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quinta-feira, 23 de março de 2023

Retrato da inadimplência: Uma visão pré e pós-pandemia e os desafios para 2023


A pandemia da COVID-19 foi sem dúvida um dos maiores desafios da humanidade. Não apenas vidas se perderam, mas empregos, empresas e muito mais. E qual foi o impacto da pandemia se olharmos o fator inadimplência?

O relatório Credit Risk da FICO traz alguns pontos relevantes sobre o tema que vou discorrer a seguir. No gráfico abaixo, temos uma visão da inadimplência em novembro de 2022 comparando os principais indicadores de inadimplência de cada país:



Veja que Brasil, México, Peru e Colômbia apresentam taxas oscilando entre 3,0% a 3,8%. Porém, melhor do que avaliar um período isolado é avaliar uma série histórica, onde não necessariamente comparamos o número em si, mas a tendência evolutiva em cada período.




No gráfico acima podemos ver um comportamento bem diferente entre Brasil e os dois outros países latinos. Enquanto no Brasil o período de abril de 2020 até dezembro de 2021 acumulamos um baixo % de inadimplência, no México e na Colômbia ocorreu o contrário.

Indicadores e estudos mostram que cada país reagiu diferente, principalmente nos recursos dedicados ao ‘socorro’ à pandemia. Segundo estudos da Universidade de Columbia, o Brasil foi o segundo país da América Latina em valores X PIB para suporte a pessoas físicas ou jurídicas.



Junta-se a isso a rápida reação de credores, que geraram planos de refinanciamento de seus débitos.

Frente a uma crise mundial, com inflação em alta, juros crescentes, desemprego ainda em patamares elevados, o período de baixa inadimplência não poderia se conter. A conta começou a chegar em 2022, com um crescimento dos percentuais sem interrupção de janeiro a dezembro e, somente no primeiro mês de 2023, a taxa de inadimplência está 32,54% maior no acumulado do ano.




Todo este contexto traz a certeza de que 2023 será um ano de grande desafio para as instituições atuarem sobre a inadimplência e muitos bancos brasileiros já traduziram está questão nos balancetes trimestrais de 2022.



Digitalização e ominicanalidade

Desde antes da pandemia, a cobrança tradicional foi substituída ou pelo menos compartilhada pela cobrança digital. Mas é importante ressaltar que o processo de digitalização da cobrança, ou seja, passar de uma cobrança humana para uma que utilize um canal digital, não determina que você passou a ser digital. Ser digital vai além! E isso implica em atender o cliente de forma integrada.

Os clientes, inadimplentes ou não, demandam cada vez mais no que tange ao processo de comunicação nas empresas. Eles demandam:

· Agilidade no processo de comunicação;

· Escolher o canal de sua preferência;

· Poder interagir e não apenas receber disparos;

· Ter a continuidade do seu processo de comunicação independente do canal;

· Falar nos momentos mais convenientes e nos melhores horários.

Não basta ser multicanal; é preciso ser OMNICHANNEL. Esse é um dos diferenciais que as plataformas de comunicação como o FICO® Customer Communication Services (CCS), oferece. A solução atua como um workflow de comunicação que permite não apenas a multicanalidade como a omnicanalidade.

Para atender melhor o consumidor e alcançar bons índices nos processos de cobrança é preciso automatizar as ações com clientes que possuam diversos produtos, além de disponibilizar diferentes canais para que o cliente possa resolver e pagar suas dívidas, mantendo o call center como apenas uma das opções de canal.

· Em um caso recente, no qual colocamos nossa expertise para atuar dentro de um dos clientes atendidos por nossa empresa, geramos aproximadamente 30 milhões de interações mensais e os resultados da ação apresentam números muito positivos como: 160% de aumento de casos resolvidos sem intervenção de uma pessoa;

· 20% de redução de inadimplência em apenas 3 meses de operações;

· 98% dos clientes que recebem as comunicações pelo CCS resolvem seus temas sem intervenção humana.

Utilizar em seu processo uma ferramenta que atenda não apenas as necessidades do cliente, mas também da área de negócio de cada empresa, sem dúvida, é a chave do sucesso.


O que já sabemos que vem por aí em 2023

Muito já sabemos de alguns desafios para cobrança neste ano. O primeiro que destacamos é a obrigatoriedade do prefixo 304 para ligações de cobrança como ocorre com o 303 para ligações de venda.

Além disso, no decorrer de 2022 tivemos inúmeras mudanças no sentido de melhorar a experiência do consumidor, visando com que ele não tenha ligações massivas ou chamadas abusivas. No México e no Chile, por exemplo, já existem legislações que regulam a quantidade de vezes que um cliente pode ser acionado/cobrado por dia ou semana. Aqui no Brasil, ainda não chegamos neste ponto, porém pode ser a próxima cartada.

Outro fator importante que deve estar presente no decorrer de 2023 é o DESENROLA, nova promessa do governo federal que caminha para ser uma alternativa para o inadimplente de baixa renda buscar a solução de seus débitos.

Sem dúvida é um ano desafiador para profissionais de crédito. Mas, com ferramentas e tecnologias aplicadas é possível transformar esse cenário. Vamos em frente!



Eduardo Tambellini - Consultor de Negócios da FICO América Latina


O futuro da aposentadoria especial no Brasil

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) poderão definir em breve sobre a constitucionalidade dos dispositivos da reforma da Previdência que determinam a aplicação de idade mínima na aposentadoria especial do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O tema está sendo julgado pelo Plenário Virtual e o ministro relator do caso, Luís Roberto Barroso votou pela constitucionalidade da aplicação da idade mínima no benefício especial do INSS. A Ação Direta de Inconstitucionalidade 6309 foi proposta pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria (CNTI), que defende a inconstitucionalidade das regras da reforma que instituíram a idade mínima na aposentadoria especial, de pontuação mínima durante o período de transição e o fim da conversão de tempo especial em comum. 

Na última terça-feira, 21 de março, o ministro Ricardo Lewandowski pediu vista do processo. E, agora, o tema só voltará a andar quando Lewandowiski devolver a ação com seu voto. O pedido de vista geralmente é feito para que o magistrado analise melhor o tema antes de tomar uma decisão. E, apesar do ministro se aposentar em maio deste ano, a nossa esperança é que ele profira seu voto antes de sua saída, pois ele tem um viés positivo para os segurados do INSS, pelo lado social dos casos. 

Importante destacar que a aposentadoria especial foi o benefício mais prejudicado com a reforma da Previdência de 2019. Foram diversas regras que endureceram a concessão dos benefícios e prejudicaram o cálculo, mas a aposentadoria especial foi a mudança legislativa mais assustadora. Antes de 13 de novembro de 2019, o segurado que trabalhou por 15, 20 ou 25 anos em condições especiais poderia se aposentar, independentemente da sua idade. Esses anos variavam de acordo com a exposição e atividade que exercia. 

A reforma da Previdência foi draconiana para o segurado especial e deixou a aposentadoria mais difícil, porque agora é preciso cumprir uma idade mínima. Já imaginou, além de trabalhar por 25 anos exposto a ruído, ter que cumprir uma idade mínima? Isso vai tornar a saúde do trabalhador ainda mais debilitada em sua velhice. Além disso, o valor da aposentadoria também foi reduzido, a depender da situação do trabalhador. 

A reforma da Previdência estabeleceu uma idade mínima de 60 anos para o segurado especial do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de risco baixo, 58 anos para o de risco médio e 55 anos para o de risco alto. Para o segurado especial, a nova redação lhe garante apenas uma regra de transição. O texto criou um sistema de pontos — equivalente à soma do tempo de contribuição com a idade do trabalhador — segundo o grau de periculosidade. O segurado pode se aposentar ao alcançar 86 pontos, caso seja atividade especial de risco baixo; 76 pontos, se risco médio; e 66 pontos, se risco alto. Nas três situações, é exigido tempo de contribuição mínimo de 25, 20 e 15 anos respectivamente. Dessa forma, um trabalhador (risco baixo) de 54 anos de idade que contribuiu por 36 anos não precisará esperar chegar aos 60 anos de idade para se aposentar. 

A aposentadoria especial é uma proteção social para o trabalhador que expõe diariamente a sua saúde em risco. Tem direito à aposentadoria especial o segurado que trabalha, como exemplo, exposto a frio, calor, ruído, agentes biológicos (como os vírus), eletricidade, entre outros. E com as novas regras que instituíram uma idade mínima poderemos e deveremos ter uma legião de idosos com doenças graves. Muitos nem conseguirão desfrutar da sonhada aposentadoria. 

A aposentadoria especial é voltada para resguardar a saúde do trabalhador, para que ele desfrute da aposentadoria com um mínimo de vida saudável. As novas regras que impõe uma idade mínima retiram essa função social e humana do benefício. Ela se tornou muito mais uma aposentadoria indenizatória, do que protetiva. 

A regra atual foi um retrocesso social. E o Estado também é prejudicado, pois terá que arcar com as despesas de idosos que chegarão ao final de sua carreira profissional com uma série de reflexos graves em sua saúde física e mental. 

Portanto, a nossa torcida e apelo é para que o Supremo considere inconstitucional estes dispositivos da reforma e corrija esse erro legislativo cometido com os trabalhadores expostos aos riscos e atividades insalubres e perigosas. A Corte Superior poderá mudar o futuro de milhões de trabalhadores.

 

João Badari - advogado especialista em Direito Previdenciário e sócio do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados.

 

Ativando o futuro do local de trabalho


A suposição do espaço organizacional como simplesmente um ambiente físico está sob pressão há algum tempo, com a virtualização do trabalho tendendo muito antes da interrupção causada pela pandemia do Covid-19. No entanto, essa intercepção dramática forçou as organizações a repensar mais rapidamente como conectar e envolver os trabalhadores em ambientes virtuais e híbridos e a abraçar as possibilidades de um lugar sem fronteiras.

Infelizmente, parece que velhos hábitos são difíceis de quebrar, já que vimos alguns retrocessos devido a definições desatualizadas do que é trabalho e percepções sobre produtividade do trabalhador ou cultura organizacional que muitas empresas usam para pressionar a volta dos funcionários ao escritório.

Os líderes devem se concentrar na questão fundamental, que é o design e a prática da profissão em si, pois ele ditará a combinação do espaço físico e digital necessário para atender aos resultados de negócios. De acordo com a pesquisa Global Human Capital Trends 2023 da Deloitte, apenas 15% dos entrevistados citaram a maneira como o ambiente organizacional é projetado como um dos atributos mais importantes na criação do futuro local do trabalho.

O sentimento do profissional mudou e os funcionários estão defendendo modelos de local de trabalho que melhor atendam às suas necessidades e bem-estar. Muitos trabalhadores agora consideram a capacidade de trabalhar remotamente como um direito inalienável. De acordo com a pesquisa, 64% dizem que já consideram (ou considerariam) procurar um novo emprego se o empregador os quisesse de volta ao escritório em período integral.

A tecnologia também está avançando rapidamente como um componente essencial do design do local de trabalho. Isso vai além das ferramentas de colaboração e agora inclui uma vasta gama de tecnologias relacionadas ao serviço, sendo o exemplo mais proeminente o metaverso e a realidade ilimitada.

À medida que as organizações reinventam o espaço organizacional em um mundo pós-pandêmico, o resultado não é um local único ou uma solução de tamanho único, mas uma variedade de recursos e espaços que oferecem suporte a diferentes maneiras de realizar o trabalho.



A lacuna de prontidão

A pesquisa da Deloitte apontou também que a grande maioria dos líderes empresariais (87%) acredita que desenvolver o modelo de local de trabalho certo é importante para o sucesso de sua organização. No entanto, apenas 24% sentem que sua empresa está pronta para lidar com essa tendência.

Apenas 6% das organizações pesquisadas estão satisfeitas com o status e dizem que não mudaram – e não mudarão – sua estratégia de local de trabalho. Enquanto isso, 78% estão tentando criar um ambiente organizacional futuro em que os trabalhadores possam prosperar redesenhando seus processos de negócios existentes ou reimaginando o próprio serviço.



Os novos fundamentos

À medida que as organizações projetam modelos de local de trabalho, elas devem começar concentrando-se nos resultados que buscam gerar (cultura, inovação, impacto social) e, em seguida, determinar onde esse valor é melhor criado. De acordo com os líderes que responderam à pesquisa Deloitte 2023 Global Human Capital Trends, o maior benefício que eles observaram de sua abordagem de ambiente organizacional do futuro é o aumento do engajamento e bem-estar do trabalhador, enquanto a cultura é a maior barreira.

As organizações devem fazer o possível para alinhar (ou pelo menos equilibrar) suas necessidades e desejos com as obrigações e vontades de toda a força de trabalho. As empresas agora têm a oportunidade de experimentar com ousadia seu modelo de local de serviço, equilibrando os resultados com as preferências do trabalhador, para liberar o novo valor que procuram criar.



Olhando para frente

O espaço organizacional deve se tornar um insumo para o próprio serviço, focado nos resultados ou valor alinhado com a estratégia de negócios. Além disso, uma abordagem estratégica do local de trabalho também pode criar benefícios ESG. À medida que mais empresas e consumidores percebem a importância do desempenho ambiental, social e de governança (ESG), temos uma ideia melhor de como essa tendência moldará o ambiente organizacional.

Os fatores ESG têm um efeito considerável no local de trabalho. O impulso para práticas mais ecológicas reduz o desperdício no trabalho. Políticas mais socialmente conscientes promovem um ambiente de trabalho mais saudável e a governança empresarial aprimorada oferece transparência e mais diversidade.

Por meio do design do ambiente organizacional, as empresas têm a oportunidade de melhorar sua marca, atrair talentos e elevar os resultados. E tudo começa com uma pergunta-chave: “Como podemos projetar o local de trabalho para melhor apoiar o desenvolvimento dos colaboradores em si?”

Assim como em outras tendências do relatório deste ano, as necessidades do trabalho e as preferências dos trabalhadores continuarão mudando, exigindo que as organizações continuem experimentando, ouvindo e evoluindo


Marcelo Carreira - vice-presidente Go-To-Market América Latina da Access


Profissionais de cibersegurança são os super-heróis modernos; e precisamos de mais deles

Qual é a primeira coisa que você faz quando acorda? Se for como a maioria das pessoas, provavelmente corre para pegar o celular, desligar o despertador e abrir o Instagram ou YouTube, não é mesmo? A internet e todos os aparelhos e dispositivos que você utiliza o tempo todo são uma grande parte da sua vida porque estão integrados à sociedade muito profundamente. E em todos eles há uma movimentação gigantesca e contínua dos seus dados pessoais.

Diante desse cenário, fica cada vez mais fácil para hackers e outros magos mal-intencionados do mundo digital conseguirem acesso a tudo - infelizmente o avanço da tecnologia também dá margem para algumas pessoas desenvolverem conhecimentos para crimes cibernéticos. E, considerando que as informações publicadas na web podem ser tão simples quanto sua idade ou sua cor favorita, ou tão importantes quanto o número do seu cartão de crédito, seu endereço ou CPF, é preciso criar uma barreira contra esses ataques. A palavra que estamos buscando é: cibersegurança.

Hoje, o tema é praticamente uma parte básica do campo de TI, com empresas procurando por soluções para combater essas investidas, as quais não apenas ajudem a população como um todo, mas também a sua própria jornada corporativa - incluindo colaboradores e os envolvidos que fazem parte dela. Dessa forma, as marcas abriram uma quantidade enorme de cargos relacionados à segurança da informação, como analistas, engenheiros, administradores e diretores, cada um com suas responsabilidades essenciais.

Não à toa, o levantamento “Global Digital Trust Insights Survey 2022”, produzido pela PwC, registrou que 83% das empresas no Brasil estavam estimando aumentar os gastos cibernéticos no ano passado, em comparação com 69% no mundo. No entanto, esse cenário de investimentos não é feito só de flores e, por incrível que pareça, ainda existe um gap de profissionais qualificados no setor de tecnologia, que deve ser analisado de perto para que ninguém tire conclusões precipitadas.

De acordo com a pesquisa Cybersecurity Workforce Study 2022, feita pela (ISC)², a escassez desses especialistas cresceu 26% em 2022, com uma defasagem de 2,7 milhões de trabalhadores no mundo e mais de 400 mil no território brasileiro. Como explicar essa divergência?

De fato, a primeira impressão desses números é preocupante, porém a lacuna está muito mais relacionada a efeitos do mercado em si do que a falta de engajamento de mão de obra tech. Hoje a transformação digital é uma realidade que está na vida de todos, tanto indivíduos quanto corporações. Ou seja, com as novas formas de ataques cibernéticos surgindo em grande escala, naturalmente as empresas vão precisar de mais profissionais em suas instalações e que estejam preparados para lidar com as novas técnicas impostas pelos criminosos. Portanto, o movimento conjunto das marcas para contratarem - e valorizarem - equipes com essas pessoas precisa crescer simplesmente porque esse é o mundo em que vivemos atualmente. 

Mais do que isso, a sofisticação dos crimes cibernéticos exige que os times de defesa das organizações se antecipem aos atacantes. Só assim é possível reduzir danos e continuar crescendo no mercado. Nesse sentido, as lideranças devem pensar seriamente em olhar com atenção para o segmento de desenvolvimento e treinamento, que, com as mudanças tecnológicas que estão acontecendo a todo momento, tem produzido novas ideias e formatos para qualificarem especialistas de TI. Estamos falando de processos de aprendizagem que fornecem habilidades indispensáveis e urgentes, como a prevenção e a detecção de ameaças e a resposta a incidentes. 

Em outras palavras, é uma jornada para a formação do que podemos chamar de super-heróis da internet. Sem esses protetores e o aumento da valorização da cibersegurança, os vazamentos de dados terão efeitos muito mais devastadores do que aqueles mostrados quase todos os dias nos noticiários, pois a tendência é que as táticas usadas pelos criminosos se desenvolvam por si só. A corrida para diminuir esses prejuízos já começou e apenas equipes preparadas para lidar com a situação podem fazer com que toda a sociedade alcance a linha de chegada primeiro.

 

Alexandre Tibechrani - General Manager Americas da Ironhack, apaixonado por tecnologia, formou-se em engenharia elétrica pela Poli-USP e obteve um MBA em gestão de negócios pela FGV. com mais de 20 anos de experiência. Trabalhou boa parte da sua carreira em empresas multinacionais, mas foi em empresas startups que consolidou seu perfil orientado a resultados e crescimento.


Conheça a diferença entre produtividade opressora e produtividade feminina!

A produtividade está ligada à quantidade e qualidade das tarefas, relacionada não somente à produção, mas ao tempo, energia, conhecimento e concentração. (Imagem: Unsplash) 

 

 

A jornada média das mulheres é de 39,2 horas semanais, contra 43,4 horas dos homens. Mas, nas horas de trabalho, elas são tão produtivas quanto os homens. 

 

Como seres humanos estamos acostumados a viver correndo e cumprindo várias demandas durante a semana, uma pesquisa internacional mostrou que 43% dos profissionais no Brasil trabalham de nove a onze horas por dia, mostrando que a jornada de trabalho no país é muito exigente em questão de produtividade. 

 

A produtividade está ligada à quantidade e qualidade das tarefas, relacionada não somente à produção, mas ao tempo, energia, conhecimento e concentração. Muitas pessoas que falam sobre produtividade afirmam que é necessário trabalhar por 10, 15 horas por dia para se alcançar o sucesso, que mais vale o dinheiro do que a vida, que para uma pessoa dar certo ela precisa fazer uma única coisa o resto da vida e que se arriscar é falho.  


Essas afirmações são consideradas mitos, pois o mundo anda em constante mudança, a qualidade de vida e uma boa saúde mental estão sendo priorizadas até porque uma mente descansada produz bem mais. A produtividade deve ser dosada quando se é passada dos limites, até porque uma agenda cheia de compromissos não é sinônimo de qualidade de tarefas, o mesmo serve para muitas metas que não tem prazo e com isso se tornam difíceis de serem alcançadas. 

 

“Uma produtividade quando se torna uma carga já deixa de ser algo produtivo. Por muitos anos vivia em uma cobrança extrema em que deveria ter uma agenda recheada de compromissos e se não os cumpria me martirizava para encaixar com meus afazeres como empreendedora, mãe e esposa. Gosto de enfatizar para o meu público feminino que é preciso incluir a sua feminilidade em tudo o que for fazer, respeitando sua ciclicidade e não se baseando nas experiências alheias, a produtividade é importante, mas ter limites é necessário para as mulheres entregarem a sua melhor performance", afirma a empresária Isa Moreira.

 

A produtividade feminina difere da masculina. Muitas mulheres ocupam vários papéis na sua vida, como mãe e profissional. Segundo o IBGE, a jornada média de trabalho das mulheres é de 39,2 horas semanais, contra 43,4 horas dos homens. Mas, nas horas de trabalho, elas são tão produtivas quanto os homens. 

 

A produtividade pode ser dividida em dois modelos, a clássica/opressora e a feminina: 

 

Produtividade Clássica: 

 

  • Criada por homens na qual só beneficiava esse gênero;
  • Estude enquanto eles brincam;
  • Melhor ter dinheiro do que lazer;
  • Muitas horas de trabalho e poucas com família e amigos;
  • Excelência e perfeccionismo 100% são as chaves.

 

Produtividade Feminina

 

  • Adaptada para o público feminino;
  • Respeito da ciclicidade e hormônios;
  • Insere limites para abusos de tarefas;
  • Prioriza o bem-estar;
  • Realiza o gerenciamento de tempo;
  • Estipula metas;
  • Não busca aprovação 100% o tempo todo. 

Quando a mulher entende que não existe apenas um padrão de produtividade, ela rende mais, e seu mundo muda. O esforço excessivo quando trocado por dedicação se torna algo produtivo e não uma carga de pressões e inseguranças. “Você não precisa buscar a perfeição e exigir grandes resultados sempre, o segredo é sempre adaptar suas responsabilidades, tarefas e demandas para seu perfil e tentar não se comparar com os resultados das outras pessoas”, afirma a empresária Isa Moreira.

 

Nos cursos da Isa Moreira, as alunas despertam o seu lado de liderança e realçam os seus dons em vista de se tornarem confiantes, empoderadas e inspirarem outras mulheres através de suas conquistas. 

 


Isa Moreira -empresária e mentora de negócios femininos. Ela acredita que toda mulher pode ser tudo o que quiser, e por isso, ensina mulheres a viverem do que amam, alcançando a sua liberdade financeira por meio de negócios digitais. Em busca da liberdade, ela construiu a Ártio Escola de Negócios Potentes, que entrega soluções de estratégia, marketing, vendas, produtividade, sagrado feminino, criatividade, comunicação e desenvolvimento pessoal para mulheres. Hoje, esse negócio já faturou mais de 20 milhões de reais e transformou a vida de milhares de alunas em treinamentos e cursos pagos e gratuitos. Ela inspira as mulheres a buscarem os seus sonhos criando negócios digitais, leves, que respeitam o feminino, a ciclicidade e a criatividade. Neste ano, Isa Moreira realizará o TNS Treinamento Negócio Selvagem, onde conduzirá 1000 mulheres presencialmente na construção de negócios criativos, potentes e lucrativos. Acompanhe Isa, aqui!

EUA mantêm datas de solicitação de vistos

Ana Claudia Cardoso Braga e Ana Karolina Andrade, advogada e estagiária especializadas em Direito Internacional, alertam para a observância dessas datas para evitar perda de prazo


Além de todos os requisitos exigidos pelo governo dos Estados Unidos, bem como os documentos necessários, é importante o requerente de visto também estar atento aos prazos para apresentação dos pedidos.

De acordo com Ana Claudia Cardoso Braga, advogada que atua na área do Direito Internacional no escritório Toledo e Associados, que possui unidades no Brasil e nos Estados Unidos, o USCIS (Serviço de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos) estabelece prazos para envio de notificação aos requerentes de visto de imigrante para reunir e apresentar a documentação necessária.

Para o visto EB1, Ana Karolina Andrade, estagiária que também atua na área do Direito Internacional, informa que até o momento não há uma data prioritária estabelecida para o visto de imigração baseado no emprego de primeira preferência. “Entretanto, conforme o aumento da demanda, poderá existir a instauração de uma data prioritária, para que se mantenha o limite anual do ano fiscal de 2023”, adverte. A mesma posição é válida para o visto EB3, mas no caso com base em emprego de terceira preferência.

Para o visto EB2 foi mantido o previsto no boletim de vistos do USCIS de dezembro de 2022. As datas de apresentações de pedidos foram estabelecidas até o prazo máximo de 1 de dezembro de 2022. As datas de ação para casos de preferência foram estabelecidas no prazo máximo de 1 de novembro de 2022, exceto para a China, El Salvador, Guatemala, Honduras, índia, México e Filipinas, que dispõem de outras datas de apresentação de pedidos.

Para o visto EB4, as datas de apresentações de pedidos foram estabelecidas no prazo máximo de 1 de março de 2022 em resposta à alta demanda, mantendo-se da mesma forma atualmente. As datas prioritárias, ou datas de ação final, para casos de preferência baseados no emprego foram estabelecidas no prazo máximo de 1 de fevereiro de 2022. “As solicitações de pedidos de vistos de imigração baseadas no emprego de quarta preferência continuam a aumentar e quaisquer ajustes necessários serão feitos, para que se mantenha o limite anual do ano fiscal de 2023”, avisa Ana Claudia.

E para o visto EB5, as datas de apresentações e datas prioritárias (data de ação final) na categoria emprego de quinta preferência sem reservas (incluindo C5, T5 e R5) estão estabelecidas somente para a Índia (8 de dezembro de 2019) e China (1 de janeiro de 2022). “A situação será continuamente monitorada e quaisquer ajustes necessários serão feitos”, finaliza a advogada.

As datas de apresentação são as determinadas pela USCIS como limites para a aplicação de determinado visto junto ao órgão competente e as datas de ação final são aquelas determinadas pela USCIS como prazo prioritário de resposta.

 


Ana Claudia Cardoso Braga - advogada da Toledo e Associados, especializada em Direito Internacional e Imigração e Membro da Comissão de Direito e Relações Internacionais da OAB/SP, subseção Santos.

Ana Karolina de Souza Andrade - estudante do 4o ano de direito, estagiária da Toledo e Associados - escritório de Direito Internacional e imigração e estagiária da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional.


Toledo e Advogados Associados
http://www.toledoeassociados.com.br
https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados

Por que é essencial viajar com seguro viagem para os Estados Unidos?


CORIS explica o sistema de saúde do destino e como escolher a melhor proteção para viagem dos seus clientes


Apesar de os Estados Unidos não exigir a contratação de um seguro viagem para os visitantes entrarem em seu território, é altamente recomendável que o viajante tenha uma apólice para cobertura para despesas médicas, hospitalares e odontológicas. A CORIS, empresa especialista em seguro viagem e detentora do selo inédito de ‘Melhor Empresa Para se Trabalhar – GPTW’ no ramo de seguros e assistência ao viajante, explica o porquê.

Muitos destinos ao redor do mundo exigem que os turistas tenham um seguro viagem para entrar no país, isso porque tais nações não querem arcar com as despesas médicas de cidadãos estrangeiros, evitando rombos na saúde e preservando a administração pública de dívidas. Os Estados Unidos, no entanto, não se preocupam com isso, pois o seu sistema de saúde pública é extremamente limitado. A maioria dos americanos só tem acesso à saúde privada, e o mesmo vale para os turistas.

Por isso, na hora de oferecer um seguro viagem aos seus clientes, os agentes de viagens e os corretores de seguros precisam explicar a importância da contratação de uma boa cobertura. Mais importante ainda é informar aos viajantes que os hospitais, clínicas e profissionais da saúde dos Estados Unidos estão entre os mais caros do mundo.

Testes diagnósticos e medicamentos custam muito mais do que no Brasil – e são cobrados em dólar. Um simples atendimento hospitalar no país pode custar mais de US$ 5 mil, uma diária de internação até US$ 10 mil, e as cirurgias e atendimentos complexos podem ultrapassar os US$ 50 mil.

Outro motivo para a contratação de um seguro viagem mais completo para o destino são os elevados números de atendimentos que a CORIS faz de turistas no país. Em 2019, por exemplo, 25% dos passageiros que acionaram o seguro viagem estavam nos Estados Unidos. Do total de atendimentos registrados, 55% foram de ocorrências médicas, 33% de questões práticas relacionadas à própria viagem, e os 12% restantes foram solicitações de informações ou reembolso.

Por todos esses motivos, a CORIS recomenda coberturas mais completas e adequadas para quem vai aos Estados Unidos, como os planos MAX e VIP a partir de US$ 100 mil e até US$ 1 milhão. “O seguro viagem não cuida apenas do bem-estar do turista, mas também oferece uma ampla rede de apoio para atendê-lo em qualquer eventualidade”, explica Claudia Brito, sócia-diretora Comercial e Marketing da CORIS.

 

Gestão Financeira Omnichannel: um requisito básico em tempos de ultraconectividade

A abordagem multicanal quebrou as barreiras entre as alternativas da jornada financeira no mundo físico e digital

 

Atualmente, como consequência do consumidor ultraconectado, o crescimento da demanda por serviços personalizados, rápidos e de fácil acesso é inquestionável. A jornada financeira pode se alternar entre vários canais, como telefone, SMS, e-mail, WhatsApp e, é claro, as mídias sociais. De fato, se valer dos mais variados canais digitais se tornou indispensável para o sucesso das comunicações financeiras, em especial no Brasil. Os dados obtidos pelo levantamento da consultoria AppAnnie apenas confirmam esse cenário -- o relatório indica que o brasileiro é o povo que mais horas passa por dia no celular, com uma média de 5,4 horas por dia usando o aparelho. 

A expectativa do usuário, hoje, é de procedimentos mais flexíveis, que preencham a lacuna entre os canais físicos e digitais, mantendo a consistência entre os pontos de contato. Agora, os serviços de faturamento e cobrança precisam se ajustar a essas mudanças para se projetarem com credibilidade e relevância no mercado. A gestão do faturamento e cobrança das empresas passou para uma fase mais complexa, em que a presença digital é uma necessidade urgente e o uso da tecnologia é uma condição indispensável. O relacionamento financeiro entre empresas e cliente agora envolve processos mais dinâmicos, e a hiperpersonalização das comunicações deve estar no centro das estratégias para aprimorar a experiência do usuário e gerar novas oportunidades de negócio.

 

O impacto da multicanalidade nos resultados

Na era digital, “experiência” é um conceito que precisa ser levado a sério para aprimorar as operações de gestão de conteúdo e comunicação financeira nas organizações. Acompanhar o fenômeno da digitalização é fundamental e, com isso, integrar as campanhas de marketing à jornada financeira se faz necessário para que o processo seja ainda mais preciso, direcionado e personalizado. E em um mercado tão competitivo e dinâmico, utilizar os dados a favor da assertividade nas operações é crucial. 

Responder às mudanças nas percepções do consumidor e nas condições de mercado requer uma capacidade de utilizar os dados do cliente no nível mais granular. A hiperpersonalização da jornada financeira aliada à automação do marketing e do atendimento ao cliente são pilares fundamentais de uma gestão eficiente nesta jornada. E nesse contexto, as plataformas de tecnologia voltadas para o controle das comunicações desempenham um papel de suma importância para a obtenção de resultados impressivos.

 

Omnichannel financeiro veio para ficar

Os clientes esperam ser tratados como indivíduos, como seres humanos que carregam diferentes bagagens culturais e possuem diferentes preferências no ambiente virtual. As pessoas querem se relacionar com empresas que entendem quem elas são e quais são as suas necessidades. Portanto, adotar uma estratégia de comunicação financeira hiperpersonalizada, orientada por dados e análises, e orquestrada por uma plataforma de tecnologia eficiente e intuitiva é o caminho mais seguro para fidelizar o cliente e se adaptar em tempo real às demandas do público consumidor. 

A multicanalidade dos serviços financeiros é cada vez mais relevante para os resultados da empresa. E a expectativa é de que, nos próximos anos, o desafio para as áreas responsáveis seja a contínua adaptação aos novos veículos digitais que estão por surgir. 

Por fim, considerando a presença massiva de pessoas no ambiente virtual e levando em conta a imensa demanda por serviços ajustados às necessidades e preferências particulares de cada usuário, é possível concluir que uma abordagem baseada nos princípios do relacionamento omnichannel e na hiperpersonalização são as chaves para o sucesso da gestão do conteúdo e das comunicações financeiras. É preciso destacar também a importância da tecnologia nesse processo que, por meio dos softwares modernos, permite, na perspectiva do gestor, a centralização da jornada financeira, possibilitando a coordenação desses processos de forma intuitiva e inteligente.

 

Danilo Pecorari - CEO da :hiperstream. Com vasta experiência em Tecnologia da Informação, já atuou em segmentos como Marketing Digital, E-commerce, Gestão Corporativa e Inteligência de Dados.


Cartilha sobre Reforma Tributária facilita entendimento

Lançada esta semana pelo Senador Oriovisto Guimarães, relator da PEC 46/2022, a cartilha traz a proposta Simplifica Já de forma simples e direta, para que mais pessoas possam ter acesso ao seu conteúdo, e entendam como é possível fazer uma reforma limpa, direta e sem prejuízo para qualquer ente da federação ou setor econômico.


Setores público (União, Estados e Municípios) e privado (agronegócio, indústria, comércio e serviços), todos vão ganhar com a PEC 46/2022. A proposta foi validada com apoio político de entidades dos setores público e privado, academia, empresariado (mais de 70% do PIB), entes federados (mais de 60% da população) e trabalhadores (22 confederações nacionais laborais). É o que comprova a cartilha lançada hoje pelo gabinete do Senador Oriovisto Guimarães, responsável por protocolar a nova PEC em dezembro do ano passado

No material, é possível encontrar um resumo da nova Proposta de Emenda Constitucional, o panorama atual dos tributos envolvidos, e como eles ficarão com a reforma proposta. A cartilha explica também como fica a tributação da folha de pagamento, que resolve o problema dos motoristas de aplicativo. Além disso, o material explica os principais problemas das outras PECs, que tendem a gerar mais discussões e contencioso, e que, exatamente por isso, abrem caminho para uma proposta mais simples e efetiva, como a PEC 46/2022.

Confira o material divulgado pelo Senador Oriovisto AQUI.



Simplifica Já
www.simplificaja.org.br/

Visto americano estampado no passaporte pode ser cancelado na chegada ao país

De acordo com Daniel Toledo, advogado e especialista em Direito Internacional, o agente consular tem todo o direito de invalidar um visto, desde que não danifique o passaporte do passageiro


A ideia de ir aos Estados Unidos é um sonho compartilhado por muitos brasileiros. Seja em busca de melhores oportunidades de trabalho, estudo, qualidade de vida ou até mesmo turismo, o país norte-americano atrai milhares de pessoas do mundo inteiro todos os anos.

No entanto, esse desejo nem sempre é facilmente concretizado. Existe a possibilidade de, mesmo com o visto aprovado e estampado no passaporte, o viajante ter sua entrada barrada pelo controle imigratório e, ainda, ver a anulação de seu visto.

A não autorização de entrada na chegada aos Estados Unidos pode interromper abruptamente o plano de vida de muitas pessoas, gerando frustração e até mesmo prejuízos financeiros. Nesse sentido, é importante compreender as razões da negativa, bem como as medidas que podem ser tomadas para evitar esse desfecho indesejado.

De acordo com Daniel Toledo, advogado que atua na área do Direito Internacional, fundador da Toledo e Associados e sócio do LeeToledo PLLC, escritório de advocacia internacional com unidades no Brasil e nos Estados Unidos, o visto é uma propriedade do país emissor, e não do passageiro em questão. “Pertence ao estado. Conheço, inclusive, o caso de uma brasileira que teve seu visto riscado por um agente de imigração em sua entrada aos EUA e ficou extremamente constrangida e sem entender a situação. No entanto, se essa autoridade vê algo suspeito ou que impeça a entrada de alguém no país, ele tem todo o direito de invalidar um visto, mesmo estampado em um passaporte brasileiro”, pontua.

O especialista em Direito Internacional afirma que o visto pode ser revogado a qualquer momento, mas existem limites. “Como é uma propriedade dos Estados Unidos, o agente de imigração pode riscar ou até mesmo rasgar o visto. No entanto, isso não se aplica ao passaporte, que deve permanecer intacto por ser uma propriedade, no caso, brasileira. Esse tipo de situação, como rasgar a página de um visto, seria um claro abuso de autoridade. Mas eu, particularmente, nunca presenciei esse tipo de situação. Normalmente, eles escrevem ‘cancelado’ e deportam o viajante em questão”, declara.

Segundo o advogado, é comum que exista uma dúvida em relação a legalidade desse tipo de procedimento. “Embora pareça uma grosseria quando passamos por esse tipo de situação, não cabe nenhuma queixa ou processo contra esses agentes pois eles estão, justamente, realizando seu trabalho de fiscalização com o intuito de proteger a segurança nacional”, finaliza. 



Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br. Toledo também possui um canal no YouTube com mais 176 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB Santos, professor honorário da Universidade Oxford - Reino Unido, consultor em protocolos diplomáticos do Instituto Americano de Diplomacia e Direitos Humanos USIDHR e professor da PUC Minas Gerais do primeiro curso de pós graduação em Direito Internacional, com foco em Imigração para os Estados Unidos

Toledo e Advogados Associados 


MPEs têm queda de 10,9% na busca por crédito, revela Serasa Experian

Micro e pequenas empresas são as únicas a marcarem baixa; setor de Serviços tem a retração mais acentuada 

O Indicador de Demanda das Empresas por Crédito da Serasa Experian revelou que, em fevereiro, os micro e pequenos negócios puxaram a baixa da procura pelo recurso com queda de 10,9%. Os médios e grandes empreendimentos tiveram alta de 17,1% e 26,9%, respectivamente. Ainda assim, o percentual geral do índice, que considera todos os portes, mostrou queda de 10,2%. Confira abaixo os dados completos no gráfico: 



Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, “as micro e pequenas empresas, que atuam quase que exclusivamente no mercado interno, acabam retraindo mais intensamente a sua demanda por crédito quando a economia brasileira entra em desaceleração. Por outro lado, as médias e grandes empresas que, dependendo do setor em que atuam, conseguem exportar parte da sua produção, podem continuar sustentando sua procura por crédito para atenderem a demanda externa de seus produtos”.

 

A análise por segmento, que contempla todos os portes de negócios, revelou baixa para a maioria das áreas, sendo a mais acentuada no setor de Serviços, de 16,0%. As Indústrias tiveram redução de 5,5% e a área do Comércio, de 4,0%. A categoria “Demais”, que engloba empresas do campo Financeiro, Primário e do Terceiro Setor, foi a única a registrar alta na demanda por crédito, essa de 26,3%.


 

Empresas do Rio de Janeiro foram as que menos buscaram por crédito 

Ainda na análise anual (fev/23 x fev/22), o estado com a queda mais acentuada na procura por linhas de crédito foi o Rio de Janeiro, que marcou baixa de 29,3%. Em sequência estava o Amapá, com retração de 22,4%, e Alagoas, que caiu 22,1%. Mesmo que a maioria do país tenha registrado números negativas, alguns estados como Mato Grosso e Santa Catarina marcaram altas. Veja no gráfico a seguir as informações regionais na íntegra: 



Para conferir mais informações e a série histórica do indicador, clique aqui.

 

Tomada de crédito com responsabilidade auxilia sobrevivência das empresas

 

Os motivos que levam as empresas a tomar crédito são inúmeras: abrir, de fato, o negócio, ter capital de giro, fluxo de caixa ou apenas realizar um investimento ou melhoria. Para que esse processo seja seguro e não deixar virar um problema em função da incapacidade de pagamento, a Serasa Experian dispõe de produtos e serviços que auxiliam os empreendedores no processo: serviços de monitoramento de CNPJ, ferramentas de renegociação de dívidas e um blog com conteúdo rico e esclarecedor. Clique aqui e saiba mais!

 

Metodologia do indicador

 

O Indicador Serasa Experian da Demanda das Empresas por Crédito é construído a partir de uma amostra significativa de cerca de 1,2 milhão de CNPJ consultados mensalmente na base de dados da Serasa Experian. A quantidade de CNPJ consultados, especificamente nas transações que configuram alguma relação creditícia entre as empresas e as instituições do sistema financeiro ou empresas não financeiras, é transformada em número índice (média de 2008 = 100). O indicador é segmentado por região geográfica, setor e porte.

 

Serasa Experian
www.serasaexperian.com.br


Plantio de abóbora: agricultor adota quatro pilares de cultivo e atinge recorde de produtividade em Minas Gerais

Semeio da variedade Takayama F1, da linha Topseed Premium, se destacou em propriedade do interior mineiro


Uma das coisas que os produtores mais buscam na agricultura é a famosa “receita para o sucesso”, que representa um conjunto de medidas e procedimentos a serem adotados para o êxito do cultivo em uma lavoura. Trazendo a cultura de abóboras como exemplo, um agricultor mineiro seguiu quatro pilares em busca de melhores resultados em sua propriedade e não somente alcançou esse objetivo, mas também atingiu um recorde de produtividade dessa cucurbitácea. Os pilares são baseados em preparação do solo, adubação, escolha de produtos e genética de ponta e manejo profissional.

Apostando na produção da variedade japonesa Takayama F1, da linha Topseed Premium da Agristar do Brasil, o agricultor Matheus Moreira, da cidade de Bocaiúva (MG) “arregaçou as mangas” para provar que é possível obter ótimos resultados com o híbrido em pequenas áreas de plantio.    

Moreira conta que conseguiu elevar a produtividade da sua plantação em mais de 40%, sem renunciar ao sistema de gotejamento. Além da produção recorde, ele ressalta que conseguiu atingir um preço muito satisfatório após o cultivo.

“Nosso próprio recorde aqui foi pouco mais de 22 toneladas em uma lavoura de 2019, ou seja, com esse resultado chegamos à marca de 33 toneladas por hectare no gotejamento, 40% superior ao nosso antigo recorde”, compara.

O sucesso foi tanto que o produtor, que também apresenta o seu trabalho no canal “De produtor para produtor”, no YouTube, detalhou como foi todo o processo, desde o cuidado com o solo até a colheita do híbrido, elencando os quatro pontos estruturais que foram os pontos-chave para se chegar ao recorde: preparação do solo, adubação, manejo profissional e, principalmente, a escolha de produtos e genética de ponta. Nesse último momento, entra em cena um fator fundamental: a escolha da semente.

“Quem acompanha o canal desde o início percebeu que, quando iniciamos o preparo de solo, estava claro que teríamos uma produção muito boa. Só não esperávamos que ela seria tão boa. Conduzimos a lavoura muito bem, desde a seleção de genética, na escolha dos produtos que utilizamos para trabalhar, no espaçamento, ou seja, uma soma de fatores que projetaram esses resultados”, destaca Moreira. 


Como os pilares foram aplicados?

Matheus Moreira explica que o trabalho começou bem antes do plantio, na etapa de preparação do solo, fortalecendo o PH da área, o que proporcionou bons índices de fertilidade. Já a adubação, de acordo com o produtor, teve uma inspiração na produção de uma variedade de melancia.

“Fizemos uma adaptação no programa de adubação, originalmente desenvolvido para atender a demanda de outra cultura. Com alguns ajustes, seguindo a curva de nutrição da Takayama, adaptamos este manejo de adubação para o cultivo desta abóbora”, ressalta.

No terceiro passo, a escolha de produtos e genética de ponta conduziram o trabalho na lavoura. O Especialista em Cucurbitáceas da Agristar, Rafael Zamboni, ressaltou a importância desta etapa na produção de Matheus Moreira. “O manejo, juntamente com a genética da abóbora Takayama, proporcionou excelente produtividade e uniformidade de fruto, com padrão entre 2 kg e 2,5 kg. Uma boa genética, aliada a um bom manejo, traz ao produtor bons frutos”.

Com o manejo profissional fechando “os quatros passos para o recorde”, o produtor considera que a receita nesta etapa foi alinhar dois fatores: domínio técnico e aplicação prática desse conhecimento em campo. “Nessa lavoura, colocamos em prática todo o nosso conhecimento adquirido ao longo desses anos. Isso nos possibilitou atingir o manejo realmente profissional. Não tenho a menor dúvida que é um dos pontos estruturais que justifica esse resultado”, declara o produtor.


Retorno positivo para o investimento no cultivo

Para Moreira, a marca alcançada trouxe um retorno muito satisfatório para o seu investimento. “Ultrapassar essas 30 toneladas é sem dúvida um feito memorável, especialmente para quem produz no sistema de gotejamento. Poucos produtores conseguem atingir essa marca com esse sistema. Normalmente, muitos optam pela irrigação por aspersão”, ressalta.

Se a produção colheu muitos frutos, a rentabilidade da lavoura de Matheus Moreira não ficou para trás e seguiu três fatores considerados primordiais por ele: produtividade por hectare, custo por hectare e preço de comercialização do produto. Comercializando a abóbora Takayama na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP), em São Paulo (SP), ele destaca que os produtores devem ter tudo bem calculado na hora de planejarem o cultivo. 

Nesse sentido, os agricultores e consumidores de todo o Brasil podem usufruir desses resultados da abóbora Takayama, considerando sua adaptabilidade para plantio em todas as regiões e a resistência ao transporte por longas distâncias. Dessa forma, o tempo de prateleira nos estabelecimentos é maior, possibilitando um melhor retorno para os produtores do País.


Suzane von Richthofen e a reflexão sobre filhos indignos e perdão

Suzane von Richthofen protagonizou um dos casos de assassinato mais famosos do Brasil. Passados mais de 20 anos da morte de seus pais, planejado por ela, pelo namorado e pelo irmão dele, cada mudança no cumprimento de sua pena é largamente noticiada nos meios de comunicação. Como conseguiu uma progressão para o regime aberto, tendo se instalado em Angatuba, município do interior de São Paulo, Suzane voltou aos noticiários recentemente.

O caso mantém a sua projeção porque a ideia de tirar a vida dos pais para ficar com a herança desafia os valores mais elementares da nossa sociedade – a preservação da nossa própria família.

Justamente por isso, para além das consequências penais, o Direito brasileiro reserva aos parricidas a exclusão da herança por indignidade. Ou seja, quando um herdeiro pratica ou tenta homicídio contra o autor da herança ou, ainda, contra seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente, ele perde o direito a receber o patrimônio. Trata-se de uma sanção, mas, antes de tudo, de um desestímulo a uma busca violenta pela herança.

Foi exatamente o que aconteceu com Suzane. Além dos anos na prisão, ela perdeu o direito a receber a herança dos pais depois de uma decisão judicial definitiva, proferida em 2015, de que ela estava excluída da herança por indignidade e que todo o patrimônio deveria ser transmitido para seu irmão Andreas.

Ainda assim, Suzane não ficou desamparada. Em razão de um testamento de sua avó paterna, que publicamente a perdoou e faleceu em 2005, ela teria recebido um milhão de reais para recomeçar quando saísse da prisão. Nada impede esse perdão. Aliás, as próprias vítimas de um comportamento indigno do herdeiro podem perdoá-lo e reabilitá-lo na herança.

Isso porque, além da hipótese de assassinato – consumado ou tentado –, também podem ser excluídos da sucessão aqueles que acusarem caluniosamente em juízo o autor da herança ou incorrerem em crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro ou que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança de fazer testamento. Em todos os casos, a perda da herança não é automática – é necessária uma decisão judicial em um processo no qual o indigno tenha tido oportunidade de se defender.

O comportamento vil contra os próprios pais causa tamanha indignação em nossa sociedade que já passaram pelo Congresso projetos para ampliar o rol das causas de indignidade, especialmente para aqueles que tenham abandonado, ou desamparado, econômica ou afetivamente, o autor da sucessão acometido de qualquer tipo de deficiência, alienação mental ou grave enfermidade. A herança é um direito, mas a ela também corresponde uma responsabilidade.

 

Laura Brito - advogada, professora universitária e fundadora do escritório Laura Brito Advocacia.

 

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