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sábado, 5 de fevereiro de 2022

INSTITUTO TOMIE OHTAKE APRESENTA INTIMIDADES RADICAIS

 

Obras das coleções do British Council e Lux do programa WE ARE HERE em diálogo com artistas brasileiros

Pela segunda vez, Instituto Tomie Ohtake e British Council promovem WE ARE HERE, programa que reúne série de filmes das coleções de British Council e Lux, com curadoria de Tendai Mutambu, em sintonia com obras de artistas brasileiros, selecionados nesta edição pelos curadores do Núcleo de Pesquisa e Curadoria do Instituto Tomie Ohtake, Paulo Miyada, Priscyla Gomes e Ana Paula Lopes. 

INTIMIDADES RADICAIS discute as intersecções entre afetos e desejos construídos em escala subjetiva e os debates teóricos sobre gênero. Como aponta a curadoria responsável pelos trabalhos do Reino Unido, o atual momento social, político e cultural parece colocar em perspectiva os direitos conquistados e o valor da livre expressão das diferenças. O recrudescimento no processo de abertura social para perspectivas mais inclusivas reflete-se em âmbitos distintos, seja no cotidiano doméstico, seja em políticas governamentais. “No caso brasileiro, em que os indicadores de violência e intolerância foram sempre inaceitáveis, os casos de feminicídios e atentados à população LGBTQIA+ têm se multiplicado ainda mais nos últimos anos”, aponta a curadoria brasileira. 

Do Reino Unido é apresentada uma compilação de filmes, com duração de 60’29, que se inicia com I hope I’m Loud When I’m Dead, 2018, de Beatrice Gibson. A artista relembra a maternidade e seus relacionamentos com poetas queer - CAConrad e Eileen Myles - como forma de reformular a ganância e a intolerância atuais. Gibson reúne imagens do incêndio na Torre Grenfell no Reino Unido, a migração em massa de refugiados e o derretimento da calota polar com imagens de cuidado e afeto. O segundo filme, Sharla Shabana Sojourner Selena, 2016, de Rehana Zaman, observa seis narradoras compartilhando experiências pessoais em audições, algumas roteirizadas, outras espontâneas. Elas descrevem cenários onde raça e gênero influenciam os encontros de cada protagonista no seu ambiente de trabalho, em reuniões religiosas ou em suas vidas românticas. O roteiro usa referências de textos psicossociais (Experiências em Grupo, de W.R Bion) e filmes experimentais feministas (Soft Fiction, de Chick Strand, e What You Take for Granted, de Michelle Citron). As histórias são intercaladas com momentos de contato físico, em um salão de beleza em que o cuidado e o prazer são oferecidos como alternativas aos anseios de suas vivências. Por sua vez, o terceiro filme, Casting Through and Scenes from Radcliffe, 2017, de Stephen Sutcliffe (1968, Inglaterra), traça paralelos entre o romance Radcliffe (1960), de David Storey, e um desejo não correspondido do diretor britânico de cinema e teatro Lindsay Anderson em relação ao ator Richard Harris. A tensão da obra literária original, pioneira no debate da homofobia antes da contracultura e dos movimentos da década de 1960, é traduzida no movimento circular ininterrupto da câmera e nas elipses da narrativa encenada para o vídeo. 

Os trabalhos selecionados pela curadoria brasileira trazem questões que concernem aos papeis construídos socialmente por esses gêneros, violências sofridas e reivindicações ainda necessárias. Para tal, o programa de filmes convidou a artista espanhola Sara Ramo (Madri, Espanha, 1975), o diretor e roteirista Renan de Cillo (Piracicaba, SP, 1988) e a artista multidisciplinar Ode (Itajubá, MG, 1998).

A seleção de filmes desses artistas apresenta possíveis paralelos e justaposições às obras britânicas. Sara Ramos apresenta Una y Otra vez / Once and Again (2019), um vídeo que emula a boca de cena de um teatro de bonecos ou marionetes; apesar da atmosfera leve associada ao imaginário dessa modalidade cênica, a narrativa sugerida cria fabulações em torno do abuso e da violência doméstica contra a mulher. Já o premiado filme-ensaio de Renan de Cillo, Bicha-Bomba (2019), convoca seus expectadores a ponderar sobre o caráter destrutivo e arbitrário da homofobia. O diretor justapõe imagens VHS de sua infância à narração da história do menino Alex, que aos oito anos de idade foi espancado até a morte por seu pai. Em outro âmbito, Ode investiga poeticamente a travestilidade e as práticas emancipatórias dos corpos. A artista traz Restituição (2021), realizada em parceria com Vitor Duarte

Além dos três vídeos apresentados, a curadoria brasileira convidou ASSUME VIVID ASTRO FOCUS (AVAF) para intervir no espaço expositivo, transformando a ambiência da sala expositiva com um conjunto de papéis de parede e intervenções luminosas. Desde sua criação no começo dos anos 2000, AVAF é um coletivo que desafia tentativas de definição e enquadramento, explorando diversas linguagens e reformulando livremente as leituras possíveis de seu acrônimo. Sem gênero definido, AVAF tem testado os limites do sistema da arte e demonstrado forte conexão com espaços da vida noturna que historicamente oferecem abrigo, união e sociabilidade a pessoas cujos modos de vida que romper com as convenções normativas de gênero e sexualidade.

 

BIOGRAFIAS DOS ARTISTAS

Beatrice Gibson (n. 1978) vive e trabalha em Londres. Ela é uma artista-cineasta cujos filmes exploram a atração entre o caos e o controle no processo de produção. Com base em figuras da literatura e composição modernista experimental, como Cornelius Cardew, Robert Ashley e Gertrude Stein, os filmes de Gibson são frequentemente participativos e incorporam ideias e processos co-criativos e colaborativos.

 

Rehana Zaman (n. 1982) mora em Londres e trabalha com imagem em movimento e performance. Seu trabalho considera a interação de múltiplas dinâmicas sociais que constituem sujeitos ao longo de formações sócio-políticas particulares. Essas peças narrativas, muitas vezes inexpressivas e neuróticas, são frequentemente geradas por meio de conversas e colaboração com outras pessoas. Uma questão primordial do trabalho de Zaman é como as preocupações sociais e políticas, além de fornecer conteúdo, podem se estruturar como uma obra de arte é produzida.

 

Stephen Sutcliffe (nascido em 1968) cria colagens de filmes a partir de um extenso arquivo da televisão britânica, som de filmes, imagens de transmissão e gravações de palavras faladas que coleciona desde a infância. Muitas vezes refletindo sobre aspectos da cultura e identidade britânicas, os resultados misturam aspectos melancólicos, poéticos e satíricos que sutilmente provocam e criticam as ideias de consciência de classe e autoridade cultural. Por meio de um extenso processo de edição, as obras de Sutcliffe colocam som contra imagem para subverter narrativas predominantes e gerar leituras alternativas por meio da justaposição e sincronização de material visual e auditivo.

assume vivid astro focus (avaf) é formado por Eli Sudbrack (Rio de Janeiro, Brasil, 1968) e Christophe Hamaide Pierson (Paris, França, 1973). Os dois artistas trabalham independentemente sob o pseudônimo avaf, mas também juntam forças ocasionalmente. Com frequência eles também se transformam num coletivo. Por meio de uma vasta gama de mídias, incluindo instalações, pintura, tapeçaria, néon, papel de parede, vídeo, etc, o avaf, com frequência, confronta arraigados códigos culturais, questões de gênero e política através de uma superabundância de cores e formas. O pseudônimo é parte fundamental no seu processo de trabalhar “coletivamente”. O intuito central de seus projetos é sempre a criação de um Gesamtkunstwerk (“obra total de arte”) onde o espectador se torna um com trabalho de arte. Ser inclusivo é peça chave para a realização de suas obras - avaf usa a cor como linguagem universal com a intenção de garantir a participação e entrega do espectador. O público sempre é centerpiece em todos seus projetos. O avaf tem sido objeto de exposições e projetos de arte pública em galerias e museus no Brasil e no exterior, dentre os quais destacam-se: MoMa (NY), Whitney Biennial (NY), Peres Projects (San Francisco e Berlim), Manifesta 11, Cabaret Voltaire (Zurich), Astrup Fearnley Museum (Oslo).

 

Ode (n. 1998) é uma artista brasileira multidisciplinar, autodidata, que atua também com curadoria, escrita, styling e direção. Criadora da extinta plataforma digital Projeto Dúdus, com foco em produções artísticas afrodiaspóricas e africanas. Curou a exposição Note On Travecacacceleration a convite da Lux Moving Image 2020-2021 e atualmente, é uma das diretoras representadas pela Barry Company. Sua pesquisa aborda principalmente questões sobre a diáspora africana, a travestilidade e as práticas emancipatórias dos corpos.

 

Renan de Cillo (n. 1989) é diretor e roteirista. Graduado em Cinema e Audiovisual na Unespar, Curitiba-PR. Foi premiado inúmeras vezes com seu curta Bicha-Bomba (Bomb-Queer), lançado em 2019. O curta vem sendo exibido em festivais como, Cinema LGBTQIA+2021, no Museu do Amanhã, Rio de Janeiro, 2021, e de Gramado, 2021. Ganhou o prêmio de melhor curta e roteiro, no 18º MAUAL – Mostra Audiovisual Universitário e Independente da América Latina, 2021; 1º Festival de Tela Curta Cachoeiro, 2021; Melhor Filme Mostra Queerança – II Transforma: Festival de Cinema da Diversidade de Santa Catarina, 2019.

 

Sara Ramo (Madri, Espanha, 1975). Artista Visual graduada em Belas Artes pela Universidade Complutense, Madrid. Com práticas múltiplas em instalação, vídeo, fotografia, escultura e colagem, a artista toma objetos cotidianos para com eles compor novos arranjos. Suas obras integram importantes coleções importantes como Fundação Botín, Patrícia Phelps Cisnero Collection, Inhotim, Itaú Cultural, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e Pinacoteca do Estado de São Paulo.

 

Parceiros:

 

REINO UNIDO: LUX

LUX é uma agência internacional de artes que apóia e promove as práticas de imagem em movimento de artistas e as ideias que os cercam. Fundada em 2002 como uma empresa de caridade e sem fins lucrativos, limitada a organização se baseia em uma longa linhagem de antecessores (The London Film-Makers ’Co-operative, London Video Arts e The Lux Centre) que remontam à década de 1960. lux.org.uk

 

REINO UNIDO: BRITISH COUNCIL

O British Council é organização internacional do Reino Unido para relações culturais e oportunidades educacionais. Construímos conexões, entendimento e confiança entre o povo do Reino Unido e o de outros países por meio das artes e cultura, educação e Língua Inglesa. No ano passado, alcançamos mais de 80 milhões de pessoas diretamente e mais de 791 milhões ao todo, incluindo conteúdos digitais, publicações e transmissões em rádio e TV. Fundado em 1934, somos uma UK charity governada por Royal Charter, assim como um órgão público do Reino Unido. Cerca de 15% de nossos fundos são subsidiados pelo governo britânico.

 

BRASIL: INSTITUTO TOMIE OHTAKE

O Instituto Tomie Ohtake, inaugurado em 2001 e é um dos poucos espaços em São Paulo desenhado especialmente para realizar exposições nacionais e internacionais nas áreas de artes plásticas, arquitetura e design, além de desenvolver programas de ensino e acesso à arte. 

 

Serviço:

Exposição: INTIMIDADES RADICAIS

De 09 de fevereiro a 03 de abril de 2022

Terça a domingo, das 11h às 20 – entrada franca

Classificação indicativa: maiores de 18 anos

 

Filmes Reino Unido

I hope I’m Loud When I’m Dead, 2018, Beatrice Gibson, 21’

Sharla Shabana Sojourner Selena, 2016, Rehana Zaman, 22’14 (LUX)

Casting Through and Scenes from Radcliffe, 2017, Stephen Sutcliffe, 16’53 (LUX)

 

Filmes Brasil

Una y Otra vez / Once and Again (2019), Sara Ramo, 9’40

Bicha-Bomba (2019), Renan de Cillo, 8’

Restituição (2021), Ode e Vitor Duarte, 4´50

 

 

Instituto Tomie Ohtake

Av. Faria Lima 201 (Entrada pela Rua Coropés 88) - Pinheiros SP

Metrô mais próximo - Estação Faria Lima/Linha 4 - amarela

Fone: 11 2245 1900

Medidas de segurança: Obrigatório uso de máscara / Medição de temperatura / Tapetes sanitizantes / Álcool em gel disponível em diversos pontos / controle de público /guarda-volumes desativado

 

Sesc 24 de Maio recebe os espetáculos Goldfish, Bando: dança que ninguém quer ver e Corpos de passagem no mês de fevereiro

Apresentações de dança acontecem entre os dias 10 e 19 de fevereiro com vendas a partir do dia 08/02 às 14h pela web e 09/02 às 17h nas unidades, exceto a peça Corpos de passagem que é gratuita

 

O uso de máscara cobrindo nariz e boca, assim como, a apresentação de comprovante de vacinação contra a Covid-19 com as duas doses ou dose única, se fazem necessários para acessar as unidades do Sesc SP

 

Bando: dança que ninguém quer ver | Crédito: Brunno Martins

O Sesc 24 de Maio recebe no mês de fevereiro os espetáculos de dança Goldfish, apresentação solo do artista potiguar Alexandre Américo, Bando: dança que ninguém quer ver com a companhia Gira Dança, também do Rio Grande do Norte e Corpos de Passagem com o Grupo Grua, que faz parte da programação do projeto Refestália, que acontece em diversas unidades do Sesc SP.

 

A peça Goldfish, estreia no dia 10/02, quinta, às 20h, mas também conta com outra sessão no dia 11/02, sexta, às 20h no teatro da unidade. Já a apresentação Bando: dança que ninguém quer ver, acontece nos dias 12/02, sábado, às 19h e 13/02, domingo, às 17h no Espaço de Tecnologias e Artes, no quarto andar do Sesc 24 de Maio. As vendas dos ingressos se iniciam no dia 08/02, terça, às 14h pela web e no dia seguinte, a partir das 17h, presencialmente nas bilheterias da rede Sesc. A peça Corpos de Passagem, acontece dia 19/02, sábado às 19h no Jardim da Piscina, localizado no 11º andar do prédio. A programação, que faz parte do Festival Refestália, é gratuita, mas com retirada de ingressos com 30 minutos de antecedência.

 

GOLDFISH

A apresentação solo de Alexandre Américo assume a solitude como aspecto norteador. Ao tematizar o esvaziamento das atitudes empáticas para com aqueles que nos parecem distantes e repensar o que faz a humanidade ganhar seus próprios contornos, iremos desconfigurar a casa, habitat natural de Américo, e apresentar o lar enquanto estado subjetivo. Assim, pretende-se levar o público a um mergulho em uma camada da existência onde não esteja lúcida a relação espaço-temporal daquele que poderia ser um peixe dourado; o possível merecedor de nossa empatia.

 

Instigado a pensar os períodos pré e atual da pandemia, levando em conta a transição da obra e o corpo e seus graus de liberdade, Américo disse “encontrar um jeito outro de estar vivo, de aprender fazendo o próprio contexto”. Para ele, criar esta versão foi como fazer um mergulho profundo, nadar contra uma correnteza que tampouco tem direção certa. “Ser o Goldfish, neste momento, é afirmar uma estória preta, periférica, pobre, LGBTQIA+, epilética, nordestina e brasileira de uma carne que se faz fora da curva".

 

Alexandre Américo é artista e pesquisador da dança com Licenciatura em Dança e Mestrado pelo PPGARC, ambas pela UFRN. Hoje é atuante na área da investigação em Arte Contemporânea com enfoque em estruturas performativas e seus desdobramentos dramatúrgicos. Ex-aluno especial de Doutorado em Estudos da Mídia, UFRN e diretor artístico da cia. Gira Dança (Natal-RN).

 

GOLDFISH

Datas: 10 e 11 de fevereiro. Quinta e sexta, das 20h às 21h.

Local: Teatro (1º subsolo) – Sesc 24 de Maio

Classificação: Não recomendado para menores de 16 anos

Ingressos: R$ 40,00 (inteira); R$ 20,00 (credencial plena, estudantes, servidores de escola pública, + 60 anos, aposentados e pessoas com deficiência). Ingressos à venda a partir de 08/02 às 14h no portal sescsp.org.br/24demaio e a partir de 09/02, às 17h, nas bilheterias da rede Sesc SP.

 

Bando: dança que ninguém quer ver

A companhia Gira Dança, do Rio Grande do Norte é formada também por bailarinos com deficiências físicas. Neste espetáculo, o grupo discute em cena questões que fazem com que bailarinos e coreógrafos existam enquanto sujeitos que dançam na contemporaneidade.

 

Gira Dança é uma companhia de dança contemporânea formada por bailarinos com e sem deficiência que tem como proposta artística ampliar o universo da dança através de uma linguagem própria, voltada para o conceito do corpo como ferramenta de experiências. A companhia, sediada em Natal/RN em 2005, foi fundada pelos bailarinos Anderson Leão e Roberto Morais e teve sua estreia nacional na Mostra Arte, Diversidade e Inclusão Sociocultural, realizada no Rio de Janeiro, em maio de 2005. Desde então, tem apresentado em palcos de todo o Brasil um trabalho que rompe preconceitos, limites pré-estabelecidos e cria novas possibilidades dentro da dança contemporânea. Com mais de uma década de trabalho acumula diversos prêmios nos seus mais de 13 espetáculos de repertório, onde já apresentou por mais de 15 estados brasileiros e cinco países. 

 

Bando: dança que ninguém quer ver

Datas: 12 e 13 de fevereiro. Sábado, das 19h às 20h e domingo das 17h às 18h.

Local: Espaço de Tecnologias e Artes (4º andar) – Sesc 24 de Maio

Classificação: Não recomendado para menores de 12 anos

Ingressos: R$ 40,00 (inteira); R$ 20,00 (credencial plena, estudantes, servidores de escola pública, + 60 anos, aposentados e pessoas com deficiência). Ingressos à venda a partir de 08/02 às 14h no portal sescsp.org.br/24demaio e a partir de 09/02, às 17h, nas bilheterias da rede Sesc SP.

 

Corpos de passagem

Como o próprio nome já anuncia, "passagem": ato ou efeito de passar, comunicação, local ou sítio por onde se passa ou transita. Os verbos "passar", "comunicar" e os substantivos "lugar" e "corpo" são centrais nessa performance, que parte da premissa de que a dança e a performance são, por natureza, meios capazes de modificar as paisagens que constituem esses espaços. O fazer artístico do Grua se estabelece através de um processo de trocas perceptivas entre os corpos (dançantes e passantes), instalando em seus contextos uma experiência estética outra, não habitual. São vinte anos marcados pela proposição e construção de outras espacialidades e pela valorização das relações interpessoais, uma trajetória profissional inaugurada e assinalada pela busca daquilo que se pode comunicar e modificar, em nós e no mundo. Seguindo um procedimento adotado para Corpos de passagem, desde a sua estreia, que é o de agregar outros artistas, para essa apresentação convidamos as artistas e performers, Taty Dell Campobello e Luisa Brunah, exercitando com elas a diversidade dos diálogos artísticos e a composição cênica em tempo real. 

Os bailarinos Jorge Garcia, Osmar Zampieri e Willy Helm, ao questionarem a institucionalização de seus corpos, encontraram nas ruas uma forma de fazer dança fora do ambiente conhecido. A improvisação foi a forma adotada para tensionar o pré-estabelecido, algo que não fazia parte da rotina profissional destes bailarinos, inicialmente treinados nas técnicas de dança clássicas e modernas. Instigados pela ideia, os integrantes escolheram a Avenida Paulista, centro nervoso da cidade de São Paulo, para suas primeiras intervenções. Estes parceiros, juntamente com outros artistas convidados, vestem-se dos símbolos do poder financeiro (terno preto, camisa branca, gravata e sapato social), explorando suas ações a partir da identificação direta com os passantes dessa avenida. Não há uma receita prévia para o diálogo que se estabelece, pois, ele se faz por meio das trocas sensíveis, no instante dos acontecimentos. 

 

O Grua assume que não mais é possível atuar nos espaços públicos sem considerar sua instância sociopolítica. Para tanto, parte da premissa de que a dança e a performance são, por natureza, meios capazes de modificar as paisagens que constituem esses espaços. O fazer artístico se estabelece através de um processo de trocas perceptivas entre os corpos (dançantes e passantes), instalando em seus contextos uma experiência estética outra, não habitual.

 

Corpos de passagem

Datas: 19 de fevereiro. Sábado, das 19h às 20h.

Local: Jardim da piscina (11º andar) – Sesc 24 de Maio

Classificação: Livre

Ingressos: Gratuito - Entrega de senhas no local com 30 minutos de antecedência.

 

 

 

+ AÇÃO URGENTE CONTRA A FOME

Com o objetivo de ampliar a rede de solidariedade para levar comida às pessoas em situação de vulnerabilidade social, o Sesc São Paulo, em parceria com o Senac São Paulo, realiza campanha de arrecadação de alimentos não perecíveis nas unidades do Sesc e Senac em todo o estado. São mais 100 pontos de coleta na capital, região metropolitana, interior e litoral. As doações são distribuídas às instituições sociais parceiras do Mesa Brasil Sesc, que repassam os itens para as 120 mil famílias assistidas. A Ação Urgente contra a Fome é uma iniciativa do Sesc São Paulo, por intermédio do Mesa Brasil Sesc, programa criado pela instituição há 26 anos que busca alimentos onde sobra para distribuir aos lugares em que falta. O que doar: alimentos não perecíveis como arroz, feijão, leite em pó, óleo, fubá, sardinha em lata, macarrão, molho de tomate, farinha de milho e farinha de mandioca. O Sesc conscientiza a população sobre importância da doação responsável, com itens de qualidade e dentro da validade. Saiba +: sescsp.org.br/doemesabrasil

 

MESA BRASIL SESC SÃO PAULO

Paralelamente à campanha Ação Urgente contra Fome, a rede de solidariedade que une empresas doadoras e instituições sociais cadastradas segue suas atividades, buscando onde sobra e entregando em lugares onde falta, contribuindo para a redução da condição de insegurança alimentar de crianças, jovens, adultos e idosos e a diminuição do desperdício de alimentos. Hoje, dezenove unidades do Sesc no estado – na capital, interior e litoral – operam o Mesa Brasil. As equipes responsáveis pela coleta e entrega diária de alimentos foram especialmente capacitadas para os protocolos de prevenção à Covid-19, com todas as informações e equipamentos de proteção individuais e coletivos necessários para evitar o contágio.  Saiba +: sescsp.org.br/mesabrasil

 

SOBRE O SESC SÃO PAULO

Com 75 anos de atuação, o Sesc – Serviço Social do Comércio conta com uma rede de 45 unidades operacionais no estado de São Paulo e desenvolve ações com o objetivo de promover bem-estar e qualidade de vida aos trabalhadores do comércio, serviços, turismo e para toda a sociedade. Mantido pelos empresários do setor, o Sesc é uma entidade privada que atua nas dimensões físico-esportiva, meio ambiente, saúde, odontologia, turismo social, artes, alimentação e segurança alimentar, inclusão, diversidade e cidadania. As iniciativas da instituição partem das perspectivas cultural e educativa voltadas para todas as faixas etárias, com o objetivo de contribuir para experiências mais duradouras e significativas. São atendidas nas unidades do estado de São Paulo cerca de 30 milhões de pessoas por ano. Hoje, aproximadamente 50 organizações nacionais e internacionais do campo das artes, esportes, cultura, saúde, meio ambiente, turismo, serviço social e direitos humanos contam com representantes do Sesc São Paulo em suas instâncias consultivas e deliberativas. Mais informações em http://www.sescsp.org.br/sobreosesc.

 

 

 

SESC 24 DE MAIO
Rua 24 de Maio, 109, Centro, São Paulo
350 metros do metrô República
Fone: (11) 3350-6300


Nós Galeria apresenta Passagens, primeira exposição individual de Fée

Em fevereiro, obras da artista expressam o seu envolvimento sólido com a cultura dos povos originários do Brasil

 



A maturidade e consciência artística de Maria Fernanda Paes de Barros se revelaram potentes depois de sete anos à frente de iniciativas que resgatam o fazer de nossos povos originários, técnicas artesanais de diferentes regiões que valorizam o capital humano por trás de cada uma delas. Nesta trajetória, Maria Fernanda percebeu a importância de, além de desenvolver móveis, acessórios e peças com resgate cultural, fazer a sua voz presente para o entendimento do seu trabalho. "Aos poucos percebi que para que as pessoas pudessem “sentir” a alma das peças, eu precisava falar sobre elas. Para passar as emoções que eu sentia, precisava mostrar minha cara, enfrentar a timidez e falar com o coração", diz a artista, que passa a assinar como Fée.

E foi exatamente por esta solidez em seu trabalho e a certeza inata de seu desenvolvimento como artista plástica que a Nós Galeria, localizada na região central de São Paulo trouxe para o seu time a Fée, que realiza a sua primeira exposição individual. Intitulada Passagens, a exposição conta com a curadoria do francês Marc Pottier e tem abertura marcada para 12 de fevereiro.

A exposição nasce inspirada na história do Brasil contada por aqueles que estavam aqui muito antes de nascer a ideia de um país, nos seus saberes e tradições, nos seus sorrisos e nas suas lágrimas, na sua força e resiliência, no seu sonho e na sua luta por liberdade e respeito. "Ela nasce na oralidade, tradição fundamental para as culturas indígenas. Ao falar eles transmitem muito mais que palavras, eles geram emoções. E são as emoções que cravam lá no fundo da alma e não permite que a história seja esquecida" diz a artista. Com “Passagens”, a primeira exposição individual da Maria Fernanda Paes de Barros na Nós Galeria, a artista oferece aos espectadores anos de reflexão. São obras que se enquadram perfeitamente no século XXI. Elas não poderiam ter sido vistas ou compreendidas antes. Talvez sociológica, seu conceito nos faz olhar para o passar do tempo, mas também para a herança indígena. A artista utiliza materiais comuns que evocam "O louvor do solo", as Matériologies ou as Texturologies do grande teórico francês da Art Brut, Jean Dubuffet (1901-1985)", explica o curador de arte contemporânea Marc Pottier.

Na expografia, o visitante vai perceber uma sequência na criação das obras que segue a evolução dos sentimentos e percepções da artista sobre sua vivência e aprendizado junto ao povo Pataxó, que conheceu no Sul da Bahia em 2020. Foi neste momento que ela desenvolveu, entre outras peças, a obra Passagem, exposta em 2021, na exposição Orgânico, na 4a Circular Arte na Praça Adolpho Bloch que também teve curadoria de Marc Pottier.

Na primeira parte da exposição, chamada Passagem pela História, estão 3 obras: Essência, Resistência e Interlocução. Nelas, Fée rememora as suas primeiras impressões ao chegar na aldeia Pataxó, além de experiências no dia a dia com as pessoas da comunidade. Para adentrar às terras Pataxó, a artista se desnudou de tudo, permanecendo essência. "Meu corpo despoja-se de tudo que não é essencial, abrindo espaço para absorver o que tocar o coração" e isso revela-se na obra Essência. Na obra Resistência, Fée evidencia o sofrimento que os povos originários passam ao longo dos séculos, mas não desistem de lutar pela sua sobrevivência. Já na obra Interlocução, a artista demonstra a sutil harmonia entre o ontem e o hoje nas aldeias, onde os moradores absorveram o necessário para coexistir, se adaptando ao mundo atual sem perder a essência e a identidade.

Outra fase da exposição é Passagem para a Vida, na qual as obras Existência e Balanços Kaupüna demonstram uma nova história para um tempo que deseja que o futuro exista. "Estas obras revelam uma somatória de vidas, histórias, tempos e passagens". Em uma das paredes, uma pintura corporal realizada por Arassari Pataxó, da aldeia Barra Velha, no sul da Bahia. "A exposição não estaria completa sem a presença dos traços marcantes que resistiram ao tempo e às inúmeras passagens. Traços repletos de significados que vestem corpos que com eles jamais estarão nus, mesmo que nossos olhos culturalmente atrofiados não nos permitam perceber", explica a artista.

Com os balanços Kaupüna direcionados para a pintura de Arassari, a artista convida o público a fazer uma pausa, um encontro com o seu eu para, a partir daí, mergulhar no nós, respeitando cada diferente detalhe sem nunca deixar de reconhecer a si mesmo.

Em sequência, uma parede com composições feita com fotos das séries Barro, Ritual e Conexões complementam o conjunto, que terá intervenção da artista com cores e outros materiais.

Na Passagem entre Tempos, as obras Respiro e Sobre(a)Vida, é evidente a ideia de demonstrar a vida que insiste em existir apesar e através dos muros impostos. "Vida que insiste, que persiste, que abre uma janela quando lhe fecham todas as portas". Como um manifesto vivo, Fée demonstra a sua vocação em puxar o espectador para a alteridade. "Estamos aqui e continuaremos aqui. Somos luz na escuridão. Somos os guardiões das sementes da vida". Esta mensagem é uma constante a cada passo dado pela artista em terras Pataxós. " Não importa o fogo, não importam as cinzas, permanecemos firmes em nossa missão de proteger nossa mãe Terra e nossos irmãos".

Além das obras em sua maioria produzidas com barro, madeira, penas e outros materiais, a artista ainda explora a fotografia como registro de uma história cultural em constante movimento. Há ainda uma nova leitura para o que já foi considerado opressor e agora ganha um significado de vida fértil: na obra Nós, enxadas que antes eram usadas em trabalhos forçados pelo homem branco hoje encontram descanso em um solo fértil onde os saberes ancestrais e atuais se encontram, se abraçam e se somam. "Só haverá futuro se houver união, se a soma for feita com respeito à essência de cada um, se entendermos que somos filhos da Terra e sendo assim, somos todos irmãos".

"A Exposição Passagens chancela esta nova fase de Maria Fernanda Paes de Barros, não como uma nova artista, mas uma artista que, ao longo dos anos, vem se compreendendo como agente transformadora de novos conhecimentos, mas de forma inconsciente dentro do universo da criatividade", complementa Beth da Matta, da Nós Galeria.




FÉE - MARIA FERNANDA PAES DE BARROS - Artista visual, designer e pesquisadora, SP/SP, 1969. Formada em administração de empresas e design de interiores, Maria Fernanda trabalhou na área por mais de 20 anos. Migrou para o design de mobiliário em 2014, criando a Yankatu - design com alma, estúdio de design por meio do qual realiza projetos de impacto social junto aos artesãos brasileiros. A passagem para o mundo da arte aconteceu naturalmente em 2020 quando a busca pela valorização dos artesãos brasileiros e seus saberes gera uma crescente indignação em relação à invisibilidade e a falta de conhecimento sobre a realidade dos povos originários. Seu trabalho baseia-se nas relações que vão além do olhar e estabelecem-se na confiança mútua entre uma mulher branca e homens e mulheres indígenas. Sua produção artística perpassa uma longa atemporalidade e também uma continuidade, resultantes do privilégio e da fluidez da alteridade das relações estabelecidas. É na potência da arte que ela encontra o caminho para compartilhar seu aprendizado, ativar o olhar e a escuta do outro buscando gerar nele a mesma indignação que sente e, dessa forma, estimulá-lo a agir. É por meio de uma estética relacional que ela visa somar forças pois a reação do outro, o espectador, é essencial para a concretização de sua arte, que não se finda no objeto criado e sim expande-se para o campo imaterial e impalpável. Fée não nega seu passado nem sua condição privilegiada, ao invés disso se deixa afetar por ambos para a partir deles abrir o espaço necessário para falarmos sobre uma história que não estamos acostumados a ouvir.



Exposição: Passagens - Fée

Nós Galeria

Abertura 12 de fevereiro das 11h às 22h

Rua Cunha Horta, 38

01221-030

São Paulo - SP

Informações: (11) 93281-8808

Visita:

Segunda a sábado das 11:00 às 17:00

Agendamento via WhatsApp ou direct

 

MAIS SHOPPING RECEBE PEÇAS TEATRAIS INFANTIS e GRATUITAS AOS DOMINGOS

Clássicos das histórias para crianças chegam ao Shopping, na zona sul de São Paulo, para tornar os domingos de fevereiro ainda mais especiais 

São Paulo, fevereiro de 2022 - Muita cultura, entretenimento e diversão nas peças de teatro infantil do Mais Shopping durante o mês de fevereiro. Totalmente gratuitas, as apresentações garantem a diversão dos pequenos numa programação muito especial. 

Com o propósito de interagir com as crianças e proporcionar um momento cultural, com a magia das peças teatrais, o Mais Shopping promoverá sessões de 06 a 27 de fevereiro, às 15h. Ao todo serão quatro peças diferentes que acontecem na praça de alimentação do mall aos domingos, como o Casamento da dona baratinha, A Cigarra e a formiga.  É em comemoração ao carnaval teremos peças no final do mês com temas carnavalescos para a criançada como: Contando e Cantando o Carnaval e Os Saltimbancos Foliões. Para garantir o distanciamento, as vagas para assistir as peças são limitadas. Os ingressos são gratuitos e estão disponíveis no aplicativo do Mais Shopping.

 “A ação “Domingo Encantado”, sempre, foi um sucesso. Um espetáculo que as crianças amam e que garante diversão e cultura para toda a família. Sempre ficamos muito ansiosos para promover essa ação para nossos clientes que aproveitam ao máximo a experiência que proporcionamos.”, explica Rodrigo Móyses, superintendente do Mais Shopping. 

As peças contam com atores caracterizados como os principais personagens, além de um mini cenário para completar a fantasia. Todas as informações sobre a peça e as atrações do Mais Shopping podem ser encontradas no site www.maisshopping.com.br. O Shopping fica na Rua Amador Bueno, 229 – Santo Amaro, zona sul (SP).

 

“Domingo Encantado” Peças Teatrais Infantis

Local: Praça de Alimentação

Datas e Horários:

 

·        06/02 – O casamento da dona baratinha – às 15h

·        13/02 – A Cigarra e a formiga – às 15h

·        20/02 - Contando e Cantando o Carnaval – às 15h

·        27/02 - Os Saltimbancos Foliões – às 15h

 

Entrada Gratuita – Vagas limitadas com inscrições através do APP do Mais Shopping

 

O Mais Shopping localiza-se no maior polo comercial da cidade de São Paulo, com um fluxo de 1,3 milhão de pessoas por dia na região e está interligado ao metrô Largo Treze, ao terminal de ônibus Santo Amaro e próximo à estação Santo Amaro da linha 9-Esmeralda da CPTM.


“ERUDITO É POPULAR? POPULAR É ERUDITO?”

 

Apresentações propõem diálogos entre a música erudita  

e a música popular urbana e tradicional 

 

Realizado pelo Sesc Consolação, os recitais comentados têm participação do pianista Hercules Gomes,  da cantora Lívia Nestrovski e de seu pai e compositor Arthur Nestrovski no palco do Teatro Anchieta  

 

Hercules Gomes,  Lívia e Arthur Nestrovski | créditos: Ribas Dantas e José de Holanda

 

 

 ERUDITO É POPULAR? POPULAR É ERUDITO?” é o tema dos recitais comentados, que acontecem no palco do Teatro Anchieta, com a participação do pianista Hercules Gomes, no dia 09/02, e da cantora Lívia Netrovski e seu pai, o compositor Artur Nestrovski, no dia 16/02, sempre às 20h.  

Na apresentação, os músicos conversam com o público sobre as similaridades, singularidades, influências recíprocas e interdependências entre a música popular urbana, popular tradicional e a erudita, com a ideia de suscitar uma revisão destas ‘gavetas’, além do olhar e escuta sobre a importância cultural, social e musical destas vertentes. 

 

Para assistir aos recitais, basta retirar o ingresso na bilheteria do Sesc Consolação ou no portal sescsp.org.bra partir das 14h, no dia de cada apresentação  

 

Vale ressaltar que, para acessar os espaços das unidades do Sesc São Paulo, as pessoas maiores de 12 anos devem apresentar o comprovante de vacinação contra a Covid-19 contendo duas doses ou dose única. Além disso, é obrigatório o uso de máscara em todos os espaços.  

 

Confira abaixo a programação: 

Hercules Gomes 

9 de fevereiro, quarta-feira, às 20h  

Hercules Gomes é considerado um dos mais representativos pianistas brasileiros da atualidade, com carreira consagrada na música popular. Reconhecido no meio musical erudito, foi convidado para ser solista de música de concerto em orquestras do Brasil e do mundo. Em 2021 integrou a programação da OSESP com três concertos na Sala São Paulo. 

Neste recital comentado, o pianista apresenta suas reflexões sobre a intersecção entre os repertórios popular e erudito; ao final acontece um bate-papo com o público. Entre as obras apresentadas, Odeon (Ernesto Nazareth), Batuque (Henrique Alves de Mesquita) e Toada n° 1 (Hercules Gomes). 

Lívia e Arthur Nestrovski 

16 de fevereiro, quarta-feira, às 20h 

 

A apresentação tem como referência o último álbum do duo, Sarabanda (2020), retomando a parceria entre eles. O repertório reúne várias canções inéditas e as novas versões de Schumann e Schubert, todas com letras de Arthur Nestrovski. Entremeando as músicas, Lívia e Artur apresentam suas reflexões sobre o tema “Erudito é popular? Popular é erudito?”. 

Lívia Nestrovski é apontada como uma das maiores e mais versáteis vozes da música brasileira. Conhecida do público europeu e norte-americano, desenvolve trabalhos tão intensos quanto diversos: o ousado e minimalista diálogo entre voz e a guitarra elétrica em seu Duo com Fred Ferreira; o clássico e lírico Pós você e euSarabanda, voz e violão com Arthur Nestrovski; e o show Mortal loucura, com Arthur Nestrovski e Zé Miguel Wisnik, em que explora os complexos caminhos poéticos da canção popular brasileira. 

Arthur Nestrovski é diretor artístico da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, desde 2010. Em 2012, foi nomeado também diretor artístico do Festival de Inverno de Campos do Jordão. Doutor em Literatura e Música pela Universidade de Iowa (EUA), foi professor titular de Literatura Comparada na PUC/SP, articulista da Folha de S.Paulo e editor da PubliFolha. Autor de Tudo Tem a Ver – Literatura e Música (2019) e Outras Notas Musicais (2009), entre outros livros, incluindo vários premiados títulos de literatura infantil, mantém também atividade musical como violonista e compositor, apresentando-se e gravando com artistas como Zé Miguel Wisnik, Zélia Duncan e Adriana Calcanhotto, no Brasil e no exterior. Lançou, entre outros, os CDs solo Jobim Violão e Chico Violão, o DVD O Fim da Canção, com Wisnik e Luiz Tatit, e dois CDs de canções com Lívia Nestrovski: Pós Você e Eu (2016) e Sarabanda (2020). 

 

SERVIÇO 

RECITAL COMENTADO 

Erudito é popular? Popular é erudito? 

Dia 9/02 às 20h - Hercules Gomes 

Dia 16/ 02 às 20h - Lívia e Artur Nestrovski 

Local: Teatro Anchieta (280 lugares) 

Duração: 90 minutos

Grátis* 

Classificação: Livre 

 

*Ingressos disponíveis, a partir das 14h no dia de cada apresentação, nas bilheterias do Sesc Consolação ou no portal sescsp.org.br 

Rua Dr. Vila Nova, 245, Vila Buarque, São Paulo  Informações: (11) 3234-3000  Transporte Público: Estação Mackenzie do Metrô – Linha Amarela   sescsp.org.br/consolacao  Facebook, Twitter e Instagram: /sescconcolacao  

Horário de funcionamento Terça a sexta, das 7h às 22h Sábados, domingos e feriados, das 10h às 19h


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