Pesquisar no Blog

quinta-feira, 8 de setembro de 2022

Professores apostam nas experiências das crianças para trazer maior significado aos processos de aprendizagem

 Considerar o repertório dos alunos é um desafio para a docência. Paulista (PE) e Suzano (SP) são exemplos de redes municipais que conseguiram aproximar o método da vivência dos estudantes da educação infantil 


Recentemente, viralizou na internet o vídeo do professor de educação infantil Allan de Souza, em que ele canta junto com os seus alunos uma música composta a partir das características dos cabelos de cada um da sala de aula. A canção colocou as crianças no centro da proposta pedagógica e ainda trouxe uma importante mensagem antirracista e de empoderamento. 

 

A criança desempenhar um papel ativo, que considere suas experiências, é uma vertente da BNCC (Base Nacional Comum Curricular), que tem por objetivo aprimorar os processos de aprendizagem na educação básica. Transpor a diretriz à prática, como fez o professor Allan, é o grande desafio para dar mais significado às rotinas da vida escolar, ampliando o envolvimento dos alunos desde a educação infantil.  

 

Focar mais nos saberes das crianças pode ser uma iniciativa de toda uma rede de ensino. Em Suzano (SP), o município “virou a chave” na educação infantil. As atividades do processo de alfabetização se apoiaram nas histórias dos nomes dos alunos para apresentar a eles o mundo das letras. A turma da Escola Municipal Antonio Carlos Mayer, da professora Dorisnilce Aparecida da Silva, por exemplo, descobriu que o nome do Murilo era com M porque todos os irmãos também tinham nomes começando com essa letra e também porque o pai do Maycon era fã de Michael Jackson. Já o pai da Kyara gostou do som do nome da personagem do filme Rei Leão. 

 

“A maneira como as crianças têm de fazer relações nunca cessa. Por esse motivo, apenas levar conteúdo é bem menos interessante do que propor oportunidades de experimentação e vivências”, explica a professora Carolina Barros Jatczak, da rede pública municipal de Suzano.

 

Para trilhar este caminho, o município implementou a tecnologia educacional “Experiências formativas em cultura escrita com crianças de 4 a 6 anos”, disponibilizada pelo programa Melhoria da Educação, do Itaú Social. 

 

“O nome é um texto e a informação que ele comunica é a própria criança, o próprio ser que ele representa. O nome é livre de contextos e não possibilita a ambiguidade de significado”, explica a formadora do Avisa Lá – parceira do Itaú Social na implementação da tecnologia, Dami Cunha. Para a criança que está refletindo sobre o sistema alfabético, o nome é fonte de informação das mais seguras — é uma palavra estável, não tem plural e, sempre que a criança tiver que escrever seu nome, vai usar aquelas letras, daquela forma. 

 

Para a coordenadora de implementação municipal do Itaú Social, Sonia Dias, é preciso que as redes municipais invistam na formação dos professores que favoreçam o processo de alfabetização por meio de propostas mais instigantes e significativas para as crianças. “É importante propor intervenções de acordo com suas necessidades, considerando suas experiências de vida e o que já sabem sobre a linguagem escrita, leitura e oralidade”, explica. A ideia não é ferir a identidade da educação infantil (que não tem como propósito alfabetizar), mas sim buscar uma continuidade das investigações das crianças sobre a língua, iniciadas muito cedo, e um processo de transição mais favorável às aprendizagens. 

 

Em Paulista (PE), a rede municipal também promoveu melhorias focadas na educação infantil, por meio da formação dos professores. “Antes, eu fazia meu planejamento baseado no que eu achava que o aluno deveria aprender. Agora escuto muito para desenvolver uma sequência didática. A aprendizagem acontece junto comigo, mas é centrada na criança”, contou a professora Simone Almeida.  

O município implementa a tecnologia educacional “Gestão e formação de equipes de educação infantil”, disponível para todas as redes de ensino no site do programa Melhoria da Educação. “O maior benefício para quem acessa essa tecnologia é poder implementar uma formação continuada de gestores e professores alinhada com as políticas nacionais da educação infantil, como a BNCC e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil”, explica Sonia.


O varejo se reinventa, de novo


O mercado que emergiu da pandemia se tornou ainda mais desafiador pela conjugação dos novos desafios econômicos com as mudanças percebidas no comportamento e na atitude dos consumidores.

 

O tema saúde gerou mudanças e adotou procedimentos que não eram comuns no passado, como o desenvolvimento da telemedicina, o aumento da atenção com o bem-estar e todas as cautelas que passamos a adotar.

 

O setor de telecomunicação precisou se adaptar e reforçar suas estruturas para suportar a elevada troca de dados e de informações, sendo agora redesenhado pelo avanço da oferta massificada do 5G.

 

As estruturas do trabalho estão se alterando pelo crescimento do autoemprego intensificado pela Gig Economy, com a reconfiguração do presencial mesclado com o home office.

 

E os desafios econômicos locais e globais, envolvendo inflação, energia e combustíveis, alteram a oferta e demanda de produtos e serviços.

 

Nesse turbilhão de mudanças, um dos setores mais impactados foi (e é) o varejo, em todos seus segmentos, canais, formatos de lojas e modelos de negócio.

 

A forma como escolhemos, compramos e consumimos mudou.

Hábitos e decisões como ir a um restaurante, a uma loja, ou acessar o e-commerce foram alterados, precipitando uma reconfiguração estrutural no setor.

 

Entre tantas transformações, todo esse processo gerou maior concentração de mercado, aumento das alternativas e da participação dos diferentes canais, predisposição à experimentação, migração para outras marcas e um aumento significativo da competitividade, o que mudou a estrutura e até mesmo determinou o desaparecimento de operadores que não conseguiram sobreviver ao “tsunami” das rápidas mudanças.

 

Muitos ficaram pelo caminho, enquanto outros conseguiram crescer.

Nessa reconfiguração envolvendo o online e presencial, o habitual e o eventual, o necessário e o possível, o que emerge é diferente do passado e será ainda diferente do futuro que se aproxima.

 

A nova equação de elementos envolvendo razão e emoção nas escolhas e na decisão de compras, a conveniência exponenciada, o aumento dos dispêndios com saúde, bem-estar e cuidados pessoais, além dos desejos reprimidos envolvendo lazer, entretenimento e viagens, são parte dos desafios que se impõem ao varejo e levam a profundas e rápidas mudanças nas estratégias, prioridades de investimentos e revisão de modelos de negócios.

 

O admirável mundo novo, de novo, que emerge de todo esse cenário reserva ainda fortes emoções para quem opera nos setores de varejo e consumo: a velocidade e a acuidade para entender e antecipar movimentos tornou-se fator fundamental para o crescimento, ou até mesmo sobrevivência dos negócios.

 

E oferecer um nível de serviço diferenciado no relacionamento com os consumidores tornou-se um fator ainda mais crítico nessa nova realidade.

 

Isso ficou evidente no levantamento Customer Insights, que avaliou o sentimento dos consumidores nesse momento pós-pandemia e que vai servir de base para a premiação NPS Awards 2022, que mostra as mais bem-avaliadas marcas de varejo do Brasil em diversas categorias e segmentos, a ser realizada no Latam Retail Show, de 13 a 15 de setembro.

 

Os relatórios contemplaram centenas marcas e negócios de 17 segmentos, que vão do mercado pet ao setor de farmácias, avaliando as percepções dos consumidores sobre o nível de serviços. Só participam desse levantamento as empresas líderes em market share. Essas impressões formam a média NPS, que vai de 0 a 100.

 

Ao avaliarmos esses dados, percebemos como os consumidores, mais do que nunca, pelas mudanças de expectativas e aumento de acesso a alternativas, querem e precisam de melhores níveis de serviço.

 

No amplo estudo, que envolveu mais de 214 mil avaliações, isso ficou muito evidente quando, por exemplo, no segmento de farmácias, o NPS médio ficou em 45,73, um dos mais baixos no comparativo dos diversos setores, pois, na maioria das vezes, o consumidor vai a essas lojas quando tem uma necessidade ligada à saúde, um tema muito sensível e que exponencia as expectativas.

 

Enquanto isso, no segmento de artigos esportivos, que contemplou as empresas líderes do setor, o NPS médio foi de 79,24, um dos maiores entre os 17 segmentos avaliados.

 

Uma das análises mais emblemáticas ainda é o de aplicativos de Delivery, que cresceram muito durante a pandemia e agora precisam se reinventar para continuarem relevantes. Nesse novo momento, eles já começam “perdendo” a corrida. Afinal, é bem difícil substituir a experiência de uma refeição em um restaurante ou uma compra de supermercado. O NPS médio nesse canal, que avaliou as empresas líderes do segmento, ficou em 57,53, também abaixo da média geral e com um enorme potencial para tornar essa experiência mais agradável.

 

Empresas e marcas precisam mudar a forma como vão trabalhar com os consumidores que, apesar de mais racionais em seu comportamento e críticos pelo aumento do acesso e ofertas, desejam melhores serviços e experiências mais agradáveis e envolventes.

 

Ao mesmo tempo em que é preciso enfrentar os desafios da realidade emergente no reconfigurado ambiente de negócios, no admirável mundo novo, de novo, é preciso se reinventar para conciliar o racional com o emocional, oferecendo diferenciado nível de serviços e experiências que atraiam e retenham os empoderados consumidores-cidadãos que emergiram da pandemia.

 

Essa é a mensagem.

 

Marcos Gouvêa - fundador da Gouvêa Ecosystem

 

Os lados da moeda sobre o rol de procedimentos dos planos de saúde

 

No último mês de junho, os usuários dos planos de saúde foram surpreendidos com a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que entendeu pela taxatividade, como regra, do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde (RPEs) da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O que esse posicionamento significa na prática? Tornou-se mais difícil aos usuários terem êxito, ao buscarem o Poder Judiciário,  para acessar qualquer procedimento que não estivesse descrito na lista taxativa da agência reguladora.

Até esse momento da decisão do STJ, desde que houvesse indicação médica fundamentada, havia a possibilidade de custeio pelas operadoras de um tratamento fora do rol, segundo entendimento dos magistrados presente em farta jurisprudência, inclusive do STJ.

Ao sentir a restrição ao direito de judicializar, os usuários começaram a se manifestar de forma contrária ao entendimento firmado pelo STJ sobre rol da ANS ser taxativo, requerendo que o rol continue a ser exemplificativo. As alegações foram que muitas coberturas seriam negadas de imediato com a justificativa de ser o rol taxativo. Muitos também afirmaram  também que haveria sobrecarga no SUS, que precisaria absorver a demanda remanescente da não cobertura dos planos. O que, na verdade, já ocorre, inclusive de forma a fazer o SUS credor de alguns milhões reais das operadoras.

Na sequência, para dar forma à insatisfação dos usuários, foram apresentados no Congresso alguns projetos de lei com o escopo de que o rol seja uma “referência básica” para a cobertura dos planos de saúde, ou seja, volte a ser exemplificativo. Um deles, dentre oito, foi aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Congresso.

Pelo texto do PL 2.033/2022, os planos de saúde poderão ser obrigados a financiar tratamentos de saúde que não estiverem na lista mantida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Para tanto, faz-se necessário que haja uma das seguintes situações: tenha eficácia comprovada cientificamente; seja recomendado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec); ou seja recomendado por, pelo menos, um órgão de avaliação de tecnologias em saúde com renome internacional.

O projeto beneficiará, caso sancionado, cerca de 49 milhões de usuários de planos de saúde e famílias. Dentre esses, muitos já buscaram o Judiciário por certo.  Para se ter uma ideia de números, só em São Paulo, nos últimos 10 anos, as ações aumentaram em 391%, segundo uma pesquisa realizada pelo Grupo de Estudos sobre Planos de Saúde, da Faculdade de Medicina, da USP. Nos casos julgados em segunda instância, entre as queixas que mais levam os consumidores à Justiça, estão problemas com exclusões de cobertura e negativas de tratamento, que representam 60,4% das decisões.

Necessário, porém, observar que há dois lados com direitos que precisam ser reconhecidos pela sociedade. Não há vilões e mocinhos...ou vilões e vítimas. As operadoras de planos de saúde fazem parte da chamada saúde suplementar, a qual, por sua vez, faz parte do chamado Sistema Nacional de Saúde. No entanto, as operadoras são pessoas de direito privado, que cujo negócio é a Saúde, ou seja, necessário que haja lucro. Também é relevante considerar que é firmado um contrato entre as partes (usuário e operadoras), o qual traz direitos e obrigações para ambas as partes, firmado de forma livre. Na verdade, a Saúde Suplementar exerce um importante papel no sistema, já que o SUS não comportaria o atendimento de todos os cidadãos de forma eficiente.

Também se deve considerar que as operadoras de planos de saúde têm como fundamento principal o chamado mutualismo. Isso significa que todos os usuários de uma chamada carteira (ou grupo) estão pagando por tudo o que todos usam, trata-se de os próprios usuários financiarem seus cuidados de saúde. Alguns utilizam sempre seus planos de saúde, outros, excepcionalmente.  Alguns possuem doenças crônicas; outros, não. E, em razão dessa diversidade de riscos, é possível manter o sistema em funcionamento. No entanto, quando aumenta a chamada sinistralidade, muitas pessoas usam ou se algumas usam para tratamentos muito caros, há um desequilíbrio financeiro entre a previsão do risco e as efetivas despesas.

Também se deve considerar, ao se falar sobre a saúde suplementar, outros fundamentos importantes: a livre iniciativa e a segurança jurídica. No que se refere à segurança jurídica, é essencial que a legislação não mude frequentemente, e, em se tratando de saúde suplementar, já existe uma agência criada exatamente com o escopo de regulamentar as relações no setor de saúde e fiscalizar o sistema. Regras claras são essenciais quando se decide empreender.

A Constituição dispõe, em seu artigo 196, que todos devem ter acesso à saúde e cabe ao Estado criar políticas públicas que reduzam o risco da doença, bem como garantir o acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação. Entretanto, essa mesma garantia, de acesso igualitário e universal, não é obrigação  do sistema de  saúde suplementar, daí que, em alguns casos pontuais, o Judiciário é chamado a, de forma coercitiva, obrigar que operadoras cubram certos tratamentos, em especial quando o direito à vida precisa estar sob tutela do Estado, ainda que não haja previsão no rol da ANS.

Fato é não se pode, dizer, portanto, que não haveria nenhuma margem para que, em casos excepcionais, o usuário pudesse recorrer à judicialização. Isto porque que  a decisão do STJ incluiu algumas situações em que, tratamentos poderiam ser cobertos: quando não houver  substituto terapêutico ou esgotados os procedimentos do rol da ANS (ii) não tenha sido indeferido expressamente, pela ANS, a incorporação do procedimento ao rol da saúde suplementar; (iii) haja comprovação da eficácia do tratamento à luz da medicina baseada em evidências; (iv) haja recomendações de órgãos técnicos de renome nacionais (como Conitec e Natjus) e estrangeiros.

Ainda assim, nesse momento, usuários e legisladores têm a aprovação do PL no Congresso Nacional. As novas regras dependem apenas da sanção presidencial para entrar em vigor e deixar de valer o rol da ANS como taxativo, tal qual desejava o STJ e as Operadoras.

Mesmo com a futura lei, será provável que muitos casos continuem desaguando no Judiciário, pois as particularidades das enfermidades e dos tratamentos são diversos. Derrubar o rol  taxativo abrirá uma série de novas abas e possibilidades de jurisprudências para novos e antigos casos.

Algumas vozes se pronunciaram de forma contrária à volta do rol exemplificativo. A ANS manifestou-se no sentido de que o rol exemplificativo, da forma como o texto do PL apresenta, provoca a “ruptura do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos”, com impactos na ordem econômica. Outra voz que se posicionou contrária à derrubada do chamado rol taxativo proposta pelo STJ foi do próprio Ministro da Saúde que considera que a legislação apresenta de forma objetiva o processo para incorporação de novas tecnologias em saúde, bem como apontou que é necessário avaliar o impacto da ampliação ao acesso com relação aos custos que certamente serão repassados aos usuários.

A questão é como tornar sustentável o setor de saúde, de forma a que todos possam acessar o sistema quando necessário? Primeiro, essencial promover a saúde (e não apenas tratar a doença). Segundo, no Sistema Público necessário sempre buscar uma melhor utilização de recursos; no Sistema Suplementar, equilibrar a balança financeira de forma a que os planos de saúde visem a atenção primária de saúde e haja recursos para novas tecnologias serem incorporadas, com mais brevidade, para os tratamentos destinados aos casos mais complexos, aos doentes crônicos e aos pacientes com doenças raras.

Ampliação de coberturas imposta pela lei seria o caminho? Quem pagará a conta? Parece que, em breve, a história irá responder.

 

Sandra Franco - consultora jurídica especializada em Direito Médico e da Saúde, doutoranda em Saúde Pública, MBA-FGV em Gestão de Serviços em Saúde, diretora jurídica da Abcis, consultora jurídica da ABORLCCF, especialista em Telemedicina e Proteção de Dados, fundadora e ex-presidente da Comissão de Direito Médico e da Saúde da OAB de São José dos Campos (SP) entre 2013 e 2018.

 

Endividamento cresce na capital paulista, superando mais um recorde da série histórica

 
Em agosto, porcentual de lares com dívidas atingiu 76,6%

 

O endividamento das famílias paulistanas segue crescendo. Em agosto, a porcentagem de lares com dívidas marcou um novo recorde para a série histórica da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC). O levantamento, realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), indica que o porcentual chegou a 76,6%. Há um ano, esta parcela era de 67,2%. Em números absolutos, são 3,08 milhões de famílias com algum tipo de dívida (400 mil a mais, no contraponto anual).
 
A maior parcela das dívidas, mais uma vez, está concentrada no cartão de crédito (83,1%), seguido pelo carnê (16,5%) e pelo crédito pessoal (12,3%). Embora menor em relação aos demais, este último atingiu o maior patamar em quatro anos. A elevação indica que os consumidores estão buscando a modalidade para pagar compromissos do cotidiano, evitando um crédito mais caro (como o cheque especial), ou até mesmo porque já ultrapassaram o limite do cartão.
 
Acompanhado o endividamento, a inadimplência voltou a subir, atingindo 24% dos lares. O motivo, em ambos os casos, é a inflação elevada, que atrapalha os ganhos conquistados com a melhoria do mercado de trabalho. Em agosto de 2021, o porcentual de famílias inadimplentes era de 18,8%. Atualmente, 965 mil estão com as contas em atraso – 215 mil a mais, em comparação ao mesmo período do ano passado. O número dos lares que afirmam que não conseguirão pagar as dívidas em atraso ficou tecnicamente estável (8,6%).
 
Quanto às faixas de renda, a pesquisa demonstra que houve recorde de endividamento em ambas. Os porcentuais foram de 78,8%, para as famílias que ganham até dez salários mínimos, e de 70,2%, para as que recebem acima desse valor. Em relação à inadimplência, ambas subiram no mês, mas aqui a diferença é mais significativa: de 28,7%, para o primeiro grupo, e de 11,7%, para o segundo.
 
Com mais condições de quitar os compromissos assumidos, os lares com maiores rendimentos também estão mais propensos a consumir. A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) – outro indicador da FecomercioSP – cresceu 2,8% para o grupo com mais de dez salários mínimos, ao passo que o grupo que recebe menos recuou 1,1%. O índice apontou 76,9 pontos, para o primeiro caso, e 96,4, para o segundo.
 
Desconsiderando o recorte por renda, o ICF se manteve estável: 81,9 pontos, crescendo 18,7% no contraponto anual. Já o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) avançou 1,1%, atingindo 106,8 pontos.
 
Para a FecomercioSP, os dados revelam um cenário bastante desafiador para as famílias (sobretudo as de renda mais baixa). Entretanto, a tendência é de inflação mais moderada até o fim do ano, ao mesmo tempo que o mercado de trabalho deve se manter aquecido (o que leva à expectativa de aumento do poder de compra dos consumidores).
 
Ainda assim, com os altos níveis de endividamento e inadimplência, os ganhos iniciais serão destinados ao equilíbrio das contas e, posteriormente, ao consumo. Desta forma, a expectativa é de melhora nos números da PEIC até dezembro (não necessariamente na redução do endividamento, mas no recuo da inadimplência, o que é importante para reduzir o gasto com juros e para ajudar no ritmo de vendas no comércio).

 
Notas metodológicas


PEIC

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) é apurada mensalmente pela FecomercioSP desde fevereiro de 2004. São entrevistados aproximadamente 2,2 mil consumidores na capital paulista. Em 2010, houve uma reestruturação do questionário para compor a pesquisa nacional da Confederação Nacional do Comércio (CNC), e, por isso, a atual série deve ser comparada a partir de 2010.O objetivo da PEIC é diagnosticar os níveis tanto de endividamento quanto de inadimplência do consumidor. O endividamento é quando a família possui alguma dívida. Inadimplência é quando a dívida está em atraso. A pesquisa permite o acompanhamento dos principais tipos de dívida, do nível de comprometimento do comprador com as despesas e da percepção deste em relação à capacidade de pagamento, fatores fundamentais para o processo de decisão dos empresários do comércio e demais agentes econômicos, além de ter o detalhamento das informações por faixa de renda de dois grupos: renda inferior e acima dos dez salários mínimos.


 
ICF

O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é apurado mensalmente
pela FecomercioSP desde janeiro de 2010, com dados de 2,2 mil consumidores no município de São Paulo. O ICF é composto por sete itens: Emprego Atual; Perspectiva Profissional; Renda Atual; Acesso ao Crédito; Nível de Consumo; Perspectiva de Consumo e Momento para Duráveis. O índice vai de zero a 200 pontos, no qual abaixo de cem pontos é considerado insatisfatório, e acima de cem pontos, satisfatório. O objetivo da pesquisa é ser um indicador antecedente de vendas do comércio, tornando possível, a partir do ponto de vista dos consumidores e não por uso de modelos econométricos, ser uma ferramenta poderosa para o varejo, para os fabricantes, para as consultorias, assim como para as instituições financeiras.


 
ICC

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde 1994. Os dados são coletados com aproximadamente 2,1 mil consumidores no município de São Paulo. O objetivo é identificar o sentimento dos consumidores levando em conta suas condições econômicas atuais e suas expectativas quanto à situação econômica futura. Esses dados são segmentados por nível de renda, sexo e idade. O ICC varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Sua composição, além do índice geral, se apresenta como: Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e Índice das Expectativas do Consumidor (IEC). Os dados da pesquisa servem como um balizador para decisões de investimento e para formação de estoques por parte dos varejistas, bem como para outros tipos de investimento das empresas.
 

FecomercioSP

Linha 5-Lilás recebe exposição Art Pet, voltada à causa animal

Abertura da mostra acontece nesta sexta-feira (09), às 14h, na Estação Moema


 

Exposição reúne telas da artista plástica Ana Bittar, que utiliza fortes traços realistas em obras contemporâneas

A Linha 5-Lilás recebe a exposição “Art Pet”, voltada para a causa animal. A abertura da mostra será nesta sexta-feira, 09, às 14h, na Estação Moema. 

Dentre as muitas qualidades dos cachorros estão a lealdade, o carinho e a total sociabilidade junto a família, presentes em milhares de casas pelo mundo afora. Baseando-se nesses dados, a exposição "Art Pet", sob a curadoria do jornalista Maurício Coutinho, procura colocar em vinte painéis, uma lupa de aumento sobre a causa animal, que é um conjunto de ações voltada para o bem-estar, cuidado, abrigo, castração e alimentação. 

A exposição reúne telas da artista plástica Ana Bittar, que utiliza fortes traços realistas em obras contemporâneas, em parceria com o protetor Alessandro Desco, da ONG Pits Ales. A mostra tem a produção de Mara Porto, revisão de J. Ivo Brasil, análise de Eli Hayasaka, assessoria de Cecília Coutinho e consultoria da veterinária, clínica e cirurgiã de pequenos animais, Dra. Luciane da Cunha Rosa. 

Utilizando softwares de última geração, Ana Bittar colocou a sua criatividade na elaboração de aquarela digital, gerando obras de rara beleza e estética, tendo como referência as fotos de animais do Pits Ales, cedidas pelo fotógrafo Philippe Loyola.


Serviço

Abertura da exposição Art Pet

Estação Moema da Linha 5-Lilás – sexta-feira, 09 de setembro, às 14h

 


quarta-feira, 7 de setembro de 2022

CUIDE DA SUA ENERGIA: DICAS PARA ALTO ASTRAL NO DIA A DIA


Além de cuidar da energia de ambientes, é essencial cuidar da sua.  Veja algumas dicas

 

Sabe aquela sensação de que você mal levantou da cama, mas já se sente cansado? A verdade é que nossa rotina é sempre muito agitada - trabalho, estudos, vida social, e claro, afazeres doméstico, e cuidar de tudo isso não é uma tarefa fácil, pois demanda tempo e energia, e nem sempre é o que conseguimos oferecer.

Nesse contexto, é importante inserir alguns hábitos saudáveis, de modo geral eles podem atrair boas vibrações e energias positivas para o nosso dia, aliviando diretamente no impacto negativo da nossa rotina.

Independente da rotina que você leva, ela precisa ser harmoniosa e muito produtiva. Então além de cuidar da energia do ambiente, é essencial cuidar da sua.  Ao utilizar algumas técnicas é possível de alteara-las e canaliza-las ao seu favor” pontua a espiritualista da Plataforma iQui e especialista em terapia holística, Juliana Viveiros. 

 

Veja algumas dicas para melhorar a energia em seu dia a dia.  

Tente acordar mais cedo

O home office de fato é muito bom, nos oferece muitas regalias, principalmente dormir mais já que o local de trabalho não precisa de locomoção. Mas aderir uma rotina de acordar mais cedo, pelo menos uma hora mais cedo do que o costume, pode te ajudar muito energicamente.

Faça uma limpeza energética

Também devemos adicionar uma rotina de limpeza, purificação, clareamento da nossa visão e ideias que serão importantes no decorrer do nosso dia. Então, lave o rosto e as mãos com água adormecida com 7 galhos ou folhinhas de

  • Arruda;
  • Alecrim;
  • Manjericão.

Limpeza no carro é importante

Assim como nosso lar, os nossos carros também possuem energias. Por isso, antes de tudo, faça uma limpeza e uma manutenção. Retire tudo que não funciona ou está quebrado.

Objetos de proteção também são uma boa alternativa. Como a figa. Além da inveja, ela também oferece proteção, afastando perigos, má sorte e energias negativas.

Escute música

No caminho para o trabalho por exemplo, escute musicas que goste e te acalme. Sons de instrumentos e mantras tem o poder de transformar sua energia e impactar diretamente no seu emocional.

No Feng Shui, os sons tem o poder de relaxamento e podem influenciar na energia do ambiente e também na energia vital. 

Faça uma limpeza completa

Limpeza é sempre importante, em escritório ou em casa toda sujeira é energia negativa. Por isso, faça uma limpeza completa e constante. Elimine objetos que não tenha utilidade. Limpe armários e gavetas, e sua própria mesa.

Medite no trabalhoxcasa

As vezes o ambiente corporativo pode nos levar a altos níveis de estresse.   Por isso, adotar a prática de meditação diariamente antes de iniciar o seu trabalho pode te trazer muitos benefícios e renovar suas energias para começar um novo dia.  Opte por exercícios simples de respiração, como 4X4.  É um bom começo para relaxar e amenizar todo o estresse acumulado.

Tenha uma rotina noturna boa

Ter uma péssima noite de sono deixa a gente super mau humorado, né? Por isso, ter uma boa noite de sono é fundamental para que tenhamos um dia mais produtivo e com mais energias.

Para dormir bem, você pode aplicar dicas de Feng Shui

  • Seu quarto é o seu lugar de descanso. Então evite deixar materiais de trabalho perto da sua cama. Isso pode atrapalhar o seu sono e até causar mais preocupação.
  • Opte por cores claras no quarto
  • Decorações básicas
  • Pedras de proteção como objetos de decoração

 

iQuilibrio

 www.iquilibrio.com.br

Signos revelam quais características podem atrapalhar ou ajudar os candidatos à presidênci


Astróloga Sara Koimbra analisa os signos solares de cada um e suas influências


Faltando pouco mais de um mês para o primeiro turno das eleições de 2022, que acontece em 2 de outubro, as atenções estão todas voltadas para os candidatos presidenciáveis, principalmente depois do primeiro debate.

O Brasil tem passado por fases turbulentas na política e todos procuram por uma opção que possa oferecer uma melhora deste cenário, e com certeza muitos gostariam de poder prever o próximo ano para tomar uma decisão.

Será que é possível ter um pequeno vislumbre das atitudes de cada candidato em um possível mandato?

A astróloga Sara Koimbra destrincha e pontua, pelo olhar da astrologia, como cada um é influenciado por seus signos solares, e quais características podem ajudar, ou atrapalhar, suas campanhas presidenciáveis:


Lula (PT)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nasceu em 27 de outubro de 1945, portanto, é do signo de Escorpião. Os nativos desse signo geralmente são impulsivos, intensos e misteriosos, por isso podemos esperar algumas cartas na manga que podem nos surpreender até o dia da eleição. 

Por ser um signo que tem facilidade de transformar desafios em oportunidades, Lula pode oferecer para o Brasil um novo cenário, onde por meio da atual situação que nos encontramos, ele pode mostrar novas possibilidades e trabalhar de maneira intensa para uma transformação. Por outro lado, seu jeito impulsivo pode causar algumas instabilidades, pois para o setor financeiro essa característica não é muito responsável.

 

Ciro Gomes (PDT)

Quem também é do signo de Escorpião e vem batendo de frente com Lula, é o candidato Ciro Gomes, que nasceu no dia 6 de novembro de 1957.  Porém, ele acaba usando mais o lado intuitivo de Escorpião, onde por meio de sua percepção mais aguçada, consegue ir mais diretamente na raiz do problema e apontar uma solução.

Ele tem um lado mais manipulador e controlador, que confronta os outros candidatos. Seu lado impulsivo também pode ser uma problemática para as finanças do país.

 

Jair Bolsonaro (PL)

O candidato Bolsonaro, por sua vez, nascido em 21 de março de 1955, é do signo de Áries e não abaixa a cabeça de forma alguma, pois as características dos nativos desse signo são a competitividade, a necessidade de controle e a coragem de fazer acontecer.

Também tem facilidade de usar os desafios como impulso para alcançar seus objetivos, e se souber usar sua energia de forma assertiva, tem potencial para alavancar a economia do país. Porém, seu jeito imprudente de ver as situações pode prejudicar o progresso do país, pois tem uma característica mais centralizadora e egoísta, o que faz com que acabe não priorizando as necessidades da população.

 

Simone Tebet (MDB)

A candidata Simone Tebet, nascida no dia 22 de fevereiro de 1970, é do signo de Peixes, busca pela paz e idealiza um cenário justo para todos, e por meio de sua forte intuição, consegue encontrar soluções mais elevadas para os desafios que estamos vivendo.

Porém, pode ter dificuldade de se posicionar, pode acabar se distraindo com assuntos que não são importantes, deixando a desejar sua credibilidade no cenário político.

 

Soraya Thronicke (UNIÃO)

A candidata Soraya Thronicke, nasceu no dia 1 de junho de 1973, e é do signo de Gêmeos, portanto, usa seu lado intelectual para trazer soluções mais criativas para o atual cenário político. Tem facilidade de firmar parcerias, mas a falta de foco e de comprometimento pode ser um ponto negativo para sua candidatura.

 

Luiz d’Avila (NOVO)

O candidato Luiz Felipe Chaves d'Avila, nascido no dia 24 de agosto de 1963, é virginiano, e se usar a disciplina a seu favor, pode organizar de forma efetiva o atual cenário político que nos encontramos. Os nativos desse signo buscam contribuir e gostam de se sentir úteis para a sociedade, por isso, podem se dedicar e se comprometer a fazer a diferença.

Seu ponto fraco pode ser a dificuldade de lidar com mudanças e o jeito muito crítico e racional de ver as coisas, não dando espaço para pontos de vista diferentes do seu, podendo olhar o país por uma perspectiva empresarial.

 

Brasileiro decora mais de 10 mil dígitos e bate recorde: Uma boa memória está ligada a uma alta inteligência?

A memorização é muito importante para o nosso dia a dia, mas você sabia que esquecer é tão importante para o cérebro quando lembrar.

 

O estudante eletrotécnica de 17 anos que vive em Minas Gerais, Maike Antony dos Santos Silva entrou para o Guinness Book após conseguir memorizar mais 10 mil dígitos do número de Euler (Número matemático semelhante ao Pi, com infinitas casas decimais) em 2 horas e 20 minutos.

 

Essa capacidade de memorização fora do comum pode fazer com que diversas pessoas o considerem um gênio, uma pessoa com muita inteligência, no entanto, apenas a memória não implica em uma personalidade inteligente.

 

Apesar de existir uma relação da inteligência com a capacidade de memorização devido à maior eficiência das sinapses, existem diversos outros fatores que colaboram para a inteligência de um indivíduo.

 

De acordo com o Pós PhD neurocientista Dr. Fabiano de Abreu Agrela, especialista em estudos sobre a inteligência humana e responsável pelo descobrimento da inteligência DWRI (Inteligência Global), pessoas de alto QI possuem maior capacidade de memorização em assuntos que lhe despertam interesse.

 

Nós não podemos afirmar que o recorde atingido pelo garoto é prova de alta inteligência, só podemos definir essa habilidade através de testes específicos. A memorização pode usar técnicas para ser estimulada, o que não significa necessariamente um aumento no QI”.

 

O esquecimento também é importante


Por mais que uma boa memória seja perseguida como sinônimo de inteligência, esquecer lembranças também é uma função importante.

 

Existe uma condição bastante rara chamada HSAM - Síndrome da Memória Autobiográfica Altamente Superior - que impede seus portadores de esquecer, com ela os indivíduos mantêm lembranças claras de qualquer acontecimento em qualquer data e independentemente da idade.

 

O que pode parecer um benefício na verdade traz diversos problemas, o acúmulo excessivo de memórias causa disfunções no sono, dores de cabeça constantes, problemas emocionais, ansiedade e depressão.

 

Na realidade, o nosso cérebro também está condicionado para esquecer, o esquecimento também está relacionado à inteligência, já foi cientificamente comprovado que pessoas mais inteligentes esquecem com maior facilidade, pois esquecer coisas menos relevantes ajuda o cérebro a canalizar melhor sua energia para funções mais importantes,lembrar de tudo não é necessariamente ser inteligente”, afirma Dr. Fabiano de Abreu.

 

  

Dr. Fabiano de Abreu Agrela - PhD em neurociências, mestre em psicologia, licenciado em biologia e história; também tecnólogo em antropologia com várias formações nacionais e internacionais em neurociências. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat - La Red de Investigadores Latino-americanos, do comitê científico da Ciência Latina, da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo nos Estados Unidos e professor nas universidades; de medicina da UDABOL na Bolívia, Escuela Europea de Negócios na Espanha, FABIC do Brasil, investigador cientista na Universidad Santander de México e membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva.


Efeitos psicológicos causados por cigarro eletrônico

Psicanalista alerta inúmeros malefícios desses dispositivos eletrônicos

           

A Fundação do Câncer e a Associação Nacional das Universidades Particulares (ANUP) estão promovendo a campanha "Cigarro eletrônico: parece inofensivo, mas não é" para alertar os jovens sobre os perigos do cigarro eletrônico. 

Que os cigarros eletrônicos viraram uma febre nos últimos tempos, todos já sabemos. Que seus efeitos nocivos no corpo biológico do indivíduo, podem ser até maiores que os cigarros comuns, também já se tem conhecimento. Mas quando tratamos desse assunto sob uma ótica psicológica, é possível destacar vários efeitos destrutivos para o ser humano que podem ser, muitas vezes, irreversíveis. 

Os cigarros eletrônicos são utilizados como uma alternativa para fugir do cigarro convencional. De diversos formatos, sabores e especificidades, eles ganharam o mercado, principalmente entre os jovens. Classificados pelos usuários como um lazer, apesar de ser proibida sua comercialização desde 2009, por serem mais práticos, além de possuírem odores diversos, o que viralizou seu uso, virando tendência entre as tribos. 

No entanto, apesar de conter apenas vapores de nicotina líquida, eles possuem muitas substâncias tóxicas (mais de 80) e potenciais carcinogênicos que, associados ao incremento do metal e com o uso prolongado provocam diversos sintomas negativos para a saúde dos seus usuários, como: falta de ar, fadigas intensas, aumento dos riscos cardiovasculares, potencial de intoxicação, vômitos, náuseas, tosse, febre, dores no peito, perda de peso, depressão respiratória, doenças pulmonares e câncer. 

Ainda dentro da cesta dos malefícios causados pelos dispositivos eletrônicos para fumar, podemos também incluir os sintomas psicológicos que, a longo prazo são instaurados no usuário e que, podem possuir um efeito ainda mais destrutivo, principalmente, se o indivíduo já possuir algum tipo de transtorno ou neurose associada. 

Estudos já comprovaram que, por exemplo, a ansiedade pode atingir níveis ainda mais elevados propiciando a potencialização da síndrome do pânico e também da depressão em casos mais graves. 

Sem falar na dependência psicológica que induz a uma falsa sensação de felicidade, a partir de sua atuação no cérebro do usuário, que desencadeia uma necessidade de fumar mais e mais.

Visto que, ao inalar as toxinas do vapor, a pessoa tem a sensação de calmaria e prazer. Desta forma, sem suas tragadas no dispositivo, o fumante vê aumentar seus níveis de estresse, a mudança de humor e a irritabilidade em seu dia-a-dia. Ou seja, um falso benefício oferecido pelo tabagismo ofertado pelas sensações boas que refletem o ciclo vicioso que, consequentemente, demandam um consumo cada vez mais elevado do cigarro eletrônico. 

Enfim, trazendo todo o exposto para a máxima de Sigmund Freud, o pai da Psicanálise que dizia que: “Todo Excesso reflete uma falta”, cabe a reflexão: onde está instaurada a carência do ser humano que vive em busca de tapar seus buracos emocionais através de alternativas, muitas vezes, prejudiciais e venenosas para seu corpo físico e sua saúde mental? 

Desse modo, não existe nenhuma garantia de que os malefícios e toxicidades ao organismo do cigarro eletrônico, serão menores que os do cigarro convencional. Pelo contrário, as dependências química e psicológica podem potencializar o vício em favor de uma modernidade ou uma necessidade de pertencimento, certamente injustificáveis do ponto de vista do bem estar do indivíduo. 

 Portanto, a grande verdade é que, seja eletrônico ou convencional, o cigarro representa sérios riscos para a saúde humana. Ser ou se tornar um viciado é uma sentença de morte. É preciso resgatar o equilíbrio e eliminar o vício provocado pelos eletrônicos e/ou convencionais, a fim de garantir a saúde plena do ser humano.

 

Dra. Andréa Ladislau -  Psicanalista

 

Hábitos que todos os gênios têm em comum

Para Renato Alves, pesquisador e palestrante, estudar é apenas uma das características que leva alguém a ser considerado um gênio


É comum ouvir que, para ficar mais inteligente e alcançar a genialidade, basta ler muitos livros, praticar outro idioma ou exercitar o cérebro com jogos que exijam reflexão e pensamentos. Estudos revelam que, de fato, essas atividades podem estimular a cognição. No entanto, aqueles que são considerados gênios, praticam os mais diversos hábitos que podem facilitar esses processos.

Renato Alves, escritor, pesquisador, palestrante internacional e o primeiro a receber o título de Melhor Memória do Brasil, revela que Mark Zuckerberg é um exemplo disso. O criador do Facebook costuma limitar suas escolhas diárias, focando no que realmente importa. “O cérebro consome, em média, 25% da energia gasta por uma pessoa. Esse consumo se deve ao gerenciamento e processamento das várias decisões que devem ser tomadas por uma pessoa. Portanto, incluir decisões irrelevantes no seu cotidiano só vai te fazer gastar energia com coisas que não são importantes. Limitar as distrações e tomadas de decisões diárias é um meio prático de garantir rendimento, entendimento e produtividade em atividades que realmente aumentam o intelecto e agregam valor à vida”, relata.

O pesquisador acredita que é necessário que haja uma mudança em relação a como lidar com os fracassos. “Thomas Edison, por exemplo, registrou mais de mil patentes em seu nome e, dentre suas muitas invenções, como a lâmpada, o fonógrafo, a câmera de cinema e a embalagem a vácuo, teve diversos fracassos. O próprio inventor afirmava que falhou em mais de 10 mil experimentos, ou seja, apenas 10% de todo o seu trabalho realmente vingou. As falhas fazem parte da vida, mas elas não são permanentes. Thomas Edison tinha um mindset de crescimento e enxergava as adversidades como uma oportunidade de evoluir e crescer. Com esse tipo de mentalidade, é possível ter combustível o suficiente para ir além de suas próprias limitações e encontrar o caminho para a genialidade”, pontua.

Estudar em abundância sobre os mais diversos assuntos também é um hábito de grande valor. “Pode parecer uma dica simples, mas os maiores gênios que já pisaram em nosso mundo possuem conhecimentos diversos e um exemplo disso é Leonardo Da Vinci. Responsável por algumas das obras mais icônicas do mundo, Da Vinci não só pintava, como também se aventurava por outras áreas como a mecânica, aeronáutica e até mesmo a anatomia. Quanto mais aprendemos sobre diversos assuntos e descobrimos como relacioná-los, mais inteligente nos tornamos. A versatilidade faz com que as pessoas saiam do óbvio e mergulhem no mais profundo conhecimento”, declara Renato Alves.

De acordo com o escritor, banhos gelados podem trazer uma amplitude ainda maior aos pensamentos. “A água fria ajuda a despertar a mente e deixá-la mais alerta, pois aumenta o nível de adrenalina no corpo. Além disso, um bom banho gelado também faz bem para a pele, para o cabelo, ajuda a amenizar as dores inflamatórias e até mesmo ajuda a reduzir o estresse e a ansiedade”, revela.

Para o pesquisador, o hábito praticado por gênios que se mostra o mais importante é simplesmente ser uma pessoa bem estruturada. “Uma pessoa estruturada é organizada, disposta e sabe quais são os elementos essenciais para alcançar o sucesso. Essa estruturação pode trazer mais inteligência e faz com que as pessoas se aproximem cada vez mais dos seus objetivos”, finaliza.

 

Professor Renato Alves - primeiro brasileiro a receber, por meio de homologação oficial, o título de Melhor Memória do Brasil, certificado pelo livro dos recordes. A conquista inédita foi resultado da aplicação de um método inovador de memorização. Estudou Ciências Cognitivas e Filosofia da Mente pela UNESP, foi membro do GAEC (Grupo Acadêmico de Estudos Cognitivos) e tornou-se principal autor brasileiro nas áreas de aprendizagem, concentração e memória com 9 livros publicados, dentre eles: O Cérebro com Foco e Disciplina; Os 10 Hábitos da Memorização; Faça seu Cérebro Trabalhar para Você e Não Pergunte se ele estudou, que juntos já conquistaram mais 1 milhão de leitores. Em 2004, fundou a Memory Academy, que hoje é a maior escola online de memorização do mundo. Neste período capacitou mais de meio milhão de estudantes levando milhares deles ao topo na lista dos aprovados em concursos públicos e vestibulares.

https://renatoalves.com.br/

 

O Suicídio e o comportamento suicida

"Segundo a OMS, 90 por cento dos casos poderiam ser evitados e reconhecer os sinais de alerta pode ser o mais importante passo"


O suicídio é o ato de retirar a própria vida, mas pode ser evitado. “Primeiramente, a maioria dos suicidas pede ajuda antes, ou seja, é mito que o suicida não pede socorro. O suicida não quer morrer, quer aliviar seu sofrimento. O que faz com que alguém cometa suicídio intencionalmente, geralmente é uma dor emocional muito forte, onde a pessoa tem a impressão de que não há o que fazer ou como melhorar, senão cometendo o ato”, explica o Dr. Marcel Fulvio Padula Lamas, Coordenador da Psiquiatra do Hospital Albert Sabin de São Paulo. 

Existem também, doenças mentais que aumentam a chance do paciente cometer suicídio, como depressão unipolar ou bipolar, etilismo, esquizofrenia, delirium, entre outros. Sinais como os famosos "D"s: dor psíquica, depressão, desespero, desesperança, desamparo, dependência química e delirio devem ser notados com cautela, além da presença de fatores predisponentes e/ou precipitantes. 

Os fatores predisponentes são crônicos e, em geral, não podem ser mudados. Exemplos: Sexo masculino (cometem 4x mais suicídio), feminino (3x mais tentativas), idade (mais jovens tentam mais o ato, idosos conseguem o maior número), histórico familiar, tentativas prévias, presença de doenças físicas ou mentais, presença de desesperança, abuso na infância (físico, sexual ou mental), baixo nível de inteligência, isolamento social, ser de uma minoria étnica, entre outros. 

Já, os precipitantes são agudos, geralmente passageiros na vida de alguém, e levam o indivíduo a tentar o suicídio, por exemplo: separação conjugal, ruptura amorosa, rejeição afetiva e/ou social, alta recente de hospitalização psiquiátrica, perda de emprego, graves perturbações familiares, modificação de situação econômica e financeira, vergonha ou medo de ter algum segredo revelado.

“Os precipitantes são fatores que funcionam como gatilho para que ocorra alguma tragédia, acontecem em algum momento da vida e podem fazer com que os fatores que já estavam antes, os predisponentes, intensifiquem o desejo de desistir da própria vida”, relata o médico. 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, sem contar com os episódios subnotificados, com os quais, estima-se mais de 01 milhão de casos. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia. 

Há certas divergências na área científica sobre o suicida, considerando que alguns autores conceituam suicídio apenas se cometido de forma intencional, (exemplo: o indivíduo que toma veneno ou se enforca), outros são mais abrangentes e englobam também pessoas que têm comportamentos suicidas, como o diabético que come açúcar, o hipertenso que exagera no sal, e até mesmo, o que ingere grandes quantidades de bebida alcoólica e depois dirige. 

“Existem comportamentos suicidas e o ato direto de retirar a própria vida. Pessoas doentes que não tomam corretamente suas medicações, diabéticos que comem açúcares de cadeia curta, são exemplos de comportamentos suicidas, mas não de suicídio”, relata o Dr. Lamas. 

É muito importante os familiares e amigos próximos da pessoa reconhecerem os comportamentos suicidas. Pessoas dão sinais a partir de condutas que demonstram que querem acabar com a própria vida. Existem os que são muito mais sutis e, por isso, menosprezados, que não parecem ser um problema. Por exemplo, a pessoa que, do nada, não corta e/ou não pinta mais as unhas, para de tomar banho, de cuidar de si mesma, entre outros. 

“O principal é observar os fatores de risco na pessoa, acolhê-la, mostrar o quanto ela é importante, perguntar como está se sentindo e se mostrar disposto a ajudar, atitudes que auxiliam muito. Se o paciente tiver fatores de risco importantes, mas não estiver com ideação suicida, o acompanhamento pode ser ambulatorial. No momento que a pessoa está com ideação suicida, comumente está se sentindo um nada, um peso para os outros, devido ao quadro emocional que se encontra. Cada segundo que o paciente estiver com esse pensamento é extremamente doloroso, portanto, não julgue e não arrisque! Leve-o ao pronto socorro de um hospital psiquiátrico, buscar ajuda o quanto antes, é essencial”, finaliza o psiquiatra. 

Em casos de extrema urgência, ligue 188- C.V.V - Centro de Valorização à Vida. 

 

Fontes: 

https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/suicide 

https://www.who.int/news/item/17-06-2021-one-in-100-deaths-is-by-suicide

https://www.setembroamarelo.com


Posts mais acessados