas operações no país.
 

Conclusão 

Com o encerramento das operações do 99 Food no Brasil, várias questões surgem sobre o futuro do mercado de delivery de comida no país. Uma das principais é o impacto sobre a concorrência, com a saída de um relevante “player” do mercado. Isso pode levar a uma maior concentração do mercado nas mãos do iFood e do Rappi, prejudicando a diversidade e a competição entre as empresas, forçando cada vez mais os restaurantes a internalizarem os processos de marketing e vendas de delivery para reduzir suas dependências desses aplicativos. 

Além disso, o fechamento do 99 Food e também dos já comentados Uber Eats, James Delivery e Alfred também terá consequências para os entregadores e restaurantes parceiros da plataforma, que agora precisarão buscar alternativas para manter seus negócios. Muitos entregadores trabalhavam para mais de um aplicativo de entrega, e agora terão que se adaptar a novas realidades. Resta aguardar como o mercado brasileiro de delivery de comida irá se adaptar às mudanças.

 

Dennis Nakamura -  ajudou startups a crescerem como o iFood, Westwing e outros. Atualmente é sócio da GoldStreet Venture Capital e mentor de negócios digitais.



Páscoa: estratégias de vendas para alavancar resultados

Comércios que vendem ovo, chocolate e doces variados podem aumentar o faturamento aplicando táticas de Marketing Digital


A Páscoa está chegando, mas ainda dá tempo de autônomos e pequenos e médios empreendedores aplicarem técnicas de marketing digital para alavancar os resultados no período mais saboroso do ano.  

De acordo com uma pesquisa realizada pela panificadora estadunidense St. Pierre, três de cada cinco pessoas afirma que o humor melhora com boa comida. Então que tal garantir alegria para o público, enquanto potencializa os resultados?  

Para isso, algumas estratégias simples podem ser aplicadas nos dias que antecedem a data. A equipe da KingHost preparou um passo a passo completo para PMEs e autônomos. 

  

  • Estude o comportamento do cliente  

Para vender bem um produto é fundamental conhecer o público. Isso significa entender as características, gostos e desejos, já que impacta não somente na definição de estratégia, mas também na construção de marca como um todo.  

Qual é a média de valores que estão dispostos a investir? Qual é a forma de pagamento? O que procuram na hora de comprar doces na Páscoa? Quais são as maiores dores?  

Obtenha essas respostas antes de pensar em investir em estratégias de marketing ou mídias pagas.  

 

  • Considere trabalhar o Marketing de Conteúdo 

Quando tiver um levantamento detalhado e completo, considere trabalhar o marketing de conteúdo. Com publicações temáticas, linguagem solta e expressões divertidas, mas que tenham conexão com sua marca, é possível atingir o público de maneira eficiente.  

A equipe da KingHost aconselha movimentar bem as mídias sociais, principalmente com anúncios, mas avaliar a possibilidade de pensar em materiais para o site, com postagens de blog e  materiais ricos, como guias e ebooks, pois garantem resultados duradouros (porém a médio-longo prazo). 

 

  • Entenda que o design é importante 

O chocolate pode ser uma delícia, mas o que vende mesmo é a apresentação. Portanto, além de produzir doces lindos, as imagens também precisam ter qualidade e produção.  

Caso sejam desenvolvidas artes de divulgação, a dica fundamental é pensar em legibilidade. Portanto, crie frases diretas, parágrafos curtos e insira elementos visuais.  

 

  • Engaje com os seguidores 

Uma coisa é fato: a maneira de consumir conteúdo mudou. As empresas não devem construir monólogos, mas criar storytellings envolventes e manter diálogo constante com o público-alvo.  

Sendo assim, é fundamental interagir com quem comenta, gosta e participa nos canais de comunicação. A partir disso é feita uma construção de laços tão fortes que clientes deixam de ser só clientes e se tornam verdadeiros fãs e defensores da loja e produto.  

 

  • Preocupe-se em proporcionar experiências  

Não só em datas comemorativas, mas em todos os dias do ano, a mensagem que fica é só uma: a experiência é o que fideliza e proporciona satisfação. Faça cada atendimento ainda mais especial.  

Foque no bom humor e individualização. As pessoas gostam de se sentir queridas e mostrar o quanto são significativas para um negócio é o diferencial. 

 

  • Faça um check-up nas mídias sociais e no site 

A manutenção é a chave para o bom funcionamento. Faça uma busca no site e procure páginas com erro, confira a velocidade de carregamento e se os certificados de segurança estão ativos. Certifique-se que o site está preparado para aguentar um possível aumento de acessos.  

Quanto às redes sociais, faça destaques com as principais informações e planeje campanhas direcionadas para potencializar seus resultados.  

Datas comemorativas colocam negócios em evidência e você vai querer estar preparado quando receber acesso de clientes. 

 

  • Avalie retorno das ações 

Por fim, mensure o retorno sobre os esforços. Analise o crescimento em comparação a anos anteriores e também defina o que será feito a partir dos resultados.  

A empresa precisa continuar aplicando estratégias de marketing digital o ano inteiro para garantir sucesso. Entender os acertos e erros ajuda a otimizar o investimento e a criar planejamentos mais assertivos. 

 


KingHost - empresa de soluções digitais para profissionais de tecnologia e pessoas empreendedoras, considerada referência em hospedagem de sites.


Decisão do Banco Central de manter a Selic em 13,75 foi correta, avalia FecomercioSP

Instituição optou pela cautela, diante de uma inflação persistente e um quadro fiscal incerto 

 

Como era previsto entre os investidores, o Conselho de Política Monetária do Banco Central (Copom) anunciou a manutenção da taxa Selic em 13,75% ao ano (a.a.). Para a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), a decisão é a melhor para o atual momento, marcado por inflação alta e quadro fiscal ainda incerto, exigindo prudência.

 

A justificativa para que os juros permaneçam em patamar elevado é a inflação, ainda pressionada, com projeção de concluir o ano, mais uma vez, acima do teto estipulado pela junta. Além disso, o pedido de recuperação judicial por parte de uma grande varejista brasileira trouxe à tona a discussão de antecipar o ciclo de redução da taxa de juros, uma vez que o empreendimento tinha alta credibilidade no mercado de crédito – e, ao prejudicar bancos e empresas com o não cumprimento dos pagamentos, uma maior aversão ao risco recaiu sobre todos, consumidores e empresas. Esta situação se traduz em mais seletividade e juros mais altos. 

Ainda segundo a FecomercioSP, argumenta-se também que os juros elevados têm gerado consequências negativas para o crescimento econômico. No quarto trimestre de 2022, por exemplo, foi registrado resultado mais fraco do Produto Interno Bruto (PIB). Além disso, o juro real elevado desestimula investimentos produtivos, pois se torna mais atrativo manter o capital em aplicações financeiras. Desta forma, há redução nas gerações de emprego e renda.

 

Cenário de cautela


Cabe ao Banco Central preservar o valor da moeda e conseguir se manter entre os limites estabelecidos para a meta de inflação. De acordo com a FecomercioSP, a quebra do Silicon Valley Bank (SVB) e as negociações de compra do banco Credit Suisse também pedem cautela. Outro ponto que vale ser ressaltado é que, no cenário doméstico, o governo ainda não apresentou o seu arcabouço fiscal, muito esperado por investidores e empresários. É necessário que haja uma indicação rápida acerca da regra de gastos do orçamento que será adotada. Somente assim será possível projetar possíveis mudanças na carga tributária e os impactos à inflação.

 

FecomercioSP



Como ficam seus investimentos com a Selic em 13,75% ao ano

Especialista do C6 Bank calcula rendimento de R$ 5 mil, R$ 10 mil, R$ 25 mil e R$ 50 mil em diferentes tipos de investimentos por um ano


Pela sexta vez consecutiva, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano. Apesar de a taxa permanecer inalterada, a expectativa de rentabilidade dos investimentos de renda fixa caiu da última reunião para cá. 

Isso acontece porque a rentabilidade de investimentos como CDBs e títulos públicos do Tesouro Direto é estimada com base nos juros futuros do prazo da aplicação. “As instituições se antecipam às decisões futuras sobre juros e embutem isso nos retornos dos produtos. Por isso, mesmo com a decisão de manter o atual nível de Selic, as taxas futuras seguem caindo, se ajustando a possíveis movimentos no longo prazo”, afirma a planejadora financeira do C6 Bank Larissa Frias.  

De acordo com projeção da equipe econômica do C6 Bank, a Selic ficará em 13,75% até o final deste ano. Para 2024, a previsão é de que a taxa termine o ano em 12%.   

Segundo Larissa, não é apenas a Selic do momento que interessa na hora de estimar a rentabilidade dos títulos de renda fixa. No caso dos investimentos pós-fixados, por exemplo, o que importa é a expectativa de CDI médio do período investido. 

Dessa forma, se a expectativa é de que a Selic caia, o futuro de DI do período vai acompanhar essa queda. Já se a projeção é de alta, a taxa do contrato futuro de DI também vai subir. Para efeito de comparação, no Copom anterior, em janeiro, o futuro de DI de 1 ano projetava 13,55% ao ano, e agora projeta 12,75% ao ano. 

Na hora de comparar a remuneração dos investimentos, é bom colocar no papel que a maioria dos produtos de renda fixa, como CDBs, pagam Imposto de Renda. Nesse caso, quanto mais tempo o dinheiro ficar aplicado, menor será a tributação que incide sobre o rendimento - a alíquota de IR varia de 22,5% (até 180 dias) a 15% (mais de 720 dias). 

Mesmo descontando o IR, a rentabilidade dos CDBs supera com folga a da poupança, principalmente quando a Selic fica acima de 8,5% ao ano, como agora. Quando isso acontece, o rendimento líquido da poupança passa a ser de apenas 0,5% ao mês + Taxa Referencial, enquanto o dos CDBs tende a acompanhar a alta dos juros.  

Confira abaixo a rentabilidade líquida de vários produtos de renda fixa calculada pelo educador financeiro do C6 Bank, considerando um cenário em que o dinheiro ficará aplicado por 1 ano: 

 

Rentabilidade de R$ 5 mil após um ano

Investimento:         Valor líquido de resgate: Rentabilidade líquida a.a.: 

Poupança                       R$ 5.409,50                                  8,19%

Tesouro Selic                 R$ 5.562,50                                  11,25%

CDB 104% do CDI         R$ 5.585,00                                  11,70%

CDB 109% do CDI         R$ 5.613,50                                  12,27%

CDB IPCA+                     R$ 5.499,00                                  9,98%

 

Rentabilidade de R$ 10 mil após um ano 

Investimento:         Valor líquido de resgate: Rentabilidade líquida a.a.: 

Poupança                       R$ 10.819,00                                   8,19%

Tesouro Selic                 R$ 11.125,00                                  11,25%

CDB 104% do CDI         R$ 11.170,00                                  11,70%

CDB 109% do CDI         R$ 11.227,00                                  12,27%

CDB IPCA+                     R$ 10.998,00                                   9,98%

 

Rentabilidade de R$ 25 mil após um ano

Investimento:         Valor líquido de resgate: Rentabilidade líquida a.a.: 

Poupança                       R$ 27.047,50                                   8,19%

Tesouro Selic                 R$ 27.812,50                                  11,25%

CDB 104% do CDI         R$ 27.925,00                                  11,70%

CDB 109% do CDI         R$ 28.067,50                                   12,27%

CDB IPCA+                     R$ 27.495,00                                    9,98%

 

Rentabilidade de R$ 50 mil após um ano

Investimento:         Valor líquido de resgate: Rentabilidade líquida a.a.:

Poupança                       R$ 54.095,00                                  8,19%

Tesouro Selic                 R$ 55.625,00                                  11,25%

CDB 104% do CDI         R$ 55.850,00                                  11,70%

CDB 109% do CDI         R$ 56.135,00                                  12,27%

CDB IPCA+                     R$ 54.990,00                                  9,98%

 

Premissas utilizadas:

 

Estimativa de TR DE 1,9% a.a.

Estimativa de CDI Over médio de 13,64% a.a.

CDB IPCA+: taxa oferecida no app do C6 Bank em 22/3/2023

Inflação mediana do último Boletim Focus

Imposto de Renda: alíquota de 17,5%

 

Empreendedorismo feminino é assunto em destaque nas rodovias concedidas de São Paulo durante esta semana

A iniciativa faz parte da programação do Mês da Mulher, período em que as mulheres terão linha de crédito especial para  abrir ou alavancar seus negócios

 

Março é o mês voltado para as mulheres, marcado por homenagens, reflexões e discussões fundamentais para a sociedade. A ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo e as 20 operadoras que integram o Programa de Concessões Rodoviárias do Estado de São Paulo participam dessa discussão através de ações internas e divulgação de mensagens sobre os três pilares que fazem parte de debates importantes relacionados ao sexo feminino: segurança, saúde e empreendedorismo.

 

Os pilares foram definidos pelo Governo do Estado, e a contribuição do Programa de Concessões é a divulgação de mensagens elaboradas para o Mês das Mulheres, que são veiculadas nos painéis eletrônicos (PMVs) espalhados pelos 11,1 mil quilômetros de rodovias concedidas. “A campanha tem como foco a valorização feminina e traz assuntos relevantes durante todo o mês. O objetivo é que essas discussões sejam levadas para cada vez mais pessoas para que se conscientizem sobre diversos assuntos”, afirma Milton Persoli, diretor-geral da ARTESP.

 

A mensagem veiculada a partir desta quinta-feira (23) é sobre o empreendedorismo feminino:

 

“MULHER EMPREENDEDORA

CONSTRÓI O PRÓPRIO CAMINHO

DIADAMULHER2023.SP.GOV.BR”

 

Com o objetivo de garantir uma vida com mais oportunidades para as mulheres, o Governo de São Paulo, em parceria com o Sebrae e o Banco do Povo, oferecerá neste mês uma linha de crédito especial para o público feminino, com o Empreenda Mulher, e qualificação por meio do programa SEBRAE Delas, no qual são ministrados cursos, consultorias especializadas e orientações para abertura de MEI.

 

Mensagens diferentes ao longo do mês

 

A veiculação de mensagens com referência ao Mês da Mulher nos PMVs das rodovias concedidas começou em 8 de março, Dia Internacional da Mulher. O primeiro tema abordado foi a violência contra a mulher, até o dia 14. A segunda mensagem abordou a saúde feminina e como última ação do mês, o tema é o empreendedorismo.

 

Para mais informações sobre programações e ações dedicadas ao Dia da Mulher, acesse o site diadamulher2023.sp.gov.br, desenvolvido para concentrar as principais informações sobre o tema.

 

Outras ações

 

A ARTESP exibe em suas redes sociais, ainda, uma série de vídeos com colaboradoras que contam um pouco de suas histórias, suas funções e áreas de atuação. Assista aqui!

 

O Grupo CCR - do qual fazem parte importantes concessionárias como AutoBan, ViaOeste e SPVias -, através de parceria entre o Instituto CCR e o Empreende Aí, está com inscrições abertas para o curso gratuito “Despertando a Empreendedora". Ele será ministrado para mil mulheres em todo o país e tem o objetivo de incentivar o empreendedorismo feminino, para quem deseja abrir o próprio negócio.   

 

As outras concessionárias estão desenvolvendo ainda ações internas, com homenagens, palestras e rodas de conversa. Também trabalham com peças nas mídias sociais, algumas delas contando a história de vida de suas colaboradoras.

 

Evite problemas com o Leão: Especialista do CEUB dá dicas para declarar o Imposto de Renda

Max Bianchi, professor de Ciências Contábeis, explica as obrigações do contribuinte com a Receita Federal


Começou a contar o prazo de 31 de maio para a entrega da declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) do ano calendário 2022. A partir das dúvidas de como encarar o “Leão”, o professor de Ciências Contábeis do Centro Universitário de Brasília (CEUB) Max Bianchi Godoy dá dicas para realizar a declaração com clareza e tranquilidade este ano.


Como sei se devo declarar o IRPF esse ano?

MB: A dúvida mais frequente do brasileiro é saber quem declara e quais são os requisitos para entregar a declaração obrigatória de IRPF. Deve realizar a declaração do imposto pessoas físicas que receberam rendimentos tributáveis anuais acima de R$ 28.559,70 em 2022. Também deve declarar o IRPF quem recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte acima do limite de R$ 40.000.

O contribuinte que teve a posse ou a propriedade, em 31 de dezembro de 2022, de bens ou direitos, inclusive terra nua, acima do limite de R$ 300.000 também deve fazer a declaração. Além disso, estão obrigados a declarar o IRPF aqueles que realizaram operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas, bem como os que obtiveram ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeitos à incidência do imposto.

Também devem declarar o imposto pessoas que optaram pela isenção de imposto sobre o ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro, no prazo de 180 dias. Outro caso comum obrigatório é de pessoas passaram a morar no Brasil, em qualquer mês, e nessa condição se encontravam em 31 de dezembro de 2022 e, também, os que obtiveram receita bruta anual decorrente de atividade rural em valor acima de R$ 142.798,50.


Descobri que devo declarar, e agora?

MB: A declaração de imposto de renda pode ser feita por meio do programa do IRPF 2023, disponível para download no site da Receita Federal, on-line pelo Portal e-CAC (Centro de Atendimento Virtual da Receita Federal) ou pelo aplicativo Meu Imposto de Renda, disponível para tablets e celulares das plataformas Android e iOS. As informações constantes do portal e dos auxílios no aplicativo e no programa são de fácil entendimento para a maioria das pessoas.


Quais é a diferença entre declaração simplificada e simples? Qual devo fazer?

MB: Existem duas formas de realizar a declaração de rendimentos para o imposto de renda pessoa física: a simplificada e a completa. A declaração simplificada é voltada para os contribuintes que tiveram poucas despesas no ano-base. Nessa opção, os valores dos rendimentos tributáveis sofrem dedução automática de 20%, sendo estes limitados a R$ 16.754,34. Utilizando esta forma, o contribuinte opta por um valor de dedução total, não podendo incluir os gastos que teve com educação e saúde, o que torna esse tipo de declaração mais vantajoso quando há poucas despesas e essas não ultrapassaram o limite estabelecido.

No caso da declaração completa, é mais voltada para os contribuintes que tiveram mais despesas no ano de 2022, tais como gastos com saúde, educação e outros, seus e de seus dependentes. Nesse caso, se o valor das despesas ultrapassarem o referido limite (R$ 16.754,34), é mais vantajoso optar pela declaração completa. O programa e o aplicativo costumam informar o imposto a ser pago ou restituído nos dois tipos de declaração, devendo o contribuinte optar pelo que for mais vantajoso em seu caso (o que for pagar menos ou restituir mais imposto).


Consegui declarar o imposto de renda. Como sei se recebo a restituição? Se sim, como e quando recebo?

MB: A principal forma de obter restituição com a declaração do Imposto de Renda é por meio dos gastos dedutíveis que foram realizados, esses oriundos das despesas com educação, com previdência privada, contribuição do INSS, saúde e outros que podem ser deduzidos. Nesse caso, quanto o imposto pago antecipadamente pelo contribuinte e os gastos dedutíveis superam o imposto calculado que deveria ser pago, o contribuinte receberá posteriormente uma restituição, que é a devolução dos valores pagos a mais pelo contribuinte.

Se o contribuinte cometer algum erro na declaração, pode realizar uma retificadora, ajustando os dados errados e reenviar, o que pode evitar prejuízos maiores. Por esse motivo, se recomenda que, caso descubra algum erro ou falta de registro, o contribuinte realize o mais rápido possível a sua declaração retificadora, preferencialmente antes de receber quaisquer comunicados da Receita solicitando que faça o ajuste.

Aqueles que não declararem dentro do prazo podem ter de pagar uma multa de 1% sobre o valor do imposto de renda devido, sendo o valor mínimo de R$ 165,74. Lembrando que este valor pode chegar a até 20% do imposto total devido, motivo pelo qual o contribuinte deve ficar atento ao cumprimento de prazos e às regras estabelecidas.


E quem não declarou imposto de renda? Quais são as consequências?

MB: Quem não declara o Imposto de Renda, além da multa, está sujeito a outras sanções, como a suspensão do CPF (Cadastro de Pessoas Físicas) por irregularidade, podendo ficar impedido de realizar uma série de atividades: não tirar sua Carteira de Trabalho, não abrir conta em Bancos ou receber cartões de crédito, não tirar ou renovar passaporte, não realizar matrícula em faculdades, não prestar concursos públicos, etc. Em casos mais graves, de declarações falsas ou omissão total ou parcial com a intenção de se desonerar do pagamento de tributos, o indivíduo pode ser acusado de crime de sonegação fiscal, cuja pena pode chegar a dois anos de reclusão e ser multado de duas a cinco vezes os valores devidos dos tributos que não foram pagos.


5 vantagens da Inteligência Artificial no setor de saúde

Tecnologia promissora vem se tornando destaque em numerosas instituições de saúde, mas sem substituir a atuação médica


É perceptível o impacto da Inteligência Artificial na transformação do mundo, nos negócios e na forma como interagimos. Cada vez mais, essa tecnologia cresce e interfere positivamente em diversos setores. De acordo com pesquisa da Markets and Markets, o mercado de IA crescerá US190 bilhões até 2025 na área da indústria. Em relação ao setor de saúde não é diferente, pois a área foi uma das que mais obteve um grande impacto com a IA: um estudo da Forrester comprova esse crescimento ao concluir que os principais aplicativos de IA de saúde clínica podem potencialmente gerar US 150 bilhões em economia geral para a economia da saúde nos EUA até 2026.


“A tecnologia pode aprimorar o diagnóstico, agilizar a triagem do paciente, auxiliar no trabalho dos médicos, no controle de farmácias, entre outras funções, ou seja, pode ser usada como um grande apoio em prol da saúde.”, afirma Andrey Abreu, diretor de Tecnologia da MV, multinacional focada na transformação digital na saúde.


Abaixo, o especialista Andrey Abreu lista 5 possibilidades de aplicação da Inteligência Artificial (IA) nas instituições de saúde. Confira:

  

1. Auxiliar na complementação de informações para o prontuário do paciente


Utilizado em diversos estabelecimentos de saúde, o prontuário eletrônico é um registro digital que armazena todas as informações dos pacientes, incluindo históricos, queixas, diagnósticos e tratamentos. É uma ferramenta muito importante para as equipes de enfermagem e médicos acompanharem a evolução do estado de saúde do indivíduo e das ações realizadas. À medida que as consultas e atividades de cuidado vão ocorrendo, a IA poderia compilar a conversa entre profissional de saúde e paciente, sem perder detalhes importantes para a linha de tratamento e diagnóstico, criando, assim, uma espécie de banco de dados personalizado, eliminando a necessidade do médico precisar anotar tudo. “A ferramenta ajuda muito neste processo para o médico não perder nenhum detalhe e poder armazenar as particularidades do que foi relatado, poupando seu trabalho braçal. Isso possibilitaria uma análise segura e a tomada de decisão com praticidade e precisão”, ressalta Andrey.  

 

2. Gerar dados e alertas no tratamento do paciente


A IA também pode ser usada para gerar alertas e colaborar com o monitoramento do tratamento. Segundo Andrey, os alertas são importantes, podendo envolver os horários para ministrar medicamentos, a medição da pressão e sinais vitais, o desenvolvimento dos devidos procedimentos para avaliar o estado do paciente, entre outros. “Se um paciente está com dores que não foram amenizadas com determinados medicamentos, é sinal que pode se tratar de um caso mais agudo, como uma infecção ou outras doenças mais graves, por exemplo. Os alertas podem ajudar a captar os sinais e a IA poderia sugerir o motivo pelo qual o paciente não está melhorando, auxiliando os médicos no diagnóstico preciso.”

Outro ponto importante está no cruzamento entre a prescrição de medicamentos e a aplicação dos remédios dispensados, o que pode ser avaliado através da farmácia dos hospitais. Caso o medicamento volte para a farmácia, a IA criaria um alerta, e através do cruzamento com os alertas clínicos, sugerir os motivos deste ter retornado e de não ter sido utilizado. Isso evita que os medicamentos sejam devolvidos por engano e, consequentemente, que os pacientes sejam prejudicados.   

 

3. Apoiar a medicina de precisão


A Inteligência Artificial colabora também no registro dos medicamentos, indicando os mais eficientes para um devido tratamento, dando opções para o médico observar o que seria melhor. A medicina de precisão alia os dados já convencionalmente utilizados para diagnosticar sinais, sintomas, história pessoal/familiar e exames complementares amplamente utilizados – ao perfil genético do indivíduo e a IA deixa o trabalho mais fluido para o médico e mais assertivo para os pacientes.


 

4. Auxiliar na decisão clínica


O médico tem como uma das principais tarefas diagnosticar uma doença diante de diversos sintomas e situações de cada paciente e precisa observar qual das opções é a mais provável em cada caso. Com a facilitação na criação de relatórios e prontuários eletrônicos, a Inteligência Artificial colabora com as opções mais previsíveis de acordo com cada condição, ajudando o médico a decidir qual resultado é o mais pertinente e certeiro. “A IA pode ajudar tanto na decisão de medicamentos que podem causar efeitos positivos ou negativos no paciente, quanto dar as opções do que o paciente pode ter. Baseado em dados de exames, ele cria hipóteses clínicas para assim, o médico decidir. Apesar disso, o médico é quem deve diagnosticar, pois a IA é uma ferramenta para apoiar e não para substituir a atividade médica.”, explica Andrey. 

 

5.  Ajudar na prevenção de início de epidemias


A IA tem a capacidade de criar um perfil epidemiológico em que é feita uma análise para identificar o quadro geral de uma população específica, criando, assim, uma medicina preventiva. “por exemplo ao atender cerca de 10 pacientes de uma mesma região com o mesmo quadro de saúde, pode ser o sinal de identificação do início de uma epidemia.”, explica o especialista

Para finalizar, Andrey Abreu ressalta que as ferramentas de Inteligência Artificial podem colaborar com acertos, mas também é passível a erros. Existe uma via entre o médico e a IA, onde o olhar humano é imprescindível, principalmente para diagnóstico do paciente. “A Inteligência Artificial vem para aprimorar, mas não vai substituir o trabalho do ser humano. É muito importante que haja uma curadoria das informações e decisões que a inteligência está indicando.”, pontua Abreu.

 

MV - multinacional de tecnologia focada na Transformação Digital


ESG na prática: em que estágio sua empresa se encontra?

Para garantir a eficácia, as práticas ESG devem estar presentes em toda a cadeia produtiva das grandes empresas


Há quase 20 anos surgia no mercado uma nova sigla que logo se tornaria uma das mais usadas no mundo corporativo: ESG. A sigla significa environmental, social and governance, em português: governança, social e ambiental. Cunhada pelo Banco Mundial em 2004, a sigla estabeleceu os três pilares do investimento sustentável e virou uma espécie de “selo” de garantia para o mercado. Empresas que possuem uma governança bem estruturada e que implantam políticas internas de responsabilidade ambiental e social, além de apresentarem melhores resultados econômicos ao longo dos últimos anos também valem mais no mercado financeiro.

Mas, a aplicação dessas políticas ainda é um desafio para as grandes empresas do mercado brasileiro. Ainda não há legislação ou normas conhecidas e estabelecidas para a prática ESG no mundo corporativo. Expandir a prática ESG para toda a cadeia produtiva e envolver fornecedores, distribuidores e clientes nesse processo ainda é a maior demanda das grandes organizações brasileiras. E para atingir todos os stakeholders, contar com consultoria especializada é fundamental: “O ESG transforma todo o modo de fazer e pensar a empresa e sua cadeia produtiva. A responsabilidade social e ambiental amplia os conceitos de governança para além da empresa. Nós trabalhamos há tempos com a implantação de políticas de governança com nossos clientes e agora queremos apoiar também as grandes empresas a expandir esses conceitos em toda sua cadeia. A ideia é atingir fornecedores e distribuidores e fazer essa prática chegar até os clientes. É imprescindível que as grandes empresas do futuro estejam alinhadas a esse conceito. Isso faz a diferença não só nos resultados econômicos da organização, mas também no valor da empresa”, explica Eduardo Valério, CEO da GoNext, especializada em consultoria para processos de sucessão familiar.

As tendências de consumo mostram que, de forma geral, as pessoas optam por produtos e serviços de empresas que tenham alguma ação alinhada às práticas ESG. Além disso, uma pesquisa da Bloomberg estimou que a agenda ESG deve atrair U$53 trilhões em investimentos no mundo até 2025. “A grande empresa que ainda não começou a trabalhar pensando nas práticas ESG precisa começar rápido. Em breve, as empresas que não assimilarem esses conceitos na gestão vão começar a serem mal vistas pelo mercado. Conhecer o estágio em que a empresa se encontra e começar a praticar a governança ancorada na responsabilidade ambiental e social são medidas urgentes para empresas de todos os portes”, conclui Valério.


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