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domingo, 12 de março de 2023

Veja 05 dicas para controlar a ansiedade e conquistar uma boa vaga de emprego em 2023

A ansiedade pode se tornar um grande empecilho para os candidatos. (Créditos: Unsplash)

O número de ansiosos representa cerca de 9,3% da população, e coloca o Brasil como líder do ranking de países mais ansiosos

 

Iniciar um processo seletivo pode ser desafiador para alguns candidatos, ainda mais se for um momento cheio de etapas, o que pode desencadear uma ansiedade prejudicial. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019, 18,6 milhões de brasileiros sofriam de ansiedade. O número representa cerca de 9,3% da população, e coloca o Brasil como líder do ranking de países mais ansiosos. 

A ansiedade não atrapalha só os pensamentos do presente mas os que ainda estão por vir. O indicado para o participante em um processo seletivo é tentar manter a calma e realizar sua melhor performance quando for se comunicar com o recrutador. Já no ponto de vista dos prospectadores é importante proporcionar o melhor ambiente para os futuros colaboradores, conduzindo uma entrevista leve e dinâmica. 

“Sabemos que o período de entrevistas pode ser estressante e desafiador, mas gosto sempre de mostrar para os alunos da Minds que é um momento para se destacarem e contarem um pouco da sua história, são minutos para você mostrar suas principais características, qualidade e porque a empresa precisa do seu trabalho, não apenas no âmbito técnico, mas também comportamental. E se a entrevista tiver conversação em inglês, o ideal é mostrar confiança para apresentar e se destacar frente ao recrutador”, afirma Augusto Jimenez, psicólogo e diretor nacional da Minds Idiomas.

Segundo uma pesquisa da Hays (empresa britânica de recrutamento) de 2019, 91% das empresas no Brasil exigem algum nível de conhecimento de inglês. Pensando nisso, Augusto Jimenez, CMO da Minds Idiomas, separou 5 dicas de como controlar a ansiedade na entrevista:
 

1.Cuidado com o corpo e mente 

Para uma grande apresentação é necessário que os ensaios sejam realizados, então nas vésperas da entrevista simule o que você gostaria de falar, suas qualidades, qualificações e pontos fortes que te tornam um diferencial e uma peça única para a vaga. Um outro ponto importante é estudar sobre a empresa, isso se torna um item a mais para expressar o porquê a vaga se encaixa tanto em seu perfil!


2.Preparo 

Para o dia da entrevista tente acordar cedo, o preparo é essencial para que possíveis desafios sejam combatidos. Escolher a roupa adequada, separar os documentos necessários, caso a entrevista seja realizada de forma remota teste a internet, microfone e áudio antes, isso evita que a ansiedade de algo negativo acontecer seja presenciada.


3.Tenha tempo de qualidade 

Uma mente bem preparada e relaxada auxilia para um corpo mais produtivo, então pratique seus hobbies favoritos como ler, escutar música ou assistir a algum filme para se desvencilhar de qualquer ansiedade que venha te perturbar. Isso permite que o cérebro não pense e foque todas as energias no processo seletivo.


4.Procure sobre táticas de anti estresse e ansiedade 

Se mesmo praticando alguma das dicas acima não funcionar, tenha táticas para que a ansiedade seja combatida como controle e técnicas de respiração adequadas, o famoso "Inspirar e expirar” auxilia para o controle do nervosismo.


5.Ouça o recrutador 

A ansiedade pode ser uma armadilha para que a vaga não seja alcançada, então uma das dicas mais importantes é escutar antes de falar. Entender qual o ritmo da entrevista auxilia para que o candidato não atropele quem está lhe fazendo as perguntas e saiba responder com leveza e tranquilidade. Se precisar falar em inglês, mantenha a calma e mostre o seu melhor.

 

Minds Idiomas
mindsidiomas.com.br/


Preparo psicológico para superar obstáculos é chave para carreiras de sucesso no esporte

Lincoln Nunes, psicanalista e especialista em preparação mental para performance esportiva comenta similaridades emocionais entre atletas em altos patamares

 

Ao observar os grandes nomes do esporte, é possível notar que quase todos os atletas têm um grande obstáculo para ser superado em suas carreiras. As dificuldades e até mesmo o fracasso das primeiras tentativas poderiam ter sido o suficiente para fazê-los mudar de carreira e, ao desistir, jamais teriam alcançado o sucesso que têm hoje. Por isso, Lincoln Nunes, psicanalista e especialista em preparação mental para performance esportiva, acredita que o psicológico é fundamental para fomentar as bases do poder de superar obstáculos e esta deve ser uma das principais características dos grandes atletas.

 

De acordo com ele, não importando a modalidade esportiva, a maior parte dos grandes nomes do esporte construíram suas carreiras dia após dia com trabalho árduo e muito treinamento. “Quando eu percebo que eles eram pessoas normais como eu e você e tinham os mesmos medos e anseios, vejo que eles conseguiram desafiar até mesmo a ciência com aquilo que conquistaram”, orgulha-se o psicanalista.

 

Nesse contexto, Lincoln acredita que a força e o exemplo de um atleta é fundamental para criar uma onda de feitos impressionantes. “Quando um ser humano quebra um recorde, vários outros conseguem quebrar. Isso não é coincidência. Isso é uma pessoa mostrando que é possível, o que fortalece diversas outras pessoas. Muitos precisam ver primeiro para depois crer”, pontua.

 

Para ele, a compreensão profunda de que os atletas considerados ‘super humanos’ são pessoas normais, é algo extremamente inspirador. “Assim, você se inspira a ser uma pessoa melhor e a buscar sempre mais. Superação e conquistas no esporte tem muito a ver com o valor que o atleta coloca na alçada da carreira”, afirma.

 

Lincoln defende ainda que todos esses fatores são a razão pela qual é tão comum encontrar grandes atletas com trajetórias difíceis atingindo os mais altos patamares do esporte. “Tudo está em volta da real noção do valor”, explica.

  


Lincoln Nunes - Criador do Método Atleta de Elite, psicanalista e especialista em performance esportiva. Com inúmeros cases de sucesso, Lincoln Nunes já atendeu atletas olímpicos como Guilherme Costa, estrelas do futebol europeu e nacional como Philippe Coutinho, Artur Victor, e Pedro Rocha e lutadores do UFC como Pedro Munhoz, Edson Barboza Jr, dentre outros.


sexta-feira, 10 de março de 2023

Brasil é o país mais sedentário da América Latina


Pesquisa mostra que as horas semanais dedicadas à atividade física no Brasil estão bem abaixo da média mundial e 30% da população não faz exercício algum


Dia 10 de março é o Dia Mundial de Combate ao Sedentarismo e o Brasil tem um longo caminho a percorrer. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o país tem os índices de sedentarismo mais altos da América Latina. Outra pesquisa do Instituto Ipsos completa: 30% das pessoas não fazem qualquer tipo de exercício e quem faz, faz pouco. 

A média de horas semanais dedicadas à atividade física no mundo é de 6,1 horas. No Brasil, não passa de 3 horas semanais. A justificativa é a falta de tempo e de dinheiro. O reflexo é visível. O número de brasileiros obesos aumentou 72% nos últimos 13 anos. 

No universo infantil, as projeções também preocupam. O relatório World Obesity Atlas 2022 revela que, até 2030, 7,7 milhões de crianças brasileiras serão obesas. As causas são multifatoriais, incluindo o sedentarismo. 

Especialista em Psicomotricidade, o fisioterapeuta Cristoph Enns diz que a atividade física é essencial desde a infância. “Antes mesmo de completar um ano a criança já deve receber estímulos para o seu desenvolvimento motor, equilíbrio e movimento. As habilidades físicas estão intimamente relacionadas a essa estimulação.” 

O que as crianças e adolescentes não podem, porém, é fazer treinos pesados. “Mais do que desenvolver habilidades de atleta, as crianças precisam de atividades prazerosas e lúdicas. Até a adolescência, nada de treinos intensos, repetições excessivas de movimentos, muita carga nas articulações, joelho e coluna. Isso é desaconselhável durante a fase de crescimento, mas o hábito de se movimentar, este sim deve ser estimulado desde cedo”, ensina Cristoph.


Exercício sim, exagero não

Segundo o professor do curso de Fisioterapia do UniCuritiba – instituição que faz parte da Ânima Educação – o maior risco da prática precoce de exercícios pesados (como os realizados na musculação, por exemplo) são as lesões em músculos e articulações. “A fase de crescimento ósseo termina entre os 15 e 17 anos para as meninas e vai até uns 18 anos em meninos. O excesso de carga e de força nas atividades físicas antes disso atrapalha o crescimento.” 

Para evitar que crianças e adolescentes se tornem sedentários, o fisioterapeuta recomenda atividades divertidas ou práticas esportivas que desenvolvam a coordenação motora, o equilíbrio e outras habilidades como salto ou escalada. A dança é sempre uma ótima opção porque trabalha o ritmo e a lateralidade. “Se a criança tiver uma necessidade maior de gasto de energia, a dica é escolher uma modalidade de dança mais intensa, com maior queima de calorias.”

 

Pais devem dar o exemplo

Pais ativos são modelos positivos para as crianças. Além de incentivar a participação dos filhos em atividades físicas, é importante que a família estimule passeios ao ar livre, idas ao parque e brincadeiras feitas em casa. Limitar os comportamentos sedentários, como o tempo gasto em frente às telas, ajuda a combater o sedentarismo. 

Mestre em Ciências da Educação pela Université de Sherbrooke, no Canadá, a psicóloga e psicopedagoga Daniela Jungles diz que parte da solução para que os filhos se exercitem mais é perguntar quais atividades ou esportes eles apreciam. “Saber o que a criança gosta ou tem vontade de fazer é um bom começo para movimentar os pequenos. A escola também tem um papel fundamental no estímulo à cultura de práticas regulares de atividade física.”

 

Comportamento saudável

Na avaliação da coordenadora da Clínica Escola de Psicologia do UniCuritiba, a prática regular de atividades físicas tem uma série de benefícios. “Uma vida ativa é fator de proteção em vários aspectos. Permite limitar ou canalizar a agressividade, ajuda a superar a ansiedade e contribui para o desenvolvimento social ao oferecer oportunidades de autoexpressão e melhorar a confiança, a autoestima e a interação social”, explica Daniela. 

O desenvolvimento cognitivo das crianças é outro aspecto impactado pela prática de atividades físicas. “Pesquisas apontam que as crianças pequenas que passam muito tempo em frente às telas correm um risco maior de apresentar dificuldades cognitivas na escola, como problemas de atenção, habilidades linguísticas limitadas e baixo desempenho acadêmico. Outro ponto importante é que jovens fisicamente ativos têm maior probabilidade de adotar comportamentos saudáveis, como evitar o uso de cigarro, álcool e drogas”, finaliza Daniela.

 

 UniCuritiba

 

Dia Mundial de Combate ao Sedentarismo: saiba cinco motivos para começar a se exercitar imediatamente

sedentarismo pode afetar até 500 milhões de pessoas no mundo todo até o fim da década com doenças cardíacas, obesidade, diabetes e outras doenças não transmissíveis, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).


O número é praticamente o dobro da população inteira do Brasil. Segundo dados do IBGE, em 2019, 40,3% dos brasileiros estavam sedentários.

É este um dos cenários que faz com que dia 10 de março seja estipulado pela OMS como o Dia Mundial do Combate ao Sedentarismo. A data é simbólica, mas o debate em torno do problema precisa ocorrer o ano todo.

Pensando em fazer um alerta sobre a necessidade de mudança de hábitos e o perigo do sedentarismo, a doutora Patrícia Santiago, médica com pós-graduação em Nutrologia, enumerou 5 motivos para que você comece a se exercitar agora mesmo.

1- Redução do risco de doenças metabólicas

“Deixar o sedentarismo de lado e começar a se exercitar pode prevenir doenças como Hipertensão, diabetes, problemas cardiovasculares e outra série de problemas”, mencionou.

2- Combate a Ansiedade e Depressão

“O exercício traz essa melhora de humor, traz maior sensação de bem estar, sobretudo devido a liberação de neurotransmissores durante essa prática”, exemplificou.

3- Ajuda no controle de peso

“Não é novidade para ninguém que o que pode nos ajudar e muito a evitar o chamado ‘efeito sanfona’ (emagrece mas volta a engordar e isso se torna um ciclo) e a obesidade é o exercício físico. A atividade melhora também a composição corporal e trabalha ainda a prevenção de doenças como a Sarcopenia (perda de massa e musculatura esquelética)”, disse.

4- Melhora na qualidade do sono


“O seu corpo vai ter um descanso bem melhor conforme o exercício for se encaixando na sua rotina. É um sono recuperador”, falou.

5- Longevidade

“A prática de exercício está ligada diretamente ao aumento da expectativa de vida, justamente por limitar, como já dito, o desenvolvimento de uma série de doenças”, finalizou.


Patrícia Santiago  - graduada em medicina  pela Universidade Estadual do Amazonas desde 2013, com pós graduação em Nutrologia. Atua na área de emagrecimento e performance desde 2015 com ampla experiência no acompanhamento de pacientes bariátricas. No momento desenvolvendo a comunicação digital para pacientes com foco em reeducação alimentar, mudança de estilo de vida e alta performance.


Dia Mundial de Combate ao Sedentarismo: saiba cinco motivos para começar a se exercitar imediatamente

Foto: reprodução/google
O sedentarismo pode afetar até 500 milhões de pessoas no mundo todo até o fim da década com doenças cardíacas, obesidade, diabetes e outras doenças não transmissíveis, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).


O número é praticamente o dobro da população inteira do Brasil. Segundo dados do IBGE, em 2019, 40,3% dos brasileiros estavam sedentários.

É este um dos cenários que faz com que dia 10 de março seja estipulado pela OMS como o Dia Mundial do Combate ao Sedentarismo. A data é simbólica, mas o debate em torno do problema precisa ocorrer o ano todo.

Pensando em fazer um alerta sobre a necessidade de mudança de hábitos e o perigo do sedentarismo, a doutora Patrícia Santiago, médica com pós-graduação em Nutrologia, enumerou 5 motivos para que você comece a se exercitar agora mesmo.

1- Redução do risco de doenças metabólicas

“Deixar o sedentarismo de lado e começar a se exercitar pode prevenir doenças como Hipertensão, diabetes, problemas cardiovasculares e outra série de problemas”, mencionou.

2- Combate a Ansiedade e Depressão

“O exercício traz essa melhora de humor, traz maior sensação de bem estar, sobretudo devido a liberação de neurotransmissores durante essa prática”, exemplificou.

3- Ajuda no controle de peso

“Não é novidade para ninguém que o que pode nos ajudar e muito a evitar o chamado ‘efeito sanfona’ (emagrece mas volta a engordar e isso se torna um ciclo) e a obesidade é o exercício físico. A atividade melhora também a composição corporal e trabalha ainda a prevenção de doenças como a Sarcopenia (perda de massa e musculatura esquelética)”, disse.

4- Melhora na qualidade do sono

“O seu corpo vai ter um descanso bem melhor conforme o exercício for se encaixando na sua rotina. É um sono recuperador”, falou.

5- Longevidade

“A prática de exercício está ligada diretamente ao aumento da expectativa de vida, justamente por limitar, como já dito, o desenvolvimento de uma série de doenças”, finalizou.



Patrícia Santiago -Patrícia é graduada em medicina  pela Universidade Estadual do Amazonas desde 2013, com pós graduação em Nutrologia. Atua na área de emagrecimento e performance desde 2015 com ampla experiência no acompanhamento de pacientes bariátricas. No momento desenvolvendo a comunicação digital para pacientes com foco em reeducação alimentar, mudança de estilo de vida e alta performance.

 

Dor crônica: problema afeta 30% dos brasileiros

A dor crônica é uma condição em que uma pessoa experimenta dor persistente e incapacitante por mais do que três meses, mesmo após a lesão ou causa original da dor ter sido tratada. Pode afetar a qualidade de vida das pessoas, limitando a capacidade de realizar atividades diárias e interferindo na vida social. Além disso, tem o potencial de desencadear problemas psicológicos, como ansiedade, depressão, insônia e fadiga.

Embora possa se originar dos sintomas de outras condições médicas, como artrite, fibromialgia ou lesões, a dor crônica pode se desenvolver e persistir independentemente de outros problemas. Um estudo realizado em 2017 pela Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED) apontou que a dor crônica afeta cerca de 30% da população brasileira, sendo que cerca de 10% dos casos são considerados graves e debilitantes. As dores mais comuns são nas costas, cabeça e pernas.

Ao reconhecer as dores crônicas como doenças independentes (e não sintomas de outros problemas), o acesso a tratamentos e cuidados médicos são mais adequados, de forma que os pacientes têm mais chances de receber o diagnóstico correto. Eles podem se sentir mais motivados a assumir um papel ativo em seu próprio cuidado de saúde, seguindo as recomendações de tratamento de forma mais diligente e adotando hábitos de vida saudáveis que possam ajudar a reduzir a dor. Tudo isso faz com que eles experimentem uma melhoria significativa na qualidade de vida e no bem-estar geral.

O fisioterapeuta Rafael Krasic Alaiti, pesquisador na USP e CEO e cofundador da Tato - clínica digital para o tratamento da dor  -, pode abordar temas como as variações das dores crônicas, pesquisas recentes sobre tratamentos e histórias de sucesso de pessoas que conseguiram aliviar sua dor crônica.

Outros exemplos de temas a serem abordados: 

  • Dificuldades que as pessoas enfrentam ao lidar com a dor crônica
  • Impacto que a dor crônica pode ter na qualidade de vida e na capacidade de realizar atividades cotidianas
  • Informações úteis sobre como os pacientes podem gerenciar a dor crônica e se envolver em atividades que possam ajudar a aliviar a dor
  • Tratamento inadequado da dor crônica e o estigma social associado ao problema


Tato


Ciclo menstrual, gestação e menopausa podem afetar labirinto

Alterações hormonais podem resultar no comprometimento do equilíbrio dos fluidos labirínticos, afirma especialista do HP

 

Localizado na porção mais interna do ouvido, o labirinto é um dos principais órgãos responsáveis pelo equilíbrio corporal, trabalhando em conjunto com o sentido da visão e a propriocepção (capacidade do corpo de perceber e reconhecer a posição, movimento e orientação de seus membros, sem precisar da visão). 

As variações hormonais femininas podem ter uma relação com as doenças labirínticas, que afetam o equilíbrio e a audição. Durante o ciclo menstrual, os níveis de estrogênio e progesterona podem afetar o sistema vestibular, responsável pelo equilíbrio, e a cóclea, responsável pela audição. 

Conforme o otorrinolaringologista do Hospital Paulista Dr. Ricardo Dorigueto, as principais doenças do labirinto que podem ser influenciadas pelo controle hormonal feminino são Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB), um distúrbio da orelha interna que causa crises de vertigens desencadeadas por determinadas mudanças na posição da cabeça; e doença de Ménière, caracterizada por ataques recorrentes de vertigem espontânea, perda de audição e zumbido. Essa última ocorre devido ao aumento da pressão dos líquidos da orelha interna.

Especificamente nas mulheres, segundo ele, as alterações hormonais que ocorrem no ciclo menstrual, gestação e menopausa podem resultar no comprometimento da homeostase (equilíbrio) dos fluidos labirínticos, agindo diretamente nos processos enzimáticos e na atuação de neurotransmissores.

“Os nossos hormônios atuam em todo nosso corpo e, claro, que uma mudança nos seus níveis pode acarretar sintomas num órgão tão sensível quanto o labirinto”, explica o médico.

Artigo publicado pela Revista Brasileira de Otorrinolaringologia corrobora com a tese, ressaltando que, no ciclo menstrual regular, ocorrem variações nos níveis de hormônios esteroides ovarianos, estrógeno e progesterona, conforme as fases do ciclo.

“No labirinto, temos um líquido que precisa estar bem equilibrado na quantidade de suas substâncias para o bom funcionamento do ouvido. E é exatamente aí que o hormônio atua e, em algumas pessoas, pode desencadear sintomas de instabilidade, sensação de cabeça vazia ou como se andasse flutuando, além de zumbido e intolerância aos sons”, ressalta Dr. Dorigueto.

Esses sintomas, relacionados ao ciclo menstrual e à gravidez, se devem em geral à progesterona que leva a um aumento de água e sódio, podendo gerar um aumento da pressão dentro do labirinto e causar sintomas parecidos com a síndrome de Ménière, assim como as alterações hormonais, particularmente durante a menopausa, aumentam a incidência de VPPB em mulheres. A provável fisiopatologia, segundo o especialista, está relacionada aos receptores de estrogênio na orelha interna.
 

“Devido à retenção de sódio e à hipertensão endolinfática, é na fase lútea (última fase do ciclo menstrual) que podem ser observados quadro de hidropisia labiríntica” afirma o médico.

O especialista finaliza destacando que, como é comum confundir as doenças do labirinto, é necessário que o paciente realize uma consulta com um otorrinolaringologista para garantir o correto diagnóstico e tratamento adequado.



Hospital Paulista de Otorrinolaringologia

O que define uma doença neurológica ser rara?

Neurologista explica sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoce

 

O que define uma doença neurológica ser rara? De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças raras são definidas a partir da quantidade de pessoas diagnosticadas. Isso quer dizer que se a cada 100.000 pessoas, 65 indivíduos são afetados, ela já pode ser definida como rara. Em 2018, através da Portaria nº 199/2.014, o Ministério da Saúde instituiu a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras, que são caracterizadas por uma ampla diversidade de sinais e sintomas, que variam de enfermidade para enfermidade, assim como de pessoa para pessoa afetada pela mesma condição, o que dificulta o diagnóstico e consequentemente o tratamento.

“De modo geral, quando falamos em doenças raras, é natural pensar em doenças geneticamente determinadas, mas não exclusivamente. Eu gosto sempre de lembrar que existem doenças raras que não são genéticas, principalmente as doenças inflamatórias e desmielinizantes do Sistema Nervoso Central, que se encaixam como doenças raras e são passíveis de tratamento”, afirma Dr. Rafael Paterno, neurologista na Clinica EV CITI em São Paulo, pertencente ao Grupo CITA – Centros Integrados de Terapia Assistida.

A Esclerose Múltipla (EM), no Brasil, pode ser considerada uma doença rara, principalmente na forma Primariamente Progressiva. Para o diagnóstico de Esclerose Múltipla Progressiva são utilizados critérios específicos que levam em conta os sintomas, exames de imagem e a análise do líquor (líquido extraído através de uma punção na coluna lombar), com a pesquisa de marcadores específicos. “A forma progressiva da EM pode se manifestar com sintomas motores de lenta evolução, geralmente em um adulto jovem ou de meia idade. Na forma mais comum, que chamamos de Remitente Recorrente, o paciente pode apresentar episódios de sintomas neurológicos passageiros, que desaparecem depois de alguns dias e podem voltar a aparecer em outros momentos”, afirma. “Para a forma Remitente Recorrente existem diversos tratamentos aprovados, alguns há mais de 20 anos. A novidade é a possibilidade de tratamento medicamentoso para a forma progressiva, que é um acontecimento relativamente recente”, reforça Dr. Rafael Paterno.

Uma outra doença que é rara e não é de origem genética é a Mielopatia associada ao vírus HTLV-1, também conhecida como paraparesia espástica tropical (TSP).  Nessa doença, o vírus causa alterações imunológicas que levam a uma doença crônica e progressiva que afeta principalmente a medula espinhal, levando a rigidez e fraqueza das pernas e dificuldades para controle da urina. Ela é prevalente em certas regiões geográficas específicas, como Japão, Caribe e alguns países africanos. “Não existem tratamentos medicamentosos comprovados e comercialmente disponíveis para essa doença, e o acompanhamento por especialistas é essencial para o melhor direcionamento do cuidado de acordo com a necessidade de cada paciente”, comenta.

Um exemplo clássico de doença rara de origem genética que afeta o Sistema Nervoso é a Adrenoleucodistrofia Ligada ao X (ADL).  “É uma doença que em sua forma clássica leva a diversas alterações neurológicas importantes, não costuma passar despercebida. Ela causa atraso de desenvolvimento, alterações progressivas de visão, audição e uma deterioração da capacidade motora com dificuldade para caminhar”, afirma o neurologista da Clínica EV CITI em São Paulo. A ADL também pode levar insuficiência adrenal, que consiste na deficiência da produção hormonal pelas glândulas adrenais e é diagnosticada através de exames de imagem e da dosagem no sangue dos Ácidos Graxos de Cadeia Muito Longa. A doença pode ser tratada, quando diagnosticada precocemente, com transplante de medula óssea.

O método de diagnosticar as doenças são bem diferentes, algumas dependem de imagem, outras de biomarcadores no sangue ou no líquor. “O mais importante é lembrar que os pacientes devem procurar um profissional especialista para fazer o diagnóstico’, finaliza.

 

Dr. Rafael Paterno - especialista em Neurologia pela Academia Brasileira de Neurologia e atende na clinica EVCITI em São Paulo, pertencente ao Grupo CITA – Centros Integrados de Terapia Assistida.

 

Fratura peniana: posição sexual mais comum, entre os brasileiros, pode ser a mais problemática

Estudo brasileiro demonstrou que pelo menos 50% das fraturas penianas ocorrem a partir de uma posição sexual específica. Ao longo do tempo, a fratura pode se agravar e provocar riscos para a saúde sexual do homem.

 

Segundo estudo brasileiro que reuniu pesquisadores da Unicamp e PUC Campinas, a posição em que a mulher está acima do homem, na relação sexual, é responsável por 50% das fraturas penianas. 

Os urologistas publicaram o estudo na revista internacional Advances in Urology, publicação renomada e especializada nas áreas de urologia, andrologia, disfunção erétil, entre outras questões de fisiologia urológica. 

Os pesquisadores acompanharam 44 casos ao longo de 13 anos (entre 2000 e 2013). O tempo nesse tipo de estudo é fundamental, pois o desenvolvimento de fraturas no pênis é progressivo e está associado ao jeito em que a penetração é realizada. 


Como ocorre a fratura peniana? 

A fratura peniana é, basicamente, um rompimento abrupto dos corpos cavernosos do pênis. É uma espécie de trauma que acontece quando o membro está ereto e sofre um impacto repentino. 

Ou seja, durante a relação sexual ou até mesmo na masturbação, quando o pênis escapa e sofre um movimento de “dobra”. 

Especialistas e estudos demonstram que as fraturas são casos raros e que estão associadas a movimentos muito fortes ou rápidos demais, situações que facilitam o escape do pênis. 

Quando os movimentos são muito intensos, os riscos de rompimento da túnica albugínea são maiores e podem resultar na fratura peniana. A túnica é uma camada de tecido conjuntivo que está diretamente associada às regiões fibrosas e nervosas do pênis.

 

Quais posições sexuais são mais propensas para a fratura no pênis?

É importante ressaltar que, embora o estudo chame atenção para posições sexuais que são mais propensas a causar fraturas ou microtraumas no pênis, não há contra indicação para que elas sejam realizadas. 

O alerta dos especialistas vai no sentido de que qualquer sensação anormal deve ser avaliada por um médico e os homens não precisam esconder isso. Uma fratura peniana, caso não seja identificada e tratada corretamente, pode gerar outros problemas como disfunção erétil e, em casos mais graves, pode desenvolver a Doença de Peyronie.

 

Confira quais posições foram notadas como principais causadoras de lesões no pênis:
 

De quatro

A posição em que a parceira fica em quatro apoios apareceu em segundo lugar, com 28,6% das causas de traumas no pênis.


Homem por cima

A posição sexual em que o homem fica por cima da parceira, ou parceiro, segue com 21,4% das causas. É uma das posições mais populares e preferidas no sexo brasileiro.


Masturbação

A masturbação não é necessariamente uma posição sexual, mas também pode ser realizada quando o homem está acompanhado. 

A depender de como o membro é manipulado e estimulado, pode provocar fraturas no pênis, correspondendo a 14,3% das causas do estudo.
 

Como saber se o pênis está fraturado?

Homens que sofrem com a fratura costumam relatar dores intensas e bastante inchaço. No momento em que a fratura acontece, há relatos de barulho forte. 

O trauma provocado pela fratura pode gerar uma cicatriz profunda nas fibras do pênis, ou seja, forma fibroses que se não passarem por tratamento adequado podem causar o entortamento, diminuição e afinamento do pênis.
 

Quais os tratamentos para fratura peniana? 

Há diferentes possibilidades de tratamento para os casos de fratura. E cada indicação pode variar de acordo com o estágio da fratura e se ela está acompanhada de impotência, fibroses graves, afinamento ou perda de calibre do membro. 

Há opções clínicas com ingestão de medicamentos em comprimido para recuperar a função fisiológica e sexual do pênis. 

Para casos mais graves, a intervenção cirúrgica é mais recomendada para recuperação do formato e reconstrução do pênis (o que, inclusive, é indicado por especialistas antes da inserção de prótese peniana, caso ela seja recomendada).

 

 

Endocrinologista alerta para consequências da ingestão de Ozempic sem indicação médica

Conhecido comercialmente como Ozempic, esse medicamento possui um princípio ativo chamado semaglutida que controle os níveis de açúcar no sangue.

 

Apesar de ter sido criado para ser usado no tratamento de diabetes tipo 2 que ainda não está controlada, a droga apresenta um efeito de emagrecimento considerável em obesos. Por isso, começou a ser usado para este fim também, muitas vezes sem acompanhamento profissional. 

No entanto, sua ingestão nunca deve ser realizada sem indicação e acompanhamento médico, alerta Dra. Thais Mussi, endocrinologista pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). 

"É importante frisar que existem pessoas alérgicas à semaglutida e outras substâncias contidas no Ozempic. Sendo assim, como todo medicamento, é preciso atenção antes de indicar ou ingerir”, alerta a médica.

 Em relação aos efeitos colaterais, Dra. Thais destaca algumas questões digestivas. Por exemplo: “cerca de uma em cada 10 pessoas apresenta problemas como diarreia, vômitos e enjoos, mas com uma duração bem curta", detalha.


Uso do Ozempic com álcool e anticoncepcionais
 

Como a medicação é muito usada em pacientes diabéticos, é importante evitar ou consumir álcool com moderação. Álcool pode causar hipoglicemia ou hiperglicemia em pacientes com diabetes. A hipoglicemia ocorre mais frequentemente durante agudos do consumo do álcool. Mesmo pequenas quantidades podem baixar o açúcar no sangue de forma significativa, especialmente quando o álcool é ingerido com o estômago vazio ou após o exercício. 

Associado ao Ozempic, o risco pode ser maior, ainda mais se o paciente estiver usando outras medicações que abaixem a glicemia como insulina. Por outro lado, abuso crónico de álcool pode causar intolerância à glicose, ganho de peso e hiperglicemia. “E se o uso da medicação é para perder peso, como o álcool é muito calórico, devemos evitar seu consumo em excesso para obter o resultado desejado do uso da medicação, que é a perda de peso. O consumo moderado de álcool, geralmente, não afeta os níveis de glicose no sangue em doentes com diabetes controlada.” Explica a endocrinologista.

Segundo pesquisas, o Ozempic não interfere em outras medicações, como anticoncepcionais. Não há relatos sobre diminuir efeitos do anticoncepcional, mas sempre que a mulher emagrece a sua fertilidade aumenta e a chance de engravidar também, caso não esteja se protegendo adequadamente."De qualquer forma, conversar com o médico sobre a combinação de medicamentos é sempre essencial", aconselha.

 

Alerta sobre quem NÃO pode usá-lo 

“Esse medicamento não é indicado, realmente, para pessoas com diabetes tipo 1 e pessoas com cetoacidose diabética -- que é uma complicação aguda da diabetes mellitus tipo 1”, frisa a médica. 

Ela chama à atenção, também, os pacientes que apresentem histórico familiar de um tipo de câncer chamado carcinoma medular de tireoide (CMT) ou da síndrome de neoplasia endócrina múltipla tipo 2 (NEM2). “Nesses casos, é importantíssimo entender com o seu médico se o Ozempic pode ser usado", ressalta.

Outra questão frisada pela endocrinologista é a necessidade de deixar bastante claro que o Ozempic não é insulina. Ou seja, essa medicação nunca deve ser usada como um substituto dessa substância no tratamento de diabetes.

 

DRA. THAIS MUSSI -Crm 27542-PR 118942-SP RQE 373 . Formada em medicina para Universidade do Vale do Itajaí (Univali); Residência em clínica médica pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo; Residência em endocrinologia e metabologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo; Membro titulado da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e  Membro do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida (CBMEV); Pós-graduação em Nutróloga pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN); Médica integrante da C.A.S.A Sophie Deram- centro de aconselhamento em saúde alimentar.

 

Testosterona e câncer de próstata: qual é a verdadeira relação?

A testosterona é um hormônio sexual masculino produzido pelos testículos que desempenha um papel fundamental no desenvolvimento e manutenção de características sexuais masculinas, como o crescimento 

muscular, a densidade óssea e a regulação da libido.

 

O médico especialista em medicina laboratorial e pós-graduado em nutrologia Dr. Roberto Franco do Amaral explica que o câncer de próstata é um tipo de câncer que se desenvolve na próstata, glândula localizada abaixo da bexiga masculina. É uma doença complexa e multifatorial, ou seja, é influenciada por diversos fatores de risco, incluindo idade, história familiar, estilo de vida e exposição a agentes cancerígenos. Entre os principais motivos que podem desencadear um câncer na próstata estão:

 

  1. Idade: O câncer de próstata é uma doença que se desenvolve principalmente em homens mais velhos, sendo raro em homens com menos de 40 anos.

 

  2. História familiar: Homens com pai ou irmão que tiveram câncer de próstata apresentam um risco aumentado de desenvolver a doença, principalmente se o diagnóstico ocorreu em idade precoce.

 

  3. Genética: Mutação em genes específicos, como BRCA1 e BRCA2, estão associados a um maior risco de câncer de próstata.

 

  4. Obesidade: A obesidade pode estar associada a um risco aumentado de câncer de próstata avançado e agressivo.

 

  5. Dieta: A dieta rica em gorduras saturadas e pobre em frutas, verduras e legumes pode aumentar o risco de câncer de próstata.

 

  6. Sedentarismo: A falta de atividade física pode estar relacionada a um maior risco de câncer de próstata.

 

  7. Exposição a agentes cancerígenos: A exposição ocupacional a agentes cancerígenos, como radiação e alguns produtos químicos, pode aumentar o risco de câncer de próstata.

 

  8. Inflamação crônica: A inflamação crônica da próstata pode aumentar o risco de câncer de próstata. 

É importante ressaltar que muitos homens que desenvolvem câncer de próstata não apresentam nenhum fator de risco conhecido, o que reforça a importância de se realizar exames de rotina para detecção precoce da doença. 

 

O Dr. Roberto Franco do Amaral comenta que, por muito tempo, acreditou-se que a testosterona poderia estimular o crescimento do câncer de próstata. Por essa razão, muitos médicos evitavam prescrever terapia de reposição hormonal com testosterona para homens com histórico de câncer de próstata ou com suspeita da doença.

 

No entanto, estudos mais recentes mostraram que a relação entre testosterona e câncer de próstata é mais complexa do que se pensava. Alguns estudos sugerem que níveis baixos de testosterona podem estar associados a um risco aumentado de câncer de próstata, enquanto outros estudos não encontraram relação entre testosterona e câncer de próstata.

 

De fato, atualmente, não há evidências sólidas de que a testosterona cause câncer de próstata. Em vez disso, a maioria dos especialistas concorda que o câncer de próstata é causado por uma combinação de fatores genéticos, ambientais e hormonais.

 

No entanto, em homens que já tiveram câncer de próstata, a terapia de reposição hormonal com testosterona deve ser realizada com cautela e acompanhamento médico rigoroso, já que o tratamento pode estimular o crescimento de células cancerígenas residuais ou recorrentes.

 

“Por isso, é importante que os homens que têm histórico de câncer de próstata ou que apresentam sintomas como disfunção erétil, diminuição da libido ou baixa energia busquem o acompanhamento de um médico para avaliar a necessidade de terapia de reposição hormonal com testosterona e discutir os riscos e benefícios do tratamento.” Finaliza Roberto Franco do Amaral. 

 

Roberto Franco do Amaral - Diretor Médico da Clínica Franco do Amaral. Médico clínico geral.  

Graduação em Medicina pela Universidade Severino Sombra.


Saúde da mulher: 5 dicas para envelhecer bem e com qualidade de vida

No mês da mulher, a geriatra e nutróloga Mariana Carvalho explica a importância de pensar desde cedo em como envelhecer de maneira saudável

 

Envelhecer é inevitável e certamente melhor do que a alternativa. Chegar bem e com qualidade de vida na longevidade significa ter uma vida plena e satisfatória, mesmo com o avanço da idade. Isso implica em manter uma boa saúde física, mental e emocional, além de ter autonomia e independência para realizar atividades diárias.

 

Segundo a geriatra e nutróloga Mariana Carvalho, muitos fatores influenciam o envelhecimento saudável. “Alguns deles, como a genética, não estão sob nosso controle. Outros, como exercícios, uma dieta saudável, ir ao médico regularmente e cuidar de nossa saúde mental, estão ao nosso alcance”, diz.

 

De acordo com o estudo Tábulas de Mortalidade publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em novembro de 2022, a expectativa de vida dos brasileiros que nasceram em 2021 é de 77 anos. Em comparação a 2020, aumentou em exatos 2 meses e 26 dias, quando registrou 76,8 anos. Os homens nascidos em 2021 podem chegar até os 73,6 anos, enquanto as mulheres que nasceram neste mesmo ano podem atingir, em média, os 80,5 anos.

 

Para a mulher envelhecer de maneira saudável, uma série de cuidados precisam ser tomados com a saúde física, mental e emocional. Entenda ações que podem ser tomadas para ajudar a gerenciar a saúde, viver o mais independente possível e manter a qualidade de vida à medida que envelhece.

 

Mexa-se: Exercício e atividade física

 

A atividade física é o ponto central do envelhecimento saudável. Ajuda a manter a saúde cardiovascular, muscular e óssea, além de melhorar a qualidade de vida e prevenir doenças. Evidências científicas sugerem que as pessoas que se exercitam regularmente não apenas vivem mais, mas também podem viver melhor, o que significa que desfrutam de mais anos de vida sem dor ou incapacidade.

 

Embora tenha muitos outros benefícios, o exercício é uma ferramenta essencial para manter um peso saudável. Adultos com obesidade têm um risco aumentado de morte, incapacidade e muitas doenças, como diabetes tipo 2 e pressão alta. No entanto, mais magro nem sempre é mais saudável também. Ser ou ficar muito magro na velhice pode enfraquecer o sistema imunológico, aumentar o risco de fratura óssea e, em alguns casos, pode ser um sintoma de doença. Tanto a obesidade quanto às condições de baixo peso podem levar à perda de massa muscular, o que pode fazer com que a pessoa se sinta fraca e facilmente desgastada.

 

À medida que as pessoas envelhecem, a função muscular geralmente diminui. Os idosos podem não ter energia para realizar as atividades cotidianas e podem perder sua independência. O exercício pode ajudar a manter a massa muscular à medida que envelhecemos e ajudar a viver mais e melhor.

 

Alimentação saudável: faça escolhas alimentares inteligentes

 

Como acontece com o exercício, comer bem não é apenas sobre o seu peso e pode até ajudar a melhorar a função cerebral. Alimentos ricos em proteínas, fibras e gorduras proporcionam uma sensação de saciedade maior que alimentos ricos em carboidratos. Isso acontece porque são digeridos lentamente, o que favorece a absorção do intestino. Com os alimentos ricos em carboidratos acontece o oposto, principalmente os refinados, que são pobres em fibras, têm alto índice glicêmico e ocasionam uma digestão acelerada.

 

O ômega-3, por exemplo, é um tipo de gordura poli-insaturada que tem sido associada a vários benefícios à saúde das mulheres. Essa gordura é importante porque o corpo humano não pode produzi-la, sendo necessário obter através da alimentação ou suplementação. Algumas fontes alimentares de ômega-3 incluem peixes gordos como salmão, sardinha e atum, além de sementes de chia, linhaça e nozes. No entanto, muitas pessoas não conseguem obter quantidades suficientes somente por meio da alimentação e podem precisar suplementar com cápsulas de óleo de peixe ou outras fontes. Mas qualquer tipo de suplementação deve ser feita sob orientação médica.

 

Tenha uma boa noite de sono

 

Dormir o suficiente ajuda a manter o corpo saudável e alerta e é importante para a memória e o humor. Não ter um sono de qualidade suficiente pode deixar a pessoa irritada, deprimida, esquecida e mais propensa a sofrer quedas ou outros acidentes. Além disso, dormir bem está associado a taxas mais baixas de resistência à insulina, doenças cardíacas e obesidade. O sono também pode melhorar a criatividade e habilidades de tomada de decisão, e até mesmo os níveis de açúcar no sangue.

 

Vá ao médico regularmente

 

Ir ao médico para exames de saúde regulares é essencial para um envelhecimento saudável. Nos últimos anos, os cientistas desenvolveram e aprimoraram testes laboratoriais, de imagem e biológicos que ajudam a descobrir e monitorar sinais de doenças relacionadas à idade. Alterações prejudiciais nas células e moléculas do corpo podem ocorrer anos antes da pessoa começar a sentir qualquer sintoma da doença. Os testes que detectam essas alterações e podem ajudar a diagnosticar e tratar doenças precocemente, melhorando os resultados de saúde. Visite o médico pelo menos anualmente e possivelmente mais, dependendo da sua saúde.

 

Evite o tabagismo e o consumo excessivo de álcool

 

O tabagismo e o consumo excessivo de álcool estão relacionados a diversas doenças crônicas e podem afetar negativamente a saúde física e mental. Não importa a idade ou há quanto tempo a pessoa tenha sido fumante, parar de fumar melhora a saúde. Já a dependência de álcool ou o consumo excessivo de álcool afeta todos os órgãos do corpo, incluindo o cérebro. Algumas pesquisas já revelaram que certas regiões do cérebro mostram sinais de envelhecimento prematuro em homens e mulheres dependentes de álcool. É importante ter consciência de quanto se está bebendo e os danos que a bebida pode causar.

 

“Cuidar de sua saúde física envolve permanecer ativo, fazer escolhas alimentares saudáveis, dormir o suficiente, limitar a ingestão de álcool e gerenciar pró-ativamente os cuidados de saúde. Pequenas mudanças em cada uma dessas áreas podem percorrer um longo caminho para apoiar o envelhecimento saudável”, conclui a médica.

 



Mariana Carvalho - Formada em Medicina pelo Centro Universitario do Estado do Pará (2015). Residência em Clínica Médica Hospital Municipal Prof. Dr. Alípio Corrêa Netto (2018) e Geriatria pela Universidade Federal do Piauí (2022). Pós graduação em Nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia - ABRAN (2019) e Adequação Nutricional e Manutenção da Homeostase
Prevenção e Tratamento de Doenças relacionadas à Idade pelo Centro Universitário Uningá (2021). Pós graduanda em Medicina e Nutrição aplicadas à Saúde da Mulher e Fertilidade. Atualmente trabalha como Geriatra e Nutróloga em São Paulo na clínica Maria Fernanda Tembra e em Teresina - PI no Instituto Performance e saúde. https://dramarianacarvalho.com.br

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