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terça-feira, 5 de outubro de 2021

Fraudes podem diminuir a chance do Green Card

Advogado especialista em direito internacional, Daniel Toledo explica o que fazer ao suspeitar de problemas com o investimento


As modalidades de visto para os Estados Unidos são inúmeras, mas algumas delas são ainda mais delicadas que as autorizações comuns de turismo. Alguns dos casos mais sensíveis envolvem os vistos para realizar atividades profissionais no país.

Esse é o caso do EB-5 indireto, que requer um investimento de aproximadamente US$ 500 mil em um centro regional que agrega valor à comunidade do local escolhido por proporcionar geração de empregos e o pagamento de impostos, e pode levar ao Green Card para o aplicante e família.

No entanto, nos últimos meses, houve relatos de fraude no visto EB-5 e é importante entender como evitar esse tipo de situação. Com isso em mente, o advogado especialista em Direito Internacional da Toledo Advogados Associados, Dr. Daniel Toledo alerta sobre pequenas confusões que podem ocorrer ao aplicar para essa modalidade de visto. “Existem algumas diferenças que devem ser explicadas durante a aplicação, como ser um detentor de participação e um debênture”, ele conta.

Os debêntures são aqueles que fazem uma espécie de empréstimo para que o projeto aconteça e isso significa contrair dívidas. Já os detentores de participação, devido ao investimento aplicado, recebem títulos que os tornam donos de uma fração do projeto. Por essa razão, o advogado recomenda ler com cautela todos os documentos da aplicação para evitar fraudes no processo.

Segundo o especialista, o visto EB-5 é um terreno fértil para fraudes e um dos problemas que vêm ocorrendo é o esquema Ponzi, uma forma de conquistar novos investidores para pagar a investidores antigos.

No entanto, é necessário saber se precaver e buscar ajuda quando desconfiar que há algum problema com o investimento. “O primeiro passo ao identificar esse tipo de situação é buscar ajuda especializada e há muitos advogados familiarizados com essas ocorrências. Também é importante evitar fazer perguntas para o responsável pelo investimento, uma vez que ele não será capaz de informar a real situação do investimento”, relata Toledo.

Muitos centros regionais vêm sofrendo com problemas financeiros que impactam diretamente os investidores. Nesse sentido, é necessário estar atento às informações atribuídas ao processo de visto e como ele é executado. Um dos pontos principais de atenção são os empregos, se as vagas não forem abertas, é um sinal vermelho.

O advogado também recomenda a procura por pessoas de confiança ao perceber alguma falha durante o desenvolvimento do projeto. “O visto EB-5 precisa de um alto investimento, então se algo está parecendo suspeito ou as coisas não estão acontecendo da forma prevista, provavelmente há algo errado e deve ser averiguado por especialistas”, ele finaliza.



Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br. Toledo também possui um canal no YouTube com quase 124 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB São Paulo e Membro da Comissão de Direito Internacional da OAB Santos.

 

Toledo e Advogados Associados

http://www.toledoeassociados.com.br  

 

Youjin Law Group

https://leetoledolaw.com/

 

C6 Bank oferece aulas de educação financeira em plataforma da B3

Aulas ministradas pelo professor Liao Yu Chieh são gratuitas e têm linguagem simples para facilitar o acesso de todos os públicos ao conteúdo  

 

O C6 Bank, banco digital completo para pessoas físicas e jurídicas, está oferecendo 15 videoaulas gratuitas de educação financeira na plataforma de cursos da B3, a bolsa do Brasil. Apresentados pelo professor Liao Yu Chieh, head de educação do C6 Bank, os vídeos esclarecem dúvidas comuns aos brasileiros e trazem dicas valiosas para quem busca inteligência financeira.   

‘Como cortar despesas?’, ‘Existe dívida boa?’, ‘Por que fazer uma reserva de emergência?’ e ‘Como dominar o cartão de crédito?’ estão entre as aulas ministradas pelo professor. Ele também explica, em três etapas, como fazer um planejamento financeiro completo.   

As aulas adotam linguagem simples, em pílulas de até três minutos de duração, o que facilita o acesso de todos os públicos aos conceitos financeiros. Os vídeos estão disponíveis no site da B3 e, para acessá-los, basta fazer um cadastro simples e gratuito com nome, e-mail e senha. 

 

Iniciativas de Educação Financeira   

Desde o seu lançamento, em 2019, o C6 Bank já desenvolveu uma série de iniciativas com o intuito de ajudar as pessoas a alcançarem a inteligência financeira. Além de distribuir conteúdo gratuitamente em diversos formatos e plataformas, o banco também aposta na realização de cursos para levar informação de qualidade à população, especialmente àquelas situadas em regiões vulneráveis.  

Em 2020, por exemplo, o banco iniciou uma parceria com o Instituto PROA, de São Paulo, que tem projetos voltados para jovens da rede pública de ensino, e se tornou responsável pelo módulo de educação financeira do curso que forma jovens programadores para o mercado de trabalho. Os estudantes aprendem a fazer orçamentos, conhecem os diferentes tipos de renda (bruta, líquida, variável e extra) e tornam-se aptos a elaborar planejamentos financeiros de longo prazo, para si mesmos e suas famílias.  

Já neste ano, como parte das iniciativas para reforçar a promoção da diversidade e da inclusão na sociedade, o C6 Bank promoveu um workshop de educação financeira para 100 mulheres trans. O curso ministrado de forma remota pelo professor Liao Yu Chieh abordou temas de finanças pessoais, com estratégias para que as pessoas melhorem sua relação com o dinheiro, com conhecimento prático sobre gestão inteligente de recursos.  

Outra iniciativa recente do banco, feita em parceria com a Nova Escola, capacitou mais de 7 mil professores dos ensinos Fundamental e Médio no país. Além disso, o C6 Bank também lançou sua maior ação de educação financeira, o programa Sua Vida Financeira com Prof. Liao na GloboNews, exibido semanalmente na emissora. Após a veiculação na TV, os vídeos ficam disponíveis em uma editoria especial no G1 – Sua Vida Financeira e também nas redes sociais do banco.

 


C6 Bank

https://www.c6bank.com.br


Poupatempo orienta cidadãos a baixarem a Carteira de Trabalho, que já é 100% digital

Solicitações podem ser feitas online, com segurança e conforto, para ajudar aqueles que retornam ao mercado de trabalho 

  

Com o avanço da retomada econômica em todo o Estado e o surgimento de novas oportunidades de trabalho, o Poupatempo orienta quem pretende voltar ao mercado, utilizando os canais do programa - portal www.poupatempo.sp.gov.br e aplicativo Poupatempo Digital.   

Sem a necessidade de sair de casa, com conforto e segurança, os interessados podem aproveitar as facilidades do atendimento eletrônico para resolver pendências e ter acesso a serviços, como emissão da Carteira de Trabalho Digital, busca de vagas e cadastramento de currículo no Sistema Nacional de Emprego (Sine), inclusão de EAR (Exerce Atividade Remunerada) na CNH, sigla obrigatória no documento de quem presta serviço de transporte, e até mesmo solicitação de seguro-desemprego.  

“Desde o início da pandemia no país, a Prodesp não mediu esforços e antecipou a ampliação da oferta dos serviços digitais. Hoje, mais de 150 opções estão disponíveis aos cidadãos pelo portal, aplicativo ou totens de autoatendimento. Até o fim deste ano, o objetivo é chegar a 180 serviços digitais, e a mais de 240 em 2022”, explica Murilo Macedo, diretor da Prodesp – Empresa de Tecnologia do Governo de São Paulo, que administra o Poupatempo.   

Um dos documentos fundamentais para quem vai começar a trabalhar é a Carteira de Trabalho Digital. Para acessá-la pelos canais do Poupatempo, basta entrar no site ou baixar o aplicativo Poupatempo Digital, clicar na opção “Serviços”, em seguida “Trabalho, Emprego e Previdência”, escolher “Carteira de Trabalho” e seguir os passos para conclusão do atendimento nos canais do Governo Federal – site gov.br ou app Carteira de Trabalho Digital.   

A busca pelo cadastro de emprego também pode ser realizada pelas plataformas digitais. Caso o usuário tenha alguma dificuldade, ele pode entrar em contato com o Fale Conosco, disponível no app e portal do Poupatempo.   

O atendimento nos canais do Poupatempo é simples, rápido, seguro e intuitivo. Ainda assim, pensando em quem tem dúvidas sobre como proceder, o portal oferece cartilhas orientativas e vídeos tutoriais, com o passo a passo de como acessar os principais serviços online. Os vídeos também estão disponíveis no canal do programa no Youtube – youtube.com/poupatempos.


segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Galeria Pet alerta sobre câncer de mama em cães


Na campanha do Outubro Rosa, Academia da Matilha faz ensaio especial com cachorras influenciadoras para conscientização do câncer de mama em fêmeas

 

Mais de 14 pets influencers retratam a campanha de Outubro Rosa da Matilha Brasil, produtora de conteúdo digital, estratégia e treinamento dedicada ao Mercado Pet nacional, que visa alertar tutores sobre a importância do carinho atento à saúde do seu bichinho de estimação - principalmente as fêmeas, que podem desenvolver câncer de mama. 

“Selecionamos 14 tutoras de cachorras para produzir conosco um ensaio lindo para  chamar a atenção e conscientizar sobre a importância, diagnóstico e tratamento do câncer de mama em fêmeas, bem como da prevenção por meio da castração”, comenta Fernanda Rabaglio, CEO da Matilha Brasil e idealizadora da Academia da Matilha.

A campanha também tem seu papel social. Cada pet influencer produzirá conteúdos para conscientização da prevenção do câncer de mama em pets e, a cada assinatura promocional da Academia da Matilha, escola de pet influenciadores, 15% do valor será revertido para a castração de animais carentes. 

“Nosso objetivo é chamar a atenção de tutores para a importância do carinho na barriga das fêmeas e do diagnóstico precoce. Além de alertar que a castração é um ato de amor, pois pode evitar em até 99% dos casos de câncer de mama em cadelas e 91% em gatas”, comenta Fernanda. 

Carinho na barriga do pet é uma das maneiras de fazer o diagnóstico do câncer de mama. Foi desta maneira que a veterinária da Matilha, dra. Mariana Teixeira, descobriu o câncer em sua Pastora Alemã de 6 anos, Roxie. “Estava fazendo carinho na barriga da Roxie, quando percebi um nódulo pequeno na mama, porém, imaginava ser leite empedrado, pois tinha acabado de ter uma cria. Fui acompanhando e percebi que o nódulo não diminuía e com isso apareceu mais um em outra mama”, relata a profissional sobre a descoberta do câncer.  

Para o tratamento da doença o método utilizado é a  castração junto com a mastectomia da cadeia mamária afetada, sendo o primeiro uma forma também de prevenção da doença. Mariana conta que Roxie passará pela cirurgia neste mês de outubro e que deve contar a história e todo o acompanhamento no instagram da pet, @pastorcampinas. 

“Embora todos os anos tenha matérias na mídia sobre o tema, a verdade é que o conteúdo é sempre muito parecido e trabalha gatilhos de medo, até pelo tema ‘Câncer’ já ser pesado por si só. Câncer de mama tem cura e nossa missão é alertar”, conclui Fernanda. 

Abaixo, confira a galeria de imagens para o Outubro Rosa Pet.

@pastorcampinas - Roxie


@ganguedosvira

@bellabeagleig

@ursinhoschowchow


@iron.pastoralemao


Fadiga pandêmica: especialista explica o que é e como driblar o problema

Há mais de um ano, o Brasil e o mundo passam por uma pandemia. Com a covid-19, as medidas de isolamento e de distanciamento social afetaram a vida de bilhões de pessoas, especialmente no que se refere à saúde – tanto física quanto mental. 

De acordo com a fisiologista Debora Garcia, muitas pessoas estão se sentindo cansadas e desmotivadas devido ao período de pandemia. Esse quadro foi nomeado de fadiga pandêmica e tem despertado cada vez mais interesse na comunidade de saúde. 

“Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a fadiga pandêmica é definida como o cansaço que aparece devido ao esgotamento gerado pelo medo da covid-19 e pelas demais situações relacionadas ao contexto de pandemia, como a privação do contato físico e social”, explica. 

Garcia aponta que os efeitos da pandemia para a saúde mental têm sido severos e, para isso, mostra os resultados do Escritório do Censo dos Estados Unidos.  

“Segundo o levantamento, no começo da pandemia, 25% dos estadunidenses entrevistados diziam ter sintomas frequentes de ansiedade e nervosismo. Hoje, esse número saltou para 69%”, aponta a especialista. 

Conforme explica a fisiologista, a fadiga pandêmica tem várias causas. A hipervigilância e o medo do vírus da covid-19, bem como a instabilidade econômica e o contexto de incerteza e insegurança contribuem – e muito – para o quadro de desmotivação, nervosismo, ansiedade e apatia. 

“Com a pandemia, muitas pessoas perderam a capacidade de planejamento da própria vida – visto que vivemos em um período de incertezas. Esse cenário leva à insegurança, o que causa um incômodo em diversos indivíduos, levando-os a desenvolver transtornos psicológicos sérios, como ansiedade e depressão”, explica Garcia. 

De acordo com a fisiologista, a fadiga pandêmica apresenta sinais e sintomas que devem ser observados: 

  • Cansaço excessivo diário; 
  • Distúrbios do sono; 
  • Agitação, impaciência e/ou conflitos nas relações interpessoais; 
  • Uso exagerado de álcool e outras substâncias; 
  • Desestabilidade emocional. 

 

Por mais que diversas pessoas estejam vulneráveis à fadiga pandêmica, Garcia ressalta que é possível combater os sintomas por meio de medidas de autocuidado. 

“Existem diversas formas de lidar com a fadiga pandêmica. Uma das principais é compreender que, neste período, nosso bem-estar deve ser prioridade. Isso nos leva ao autocuidado, que deve ocorrer tanto no sentido físico quanto psicológico. Nunca se esqueça de sua saúde mental, tire um tempo para descansar e trate suas emoções como algo relevante”, finaliza a especialista. 


 

Debora Garcia - fisiologista, palestrante, professora de meditação, escritora e mentora. Atua no mercado corporativo e para autogestão pessoal. Formada em Educação Física pela Umesp (Universidade Metodista de São Paulo), atua na área da educação corporal há mais de 14 anos. 


Por que meu filho tem autismo?


Recentemente, estava conversando com uma colega professora que tem um filho com autismo* (condição clinicamente conhecida como transtorno do espectro autista ou TEA), que me falou que o neuropediatra de seu filho, por sinal, muito conceituado na cidade, disse-lhe, em uma consulta, que ela e seu esposo não deveriam ter mais filhos, pois o risco de virem a ter outro filho com a mesma condição era muito grande. Ela, por saber que minha área é a Genética Médica me questionou: o autismo é genético?

A dúvida desta colega e mãe de autista é a mesma dúvida de milhares de pessoas. Na verdade, o autismo ocorre por uma combinação de fatores genéticos e ambientais e não é culpa de ninguém. É a soma desses fatores que fazem com que o TEA se manifeste no indivíduo, por isso, no meio médico é comum tratar o autismo como sendo de origem multifatorial, como o próprio nome já diz, múltiplos fatores, alterações genéticas e fatores externos, ambientais.

E agora entramos na parte genética disso tudo. Não existe gene para autismo, seu filho não herdou gene para o autismo de ninguém. Todos nós temos os genes, porém quando esse gene sofre uma alteração pode ser que isso leve a manifestação de uma condição ou sintoma. Desta forma, para ser autista, o fator genético envolvido é a alteração do material genético conhecida como mutação. Essa alteração pode ter sido um acidente genético no DNA da própria pessoa ou ter sido passado na família.

Ainda não se sabe tudo sobre a origem do autismo, mas o que fica cada vez mais evidente é que tem relação com a produção dos neurotransmissores, que seriam os mensageiros que fazem a comunicação do cérebro com o restante do corpo. Já se sabe que alguns neurotransmissores, como a serotonina, estão reduzidos no cérebro dos pacientes, muito provavelmente devido a um fator genético.

Qual é esse gene que, quando alterado, pode levar ao desenvolvimento do TEA? Eu respondo: muitos... Dos cerca de 20 mil genes que todos possuímos no nosso genoma, 881 podem ter associação com o quadro e destes, pelo menos 71 desses genes, as variantes contidas neles já mostraram aumentar a susceptibilidade ao desenvolvimento do transtorno.

Vale ressaltar que a identificação de fatores genéticos e ambientais possibilita o esclarecimento da origem do TEA em cerca de 20 a 25% dos pacientes apenas. Por ser um distúrbio causado por vários fatores, calcular o risco de o casal ter outro filho com TEA não é uma tarefa fácil, porque é difícil calcular e mensurar a ação de todos os agentes.

O que se pode calcular é um risco relativo, como uma previsão. Desta forma, quando se tem apenas uma pessoa afetada na família, o risco gira em torno de 7-18%. Com dois ou mais familiares de primeiro grau afetados, o risco aumenta, variando de 33 a 55%. O autismo é mais frequente no sexo masculino, afetando cerca de um em cada 68 meninos.

Mas, por que tem mais meninos afetados do que meninas? Essa resposta ainda rende uma boa discussão que eu deixo para um próximo artigo...

*De acordo com o DSM-V (O Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5.ª edição), entre as características clínicas do TEA estão: déficits persistentes na comunicação social e interação social, padrões de comportamento, interesses ou atividades restritos e repetitivos, incluindo estereotipias motoras como movimento repetitivo das mãos e da fala, dificuldades em sair da rotina, interesses restritos. Esses sintomas causam prejuízos importantes na parte social e pedagógica.





Liya Regina Mikami - doutora em Genética pela Universidade Federal do Paraná e University of Nebraska; mestre em Ciências Biológicas (Biologia Celular) pela Universidade Estadual de Maringá; graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Maringá. Realizou estágio pós-doutoral em Genética Molecular Humana no Centre de Recherches du Service de Santé des Armées (CRSSA), em Grenoble/França. Pós- doutorado em Ciências da Saúde pela PUC/PR, em andamento. Desenvolve projeto de pesquisa na área de Genética Humana em Investigação Clínica e Experimental de Doenças Humanas (Fibrose Cística, Autismo e Fissuras Labiopalatais). Tem experiência na área de Biologia Geral, com ênfase em Genética, atuando principalmente nos seguintes temas: genética molecular humana, fissuras labiopalatais, mutações, autismo, tecnologia do DNA recombinante. Atualmente é professor da Faculdade Evangélica Mackenzie Paraná.

Terapia gênica: inovação na medicina é esperança para pacientes com doenças genéticas

Estudada há mais de 40 anos, a terapia gênica corrige genes defeituosos que causam doenças

 

Atualmente, estima-se que existam entre 6 a 8 mil tipos diferentes de doenças raras em todo o mundo - crônicas, incapacitantes e degenerativas, somente 5% tem tratamento. No Brasil, há estimados 13 milhões de pessoas com doenças raras, dos quais 80% dos casos são decorrentes de fatores genéticos¹. Estudada e aperfeiçoada desde 1990, a chamada terapia gênica veio para transformar o cenário científico e a vida de milhares de pacientes raros: a tecnologia visa corrigir um gene defeituoso em apenas uma dose administrada.

"A terapia gênica é a introdução, remoção ou alteração do material genético - DNA (ácido desoxirribonucleico) ou RNA (ácido ribonucleico) - nas células de um paciente para tratar uma doença específica. O material genético modificado tem instruções para alterar como uma proteína - ou grupo de proteínas - é produzido no corpo, sendo transportado até o núcleo das células do paciente com o uso de vetores que carregam e protegem este DNA. No caso de algumas doenças, isso significa fazer alterações essenciais para o bom funcionamento das células", explica o geneticista, Roberto Giugliani.

Destinada especificamente para doenças raras e debilitantes, a tecnologia pode ser conduzida in vivo, quando se introduz um material genético no organismo a ser tratado, ou ex vivo, quando se retiram células do organismo a ser tratado, se modificam essas células com material genético no laboratório, e depois se reintroduzem as células modificadas ao organismo - para cada tipo de doença, é necessário o desenvolvimento de uma nova terapia, já que não existe um tratamento unificado para a correção de todos os defeitos.

Vista a partir de um cenário promissor, a terapia gênica tem mostrado, cada vez mais, grande potencial para o tratamento das doenças genéticas. "As perspectivas futuras são de desenvolvimento crescente de novos tipos de terapias gênicas, com a incorporação deste tratamento dentro do sistema de saúde pública. Para isso, o Brasil deve discutir uma política para a área, considerando a implantação de centros de excelência para administração desse tratamento, bem como o estabelecimento de unidades de pesquisa, produção e fornecimento", finaliza Giugliani.

 

Linfoma: 80% dos casos do câncer que afeta o sistema imunológico tem chances de recuperação quando feito o diagnóstico precoce

 Na última década o termo Linfoma ganhou as manchetes após uma série de personalidades dos meios artístico e político revelarem o diagnóstico da doença.



E não é à toa que ouvir falar sobre esse tipo de câncer está mais comum: no Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que para cada ano sejam diagnosticados ao menos 15 mil novos casos da doença. E, segundo a entidade, por motivos ainda desconhecidos, o número duplicou nos últimos 25 anos, principalmente entre pessoas com mais de 60 anos.



Mas, do que se trata esse tipo de tumor?

De forma simplificada, os linfomas podem ser classificados como Hodgkin, mais raro e que afeta em especial jovens entre 15 e 25 anos e, em menor escala, adultos na faixa etária de 50 a 60 anos, ou não-Hodgkin, cujo grupo de risco é composto por pessoas na terceira idade (mais de 60 anos). Para Mariana Oliveira, hematologista do CPO Oncoclínicas, apesar de não haver prevenção por desconhecimento do que leva ao surgimento da neoplasia, a chave para deter a evolução progressiva do tumor é o conhecimento. "A boa notícia é o fato de os linfomas terem alto potencial curativo. O diagnóstico precoce é fundamental para alcançar o êxito no processo terapêutico, por isso o esclarecimento à população é essencial", afirma.

As chances de remissão em pacientes com linfomas de Hodgkin chega a superar 80% dos casos quando o diagnóstico acontece ainda no estágio inicial, enquanto os não-Hodgkin de baixo-grau (não agressivos) têm altas taxas de sobrevida, superando a marca de 10 anos.



Sintomas e Tratamento

Os sintomas em geral são aumento nos gânglios linfáticos (linfonodos ou ínguas, em linguagem popular) nas axilas, na virilha e/ou no pescoço, dor abdominal, perda de peso, fadiga, coceira no corpo, febre e, eventualmente, pode acometer órgãos como baço, fígado, medula óssea, estômago, intestino, pele e cérebro.
"As duas categorias - Hodgkin e não-Hodgkin -, contudo, apresentam outros subtipos específicos, com características clínicas diferentes entre si e prognósticos variáveis. Por isso, o tratamento não segue um padrão, mas usualmente consiste em quimioterapia, radioterapia ou a combinação de ambas as modalidades", explica Mariana Oliveira.

Em certos casos, terapias alvo-moleculares, que tem como meta de ataque uma molécula da superfície do linfócito doente, podem ser indicadas. "Estas proteínas feitas em laboratório atuam como se fosse um ‘míssil teleguiado’ - que reconhece e destrói a célula cancerosa do organismo", ressalta o médico. Ainda, dependendo da extensão dos tumores e eficácia das medicações, pode haver a indicação de transplante de medula óssea.

Diante dos desafios impostos pela crescente incidência da doença, novas alternativas terapêuticas vêm surgindo para combater os linfomas, especialmente para os que não respondem aos tratamentos convencionalmente indicados. "A medicina tem avançado nos últimos anos principalmente através da terapia celular", afirma a especialista.

Ela conta que o autotransplante ,tratamento no qual é realizada uma quimioterapia mais intensa seguida pela infusão da medula do próprio paciente é uma delas. A terapia com CAR T é outra, e a principal novidade da área. Altamente especializadas, foram desenvolvidas, a partir de uma modificação genética das células, para atacar especificamente o tipo do câncer do paciente e aprovadas pela FDA (Food and Drug Administration), órgão regularizador do setor nos Estados Unidos. As drogas utilizadas nestas situações obtiveram taxas de sucesso que variaram de 50% a 80% dos casos, o que é animador.

E o recente arsenal de combate aos linfomas também incluí a imunoterapia. Com bons resultados apontados por estudos e pesquisas de referência global, o tratamento estimula o organismo do paciente a reconhecer e combater as células tumorais. "De forma bastante simplificada, podemos dizer que os imunoterápicos desativam os receptores dos linfócitos e, assim, permite que as células doentes sejam reconhecidas. Isso faz com que o organismo volte a combater o tumor - e sem causar efeitos colaterais comuns a outras medicações habitualmente adotadas nos processos terapêuticos", finaliza Mariana Oliveira.


Dia Mundial da Trombose é celebrado para prevenir, conscientizar e esclarecer dúvidas sobre a doenç

População deve ter noções sobre o risco do tromboembolismo venoso e sua importância, além de conversar com os seus médicos sobre esse assunto diante de internações ou cirurgias


No dia 13 de outubro é comemorado o Dia Mundial da Trombose, mas devemos estar em alerta para essa afecção todos os dias. A trombose é a formação de coágulos dentro dos vasos sanguíneos, onde o sangue no estado líquido se transforma numa “massa” de células e em outros elementos que podem obstruir parcialmente ou na totalidade os vasos. Os sintomas mais comuns, considerando-se as tromboses venosas de membros inferiores, são dor e inchaço da panturrilha.

O coordenador do Departamento de Doenças Venosas da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular Regional São Paulo (SBACV-SP) e membro do Subgrupo de Tromboembolismo Venosa da SBACV-Nacional, Dr. Adilson Ferraz Paschoa, esclarece que a incidência no Brasil é em torno de um a dois casos de trombose a cada mil habitantes ao ano, ou seja, até 400 mil casos por ano. Outros estudos internacionais relatam ocorrências maiores, que chegam a três casos por mil habitantes por ano.

Mas para entender melhor sobre a doença, é preciso compreender primeiro as diferenças entre os tipos de trombose. Existe a trombose arterial e a trombose venosa, e embora ambas estejam no contexto da circulação, apresentam características muito particulares.


Trombose Arterial

Na trombose arterial há um predomínio de plaquetas que geralmente se instalam sobre uma placa de cálcio ou gordura. Também, a formação de coágulos dentro do coração pode “viajar” na circulação e obstruir uma artéria à distância, processo que chamamos de embolia. “As tromboses arteriais, a depender do território acometido, podem causar o acidente vascular encefálico, infarto agudo do miocárdio e obstrução de artérias principais dos membros, podendo levar, nos casos extremos, à ocorrência de gangrena, alerta Dr. Paschoa.


 Trombose Venosa

Todavia, no escopo do Dia Mundial da Trombose, são mais relevantes as tromboses venosas, que apresentam um curso clínico bastante distinto. A obstrução de veias secundárias ou principais acomete preferencialmente os membros inferiores e, na maioria das vezes, está associada a fatores de risco. Esse tipo de trombose costuma provocar inchaço do membro e dor. Evidentemente, quanto maior for a veia acometida, maior será a repercussão clínica. Os coágulos formados nas veias contam com predomínio de células do sangue ligadas a fatores de coagulação. Esses também podem se desprender, totalmente ou em fragmentos, e atingir os pulmões, causando uma embolia pulmonar (EP). As tromboses venosas profundas (TVP), diferentemente das tromboses arteriais, raramente provocam a perda do membro. No entanto, a trombose venosa pode ser inicialmente silenciosa e a embolia pulmonar pode ser fatal.

Ele ainda chama a atenção para um aspecto muito importante: a população deve ter noções sobre o risco do tromboembolismo venoso e sua importância, além de conversar com os seus médicos sobre esse assunto diante de internações ou cirurgias.

O presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), Dr. Bruno Naves, explica que, sendo a trombose muito mais frequente em pessoas idosas, e como hoje a longevidade no Brasil é um fato, é possível realizar algumas medidas de prevenção, como evitar longos períodos na mesma posição, procurar fortalecer a panturrilha, manter uma hidratação adequada e ter uma vida ativa fisicamente. “Uma longevidade ativa e saudável é a aspiração de todos e exige atitude e informação de qualidade. É melhor cuidar da saúde do que da doença”, diz Dr. Naves.

 


Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular - SBACV


Reconstrução Mamária: Conheça os tipos de cirurgias que podem ser indicados

 Projeto de Lei amplia cirurgia plástica reparadora para todas as mutilações

#OutubroRosa

 

O tratamento do câncer de mama pode ser mutilador. Isso porque além de deformidades que a doença pode causar na mama, a paciente precisa lidar com o impacto emocional. Nos casos em que a cirurgia é indicada como parte do tratamento do câncer, existem os diversos tipos como: setorectomia, quadrantectomia, adenomastectomia, mastectomia, mastectomia radical, mastectomia radical modificada, mastectomia com preservação de pele etc. A retirada do tumor pode ser conservadora, ressecando parcialmente a mama, ou ressecando totalmente a mama, podendo ou não preservar pele e mamilo.

 

A reconstrução da mama dependerá, principalmente, do tratamento cirúrgico proposto. Quando é realizado um tratamento mais conservador, é possível utilizar os tecidos remanescentes para a reconstrução mamária, e, em alguns casos, o resultado obtido é semelhante ao de uma cirurgia estética de redução mamária ou mastopexia, e podendo optar ou não o uso de implantes de silicone.

 

Nos casos com uma ressecção mais ampla da glândula mamária pode ser necessário o uso de expansor mamário, ou até mesmo a realização de retalhos para trazer tecidos das costas ou do abdômen para refazer a mama ou cobrir e proteger uma prótese de silicone.

 

Expansor - O expansor é parecido com uma bexiga. Nele é infiltrado o soro que faz com que a pele ganhe elasticidade para que no futuro possa trocar o expansor por uma prótese de mama.

 

Quando se retira muita pele na cirurgia, pode ser necessário a mobilização de tecidos de outras regiões do corpo, que chamamos de retalho. Um dos retalhos mais comuns na reconstrução mamária é com o músculo latíssimo do dorso (ou grande dorsal), com uma ilha de pele.

 

“Outro retalho muito conhecido e utilizado é o TRAM, que é baseado no músculo reto abdominal, e possui um resultado semelhante a uma abdominoplastia. Além disso, existem outras técnicas mais refinadas de reconstrução de mama, com transplante de tecido do próprio paciente para a mama. Exemplo do glúteo e da coxa”, explica Dr. Fernando Amato, cirurgião plástico e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

 

Depois da mama, é a vez de reconstruir a aréola e a papila e isso pode ser feito com retalhos de pele do local e enxerto de pele. Uma técnica menos invasiva e que pode ser indicada pelo cirurgião também é a micro pigmentação.

 

O Projeto de Lei 9657/18, aprovado recentemente pela Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, ampliou as leis existentes para os casos de cirurgia plástica reparadora para todas as mutilações. A realização de cirurgia plástica reparadora, com ou sem o uso de dispositivo médico implantado (ex: prótese de silicone), é garantida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pelos planos de saúde. “Vale lembrar que também é direito da paciente realizar a plástica na mama sadia, para deixá-la mais parecida com a mama reconstruída”, ressalta Dr. Amato.

 

 


Dr. Fernando C. M. Amato Graduação, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica e Mestrado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Membro Titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).

https://plastico.pro/

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Instagram: https://www.instagram.com/meu.plastico.pro/


Seis dicas para uma viagem segura e livre de trombose

Divulgação

Especialista explica os motivos causadores da doença e como fazer para se prevenir durante viagens longas


Antes da pandemia de Covid-19, cerca de 300 milhões de pessoas efetuavam todos os anos viagens de longa duração – aquelas que podem durar até mais de seis horas seguidas. Com retorno gradativo da vida como conhecíamos, é esperado que, até 2023, o tráfego aéreo de passageiros tenha sua retomada – o que trará de volta aos radares cuidados que vão muito além do coronavírus. 

Apesar de tromboses poderem ser desencadeadas por inúmeros fatores, viagens aéreas de longa duração apresentam uma condição de risco, pela própria situação de pressurização no ambiente da aeronave. Outros elementos também contribuem para aumento do risco, como a estatura do passageiro, pois aqueles muito altos ou muito baixos, por conta da posição que ficam em seus assentos, podem favorecer uma compressão vascular. O uso de medicamentos para dormir podem favorecer que o passageiro fique relaxado, sem se movimentar e em uma posição que prejudique a circulação sanguínea. A desidratação, e uso de álcool em excesso, também são fatores adicionais. E aqueles indivíduos que já tiveram uma trombose anteriormente são os que mais devem estar atentos. 

A Dra. Joyce Annichino-Bizzacchi, hematologista e professora do departamento de clínica médica da Unicamp, explica que uma trombose acontece quando um coágulo de sangue interrompe a circulação de alguma veia ou artéria, comprometendo a irrigação e a função regular daquele órgão ou tecido. “Os casos são muito comuns em idosos, que vão fazer viagens longas – seja de carro, ônibus ou avião – e ficam sentados por horas a fio. No entanto, qualquer pessoa que já tenha tido um histórico pessoal ou familiar de trombose precisa estar em alerta”.  

Para uma viagem livre de preocupação, a médica listou seis dicas que ajudam na prevenção da trombose e garantem uma viagem muito mais saudável. 


Movimente-se de vez em quando 

A falta de movimento pode diminuir o retorno do sangue das pernas para o coração e, assim, aumentar o risco de uma trombose venosa profunda. Por isso, se levantar e caminhar é um passo importante no caminho da prevenção. “Se estiver em um avião, opte pelo assento do corredor, que irá permitir que você se levante com mais liberdade. Caso isso não seja possível, faça movimentos de flexão dos pés. O mesmo vale para viagens de ônibus. Agora, no caso de viagens de carro, faça uma parada a cada duas ou três horas para esticar as pernas”, afirma a doutora. 


Facilite o fluxo sanguíneo 

Existem algumas ações que podem ser feitas afim de melhorar o fluxo sanguíneo. Evitar cruzar as pernas ou usar roupas muito apertadas nas regiões da cintura e pernas ajudam a corrente de sangue a fluir com mais facilidade. “Opte sempre por roupas confortáveis e que permitem o movimento fácil, e sempre que possível evite guardar a bagagem de mão no chão, próximo aos pés. Isso porque, especialmente em a


Esteja sempre bem hidratado 

O baixo consumo de líquidos pode contribuir para que o volume sanguíneo diminua e, por consequência, fique mais grosso e propenso à formação de coágulos. No entanto, deve-se igualmente evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas. “O álcool pode interferir na maneira como o seu organismo metaboliza o sangue. Então, apesar de pequenas quantidades de bebidas alcoólicas não fazerem mal, o excesso irá contribuir para um quadro de risco para trombose”, conta a Dra. Joyce. 


Exercite-se (mesmo que sentado) 

Um dos fatores que mais contribuem para a formação de coágulos sanguíneos é a inatividade – motivo pelo qual pessoas de cama, em UTIs ou entubadas têm risco maior para trombose. Durante uma viagem longa, o passageiro, mesmo sentado, pode e deve movimentar suas pernas e pés para melhorar a qualidade do fluxo sanguíneo. “Estique pernas e braços, como uma espreguiçada, de tempos em tempos e movimente os pés e tornozelos para cima e para baixo. Uma vez a cada 30 minutos poderá ajudar na prevenção”, explica a médica. 


Use meias de compressão 

Pessoas que já tem histórico de trombose devem evitar a todo custo fazer viagens com duração superior a seis horas sem meias de compressão. Elas são desenvolvidas especialmente para aprimorar a fluidez do sangue nas pernas, exercendo maior pressão sobre os tornozelos e menor sobre os joelhos e coxas. “O paciente deve consultar seu médico para entender qual o melhor tipo de meia de compressão para seu caso específico. Dependendo do histórico pessoal, a meia poderá ficar acima ou abaixo dos joelhos”, completa. 


Evite paranoias 

É verdade que viagens de longa duração podem contribuir para a formação de trombose. No entanto, o risco pode ser contornado com atenção aos seus movimentos e orientação médica apropriada. “A viagem aérea é um fator de risco, mas existem outros mais graves que devem ter a atenção do paciente. O anticoncepcional hormonal, por exemplo, apresenta um risco muito maior. Uma cirurgia em que o paciente não foi submetido a uma profilaxia é muito mais importante”, finaliza Dra. Joyce. 


Outubro Rosa: Seconci-SP aponta os riscos e medidas de prevenção do câncer de mama

Este é o tipo de câncer mais incidente em mulheres no mundo, com aproximadamente 2,3 milhões de casos novos

 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer de mama representa 24,5% dos casos novos por câncer em mulheres em todo o mundo, atingindo cerca de 2,3 milhões de pessoas. Em razão da campanha do Outubro Rosa, o ginecologista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), dr. Wilson Kiyoshi Ueda, aponta os fatores de risco e as medidas de prevenção desse câncer, que é o mais incidente em mulheres no Brasil, perdendo apenas para os tumores de pele não melanoma. 

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que, anualmente, sejam diagnosticados mais de 66 mil novos casos de câncer de mama no Brasil e aproximadamente 18 mil pessoas irão a óbito por causa dessa doença, que também pode atingir homens, embora eles representem apenas 1% do total de casos. 

Entre os fatores de risco, segundo o ginecologista, estão: sedentarismo, obesidade, sobrepeso na pós-menopausa, consumo de bebidas alcoólicas, primeira menstruação antes dos 12 anos, primeira gravidez após os 30 anos, não ter tido filhos, menopausa depois dos 55 anos, uso de anticoncepcional (estrogênio-progesterona) e terapia de reposição hormonal (estrogênio-progesterona) depois da menopausa, além de fatores genéticos.  

“Mas o principal é a idade, pois quatro de cinco casos acontecem depois dos 50 anos. Por isso, o Ministério da Saúde estabelece que as mulheres que têm de 50 a 69 anos façam o exame de mamografia a cada dois anos, mesmo que elas não tenham sinais ou sintomas suspeitos, pois isso permite a detecção precoce do câncer”, informa o médico.

 

Sintomas e prevenção 

Dr. Ueda destaca que os principais sinais e sintomas que despertam alerta são: qualquer nódulo mamário em mulheres com mais de 50 anos, nódulo mamário em mulheres jovens que persistem por mais de um ciclo menstrual, nódulo fixo e endurecido que aumenta de tamanho em mulheres adultas de qualquer idade, caroço debaixo do braço, pele como uma casca de laranja, retração do mamilo ou, quando este for apertado, dele sair um líquido sanguinolento, e a pele da mama que descama e mesmo com tratamento e hidratação, o problema persistir. 

“Não se limite a fazer o autoexame apenas uma vez por mês, faça sempre que lembrar, principalmente durante o banho. E diante de qualquer sinal suspeito, a recomendação é procurar o quanto antes atendimento médico”, orienta dr. Ueda. 

As formas de prevenção envolvem seguir uma alimentação saudável e manter o peso corporal em níveis adequados, evitar o consumo frequente de bebidas alcoólicas, praticar exercícios físicos e amamentar, que é um importante fator de proteção. 

“As consultas anuais ao ginecologista também são fundamentais, como um procedimento de rotina, independentemente de haver algum problema. O Seconci-SP dispõe de ginecologistas, mastologistas e oferece exames de mamografia e ultrassonografia, que permitem um diagnóstico correto”, finaliza dr.Ueda. 


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