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terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

Conheça 5 mentiras sobre o sono que você sempre acreditou!

Ninguém morre por falta de sono? Dormir de meia é prejudicial? Crianças realmente crescem dormindo? Descubra as verdades por trás dessas lendas

 

Quem aí nunca ouviu que leite com manga faz mal? Ou que raspar o pêlo faz ele crescer mais grosso? E a ideia de que não se pode olhar no espelho quando está ocorrendo uma chuva de raios? Todas essas ideias não passam de mitos e o sono também tem alguns “leite com manga” para chamar de seu. E não são poucas as mentiras sobre o sono que espalham por aí… Vamos a elas?


1) As crianças crescem durante o sono e por isso precisam dormir mais

Essa tem um fundinho de verdade, mas ainda assim é uma mentira bastante difundida.  

A produção do “hormônio do crescimento”, o GH, aumenta durante a noite, mas as crianças crescem durante todo o dia. O que não quer dizer que dormir não seja fundamental para o seu crescimento.  

“Durante o dia, o GH estimula a secreção do IGF-1, outro hormônio que tem importantes funções no organismo, como a absorção de nutrientes e síntese de proteínas nos ossos e nos músculos para o crescimento. Quando é estimulado, o IGF-1 age durante todo o dia, indiscriminadamente. Por isso não podemos dizer que as crianças crescem mais durante o sono”, explica Josué Alencar, fundador e diretor do Persono, unidade de negócios da Coteminas que promove iniciativas para melhorar a qualidade de vida das pessoas através do sono.

 

2) Dormir de meia atrapalha o sono

Essa não dá pra chamar de mentira, mas talvez de meia mentira. 

De fato, no calor, dormir de meia pode ser incômodo e fazer os pés suarem excessivamente, o que não é nada agradável e pode sim, atrapalhar o seu sono, mas em termos gerais dormir de meia pode ser positivo porque ajuda a reduzir a latência do sono, ou seja, fazer você dormir mais rápido. 

Ainda de acordo com o especialista, quando a temperatura permite, usar meias para ir para a cama auxilia na vasodilatação, que aumenta o volume de sangue nas mãos e acelera a perda de temperatura corporal, essencial para uma pessoa cair no sono.  

Quando os dias forem mais quentes, você pode ir para a cama com uma bolsa de água fria para também ajudar no controle térmico do corpo.

 

3) Ninguém nunca morreu por falta de sono

Essa é uma das maiores mentiras sobre o sono e não se trata nem dos efeitos de dormir mal a longo prazo. Dormir menos de 6 horas aumenta em 20% as chances de um ataque cardíaco. Imagine passar dias sem dormir…  

Não é que alguém morra por não dormir, mas sim, pode-se morrer devido às consequências imediatas dessa falta de sono, como por exemplo sonolência, dificuldade de concentração e dificuldades cognitivas, que poderiam causar algum acidente e ser fatal.  

Imagine então não dormir por vários dias… De acordo com Josué, passar 72 horas sem dormir é o suficiente para criar alucinações, deteriorar a capacidade de avaliar informações verdadeiras e desencadear episódios de despersonalização.


4) A melhor posição para dormir é de lado

A melhor posição para dormir é aquela que te deixa mais confortável e te faz dormir melhor, não existe a “posição certa”.  

Todas as posturas na cama tem prós e contras. Por exemplo: do mesmo jeito que dormir de lado melhora a circulação sanguínea e diminui a incidência de ronco, também aumenta a chance de rugas no rosto e gera tensão no ombro.

 

5) Quanto mais uma pessoa dormir, melhor

Sono em excesso pode ser sinal de problema. Naturalmente, algumas pessoas precisam de mais sono que outras. Para os adultos, por exemplo, é considerado normal dormir entre seis e dez horas por noite. É uma diferença e tanto. 

“Dormir a mais de vez em quando é normal, mas quando isso é rotineiro é preciso prestar atenção porque pode ser sinal de doenças como depressão, consequência do consumo de alguns medicamentos ou até lesões cerebrais, que têm como consequência frequente a aparição de distúrbios do sono.”, finaliza Josué Alencar.


Como estimular as crianças a adquirirem novos hábitos

   Fazer mudanças no estilo de vida é possível ainda na infância. Tudo começa com a compreensão dos três pilares da formação de hábitos e a demonstração dos cuidadores.

 

Com um novo ano começando, é impossível não pensar em adquirir novos hábitos e fazer mudanças no estilo de vida. No entanto, esse processo nem sempre é simples, e é preciso considerar fatores que vão além da atividade - ainda mais quando se é criança! 

Ensinar um novo hábito para os pequenos pode ser um desafio, por isso, tenha em mente os três principais pilares da formação de um bom hábito:

 

1.Contexto

"O contexto diz respeito a tudo que está ao nosso redor, inclusive as pessoas que interagem com você", diz a Dra. Flávia Oliveira, pediatra e coach em Saúde com certificação em Medicina do Estilo de Vida. "Mudar o ambiente ajuda demais a tomarmos decisões mais acertadas quanto ao nosso estilo de vida, pois retiramos as forças de atrito que atrapalham nosso poder de decisão." 

Ou seja, se a ideia é que a criança coma mais frutas e menos doces, o ambiente entra em ação ao deixar os doces fora do alcance (por exemplo, em um armário alto), e as frutas bem à vista!

 

2.Repetição

"A constância e a repetição irão formar a base para que o hábito se automatize e, desta maneira, você apenas execute a ação sem perder tempo em planejá-la e fazê-la de fato", continua a médica. 

E isso depende, claro, da complexidade do hábito. "Tomar um copo de água por dia", para quem não tem o costume de ingerir o líquido diariamente, é mais fácil do que "tomar dois litros de água todos os dias". Começar pequeno e de forma acessível, ainda mais quando se fala de crianças, é essencial. Crie pequenas metas que sejam facilmente atingidas, dessa forma, cumprir - e continuar cumprindo - esse hábito será muito mais fácil.

 

3.Recompensa

"A recompensa é importante principalmente nas primeiras vezes que tentar iniciar um novo hábito", diz. "A sensação logo após terminar determinada tarefa será sua recompensa interna que pode ser associada a uma recompensa externa, como receber um elogio de um amigo." 

O reforço positivo, aqui, é um grande aliado. Reconhecer que a criança cumpriu com o comportamento proposto é o que vai motivá-la a continuar fazendo isso. Lembre-se que a família é a base da criança, o que os seus cuidadores diretos aprovarem, ela vai aprovar também. 

"A formação de bons hábitos é algo que deve ser cultivado desde os primeiros meses de vida, e são os cuidadores os responsáveis por esse processo", continua. "A família é o alicerce para que futuramente as crianças se tornem adultos conscientes de suas escolhas e das consequências dessas escolhas." 

Com tudo isso em mente, Dra. Flávia ainda oferece oito dicas de como estimular a formação de hábitos na infância: 

1.Comece com uma meta muito pequena;

2.Seja consistente e repetitivo - a frequência faz a diferença;

3.Faça uma mudança por vez. Escolha um único hábito e coloque-o em prática até que ele esteja estabelecido - aí, sim, passe para o próximo;

4.Busque apoio das pessoas no seu contexto para fazer essa mudança;

5.Seja paciente com você - as recaídas vão acontecer. O mais importante é levantar a cabeça e tentar de novo;

6.Prepare o ambiente para que o hábito novo salte aos olhos - como deixar a roupa de ginástica ao lado da cama antes de dormir, por exemplo;

7.Tenha em mente os benefícios desse novo hábito para você, para as crianças e para as demais pessoas no seu contexto;

8.Lembre-se que as crianças aprendem por demonstração. Ou seja, se você quer que elas adquiram um novo hábito, comece por você!

 

 

Dra. Flavia Regina De Oliveira - Graduada em medicina pela Faculdade de Medicina da Fundação ABC -- FMABC, fez residência médica em Pediatria Geral pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo -- USP, tem título de especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria -- SBP com residência em Neonatologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo -- USP. É especialista em Neonatologia pela Sociedade Brasileira de Pediatria -- SBP e pós-graduada em Perinatologia pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein -- HIAE.


Qual a sua relação com seu corpo?

Muitas vezes nos pegamos em cobranças com nosso corpo por algum motivo, insatisfeitos ou satisfeitos com alguma coisa, que muitas vezes não sabemos o que é. Daí começamos a dar nomes aos bois, “minha barriga está muito grande”, “olha minha perna”, “olha esse culote”, e por aí vai.

E te pergunto, isso acontece com você? Agora vou te fazer outra pergunta: Seu parceiro ou sua parceira é perfeito (a)? Seu filho (a) é perfeito?

Com certeza a resposta é não, mas mesmo assim você não é feliz com eles? Sabe porque isso acontece? Porque você, sua mente e seu corpo estão satisfeitos com aquela companhia, vocês estão vivendo em um relacionamento saudável, e isso se torna prazeroso, mesmo com algumas imperfeições do outro.

Eu tenho certeza que quando você está com a pessoa amada, você não fica o tempo todo olhando para ela e criticando, então porque faz isso com você?

Corpo saudável, não tem a ver com corpo perfeito, e nós precisamos identificar alguns fatores em relação a isso. Vamos lá!?


1. Vamos relembrar que é corpo, mente e espírito

Precisamos cuidar do nosso corpo, ele que nos sustenta e é templo para nós. Mas além do corpo não podemos esquecer que a nossa saúde mental é tão importante quanto os cuidados que precisamos ter com o nosso corpo. Precisamos cuidar, alimenta-la e mantê-la saudável com atitudes e atividades que a desenvolva. E por fim, precisamos ter nossa relação com nosso espírito. Estarmos em paz consigo mesmos é essencial.

Por isso, é preciso cuidar desses três pilares!


2. Seu corpo está bem?

Como estão seus exames? Não tem a ver com seu peso, mas com sua saúde, está tudo ok?! Porque se alguma coisa estiver fora do controle vai ter que mudar, nós precisamos assumir o autocontrole no nosso corpo, não tem a ver com querer, mas com a sua saúde.


3. Como está sua disposição?

Você tem acordado animado, ou anda se sentindo cansado demais, com muito sono, com a sensação de ter feito muito mais coisas, do que de fato foi feito? Porque se você está se sentindo assim, é sinal que sua produtividade está a baixo do normal, então é preciso começar a olhar com carinho para sua rotina, e iniciar uma mudança de hábito, para seu corpo voltar a ser mais produtivo.

Percebe que não tem a ver só com seu peso, mas com o impacto que isso tem causado no seu dia a dia?


4. Como está seu humor?

Uma das coisas muito comuns de acontecer quando nosso corpo não está bem, é termos uma mudança de humor, em nosso comportamento, a irritação e a falta de paciência passam a fazer parte da nossa rotina, a sensação de que não vamos dar conta, e a proporção de tudo se torna muito grande, e daí é onde começamos a perder o controle da situação.


5. Como está a sua alimentação?

Você tem parado para escolher o que vai comer, ou tem vivido o dia do lixo?

Você já parou para imaginar a seriedade dessa fala? “Dia do lixo”, é assim que você se vê, como uma lata de lixo?

Que tudo que não presta é jogado aí dentro de você. Entendeu como a relação com o seu corpo, vai muito além de uns quilinhos a mais?

Entendeu como é sério e tem a ver com posicionamento, com amor, com cuidado?

Precisamos honrar o que temos por completo, por isso que o tripé corpo, mente e espírito, precisa estar alinhado, se não estiver, o descontrole emocional vai passar a tomar conta de você.


Gostou das dicas? Lembre-se que é essencial fazer acompanhamento médico.

 

Luzia Costa - CEO da Reduci aponta pontos que te ajuda a fazer as pazes com seu corpo


DIA DE IEMANJÁ: ORAÇÕES PARA ATRAIR O MELHOR EM 2022



Celebrado dia 2 de fevereiro, Iemanjá é conhecida como a rainha do mar 

 

Dia 2 de fevereiro é celebrado o dia de Iemanjá. Conhecida como a grande mãe, a mãe de todos os orixás, o dia dela é marcado por muitas celebrações, rituais e oferendas. 

A espiritualista da plataforma iQuilibrio, Juliana Viveiros conta  que Iemanjá é umas das divindades mais cultuadas e respeitadas da Umbanda e do Candomblé. Também é conhecida como a deusa das pérolas e está muito relacionada à fertilidade. “Considerada a Grande Mãe, ela em toda sua bondade acolhe a todos que a procuram com muito amor e benevolência materna”, afirma. 

Por isso, Viveiros listou algumas orações que você pode fazer para atrair o melhor desse ano. Confira. 


Oração a Iemanjá para abrir caminhos

Ó, soberana mãe das águas, venha a mim neste momento de aflição, com minha fé e devoção acendo esta vela, (acenda uma vela azul) para iluminar meus pedidos e caminhos. Ó, mãe Iemanjá, assim como controla a força das águas, venha e ajude-me no que eu necessito, (fazer o pedido). 

Com seu manto azul perolado, cubra a minha vida de alegrias e todos aqueles que estão ao meu redor. E aos que pensam ser meus inimigos, esses, mãe soberana, mude-lhes os pensamentos para que se tornem dignos e lhes tire o ódio do coração. 

Ajude a resolver o que me aflige e me acompanhe nesta jornada para que males não me alcancem. Ó, soberana mãe Iemanjá, desde já lhe agradeço, pois tenho fé que estarás comigo. 


Oração para bênção de Iemanjá

Ó, Iemanjá, sereia do mar. Canto doce, acalanto dos aflitos. Mãe do mundo, tende piedade de nós, benditas são as bênçãos que vêm do teu reino. Meu coração e minha alma se abrem para receber as suas bênçãos. 

Mãe que protege, que sustenta, que leva embora toda a dor. Mãe dos Orixás, mãe que cuida e zela pelos filhos e os filhos de seus filhos. Iemanjá, tua luz norteia meus pensamentos e tuas águas lavam minha cabeça.


Oração de Iemanjá para proteção em 2022

Divina mãe, protetora dos pescadores e que governa a humanidade, dai-nos proteção. Ó, doce Iemanjá, limpai as nossas auras, livrai-nos de todas as tentações. És a força da natureza, linda deusa do amor e da bondade (fazer o pedido).

Ajude-nos descarregando as nossas matérias de todas as impurezas e que a vossa falange nos proteja, dando-nos saúde e paz. 

 


iQuilibrio

 www.iquilibrio.com.br

A gordofobia além da estética

A psicóloga Deise Moraes Saluti explica como a gordofobia afeta a saúde mental, o porquê de as pessoas cometerem esse preconceito e como lidar com ele

 

 

Não foi apenas no Big Brother Brasil 22 que as pessoas puderam ver relatos sobre gordofobia, onde o participante Tiago Abravanel contou que a obesidade vai além da estética, mas também está no cotidiano, quando não é possível passar em catracas ou o cinto do avião não fecha.

 

No Brasil, estamos falando de ao menos 41 milhões de pessoas, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística), que constatou a obesidade em uma de cada quatro pessoas com 18 anos ou mais.

 

Também conhecida como Fat-Shaming, a gordofobia, assim como outros tipos de preconceito, afeta drasticamente a saúde mental das vítimas.

 

Para a psicóloga Deise Moraes Saluti, que também é neuropsicopedagoga, falando de forma objetiva, se trata da fobia de pessoas gordas. “Ou seja, pessoas sem empatia costumam prejudicar outras pessoas para se afirmarem ou ganhar população. Muito encontrado nos colégios antigamente, hoje é vista principalmente entre alunos de 5ª a 8ª série onde as crianças, para construírem suas turminhas, riem e zombam de qualquer pessoa por qualquer tipo de diferença entre o grupo”.  

 

Ela ressalta que, como qualquer outro tipo de preconceito, pode causar diversos tipos de transtornos ou, muitas vezes, traumas que podem ser irreversíveis, pois as pessoas que sofrem o preconceito podem tirar a própria vida, acreditando que viver não tem mais sentido.

 

“Para as pessoas que possuem a forma física acima de 25Kg/m² ainda são consideradas com sobrepeso, porém, acima de 30kg/m² já será considerado obeso e, para os preconceituosos, o fator determinante é afetar psicologicamente as pessoas com essas características e, em muitos casos, conseguem. Em outras situações, muitas pessoas obesas são mais felizes que talvez alguém com uma estrutura física magra”, pontua.


 

O que leva uma pessoa a praticar gordofobia?

 

Deise explica que pessoas com baixa autoestima tendem a ofender e tentar prejudicar psicologicamente o outro justamente para aliviar a dor emocional que sente e, dessa forma, inutilizam outras pessoas para se sentirem bem. 

 

No nosso País a prática ainda não é considerada crime, porém, a vítima pode denunciar por injúria e danos morais, então, juntar qualquer tipo de prova do ocorrido pode ser útil no tribunal, caso haja um possível processo”, lembra.

 

Para a profissional, nos dias de hoje a obesidade deixou de fazer parte da estética e é tratada como doença multifatorial, ou seja, ligada a fatores genéticos, metabólicos, sociais, ambientais e psicológicos do indivíduo.

 

“A maior preocupação de médicos e especialistas em obesidade é que os pacientes chegam sempre carregando muita culpa, que tudo ‘acontece somente por culpa dele’ e todos nós sabemos os fatores negativos que podem causar”, realça Deise.

 

Segundo a psicóloga, em todos os casos de sobrepeso, obesidade ou obesidade mórbida, a chegada ao consultório está sempre ligada a alguma infelicidade, pois quando o paciente não se aceita ou necessita de cuidados médicos, é porque atingiu seu limite. Entretanto, não é critério de tristeza e sim um dos fatores ou gatilhos e, claro, como qualquer tipo de tristeza, precisa ser tratada. 

 

“Indico a qualquer pessoa que se sente de maneira culposa ou constrangedora a buscar um profissional da saúde mental, caso contrário, Tiago Abravanel está corretíssimo: achar que uma pessoa gorda não tem saúde é, além de indiscreto, uma grande ignorância”, finaliza.

 

 


Deise Moraes Saluti - psicóloga (CRP 06/154356), pós-graduada em Neuropsicopedagogia e Psicologia Infantil, além de especializada em atendimento de adolescentes e adultos. Na literatura, é coordenadora editorial do livro “Mulheres Invisíveis” (2021), da Ed. Conquista, sobre violência doméstica contra a mulher. Para saber mais, acesse @dmspsicologia


Superproteção pode anular a autonomia do seu filho


 

Segundo um estudo elaborado pela Universidade de Minnesota e publicado na revista Developmental Psychology, o comportamento superprotetor pode ser nocivo para os filhos, tornando-os menos capazes de lidar com suas emoções e de enfrentar os desafios exigidos ao longo de seu desenvolvimento.

 

A proteção é natural e necessária, sendo até instintiva quando se trata da prole. Mas superproteger é anular a autonomia do seu filho. É querer colocá-lo numa bolha, privando de conhecer o mundo real, de passar por frustrações, de ter poder de escolhas e decisões.

 

É na fase pré-escolar (2 a 6 anos) que a criança começa a explorar mais o mundo, e sente curiosidade em descobrir coisas novas, o que faz com que ela possa assumir riscos. Esses riscos devem ser supervisionados, mas permitidos, desde que não envolva situação de risco real. Isso é importante para que a criança tenha iniciativa e independência. Se cada vez que ela ouvir “deixa que eu faço”, “você não vai conseguir fazer sozinho”, “você é pequeno demais”; sua capacidade de evoluir e de ter interesse por novas descobertas será totalmente inibida.

 

Com o tempo, isso pode levar a criança a ser mais tímida, mais medrosa e achar que as coisas só darão certo se a mãe ou o pai estiver por perto. Muitas vezes, os próprios pais não percebem essa dependência que eles mesmos criaram. A criança também não tem a percepção de que está muito dependente. Pelo contrário. Ela não tem desafios e obstáculos, o que torna sua vida uma zona de conforto.

 

Essa é a hora de fazer uma reflexão: será que o excesso de proteção não está prejudicando o amadurecimento e a independência da criança? Sim, está, e esta forma de educar trará consequências frustrantes em sua vida adulta, tanto na questão pessoal como profissional. Obviamente, os primeiros passos para cortar essa dependência exacerbada devem ser dados pelos adultos.


 

Permita que seu filho cresça emocionalmente

 

Conforme a criança cresce e desenvolve novas habilidades, a sua interação com o ambiente possibilita que ela adquira maior autonomia em relação aos pais, aprimorando gradativamente suas competências e proporcionando confiança em si mesma. Daí a importância de validar e motivar essa confiança.

 

Vale lembrar que ser bons pais não significa prover todas as necessidades dos filhos, mas dar a eles a oportunidade de construir e conquistar seus objetivos. É normal ter medo, mas é preciso permitir que seu filho passe por situações de impotência, de tristeza e por momentos que requerem resiliência e determinação.

 

Também que ele arque com as consequências de seus comportamentos, pois somente dessa forma é que se desenvolve o que chamamos de repertório de enfrentamento, o que leva à construção da autoconfiança e da autoestima.

 



 

Stella Azulay - Fundadora e Diretora da Escola de Pais XD, Educadora Parental pela Positive Discipline Association, especialista em Análise de Perfil e Neurociência Comportamental e Mentora de pais.


3 iniciativas para promover saúde mental no trabalh

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), transtornos mentais e comportamentais estão entre as principais causas de perdas de dias de trabalho no mundo

 

É fato que a pandemia trouxe diversas alterações para o dia a dia da população em todo o mundo, sendo a principal delas o aumento de problemas relacionados à saúde mental. Numa pesquisa global do Instituto Ipsos, a World Mental Health Day 2021, 53% dos entrevistados brasileiros relataram alguma deterioração na saúde mental em 2020 -- a quinta maior alta entre os 30 países pesquisados.

“Além de ser algo essencial para a qualidade de vida e bem-estar dos colaboradores, o cuidado com a saúde mental no trabalho conversa com índices importantes, como absenteísmo, presenteísmo e turnover”, aponta Aier Adriano Costa, médico do trabalho e Responsável Técnico na Docway, empresa de saúde digital que oferta soluções completas de telemedicina para empresas de todos os segmentos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), transtornos mentais e comportamentais estão entre as principais causas de perdas de dias de trabalho no mundo. 

Para auxiliar empresas de todos os segmentos a aumentar a produtividade e diminuir o afastamento dos funcionários, o médico separou três dicas que vão auxiliar na promoção da saúde mental no trabalho. Confira: 

Apoiar e valorizar os colaboradores: Invista em um ambiente de trabalho no qual os profissionais se sintam valorizados e acolhidos. Lembre-se que um colaborador satisfeito é o melhor porta-voz que qualquer empresa poderia ter. 

Manter um canal de comunicação aberto: Pode ser um e-mail, telefone ou qualquer outro canal seguro onde os colaboradores possam tirar dúvidas, pedir informações ou mesmo relatar um problema. Afinal, levar conscientização é importante, mas para funcionar é preciso estar aberto ao diálogo. 

Oferecer apoio psicológico como benefício: Muitas vezes, apenas um profissional especializado é capaz de ajudar as pessoas a resolverem suas questões internas relacionadas à saúde mental. Com o advento da telemedicina, oferecer esse tipo de cuidado se tornou mais fácil, prático e seguro, por isso, essa é uma excelente forma de manter o bem-estar e a qualidade de vida dos colaboradores em dia.



Biorritmo: por uma rotina mais produtiva e menos desgastante

É bem provável que você enfrente ou já tenha enfrentado dificuldade para sair da cama de manhã, lutando com o despertador várias vezes. Ou, ainda, teve o rendimento prejudicado em alguma atividade no final da tarde.

 

Segundo o Dr. Rafael Maksud, psiquiatra da Clínica Ame.C, especialista pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e especialista em Saúde Pública, Dependência Química e Psiquiatria Ambulatorial e Integrativa pelo Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e pelo Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB); há uma explicação para este comportamento bem comum.

 

“A forma como seu corpo reage aos estímulos externos varia de acordo com a hora do dia e é definida pelas características de seu organismo. Há quem se sinta mais produtivo durante a noite, quem goste de acordar cedo e até mesmo quem prefira realizar suas atividades durante a madrugada. Essa variação pode ser explicada por meio do biorritmo. Entender esse conceito ajuda a orientar sua rotina e garantir um rendimento melhor em suas tarefas”, explica o psiquiatra.


 

Afinal, o que é biorritmo e qual a importância de entender seu mecanismo


O conceito de biorritmo começou a ser estudado por volta de 1870, primeiramente pelo Dr. Wilhelm Fliess, na Academia de Ciências de Berlim, seguido por Hermann Swoboda, psicólogo e professor na Universidade de Viena (Áustria), em 1897.

 

A junção dos estudos de ambos os cientistas permitiu determinar um ciclo físico de 23 dias e um ciclo emocional de 28 dias. Posteriormente, Sigmund Freud, o pai da psicanálise, se interessou pelo assunto e deu sua colaboração para o processo, determinando também um ciclo intelectual, que teria duração de 33 dias.

 

Os ciclos podem ser divididos por dias positivos e negativos. No ciclo físico, são afetados aspectos corporais como músculos, imunidade e digestão. Já no emocional, pontos relacionados a criatividade, saúde mental, humor e sensibilidade. No ciclo intelectual, são afetados memória, raciocínio, reflexos, concentração e agilidade.

 

Na prática, o biorritmo é como o relógio biológico. De acordo com os horários que você dorme e acorda, é possível determinar em quais momentos do dia terá mais produtividade. “Se você costuma acordar cedo, terá dois picos de concentração: durante a metade da manhã e algum tempo depois do almoço. Ou seja, ao conhecer os ciclos do seu organismo e entender seu biorritmo, você pode adequar suas tarefas aos horários de maior rendimento”, explica Rafael Maksud.


 

Tem como mudar nosso biorritmo?


Apesar de já ser definido geneticamente, o biorritmo pode ser ajustado conforme o estilo de vida da pessoa. No entanto, alguns hábitos podem dificultar que seu organismo reestabeleça as funções fisiológicas, como não ter regularidade no sono, por exemplo.

 

Para mudar seu biorritmo, o primeiro passo é adotar a prática de atividade física regular. De acordo com o psiquiatra Rafael Maksud, ao trabalhar a musculatura, o ciclo físico é afetado positivamente, impulsionando os dias em que você estará mais disposto.

 

“Vale lembrar que não é aconselhável realizar exercícios pouco antes de dormir, já que, durante a noite, o corpo está se preparando para uma pausa nas atividades, e os exercícios podem criar uma agitação que atrapalha o sono. Por isso, o ideal é se exercitar pela manhã ou à tarde, de preferência, em um horário fixo, para que o organismo identifique um ritmo em suas atividades”.


 

Equilíbrio na alimentação é fundamental


Comer de forma correta também é um ponto crucial para manter as funções corporais reguladas. Nesse quesito, a dica é evitar alimentos com alto nível de sódio e muito calóricos, principalmente os ricos em gordura que, em excesso, podem causar problemas nas artérias, no cérebro, e provocar doenças como diabetes e obesidade.

 

Outro ponto é ter atenção aos horários de sua alimentação, criando uma rotina para as refeições. “Tome cuidado com o que você come antes de dormir. O excesso de açúcar, por exemplo, pode liberar hormônios como adrenalina e cortisol, desregulando o sono. À noite, aposte em refeições de fácil digestão, como saladas, sanduíches ou sopas. De preferência, sem ingredientes pesados”, pontua Rafael.


 

Estabeleça horários para dormir e acordar


Quando você cria regularidade na hora de dormir e acordar, o relógio biológico tende a funcionar melhor. O ideal é dormir mais cedo para, consequentemente, acordar cedo, até porque a vida contemporânea exige que as pessoas estejam ativas no “horário comercial”.

 

“Para quem é notívago, pode ser um tormento trabalhar este processo, mas não é impossível. Comece acordando uma hora mais cedo na primeira semana e reduza mais uma hora na semana seguinte. Seguindo esse esquema, seu horário de dormir poderá ser regulado automaticamente, já que você começa a sentir sono mais cedo”.

 

Segundo o psiquiatra, trabalhar seu biorritmo é fundamental para a melhoria de vida em diversos contextos. “Adotar novos hábitos irão te conduzir a uma rotina mais produtiva e menos estressante. Se você não conseguir realizar estas mudanças sozinho, não hesite em procurar um especialista. A ajuda profissional pode ser extremamente incentivadora para essa reviravolta na sua vida”, finaliza Rafael Maksud.



A saúde mental como pauta para os profissionais de RH

Deveres e desafios dos gestores com a saúde integral dos colaboradores
 

A Organização Mundial da Saúde apontou, em 2021, o Brasil como o país mais ansioso do mundo e o segundo na classificação de diagnóstico de depressão. O mesmo estudo mostra que 18,6 milhões de brasileiros sofrem com algum tipo de transtorno de ansiedade. Aliado a isso, o Conselho Federal de Farmácias revelou que a venda de antidepressivos e ansiolíticos têm aumentado cada vez mais. 

Falar de saúde mental não é apenas uma tendência que veio com a pandemia, ou um assunto discutido no mês de janeiro com a campanha “Janeiro Branco”, mas é um tema que deveria estar constantemente na pauta das empresas. Isso é o que Eliane Ramos, presidente do Conselho Deliberativo da ABRH Brasil, defende. “Todas essas informações vieram para mostrar que a saúde é o que temos de mais valioso. Então, como teremos empresas que não cuidam da saúde dos colaboradores? Digo a saúde integral: física, mental, social, espiritual e financeira. Esse assunto é pauta das empresas, tanto que há organizações criando diretorias de saúde e bem-estar para cuidar do seu maior patrimônio, que são as pessoas”. 

Eliane explica que hoje há a conscientização do líder falar sobre suas dificuldades e vulnerabilidades e isso deve incentivar os demais gestores a fazerem o mesmo e a todos terem o mesmo cuidado. A Síndrome de Burnout foi classificada, a partir de janeiro de 2022, como uma doença do trabalho, que é o estresse crônico e que pode acontecer pela cobrança excessiva, horários irregulares, metas impossíveis, relações desgastadas, ambientes tóxicos e inadequados. 

“O Burnout tem essa dimensão emocional e física e sabemos que esse estresse decorre de uma gestão inadequada e insatisfatória da relação intra e interpessoal. A pessoa que é diagnosticada com a síndrome não consegue administrar suas tarefas e isso acaba aumentando o grau do estresse negativo, gerando o estresse crônico, que compromete o desenvolvimento físico e mental desse profissional e, claro, isso impacta diretamente sua produtividade. Homens e mulheres precisam de um tratamento e cuidado e discutirmos essas práticas de bem-estar em um ambiente corporativo é fundamental”, ressalta. 

O mundo está cada vez mais acelerado e pesquisas mostram que as empresas que têm essa preocupação com o bem-estar do profissional, em média 80% das organizações, possuem melhores resultados. “Sabemos o tanto que impacta nas empresas os conflitos, problemas familiares, desalinhamento com a cultura, cansaço, estresse, depressão, problema de relacionamento. Isso tudo sabemos que é importante para a empresa. Qualquer programa de bem-estar representa um investimento em tempo, claro, mas traz grandes benefícios. O reconhecimento da saúde emocional é um fator fundamental para o engajamento dos colaboradores. Ele vai promover uma saúde física, uma saúde mental, melhorando a produtividade, elevando os resultados da empresa e é um tema extremamente importante na área de RH”, finaliza Elaine.
 


ABRH Brasil


Benefícios do aprendizado de um idioma para o desenvolvimento das habilidades socioemocionais

O estudo de línguas estrangeiras vai além de questões gramáticas e ajuda na formação de indivíduos mais motivados e empáticos


Falar outras línguas é uma habilidade cada vez mais valorizada no universo profissional. Mas as vantagens de aprender um idioma vão além de conseguir melhores oportunidades no mercado de trabalho. A cognição, as relações interpessoais, a tolerância com as diferenças, a capacidade de concentração e, especialmente, de se comunicar também são impactadas de maneira positiva.


Desenvolvimento dos “bastidores” da comunicação

Segundo Ruymara Almeida, diretora pedagógica da Red Balloon, por meio do estudo de uma nova língua, diversos aspectos que antecedem a comunicação são exercitados. Entre eles, estão as habilidades socioemocionais. “Trabalhar as questões socioemocionais é fator fundamental para a comunicação efetiva. Ajudar os estudantes a identificar, analisar, controlar e expressar emoções faz com que eles desenvolvam maior autoconsciência, motivação, empatia e compaixão pelos outros, além de uma maior habilidade de gerenciamento de estresse”, afirma a especialista.  

A empatia, elemento essencial para a comunicação, também não passa ilesa, afirma Ruymara. “Os alunos, no contato com outro idioma, aprendem a ser mais flexíveis e mais tolerantes às diferenças. Assim, não se aprende apenas a língua e as habilidades linguísticas, mas também os aspectos culturais da língua. Você se torna mais tolerante e consequentemente mais empático”.


Autoconfiança é contagiante

Mesmo promovendo inúmeros benefícios, o processo de aprender uma língua é também desafiador, pois requer coragem e, acima de tudo, comprometimento. Aprender sobre qualquer assunto se torna complicado se o indivíduo não está disposto a sair de sua zona de conforto. Quando se trata de uma língua estrangeira, isso se intensifica.

Felizmente, a autoconfiança é contagiante, como explica Ruymara. “Durante as aulas da Red Balloon, conseguimos perceber que as crianças que estavam aprendendo inglês há algum tempo se sentiam mais confiantes para falar e praticar, enquanto os alunos recém-chegados demoravam um pouco mais para se soltar e se arriscar no inglês. Ao mesmo tempo, os novos estudantes eram encorajados pelos professores e, ao verem crianças de sua idade falando o idioma, rapidamente sentiam-se motivados a praticar tanto quanto os colegas que iniciaram os estudos um pouco antes.”

Ou seja, o desenvolvimento da comunicação ao estudar outro idioma não permanece restrito àquela língua somente. Quem está nesse processo de aprendizagem também leva consigo lições valiosas, que ajudam a melhorar a comunicação como um todo.

 


Red Balloon

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Psicoterapia é referência para controle e melhora de transtorno borderline

Divulgação / MF Press Global
Antes de iniciar o uso de medicações, é necessário analisar se o paciente sofre de alguma comorbidade

 

O transtorno de personalidade borderline consiste em um padrão generalizado de instabilidade e hipersensibilidade nos relacionamentos interpessoais. O quadro também envolve flutuações extremas de humor e instabilidade na autoimagem. Pacientes com transtorno borderline não toleram ficar sozinhos, fazem esforços frenéticos para evitar o abandono e geram crises, como comportamentos agressivos ou autodestrutivos.

 

Critérios clínicos são adotados para realizar o diagnóstico, em seguida, é necessário o tratamento para controlar o transtorno e melhorar a qualidade de vida do indivíduo. O psicólogo André Barbosa, autor do livro “Vamos falar de transtorno de personalidade borderline", explica que o tratamento para transtorno borderline é essencialmente psicoterápico: 

 

“O controle maior dos sintomas de impulsividade, agressividade e instabilidade é através da psicoterapia. Já no caso de outras doenças como a depressão recorrente, esquizofrenia e síndrome do pânico, essas patologias estão associadas à terapia medicamentosa (remédios psiquiátricos) em conjunto com a psicoterapia”, pontua o psicólogo André Barbosa.


Entretanto, é necessário observar cada caso com atenção e cuidado. O
psicólogo André Barbosa adverte que: “quando o caso é grave, onde há episódios recorrentes de crises e explosões de humor, é importante analisar se há uma comorbidade: ou seja, outra doença como ansiedade, transtorno bipolar ou depressão associado a este transtorno”, destaca.

 

 

Dr. André Barbosa - psicólogo e escritor, formado em psicologia pela Universidade de Fortaleza (Unifor), especializado em terapia cognitivo-comportamental pela UniChristus, graduado em Administração e Marketing pela Estácio e em Business Communication pela Universidade de Cambridge no Reino Unido. Também é autor de 6 livros sobre depressão, comportamento, qualidade do sono e desafios emocionais, ciúmes e transtorno de personalidade boderline. Já foi colunista no Jornal Tribuna do Ceará. Além disso, é professor do curso de Formação em Terapia Cognitivo-Comportamental da IEMB e professor de inteligência emocional da MEGE.

@opsicologo

@freudofficial


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