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domingo, 6 de março de 2022

Obesidade: Além das Calorias. Aprenda a Conquistar Saúde, Funcionalidade Corporal e Qualidade de Vida.

Quando a gente fala de obesidade, a primeira coisa que vem em mente é a questão de “força de vontade”. De uma maneira equívoca, já se subjuga e condena uma pessoa obesa como sendo uma situação de que não há força de vontade, e na verdade, a grande questão é o porquê essa pessoa está se escondendo por trás da gordura, dentro do universo de querer, de desejar de pensar em coisas que são importantes na vida de cada um. 

Por quê pessoas obesas acabam renunciando à saúde? “ Quando a gente olha o obeso precisamos primeiro ter compaixão, e lembrar que existe uma história por trás de cada um. Que antes de pensarmos em emagrecimento é importante que as pessoas lembrem que elas precisam ganhar saúde, e que naturalmente o treino delas já é intenso simplesmente por elas serem obesas. As pessoas obesas não precisam fazer treinos mais fortes, pois o forte para essas pessoas já é andar ou fazer uma caminhada.” alerta o Personal Trainer e Diretor Executivo do Instituto Bem-Estar, Giulliano Esperança. 

Pessoas com obesiade, precisam realizar atividades de que sejam capazes de serem feitas. Atividades leves que começam de alguma maneira a criar a sensação de realização, “ao meu ver, a grande questão para o obeso, é a palavra realizar. E aí precisamos mostrar para eles que o importante não é o ponto de chegada, que a gente tem sim uma cultura onde todos falam de emagrecimento, sobre técnicas milagrosas, sobre receitas rápidas. Mas a questão é a jornada, é a pessoa obesa entender que o mais importante é obter saúde, e que é possível melhorar a saúde muito antes dos 30 ou 40 kg serem eliminados.” esclarece Giulliano Esperança. 

O Personal Giulliano explica que a partir do momento que o obeso decide cuidar da saúde, a partir do momento que ele pensa o quão é importante ter melhores escolhas, já se começa a obter melhoras na saúde. E que antes de chegar no ponto final, antes de emagrecer os 30 ou 40 Kg que precisa, talvez mais ou talvez menos, existe um ponto que é indispensável e que obrigatoriamente todos irão passar: “o emagrecimento sempre será quilo a quilo. Então independente de quantos quilos essa pessoa precisa eliminar, o importante que cada semana ela consiga estar um passo mais próximo do seu objetivo. Se for 1kg por semana, ótimo, estamos falando de 4 kg por mês, que são 48 kg em um ano.” comenta Giulliano. 

Dentro desse universo de favorecer o cultivo e o cuidado da saúde, é importante que a gente lembre da palavra: Realização. Outro ponto que precisamos estimular, é criar condições para que as pessoas ganhem, é auto estima de sentir que está fazendo algo que a torne melhor todos os dias. “Alguns pensamentos fazem parte da minha estrutura de trabalho que eu estimulo os meus alunos a entenderem esses princípios -- Primeiro: seja apenas melhor do que ontem. Segundo: A vontade de comer não pode ser maior do que a vontade de viver e amar as pessoas fazem parte da sua jornada. Terceiro: Lembrar de que não somos mais crianças. Naturalmente nossa capacidade mental, normal do ser humano, induz a pensarmos em traumas, fracassos, tristezas e em coisa erradas que fizemos e não deram certo. Isso acaba de alguma forma impulsionando as pessoas a buscarem conforto na comida. A grande questão, obeso precisa se movimentar, não é musculação, não é natação, não é crossfit e nem treino funcional, mas sim, o que é capaz de ser realizado, qualquer movimento que tire da zona de risco que é o sedentarismo, é o primeiro passo.” salienta o Personal Giulliano Esperança. 

Mostrar as possibilidades de movimentos simples, como uma caminhada de 5 minutos, que tal 3 caminhadas de 5 minutos ao longo do dia. Que tal 4 caminhadas e 10 flexões de braço na parede. Buscar o simples entender, é muito importante que os profissionais tenham em mente, precisamos ensinar os obesos a realizar, a criar situações de autoestima, estimular o obeso que é possível conquistar o emagrecimento através de passos realistas, como por exemplo de 1 kg por semana e por quê não, 1 kg por mês? Algo que seja completamente realista e que ainda permita que se tenha um certo grau de conforto e não seja algo sofrido, pois o obeso já sofre naturalmente por ter que carregar uma sobrecarga de peso a mais, e um peso emocional do julgamento, da condenação. 

A capacidade de realizar muitas vezes está escondida dentro de cada um. “O mesmo coração que treina, é o mesmo coração que ama. O mais importante antes do emagrecimento é pensar em funcionalidade, independente do sobrepeso é ter um corpo funcional que permita andar, caminhar e que seja possível realizar todas as tarefas necessárias e desejadas.” comenta Giulliano Esperança. 

“A discussão de calorias é só a ponta do iceberg, antes de se chegar na caloria, nós temos os hábitos, temos o sono, temos a vida, o pensar, o realizar, o trabalhar, o viver, o relacionar, beber água, comer frutas. Existem tantas coisas antes, em relação a calorias.” argumenta o Personal. “A discussão de quantas calorias, traz cada vez mais sofrimento e não está ajudando as pessoas, é uma informação que não faz sentido, porque toda caloria não é igual, elas são absorvidas de maneiras diferentes para cada organismo. Por exemplo, 100 calorias de uma comida altamente industrializada não tem o mesmo efeito de 100 calorias de um prato de arroz e feijão. Simplesmente o foco da discussão não pode ser sobre calorias, e sim sobre funcionalidade corporal, saúde e qualidade de vida.” finaliza Giulliano Esperança.


Giulliano Esperança  - Personal Trainer e Diretor Executivo do Instituto do Bem-Estar em Rio Claro/SP, Bacharel em Educação Física UNESP/Rio Claro, Especialistas em Fisiologia do Exercício Unifesp/SP, Especialista em Marketing - Madia Marketing School, Master Coach Sociedade Latino Americana de Coaching, Diretor tecnico da Sociedade Brasileira de Personal Trainers, Premiado pela Sociedade Brasileira de Personal Trainers em Excelência pelos serviços prestados como Personal Trainer, Homenageado pelo CREF4/SP pelo Comprometimento e Ética Profissional em 2016. Eleito do Profissional do Ano na Categoria Emagrecimento pela USP de Ribeirão Preto em 2016, Criador do Método Storm12 com mais de 6000 alunos espalhados pelo Brasil e Exterior, Mestrando do Laboratório de Nutrição e cirurgia metabólica da FMUSP, na área de oncologia

Medicina do estilo de vida, implante hormonal e libido – Tudo o que você precisa saber

A endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato preparou um miniguia para o Dia Internacional da Mulher, com informações sobre as mudanças de hábito, implantes hormonais e libido. Confira:

 

Medicina do Estilo de Vida:

A base da Medicina do Estilo de Vida é a relação de confiança entre o médico e o paciente em busca da transformação dos hábitos de vida e, consequentemente, do estilo de viver. As informações recebidas pelo paciente o tornam capaz de tomar as rédeas da sua vida e, muitas vezes, além de prevenir doenças, fazer com que elas diminuam ou até mesmo desapareçam”, conta Dra. Lorena. A Medicina do Estilo de Vida está baseada em seis pilares: 


Atividade Física – Praticar no mínimo 30 minutos de atividade física por dia já resulta em mudanças na saúde e qualidade de vida.

 

Alimentação – Dê preferência para os alimentos in natura como vegetais e frutas. Evite alimentos industrializados.

 

Sono – Já ouviu falar em higiene do sono? Ler um livro, escutar uma música mais calma ou até mesmo meditar pode garantir uma qualidade melhor no nosso sono de cada dia e melhorar os episódios de insônia.

Não dormir direito pode acarretar diversos prejuízos à saúde como transtornos de concentração, disfunções imunológicas e até mesmo o surgimento de doenças crônicas.

 

Tóxicos – Embora sejam drogas legalizadas, o álcool e o tabaco podem causar doenças bem graves, como o câncer. Portanto, o recomendável é não fumar e moderar o uso de bebidas alcoólicas.

 

Estresse - Depressão, obesidade, disfunção de imunidade e ansiedade são doenças relacionadas ao estresse. A Medicina do Estilo de Vida entra ajudar o paciente a lidar com as questões que desencadeiam esses quadros. A atividade física é uma ótima escolha para minimizar esses efeitos.

 

Relacionamento – Relações saudáveis e constantes fazem bem para a saúde mental e física e pode contribuir para a prevenção dos quadros de depressão.

 

Implantes Hormonais:

Servem para fazer a reposição quando necessário, principalmente os esteroides sexuais – testosterona e estradiol - para pessoas que têm deficiência e indicação dessa reposição. “Temos algumas opções subcutâneas no mercado na forma transdérmica e na forma de géis, uma via considerada melhor que a via oral para reposição hormonal”, conta a especialista.

 

Os implantes hormonais são indicados para retirada cirúrgica de ovários, menopausa precoce e menopausa fisiológica tradicional. Mulheres com câncer de mama, eventos trombóticos e infarto, por exemplo, não estão indicadas a fazer o uso de reposição normal. É preciso individualizar para chegar ao melhor tratamento.

 

Libido: 

De 30% a 40% das mulheres terão alguma queixa de diminuição do desejo sexual. As alterações hormonais podem diminuir a libido feminina, entre elas as disfunções tireoidianas, as disfunções das gônadas e doenças que cursam com o aumento do hormônio prolactina. A depressão também pode diminuir o desejo sexual, já que as alterações psíquicas, assim como experiências prévias negativas relacionadas ao sexo, influenciam significativamente. Estresse, privação do sono, outras doenças sistêmicas quando descompensadas, interferem na libido.  

Dra. Lorena conta que durante a menopausa a mulher passa por diversas alterações hormonais que podem levar à diminuição do desejo sexual. “Somado a isso, as alterações hormonais podem levar a alterações físicas vaginais, diminuindo lubrificação e levando a maior chance de desconforto durante o ato sexual, o que acaba sendo mais um fator para diminuição do desejo. Privação de sono, tão frequente nessa fase da vida devido aos fogachos, além de questões psíquicas envolvendo as mudanças associadas ao climatério, também influenciam na alteração no padrão de desejo sexual feminino nessa fase da vida”, explica a médica. 

 Para ajudar as mulheres que estão passando por este momento, recentemente a Dra. Lorena lançou o livro “Onde está a minha libido?”. Em formato pocket e de leitura fácil, porém, sem deixar de tratar seriamente da questão, a especialista buscou inspiração nas mulheres que se encontram com mil afazeres diários, estresse e no início da menopausa, fatores esses que impactam diretamente na libido. O livro pode ser encontrado na bio da Dra. Lorena no Instagram.

 

Dra. Lorena Lima Amato - A especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM) e endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria. É doutora pela USP e professora na Universidade Nove de Julho.

https://endocrino.pro/


www.amato.com.br

Instagram: https://www.instagram.com/dra.lorenaendocrino/

Beijo No Carnaval: Especialista da Dicas de Riscos e Prevenções Para Sua Saúde Bucal.

Além do carnaval, sempre haverá eventos e festas, onde você vai conhecer pessoas, vai se divertir e vai beijar. A cirurgiã dentista Bruna Conde alerta a importância de ficar atento a sua saúde bucal e a do próximo, avaliar a sua boca primeiro e depois avaliar a do próximo de quem você for beijar.

Porque se preocupar com isso? Porque doenças são transmitida através do beijo, da troca de saliva, troca de bactérias. “Você pode estar afetando a sua saúde bucal e a do próximo também.” comenta a Dra. Bruna Conde, especialista em saúde bucal. 

“Eu aconselho você a se auto analisar, confira a cor da sua gengiva, se está inchada ou sangrando, se você está tendo alterações de hálito, bochechas, língua, lábios, não olhe somente os dentes, não é somente dentes brancos que é prioridade hoje em dia, eu foco muito na saúde. A estética é importante, porém a saúde vem em primeiro lugar, pois existe muita boca estéticamente bonita e a saúde bucal em péssimo estado.” alerta a Dentista Antenada. 

Uma das principais causas do mau hálito vem da gengiva. Qualquer limpeza no dentista não trata o mau hálito, precisa ser uma raspagem profissional, muitas vezes mais profunda, removendo acumulo dentro da gengiva, com instruções e educação em saúde para o paciente conseguir manter o que foi realizado em consultório.

“Uma garganta inflamada, irritada, com ou sem cáseos amigdalianos também contribuí para o mau hálito. Ao verificar qualquer cor, sintoma ou incomodo, procure imediatamente seu dentista e otorrino. Garganta precisa estar saudável também.” ressalta a Dra. Bruna. 

Em qualquer suspeita, procure o dentista capacitado em Halitose , lembrando que infelizmente existem dentistas que só focam na estética e não avaliam a saúde bucal do paciente, “Já tive muitos casos aqui no consultório onde o paciente me procura pois colocou aparelho ortodôntico estético, mas a gengiva não esta saudavel. O que essa pessoa vai precisar fazer? Suspender o tratamento com o aparelho ortodontico e se preocupar primeiro em cuidar as questões da saúde bucal, para depois pensar no aparelho ortodôntico, pois se não esse aparelho vai trazer graves consequências.” alerta a Dra. Bruna Conde. 

“Outro caso que aparece no consultório, é o paciente com lente de contato porém está acontecendo de as lentes estarem soltando, de estar com uma sensibilidade tudo por conta de não estar com saúde na gengiva .” explica a Dra. “Se você pensar em qualquer coisa relacionada a boca, priorize a saúde e profissionais que são especialistas e sabem trabalhar com saúde bucal.” completa Bruna Conde. 

A Dra. Bruna finaliza informando que com a saúde bucal em dia, você vai poder fazer qualquer tratamento odontológico com durabilidade, evitando ter que refazer e perdendo tempo, dinheiro e confiança.
Investir na sua saúde bucal, é um benefício para sua vida inteira.


Dra Bruna Conde - Cirurgiã Dentista.
CRO SP 102038


Índices de obesidade no Brasil crescem durante a pandemia

Médico cardiologista Dr. Carlos Portela explica por que isso aconteceu neste período e alerta para os cuidados com a saúde


            O mês de março é marcado por campanhas que alertam para os perigos da obesidade. O problema afeta milhões de pessoas em todo mundo e os índices aqui no Brasil não param de subir.

            Tecnicamente falando, a obesidade é geralmente causada pelo sedentarismo e consumo exagerado de alimentos ricos, principalmente, em açúcar refinado e gordura.

            “A obesidade gera diversos malefícios na vida pessoal, como o desenvolvimento de várias doenças: diabetes, pressão alta, alterações do colesterol, entre outras. Por ser uma doença inflamatória sistêmica, também altera a parte hormonal e cognitiva. Pode estar atrelada, ainda, à indisposição e a baixa autoestima, o que gera, nesses casos, sérios problemas emocionais”, explica o cardiologista e médico do esporte, Dr. Carlos Portela.

            De acordo com o profissional, o índice de obesos no Brasil que já vinha crescendo, aumentou ainda mais nos últimos dois anos e a pandemia da Covid-19 foi um dos fatores principais para esse crescimento. “A pandemia contribuiu com esse aumento exponencial. Isso porque a maioria das pessoas se tornou mais sedentária nesse período, devido à falta de locomoção e mobilidade. Muitos começaram a trabalhar no esquema de home office e passaram a se movimentar menos”, pontua o médico.

E para piorar a situação, as pessoas passaram a se locomover menos e aumentaram o consumo de fast food, e comidas via delivery, que na maioria das vezes não são lá muito saudáveis. “A mudança da rotina, o aumento do consumo de bebidas alcoólicas, a alteração da rotina do sono, da hora de dormir... Tudo isso contribuiu para o aumento no número de pessoas com sobrepeso ou obesidade no período da pandemia. E nos últimos anos, no Brasil, tivemos um aumento de quase 72% no índice de obesos ou indivíduos com sobrepeso. Para se ter uma ideia, saímos de 11,8 % em 2006 para 20,3% em 2019. Já a porcentagem de pessoas acima do peso saltou de 42,6% para 55,4% no mesmo período. Isso são dados de um levantamento da ABESO (Associação Brasileira Para Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica)”, alerta o Dr. Portela.

Outro dado importante da pandemia, de acordo com um estudo coordenado pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas, Nutrição e Saúde da USP, mostra que pelo menos 20% dos brasileiros ganharam, pelo menos, dois quilos nesse período pandêmico. “Isso devido ao isolamento social, o que elevou o sedentarismo. Portanto, pessoas que antes praticavam atividades físicas, não conseguiram fazer mais com tanta frequência. A alimentação ficou desregulada, desregrada, muitos alimentos industrializados, com maior teor de calorias e o aumento considerável do consumo do álcool”, ressalta o médico.

            E a obesidade acaba levando a outros sérios problemas de saúde, principalmente se não for levada a sério e tratada da forma adequada.

Além dos problemas cardiovasculares, já bem conhecidos, o excesso de peso piora o índice de doenças de quadros emocionais. A obesidade causa, ainda, refluxo, síndrome do intestino irritável (patologia bem comum e que tem origem psicossomática), quadros de diarreia, dor abdominal e excesso de gases. “A obesidade pode alterar a parte hormonal, levando a quedas de hormônios importantes para o organismo e, consequentemente, mais fadiga, cansaço e queda de libido”, explica o especialista.

A boa notícia é que a obesidade pode sim ser revertida e tratada, mas para isso é preciso força de vontade, dedicação e um tratamento multidisciplinar. E, como qualquer doença crônica, o tratamento é em longo prazo e não existem fórmulas ou medicamentos milagrosos. Portanto, fuja disso!

“O uso de medicamentos é necessário em momentos específicos do tratamento. Em muitos casos precisamos utilizá-los para tentar reverter alterações metabólicas importantes e auxiliar na aderência do paciente à jornada do tratamento. O que faz o paciente ter resultados satisfatórios é entender o processo e trilhar o caminho da construção de hábitos. Criar uma dependência medicamentosa ou medidas de padrões alimentares restritivos vão de oposto à construção de hábitos saudáveis. Por isso, nosso papel hoje é proporcionar entendimento e quebrar tabus, simplificando o processo e fazendo o paciente sentir e enxergar o que significa realmente ter saúde”, explica o Dr. Carlos Portela.

Além da mudança do estilo de vida, é preciso ter um ajuste no planejamento alimentar e de atividades físicas. Também é preciso haver uma melhora da saúde intestinal, acompanhamento do ponto de vista emocional, melhora da qualidade do sono, e apoio psicológico. Tudo isso está relacionado ao nosso trabalho”, diz o cardiologista, que coordena equipes de profissionais em São Paulo, em que todos estão alinhados no processo especial de conhecimento da dinâmica do paciente e do dia a dia dele, sempre de forma individual e personalizada.

“É muito importante ter em mente que, alguns fatores, vêm desde a infância da pessoa com obesidade, e esses problemas emocionais perduram até a vida adulta. É preciso olhar o paciente como um todo: emocional, psicológico, orgânico”, esclarece o profissional.


QUAIS INFECÇÕES NA GESTAÇÃO PODEM AFETAR O BEBÊ?

Imagem meramente ilustrativa
 Zika vírus, ainda em pesquisa, e sífilis preocupam


O mês de março começou como Tom Jobim já o cantava: com suas águas fechando o verão. É neste momento em que é preciso redobrar a atenção, pois o acúmulo de água parada das chuvas pode favorecer a proliferação do mosquito Aedes aegypti, causador de doenças como dengue, chikungunya e Zika vírus.

Esta última doença tem ganhado grande repercussão pelo fato de muitos casos de microcefalia estarem associados a ela. Pesquisas ainda estão sendo realizadas, nada está provado, mas assim como outras infecções podem ocasionar malformações no feto (inclusive microcefalia), não se pode descartar a possibilidade de que o Zika vírus também possa.

Assim como bactérias, protozoários, autoanticorpos, drogas, medicamentos e hormônios, os vírus de maneira geral podem cair na corrente sanguínea, e alguns deles passar da mãe para o feto através da placenta. “Nem toda infecção no feto causa malformação e a gravidade das interferências no desenvolvimento fetal é maior no início da gestação na maioria dos casos”, explica a ginecologista e obstetra Lilian Fiorelli, da Alira Medicina Clinica.

A preocupação maior no momento é com o Zika Vírus, mas outras infecções podem ser transmitidas de mãe para filho, na gestação. A obstetra listou abaixo as mais comuns e alerta: “um bom acompanhamento pré-natal é essencial e também pode ajudar a diminuir o risco de infecções na gestação e suas possíveis consequências para o feto, por isso não deve ser negligenciado”.


Toxoplasmose

É uma doença causada por protozoário que está presente principalmente nas fezes dos gatos e esta é a principal forma de transmissão às gestantes (seja pela manipulação das fezes do animal ou indiretamente nos pelos do gato). Pode ser transmitida também por carnes cruas ou malcozidas e, mais raramente, pela ingestão de alimentos mal lavados. A infecção no adulto, na maioria das vezes, é assintomática, outros podem ter dores musculares, febre, e até aumento dos gânglios do pescoço, que pode durar por muitos meses (neste evento, é chamada síndrome mono-like). Nos casos de imunidade baixa, pode haver acometimento do sistema nervoso, pulmão entre outros. O feto ou recém-nascido infectado pode ter sequela como surdez, cegueira, atraso no desenvolvimento psicomotor, anemia, convulsões, hidrocefalia, microcefalia e até aborto ou óbito fetal. Na gestante com essa infecção pode-se fazer tratamento o que diminui as consequências para o feto.


Rubéola

A rubéola é uma infecção viral que tem como sintomas erupções cutâneas, aumento dos gânglios linfáticos, febre baixa, dores articulares e cansaço. O vírus costuma ser transmitido pelo ar, através da aspiração de gotículas de saliva ou secreção nasal. Uma mulher grávida com rubéola pode transmitir o vírus para o feto, podendo causar problemas cardíacos, cegueira, surdez, hidrocefalia, microcefalia, aumento do fígado e baço e até aborto ou óbito fetal. Apesar de poder gerar malformações graves no feto, a boa notícia é que cada vez menos encontramos gestantes com a doença devido as vacinas. Por isso é importante estar com suas vacinas em dia.


Sífilis

É causada por uma bactéria muito comum chamada Treponema pallidum (entre 2005 e 2012 foram notificados 57.700 casos de sífilis em gestantes) e de transmissão predominantemente por via sexual. Pode se manifestar no início por feridas na região genital (chamada de cancro duro), e se não tratada pode ir para corrente sanguínea, afetando outras regiões gerando sintomas inespecíficos como febre e vermelhidão no corpo. A doença também pode passar por um período sem sintomas, chamada síflis latente, e, em casos mais graves, ocasionar problemas neurológicos como convulsões e demência. A infecção grave no feto pode ocorrer em 80% dos casos, e os sintomas podem variar desde a ocorrência do parto prematuro, restrição do crescimento, inchaço dos órgãos, anemia, alterações no pulmão, fígado, baço, pâncreas, ossos, surdez e até aborto ou mesmo a morte do bebê. O tratamento precoce com antibióticos na gestação é fundamental para diminuir a chance de alterações no feto.


 Hepatite B, Hepatite C e HIV

 

São vírus transmitidos por via sexual e contato direto ou indireto com o sangue infectado (como compartilhar agulhas, lâminas de barbear, ou mesmo equipamentos de manicure sem esterilização adequada). Os vírus da Hepatite B e C podem causar inflamação crônica do fígado e favorecer partos prematuros. A transmissão da Hepatite B para o bebê ocorre principalmente no parto.

A Hepatite C e o HIV podem ser transmitidos da mãe para o bebê pela placenta ou durante o parto. É importante destacar que os vírus podem ser encontrados no leite materno. Nenhuma destas doenças estão associadas a malformações fetais, mas são doenças crônicas.

Alguns fatores aumentam a chance de transmissão, como por exemplo: estágio clínico avançado da doença, quantidade de vírus no sangue da mãe e coexistência de outras infecções.


 Citomegalovírus 

O citomegalovírus integra a família das herpes, e a contaminação é feita por secreções contaminadas, como sangue, saliva, leite materno e outros. A doença, no adulto, é muitas vezes assintomática, mas pode provocar sintomas semelhantes a qualquer outra infecção viral e, por isso, seu diagnóstico só pode ser feito por meio de exame de sangue. A transmissão para o bebê é feita pelo sangue durante a gravidez, mas só quando a mãe tem a infecção na fase aguda da doença. No recém-nascido causa alterações no coração, pulmão, fígado, surdez, restrição de crescimento ou microcefalia. É uma doença rastreada no pré-natal nas pacientes de risco como profissionais de saúde e imunossuprimidos (que é quando o sistema imune está com baixa atividade).


 Estreptococo do grupo B 

É uma bactéria que pode estar presente na vagina da mulher e na maioria das vezes é assintomática. Contudo, se o bebê tiver contato durante o parto pode desenvolver infecções graves como pneumonias ou meningites. A pesquisa da bactéria é feita pelo “teste do cotonete” no pré natal e se positiva o tratamento é feito com antibiótico durante o trabalho de parto.


 Zika vírus 

Como já dito, a doença causada pelo zika vírus é transmitida pela mesma família dos mosquitos causadores da dengue e da febre chikungunya. Os sintomas incluem febre, dor nas articulações e músculos, conjuntivite e manchas vermelhas na pele e, geralmente, surgem 10 dias após a picada. Podem ocorrer outros sintomas mais inespecíficos como problemas digestivos, dor no abdômen, náuseas, vômitos, diarréia ou prisão de ventre, aftas e coceira pelo corpo.

A relação entre zika e microcefalia foi sugerida pela primeira vez no fim de novembro de 2015, mas ainda não se sabe como o vírus atua no organismo humano, quais mecanismos levariam à microcefalia e qual seria o período de maior vulnerabilidade para a gestante. Ainda não há tratamento nem vacina para o Zika vírus.

O Zika vírus também pode ser detectado na urina, placenta, fluido amniótico e até no sêmem. O uso da camisinha é recomendado na suspeita de infecção por Zika.

Caso sinta qualquer sintoma que possa indicar que está com o zika vírus a gestante deve informar ao médico sobre qualquer alteração em seu estado de saúde, principalmente no período até o quarto mês de gestação. 

 

www.aliraclinica.com.br


Dia Nacional dos Animais – Como você pode ajudar no combate ao abandono?

A população de cães e gatos cresce descontroladamente a cada dia, contudo, poucos que nascem conseguem ter um dono e uma vida descente. Segundo a Organização Mundial da Saúde, estima-se que, só no Brasil, existem mais de 30 milhões de animais abandonados. Em cidades de grande porte, para cada cinco habitantes há um cachorro. Destes, 10% estão abandonados. Trata-se de uma situação preocupante, na qual a castração pode ajudar muito.

Para se ter uma ideia, cada casal de cachorro que deixa de ser castrado tem a capacidade gerar 80 mil animais descendentes em apenas 10 anos. No caso dos gatos esse número é de 70 mil filhotes. Assim, mesmo com ONGs e protetores se esforçando e correndo contra o tempo para arrumar um lar para esses animais, ainda não é possível alocar todos eles, imagina daqui alguns anos com esses novos milhares. Dessa forma, se nada for feito a respeito, o ciclo irá continuar se repetindo, com mais animais de rua, mais gestações indesejadas, mais ninhadas abandonadas e assim por diante.

Mas, como você pode ajudar com a redução desses números? Para reduzir o número de animais abandonados em todo o país é essencial que a população se conscientize sobre a importância da castração. Essa atitude, por mais simples que seja, contribui para que seu pet tenha uma vida mais saudável, além de, ajudar a salvar a vida de muitos outros animais que não possuem a mesma oportunidade de ter um lar e receber os cuidados básicos que precisam.

As vantagens do procedimento são muitas, como a redução do risco de doenças como câncer de mama, útero, próstata, testículos e infecções, a eliminação da gravidez psicológica e a diminuição no roubo de animais de raça para a procriação e venda clandestina.

É importante ressaltar que a castração é a única saída para reduzir o número de animais de rua, assim como as doenças transmitidas por cães e gatos. Com o objetivo de contribuir para a mudança dessa realidade, estamos realizando na Clínica Veterinária Cuidar uma campanha de “Castração Solidária”, na qual oferecemos cirurgias de castração a preços acessíveis. Antes da cirurgia, o animal passa por uma consulta completa onde a equipe pode solicitar os exames pré-operatórios, verificar a possibilidade de doenças concomitantes e explicar todo o procedimento da cirurgia para o tutor do pet, com toda a segurança e orientação necessárias para o sucesso do procedimento.

Faça a sua parte você também! E, lembre-se, na hora de escolher um novo companheiro, priorize a adoção. Por mais que cachorros e gatinhos de raça sejam lindos, fofos e famosos, não faltam animais dóceis, amorosos e cheios de energia esperando por um lar. Juntos, tenho certeza que podemos mudar essa realidade!

 


Gabriela Muniz - formada em Medicina Veterinária e proprietária da Clínica Veterinária Cuidar.

 

8 de Março: O impacto das lideranças femininas nas empresas

Pesquisa aponta que mulheres representam 78% dos cargos de chefia em 295 companhias do Brasil

Relatório Women in Business mostra que mulheres são maioria nos cargos de liderança em 34% das empresas de médio porte no Brasil - Imagem: Unsplash


A representatividade feminina é cada vez maior na gestão das empresas de todo o planeta. No Brasil, uma pesquisa realizada pelo IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), mostrou que as mulheres ocupam 78% dos cargos de liderança em 295 companhias alocadas no país.  

Embora o apontamento seja positivo e os números mostrem clara evolução no quadro de líderes do sexo feminino, o Relatório Global de Gênero do Fórum Econômico Mundial, divulgado em 2021, não trouxe pontos positivos a curto prazo sobre a equiparação aos números de homens nos cargos de chefia. De acordo com o levantamento, a perspectiva para o fim da disparidade entre mulheres e homens na chefia das companhias na América Latina e no Caribe, tem como cenário base apenas o ano de 2091. A diferença também é considerável quando se trata de ganhos financeiros. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), elas ainda recebem cerca de 22% menos que os homens.  

Já no universo das franquias, o contexto se desenha mais favorável às mulheres. O estudo “Liderança Feminina no Franchising”, realizado pela ABF (Associação Brasileira de Franchising), aponta que as pessoas do sexo feminino comandam 49% das unidades próprias ou franqueadas. Ainda segundo a pesquisa, o faturamento dos estabelecimentos chefiados por gestoras chega a ser 34% maior do que nos liderados por homens. Segundo Leiza Oliveira, CEO da Minds Idiomas, o diferencial das líderes está na potencial resiliência de cada mulher. “Superar as barreiras que colocam em nosso caminho é uma missão diária para nós. Acredito que muito dessa capacidade de gestão vem dos desafios que nos impuseram e conseguimos superar. A força de vontade que nos tira da zona de conforto e nos faz enfrentar as batalhas traz ótimas recompensas e o resultado é consequência de todo o nosso trabalho”, declara Leiza. 

Para a CEO da Minds Idiomas, um dos aspectos mais relevantes para a ascensão das mulheres no mercado de trabalho é a possibilidade de aprender um novo idioma. O apontamento vai ao encontro de uma pesquisa do portal de empregos LoveMondays/Glassdoor, no qual o salário de uma pessoa do sexo feminino que seja bilíngue pode ser 50% maior. “O aprendizado de um novo idioma traz benefícios em diversos pontos. Além do salário, a chance de absorver uma cultura diferente e ter uma abertura para novas possibilidades, novos caminhos e a realização daquilo que antes não nos era permitido sonhar”, cita a CEO da Minds Idiomas. 

O dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, traz a lembrança de destacarmos todos os dias a importância do empoderamento feminino à frente de projetos que buscam a redução da desigualdade nas relações interpessoais e profissionais. Mais de 90% das franquias Minds tem uma mulher como Sócia franqueada, e tem orgulho em dizer que apoia todas as campanhas que favorecem o protagonismo das mulheres.

 

8 de março - Dia Internacional da Mulher

Em 8 de março de 1917, mais de 90 mil trabalhadoras tomaram as ruas da Rússia para protestar a favor da melhoria das condições de trabalho e de vida. O alvo das manifestações era o Czar Nicolau II (1868-1918). A luta das mulheres russas serviu como exemplo ao mundo e deu origem ao Dia Internacional da Mulher. A manifestação ganhou o nome de "Pão e Paz", pois as operárias se dirigiam de maneira direta contra as atrocidades cometidas durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918).


 

Minds Idiomas

https://mindsidiomas.com.br/

 

sábado, 5 de março de 2022

Home Office: 5 cuidados com a rotina de trabalho

 Especialista do GetNinjas elenca formas de manter o foco e ter uma rotina saudável trabalhando em casa


Após grande parte das empresas adotarem o modelo de trabalho remoto ou híbrido, mudanças na rotina foram necessárias. Para equilibrar a vida pessoal e profissional, é preciso adotar alguns cuidados no dia a dia. Andreia Girardini, Diretora de Pessoas e Cultura do GetNinjas, maior plataforma de contratação de serviços do Brasil, elenca cinco dicas de cuidados que os colaboradores podem adotar para ter uma rotina mais produtiva e saudável. Confira:

 

Manter a rotina de trabalho

Por conta do cotidiano, todos acabam tendo uma rotina, até mesmo aqueles que se consideram pouco organizados. Em situações de home office, Andreia considera importante criar ou manter uma rotina. Sendo assim, o recomendável é que o profissional acorde, tome banho, tome o café da manhã e até mesmo se vista como se fosse sair para o trabalho (não precisa ser nada elaborado, basta trocar de roupa). Assim, fica mais fácil para o cérebro entender que, apesar de estar em casa, é hora de trabalhar.

 

Respeito aos horários

O profissional também precisa determinar horários: se costuma entrar às 9h no escritório, ele pode ligar o notebook neste horário, por exemplo. A regra se aplica também ao horário de almoço e de finalização do expediente. “Você vai poupar tempo no trânsito, mas isso não significa que tenha que trabalhar mais. A sobrecarga de trabalho faz com que o colaborador perca qualidade de vida, o que causa desatenção e exaustão”, comenta Andreia. Outra recomendação é estabelecer pausas durante o dia. Ao finalizar uma tarefa, é possível reservar 15 minutos de descanso.

 

Espaço apropriado

Para manter-se focado, o profissional precisa encontrar um local na casa onde poderá trabalhar. O espaço ideal é aquele com boa luz, temperatura agradável e pouco barulho. Além disso, o conforto não deve ser deixado de lado; uma cadeira adequada e uma mesa são objetos em tese simples, mas que trazem resultados benéficos. Outro ponto importante é que o colaborador informe aos familiares o que o “cômodo ou lugar de trabalho” significa. Assim é possível minimizar e evitar interrupções e distrações.

 

Comunicação com o time

Apesar do modelo de trabalho home office separar geograficamente os times, o colaborador não deve se isolar do restante da sua equipe. Para isso, é importante usar de todas as ferramentas possíveis para que a comunicação não se perca. Segundo Andreia, um diálogo eficaz via mensagens, e-mails, ligações ou até mesmo videoconferências resulta na solução e refreia dúvidas e mal-entendidos.

 

Hora de desconectar

Saber o momento de se desconectar também faz parte do expediente. “Estar em casa não significa estar disponível para o trabalho 24 horas por dia, 7 dias por semana. O profissional não precisa necessariamente responder e-mail às 23h pelo smartphone deitado na cama”, aconselha Andreia.


Direito do Trabalho pós-reforma trabalhista e pós pandemia – lições para a nova crise que se aproxima

   

Estamos iniciando mais um ano, com a expectativa de nos reerguermos dos danos profusos e calamitosos advindos da pandemia de coronavírus Sars-COV-2, que causou uma crise sanitária, social e econômica sem precedentes na história do Brasil. Podemos dizer que se instalou um ambiente propício para meditarmos sobre o futuro, ponderarmos como evitar os erros do passado e, diante destas e de novas conjecturas, como criarmos um alicerce de esperança para a humanidade.

Penso que não basta ao operador do direito (o que inclui advogados, magistrados, defensores, promotores, assessores, entre outras tantas funções cujo ofício envolve a dedicação ao conhecimento jurídico) ter uma visão míope, seletiva, voltada somente ao contexto puramente jurídico (como uma visão kelseniana). Na verdade, há uma inconteste relação do direito com a realidade socioeconômica que não pode ser ignorada pela ciência jurídica.

Ouso dizer que, no Direito do Trabalho, a seguinte máxima de Radbruch encontra certa aquiescência pelos tribunais, particularmente por meio do fenômeno do ativismo judicial: “onde a justiça sequer é perseguida, onde a igualdade, que constitui o núcleo da justiça, é conscientemente negada pelas normas de direito positivo, a lei não apenas é direito injusto, mas em geral carece também de juridicidade”. É que, no Direito do Trabalho, impera o princípio protetor, que confere garantias para os interesses dos trabalhadores não serem fagocitados pelos interesses dos empregadores. Não são incomuns no Direito do Trabalho situações em que uma norma considerada ineficaz deixa de ser aplicada em prol da proteção à parte hipossuficiente, na grande maioria das vezes, o trabalhador.

Como advogado trabalhista, que atua tanto para trabalhador quanto para empregador, me debruço principalmente sobre as leis que regem as relações de trabalho. A natureza do Estado de Direito, aquele dedicado à defesa e aplicação dos direitos fundamentais, exige a atenção dos operadores do direito ao que foi legislado, não para servir como fonte exclusiva, mas para delinear as diretrizes jurídicas. Por sua vez, as diretrizes jurídicas devem se submeter aos fundamentos daquele Estado (no caso brasileiro, aqueles contidos no art. 1º da Constituição Federal). Portanto, quando o Estado de Direito, ainda mais aquele que segue o modelo romano-germânico, se abstém do dever de legislar ou de cumprir com sua função de defesa e aplicação dos direitos fundamentais, causa uma espécie de anarquia jurídica, que contribui essencialmente para a insegurança jurídica. É importantíssimo frisar que não estamos falando de uma lacuna ideológica. Queremos nos referir a normas que confiram eficácia à matriz jurídica, que se prestem ao dever de completude e necessidade de coerência do ordenamento jurídico.

Sem adentrarmos aos motivos, a crise socioeconômica causada pela pandemia exigia uma solução jurídica direcionada, que se atentasse às particularidades de um determinado subsistema social. Decisões genéricas ou que não precedessem de um estudo preparatório poderiam piorar ainda mais as mazelas.

Pois bem, infelizmente isso aconteceu com as relações de trabalho. Malgrado fossem publicados (com atraso) alguns diplomas normativos que cuidassem de parte das adversidades vindas com a pandemia (a título de exemplo, as Medidas Provisórias nº 927 e 936 e a Lei nº 14.151, todas de 2021), ainda persistiram notórias lacunas e problemas de integração. Os trabalhadores, empregadores e sindicatos foram postos em um pálio de incerteza e sem esperança de conseguirem a atenção do legislador (afinal, estamos vivenciando um Estado neoliberal, cuja abstenção se propaga de maneira incurável, como uma doença crônica).

Daí voltamos à questão da insegurança jurídica em um Estado de Direito. Estas falhas de lacunas e problemas de integração poderiam ser resolvidas de duas maneiras: ou mediante uma postura passiva dos operadores do direito para se submeterem à positivação de textos incoerentes ou recorrer à base princípio lógica para sanar tais inaptidões normativas.

Contudo, neste momento de descalabro socioeconômico, de urgência de tomadas de algumas decisões, muitos que recorreram ao estudo dos princípios acabaram frustrados. A visão que muitos operadores de direito possuem é de uma Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) obsoleta, que já possuía pontos desatualizados e remendados, em parte destruída conceitualmente pela deletéria Reforma Trabalhista (Lei nº 13.467/2017). Isto atordoou o estudo dos princípios e trouxe debates desconstrutivos para resolver dilemas.

Sim... aquela CLT que, por muitas décadas, serviu, ainda que com alguns contratempos e erros, para reger as relações de trabalho, sob o prisma da justiça social e do princípio protetor, já estava desvigorada e anêmica. É bem verdade que a investida neoliberal de 2017, que visava desmontar os fundamentos do Estado do Bem-Estar Social brasileiro, não conseguiu atingir o plano constitucional. Sem embargo, logrou em atacar, com ímpeto jamais visto, a seara infraconstitucional, mormente a CLT. E o carro de guerra neoliberal foi, justamente, a Reforma Trabalhista. Como consequência desta hostilidade ideológica, a principal lei trabalhista passou por uma espécie de guerra interna, com alguns setores dominados pelo espírito protecionista e, outros, pelo contratualista, uma verdadeira baderna que não se admite em um texto legal.

Ora, por mais que as normas infraconstitucionais estejam submetidas aos cânones das normas constitucionais, é fato que essa disfunção normativa causou sérios prejuízos de difícil reparação. É o caso da possibilidade de condenação a honorários sucumbenciais de quem fosse beneficiário da Justiça Gratuita (art. 790-B, §4º e 791-A, §4º, ambos da CLT), flagrante intempérie ao direito fundamental do acesso à justiça aos hipossuficientes, contida no artigo 5º, inciso LXXIV, da Lei Maior, que somente foi resolvida recentemente na ADIN 5.766, no final de 2021. Ou seja, durou cerca de quatro anos para remediar dois dispositivos legais que, além de inconstitucionais, feriam de morte a missão do Processo do Trabalho, que é facilitar o acesso do trabalhador ao Poder Judiciário – um dispositivo cujo mens legislator e era, evidentemente, desencorajar o obreiro a buscar os seus direitos, ainda que isto custasse o próprio acesso à justiça.

A flexibilização e desregulamentação produzida pela Reforma Trabalhista também trouxe princípios ínsitos do neoliberalismo. A exemplo disto, o famoso “negociado sobre o legislado”, entusiasticamente talhado pelo legislador reformista no artigo 611-A da CLT. São situações diversas onde, apesar do arranjo legislativo, há uma fabricada supremacia de convenção ou acordo coletivo. Com efeito, esta concepção abalou ainda mais a segurança jurídica e desencadeou conflitos internos no ordenamento jurídico-trabalhista.

Enfim, após esse desastre econômico carregado pela pandemia, existe um iminente risco de precarização e marginalização em massa do trabalho digno. Já estamos presenciando um movimento constante de contratações irregulares, sonegações de direitos e fraudes. Infelizmente, isso é inevitável, pois, o capitalismo não poupa quem não se adequa às suas regras.

Lamentavelmente, a recente triste guerra na Ucrânia, com todos os seus corolários negativos aos países envolvidos e ao cenário mundial, deve agravar ainda mais o caos da pandemia. Sendo assim, como o Brasil, no âmbito de seus entes da federação, que já passa por fortes atritos políticos e ideológicos, mal gerido, possui uma economia amplamente globalizada e não é autossuficiente em muitos setores estratégicos, há uma evidente potencialização da ruína socioeconômica. A curto prazo a mão-de-obra sofrerá com tendências de barateamento, o que levará à insuficiência para custear vida digna de muitos trabalhadores e suas famílias. Por outro lado, muitos empregadores não conseguirão suportar os altos gastos para se manterem, correndo preocupante risco de falência.

Este é o momento de defendermos um Direito do Trabalho mais atuante e um Processo do Trabalho mais justo. Veja bem, não estamos aqui condenando o mercado ou o capitalismo em si, mas precisamos reconhecer que seu metabolismo exige de uma nação adaptações drásticas para não escantear aquela porção da sociedade que é mais frágil. Somente o Estado de Direito, mesmo com todas as suas imperfeições, pode positivar leis e trazer segurança jurídica, cumprindo sua missão de zelar pelos direitos fundamentais.

Nessa altura, precisamos fazer estas e outras elucubrações para avaliar se manter essa política neoliberal e semi-agorista é o que vai garantir os direitos fundamentais do trabalhador e eficiência dos princípios trabalhistas, se vai almejar a justiça social. Negar a hipossuficiência em vários espectros do trabalhador, colocá-lo “quase” em pé-de-igualdade com o empregador e tirar as garantias legais é o mesmo que ordenarão mar a direção das águas. Citando uma frase de Jorge Luiz Souto Maior[1], muito pertinente para esta discussão: “Não é apenas de sensibilidade e compaixão que se fala, portanto. É de obrigações jurídicas sociais a todos impostas, sobretudo, em momento de efetiva crise humanitária.”

 


Dr. Rubens Luiz Schmidt Rodrigues Massaro - advogado e professor

 

 

Epifania Multimídia

11 974.651.990


Livro ensina passo a passo para estruturar carreira de sucesso


“Como vencer na vida sendo apenas você!” é mais que um título de livro, é a proposta de legado do médico André Evaristo Marcondes, um dos maiores especialistas em cirurgia de coluna na América Latina, que escreveu um manual para que todas as pessoas conquistem uma vida plena, partindo da sua realidade para a evolução. E tudo pode ser feito a partir de incentivo e conhecimento.

 

“Sempre quis escrever um livro, mas há anos me incomodo com a falta de perspectivas de enriquecimento das pessoas. O livro mostra a importância do planejamento de uma vida abundante, que estão baseados nos valores familiares, a prioridade da educação, a dedicação na construção de ações positivas com corpo, alimentação, atividade física, a espiritualidade, a inclusão da cultura e eventos que ajudem na ampliação do networking e – não menos importante – a educação financeira”, explica Dr André Evaristo Marcondes.

 

Para o autor, algumas características são comuns a todas as pessoas com uma carreira de sucesso, passando pelo: autoconhecimento, capacidade de se aprimorar e inspirar os outros ao redor, relacionamentos pessoais, desenvolvimento de certas competências universais e comunicação. No livro, Dr André Evaristo Marcondes dá  dicas para alicerçar uma carreira de sucesso:

 

· Força: liste suas habilidades e especializações.

· Oportunidades: analise o cenário e liste o que pode ser vantajoso e aliado as suas forças.

· Fraqueza: liste pontos que considera fracos e coisas em que você precisa melhorar.

· Aparência e boas maneiras: Além da roupa, a forma como você se apresenta é também essencial para uma primeira boa impressão. Ser agradável, manter a postura reta, tratar o próximo com educação e respeito podem destacar você.

· Trace um plano de estudos: cursos técnicos, faculdade, especialização. E devemos levar em conta que vivemos numa época em que as mudanças acontecem rapidamente, então uma atualização constante é necessária. Isso determina a sua permanência e competitividade no mercado de trabalho ou deixa você para trás, o que vale para todas as profissões.

· Desenvolvimento de competências: ética, liderança, inteligência emocional, gestão do tempo, produtividade e lidar com críticas são pilares para estruturar a carreira de sucesso. O marketing é importante: essa é uma área essencial com uma série de ferramentas para uma estratégia de sucesso de carreira profissional. Agora nada disso adianta muito sem um plano de divulgação, sem mostrar às pessoas, da forma correta, o que você tem a oferecer, porque merece se destacar e conquistar uma chance.

· Atenção às redes sociais: as contas particulares são observadas pelas empresas, então qualquer conduta extremista ou que possa comprometer a sua imagem, prejudica toda a estratégia. Por isso, vale a pena planejar os canais em que vai atuar e divulgar.

 

O livro “Como vencer na vida sendo apenas você!”  tem 360 páginas. Preço: R$ 59,90 e ebook por R$ 49,90 (Amazon)

 

 

Dr. André Evaristo Marcondes - médico e empresário de sucesso, é um dos mais renomados cirurgiões de coluna da América Latina, referência para a mídia nacional e internacional com informações de saúde, tem várias publicações científicas e mantém um trabalho nas redes sociais de comunicação leiga visando o bem-estar e a saúde da população - https://www.dicasdrcoluna.com.br/


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