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quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Yoga como ferramenta de combate ao estresse

Quando se trata de se cuidar para não sair do eixo, tanto a neurociência quanto a espiritualidade indicam a prática para o equilíbrio mental


Está cada vez mais difícil manter a tranquilidade diante dos desafios de conciliar longas jornadas profissionais, acadêmicas e familiares. Se identificou? Infelizmente, não é só com você que isso acontece. Esse é um ponto de vista quase unânime na vida moderna. Basta olhar ao redor e verá que muitas pessoas apontam a necessidade de "desacelerar o ritmo" como um desejo que encabeça uma extensa lista de bem-estar.

Mais do que isso. Entramos em uma espécie de sistema automático e chegamos ao ponto de encarar o estresse como uma consequência pontual e, até mesmo, natural desse estilo de vida. Portanto, precisamos entender que não é saudável viver assim. Quantas vezes deixamos passar incômodos físicos e emocionais, achando que era apenas resultado de uma rotina multidisciplinar?

Essa é uma visão completamente equivocada. O nosso corpo dá sinais quando algo no nosso organismo está fora do comum e, por nosso sistema nervoso estar sempre acelerado, a ansiedade acaba indo muito além do que seria um alerta saudável.

Entretanto, o nosso cérebro e o nosso sistema nervoso são excelentes para detectar ameaças. Segundo a neurociência, eles até são projetados para lidar com pequenos surtos de estresse, os quais até aprendemos a desenvolver mecanismos próprios para nos recuperarmos. Já a espiritualidade vê esses desafios como oportunidade de aprendizado. Estamos (principalmente hoje em dia) em um processo de desapego de maus hábitos e nos adaptando à chegada de uma nova Era.

Não é preciso escolher um lado. Afinal, não existe certo ou errado. Se tem uma coisa que aprendi no meu despertar e com a prática do Kundalini Yoga e sempre compartilho nos meus canais, é que a verdade nada mais é que um ponto único no centro de uma esfera e, dependendo de onde a encaramos, podemos ver pontos de vista diferentes.

Por isso, hoje trouxe essas duas visões e, apesar de enxergarmos a ciência e espiritualidade como lados opostos de uma mesma moeda, em algum momento, elas se entrelaçam e, juntas, nos ajudam a entender situações adversas e a encarar o "desconhecido".


Como a neurociência explica o estresse?

Sob a perspectiva científica, entende-se que determinados níveis de estresse podem até ter benefícios, como quando destravam mecanismos que aumentam a aprendizagem, por exemplo.

Funciona assim: quando percebemos um sinal de perigo, rapidamente ficamos prontos para lutar ou fugir para garantir a sobrevivência. Mas, para isso, o cérebro suspende todo raciocínio "desnecessário" que ocorre em nosso córtex pré-frontal, a parte que utilizamos para tomar decisões embasadas em informações recebidas anteriormente.

Basicamente, quando estamos sob estresse por um longo período de tempo, ficamos mais reativos, impulsivos e ansiosos e menos criativos, engenhosos e flexíveis.

Eu te digo. Estar em constante alerta gera fadiga que, por sua vez, drena o nosso sangue para as partes vitais. Com isso, o sistema imunológico cai, trazendo vários malefícios para a saúde. Esse sistema de alerta impede a capacidade de pensamento a longo prazo e faz com que as pessoas se tornem cada vez mais imediatistas e incapazes de pensar nas melhores escolhas para o futuro.

Entretanto, como mencionei acima, também existe uma explicação do ponto de vista espiritual para essa carga de stress elevada que estamos experienciando nos últimos meses. Mas antes de me aprofundar nele, é preciso deixar claro uma questão: Você já ouviu falar da nova Era, também chamada de Era de Aquário?


O que é a nova Era?

A nova Era é um processo a nível global de elevação de consciência. Para a astrologia - e demais vertentes de sabedorias milenares - o planeta passa por Eras que duram, aproximadamente, 2.160 anos, responsáveis por desencadear mudanças sociais, culturais e espirituais que visam o desenvolvimento humano. Esses períodos, por sua vez, marcaram a ascensão e queda de inúmeras civilizações que contribuíram para o nosso nível de consciência e, agora, estamos prestes a subir mais um degrau nessa escada da evolução.

Essa atual virada de Era - de peixes para aquário - é uma "elevação" de vibrações e marca o começo de profundas transformações da realidade na qual estamos acostumados. Vamos deixar o desejo de "ter" e "pertencer a algo", para vibrar no sentimento de "ser e existo". Essa expansão de consciência direciona um olhar que ainda é individual para o coletivo, e promete um mundo com senso de igualdade e liberdade. É onde o individual brilha para o bem coletivo, cada um de nós tem esse dom individual para contribuir com o coletivo.

Ou seja, tudo que nos tira do eixo faz parte desse processo de transformação. E todos esses efeitos negativos, inclusive o medo, são naturais quando passamos a ver o mundo como conhecemos se diluindo.

E apesar do medo do desconhecido, sempre digo que para evoluir para essa nova Era, o ideal é descobrir como ficar confortável com o desconfortável. Assim como a passagem de Plutão por Capricórnio que perdura até 2024, nos estimula a desapegar dos costumes que ainda julgamos necessários, transformar essas estruturas e, assim, renascer para a nova consciência.


Para despertar e elevar a sua vibração...

A saída é trabalhar a mente e se conectar com a alma. A verdade é que não conseguimos controlar o que está fora, mas conseguimos controlar a nós mesmos. Uma das alternativas para trabalhar a nossa saúde mental é a yoga.

Segundo André Palmini, neurologista e pesquisador do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer) "Durante a meditação o nosso cérebro desativa as áreas ligadas ao estresse, ao controle e permite que a gente olhe para dentro da gente e isso tem um efeito de relaxamento".

Ele afirma que essas consequências geradas por esses momentos de reflexão, proporcionam melhora no sistema imunológico e são fonte de saúde física e mental. Um exemplo concreto de que a neurociência e a espiritualidade podem ser grandes aliadas.

Como no próprio nome, na Kundalini Yoga, que também é conhecida como Yoga da Consciência, há inúmeras meditações para receber a Nova Era, como a Meditação Kirtan Krya.

Então, se abra para essa caminhada. Presenciar essa transformação é um grande presente. Abrace o processo e vamos navegar juntos para o nosso destino. Vem comigo?

 

Daniela Mattos (@danielamattos_yoga) - Daniela é instrutora de yoga e meditação em português e inglês para adultos e crianças. Especializada em Kundalini Yoga, ela compartilha com as pessoas técnicas de meditação e yoga para que também elas possam melhorar suas próprias vidas. É colunista e autora de "Sat Nam - Você é seu próprio guru" e produz conteúdo para seucanal no YouTube, o Daniela Mattos - Kundalini Yoga.  

 

4 problemas que a aromaterapia ajuda no tratamento

Problemas como falta de foco, depressão e ansiedade podem ser tratados com diferentes óleos

 

A utilização da medicina alternativa como tratamento tem ganhado cada vez mais adeptos. A aromaterapia tem conquistado espaço entre o público, e ela já foi reconhecida pelo Ministério da Saúde, em 2018, como prática integrativa para complementar o tratamento tradicional.

"Este tratamento consiste em usar técnicas naturais, utilizando o óleo concentrado que é liberado de diferentes plantas. As partículas liberadas com a essência estimulam o cérebro, ajudando a combater diferentes tipos de problemas", comenta Nayana Pedreira, Diretora Executiva da Acqua Aroma.

O mercado de saúde e bem-estar tem um futuro cotado em movimentar mais de 1,5 trilhão de dólares, em todo o mundo, segundo recente pesquisa realizada pela McKinsey. No Brasil, este setor cresceu 10% por ano, na última década. Após a regulação pelo Ministério da Saúde, a aromaterapia deu um salto na busca por complementos para tratar problemas psicológicos, como ansiedade e depressão.

Com isso separamos quatro problemas que a aromaterapia ajuda no tratamento:


Depressão

Um dos óleos essenciais indicado para quem sofre com este problema, é o de Bergamota (Citrus Aurantium Bergamia). O aroma liberado atua como tranquilizante, calmante, psicoativo e relaxante, elevando o ânimo da pessoa e ajudando no combate dos males que a depressão traz.


Ansiedade

A ansiedade foi um dos problemas psicológicos que mais cresceram durante a pandemia. Para auxiliar o tratamento desse mal, é recomendado o uso da Laranja Doce (Citrus Sinesis). O óleo tranquiliza e acalma a pessoa, efeitos que são necessários para quem sofre com isso.


Falta de foco

Nada pior que começar alguma tarefa, e não conseguir finalizá-la por falta de foco. O óleo de Alecrim (Rosmarinus Officinalis) é o indicado para quem busca tratar com a aromaterapia. Os efeitos que são absorvidos pelo tratamento vão desde estimular a mente, até eliminar pensamentos negativos, ideal para não deixar nada pela metade.


Enxaqueca

Muitas pessoas recorrem a tratamentos complementares para cuidar desse problema, que afeta grande parte da população. O óleo mais recomendado para este fim, é o de Lavanda (Lavandula Angustifolia). Os efeitos que o aroma libera são: antiespasmódico, antálgico, sedativo e relaxante, sintomas que auxiliam no combate das dores.


Acupuntura para engravidar: como o procedimento auxilia no tratamento da infertilidade feminina e masculina?

Especialista da Nilo Frantz Medicina Reprodutiva comenta sobre o assunto

 

Você já ouviu falar em acupuntura para engravidar? Pois saiba que esta terapia milenar, além de trazer benefícios para a saúde e bem-estar, também ajuda os casais a realizarem o sonho de ter um filho. 

O médico especialista em reprodução humana, Nilo Frantz, da Nilo Frantz Medicina Reprodutiva, da Nilo Frantz Medicina Reprodutiva, em São Paulo, explica um pouco mais sobre acupuntura, sua definição e como ela pode auxiliar a gravidez.

 

O que é acupuntura?

A acupuntura é uma terapia, originária da China, usada para tratar doenças, promover a saúde e o bem-estar. Nesse sentido, esse método terapêutico chinês enxerga o corpo como um composto de energia, que deve estar sempre em harmonia. Porém, se a energia estiver desequilibrada, pode provocar problemas causando sintomas como dor, cansaço e fraqueza, entre outros. 

Desta forma, as técnicas da acupuntura consistem na aplicação de agulhas finas, laser ou sementes de mostarda em pontos específicos do corpo, chamados de meridianos. Nesses locais se encontram terminações nervosas, tendões e fibras musculares. 

Assim, os estímulos provocados seguem pelos nervos periféricos até o sistema nervoso central (medula e cérebro). Esta ação libera neurotransmissores e desencadeia efeitos analgésicos, anti-inflamatórios e relaxante muscular. 

Além disso, a inserção das agulhas de acupuntura também tem ação moduladora sobre as emoções, os sistemas endócrino e imunológico, e sobre várias outras funções orgânicas.

 

Para que serve a acupuntura?

Como vimos, a acupuntura tem como objetivo restabelecer o equilíbrio do corpo, facilitando a circulação de energia, desencadeando efeitos analgésicos e anti-inflamatórios. Nesse sentido, a técnica é utilizada também para melhorar a imunidade e ajudar até mesmo no tratamento de problemas emocionais. 

Este método terapêutico chinês foi reconhecido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) como uma especialidade médica em 1995. Desta forma, a acupuntura vem sendo usada no tratamento complementar de diversas doenças, na diminuição de dores crônicas, na redução da ansiedade e do stress. Além disso, a técnica beneficia as pessoas na luta contra o uso de cigarro, álcool e drogas. 

De acordo a Organização Mundial de Saúde, a acupuntura pode ser usada para mais de 200 doenças e sintomas. 

Conheça algumas situações quando a acupuntura pode ajudar:

 

Lombalgia, dor ciática, ou artrite reumatoide;

Cefaleias e enxaquecas;

Náusea e vômitos;

Rinite alérgica, sinusite, resfriado, asma ou bronquite;

Depressão e ansiedade;

Insônia e agitação;

Excesso de acidez no estômago, úlcera duodenal e prisão de ventre;

Efeitos de quimioterapia;

Conjuntivite e catarata;

Alteração hormonal;

Na melhora da pele;

Síndrome de túnel do carpo;

Dores menstruais;

Fibromialgia;

Dificuldade para engravidar.

Quais são os tipos de acupuntura?

Além da acupuntura tradicional, que faz o uso das agulhas para estimular zonas do corpo, há também outros tipos de acupuntura que são indicadas para diversas finalidades.

 

Conheça os tipos de acupunturas utilizada no Brasil:

 

Acupuntura Clássica

A acupuntura clássica é a mais tradicional. Nesse sentido, consiste na aplicação de agulhas finas, em diferentes profundidades na pele, procurando estimular zonas do corpo e melhorar o fluxo de energia. A acupuntura clássica é capaz de tratar diversas doenças e trazer muitos benefícios aos pacientes.

 

Eletroacupuntura

A eletroacupuntura é a estimulação de agulhas de acupuntura por impulso elétrico. Desta forma, é usado um aparelho com agulhas finas acopladas em eletrodos que emitem pequenos impulsos elétricos pelo corpo. 

Assim, este tipo de acupuntura proporciona estímulos por longo tempo com intensidade e frequência estáveis. Desta forma, é indicada no tratamento de dores agudas, de patologias encefálicas ou para analgesia em nível cirúrgico.

 

Acupuntura auricular

Na acupuntura auricular, os estímulos são feitos em pontos energéticos da orelha, onde há mais de 100 pontos que refletem o funcionamento dos órgãos. 

Também chamada de auriculoterapia, nesta técnica ocorre a aplicação de diferentes tipos de agulhas finas, ou sementes de mostarda, em pontos específicos das orelhas para tratar doenças físicas ou emocionais.

 

Acupressão

Esta técnica consiste na pressão dos dedos em pontos chaves de acupuntura, nas mãos e nos pés. Nesse sentido, apresenta o mesmo efeito que a inserção de agulha de acupuntura em menos intensidade Assim, é recomendado para tratar doenças leves, especialmente em bebês e crianças.

 

Laser Acupuntura

A laser acupuntura é igual à técnica da acupuntura clássica, porém, ao invés de utilizar agulhas, os pontos são estimulados por meio de laser de baixa intensidade. Essa técnica pode ser usada para tratar ansiedade, artrite, artrose, depressão, nevralgias, sinusites, torcicolos, entre outras patologias.

 

Sono Acupuntura

É a aplicação de ondas sonoras com frequência acima de 400 Hz nos pontos de acupuntura para emitir vibrações e estimular as zonas corporais.

 

Moxabustão

A moxabustão, ou moxaterapia, consiste em aplicar calor direta ou indiretamente sobre a pele, através de um bastão enrolado com ervas medicinais como a artemísia, por exemplo. A liberação da energia através do calor pode ajudar no tratamento de algumas doenças físicas como dor nas costas, enxaqueca e artrite, além de auxiliar na recuperação do bem-estar mental.

 

Quem pode fazer acupuntura?

A acupuntura pode ser feita por qualquer pessoa, inclusive por quem não apresenta queixas, já que a técnica é indicada também para melhorar o bem-estar do indivíduo. Nesse sentido, o tratamento pode ser realizado até mesmo em crianças e adolescentes. 

Além disso, a acupuntura também beneficia mulheres grávidas, ajudando a reduzir os efeitos das variações hormonais, aliviando as dores nas costas e o desconforto causado pelo peso da barriga. 

Por outro lado, a acupuntura não é recomendada para pessoas com doenças hematológicas, principalmente relacionadas com a coagulação do sangue. Isto porque a aplicação das agulhas pode causar pequenos sangramentos. Além disso, a técnica também não é indicada para pessoas que possuem alergia a metais. 

Mas vale ressaltar que os tratamentos de acupuntura são seguros. Assim, devem ser realizados por profissional qualificado, com registro profissional, e em clínicas certificadas que seguem as normas da ANVISA.

 

A acupuntura para engravidar funciona?

Sim, dependendo do caso a acupuntura pode contribuir para se chegar a uma gravidez. Isso acontece pois, como vimos, a premissa da acupuntura é que a desregularização do fluxo de energia do corpo prejudica o funcionamento do organismo. Assim, quando falamos em dificuldade para engravidar, a acupuntura atua em vários padrões de desarmonia, incluindo falta de energia, ciclos menstruais irregulares e cansaço excessivo. 

Nesse sentido, o foco é atuar nos meridianos (pontos de energia) dos rins, do coração e do fígado que impactam na saúde reprodutiva. Desta forma, quando essas áreas são tratadas, a qualidade do óvulo melhora, o revestimento do útero se torna mais saudável, os ciclos menstruais são regulados e os hormônios entram em equilíbrio em todo o corpo.

 

Quais os benefícios da acupuntura para engravidar?

A acupuntura, sem dúvidas, traz benefícios para quem pretende engravidar. Nesse sentido, utilizada como uma terapia complementar, ela pode impactar positivamente na fertilidade, além de melhorar a saúde e promover o bem estar. 

Desta forma, um das principais ajudas da acupuntura é a estimulação do sistema nervoso central que gera importantes respostas na saúde reprodutiva. 

Veja os principais benefícios da acupuntura para a fertilidade: 

Aumento do fluxo de sangue nos ovários e na região do útero;

Melhora e regula o ciclo menstrual feminino;

Estabilização dos níveis hormonais para melhorar a produção do esperma masculino (espermatogênese);

Melhora do estresse, que afeta diretamente a função reprodutiva masculina e feminina.

Além disso, trabalhos científicos realizados em vários centros de fertilidade pelo mundo apontam que a acupuntura pode realmente aumentar as chances de gravidez, quando feita durante o ciclo de Fertilização In Vitro. Nesse sentido, os estudos mostraram que o grupo de mulheres que passou por tratamento de reprodução assistida com acupuntura teve um índice de gravidez de 15 a 20% maior do que o grupo que não fez a terapia chinesa.

 

Desta forma, a acupuntura potencializa o tratamento para a infertilidade masculina e feminina. Veja como: 


Atuação na infertilidade dos Homens:

Aumento da mobilidade dos espermatozoides,

Aumento da quantidade e melhora na qualidade morfológica,

Efeito benéfico na disfunção erétil e na varicocele.

Atuação na infertilidade das mulheres:

Melhora na qualidade do endométrio;

Melhora dos níveis hormonais;

Melhora nas taxas de ovulação;

Benefícios para quem tem Síndrome de Ovários Policísticos (SOP);

Melhora para mulheres com endometriose;

Melhora para quem tem baixa reserva ovariana.

Em quais casos a acupuntura pode ajudar para engravidar?

A acupuntura está cada vez mais sendo utilizada nos tratamentos de quadros que afetam a fertilidade. Nesse sentido, a técnica chinesa identifica padrões de desarmonia do corpo e procura corrigir os desequilíbrios. 

Desta forma, a acupuntura é capaz, por exemplo, de influenciar o ciclo menstrual melhorando o fluxo sanguíneo para o útero e ovários e preparando o endométrio para receber o embrião. Além disso, a acupuntura é usada também para contribuir no tratamento de outras causas de infertilidade.

 

Veja quando a acupuntura pode ajudar: 


Endometriose leve;

Doenças com falta de ovulação, como por exemplo os ovários policísticos (SOP);

Alterações leves do espermograma;

Infertilidade sem causa aparente (ESCA).

Pontos de acupuntura para ajudar a engravidar

Meridiano dos Rins: acredita-se que os rins sejam os responsáveis por fornecer energia ao corpo, então tratar essa área dará à mulher mais energia e vitalidade para oferecer ao corpo;

Meridiano do Fígado: regula o fluxo menstrual e reduz os efeitos psicológicos da TPM, da depressão e da ansiedade;

Meridiano do sistema cardíaco: este meridiano está relacionado ao estado emocional de uma pessoa. Assim, a acupuntura que almeja esse meridiano ajuda a reduzir o cansaço e promove o relaxamento e a saúde através do processo de concepção.

Quantas sessões de acupuntura para engravidar?

É importante salientar que o tratamento de acupuntura é individualizado, variando de pessoa para pessoa, de caso para caso, mesmo quando o problema a ser solucionado é o igual. Nesse sentido, antes de iniciar o tratamento com a acupuntura, é necessário realizar todos os exames ginecológicos e o espermograma para ter um diagnóstico completo e seguro. 

Nesse sentido, os pacientes que buscam uma gravidez natural, sem auxílio das técnicas de Reprodução Assistida podem fazer a acupuntura 1 vez por semana. Por outro lado, pessoas que necessitam de Fertilização In Vitro (FIV) para engravidar, têm indicação de iniciar acupuntura de 1 a 2 meses antes do tratamento, com 1 sessão semanal. E ainda, durante todo o processo, a sugestão é seguir com 2 sessões por semana. 

Além disso, a acupuntura também pode ser benéfica quando realizada no dia da transferência do embrião ao útero, e deve continuar nas primeiras 12 semanas de gestação.

 

A acupuntura pode ser feita durante a gravidez?

Diversos estudos indicam que a acupuntura pode ser feita durante a gravidez. Nesse sentido, acredita-se que a técnica pode ajudar com os sintomas de enjoos, salivação excessiva, edema e ameaça de aborto. Da mesma forma, melhora o peso do feto, a ansiedade, o medo do parto e a tensão muscular auxiliando a circulação útero-placenta, sem afetar o feto. 

Além disso, durante o parto, acelera a saída do bebê e regulariza o tempo das contrações uterinas. Já no pós-parto, ela promove a expulsão da placenta e estimula a produção de leite materno. 

Porém é preciso ter cuidado. Em gestante não se pode usar eletroacupuntura em nenhum período. Assim, o indicado é realizar a acupuntura tradicional e a auriculoterapia, para alívio dos incômodos que surgem na gestação (enjoo, náusea, edema e etc). Desta forma, a acupuntura pode ser utilizada em qualquer período da gravidez, desde que feita por um profissional experiente, que tenha formação adequada e reconhecida.

 

Quais são os pontos contraindicados de acupuntura na gravidez?

Não há contraindicação em fazer acupuntura na gravidez. Porém, o profissional deve ter alguns cuidados especiais com a gestante, como não inserir agulhas diretamente na barriga, e ter atenção com pontos que auxiliam a virada do bebê no útero.

 

Caso Alec Baldwin:A devastação interna que pode ser desencadeada pelo sentimento de culpa

 

Na última semana, o disparo acidental de uma arma de fogo em um set de gravação de um filme, tirou a vida de uma pessoa. A diretora de fotografia Halyna morreu após o ator Alec Baldwin manusear a arma durante as gravações. A arma estava carregada e atingiu a moça, tirando sua vida.

 

Uma verdadeira tragédia em que, apesar da evidência de uma fatalidade, o abalo emocional sofrido por todos os que estavam presentes é muito real. Paira no ar o sentimento de culpa. Principalmente, no caso do ator Alec Baldwin que disparou, sem qualquer intenção de ferir, a arma em questão e, consequentemente, feriu e matou sua colega de trabalho.

 

Neste contexto, a sensação da culpa, pode alojar-se na mente de quem cometeu um equívoco ou um erro, sem intenção de fato, ou seja, não sendo de fato culpado. Mas fica estigmatizado no inconsciente, uma culpa velada. E como esse sentimento se manifesta ao longo da vida? E como se dá o ciclo da culpa?

 

Infelizmente, se não houver uma boa elaboração psicológica por parte do ator que, sem intenção, matou a diretora, neste episódio trágico , ele poderá carregar nos ombros e na mente, uma eterna culpa. E a culpa traz uma carga negativa de crenças, afetando todos os pensamentos do indivíduo e influenciando como ele pensa a respeito de si mesmo.

 

Trazendo para nosso cotidiano, ao invés de buscar alternativas e possibilidades, a culpa faz com que você fique apenas se lamentando e se sentindo mal. Como consequência, o indivíduo não aprende com suas falhas ou fraquezas e pode apenas ficar reproduzindo as mesmas atitudes. É preciso aprender a lidar com essas falhas e aceitar que não somos perfeitos.

 

Algumas reflexões são importantes. Vamos lá: você deixa de amar alguém apenas porque essa pessoa errou? Tenha em mente que você não é mais aquela criança que tinha que ser perfeita e não podia errar para ser amada: todas as pessoas erram, e nenhum erro é intencional. E qual a diferença entre Culpa e Responsabilidade?

 

A responsabilidade é uma escolha que traz emoções positivas, faz com que você se perceba como potente, ativo e motivado. A culpa, por sua vez, é uma emoção negativa que paralisa e faz com que você fique voltado para o passado. A culpa surge do anseio à perfeição.

 

Quanto melhor uma pessoa querer ser, menos ela admitirá erros. Também pode ser compreendida como um delírio de grandeza. Faz com que a pessoa acredite que pode controlar a vida e, quando algo sai de uma forma inesperada, este indivíduo busca respostas para aquela situação e, então, acredita que algo que fez causou o acontecimento ruim.

 

A culpa é o cultivo e manutenção da sensação de que tudo depende da pessoa e é ocasionado por ela. Aqui que entra o entendimento diferente: A vida acontece e vai acontecer sempre de forma independente. Esse sentimento é a causa de uma série de problemas e não consequência de algo feito.

 

Uma pessoa não se sente culpada porque fez algo e esta é uma sensação ilusória de poder, de autovalorização, para tentar superar a real condição de insignificância do ser humano. Podemos ir mais além e dizer que a culpa é a não aceitação dos defeitos e erros.

 

A pessoa que carrega o mundo nas costas, o excesso de culpas, torna-se prisioneira de uma ideia fixa. Deixa de ser quem é para se tornar o crítico de si mesmo. Se o remorso é guardado a coisa torna-se muito pior. Tendo como consequências, desde tratar mal os outros, viver encontrando culpados para tudo, reclamar sempre; como depressão, alcoolismo, vício em drogas e isolamento.

 

E como virar esse jogo? Enfrentar esse problema? Primeiro temos que identificar o sentimento de grandeza. Perceber que a vida não é controlável e que todos somos humanos e podemos errar sim. Fazer uma análise e conseguir perceber a diferença entre responsabilidade e culpa. Culpa é o sentimento originado da ideia de que as coisas têm que acontecer como a pessoa quer. Responsabilidade é assumir que você é responsável por suas atitudes.

 

É preciso aprender com o erro, para não cometer de novo. Deixar a raiva passar, colocar pra fora, aprender e entender que os erros acontecem. Procure ter a consciência exata da origem do seu sentimento de culpa. Explore um pouco mais sobre o que gerou em você a culpa.

 

Comece se perguntando: O que me faz sentir culpa? De não ter sido amado? Ter sido rejeitado, abandonado? Ter acreditado que recebia amor, quando na verdade recebia apenas o que acreditava ser amor? Ter sido vítima de maus tratos e abuso sexual ainda criança? Terem me ocultado a verdade, o que me obrigou a acreditar e conviver com a mentira? De não ter sido amado? Faça uma lista de todas as culpas que você sente, por maior que possa ser a lista, faça! Isso o ajudará a compreender melhor seus sentimentos e conflitos gerados pela culpa.

 

Analise as situações em que aconteceram os fatos e se você efetivamente tinha condições de agir diferente de como agiu. Depois continue sua análise. Onde, quando e por que começou cada uma delas? Quais são as situações que me sinto culpado pelo que fiz ou deixei de fazer? Quais eram meus valores em relação ao assunto quando agi daquela forma? Se fosse hoje minha atitude seria diferente? Como? Quem fazia ou faz com que eu me culpe? Busque a relação da culpa atual com seu histórico de vida.

 

O objetivo não é buscar mais culpados, mas explorar os motivos pelos quais ainda se culpa, se responsabilizando pelos seus atos, e mudar o que pode ainda ser mudado, libertando-se desse sentimento que aprisiona e impede o crescimento.

 

As consequências da culpa são muitas. Na tragédia envolvendo o ator Alec Baldwin a culpa pode se manifestar pelo sentimento de necessidade de cautela excessiva. Passa pela cabeça: se tivesse feito isso ou aquilo, talvez nada disso teria acontecido. Mas essas dúvidas ocorrem porque com a culpa manifestamos a presença da ânsia, ainda que inconsciente, de autopunição.

 

É certo que a culpa, neste caso, pode ser um sinal de alerta sobre falta de limite, falta de cuidado, falta de inspeções dentro do set de filmagem; ou a indicação que é preciso mudar algum padrão de comportamento ou padrão de trabalho. Mas o mais indicado é saber identificar o que é responsabilidade e o que é culpa. Afinal, apenas olhar como culpa para determinadas situações, apenas alimentará estagnações, repetição de padrões, sem proporcionar mudanças e crescimentos.

 

Após essa reflexão, faça uma auto análise de como está seu momento em relação às culpas que carrega e quais consequências estas culpas trazem para sua vida. Onde as coisas poderiam ser diferentes se não fossem as chibatadas que você dá em si mesmo e se auto pune para aliviar uma dor inconsciente.

 


Dra. Andréa Ladislau

Psicanalista


Dopamine dressing, o desespero revestido de entusiamo


A pandemia da Covid-19 nos afeta profundamente. Para além da grave crise de saúde, com mortes e sofrimentos plurais, nos colocou dentro de casa, impediu que saíssemos às ruas, nos encontrássemos com amigos e que nos tocássemos, nem o simples e protocolar aperto de mãos era possível. Ainda seguimos na pandemia, mas temos alguma possibilidade de vislumbrar uma condição de vida um pouco melhor, em função de atuações específicas de contenção e isolamento social, do desenvolvimento rápido e efetivo das vacinas graças as nossas instituições de pesquisas e dos programas de distribuição e aplicação dos imunizantes em todo o país.

Passados quase dezoito meses dos primeiros casos da Covid-19 no país, notamos alterações de comportamento, não mais conectadas à condição pandêmica marcada pelo consumo de produtos de higiene e limpeza doméstica, pequenas reformas e decoração da casa, aquisição de mobiliário para conforto que garantisse as longas jornadas de trabalho e estudo, mas sim, uma busca que revela o desejo de mudança no estado de espírito, por meio de outros consumos, agora mais identitários. Uma das manifestações emblemáticas deste caminho é o que estamos chamando de "dopamine dressing".

Mais um estrangeirismo para a nossa coleção, a dopamina é um neurotransmissor produzido pelo nosso organismo, que quando liberado gera a sensação de bem-estar, o que também pode ser interpretado como felicidade, uma vez que melhora nossa disposição e humor, assim seria possível produzir uma concreta alteração da nossa condição psíquica e social para melhor por meio das roupas e acessórios que usamos. Dopamine dressing é uma espécie de estímulo à mudança da nossa condição interna a partir de fora e, ainda mais, à disposição e ao sabor da nossa própria criatividade ao vestir-se. Assim, dopamine dressing se manifesta no uso de signos cromáticos vibrantes, no diálogo entre cores complementares no mesmo look, como saia azul com uma blusa laranja ou mesmo com cores vizinhas, como vem acontecendo com a combinação recorrente da cor pink com várias tonalidades da cor vermelha. Este caminho eufórico já dava sinais nas semanas internacionais de moda deste ano e chega recentemente para acesso ao grande público. As cores são signos muito potentes, uma vez que encapsulam dimensões fisiológicas, culturais e psicológicas, por isso, atuam do universal ao simbólico e à particularidade e ao gosto de cada um.

A relação entre o jeito de se vestir, incluindo os acessórios e o nosso humor é estudada por diferentes regionalidades científicas. Assim como a relação com as nossas intencionalidades, ou seja, o efeito que queremos gerar e a escolha do que vamos vestir, incluindo os acessórios a maquiagem e o perfume. Nos vestimos com discrição quando não queremos ser notados ou com exuberância quando a presença e o brilhar são desejáveis.

Esta relação é indissociável das cores, uma vez que estão presentes tanto nas vestimentas e acessórios, quanto nos vínculos e conexões com os diferentes tons de pele, cabelo, olhos. Cores vibrantes, estampas, imagens, sobreposições de texturas, grafismos, expressam emblematicamente esta nova tendência do vestir-se. Depois da contenção e do sofrimento, a exaltação.

No entanto, não há como deixar de lado a relação com uma certa ocultação, como um aplique, algo externo que tem a intenção de afetar nossa intimidade e nossos sentimentos, um pouco como um curativo que protege e tenta estimular a cura. Nada mais oportuno do que curativo para quem anda tão machucado física e emocionalmente. Dopamine dressing é a manifestação clara do desespero revestido de entusiasmo.

 


Clotilde Perez - professora titular de semiótica e publicidade da ECA USP

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