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quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Festas de fim de ano: veja dicas de cuidados importantes com a saúde

Problemas devido a exageros com a alimentação estão entre as principais queixas de atendimento


Chegamos à época mais esperada do ano. As confraternizações de Natal e Ano Novo sempre alteram a rotina, e possibilitam encontros entre familiares e amigos. As reuniões são regadas à comidas típicas, bebidas alcoólicas e muita emoção em rever parentes que moram distante.

Apesar do período ser de muita alegria, é preciso redobrar os cuidados com a saúde em geral e evitar os excessos que podem provocar consequências ao bem-estar do corpo.

“É um período que geralmente a população exagera na alimentação e na emoção”, alerta a médica Gisele Abud, diretora Técnica da Unidade de Pronto Atendimento 24h (UPA) Zona Leste, em Santos.

O serviço referência em urgência e emergência, costuma registrar muitos atendimentos relacionados a problemas com alimentação. No mês de dezembro do ano passado, a unidade atendeu 209 casos, entre eles: diarreia, gastroenterite, infecção intestinal e intoxicação alimentar com náuseas e vômitos.

“Fazemos um alerta especial para os pacientes portadores de diabetes mellitus que podem descompensar clinicamente, apresentando hiperglicemia ou cetoacidose diabética devido aos abusos alimentares”, explica a médica.

A UPA pertence a rede pública de saúde da Prefeitura de Santos, sendo gerenciada pela entidade filantrópica Pró-Saúde, funciona 24 horas por dia, sete dias na semana e permanece aberta à população nos feriados e recessos de final de ano, para atendimentos de urgência.

A alimentação é um dos principais pontos de atenção, mas a profissional também alerta sobre os cuidados necessários para não sobrecarregar a saúde do coração com fortes emoções.

“É um momento de ritmo muito frenético, muitas festas, desculpas para não fazer atividades físicas, noites mal dormidas por ansiedade, estresse e cansaço, aumento das contas, autocobrança pelo novo ano que se inicia. Um combo que pode o coração sofrer diante de tantos compromissos e responsabilidades”, detalha a médica.


Dicas de saúde para o fim de ano

·         Mantenha uma alimentação saudável;

·         Não fique em jejum até a hora da ceia. Se alimente normalmente antes das festas;

·         Evite a ingestão de alimentos embutidos: linguiça, bacon, salsicha, salame, presunto etc.;

·         Coma devagar e com atenção. Isso ajuda a digestão;

·         Prefira alimentos leves: frutas e saladas frescas;

·         Modere o consumo de bebidas alcoólicas;

·         Tome bastante água;

·         Mantenha saúde mental: acalme seus pensamentos e organize as atividades;

·         Descanse nos dias de folga ou recesso e aproveite para cuidar de você;

·         Siga com as medicações de uso contínuo para tratamento de doenças crônicas como diabetes mellitus e hipertensão arterial;

·         Durma bem e pratique alguma atividade física.


Saiba como cuidar da saúde bucal durante as festas de final de ano

Adobe Stock
Manter uma rotina de cuidados ao longo do período é fundamental para evitar o surgimento de problemas nos dentes


Manter uma rotina de cuidados com os dentes durante todo o ano é fundamental para evitar cáries, tártaros, gengivites outros problemas. No entanto, durante as festas de final de ano, as comilanças aumentam e, simultaneamente, se tem a chegada das férias - que quebram a rotina, podendo interferir na frequência e forma correta de cuidados com o sorriso.

Pensando nisso, Letícia Rigo, consultora da GUM, marca especialista em produtos odontológicos, separou algumas dicas para cuidar da saúde bucal durante o período, garantindo um sorriso bonito nas fotos de família. Confira:


Cuidado com alimentos duros

Os pratos servidos nas festas de fim de ano são deliciosos, mas é preciso ter cuidado com o que se come. “Castanhas, nozes, e outros alimentos muito duros, podem ser nocivos pois aumentam o risco de fratura dental, principalmente em pacientes que possuem próteses e implantes nos dentes antagonistas, pois perdem parte da propriocepção na hora de mastigar e podem fazer uma força maior que o necessário”, afirma.


Frutas secas e cristalizadas com moderação

As frutas secas e cristalizadas possuem um grande fator cariogênico: São alimentos pegajosos e ricos em açúcares. O potencial de causar cárie das uvas passas, por exemplo, é considerado tão alto quanto de algumas balas açucaradas. “O melhor conselho para quem não abre mão desses alimentos, é caprichar na higienização depois de comer, a fim de remover os restos de frutas que podem estar nos dentes”, alerta.


Não esqueça de beber água

A água, além de cumprir vários papéis importantes no funcionamento do organismo como um todo, também é uma ótima aliada para a saúde bucal. “É importante ingerir de dois a três litros por dia para hidratar a cavidade oral e corporal, auxiliando na produção de saliva -- que, por sua vez, tem uma ação fundamental para controle de alterações de pH”.


Carregue sempre um kit de higiene bucal

Essa dica é básica e extremamente importante. “O principal objetivo do kit é garantir que as pessoas tenham uma limpeza excelente da cavidade oral, mesmo longe de casa. Ter à disposição a escova, o creme dental e o fio dental, faz com que seja mais simples realizar a higienização após se alimentar. Também é necessário manter a rotina de cuidados do ano todo”, finaliza.


Saúde íntima no verão: quais cuidados ter para evitar doenças ginecológicas

Atenção com a higiene, roupas, uso de maiôs e biquínis molhados 


A região íntima da mulher requer cuidados em todas as épocas do ano, e durante o verão - que inicia dia 21 de dezembro e vai até 20 de março de 2023 - a atenção precisa ser ampliada devido às temperaturas altas que destroem as bactérias que protegem a flora vaginal e favorecem o aparecimento de microorganismos que podem gerar doenças ginecológicas, é o que explica o ginecologista e obstetra, Francisco Mota.

“Vivemos num lugar quente. É normal que as mulheres passem tempo na praia e piscina. Naturalmente, pelo banho vai aumentar a umidade na região íntima, sendo um ambiente oportunista para proliferação de fungos. Essa exposição a roupas úmidas por longos períodos pode aumentar o risco das infecções da vulva e vagina (vulvovaginite), isso porque as temperaturas mais elevadas acabam destruindo os lactobacilos que são as bactérias que protegem a flora vaginal”, informa.

O especialista acrescenta que a principal patologia no verão nas mulheres é a candidíase, que é uma infecção que provoca coceira intensa, vermelhidão e corrimento. O público feminino precisa ficar atento aos hábitos de higiene nesta época, acrescenta Francisco Mota, que também é professor e coordenador adjunto do curso de Medicina da Unex, em Feira de Santana.

A região vaginal possui a própria proteção, que é constituída de bactérias que equilibram o pH, por isso a escolha do sabonete íntimo é importante. “O pH ácido deve ser abaixo de 7, respeitando as propriedades naturais de defesa da região. A ducha também não deve ser usada pois ela destrói as bactérias protetoras do local. O sabonete íntimo deve ser utilizado para lavar a vulva, na região externa da vagina. Optar também por um sabonete neutro”, orienta.

A mulher também precisa prestar atenção nas roupas,maiôs e biquínis molhados durante o verão para não aumentar os índices de infecção. “Se vai passar um dia inteiro na praia ou piscina, é ideal levar dois trajes de banho para se trocar e não ficar com a roupa molhada o tempo inteiro. Se não vai mais entrar na água, coloque uma roupa seca. As calças jeans e roupas apertadas abafam a região íntima e faz com que a vulva não respire adequadamente, favorecendo o crescimento de fungos e bactérias, por isso optar por roupas arejadas", recomenda o especialista Francisco Mota.

O professor do curso de Medicina da faculdade em Feira de Santana enfatiza que no período mestrual é importante que a mulher troque o absorvente quando estiver cheio, pois o ambiente é propício para o crescimento de bactérias também. “Atenção ao uso de protetores diários, que podem deixar a vulva mais úmida que o normal. Faça consulta com seu ginecologista regularmente. É essencial procurar orientação médica para receber as instruções necessárias para o tratamento de problemas ginecológicos”, esclarece.


Confira 10 dicas de saúde para o verão

Alimentação e a pele merecem atenção especial durante a estação mais quente do ano que começa nesta quarta-feira (21)


 

O verão está chegando, com seus dias ensolarados e de muito calor. Para curtir com saúde e responsabilidade a estação mais quente do ano, é importante adotar alguns cuidados básicos, já que algumas infecções, queimaduras e outras doenças se tornam mais frequentes.

 

“Um dos itens prioritários da lista é a pele, que fica mais exposta aos raios solares, UVA e UVB, principalmente no período festivo e de férias, onde as praias, piscinas e rios ficam lotados. Além das queimaduras momentâneas, que podem estragar o seu momento de lazer, há ainda o risco do câncer de pele, tipo mais frequente da doença no Brasil”, alerta Gisele Abud, médica e diretora Técnica da Unidade de Pronto Atendimento 24h (UPA) Zona Leste, em Santos.

 

A unidade, que pertence a rede pública de saúde da Prefeitura de Santos, sendo gerenciada pela entidade filantrópica Pró-Saúde, está localizada na região litorânea do estado de São Paulo e atua como referência para urgências em Clínica Médica, Ortopedia, Pediatria e Odontologia.

 

Os raios UVA, que respondem por cerca de 95% da radiação emitida pelo sol, são os mais preocupantes para a saúde, pois estão presentes todos os dias e atingem camadas profundas da pele. Já o UVB, é comum nas estações mais quentes, como o verão, e atinge camadas superficiais da pele, causando vermelhidão e queimaduras.

 

“A diferença entre eles está, principalmente, na profundidade dos danos causados por cada um na pele. É muito importante usar protetor solar com fator de proteção e quantidade adequadas, evitar os horários de maior incidência do sol e utilizar roupas e acessórios para complementar a proteção”, orienta a profissional. 

Outro ponto de atenção é em relação à alimentação. “Qualquer alimento preparado com muita antecedência e não armazenado de forma apropriada, ou sem os cuidados de higiene adequados, pode servir como meio de cultura para as bactérias, ocasionando quadros de intoxicação alimentar”, explica Gisele. “Por isso, nesta época de altas temperaturas é necessário ter uma atenção redobrada com a higienização, o preparo e o armazenamento dos alimentos”, complementa.

 

A intoxicação alimentar pode apresentar desde sintomas leves e moderados, que variam entre dor abdominal, náuseas, vômitos e diarreia – ocasionando desidratação –, até casos mais extremos, com quadros abdominais graves com risco de paralisia muscular, com consequente parada respiratória.

 

É essencial ter atenção aos alimentos consumidos, dando prioridade para os ricos em água – para favorecer a hidratação – , e de fácil digestão, como as frutas, legumes e verduras. “Evite os alimentos com alta densidade calórica ou muito gordurosos, como frituras, já que são mais difíceis de serem digeridos e por isso podem causar desconforto e mal-estar”, enfatiza a diretora da UPA.

 

Para se manter hidratado, o recomendado é ingerir, pelo menos, dois litros de água diariamente. Temperatura, exposição solar e atividade física são os fatores mais comuns que aumentam o volume de água necessária a ser reposta no organismo. “É importante lembrar ainda que o consumo excessivo de bebidas alcóolicas também favorece a desidratação, por isso, além de beber moderadamente, é importante intercalar com o consumo de água”, orienta Gisele.

 

Em regiões litorâneas como a Baixada Santista, vale ainda o alerta em relação aos afogamentos. “A maioria das mortes ocorre porque as pessoas ignoram os riscos, não respeitam seus limites pessoais e não sabem como agir nessas situações”, lembra a médica. No Brasil, as principais causas de afogamento nas praias são a ingestão de bebidas alcoólicas, correntes de retorno, depressão no fundo das praias e o impacto das ondas, que arremessa o banhista para baixo.


 

Confira as dez principais orientações para curtir o verão com responsabilidade e cuidar da saúde:

 

- Use e abuse do protetor solar, com atenção à quantidade e fator de proteção;


- Complemente a proteção com acessórios como guarda-sol, chapéus, bonés e óculos de sol;


- Mantenha a pele limpa e seca, retirando o excesso de sal e areia, para evitar reações alérgicas e infecções;


- Consuma bastante água e mantenha-se hidratado;


- Cuidado com alimentos calóricos e gordurosos, que podem ser de difícil digestão;


- Dê preferência para comidas mais leves e ricas em nutrientes e sais minerais, como frutas e legumes;


- Cuidado com o manuseio e armazenamento de alimentos, mantendo a refrigeração necessária;


- Não entre no mar/piscina logo após comer;


- Atenção ao consumo de bebidas alcóolicas, além da saúde, isso é essencial para evitar acidentes;

- Cuidado ao entrar em mar, piscina ou rios. Mesmo sabendo nadar, siga sempre as orientações dos guarda-vidas e placas de sinalização.

 

Novas regras trazem mudanças na aposentadoria em 2023

Após a Reforma da Previdência em 2019, anualmente teremos mudanças nas regras de aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Para quem ainda não alcançou a tão sonhada aposentadoria do INSS e espera pedir no ano de 2023, deve estar atento as mudanças. 

Se o trabalhador já tinha atingido o direito no ano de 2022 (ou até mesmo antes) e optou por ainda não pedir o benefício, pode ficar tranquilo, pois tem direito adquirido a melhor regra que cumpriu os requisitos legais. E mais, pode ser que já tenha atingido os requisitos de aposentadoria da Lei 9.876/99, a regra que foi revogada pela Reforma da Previdência, e essa regra será preservada no pedido, mesmo que ele seja em 2023. Assim, muitos trabalhadores que irão requerer a aposentadoria nos próximos dias, terão a oportunidade de utilizar a regra antiga. 

As regras trazidas pela Emenda Constitucional 103, que passaram a valer à partir de 13 de novembro de 2019, trouxeram grandes mudanças para o acesso da aposentadoria e também no cálculo do benefício previdenciário.  

E vale destacar as principais mudanças: a aposentadoria por tempo de contribuição acabou? 

Sim e não. Vou explicar: ela ainda existe, porém com o tempo vai se acabando. Acontece que o trabalhador que tinha direito a aposentadoria por tempo de contribuição antes de 13 de novembro de 2019 continua com este direito valendo, pelo direito adquirido. 

Se o homem já tinha 35 anos de contribuição e as mulheres 30 anos de contribuição até 13 de novembro de 2019, mesmo que não tenha ainda pedido a sua aposentadoria, poderão utilizar este direito, se a exigência de idade mínima obrigatória. 

E é muito importante destacar que o tempo especial poderá ser utilizado (por exemplo, insalubridade), período trabalhado em ambiente rural, regime próprio trabalhado, alistamento militar, ação trabalhista que reconheceu vínculo, entre outros, podem fazer o tempo de contribuição aumentar e trazer a aposentadoria pela regra antiga, sem idade mínima. 

E mais, mesmo as regras trazidas pela Reforma da Previdência podem beneficiar o trabalhador com uma aposentadoria sem idade mínima a ser alcançada, são as regras de transição que foram criadas. 

Outra pergunta frequente: Quais as regras do INSS para a aposentadoria que não vão mudar em 2023? 

As regras fixas, que não serão modificadas no próximo ano. São elas: 

- Regra da lei 9.876/99: se você já tinha direito adquirido as regras anteriores a Reforma da Previdência serão mantidas; 

- Regra permanente trazida pela Reforma da Previdência: homens se aposentam com 65 anos de idade e 20 anos de contribuição (para os filiados após 13 de novembro de 2019, os anteriores continuam em 15 anos) e mulheres aos 62 anos, com 15 anos trabalhados; 

- Regra do pedágio de 50%: regra de transição trazida pela Reforma da Previdência, que também não irá mudar em 2023. Por esta regra, quem estava com 2 anos ou menos para aposentar-se em 13 de novembro de 2019, deverá cumprir um pedágio de 50% do tempo restante. Exemplo: se faltava 1 ano para o homem alcançar os 35 anos, deverá trabalhar por mais 1 ano e 6 meses do pedágio; 

-Regra do pedágio de 100%: regra de transição também trazida pela Reforma da Previdência, que também não irá mudar em 2023. Por esta regra, quem estava com mais de 2 anos para aposentar-se em 13 de novembro de 2019, deverá cumprir um pedágio com o dobro do tempo restante. Exemplo: se faltavam 3 anos para o homem alcançar os 35 anos, deverá trabalhar por mais 3 anos e 3 anos do pedágio, totalizando 6 anos.

 

E quais são as novas regras para a aposentadoria em 2023? 

Entre as novas regras da aposentadoria em 2023, estão as regras de transição, trazidas pela Reforma da Previdência para amenizar os efeitos das mudanças. São elas: 

- Regra de transição pelo sistema de pontos em 2023 - Em 2023 os homens se aposentam ao atingirem a somatória de 100 pontos e as mulheres de 90 pontos. Os pontos são decorrentes da somatória da idade com o tempo de contribuição, e em 2023 eles sobem 1 ponto cada. Exemplo: homem com 40 anos de contribuição e 60 anos de idade, ou mulheres com 60 anos de idade e 30 anos de contribuição ao INSS.

- Valor da aposentadoria pela regra de pontos em 2023: O valor da aposentadoria segue o cálculo de 60% do valor do benefício integral por 15 anos de contribuição para mulheres e 20 para os homens, com o acréscimo do percentual de 2% a cada ano a mais. Este coeficiente poderá passar de 100% do salário médio de contribuição, mas o valor é limitado ao teto do INSS, que em 2022 é de R$ 7.087,22. 

- Regra de transição da idade mínima mais tempo de contribuição em 2023: Esta regra terá um acréscimo de meio ponto para o ano de 2023. As mulheres vão precisar ter 58 anos de idade e um mínimo de 30 anos de contribuição para o INSS. Os homens precisarão atingir 63 anos de idade e pelo menos 35 anos de contribuição, para poderem se aposentar. Portanto, em 2022 os homens precisavam ter 62,5 anos de idade e as mulheres 57,5 anos de idade, para aposentar-se por esta regra de transição trazida pela EC 103. 

O valor da aposentadoria segue o cálculo de 60% do valor do benefício integral por 15 anos de contribuição para mulheres e 20 para os homens, com o acréscimo do percentual de 2% a cada ano a mais.

 Este coeficiente poderá passar de 100% do salário médio de contribuição, mas o valor é limitado ao teto do INSS, que em 2022 é de R$ 7.087,22. 

- Regra de transição por idade em 2023: Esta regra de transição valia apenas para as mulheres, onde no ano de 2022 tinham uma redução de 6 meses na idade mínima para aposentar-se, porém no ano de 2023 ela vai subir 6 meses, alcançando a idade mínima de 62 anos. 

Assim, em 2023 as mulheres precisarão de 62 anos de idade e 15 anos trabalhados, para conseguirem se aposentar por esta regra, tornando a regra permanente da idade mínima trazida pela Reforma da Previdência. 

O valor da aposentadoria, mais uma vez, seguirá o cálculo de 60% do valor do benefício integral por 15 anos de contribuição para mulheres e 20 para os homens, com o acréscimo do percentual de 2% a cada ano a mais. Este coeficiente poderá passar de 100% do salário médio de contribuição, mas o valor é limitado ao teto do INSS, que em 2022 é de R$ 7.087,22. 

Portanto, em 2023 ocorrerão mudanças nas regras de transição trazidas pela Reforma da Previdência de 2019. As novas regras para a aposentadoria serão no aumento da idade mínima, tempo de contribuição e pontuação para obter a tão sonhada aposentadoria do INSS. O cálculo dos benefícios não será afetado, mas as regras de concessão da aposentadoria sofrerão alterações no ano de 2023. Entretanto, é essencial realizar o planejamento de aposentadoria, para assim se encaixar na regra mais vantajosa, com a busca do melhor benefício do INSS.

 

João Badari - advogado especialista em Direito Previdenciário e sócio do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados

 

4 dicas para reduzir o consumismo infantil no Natal

Celebrado em quase todos os países do mundo, o Natal é comemorado anualmente no dia 25 de dezembro e é um momento de união, afeto e reflexão. Apesar disso, a data também costuma ser uma das épocas do ano em que há um significativo aumento no estímulo para a compra e, consequentemente, na quantidade de publicidade infantil. Por isso, é essencial que as famílias estejam atentas às alternativas para evitar o consumo por impulso. 

Pensando nisso, o Lunetas, espaço dedicado à reflexão sobre as múltiplas infâncias brasileiras, preparou 4 dicas que podem ajudar a reduzir o consumismo infantil no período. 


Mostre o verdadeiro significado do Natal
Não há absolutamente nada de errado em presentear uma criança em ocasiões especiais, no entanto, procure também conversar e explicar o real significado do Natal, para que não exista uma associação direta com o consumo na cabeça dos pequenos. O diálogo é sempre o primeiro e mais importante passo na relação com as crianças e as reuniões familiares devem ser, por isso, marcadas por afeto e conexão, e não apenas pela troca de presentes. 


Desenvolva tradições
Mais do que apenas a troca de presentes, mostre para as crianças outras atividades natalinas que não envolvam consumo, como decorar a casa, montar a árvore ou preparar receitas, como um bolo natalino. Criar e manter tradições especiais nesta época do ano ajuda a marcar o Natal como um momento especial em família. 


Seja o maior exemplo
De nada adiantará tentar educar uma criança para o consumo consciente e sustentável, se você ainda consome por impulso e compra mais coisas do que realmente precisa. Tenha certeza de que um adulto coerente nas suas atitudes é o maior exemplo para as crianças do seu convívio.


Incentive a doação ou troca de brinquedos
Mostre para as crianças que o Natal não precisa, necessariamente, ser um momento de comprar novos itens. Pode ser interessante incentivar os pequenos e refletir sobre os brinquedos que já possuem, estimulando-os a doar ou trocar aqueles que não usam mais. Para isso, explique sobre o processo de produção dos brinquedos, o que acontece quando são descartados e os impactos no meio ambiente, especialmente quando são feitos de plástico. Além disso, aproveite a ocasião para reforçar a importância da empatia e fale sobre doação para outras crianças ou instituições e projetos sociais locais. 


Portal Lunetas


Apenas 63% dos brasileiros admitem que têm controle de suas finanças pessoais, aponta pesquisa da Serasa

Estudo mostra que o parcelamento das contas virou uma cultura brasileira, mesmo quando não há necessidade de adiar o pagamento 

 

Quase 10 entre 10 brasileiros concorda que o planejamento financeiro é fundamental para manter equilíbrio econômico, mas apenas seis dizem que praticam alguma forma de controle de suas finanças pessoais. O resultado de pesquisa instruída pelo Instituto Opinion Box, que ouviu 2.018 pessoas de todas as regiões, explica em parte a alta inadimplência do país.  

Denominado Controle Financeiro no Brasil, o levantamento foi encomendado pela Serasa para compreender como os brasileiros enxergam o controle financeiro. O estudo avaliou os comportamentos associados aos pagamentos de contas e dívidas e como o consumidor se prepara, ou não, para arcar com essas responsabilidades.   

A pesquisa revelou que nos últimos 12 meses, 88% dos brasileiros passaram por alguma situação que pode ser explicada justamente pela falta de controle financeiro. Quatro em cada 10 brasileiros admitiram ter gasto mais do que pretendia em um mês e 24% inclusive se arrependeram das compras realizadas por impulso.   

“A pesquisa confirma que planejamento, controle e educação financeira devem ser associados diretamente à saúde e ao equilíbrio financeiro das pessoas e das famílias”, diz Patricia Camillo, Gerente da Serasa e especialista em finanças. “Quanto mais organizado financeiramente, menos o consumidor frequenta as planilhas de inadimplência”, complementa.  

Entre os consumidores que disseram realizar algum tipo de controle sobre suas finanças, 57% afirmaram que o objetivo é “melhorar a gestão do seu próprio dinheiro”. Para 52% dos pesquisados, o controle das finanças é voltado para gerar uma “reserva de emergência”. E 49% revelaram que controlam e economizam dinheiro para “realizar um objetivo futuro”.  

O cartão de crédito e o extrato da conta bancária são consideradas as duas principais formas de controle financeiro do brasileiro. Pelo menos 48% dos entrevistados disseram que usam a fatura do cartão como uma bússola de suas finanças pessoais e 47% afirmaram que têm noção de sua situação financeira porque acompanham o extrato bancário online. Chama a atenção que 33% ainda anotam as finanças no papel, mas 32% já usam planilhas digitais. 

 

Como os brasileiros se organizam para pagar contas:  

·         49% mantêm as contas com vencimentos em dias próximos; 

·         44% optam por realizar o pagamento assim que recebe a fatura, não necessariamente vinculado ao dia de vencimento. 

·         Pix e cartão de crédito são os meios preferidos de pagamento: 69% 

 

 

A cultura do parcelamento 

 

Chama a atenção na pesquisa que 73% dos respondentes adotam o parcelamento como método de compra e pagamento, sendo que 23% o fazem apenas por costume e não por necessidade.  A principal causa dessa cultura pode ser atribuída ao uso do cartão de crédito, pois 9 a cada 10 entrevistados utilizam esse meio de pagamento para conseguir realizar suas compras.  

 

“O parcelamento já se incorporou à realidade dos brasileiros porque muitos enxergam nessa forma de pagamento uma possibilidade de aumentar o poder de compra, o que não é uma verdade”, explica Patrícia Camillo. “Quando não administrado, o parcelamento se transforma na famosa bola de neve que estende e amplia o endividamento”, adverte.  

 

Segundo a pesquisa, 47% dos entrevistados definem o número de prestações de acordo com o seu orçamento, enquanto 41% se mostram mais preocupados com os juros embutidos no parcelamento. As principais preocupações referentes ao parcelamento de compras:  

 

·         Se há juros ou não para parcelamento: 41% 

·         Não gastar tanto dinheiro de uma vez: 32% 

·         Acreditam ser melhor diluir o valor no tempo: 30% 

·         Têm a sensação de que podem comprar mais: 30% 

·         Parcela gastos não planejados: 27% 

·         Não ter o valor total para pagamento à vista: 26% 

·         Costume de parcelar: 23% 

 

 

Outros insights da pesquisa: 

 

·         75% dos brasileiros já pediram um empréstimo em algum momento de sua vida, sendo que 66% recorreram ao empréstimo no último ano; 

·         A modalidade de empréstimo mais tomada no último ano é o empréstimo pessoal (53%), seguido por crédito consignado (29%) e cheque especial (24%); 

·         Os principais motivos para os empréstimos realizados no último ano são pagar as dívidas do cartão de crédito (22%) e pagar despesas inesperadas (17%). 

 

 

Serasa TV com conteúdo de educação financeira 

 

Firme no propósito de estimular a educação financeira dos brasileiros, a Serasa estimula em seus canais o consumo consciente, o controle de gastos e a saúde econômica das famílias. A Serasa TV traz vídeos inéditos com dicas, alertas e informações gerais sobre crédito e score, monitoramento de dados, cuidados com as dívidas, alternativas para evitar ou sair da inadimplência, as ofertas mais especiais para renegociar débitos, sugestões para a proteção digital e outros temas relacionados com educação financeira. 


 

Serasa
www.serasa.com.br

É hora de estudar o melhor regime de tributação para 2023

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Empresas do Simples aguardam aprovação do PLP 127, na pauta do Senado, que aumenta sublimites estaduais, para definir o melhor caminho e pagar menos impostos

 

Alta carga tributária, a complexidade e mutação da legislação, a concorrência e o peso dos tributos nos preços de produtos e serviços são algumas das razões que explicam a importância da realização de um bom planejamento tributário das empresas, independentemente do porte ou segmento de atuação.

Com a proximidade de 2023, contadores, consultores e advogados tributaristas concentram suas atenções na contabilidade das empresas e nos planos futuro de atuação no mercado para definir qual o melhor regime para o pagamento de impostos - Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real -, uma das estratégias mais importantes do planejamento tributário.

De acordo com a consultora tributária da King Contabilidade, Elvira de Carvalho, o planejamento tributário dos clientes envolve um trabalho de simulação com os três regimes disponíveis, iniciado no mês de outubro de cada ano, e tem como base a contabilidade das empresas, apurada de janeiro a setembro.

O estudo antecipado é importante para o cumprimento dos prazos para realizar a adesão a um dos regimes, que não pode ser trocado até o final de cada ano ou início do próximo. No caso do Simples Nacional, as empresas devem formalizar a adesão até 31 de janeiro de 2023. Se a opção for pelo Lucro Presumido ou Real, a adesão deve ser formalizada em fevereiro. 


MUDANÇA NA LEGISLAÇÃO

São várias as variáveis a serem analisadas pelos especialistas antes de definir o melhor sistema de tributação, como as características da empresa, conjuntura econômica, tipos de produtos ou serviços comercializados, o ramo de atividade desenvolvida, a margem de lucratividade, encargos trabalhistas e até as alterações na legislação tributária.

Na reta final de 2022, por exemplo, as empresas enquadradas no Simples Nacional aguardam a votação do PLP 127, pronto para ser votado no plenário do Senado, que aumenta os sublimites do regime tributário. O desfecho da votação pode interferir na decisão de permanecer no Simples ou, eventualmente, trocar pelo Lucro Presumido, por exemplo.

O PLP 127 dá liberdade aos Estados e municípios para permitir que as empresas locais, com faturamento até R$ 3,6 milhões ou até o limite máximo do Simples, de R$ 4,8 milhões, paguem o ICMS ou ISS dentro do regime tributário.

Sem essa atualização dos valores, as empresas com faturamento acima de R$ 3,6 milhões são obrigadas a pagar o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) ou ISS (Imposto sobre Serviços) fora do Simples. Ou seja, apenas os tributos federais estão dentro da “cesta” de impostos pagos por meio de alíquota única.

“Estamos acompanhando a votação e temos percebido que algumas empresas estão tirando o pé do acelerador nas vendas ou na prestação de serviços somente para não ultrapassarem o sublimite atual”, diz a consultora da King, que acredita na aprovação ainda neste ano.

Além do constante acompanhamento das mudanças na legislação tributária, o consultor tributário da Orcose Contabilidade, Flávio Perez, destaca a qualidade e detalhamento das informações para elaborar uma boa estratégia para pagar menos impostos dentro da lei e, com isso, manter a competitividade do negócio.

“A qualidade das informações contábeis é determinante para o êxito do planejamento tributário. Para tanto, é necessário estar bem assessorado por profissionais altamente capacitados e que tenham expertise no negócio”, aconselha o especialista.


OS REGIMES

O Simples Nacional é um modelo unificado de arrecadação de tributos (federais, ICMS e ISS) voltado para micro e pequenas empresas com faturamento anual até R$ 4,8 milhões, que dispensa a apresentação de contabilidade estruturada ao fisco. O cálculo da carga tributária é baseado apenas no faturamento. 

Esse regime tributário possui cinco tabelas para enquadramento, a depender do ramo de atividade das empresas. O anexo I, voltado para o comércio, possui alíquotas que variam de 4% a 19%. Já no anexo V, específico para serviços profissionais desenvolvidos por médicos, dentistas, veterinários etc, as alíquotas variam de 15,5% a 30,5%.

No Lucro Presumido, o limite de receita bruta anual é de R$ 78 milhões. O cálculo do IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica) e da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) é feito com base em um percentual de presunção – Comércio é de 8%, Serviços, 32% - aplicado sobre o faturamento. Nessa modalidade, o fisco dispensa a contabilidade, mas exige o Livro Caixa.

Já o Lucro Real é o regime obrigatório para as empresas com receita bruta anual acima de R$ 78 milhões. O cálculo do IRPJ e da CSLL é feito com base no lucro real da empresa – receitas menos despesas – e com ajustes previstos na legislação. A apuração pode ser anual (antecipação e ajuste no final do ano) ou trimestral (definitiva).

 

Silvia Pimentel
Diário do Comércio (dcomercio.com.br)


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