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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

6 funções do Waze que, talvez, nem todos conheçam

O App de mobilidade que já faz parte da rotina dos brasileiros possui outros serviços, além de levar pessoas do ponto A ao B 

 

Dirigir apenas seguindo as placas ou ter que consultar mapas impressos das cidades antes de sair de casa, já não faz mais parte da rotina de milhares de brasileiros. O surgimento do Waze, app de mobilidade, modificou a vida dos motoristas, pois além de indicar o caminho, o aplicativo sugere as melhores rotas, mostra o trânsito em tempo real e ajuda a economizar tempo. Porém, mesmo sendo tão popular, vários usuários desconhecem algumas funções do app, que vão muito além de indicar rotas - como, por exemplo, as ferramentas para corrigir erros no mapa. 

 

Por essa razão, o Waze listou as funções pouco conhecidas pelos usuários do aplicativo de mobilidade, disponível para Android e iPhone (iOS) e também na versão desktop. 

 

1) Corrigir erros no mapa

 

Uma via mudou de sentido ou um novo viaduto foi inaugurado, mas as informações ainda não aparecem no Waze. Sabia que é possível incluir e/ou modificar informações erradas no Waze? Muita gente acredita que o mapa é atualizado via satélite e que simplesmente aparece quando você coloca um endereço. Mas, por trás de cada rota do Waze, há uma comunidade de editores voluntários criando e atualizando o mapa para que outras pessoas cheguem no destino da maneira mais eficiente possível.

 

O aplicativo tem cinco comunidades e cada uma dela desempenha um papel fundamental na construção do Waze:

 

  • Os editores de mapas editam e mantêm os mapas atualizados.
  • Os testadores beta obtêm acesso antecipado a novos recursos para garantir que as novidades cheguem corretas aos mais de mais de 140 milhões de usuários mensalmente ativos.
  • Os localizadores traduziram o aplicativo e seus recursos para 56 idiomas.
  • Os parceiros são empresas e órgãos públicos que utilizam os dados do app para tomar decisões de mobilidade urbana.

Todos podem se tornar editores de mapa, basta se cadastrar no site e usar a plataforma para ajustar os endereços errados. Conforme o desempenho, novas atribuições são liberadas dentro da plataforma. 

 

Além disso, para sugerir ou corrigir um trajeto e ajudar outras pessoas, basta seguir os passos:

 

Toque em Alertas - balão no canto direito da tela. 




Toque em Erro no mapa.



Toque novamente em Erro no mapa.

 



 

Toque em um tipo de problema.



 

Toque em Comentar para dar mais detalhes do problema.




Toque em Enviar para fazer o alerta.

 

2) Planejamento de viagem 

 

O recurso ajuda o motorista a programar o horário ideal de partida e o tempo estimado até o local de destino e o Waze vai enviando alertas baseado nas condições de trânsito atualizadas. 


Além disso, o usuário pode integrar sua agenda de compromissos ou os eventos do Facebook ou Calendário para que sejam automaticamente adicionados ao app e informe sobre os melhores horários de partida. 

 

Para usar basta seguir os passos abaixo:

 

Abra o Waze e toque em Meu Waze.


Toque na guia Planeje um percurso.

 


Toque em Planejar um percurso.

 


Procure seu destino na barra de pesquisa.

 


Escolha o horário e a data em que você quer chegar ao destino e toque em Salvar. Assim o Waze avisará o melhor horário de partida. 

 


3) Integração com o áudio e vídeo player + comando de voz 

Qualquer veículo com sistema multimídia compatível pode receber o aplicativo Waze, principalmente, os com o sistema operacional Android Auto. 

 

Com o aplicativo habilitado, o motorista pode utilizar todas as funções do app diretamente na tela do veículo. É possível inserir um destino, checar alertas e ajudar outros usuários reportando situações de trânsito na cidade. 

 

Também é possível, nos automóveis com Android Auto, usar o comando de voz. Basta dizer “Ok, Google” e falar ao Waze seu destino. Assim o motorista tem uma tela maior para diminuir distrações com o celular enquanto dirige.

 

Para começar a utilizar o Waze no Android Auto é bem simples, basta:

  1. Ter a versão do Waze mais atualizada em seu celular.
  2. Conectar o celular via USB no veículo.
  3. Pressionar o botão de navegação no canto esquerdo inferior da tela e optar pelo Waze.


 4) Gravador de voz  

Muitos já ouviram vozes de personalidades famosas no Waze como Gil do Vigor, Mc Fioti, Batman e diversas outras. Mas, sabia que dá para gravar a própria voz no aplicativo e compartilhar com os amigos para utilizarem também. Deixando o app mais divertido e emocionante. 

Para gravar seguir os passos abaixo:  

Toque em Meu Waze e em Configurações .


Toque em Voz e Som.


Selecione Voz Waze.


Escolha Adicionar nova.


Toque no tipo de rota que você quer gravar.


Ao fim da gravação, selecione o nome da voz e toque em Salvar para finalizar.

 

5) Pedágio 

O Waze mostra as opções de trajeto e o preço estimado dos pedágios antes de viajar. Ainda é possível conseguir os detalhes de como o Waze calcula cada preço e pode optar por rotas alternativas sem pedágio, se preferir. Ideal não só para planejar as viagens, mas para o dia a dia em cidades com pontos de pedágio. 

Abra o Waze.


Selecione um destino.


Veja o trajeto e o preço do pedágio na tela do celular.



 Toque no preço para ver mais informações sobre como ele foi calculado pelo Waze.


 

6) Postos de combustível

 Acabar a gasolina e ficar parado na estrada - esse é um perrengue que os usuários do Waze não precisam passar, pois é possível checar no app se há um posto no caminho e se está ou não funcionando.  

O Waze tem o recurso que mapeia postos de gasolina próximos ao motorista e informa os melhores preços de combustível direto na tela do celular. Com esse recurso, uma lista completa dos postos com os valores fica disponível e, caso necessário, é possível traçar uma rota para chegar até o local escolhido. 

Como usar o Waze para encontrar o combustível mais barato:

 

Abra o aplicativo Waze no seu celular e na barra de busca inferior toque em 'Para onde?'( …)



 

Em seguida, toque no ícone da bomba de combustível.



 

Agora, como na captura de tela abaixo, você verá uma lista com vários postos na sua região. 


 

Waze

https://www.waze.com/pt-BR/

 

O podcast é o novo rádio?


Desde o dito popular "a mídia impressa morreu", muitas analogias também foram feitas sobre outros meios de comunicação tradicionais. Por exemplo, falou-se que a televisão seria substituída pelo streaming ou que o rádio está dando lugar ao podcast, que nos últimos anos tem ganhado mais importância como canal de comunicação. 

 

Recentemente, e no âmbito do Dia Internacional do Rádio (13 de fevereiro), a discussão sobre a "morte do rádio", ou sua substituição por novas tecnologias sonoras, está mais forte do que nunca. Sem dúvida, a Internet muda tudo o que toca, e o rádio não é uma exceção: a transmissão de conteúdo sonoro está se tornando cada vez mais popular e entrou em cena através do que conhecemos como podcast

 

A expansão deste meio possibilitou a muitas pessoas redescobrir o mundo do conteúdo sonoro. Especialmente porque o podcast pode ser ouvido em qualquer lugar e toca em assuntos que não estão no rádio tradicional.

 

Mas, o contexto nacional e global não deixou o rádio à sua própria sorte: na era das mídias sociais ele não é um meio obsoleto. Ainda é o meio de comunicação mais utilizado no mundo. Além disso, mostrou que pode se adaptar facilmente a situações de crise. Por exemplo, no início da pandemia da COVID-19, o rádio voltou a aparecer como um meio essencial para organizar ações de solidariedade em todo o mundo para reduzir as consequências da emergência sanitária. Portanto, a resposta é não, o rádio não está morto e o podcast não tomará seu lugar. 

 

Por que o rádio sobrevive?


Desde que foi criado, o rádio é o maior meio de comunicação de massa, pois pode alcançar os cantos mais distantes do mundo, sendo acessível a pessoas de todas as etnias e estratos sociais. Apesar do advento de novas tecnologias, o rádio continua sendo a plataforma mais poderosa, dinâmica, participativa e versátil para que todos façam suas vozes serem ouvidas a partir de uma perspectiva ampla e diversificada.

 

Então, em vez de falar de substituição, por que não falar de dois meios de comunicação que podem se complementar e crescer por meio de suas diferenças? Aqui estão algumas diferenças básicas entre o rádio tradicional e o que alguns ainda chamam de "novo rádio", ou seja, o podcast: 

  • O sinal de rádio é local, com restrições legais, geográficas e tecnológicas devido a seu meio de transmissão. O podcast é internacional, sem essas limitações.
  • O rádio se dirige a uma audiência ampla. Os podcasts são destinados a uma audiência de nicho.
  • O rádio oferece, principalmente, entretenimento e informações atuais. O podcast oferece conteúdo temático mais especializado, que agrega valor único e específico.
  • Na rádio, o diretor de programação decide o formato e o tipo de conteúdo que um produtor deve seguir. No podcast, o produtor ou mantenedor decide como personalizar o conteúdo de acordo com a reação do público.
  • No rádio, a emissora é a principal atração para o ouvinte. No podcast, os títulos de cada episódio são um gancho chave que atrai o ouvinte.
  • No rádio, alguns acreditam que a formação de comunidades não traz retorno de audiência. No podcast, o foco está em criar comunidades.
  • O rádio é escutado em segmentos, enquanto que os podcasts são ouvidos em sua totalidade, em uma única transmissão.

 Em resumo, o rádio está mais vivo do que nunca e não apenas como uma das mídias de maior alcance global, mas, também em termos de estratégias de comunicação, como um canal que dá maior reputação aos porta-vozes, já que ainda é mais relevante se apresentar em um programa de rádio estabelecido do que em um podcast. Porém, os gêneros não estão em conflito, nem um derrotou o outro. Neste ecossistema, a coexistência é possível e o rádio e  o podcasting são prova disso.

 

ANOTHER 

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Quando e como trabalhar a questão profissional com os filhos?



Conheça a opinião de uma especialista em educação sobre como estimular seu filho de forma saudável



“O que você quer ser quando crescer?” Essa é uma pergunta que provavelmente toda criança já ouviu. Embora falar de profissões com uma criança ou pré-adolescente seja algo que possa motivar seus sonhos e estimular interesses, o tema deve ser trabalhado pelos pais com cuidado para evitar pressões familiares que podem prejudicar o desenvolvimento emocional dos filhos.

Georgya Corrêa, Diretora Pedagógica da Escola Teia Multicultural e da Edtech Asas Educação orienta: “não deve-se criar expectativas em uma criança sobre qual será a sua profissão. Primeiro que nós não sabemos nem se as mesmas profissões que existem hoje continuarão existindo”, argumenta a pedagoga. Devido aos avanços tecnológicos, especialistas prevêem o surgimento de novas demandas e a extinção de outras.

“Decidir o que fazer com sua carreira deve ser uma decisão consciente e tomada de forma autônoma. Se a família quer ajudar, ajude demonstrando que independente da escolha, a criança poderá contar com seu apoio”, afirma a pedagoga Georgya Corrêa.

Em uma família onde predomina uma atuação profissional, é necessário que os pais tenham cuidado para que o filho não se sinta pressionado a seguir a mesma carreira que eles. A pressão familiar pode motivar o jovem a ingressar em um curso universitário que na verdade ele não gosta, resultando em desgaste psicológico, emocional e grandes chances de desistência.

Quando os pais devem abordar as questões profissionais com os filhos? “Não existe uma idade específica para se direcionar pré adolescentes para sua escolha profissional. O primeiro passo para isso, é que o jovem conheça a si mesmo”, adverte Lucas de Briquez, Diretor Administrativo da Teia Multicultural e Diretor Executivo da Edtech Asas Educação. “O indicado é estimular a curiosidade e a aprendizagem desde cedo. Dessa forma, ele vai descobrir quais são os seus próprios interessesl”, pontua.

Através dos estímulos, a criança irá naturalmente identificar as áreas que sente mais aptidão e desenvolver interesse em alguma profissão. Lucas de Briquez diz que: “ajudar um adolescente a dar os primeiros passos em direção a escolha de sua formação profissional está mais relacionado ao processo de auxiliá-lo a entender quais são seus dons e talentos, onde estão suas maiores facilidades e curiosidades, do que repetidamente questionar: "O que você vai querer ser quando crescer?", declara.

A escola é um ambiente voltado à aprendizagem que pode contribuir significativamente para a orientação profissional de um adolescente. Georgya Corrêa argumenta que a instituição deve mostrar diferentes possibilidades de carreira: “o trabalho da escola é não perpetuar a mentira de que existem áreas isoladas e profissões fechadas, e sim, mostrar para os alunos as diferentes possibilidades de carreira”, constata.


Pesquisa revela que gestores são os menos afetados pela Síndrome de Burnout


Já se passava mais de um ano de home office quando a pesquisa “Estresse e Síndrome de Burnout nas empresas” decidiu investigar a relação de trabalho e saúde mental dos brasileiros. O estudo contou com a colaboração de mais de 1.500 pessoas de todo Brasil e reuniu dados alarmantes sobre o bem-estar de colaboradores e gestores. 

61% dos entrevistados, por exemplo, afirmaram que se sentem esgotados física e mentalmente no fim do expediente e 29 a 55% têm estresse alto e moderado, respectivamente. Esses são sintomas típicos da Síndrome de Burnout, que em 1° de janeiro deste ano foi caracterizada como uma doença crônica e ligada ao trabalho, de acordo com a delimitação da Organização Mundial da Saúde (OMS). 

No entanto, mesmo antes do trabalho remoto acontecer, cerca de 30% dos brasileiros se afastaram das atividades por decorrência de transtornos mentais ligados à exaustão, de acordo com dados da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANMT). 

Com a mudança que afeta a 11ª Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-11), a síndrome passará a ter o código QD85 - até 2021, era o Z73. Na prática, essa alteração permite que o trabalhador com síndrome de burnout tenha direito a licença médica remunerada por um período de até 15 dias de afastamento.  

Em caso de afastamento superior a 15 dias, o benefício será pago pelo INSS, que prevê a estabilidade provisória, ou seja, após a alta pelo INSS o colaborador não poderá ser dispensado sem justa causa no período de 12 meses após o fim do auxílio-doença. 

Quando voltamos aos dados da pesquisa sobre burnout, observamos que é justamente a massa de trabalhadores em nível médio e inferior que se sentem esgotados e sobrecarregados no trabalho, conforme observado pelo estudo: 

  • 45% dos colaboradores afirmaram estarem sofrendo por sobrecarga de trabalho, 37% dos gestores estão com a mesma reclamação;
  • Menos de 60% dos colaboradores ouvidos têm visto propósito no trabalho, já para os gestores 80% está motivado;
  • 39% dos colaboradores acreditam que podem progredir na carreira, enquanto 51% dos gestores têm essa percepção sobre seu futuro.

A pesquisa “Estresse e Síndrome de Burnout nas empresas” foi realizada em novembro de 2021 pela empresa brasileira Runrun.it, um software de gestão de projetos e tarefas.


Tambaqui pode virar commodity brasileira no mercado global de pescado, aponta estudo

Segunda espécie em produção no Brasil, atrás apenas da tilápia, peixe amazônico tem carne apreciada e alto rendimento. Mas para conquistar o mundo é preciso investimento em pesquisas voltadas ao melhoramento da espécie, afirmam pesquisadores da Universidade de Mogi das Cruzes (foto: Wikimedia Commons)

 

Um peixe com grande produção de filhotes, altas taxas de crescimento, dieta majoritariamente vegetariana, resistência a baixas quantidades de oxigênio na água e com demanda no mercado é o sonho de qualquer piscicultor.

Sem que houvesse grandes investimentos em inovação e melhoramento genético, o tambaqui (Colossoma macropomum) reuniu essas características e alcançou uma produção anual de 100 mil toneladas no Brasil, atrás apenas da tilápia, com cerca de 500 mil toneladas.

A diferença é que a espécie africana foi alvo de um grande programa de melhoramento a partir dos anos 1980, na Ásia. A variedade melhorada – conhecida como GIFT (sigla em inglês para tilápia de criação geneticamente melhorada) – é produzida hoje em 14 países, incluindo o Brasil, que tem ainda uma cadeia de empresas dedicadas à pesquisa e desenvolvimento de produtos voltados a esse mercado.

Por conta de suas características naturais, o tambaqui, peixe nativo dos rios amazônicos, é apontado por pesquisadores como dono de um potencial no mercado não apenas nacional, como global, podendo se tornar uma verdadeira commodity brasileira. No entanto, faltam investimentos em inovação, apontam pesquisadores em artigo publicado na revista Reviews in Aquaculture.

“Um peixe amazônico, com dieta 75% vegetariana e manejo muito fácil, tem um enorme potencial como produto sustentável, num momento em que a aquicultura está sob ataque por conta dos impactos no meio ambiente causados, por exemplo, pela cultura do salmão, primeiro peixe a se tornar uma commodity internacional”, conta Alexandre Hilsdorf, professor e pesquisador do Núcleo Integrado de Biotecnologia da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), primeiro autor do estudo.

O trabalho reúne o conhecimento mais recente sobre diversos aspectos da cultura do tambaqui, desde a história da produção no Brasil – as primeiras tentativas de domesticação datam ainda dos anos 1930 –, passando pelos sistemas de produção, genética, nutrição, doenças, até os métodos de processamento.


Melhoramento genético

Parte da produção científica sobre o peixe nos últimos anos foi apoiada pela FAPESP, que financiou pesquisas de alguns dos autores do trabalho, como o próprio Hilsdorf, coordenador do projeto “Estudo integrado de genética quantitativa e genômica para caraterísticas de interesse zootécnico em tambaquis (Colossoma macropomum)”.

O pesquisador foi um dos responsáveis pelo sequenciamento e pela análise do genoma da espécie, publicado em setembro de 2021. Hilsdorf coordenou ainda estudo que caracterizou tambaquis sem espinhas intermusculares – aquelas em forma de “Y” que ocorrem dentro da carne de algumas espécies. Outro trabalho identificou genes possivelmente associados à ausência dessas espinhas no tambaqui (leia mais em: revistapesquisa.fapesp.br/o-genoma-do-tambaqui/).

Em trabalho anterior, seu grupo estimou parâmetros genéticos de várias características do tambaqui, como os que determinam a área do lombo, um dos cortes mais apreciados pelos consumidores. Reunidos, os trabalhos estabelecem parâmetros científicos para o desenvolvimento de variedades genéticas melhoradas para o mercado.

“O lombo suíno, por exemplo, foi alvo de melhoramento genético. As raças de porco que temos hoje no Brasil foram selecionadas de forma a terem a capa de gordura reduzida e a área de lombo aumentada. O melhoramento pode fazer com que os cortes de tambaqui chamados de lombo, banda e costela resultem em produtos ainda melhores que os atuais”, explica o pesquisador.

Manaus é o principal mercado consumidor de tambaqui. Enquanto nos anos 1970 a cidade dependia quase totalmente da pesca para suprir a demanda pelo peixe, hoje tem nos piscicultores de Estados vizinhos – Acre, Rondônia e Roraima – seus principais fornecedores.

Nos restaurantes manauaras, o peixe, que retirado da natureza chega facilmente a dez quilos, foi substituído pelos juvenis criados em cativeiro, com dois a três quilos. “Os donos de restaurante preferem este último, pois é um produto mais padronizado”, diz Hilsdorf.

Paradoxalmente, as características que fazem do animal tão vantajoso para criação em cativeiro acabam afastando investimentos em melhoramento. As matrizes, peixes que servem como reprodutores, ainda hoje são adquiridas de outros piscicultores ou mesmo capturadas na natureza.

A grande produção de alevinos (filhotes) e o crescimento rápido em relação a outras espécies (pode chegar a dois quilos em um ano), além da resistência a ambientes com pouco oxigênio, fazem com que os produtores não invistam em melhoramento.

“Não investir porque a espécie já tem um bom desempenho é um raciocínio errôneo. Se o peixe chega a dois quilos em um ano, com melhoramento poderia chegar a esse peso em nove meses, por exemplo. O produtor que investir nisso vai começar a vender alevinos ou matrizes para os vizinhos e estará à frente no mercado. É um investimento de longo prazo, de risco, mas a história mostra que há retorno”, opina o pesquisador.

O peixe vive em uma faixa de temperatura entre 25o C e 34o C, o que mantém a cultura praticamente restrita ao norte do Brasil. O desenvolvimento de variedades resistentes a temperaturas mais baixas, por exemplo, poderia viabilizar a cultura no resto do país.

Em vez disso, a solução encontrada foi o desenvolvimento de híbridos com espécies que vivem mais ao sul do Equador, como o pacu (Piaractus mesopotamicus), cujo cruzamento resulta no tambacu, e a pirapitinga (Piaractus brachypomus), que originou a tambatinga.

“Temos recursos genéticos suficientes para desenvolver variedades com diferentes perfis de tolerância a frio, a baixo oxigênio na água, a doenças, sem espinhas, com maior produção de filhotes e de carne, entre outros. Não necessitamos da produção de híbridos, que são um risco para a manutenção da integridade dos recursos genéticos selvagens devido aos escapes de pisciculturas. Os produtores necessitam ir além, com a busca de produtos geneticamente superiores para o estabelecimento de uma piscicultura economicamente e ecologicamente sustentável. É isso que o mercado no mundo todo exige atualmente”, encerra o pesquisador.

O artigo The farming and husbandry of Colossoma macropomum: From Amazonian waters to sustainable production pode ser lido em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/raq.12638.

 

 

André Julião

 Agência FAPESP

https://agencia.fapesp.br/tambaqui-pode-virar-icommodity-i-brasileira-no-mercado-global-de-pescado-aponta-estudo/37902/


Segurança e tecnologia: Detran.SP implementa dupla autenticidade biométrica nas provas teóricas

Alunos que realizarem exames teóricos ou de reciclagem nas autoescolas deverão a partir da próxima segunda-feira (14/2) validar obrigatoriamente a biometria facial e digital 



O Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP) está sempre em busca de tornar seus procedimentos cada vez mais seguros e confiáveis. Com base nessa premissa, unindo tecnologia e segurança, a autarquia atualizou o sistema no processo de aplicação das provas teóricas e de reciclagem nos Centros de Formação de Condutores (CFCs), na identificação do candidato ou condutor. Com isso, a partir da próxima segunda-feira (14/2), os alunos que realizarem as provas nos estabelecimentos deverão obrigatoriamente validar as duas biometrias: tanto a digital quanto a facial.


A atualização foi implementada no sistema e-CNHsp, ferramenta utilizada por todos os parceiros responsáveis pelos processos de habilitação de condutores – como médicos, psicólogos, diretores e instrutores de autoescolas. O cidadão deverá validar duplamente a biometria no momento da abertura e da conclusão do exame teórico ou de reciclagem.

Até o momento, era solicitada somente a biometria digital e, caso não houvesse o reconhecimento, a biometria do rosto era realizada.

No vídeo a seguir, saiba todos os detalhes sobre a novidade: https://youtu.be/SQzltF2Nf5k




“Um dos principais objetivos do Detran.SP é levar aos cidadãos ferramentas tecnológicas que facilitem suas vidas e que ofereçam benefícios cada vez mais transparentes. A dupla autenticidade biométrica traz mais segurança para todos os envolvidos no processo de habilitação e dispõe de uma importante ferramenta contra irregularidades na obtenção do documento”, destaca Neto Mascellani, diretor-presidente do Detran.SP.


O Detran.SP informou da obrigatoriedade aos parceiros e reforçou a importância que os cidadãos sejam avisados antecipadamente da necessidade de autenticação por biometria digital, principalmente para casos de exame de reciclagem do condutor suspenso ou baixa preventiva de pontuação. Nos demais processos de habilitação, os candidatos que têm exceção digital podem solicitá-la antes desta etapa para a realização de exames médico e psicotécnico.


Caso seja preciso pedir a exceção digital, o candidato ou condutor deverá comparecer nas unidades do Detran.SP integradas ao Poupatempo ou Ciretrans (nos casos de municípios que não possuem Poupatempo), ter a exceção digital aprovada para então realizar o agendamento do seu exame.


José Guedes Pereira, presidente da Sindautoescola.SP, parabenizou o Detran.SP por meio do presidente Neto Mascellani e de seus colaboradores e afirmou que a medida vai trazer mais segurança e tranquilidade à categoria: “com a implantação da dupla autenticidade da biometria teremos à disposição uma ferramenta que fará com que o processo de provas teóricas em nossos CFCs seja mais transparente e mais protegido”.


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