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terça-feira, 19 de outubro de 2021

Especialista conta como a falta de produtividade pode levar a perda de bons funcionários

Thâmara Nascimento, consultora de RH da Complement Consultoria & Marketing, relata que processos e burocracias podem se tornar os principais causadores da falta de produtividade e desmotivação de colaboradores


Nos dias de hoje cada vez mais empresas procuram investir no desenvolvimento e na produtividade dos colaboradores, esse é um dos principais fatores para manter bons profissionais. No entanto, muitas pessoas podem acabar perdendo a produtividade pela falta de incentivo dos gestores.

A falta de desafios também pode levar à queda na produtividade e, além disso, à perda de interesse do colaborador. Thâmara Nascimento, consultora de RH da Complement Consultoria & Marketing, enfatiza que a desmotivação é um dos motivos para isso acontecer. “A falta de treinamentos e reconhecimento, excesso de burocracias, falhas na comunicação, desperdício de recursos e o foco em resultados sem se importar com o clima da empresa são algumas das principais causas da falta de produtividade”, destaca.

A situação também é delicada para os gestores, que precisam ficar atentos a esses cenários para evitar a evasão de bons colaboradores. Para isso, é importante verificar a operação e analisar os processos sempre que possível. Para Thâmara, procedimentos divergentes por falta de comunicação e falta de controle, causam ausência de responsabilidade e sentenciam o modo de operação.

Os sinais de insatisfação também podem ser vistos na equipe e servem como um alerta do que deve ser corrigido. Frustrações no trabalho podem ocasionar faltas recorrentes de colaboradores, além daqueles que chegam atrasados ou saem mais cedo que o previsto sem uma razão aparente.

A recomendação nesses casos é apostar no setor de Recursos Humanos, uma vez que é a área que administra o que há de mais valioso para a empresa, as pessoas. Além disso, a especialista em gestão de pessoas ressalta a importância de treinamentos e capacitação dos colaboradores.

"É necessário considerar que o clima da empresa também é responsável pelos resultados e sucesso do time. Sem um ambiente agradável e propício para trabalhar, o desempenho será prejudicado, por esse motivo a qualidade de vida dos colaboradores também é um investimento para os gestores. Vale lembrar que um bom sistema de armazenamento e o processo de documentos também ajuda, deste modo a empresa terá mais organização para o departamento e agilidade na rotina de trabalho", finaliza.

 

 

Thâmara Nascimento - consultora de Recursos Humanos na Complement Consultoria & Marketing e atua no varejo há dezenove anos. Graduada em Gestão Estratégica de Recursos Humanos com conhecimento generalista nos subsistemas da área, atuou em organizações do comércio, indústria e consultoria.

 

Complement Consultoria & Marketing

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Estudo aponta diretrizes para barrar a degradação acelerada de campos e savana

As chamadas grasslands estão ameaçadas em todo o planeta, alerta um grupo internacional de pesquisadores na revista Nature Reviews Earth & Environment. Solução envolve restauração e busca de alternativas de exploração econômica sustentáveis (trecho de Cerrado na Chapada Guimarães; foto: Wikimedia Commons)

 

Pesquisadores de vários países trabalharam cinco anos para produzir um quadro abrangente da situação atual das chamadas grasslands – termo em inglês que designa os biomas formados por campos e savanas, quase todos seriamente ameaçados pela degradação ambiental. Os estudos locais foram complementados por dois workshops presenciais e intensa troca de e-mails entre os cientistas envolvidos.

O resultado foi o artigo Combatting global grassland degradation, publicado na revista Nature Reviews Earth & Environment com a assinatura de estudiosos do Reino Unido, França, Alemanha, Suíça, China, Índia e Brasil.

“As grasslands estão ameaçadas em todo o planeta, mas os processos de degradação diferem de região para região. O maior problema é a conversão desses biomas em áreas agriculturáveis. Um exemplo é o Cerrado brasileiro, no qual a vegetação original, extremamente rica em biodiversidade, vem sendo suprimida para dar lugar a grandes plantações de soja, cana, eucalipto etc.”, diz à Agência FAPESP a brasileira Giselda Durigan, que participou da iniciativa.

Durigan integra a equipe do Instituto de Pesquisas Ambientais do Estado de São Paulo e é professora em programas de pós-graduação da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Sua pesquisa de longa data sobre o Cerrado contou com vários apoios da FAPESP.

Na época em que foi iniciado o estudo em pauta, ela tinha dois projetos em curso financiados pela Fundação: “Impacto de fatores antrópicos (fogo, agricultura e pastoreio) sobre a biodiversidade em savanas” e “Invasão do campo cerrado por braquiária (Urochloa decumbens): perdas de diversidade e experimentação de técnicas de restauração” .

“Outra forma de degradação é a exploração à exaustão dos campos e savanas. É o que vem ocorrendo em boa parte do continente africano. Devido à superexploração, o bioma original perde sua capacidade de produzir, sua biodiversidade e seus serviços ecossistêmicos”, acrescenta a pesquisadora.

O agravante, segundo Durigan, é que pouca gente se importa com a degradação ou a perda desses biomas. Pode-se dizer que são “invisíveis” para a maioria das pessoas, que associam a ideia de ecossistemas naturais à presença de árvores.

“O desconhecimento é tanto que, no Brasil, nem sequer temos uma boa tradução para o termo grassland. Se colocarmos a palavra no Google Tradutor ou em outros dicionários inglês-português impressos ou disponíveis na internet, obteremos como resultado o termo ‘pastagem’. Faz até algum sentido, porque, grosseiramente, são enquadrados como grasslands todos os ecossistemas do planeta onde existem capins que os animais pastadores possam comer. Mas a palavra resultante é muito vaga”, comenta a pesquisadora.

No Brasil, estão entre as grasslands o Pampa, os campos de altitude no alto das serras, boa parte do Pantanal e praticamente todo o Cerrado – exceto o chamado “Cerradão”, que, na verdade, é um tipo de floresta empobrecida. Em síntese, estão entre as grasslands todos os campos e savanas naturais que dominam alguns de nossos principais biomas (Pampa, Cerrado e Pantanal). Mas elas podem ocorrer, também, como “ilhas” em meio às vegetações da Amazônia, da Caatinga e da Mata Atlântica.

“A proposta de nosso estudo e do artigo publicado foi mostrar a importância das grasslands em termos de biodiversidade e serviços ecossistêmicos. E apontar caminhos para cessar a degradação e promover a conservação e o uso sustentável dos campos e savanas em todo o planeta. Por isso o professor Richard Bardgett, da Universidade de Manchester, no Reino Unido, que liderou o projeto, procurou reunir pesquisadores de diferentes países. A representatividade era importante para que encontrássemos uma abordagem que fizesse sentido em escala global”, conta Durigan.

Soluções

As diretrizes apontadas pelo artigo, para que tudo isso resulte em políticas públicas realmente eficazes, são, em primeiro lugar, definir indicadores adequados, que possibilitem avaliar o nível de degradação e que possam ser bem compreendidos e adotados globalmente. Feito isso, desenvolver e disseminar técnicas de restauração ecologicamente efetivas e economicamente viáveis que atendam os diferentes interesses da sociedade. Finalmente, encontrar alternativas de exploração sustentáveis, que possibilitem utilizar economicamente esses ecossistemas sem degradá-los.

“Os campos e savanas são essenciais não só pelos serviços ecossistêmicos de proteção à água, aos solos e à biodiversidade, mas também pela provisão de alimentos e outros produtos essenciais para a vida das pessoas em diferentes regiões do mundo. O caminho para a conservação das grasslands não é a exclusão das pessoas. Existem povos cuja existência e cultura são totalmente dependentes desses ecossistemas. E as necessidades e visões desses grupos precisam ser contempladas”, pondera Durigan.

A questão, segundo a pesquisadora, é definir diferentes “níveis” de restauração, que possam ser aceitos, desenvolvidos e postos em prática pelos vários atores envolvidos no tema. Isso vai desde a simples recuperação da produtividade de pastagens naturais degradadas pela superexploração até a completa restauração de ecossistemas complexos. Cada coisa no seu lugar. As iniciativas bem-sucedidas, que são muito raras, precisam ser amplamente compartilhadas para que possam ser replicadas.

Esse conjunto de providências é especialmente urgente no Brasil, onde a degradação e a devastação vêm ocorrendo em ritmo acelerado. Grandes porções dos Pampas estão se convertendo em plantações de eucalipto para a produção de celulose. O ressecamento do Pantanal, em função da crise climática, tende a fazer com que vastas áreas, antes alagáveis, sejam convertidas em lavouras de soja. E o Cerrado, que constitui a savana mais biodiversa do planeta, já perdeu metade de seu território para a agricultura em larga escala.

“Há perdas irreversíveis no Cerrado. Uma coisa é recuperar um bioma degradado pelo sobrepastoreio. Outra é restaurar uma área que foi alterada pela agricultura a ponto de perder todas as suas características originais. Quando o capim nativo foi substituído pela braquiária, de origem africana, isso constituiu um grande impacto. Mas, ainda assim, muita diversidade se manteve, em flora e fauna. Porém, o pecuarista tradicional vem cedendo lugar ao grande agricultor. Com máquinas que cortam as raízes em profundidade e herbicidas poderosos que deixam o solo completamente limpo, não sobra nada do Cerrado que existia antes”, enfatiza Durigan.

Como foi divulgado em outra reportagem da Agência FAPESP, além da perda de biodiversidade e da destruição da paisagem, um eventual colapso do Cerrado pode ocasionar um impacto hídrico de consequências incalculáveis. Pois alguns dos mais importantes rios do Brasil – o Xingu, o Tocantins, o Araguaia, o São Francisco, o Parnaíba, o Gurupi, o Jequitinhonha, o Paraná, o Paraguai, entre outros – nascem nesse bioma.

“Preservar e utilizar de forma criteriosa o que resta e restaurar ao menos parcialmente o que se perdeu, ainda que isso possa constituir um enorme desafio científico, tecnológico e político, é fundamental para a sobrevivência desses rios, não apenas como manancial de água doce, mas também potencial hidrelétrico”, conclui a pesquisadora.

O artigo Combatting global grassland degradation pode ser acessado em: www.nature.com/articles/s43017-021-00207-2.

 

 

José Tadeu Arantes

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/estudo-aponta-diretrizes-para-barrar-a-degradacao-acelerada-de-campos-e-savanas/37089/


Golpe do cartão de crédito: consumidor consegue suspender cobrança na justiça

É importante ressaltar que a quantidade de ações versando sobre golpes do WhatsApp, Delivery, entre outros, está aumentando de forma significativa no nosso sistema judiciário, especialmente contra pessoas idosas. 

Em recente decisão da 3ª Vara Cível do Foro Regional XV Butantã do TJSP, a juíza sustou a exigibilidade do débito para um caso em que um cidadão foi incentivado a entregar seu cartão de crédito a um motoboy, depois de ter recebido ligações telefônicas que informavam sobre compras irregulares. O tal motoboy realizou quatro transações sequenciais com seu cartão e, mesmo após o relato do caso ao banco e de apresentar argumentos de que as compras estavam totalmente fora de seu perfil, o banco negou a contestação. 

“Não é novidade que este tipo de crime cresce a cada dia, o que demonstra grave falha no sistema de segurança das instituições financeiras”, alerta Leo Rosenbaum, especialista em Direito do Consumidor e sócio do Rosenbaum Advogados. “Estas deveriam prestar um serviço de segurança aos seus clientes, afinal, o consumidor não pode ser prejudicado por tal fato”. 

No entanto, Rosenbaum adverte que nem todos os tribunais do país têm o mesmo entendimento. “Tribunais de alguns estados colocam a responsabilidade nos bancos, mas não é um entendimento uniforme. Felizmente, a maioria das decisões é favorável às vítimas. 

Para o especialista, a multiplicação de golpes com cartão, do WhatsApp e do Delivery tem na sua origem a digitalização das transações bancárias. “As transações se modernizam, tudo hoje é digital, dessa forma as transferências também ficaram mais fáceis e isso é um atrativo para esse tipo de golpe”, conclui.


Estação Luz da Linha 4-Amarela recebe "Cantinho do Desabafo", ação de escuta fraterna, nesta terça-feira (19)

Voluntários do Projeto Help oferecerão folhetos com mensagens de apoio e telefone de contato aos passageiros

Voluntário do Projeto Help realiza atendimento na Linha 4-Amarela / Foto: HELP FJU


Nesta terça-feira, 19, voluntários do Projeto Help estarão na Estação Luz da Linha 4-Amarela de metrô para atender pessoas que buscam apoio emocional no "Cantinho do Desabafo". No espaço, localizado numa área reservada, os voluntários praticam a escuta fraterna: ouvem, sem julgar, quem deseja se abrir sobre seus problemas.

A iniciativa, realizada em parceria com a ViaQuatro, concessionária responsável pela operação e manutenção da Linha 4-Amarela de metrô, integra a campanha "Sua saúde mental é essencial". Na estação, os voluntários também distribuem folhetos com mensagens positivas e de incentivo à vida. Para quem deseja um outro tipo de atendimento, é disponibilizado um telefone nacional para contato: (11) 4200-0034.

Desde 2019, quando a ação teve início nas estações, a procura pelo "Cantinho do Desabafo" tem crescido de forma significativa. Carlos Eduardo Ferreira de Souza, o Cadu, coordenador do Projeto Help, grupo criado em São Paulo há mais de 10 anos, ressalta que a pandemia intensificou a busca pelo atendimento. "Em algumas estações, com mais movimento, chegamos a receber em média 70 pessoas numa tarde", afirma.

"A ViaQuatro está atenta aos desafios enfrentados neste contexto e reconhece que o acolhimento é essencial e pode salvar vidas", diz Juliana Alcides, gerente de Comunicação e Sustentabilidade da concessionária.


Serviço: Campanha Sua Saúde mental é essencial - Cantinho do Desabafo

19/10 - Estação Luz (Linha 4 - Amarela), das 14h às 16h


segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Outubro Rosa: Congelamento de óvulos é alternativa para mulheres em tratamento de câncer

 Especialista em reprodução humana, Dr. Nilo Frantz, explica sobre o procedimento que preserva a fertilidade feminina

 

O Outubro Rosa faz parte do calendário mundial da saúde por ser um movimento de conscientização à prevenção do câncer de mama, assim como o alerta para o seu diagnóstico precoce. No Brasil, o câncer de mama é o tipo de doença mais comum entre as mulheres, atrás apenas do câncer de pele não melanoma.

Durante o tratamento do câncer de mama, as pacientes são submetidas à quimioterapia e radioterapia, que podem causar insuficiência ovariana e desencadear uma menopausa precoce e, consequentemente, a infertilidade.

"Não são todas as pacientes em tratamentos de câncer que acabam perdendo sua fertilidade. Tudo isso depende do tipo de tumor e da intensidade do tratamento, mas o congelamento de óvulos é indicado para preservar a fertilidade de mulheres em idade reprodutiva e deve ser feito antes da mulher se submeter à quimioterapia e radioterapia", explica Nilo Frantz, médico especialista em reprodução humana da Nilo Frantz Medicina Reprodutiva, em São Paulo.

O congelamento de óvulos também é indicado para mulheres que desejam postergar ou ainda não decidiram se querem uma gestação no futuro. A idade ideal para fazer o procedimento é entre 30 a 35 anos. Mesmo feito esse procedimento, há também a chance da mulher ter uma gravidez de forma natural, mas se isso não ocorrer, esses óvulos podem ser utilizados para uma reprodução assistida.

Com o passar dos anos, o relógio biológico feminino diminui a quantidade e a qualidade dos óvulos que a mulher possui, uma vez em que ela já nasce com todos os óvulos que terá durante toda a sua vida, até que chegue a um certo limite e entre em menopausa.

"Talvez ainda mais importante que a diminuição da reserva ovariana esteja o fato da piora da qualidade oocitária, que também ocorre com o passar dos anos. Esta piora leva a uma menor chance de gravidez, maiores riscos de abortamentos, malformações e síndromes com o avanço da idade. Estas alterações passam a ser mais significativas após os 36 anos de idade", salienta o especialista.

O objetivo do congelamento de óvulos é mostrar claramente às mulheres que as chances de gravidez de maneira natural ou com tratamentos caem drasticamente com o avançar da idade. Assim como ocorre um aumento no risco de aborto e de doenças genéticas.

"Existe uma tendência mundial em que as mulheres estão adiando o momento para iniciarem a tentativa de engravidar. Isso faz com que as chances de gravidez diminuam e que aumente o número de pacientes inférteis. E a única maneira de tentar evitar os danos que a idade causa sobre o potencial reprodutivo da mulher, é através da Preservação de Fertilidade - com o congelamento de óvulos ou embriões, o que dá total autonomia para a mulher decidir em qual idade quer ser mãe, assim preservar a fertilidade de mulheres diagnosticadas com câncer", enfatiza Dr. Nilo Frantz.

 

Partiu, Congelar?

A Nilo Frantz Medicina Reprodutiva criou a campanha Congelamento de Óvulos, preserve suas possibilidades, para incentivar a preservação da fertilidade através do congelamento de óvulos, permitindo que a mulher ganhe mais tempo para decidir "se" e "quando" quer ser mãe. Para isso, duas ações fazem parte do lançamento da campanha.

Como parte da campanha, lançou a websérie que conta a história de duas profissionais da Nilo Frantz, mulheres que há mais de 20 anos trabalham na área de reprodução assistida e agora resolveram congelar seus óvulos. São cinco episódios com Fernanda Robin e Joana Chagas, que compartilham com o público suas jornadas particulares de decisões e etapas do congelamento, realizado pela especialista em reprodução humana, Simone Mattiello.

Já nas clínicas de São Paulo e Rio Grande do Sul, a campanha além de focar na disseminação de informação, oferece descontos de até 20% no procedimento com o objetivo de democratizar o acesso ao tratamento.

A websérie completa pode ser assistida no link .

 


Nilo Frantz Medicina Reprodutiva

Endereço: Av. Brasil, 1150 - Jardim América - São Paulo - SP, 01430-001

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Perdas e ganhos dos médicos "filhos" da pandemia

Opinião


A maioria das situações com as quais nos deparamos na vida tem dois lados. Ou, até, mais de dois. Com a formação de futuros médicos em meio à pandemia, não é diferente. Não somente no Brasil, mas nos quatro cantos do mundo, a medicina e os hospitais tiveram que se desdobrar e se adaptar de inúmeras formas. Embora a pandemia tenha trazido inúmeras tristezas, no quesito residência médica e ensino, é possível ressaltar peculiaridades do momento e enxergar o “copo meio cheio”. 

Voltando à história, a última crise sanitária que se assemelha à qual vivemos hoje foi a da gripe espanhola, mais de 100 anos atrás. Mesmo com a alta demanda e a sobrecarga no sistema de saúde, a covid-19 trouxe a oportunidade de os alunos de medicina aprenderem, fora das salas de aulas, a lidar com uma emergência sanitária de grandes proporções e com situações de estresse. Foi possível realizar treinamento de calamidade e aprofundar o entendimento, na prática, de protocolos de catástrofes epidemiológicas. 

O ganho foi ainda mais especial para a formação de médicos residentes, que participaram e seguem participando de atividades práticas dentro de nossos hospitais. A pandemia também acelerou o processo de transformação digital do ensino, com aulas à distância, acontecendo em qualquer lugar, chegando mais longe e com trocas antes impensáveis. Além disso, nos hospitais, aliada à tecnologia, surgiram novas oportunidades de exercer a assistência com o teleatendimento e a telemedicina. 

Outro fator positivo a ser destacado é a valorização da área de saúde. Dados como os trazidos pelo estudo "Demografia Médica no Brasil 2020" reforçam esse pensamento: o país tem hoje mais do que o dobro de médicos que tinha no início do século. Em 2000, eram 230.110 médicos. Em 2020, 502.475 profissionais. Nesse período, a relação de médico por mil habitantes também cresceu de forma significativa, passando de 1,41 para 2,4. 

Cresceu também o interesse por cursos de graduação na área da saúde, como Medicina, Enfermagem, Biomedicina, Farmácia e Nutrição. Segundo uma pesquisa global feita pela Pearson, dos 2 mil pais de adolescentes e jovens ouvidos, 64% disseram ter percebido maior preferência dos filhos por assuntos relacionados à ciência depois do surgimento da pandemia. Mas é claro que, observando o cenário como um todo, também identificamos pontos negativos e dificuldades enfrentadas na formação dos futuros médicos.

A verdade é que todos os hospitais estão sobrecarregados e com o atendimento focado nos casos de covid-19. Os hospitais universitários, que são as unidades voltadas para a aprendizagem, também enfrentam complicações. Ou seja, os residentes, quando se preparam para “colocar a mão na massa”, se deparam com pouca variedade de doenças para o aprendizado, o que proporciona uma formação “menos variada”. 

E isso ocorre mesmo nos hospitais que não atendem casos de covid-19, pois o tratamento de doenças comuns na pandemia ficou prejudicado. Mesmo os que se tornaram referência em traumas ou outras urgências e emergências se viram sobrecarregados, precisaram suspender cirurgias, acompanhamentos e pesquisas nas mais variadas áreas. As mudanças no atendimento eletivo forçadas pela covid-19, criaram um problema enorme ao agravar filas de espera por atendimento no sistema de saúde, seja ele público ou particular. Nesse momento, já enfrentamos uma demanda reprimida criada pela pandemia e bastante particular: por falta de intervenção precoce ou até mesmo de prevenção eficiente, o paciente acaba acessando o hospital pela porta do pronto-socorro por algo que poderia ter sido resolvido no ambulatório. 

Além disso, a necessidade de isolamento e de novos protocolos de atendimento, distanciaram residentes de pacientes – e esse é um ponto de alerta. É preciso investir em formatos diferentes que possibilitem o desenvolvimento de habilidades como o cuidado humanizado e a relação empática entre quem cuida e quem é cuidado, fundamentais a esses profissionais. 

De maneira geral, é possível, sim, conseguir visualizar o famoso "copo meio cheio”. Por mais que tenhamos oportunidades de reconhecermos lições a serem tiradas do momento em que estamos vivendo, a verdade é que os “filhos” da pandemia se tornarão médicos diferenciados. Como já dizia Hipócrates, “a cura está ligada ao tempo e às vezes também às circunstâncias”, ou seja, tenhamos paciência e sabedoria no futuro para lidar com os resquícios da pandemia. Ao lado do tempo, com as duas faces da mesma moeda, teremos que trabalhar para buscar o equilíbrio entre ganhos e perdas - o que não é impossível. 

 


Juliano Gasparetto - médico intensivista e diretor-geral do Hospital Universitário Cajuru.


Você sabe o que é linfedema? Veja como tratar a doença

Terapia de compressão é indicada para reduzir inchaços e estimular a circulação sanguínea


O linfedema é uma condição caracterizada pelo acúmulo de líquidos em determinadas regiões do corpo, que podem causar inchaço, rigidez no local e prejudicar o sistema linfático.

A causa pode ser genética, como no caso do linfedema primário, doença que as mulheres têm seis vezes mais chances de desenvolver do que os homens; existe também o linfedema secundário, que pode ser provocado por danos no sistema linfático, como cirurgias, tratamentos de câncer, acidentes e infecções, podendo afetar pernas, genitais, pescoço e rosto.

Diagnosticar precocemente o linfedema é primordial para iniciar um bom tratamento com resultados mais satisfatórios. Por isso, é muito importante ficar atento aos sinais do seu corpo. Os principais sintomas do linfedema são:

- Edema ou inchaço: mais comum nas extremidades dos membros inferiores ou superiores, podendo aparecer também no pescoço, região genital, face, região inguinal, entre outros lugares do corpo.

- Dificuldades para movimentar a região: devido ao inchaço e à rigidez do local afetado.

- Pele grossa ou endurecida: a alteração do fluxo linfático pode provocar inflamação nas partes inchadas do corpo, com aumento da atividade e proliferação das células da pele. Se a pele não for tratada adequadamente, podem ocorrer infecções e inflamações graves.

- Peso ou rigidez nos membros: se dá pela concentração do líquido viscoso do sistema linfático.

Para tratar o linfedema, é importante realizar um tratamento clínico e fisioterapêutico, normalmente feito com drenagem linfática manual, terapia de compressão, além da prática de exercícios físicos e cuidados com a pele.

Um ponto fundamental no tratamento do linfedema é a terapia de compressão. Para isso, a SIGVARIS GROUP, empresa líder mundial em produtos de compressão graduada, desenvolveu a linha Especialidades, com produtos fabricados para atender condições médicas específicas ou necessidades individuais, auxiliando no tratamento do linfedema, assim como de úlceras venosas, feridas, lipedema e doenças de alta complexidade. Os efeitos benéficos da terapia de compressão incluem, entre outros, redução e prevenção de edema, aumento do fluxo venoso e linfático, redução dos sinais e sintomas, além de melhora geral no bem-estar do paciente.

 


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Estigma do peso: pesquisas realizadas em seis países revelam que pacientes que sofrem com o excesso de peso percebem menor respeito de médicos e sentem impactos diretos em sua saúde

Os resultados mostram que além de implicações negativas para a auto estima, pessoas que sofrem com esse estigma negligenciam sua própria saúde


Mais de 50% dos adultos pesquisados ​​em seis países diferentes relatam sofrer com estigma de peso, ou seja, atos discriminatórios e ideologias direcionadas aos indivíduos devido ao seu peso e tamanho. Os estudos realizados em parceria com a WW Internacional (antigo Vigilantes do Peso), compararam experiências de adultos da Austrália, Canadá, França, Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos, e revelam que pessoas impactadas por esse tipo de preconceito são prejudicadas quando o assunto é saúde.

Segundo o levantamento, aqueles que sofrem por seu peso têm maior probabilidade de não cuidar da saúde, fazer exames e percebem um menor respeito por parte de seus médicos, de acordo com dois novos estudos realizados pelo UConn Rudd Center for Food Policy and Obesity. Em cada um dos seis países investigados, os participantes que sofreram com o estigma de peso relataram julgamentos mais frequentes dos médicos devido ao seu peso e sentiram que seus médicos ou os ouviam com menos frequência ou não respeitavam o que eles tinham a dizer.

Os pesquisadores também descobriram que a internalização do preconceito de peso pode ser especialmente prejudicial para a rotina do acompanhamento da saúde, sendo a realização de exames menos frequente por parte dos entrevistados, chegando até a ser um dos pretextos para evitar os cuidados de saúde por completo.

"Apesar de décadas de estudos sobre o tema, faltam pesquisas comparativas internacionais", diz Rebecca Puhl, principal autora do estudo e vice-diretora do Rudd Center. "Já é hora de reconhecer esse estigma como uma injustiça social legítima e um problema de saúde pública em muitos países ao redor do mundo, e uma pesquisa multinacional pode informar os esforços para abordar esse problema em escala global", afirma a pesquisadora.

Os estudos ainda mostraram que muito desse preconceito é altamente propagado por pessoas próximas dos participantes. De acordo com o levantamento, estimulavam atos de discriminação com o peso: familiares (76% -88%), colegas de classe (72% -81%), médicos (63% -74%), colegas de trabalho (54% -62%) e amigos (49% -66%). Além disso, em todos os países, as experiências de estigma de peso foram mais frequentes na infância e adolescência, com maior sofrimento associado durante esses períodos.

De acordo com Puhl, o fato de os membros da família serem fontes comuns de estigma de peso nesses países indica uma necessidade coletiva de abordar o tema dentro do ambiente familiar e de ajudar as famílias a se envolverem em uma comunicação mais solidária com seus entes queridos. Para muitas pessoas, essas experiências começam na juventude, com pais e parentes próximos, e podem durar muitos anos e ter consequências negativas de longo prazo.

Publicados no International Journal of Obesity e no PLOS One, os resultados do estudo destacam que há muito mais semelhanças do que diferenças entre os países investigados. "Nossos resultados também fornecem uma razão convincente para intensificar os esforços internacionais para reduzir o preconceito de peso mantido por profissionais médicos. Devemos priorizar os esforços para estabelecer uma cultura de saúde livre de estigma de peso, e precisamos trabalhar colaborativamente para desenvolver intervenções de apoio para ajudar as pessoas quando elas experimentam esse preconceito", reforça a pesquisadora.

Matheus Motta, responsável pelo programa da WW no Brasil, comenta sobre o assunto no país. "Cerca de 96 milhões de brasileiros estão acima do peso, segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019, o que representa quase que 60% da população nacional. É preciso urgentemente quebrar esse padrão de estigma do peso e olhar para a saúde das pessoas - que vai além dos números na balança, mas passa por um estilo de vida diferente, que mantém uma alimentação saudável, exercícios físicos regulares, rotina de sono em dia e uma mentalidade de equilíbrio. Existem ainda muitos preconceitos e desinformação acerca do assunto e isso só tende a piorar, caso não tenhamos um olhar abrangente para o que de fato é uma vida saudável, que não tem nada a ver com o formato do corpo", diz o especialista.

Os estudos foram encomendados com base em uma declaração do Consenso Internacional de 2020 pedindo a eliminação do estigma de peso, apoiada por mais de 100 organizações médicas e científicas em todo o mundo. Para isso, os pesquisadores fizeram parceria com a WW International Inc., um programa global de gerenciamento de peso comportamental, conhecido ainda como Vigilantes do Peso em alguns países. Juntos, pesquisaram 13.996 dos membros da WW sobre o significado do estigma de peso, preconceito de peso internalizado e experiências de saúde no geral.

Os co-autores do estudo incluem Leah Lessard do Centro Rudd para Política Alimentar e Obesidade da Universidade de Connecticut, Mary Himmelstein da Universidade Estadual de Kent, Rebecca Pearl da Universidade da Pensilvânia e Gary Foster, da WW International. Esses estudos foram ainda financiados pela WW International Inc., com o intuito de gerar maior conhecimento sobre os perigos do estigma do peso, buscando levar ao público a consciência de que uma vida saudável é baseada em bem-estar e equilíbrio.

 


WW Brasil (antigo Vigilantes do Peso)

corporate.ww.com


Os efeitos da diabetes na pele

De ressecamento até infecções cutâneas. A médica Dra. Adriana Vilarinho, dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Academia Americana de Dermatologia (AAD), explica que a doença pode se manifestar de diversas formas na pele, por isso, os cuidados específicos são essenciais.

"Quando os níveis de glicose (açúcar) no sangue são elevados podem ocorrer danos na pele, por isso que, nos diabéticos, o ressecamento ocorre com muita frequência. O corpo reage tentando eliminar o excesso de açúcar através da urina e quanto mais vezes a pessoa urinar, mais líquido ela perde, levando à desidratação, e causando - entre outros sintomas - esse ressecamento", explica.

Ao perder a umidade, a pele fica sujeita a irritações que, em casos graves, podem evoluir para lesões descamativas e até rachaduras.

Para evitar o surgimento ou piora desse desconforto, Dra. Adriana aconselha intensificar os cuidados com a pele nos dias mais frios, atenção com os sistemas de aquecimento que retiram a umidade dos ambientes, evitar exposição a ventos e banhos muitos quentes, além do uso de sabonetes e shampoos neutros, e um bom hidratante corporal, de preferência indicado pelo médico dermatologista. "Tudo isso sem esquecer que o corpo precisa ser hidratado internamente, bebendo muita água", diz.

Um outro cuidados alertado pela médica é em relação às infecções cutâneas, que ocorrem com mais frequência nos diabéticos por serem mais vulneráveis à bactérias e fungos. "Manter sempre a pele limpa, seca e bem hidratada e observar cuidadosamente toda a pele e ao surgimento de qualquer anormalidade também é regra de ouro para diabéticos, já que, muitas vezes, as lesões como rachaduras são pontos suscetíveis à bactérias que podem causar infecções", finaliza.

 

Dra Adriana Vilarinho - Dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da AAD - Academia Americana de Dermatologia. CREMESP 78.300/ RQE - SP 27.614

https://www.instagram.com/clinicaadrianavilarinho/?hl=pt-br

https://www.adrianavilarinho.com.br/

Estudo revela o impacto da dor na rotina do brasileiro

Dorflex, marca líder de analgésicos da Sanofi Consumer Healthcare (CHC), em pesquisa encomendada ao Instituto Ipsos, traz a percepção das pessoas associada à dor em busca do sucesso em diferentes âmbitos

 

Presente de diferentes maneiras, com vários graus de intensidade e potencial para acometer diversas regiões do corpo, a dor é algo que afeta a rotina diária de muita gente. Esta foi uma das principais constatações da pesquisa inédita, on-line, encomendada por Dorflex ao Instituto Ipsos, que reuniu 994 participantes, entre homens e mulheres de 18 a 55 anos no Brasil, que avaliou a percepção da dor associada ao conceito de progresso na vida das pessoas. Os dados foram coletados no segundo trimestre de 2021 e a margem de erro é de 3,1 pontos percentuais.

A pesquisa mostra ainda quais são os principais caminhos e situações projetados pelos indivíduos durante essa jornada da vida, em que lidar com a dor é uma realidade: conquista de um emprego ou promoção profissional; construção de uma família ou negócio próprio; fornecimento de uma boa educação para as crianças; comprar um imóvel; e terminar os estudos.

“O levantamento aponta que parte dos brasileiros encara a dor como fator integrante ao processo produtivo em vários âmbitos da vida. Entretanto, a Sanofi Consumer Healthcare (CHC) quer desmistificar essa noção, sendo Dorflex a marca que possibilita um progresso menos dolorido com base no esforço, mas também um autocuidado oferecendo soluções para gerenciar e tratar a dor para que as pessoas possam enfrentar os desafios com mais qualidade de vida e focar no que realmente importa”, explica Joaquin Ortega, Diretor de Marketing da unidade de negócios Sanofi Consumer Healthcare (CHC).

 

Dor e Covid-19

 

A Covid-19 também foi tema do estudo. De acordo com o levantamento, mais da metade das pessoas (56%) mudou a forma de lidar com a dor durante a pandemia, sendo que algumas aumentaram a adesão ao autocuidado para melhorar a qualidade de vida. Dentre os participantes, 33% passaram a tentar dormir melhor, 23% passaram a praticar exercícios físicos regularmente e 21% passaram a tomar algum tipo de suplemento alimentar ou probióticos.


As dores mais comuns

A pesquisa inédita de Dorflex com o Instituto Ipsos, mostrou que as dores de cabeça, abdominais, causadas por cólicas menstruais e pela febre são os tipos que mais afetam a vida das pessoas, atrapalhando principalmente a prática de exercícios, considerada uma das medidas mais importantes no cuidado com a saúde. As dores musculares e de cabeça geradas pela cefaleia e enxaqueca são, segundo o estudo, as mais comuns e incômodas.

 

Sanofi

Ao contrário do que você imagina, tremor não é o principal sintoma do Parkinson

Apesar de conhecida, a Doença de Parkinson, segunda condição neurodegenerativa mais incidente em pessoas acima dos 60 anos, ainda traz muitas dúvidas, principalmente na hora do diagnóstico. Ao contrário do que se imagina a maioria dos pacientes não tem o tremor como principal sintoma. Algumas pessoas têm tão pouco, que ele quase não é perceptível. Quais são os principais sinais então, e como se saber se, de fato, é Parkinson?

No meu cotidiano do consultório, percebo que, quando há suspeita, esse é um dos temas que mais gera inquietação. É preciso explicar que o diagnóstico, até o momento, é essencialmente clínico, ou seja: baseado no histórico desde o início dos sintomas e no exame físico do paciente.

Temos à nossa disposição, hoje, diversos exames que podem auxiliar excluindo outras causas ou, ainda, fornecendo informações que podem fazer a diferença em casos mais raros, nos quais as manifestações não são tão típicas do Parkinson.

Todo cuidado é tomado para que se confirme a condição. Boa parte dos pacientes, especialmente no primeiro e no segundo ano do início dos indícios, acaba se enquadrando como uma "provável" Doença de Parkinson, pois o tempo também faz parte do diagnóstico. Algumas patologias podem parecer com ela, mas só se manifestar depois de alguns anos. São elas: paralisia supranclear progressiva, atrofia de múltiplos sistemas, demência frontotemporal e tremor essencial.

Até o momento, a doença evolui com o tempo, mas já se acredita que alguns tratamentos possam tornar essa progressão mais lenta. Porém, o diagnóstico incorreto pode fazer com que os pacientes se submetam a medicações desnecessárias e confundir o entendimento sobre o que está acontecendo com seu organismo.

Tendo em vista os principais alertas, eu ressalto que os dois principais sintomas do Parkinson são, na verdade, a rigidez e a lentificação dos movimentos. Porém, nem todos os pacientes apresentam os mesmos indícios. Alguns podem ter apenas um tremor leve, outros um pouco de rigidez no corpo e, por fim, uma minoria pode, até mesmo, apresentar alterações de comportamento e de memória, por exemplo.

Por ser uma doença que tem como base a ‘morte’ de neurônios que produzem dopamina, seu tratamento se baseia em remédios que visam repor substâncias similares a ela. É fundamental, também, a reabilitação com fisioterapia e, eventualmente, fonoterapia.

Nas últimas décadas, inclusive, a medicina vem*/ trabalhando em pesquisas e inovações para -trazer mais qualidade de vida aos pacientes de Parkinson. Além dos bons medicamentos, destinados para controlar os principais sintomas da doença, hoje temos outras opções seguras. Uma segunda alternativa eficaz consiste na Terapia de Estimulação Cerebral Profunda (DBS), cirurgia que utiliza um dispositivo médico implantado, semelhante a um marcapasso cardíaco.

A cirurgia é um recurso muito importante e deve ser considerada para alguns pacientes. Ela não é ainda a primeira linha de tratamento possível, porém, quando os medicamentos não estão funcionando mais como antes, ou os efeitos colaterais são muito significativos, deve ser considerada. Quando bem indicada, ela permite que pacientes tenham melhorias significativas na qualidade de vida.

Estamos, hoje, em um momento de grande desenvolvimento tecnológico e, também, do lançamento de novas medicações para tratamento não apenas do Parkinson, mas também de outras doenças neurológicas. Em breve, esperamos contar no Brasil com o ultrassom focado guiado por ressonância, que é uma ferramenta útil para tratar pacientes com tremor essencial e, também, o tremor do Parkinson, de uma forma menos invasiva.

Não só nos casos de Parkinson, mas de todas as doenças neurodegenerativas, costumo lembrar, principalmente, que o fator humano da medicina é essencial. Os pacientes precisam ter clareza da sua condição de saúde, apoio e suporte. Os profissionais devem ser assertivos na transmissão de informação, no entendimento das expectativas e das vontades do paciente e, principalmente, ter empatia para compreender a série de emoções envolvidas nesse percurso.




Marcelo Valadares - neurocirurgião, médico do Hospital Israelita Albert Einstein (SP) e pesquisador da Disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

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