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terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Acidente Vascular Cerebral (AVC): Entenda um pouco mais da doença que acomete tantos brasileiros

A enfermidade é a segunda maior causa de mortes e a principal razão da incapacidade no mundo 


O Acidente Vascular Cerebral, também conhecido como AVC, é uma doença que acontece quando o fluxo sanguíneo em uma parte do cérebro para de circular. Existem dois tipos de AVC, o hemorrágico, quando um vaso sanguíneo no cérebro se rompe, causando inchaço, pressão e danos às células cerebrais devido ao derramamento de sangue sobre elas. E o isquêmico, que ocorre devido um coágulo formado num vaso cerebral, bloqueando o fornecimento de sangue para uma parte do cérebro, como infelizmente aconteceu no caso do jornalista e cineasta, Arnaldo Jabor. 

Segundo a World Stroke Organization, mais de 13 milhões de pessoas terão um AVC todos os anos e cerca de 5,5 milhões de pessoas morrerão em consequência disso. 

As maiores dificuldades de quem sofre um AVC são as complicações que a pessoa poderá desenvolver logo após o derrame cerebral, como por exemplo a espasticidade, que é o aumento involuntário das contrações dos músculos, podendo ocasionar rigidez muscular, sendo uma condição que afeta profundamente a qualidade de vida de um paciente com AVC. Além disso, existem outros problemas, como:

  • Fadiga;
  • Edema (inchaço por acúmulo de líquidos) das extremidades;
  • Dificuldades relacionadas à alimentação, como falta de apetite, recusa alimentar, dificuldade de reconhecimento visual do alimento, alterações de olfato e paladar etc.;
  • Paralisia facial;
  • Fraqueza muscular;
  • Diminuição ou aumento da sensibilidade;
  • Alterações visuais, como perda da visão central e problemas com movimentos oculares e de processamento visual;
  • Limitação de atividades motoras e funcionais;
  • Afasia, distúrbio que afeta a forma e uso da linguagem oral e escrita.

Para identificar se o AVC afetou as funções sensoriais, motoras, cognitivas ou psicomotoras e qual o nível de comprometimento do paciente, é necessário que ele seja submetido a uma avaliação realizada por uma equipe especializada, que envolve médicos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e psicólogos. Essa avaliação é fundamental para definir um plano de reabilitação efetivo e que ajude na recuperação do paciente. 

De acordo com um estudo multicêntrico realizado por médicos brasileiros, chamado BCause, 45% dos pacientes chegam tardiamente à reabilitação pós-AVC e os principais motivos para que isso aconteça são a falta de encaminhamento médico e a dificuldade de acesso e transporte para chegar nos centros especializados em reabilitação. 

A melhor maneira de evitar as dificuldades e consequências após o AVC é prevenindo o surgimento do quadro. Alguns dos fatores de risco do derrame cerebral são a hipertensão, tabagismo, alcoolismo, diabetes, sedentarismo, obesidade, síndrome metabólica, doenças cardiovasculares, entre outros1. Além de tratar ou controlar esses fatores, existem alguns hábitos que ajudam a prevenir o acidente vascular cerebral, como praticar exercícios físicos, manter uma dieta equilibrada e não fumar.
 

Caminhos Pós-AVC 

Para compreendermos mais sobre a prevenção, reabilitação e a vida do paciente pós-AVC, foi criada a iniciativa Caminhos Pós-AVC que envolve associações de pacientes (Associação de Avecistas do Estado de São Paulo, Associação Acidente Vascular Cerebral de Cuiabá), sociedade médicas (Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares, Associação Brasileira de Medicina Física e Reabilitação) e a Ipsen, com o objetivo de aumentar a conscientização da população sobre fatores de risco, prevenção e dedicando um espaço especial para os cuidados no pós-AVC. 

A iniciativa pretende valorizar a importância da reabilitação, promovendo a troca de experiências, dando voz aos pacientes, familiares, cuidadores e profissionais de saúde, para valorizar suas histórias e vivências durante a jornada de reabilitação no pós-AVC. A campanha é dividida em três temas, nos quais serão abordados a vida após o AVC, o acidente vascular cerebral e a sua prevenção. 

Para mais informações da iniciativa, clique aqui ou procure nas redes sociais por “Caminhos Pós-AVC”.


Medicamento contra câncer de mama agressivo da AstraZeneca apresenta resultados promissores: entenda como funciona

Trazendo um maior leque de possibilidades para os tratamentos, terapia pode aumentar a sobrevida e evitar a progressão da doença

 

Nesta segunda-feira, 21 de fevereiro, a AstraZeneca divulgou que o Enhertu, medicamento destinado ao tratamento contra o câncer, trouxe resultados bastante positivos para as pacientes com tumores agressivos na mama pela primeira vez. 

Comparado à quimioterapia tradicional, foi possível observar que o medicamento promoveu um aumento na sobrevida e o estadiamento do câncer de mama metastático de níveis inferiores da proteína HER2 - um oncogene presente entre 25% a 30% dos casos desta neoplasia. Vale lembrar ainda que, atualmente, a quimioterapia é o único meio de tratamento para pacientes com tumores RH positivos (após progressão de terapia endócrina), quanto RH negativos. 

Apesar do anúncio já se mostrar bastante promissor até o momento, a farmacêutica irá apresentar dados detalhados do estudo durante uma conferência médica em breve. Além disso, as agências reguladoras devem ser contatadas para um possível uso ampliado do tratamento. 

Para Daniel Gimenes, oncologista da Oncoclínicas em São Paulo, esse é mais um avanço da ciência no combate ao câncer de mama. "O tratamento irá oferecer um maior leque de opções para as mulheres e isso é extremamente animador. Em um futuro próximo, o medicamento irá ajudar milhares de pacientes a passarem bem por uma fase tão delicada", comenta. 

O medicamento, apesar de ter sido testado em mulheres que fizeram entre três e quatro terapias anteriores, também será disponibilizado para estudos futuros em pacientes nos estágios iniciais do câncer de mama, ou seja, com o HER2 alto ou baixo. "Isso irá permitir que mais pessoas sejam elegíveis ao tratamento por ano, abrindo portas para um grupo muito maior", explica o oncologista. Durante os ensaios clínicos, a AstraZeneca explicou que o perfil de segurança do medicamento foi consistente e não trouxe possíveis preocupações. 

Vale lembrar que os tumores de mama estão no topo do ranking dos tipos de câncer mais diagnosticados em todo o mundo, segundo o último relatório Globocan 2020, divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) - são aproximadamente 2,3 milhões de novos casos por ano, o que representa 24,5% dos diagnósticos da doença em mulheres. Anualmente, são estimados 684.996 óbitos, correspondendo a 15,5% da mortalidade pela neoplasia. 

No Brasil, o câncer de mama é o mais incidente no público feminino de todas as regiões, seguido pelo câncer de pele não melanoma. Além disso, é também a primeira causa de morte pela doença em mulheres no país. Em 2022, estima-se que ocorrerão 66.280 novos casos da neoplasia, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA).

 

Como o tratamento funciona? 

Pertencente às terapias conjugadas de drogas de anticorpos (ADC), o Enhertu, comercializado desde 2019 para os cânceres gástricos causados por HER2, faz com que esses anticorpos sejam ligados às células tumorais e, com isso, substâncias químicas sejam depositadas no local do tumor, matando as células. 

É importante ressaltar que, além do câncer de mama, o medicamento também está sendo estudado para o tratamento de outros tipos de câncer, como é o caso do colorretal, pulmonar e gástrico. "Apesar de ainda ser cedo demais para afirmar sobre os resultados, todos os passos e conquistas trazem esperança e otimismo para esse recurso terapêutico", finaliza Daniel Gimenes.


Sintomas de COVID-19 são mais frequentes em usuários de cigarros eletrônicos

Novos estudos mostram que o uso de vaporizadores é tema sério que precisa de maior cuidado e atenção


Apesar de a venda e importação do cigarro eletrônico serem proibidas no país desde 2009, o uso do dispositivo só aumenta -- principalmente entre jovens. Dados da última Pesquisa Nacional de Saúde (PNS 2019) divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram cerca de 1 milhão de brasileiros usuários dos chamados vaporizadores.

Segundo o oncologista torácico Carlos Gil Ferreira, presidente do Instituto Oncoclínicas, existe uma falsa imagem divulgada de que o cigarro eletrônico causa menores danos para o organismo por não produzir fumaça. “A ideia de que o dispositivo não faz mal à saúde é falsa, ele faz mal sim, causa dependência, possui níveis de toxidade tão prejudiciais à saúde quanto o cigarro comum e já existem vários estudos sobre isso”, afirma.


Covid-19: sintomas são mais comuns em usuários de cigarros eletrônicos

De acordo com uma nova pesquisa feita pela Mayo Clinic, publicada em janeiro no Journal of Primary Care & Community Health, pessoas que usam cigarros eletrônicos e testam positivo para COVID-19 têm mais chances de experimentar sintomas da doença quando comparadas com quem não inala o vapor do cigarro eletrônico. Os dados foram coletados de um total de 1.734 pacientes, entre 1º de março de 2020 e 28 de fevereiro de 2021, com diagnóstico confirmado de COVID-19. Destes, 289 faziam uso de vaporizadores. Todos os sintomas comuns da COVID-19, como dores de cabeça, dores musculares, dor no peito, náusea e vômito, diarreia e perda de olfato e paladar foram relatados com maior frequência entre as pessoas que faziam uso do cigarro eletrônico.

Além disso, pessoas que testaram positivo para COVID-19 e inalaram o vapor do cigarro eletrônico e também fumaram tabaco, reclamaram de dificuldade respiratória e fizeram visitas mais frequentes ao pronto-socorro do que pessoas que não usavam o cigarro eletrônico.


Cigarro eletrônico não ajuda a parar de fumar cigarro convencional 

“Apesar de a indústria tabagista querer nos convencer do contrário, não existem estudos comprovando que o cigarro eletrônico possa ajudar a pessoa a largar a nicotina. Quem quer parar de fumar e está com dificuldade deve procurar ajuda porque pode ser um caminho bastante árduo e sofrido”, afirma Carlos Gil. 

Em artigo publicado em janeiro na revista Tobacco Control, do grupo British Medical Journal, pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego, financiado pelos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA, mostraram que o consumo de cigarro eletrônico com nicotina, teve, em média, 7% menos eficácia do que outras estratégias para largar o vício. Segundo o estudo, mesmo os voluntários que não usaram nenhum tipo de ajuda para tentar largar o vício tiveram mais sucesso que os usuários de cigarro eletrônico. 

“No Brasil, temos opções como o Sistema Único de Saúde (SUS) que oferece tratamento gratuito nas Unidades Básicas de Saúde e nos Hospitais, além de algumas instituições privadas que também oferecem programas de cessação do tabagismo”, conclui Carlos Gil. Um exemplo é o Grupo Oncoclínicas, com o apoio do Instituto Oncoclínicas, que vem conduzindo um amplo programa para pacientes e colaboradores. 

 

Dr. Carlos Gil Ferreira – graduo em Medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1992) e doutorado em Oncologia Experimental - Free University of Amsterdam (2001). Foi pesquisador Sênior da Coordenação de Pesquisa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) entre 2002 e 2015, onde exerceu as seguintes atividades: Chefe da Divisão de Pesquisa Clínica, Chefe do Programa Científico de Pesquisa Clínica, Idealizador e Pesquisador Principal do Banco Nacional de Tumores e DNA (BNT), Coordenador da Rede Nacional de Desenvolvimento de Fármacos Anticâncer (REDEFAC/SCTIE/MS) e Coordenador da Rede Nacional de Pesquisa Clínica em Câncer (RNPCC/SCTIE/MS). recebeu o Partners in Progress Award da American Society of Clinical Oncology. Presidente Eleito da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica para o período 2023-2025.

O Dia Mundial das Doenças Raras e a importância do diagnóstico precoce em bebês

O último dia de fevereiro foi escolhido como a data para aumentar a conscientização sobre as doenças raras

 

Estima-se que 13 milhões de pessoas sejam afetadas por doenças raras no Brasil, de acordo com pesquisa da Interfama. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera uma doença rara, aquela que afeta até 65 pessoas em cada 100 mil indivíduos, ou seja, 1,3 para cada 2 mil pessoas.  

O Dia Mundial das Doenças Raras é lembrado em mais de setenta países no último dia de fevereiro. A data foi instaurada em 2008, pela organização não-governamental e sem fins lucrativos Eurordis – Rare Diseases Europe, que representa 894 organizações de pacientes com doenças raras em 72 países. A campanha visa a conscientização sobre o impacto das doenças raras na vida dos pacientes e seus cuidadores, assim como, a melhora do acesso aos tratamentos e à assistência médica.   

Algumas características das doenças raras são: elas são crônicas, progressivas e muitas delas incapacitantes. Elas podem ser degenerativas e também levar à morte. Muitas dessas doenças não têm cura, apenas tratamento, que consiste em acompanhamento médico com o intuito de aliviar ou retardar o aparecimento de sintomas.  

Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil existem cerca de 240 serviços que oferecem ações de assistência e diagnóstico. “De maneira geral, no entanto, o que acontece é um ‘odisseia’ do diagnóstico, na qual o paciente leva anos para descobrir a doença rara, o pode atrasar o acesso ao tratamento, ou até pior, levá-lo à morte”, explica David Schlesinger, neurologista e geneticista, CEO da Mendelics/meuDNA. Sem identificar a doença ou fazer o tratamento, 30% dos pacientes morrem antes dos cinco anos de idade.  

Existem de seis a oito mil tipos de doenças raras, 75% podem afetar crianças e 80% delas têm origem genética. Como muitas das doenças são genéticas, surgem na infância e o diagnóstico precoce se faz imprescindível para oferecer o suporte adequado aos pacientes, os pais de bebês devem estar atentos à realização de testes de triagem neonatal. Para isso, eles contam com um aliado importante: o meuDNA Bochechinha, que é um teste de mapeamento genético capaz de identificar a predisposição genética de bebês a mais de 340 doenças raras, graves, silenciosas e tratáveis, desenvolvidas na primeira infância. 

O teste é aprovado pela Anvisa e não é invasivo, basta uma coleta de saliva do bebê. A coleta de DNA da bochechinha do bebê é muito rápida, simples e indolor, com o uso de um SWAB bucal, um cotonete especial do kit. Em menos de 1 minuto, é possível realizá-la, sem apresentar nenhum risco. O resultado é disponibilizado online em até 28 dias e pode ser adquirido pelo site da marca, ou em farmácias.  

Caso seja identificado que a criança tem risco aumentado para alguma doença, é importante o acompanhamento de um médico geneticista.

Todas as doenças que podem ser identificadas pelo meuDNA Bochechinha são tratáveis. Algumas de forma simples, como dieta restritiva, a ingestão de determinada vitamina ou evitar situações de risco ao longo da vida, até tratamentos mais complexos que envolvem acompanhamento multidisciplinar e uso de medicações específicas, de alto custo. Quanto antes a predisposição for identificada, mais cedo pode-se realizar o acompanhamento médico e maiores as chances de uma vida saudável. 
 

As doenças raras mais comuns que aparecem nos resultados do teste são: talassemia, fenilcetonúria, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita, galactosemia, doença do xarope de bordo e homocistinúria. Todas enfermidades graves, mas que identificadas precocemente têm tratamento. 

Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) tem 36 Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDTs) para doenças raras. O objetivo dos tratamentos é controlar a doença e dar qualidade de vida ao paciente, mesmo que não tenha cura; descobrir a predisposição, pode evitar progressão e sequelas. 

 

 

meuDNA Bochechinha - teste de mapeamento genético capaz de identificar a predisposição genética de bebês a mais de 340 doenças raras, graves, silenciosas e tratáveis, desenvolvidas na primeira infância. O teste é aprovado pela Anvisa e não é invasivo, basta uma coleta de saliva do bebê. A coleta de DNA da bochechinha do bebê é muito rápida, simples e indolor, com o uso de um SWAB bucal, um cotonete especial do kit. Em menos de 1 minuto, é possível realizá-la, sem apresentar nenhum risco. O resultado é disponibilizado online em até 28 dias e pode ser adquirido pelo site da marca, ou em farmácias. 

Como diferenciar os sintomas da gripe e da Covid-19?

 Pneumologista pediátrica do Hospital São Camilo SP explica diferença entre as doenças e dá detalhes sobre a variante Ômicron 

 

Atípica para a época, a gripe vem provocando surtos de casos por todo o país. Causada pelo vírus influenza A H3N2 (cepa Darwin), ela acomete pessoas de todas as idades, gerando um mal-estar intenso.

Conforme a Dra. Ana Clara Toschi, pneumologista pediátrica da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, tanto as gripes como os resfriados são doenças mais comuns no outono-inverno. “Ambas são infecções virais das vias respiratórias e apresentam sintomas semelhantes”, explica.

A Covid-19, por sua vez, é causada pelo vírus SARS-CoV-2. As infecções causadas pela gripe ou pela Covid-19 também possuem alguns sintomas parecidos entre si, como febre, calafrios, tosse, fadiga (cansaço), dor de garganta, nariz escorrendo ou entupido, dores musculares e no corpo, dor de cabeça, vômitos e diarreias. Clinicamente, não é possível diferenciá-los, então, mesmo os casos mais leves, devem ser testados.

Tem sido observada também a coinfecção dos vírus Influenza e Coronavírus, chamado de Flurona: Influenza (flu) e Corona (rona). Não se sabe ainda, no entanto, se a infecção simultânea contribuiu para o aumento da gravidade e das internações.

No caso da variante Ômicron, reitera a Dra. Ana Clara, ela aparenta ser mais transmissível, tem período de incubação mais curto (cerca de três dias), mas sem aumento na mortalidade (em vacinados, a maioria dos casos vai de leve a moderado). Vale ressaltar, no entanto, que ainda são necessários mais estudos.

Os especialistas não sabem ao certo se isso é resultado da imunidade existente, por conta das vacinas, ou se é uma característica da Ômicron. Estudos recentes apontam que a variante pode ser menos agressiva por ficar muitas vezes limitada às vias aéreas superiores, poupando os pulmões, o que difere das outras variantes anteriores. Os pacientes afetados pela Ômicron, em geral, também não apresentaram perda de olfato ou paladar.

Para esclarecer a diferença entre as doenças e auxiliar na prevenção e no autocuidado, a especialista ainda responde a outras dúvidas sobre as enfermidades.
 
A gripe é um resfriado forte e o resfriado é uma gripe fraca?
Não. Gripes e resfriados são causados por vírus respiratórios distintos. Embora tenham alguns sintomas semelhantes, os sintomas da gripe são de maior intensidade e duração.


 
Hábitos saudáveis previnem gripes e resfriados?
Alguns hábitos auxiliam o sistema imunológico e, por isso, podem prevenir gripes e resfriados, já que o organismo fica mais resistente às infecções. Alimentação equilibrada e rica em vitaminas e minerais, bem como a prática de atividades físicas, são alguns deles. Além disso, é importante manter-se hidratado, pois fluidifica mais as secreções e, assim, auxilia a expectoração.


 
A vacina contra Influenza causa gripe?
Não. As vacinas da gripe disponíveis no Brasil utilizam vírus atenuado ou inativo, incapazes de causar infecção. No entanto, a resposta vacinal demora cerca de duas semanas após a imunização, portanto, neste período, é possível que a pessoa vacinada contraia a gripe.
 


Essa mesma vacina dura para sempre?
Não. Devido à alta taxa de mutação do vírus influenza, além do fato de que os anticorpos adquiridos após a vacinação diminuem ao longo do tempo, é necessário aplicar nova dose anualmente.

 

Tomei a vacina da gripe que não tem essa nova cepa, então não estou protegido?

Apesar desta cepa Darwin não fazer parte da vacina da gripe 2021, ela confere imunidade cruzada parcial, ou seja, há certa proteção sim. 

  
É preciso tomar antibióticos para tratar a gripe?
Não. Os antibióticos devem ser usados apenas quando houver infecção bacteriana secundária e sempre com orientação médica. Em casos de gripe, podem ser usados antitérmicos e analgésicos para aliviar os sintomas da doença, como febre e dores no corpo.


 
Resfriado mal curado pode virar gripe?
Não. Resfriados e gripes são causados por vírus diferentes. O que pode ocorrer é infecção pelo vírus Influenza após o resfriado, devido à baixa imunidade.
 
Por fim, a pneumologista recomenda a manutenção dos cuidados de prevenção, com a higienização das mãos com água e sabão ou álcool em gel, uso de máscara e distanciamento social.



 

Hospital São Camilo

@hospitalsaocamilosp

Alerta: 09 sintomas da Apneia do Sono!

Estima-se que 50% da população brasileira se queixa de sono ruim e aproximadamente 30% da população adulta sofre de apneia do sono, de acordo com pesquisa do Ministério da Saúde. 

“Esses números são alarmantes e infelizmente a maior parte dos pacientes (entre 85% e 90%) convive com a doença sem receber o diagnóstico e continua sem tratamento. As apneias do sono, basicamente, são pausas respiratórias por no mínimo 10 segundos durante o sono e quando muito intensas e frequentes, causam a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS), que pode aumentar muito a mortalidade e os riscos de problemas cardiovasculares graves como um derrame cerebral (AVC- Acidente Vascular Cerebral) ou um infarto agudo do miocárdio”, explica o otorrinolaringologista Dr. Alexandre Colombini. 

O especialista explica também que tem tratamento para ronco e da SAOS, claro, variando de acordo com a gravidade de cada caso. Os procedimentos podem ser feitos desde medidas clínicas até cirurgias, melhorando a qualidade de vida e aumentando a sobrevida dos pacientes. E ressalta ainda que existem também alguns mitos envolvendo essa doença, por exemplo, nem todos os roncadores tem apneia, porém, o ronco é sinal de alarme para um possível distúrbio do sono associado.

 

Abaixo Dr. Alexandre Colombini separou novo sintomas da Apneia do Sono. Fique em alerta e busque ajuda médica:

1-Sensação de sufocamento durante o sono;

2- Dor de cabeça matinal;

3-  Acordar no meio da noite para ir ao banheiro;

4- Dificuldade de concentração;

5-  Perda de memória;

6- Diminuição do desejo sexual;

7- Irritabilidade;

8- Boca seca ao acordar;

9- Saliva excessiva.

   

Dr. Alexandre Colombini - Otorrinolaringologista, formado pelo renomado Instituto Felippu e Membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico.


Pesquisa aponta que população busca economizar nas farmácias em 2022 -- veja 5 orientações para comprar melhor

Em 2022 o consumidor está mais atento para economizar em compras nas farmácias, isso é o que aponta a 5ª Edição da Pesquisa Sobre o Comportamento do Consumidor em Farmácias no Brasil finalizada em 2022, realizado pelo IFEPEC - Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Corporativa - em Parceria com a Unicamp e que entrevistou 4.000 consumidores em todo o país. 

Dentre os pontos apontados na pesquisa, uma mudança no perfil em relação aos outros anos é que mais consumidores afirmam que o preço foi o principal fator para a escolha da farmácia, atingindo 79,9% dos entrevistados. No ano anterior esse número era de 75,4%. Além disso, mais de 86% dos consumidores entrevistados reportaram participar de algum programa de fidelidade, o que comprova que essas ações continuam em alta.

Um dos pontos de destaque do levantamento foi a queda na cesta de produtos adquiridos pelos consumidores e, consequentemente, diminuição do ticket médio de vendas. “Segundo os dados da pesquisa que é realizada anualmente, com consumidores de forma presencial, se percebe alguns importantes e relevantes reflexos da diminuição de poder aquisitivo da população. Atualmente se compra menos unidades por visitas às farmácias e se busca produtos de preço menor, com isso a redução do ticket médio é bastante significativa”, aponta o presidente da Febrafar, Edison Tamascia.

Percebe-se que a quantidade de unidades adquiridas em uma cesta de compra que era de três produtos na média em 2020, passou para 2,6 em 2021. O ticket médio também caiu consideravelmente, passando de R55,02, para R43,71, uma redução de 19%. Por fim, os consumidores priorizaram itens com preços menores, sendo que o valor médio por item passou de R18,00 para R16,81.

O objetivo central dessa pesquisa sempre foi de analisar o perfil de consumo nas farmácias. "Fazer uma pesquisa sobre o retrato real do comportamento dos consumidores no varejo farmacêutico nacional é primordial para apoiar as iniciativas internas. Com dados atuais à disposição, podemos estruturar nossas estratégias e dessa forma sermos mais assertivos", destaca Edison Tamascia, presidente da Febrafar.


Como economizar?

Assim, a pergunta que fica é: O que fazer na situação atual para comprar medicamentos? "Mesmo tendo os medicamentos preços tabelados é possível economizar nessas comprar. Uma coisa que poucas pessoas sabem é que se tabela apenas o valor máximo dos medicamentos, mas o mínimo as farmácias podem estabelecer de acordo com suas estratégias comerciais", analisa o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (ABEFIN), Reinaldo Domingos.

Para auxiliar os consumidores, veja orientações elaborados por Reinaldo Domingos sobre como economizar na compra desses produtos: 


1. Pesquise preços 

Busque conhecer o preço em outras farmácias, é interessante pesquisar, pois os preços são realmente muito diferentes, sem contar que no final das contas uma drogaria pode cobrir o preço da concorrência. Aconselho que o consumidor faça um cadastro de fidelidade e participe de programas de aquisição de medicamentos, pois a prática pode resultar em descontos futuros.
 

2. Defina o que quer comprar
É importante ter bem claro o que se deseja comprar na farmácia. Por isso se atenha a uma lista pré-definida de produtos, evitando comprar por impulso, o que é muito comum nos dias de hoje.



3. Pesquise genéricos e similares
Na grande maioria das vezes os medicamentos genéricos ou similares são mais em conta, assim a orientação é sempre buscar por essa alternativa nas farmácias e quando o médico for elaborar a prescrição, solicite que coloque o princípio ativo em vez da marca. Pesquise também entre laboratórios, pois os preços são variados.



4. Cadastre-se no programa Farmácia Popular
Muitas farmácias possuem um programa governamental chamado Farmácia Popular, esse oferece medicamentos gratuitos de hipertensão, diabetes ou asma para pessoas que possuem cadastro e receita. O programa também possibilita descontos de até 90% mais baixos. É necessário apenas ir a uma farmácia credenciada, apresentar a receita - que não precisa ser de um médico do Sistema Único de Saúde (SUS) - e a identidade para conseguir pegar medicamentos com desconto.

5. Utilize programas de fidelidade
A grande maioria das farmácias possui programas de fidelidades com grandes benefícios. Mas além disto existem os programas dos laboratórios, faça seu cadastro, pois são aceitos em muitas farmácias, gerando economia de até 70%. Veja se sua empresa, plano de saúde, sindicato ou associação de classe profissional não possui parceria com alguma rede.
 

Sobre a PesquisaA Pesquisa Sobre o Comportamento do Consumidor em Farmácias no Brasil - Edição 2022 foi aplicada pelo IFEPEC (Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Corporativa) em parceria com o NEIT - Núcleo de Economia Industrial e da Tecnologia, do Instituto de Economia da Unicamp.

Para a realização do levantamento foram entrevistados quatro mil consumidores nas imediações das farmácias, após efetuarem suas compras. Os estabelecimentos foram selecionados de acordo com os agrupamentos a qual pertencem, segundo dados da IQVIA.


DIRF: como evitar erros na declaração?

Obrigatório para todas as empresas que tiverem efetuado retenção de impostos, a DIRF - Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - é uma das principais obrigações trabalhistas/tributárias a serem cumpridas no início do ano. Seu envio correto é extremamente importante para evitar qualquer problema com o Fisco, assim como o pagamento de multas. Por envolver um grande volume de documentos a serem notificados, é importante que as organizações tenham em mãos sistemas adequados que garantam um controle assertivo destes dados para que o negócio não entre na malha fina da Receita Federal.

Emitida pela fonte pagadora, seu propósito é informar os valores de imposto de renda e outras contribuições que foram retidas com pagamentos a terceiros, a fim de evitar sonegação fiscal. Mesmo sendo uma rotina para pessoas jurídicas e físicas com retenção de IR, diversas inconsistências ainda são registradas todo ano pelo órgão regulador.

Dentre os principais e mais comuns equívocos, a falta de dados completos sobre pagamentos, créditos, entregas, emprego ou remessas a residentes ou domiciliados no exterior foram alguns dos mais notificados – assim como informações dos pagamentos a plano de assistência à saúde médica e odontológica por dependente e por plano coletivo empresarial. Ainda, muitos deixam de informar dividendos e lucros pagos a partir de 1996, assim como valores pagos a titular ou sócio de microempresa ou empresa de pequeno porte. A exceção vale para pró-labore e aluguéis, quando o valor total anual pago for igual ou superior a R$ 28.559,70.

O lançamento da previdência privada é outro ponto importante de ser ressaltado, uma vez que apenas a modalidade PGBL é considerada como previdência e, dessa forma, obrigatória de ser declarada. No caso das férias, muitas companhias as registram por data de pagamento ao invés de competência – equívoco que deve ser analisado cuidadosamente, dependendo de como a ficha financeira foi emitida. Como resultado dessas inconsistências, cerca de 870 mil empresas tiveram imprecisões nas informações divulgadas para a RFB em 2021, segundo dados do próprio órgão.

Fora problemas com o próprio órgão, a falta de apresentação da DIRF no prazo estabelecido sujeitará a pessoa jurídica à multa de 2% ao mês-calendário, a qual incidirá sobre o montante dos tributos e das contribuições informados na DIRF limitada a 20%. Se tratando do valor total, a multa mínima será de R$ 200,00 tratando-se de pessoa física, pessoa jurídica inativa e pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional. Nos demais casos, a cobrança será de R$ 500,00.

Os confrontos dos valores declarados mensalmente na DCTF (Declaração de Créditos e Débitos Federais) ainda são muito vistos em empresas dos mais diversos portes e segmentos – decorrentes, principalmente, pela falta de gestão adequada das áreas fiscais e administrativas. Em uma necessidade de conciliação dos valores de IRRF e CSRF entre as declarações, apenas um sistema de gestão moderno e completo é capaz de permitir tal consistência e evitar riscos de multas e irregularidades com o Fisco.

Todas as empresas devem contar com o apoio de um ERP consistente que gere as informações corretas para serem importadas no sistema da RFB. Além de automatizar essa missão, esses sistemas ainda trazem uma segurança imprescindível para o controle dos dados, possibilitando o gerenciamento em uma única plataforma de modo muito mais assertivo. A digitalização organizacional é uma tendência sinalizada há anos e, cada vez mais companhias investem nestes mecanismos a fim de conquistarem tais vantagens.

Muitas organizações, inclusive, estão despontando no mercado com soluções direcionadas especificamente para a terceirização destas atividades. Seja de forma parcial ou completa, esta opção traz uma redução de custos significativa, com completa segurança dos dados sigilosos. Com tantas informações a serem notificadas na DIRF, esta terceirização pode ser a melhor estratégia para evitar erros e prejuízos financeiros.

Todas as empresas que se enquadrarem nos requisitos de envio deste documento ao Fisco, devem se atentar a gerenciar as informações necessárias até o prazo estabelecido para o dia 28 de fevereiro. Apenas com um bom controle e auxílio adequado de um ERP moderno, será possível permanecer em acordo com estas obrigações fiscais e evitar com que seu negócio seja alvo de danos econômicos e jurídicos.

 

 

Renata Melloni - diretora do BPO financeiro, contábil e fiscal na b2finance, consultoria especializada em BPO.

 

b2finance

www.b2finance.com


6 Tendências para instituições de saúde aumentarem a competitividade em uma economia digital disruptiva

A pandemia do COVID-19 e a regulamentação da telemedicina aceleram um processo de transformação que já vinha acontecendo na área da saúde, e, neste contexto, a adoção de ferramentas e serviços digitais passou a ser fundamental para o futuro das instituições do setor. De acordo com dados do International Data Corporation (IDC), somente na América Latina, o investimento em tecnologias deve ultrapassar a marca de US 1,9 bilhão em 2022. Agora, mais do que nunca, instituições de diversos segmentos precisam se adaptar ao futuro digital, com suporte a decisões clínicas, análise de dados criteriosa, interoperabilidade e ainda às informações baseadas em evidências e envolvimento eficaz do paciente. 

Diante deste cenário, compreender as forças que afetam o desenvolvimento do setor é fundamental para tornar as tomadas de decisão mais eficazes nesta nova economia disruptiva para que as instituições possam enfrentar estes desafios e melhorar a efetividade e a satisfação do cliente na era digital pós-COVID. Neste contexto, listamos as seis principais tendências para o crescimento do setor no contexto digital pós-pandêmico.

 

Gerar informações a partir do Big Data 

À medida que os sistemas de saúde se transformam em culturas baseadas em dados, com objetivo de melhorar o atendimento e reduzir custos, as instituições precisam desenvolver estratégias de gerenciamento de informações claramente definidas para otimizar a aquisição, agregação e a análise dos dados, a partir de análises preditivas.

Este tipo de análise tem o poder de impulsionar o cuidado baseado em valor por meio de medidas preventivas. Desta forma, a utilização do Big Data pode gerar informações antecipadas para prever os fatores de risco e planejar medidas de prevenção mais adequadas.

 

Apesar da COVID-19, a transformação disruptiva continua sendo regra na área da saúde 

Embora a pandemia tenha alterado o ecossistema de saúde, ela também acelerou quatro grandes oportunidades de investimento no setor: a ampliação dos locais alternativos de atendimento, a telemedicina, a modernização dos ensaios clínicos e a consolidação dos provedores de saúde, conforme aponta um estudo recente da Bain & Company. 

Todas estas mudanças estão correlacionadas, de alguma forma, à adoção de tecnologias disruptivas para o setor, seja para aprimorar as novas formas de atendimento ou para contribuir com análise de dados em estudos clínicos. A união de tecnologia e dados permite maior precisão nas tomadas de decisão e, consequentemente, conclusões mais assertivas na gestão das instituições de saúde.

 

Expansão do papel dos farmacêuticos 

As necessidades consequentes da COVID-19 estão ampliando o papel das farmácias - além da aquisição e distribuição de medicamentos -- para testes no ponto de atendimento (POCT), imunizações e aconselhamento médico básico. Embora muitas outras empresas tenham fechado durante as aplicações de lockdown, as farmácias permaneceram abertas, fornecendo respostas em tempo real para as perguntas dos pacientes sobre cuidados com a saúde ou sobre medicamentos: pessoalmente ou por telefone. 

A ampliação do papel dos farmacêuticos durante a pandemia fornece uma prévia de como esses profissionais de saúde podem contribuir para o avanço da saúde pública, seja para o atendimento de pacientes com condições médicas crônicas, que requerem medicamentos e ajustes ocasionais de dose, para informações sobre interações de medicamentos, para realizar a recomendação de tratamentos para sintomas moderados como dor de cabeça ou febre baixa, bem como avaliar sobre a necessidade de cuidados específicos.

 

A crescente importância da análise de dados 

O crescimento da telemedicina demonstra que as ferramentas digitais se tornaram indispensáveis para determinados pacientes e bastante convenientes para os demais. Neste sentido, o sucesso das instituições de saúde depende do aprimoramento dos sistemas da análise de dados e do investimento na interoperabilidade do ecossistema, com objetivo de oferecer suporte ao atendimento digital e impulsionar a atenção baseada em valores, que ganhou espaço com a expansão dos meios virtuais de atendimento. Assim, soluções tecnológicas confiáveis ​​se tornarão indispensáveis para o desenvolvimento mais eficaz dos atendimentos, tratamentos e, até mesmo, a aderência do paciente com relação a estes tratamentos.

 

Os cuidados para evitar aumento dos eventos adversos 

Com envelhecimento da população, o aumento constante de prescrições médicas e tratamentos cada vez mais complexos, as farmácias enfrentarão desafios crescentes para atender a essas demandas, com risco de eventos adversos evitáveis ​​e erros de medicação cada vez maiores. 

Neste sentido, as ferramentas tecnológicas de suporte à decisão clínica e terapêutica são as principais aliadas dos profissionais do setor de saúde, sejam eles médicos ou farmacêuticos. Estas soluções são responsáveis por reduzir os erros de prescrições medicamentosas, aumentar a segurança do paciente e prover informações mais completas e atualizadas para toda equipe multidisciplinar do setor de saúde, desafogando, assim, as demandas do setor farmacêutico.

 

Estratégias de envolvimento do paciente para melhorar a adesão ao tratamento 

Aumentar o envolvimento do paciente e ajudar a melhorar a adesão ao tratamento é crucial para o futuro da saúde e, também, para a viabilidade das empresas que fabricam, comercializam e dispensam medicamentos. 

Desta forma, ferramentas digitais de envolvimento do paciente, como portais de informação, mensagens de texto e comunicações automatizadas em tempo real podem aumentar a adesão ao tratamento, reduzindo, inclusive, a pressão sobre o sistema de saúde, uma vez que conduzir corretamente o tratamento indica diminuir a frequência de atendimento a pacientes já diagnosticados.

Portanto, a adoção de tecnologias inovadoras e mais atualizadas é um fator decisivo para as instituições de saúde neste momento, uma vez que as soluções de suporte à decisão clínica não só fortalecem a base de informações dos profissionais de saúde, como garantem decisões assertivas e precisas no diagnóstico e tratamento dos pacientes. Desta forma, ao investir em tecnologia, monitoramento e análises preditivas, a instituição investe também em qualidade e oferece ao paciente um tratamento mais humanizado.

 


Gabriela Coelho Brandão - Gerente de Relacionamento com Clientes da unidade de Efetividade Clínica da Wolters Kluwer, Health no Brasil.


Porque a saúde escolar é essencial?

O Brasil ficou em terceiro lugar num ranking de crianças que não frequentaram as escolas durante a pandemia


Em 2015, eu ouvi o chamado que o conhecimento de saúde precisava sair das paredes dos consultórios e hospitais e alcançar a todos. Assim, depois de 35 anos de emergência de pediatria em hospitais públicos e privados, e mais de 500 mil pessoas atendidas, decidi estudar o que os outros países falavam sobre saúde escolar. Após um ano e meio de pesquisas, idealizei o Programa de Saúde Integral da Crescer Saúde, pautado em princípios simples, de educação continuada em saúde e teleassistência médica, acessível a todos os brasileiros. Em 2017, eu já estava no mercado, acompanhando escolas, porque acredito que só a educação transforma. 

Quando o mundo parou em 2020, durante meses eu acordei e deitei perguntando o que Covid 19 veio me ensinar? Vieram muitas respostas diferentes e complementares, até que eu entendi que Covid 19 foi o convite para “comVida20”. Você fez essa pergunta? 

Assim, nasceu a consciência que a resposta para o enfrentamento da pandemia depende exclusivamente das nossas ações, das nossas emoções, dos nossos pensamentos e cuidados com a nossa morada, com a morada que viemos habitar, com o nosso corpo e com a nossa casa. Dessa consciência surgiu o conceito dos cinco níveis de higiene, sendo: higiene pessoal, higiene ambiental, higiene emocional, higiene mental e higiene espiritual. 

Confesso que, quando escrevi pela primeira vez sobre os cinco níveis de higiene, eu achei esquisito, entretanto, esse conceito foi o chamado para ver que o que acontece do outro lado do mundo. Se projeta como teia de energia – fato que a física provou muito antes. Contudo, é certo que o Covid 19 foi o maior chamado da história para a conexão entre os homens. 

A tecnologia da comunicação virtual já estava pronta e não sabíamos como fazer uso. Com esse entendimento, no período de junho a setembro de 2020, fiz mais de 100 videoconferências para diretores de escolas, professores e famílias, falando da importância de escolas abertas, dos cuidados necessários de prevenção de doenças, acidentes e valorização da vida. 

A escola é essencial com aulas presenciais porque saúde é vida. É pela saúde mental das crianças e das próximas gerações, que garantir o direito de aprender é dever de todos. Conhecimento é a chave da mudança. Não existe liberdade sem conhecimento. Todo investimento em prevenção é menor que o real custo com tratamento. A Covid 19 veio nos mostrar que é essencial a transmissão de conhecimento de saúde nas escolas para crianças, desde a mais tenra idade, para os educadores e famílias, porque saúde é vida.

  

Dra. Cláudia Araújo - idealizadora e CEO da Crescer Saúde. É mãe, avó, médica e possui mais de 30 anos de Clínica de Homeopatia e Medicina Integrativa, atendendo mais de 500 mil pessoas em 35 anos de emergência de pediatria.


Liderança feminina - um programa de mentoria no setor público

É fato que quando começaram a liderar, muitas mulheres acabaram copiando o modelo masculino. Primeiro, porque à época existiam pouquíssimas mulheres exercendo liderança. Sendo assim, não havia um modelo feminino muito claro e disponível a ser seguido. O que se conhecia era o modelo masculino. E consequentemente, os princípios femininos de liderança ainda não eram percebidos como valor. Isso nos leva ao segundo ponto: havia o receio de sermos vistas como fracas e inefetivas se agíssemos de forma mais feminina. E nós precisávamos garantir o nosso lugar, manter a nossa conquista e abrir mais espaço.

Com tempo, estudo e experiência, as mulheres foram modificando o seu estilo de liderar. Ouvir muito, dar voz às pessoas, praticar feedbacks, distribuir reconhecimentos, despertar lealdade e confiança, engajar melhor as pessoas da equipe, pedir desculpas reconhecendo erros (sim, porque líderes também erram) - esses são alguns exemplos para se compreender melhor a força e a importância do estilo femininos de liderar.

Há estudos de tendências que afirmam que o exercício da liderança vai cada vez mais exigir os princípios femininos: cooperação, respeito às diversidades, contribuição social, inteligência para se relacionar em situações críticas, acolhimento, empatia e humanização.

Contudo, muitas barreiras ainda existem para que esses princípios sejam verdadeiramente adotados (tanto por mulheres quanto por homens no exercício da função) e para que mais mulheres assumam posições de liderança.

Para mudar essa realidade é necessário encorajar as mulheres em suas áreas de atuação e fazer com que elas se sintam seguras e inspiradas a desenvolver seu potencial dentro do mercado de trabalho. 

Por esta razão, no Senado Federal, foi criado o Programa de Mentoria de Liderança destinado exclusivamente às servidoras. O programa foi denominado Mentoria de Liderança Corajosa e Gentil. Essas duas palavras são o pilar da proposta e representam as duas características consideradas fundamentais numa líder: gentileza e coragem.

O Programa tem exatamente este foco: fortalecer a capacidade de liderança feminina para aumentar suas habilidades socioemocionais e colaborar para a disseminação do conhecimento tácito, não formalizado em documentos, mas adquirido na experiência das líderes. Afora isso, outro benefício é o de contribuir para criar e fomentar redes de relacionamento entre as líderes da Casa. Une conhecimento, estratégia e experiência para que as servidoras exerçam uma liderança mais efetiva e humanizada.

“[...] A Mentoria de Liderança Feminina Corajosa e Gentil [...] me abriu muito a perspectiva sobre como liderar melhor. Eu descobri que ao líder não basta ter conhecimento técnico. É preciso habilidades de relacionamento e comunicação. Aprendi que a gentileza e a empatia são grandes características de um líder, mas a coragem de fazer o que precisa ser feito também.” (Glauciene Lara) 

Iniciativas em prol da equidade podem, além de modificar uma instituição internamente, provocar mudanças em outras instituições e, consequentemente, nas relações sociais que permeiam a sociedade. Pretendemos agora oferecer o Programa para a Rede Interlegis de Casas Legislativas, como forma de alcançar mais servidoras no âmbito do Poder Legislativo.

Quando uma mulher aprende a liderar de forma corajosa e gentil, ela abre uma porta de realização para si mesma. E pode abrir portas para outras mulheres também.

Fomentar a equidade de gênero na liderança favorece uma gestão mais humana, mais agregadora e que busca incentivar a cooperação, a integração e o engajamento das equipes. O intento é o de construir um cenário em que o serviço público saia fortalecido na medida em que todos, homens e mulheres, identifiquem sua entrega de valor, alinhando seu comportamento ao trabalho necessário e a saudáveis relacionamentos, oferecendo uma contribuição cada vez mais eficiente na prestação de serviços à sociedade, com coragem e gentileza.

O serviço público precisa muito disso, o Brasil precisa muito disso e eu acredito que nós podemos - e devemos - ser a mudança que desejamos ver no mundo.

 

 

Claudia Nogueira - Treinadora e mentora de liderança e servidora pública há 29 anos. Exerceu funções de gestão até 2012, quando deu uma guinada na vida profissional.  Atualmente conduz o Programa de Mentoria de Liderança para servidoras. Pós-graduada em Coaching, possui certificação internacional em Mentoring e sua experiência inclui treinamentos de líderes e equipes em diversas organizações públicas e privadas. Coautora do livro “Elas na liderança”, pela Literare Books International.


Brasil possui 85% de seus empresários digitalizados, aponta ClearSale

 Estudo aponta que grande maioria dos gestores já está habituada com o ambiente online

 

Com a chegada da pandemia do Covid-19, os empresários tiveram que encarar um desafio grandioso em seus negócios: a digitalização. Segundo a ClearSale, empresa referência em soluções antifraude nos mais diversos segmentos, a maioria dos empreendedores brasileiros já conseguiu superar essa dificuldade. De acordo com um levantamento realizado pela empresa, 85% dos empresários são digitalizados.

O estudo aponta que a digitalização dos processos traz maior autonomia e agilidade nas compras de produtos ou serviços, criando uma dinâmica mais rápida, facilitando o processo de criação de negócios pelos empresários.

“O movimento é crescente e ainda em ascensão, como os lançamentos das carteiras digitais para empresas. Hoje, por exemplo, um empresário pode abrir a sua conta ou de sua empresa digitalmente, sem a necessidade de ir até uma agência, e isso torna vida dessas pessoas muito mais fluida e menos burocrática”, afirma Henrique Braga Martins, Head de Fraude Empresarial da ClearSale.

Ainda de acordo com a ClearSale, a necessidade de digitalização foi muito impulsionada pela pandemia e permitiu a evolução de processos que antes eram muito mais morosos, tanto para as pessoas físicas quanto jurídicas.

Apesar dos benefícios, é preciso ter muito cuidado com a migração digital. Um estudo realizado pela empresa revelou que as tentativas de fraudes junto a esses profissionais cresceram 172% em 2021, no comparativo ao ano anterior. Um dos fatores que justificam este aumento é o fato de os dados cadastrais ficam disponíveis publicamente para consulta em sites oficiais do governo, facilitando a obtenção dos insumos para tentativa de golpes.


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