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sábado, 25 de setembro de 2021

Setembro Amarelo: Psicólogas alertam para efeitos da pandemia na saúde mental

Na edição deste ano, o tema é "agir salva vidas"; confira dicas e sinais para cuidar da saúde mental

 

A campanha Setembro Amarelo levanta nessa edição a preocupação não só sobre o suicídio como também da saúde mental, que com a pandemia do Covid-19 afetou milhares de pessoas pelo mundo. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) tem investido em ações de promoção da saúde, incluindo a saúde mental, junto às operadoras, por exemplo.

“Entendemos que a atenção à saúde mental na saúde suplementar deve ultrapassar a abordagem do quadro agudo e dos sintomas ativos, e possuir uma perspectiva ampliada e completa. Essa visão certamente tem influências positivas no atendimento aos beneficiários e é importante que as operadoras estejam atentas”, destacou o diretor-presidente da ANS, Paulo Rebello.

A ANS tem buscado induzir mudanças no modelo de atenção à saúde praticado a partir do estímulo à adoção, pelas operadoras, de práticas cuidadoras e integrais, com a implantação de programas para Promoção de Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças (Promoprev).

Thaís Alves, psicóloga clínica da CORE Psicologia, lembra que, com a pandemia da Covid-19, muitas pessoas tiveram seu quadro de saúde mental agravado. “Foram muitos fatores de estresse e outros fatos que afetaram a saúde mental de muitas pessoas tanto no aspecto profissional como pessoal. E para auxiliar nessas questões a busca por um profissional especializado pode ser de grande valia. Os atendimentos de forma online, que foram autorizados pelo conselho profissional, possibilitam acompanhar os pacientes novos e os que já vinham realizando tratamento”, destaca.

O Setembro Amarelo é uma campanha que tem o objetivo de alertar para a valorização da vida e conscientizar a sociedade para o acolhimento do outro. A ação é promovida pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina.

 

Saúde mental na pandemia

Cerca de 57%, ou seja, mais da metade da população ouvida durante pesquisa realizada pelo Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas), declarou queda no bem-estar mental e emocional durante a pandemia da Covid-19. A pandemia aumentou a procura por atendimento de saúde mental, principalmente nos atendimentos virtuais.

Segundo a psicóloga Leidiane Martinez, da Core, " É necessário ficar atento às alterações repentinas de humor e comportamento, às mudanças bruscas na rotina, isolamento social, qualidade do sono, alimentação, abandono de atividades que antes eram prazerosas ou ainda desistência de planos futuros. Caso um ou mais desses sintomas persistem, é importante que procure pela ajuda profissional, explica.
 

A pandemia, causou sim, um impacto negativo na saúde mental, ocasionando um agravamento no sofrimento psíquico e por isso se faz necessário a procura pelo profissional. Importante ressaltar que estamos no mês Setembro Amarelo que é uma campanha brasileira de prevenção ao suicídio e caso alguém precise de ajuda, entre em contato com o Centro de Valorização da Vida (CVV), também dá apoio preventivo ao suicídio através do 188. A ligação é gratuita.

 

A psicóloga Leidiane Martinez, da Core Psicologia, indica alguns pontos que podem ajudar a ter boa saúde mental:

1- Cuide da alimentação.

2-Pratique atividades físicas.

3 - Priorize o sono

4 - Mantenha contato com os animais.

5 - Dedique um tempo para você.

6 - Tenha momentos com os amigos

7 - Procure apoio especializado.

8 - Faça atividades relaxantes como meditar, escutar música, assistir filmes, ler livros, cursos online.

9 - Se estiver em trabalho remoto, faça pequenas pausas e se movimente durante o período de trabalho.

10 – Busque equilíbrio, mantenha uma organização nas tarefas diárias.

 

Mandalas terapêuticas podem reduzir a tensão no pós-pandemia

Recurso terapêutico pode ajudar a controlar o estresse e aliviar a tensão no retorno à "normalidade"

 

Depois de tanto tempo de afastamento do convívio social com familiares, amigos e colegas de trabalho, a volta da “normalidade” e a retomada das interações sociais podem provocar um certo estranhamento, desconforto e um misto de euforia e insegurança.

Essa é a avaliação da arteterapeuta Myrian Romero, coordenadora do Centro Internacional de Mandala, Arte e Simbolismo (Ceimas). “Se, para alguns, a expectativa de voltar à rotina de antes da pandemia é um fator de alívio e esperança, para outros pode ser um gatilho para o estresse”, destaca.

Para a especialista, em momentos de transição ou angústia diante do que virá no pós-pandemia, a palavra de ordem é encontrar o equilíbrio. “Atividade física, meditação, estar ao ar livre, entre outras atitudes, ajudam a controlar o estresse, mas o que de fato faz a diferença é o autoconhecimento. As mandalas terapêuticas trazem uma contribuição importante nesta jornada, pois favorecem uma enorme descarga de tensão e revelam o principal foco da angústia”, ressalta Myriam Romero.

O processo terapêutico consiste em desenhar livremente dentro do círculo, estabelecer associações livres e dialogar sobre as percepções a respeito da imagem. “Com a ajuda deste recurso, o indivíduo consegue nomear emoções e sentimentos que não estavam claros e começar a elaborar melhor questões internas”, explica a arteterapeuta.

Myrian Romero acrescenta: “Sentir um certo estranhamento em retomar o convívio social depois de muitos meses em isolamento é natural, mas quando os sintomas estão exacerbados, isso fica visível na mandala e, geralmente, o próprio paciente reage a alguns elementos revelados na imagem”.

Nesses casos, em que a situação evolui para uma fobia social, a especialista recomenda que o tratamento seja multidisciplinar, com auxílio de psicólogo e, se necessário, médico psiquiatra.

“As mandalas dão mais clareza no processo de autoconhecimento, revelando aspectos da personalidade que mais incomodam e agradam. A partir daí, o tratamento convencional, com psiquiatra e psicólogo, tende a ser mais efetivo", avalia Romero.

 


Myrian Romero - arteterapeuta e pós-graduada em Gestão Emocional nas Organizações pelo Hospital Israelita Albert Einstein e em Psicologia Transpessoal pela Associação Luso-Brasileira de Transpessoal (Alubrat). Certificada MARI® (Mandala Assessment Research Instrument) e Creating Mandala Program, ministrado em Atlanta, nos Estados Unidos, por Suzanne Fincher, autora de vários livros sobre o tema. Atualmente, é coordenadora do Centro Internacional de Mandala, Arte e Simbolismo (Ceimas) e professora em programas de Pós-Graduação.

www.ceimas.com.br


A prática de Krav Magá nos grandes filmes da indústria

Técnica é utilizada pelas vertentes da cultura pop e geek desde o início dos anos 2000


Com o avanço das tecnologias de filmes e videogames, os cenários fictícios estão cada vez mais verdadeiros. Os gigantes de bilheteria da Marvel, por exemplo, trabalham com efeitos especiais bem detalhados que oferecem aos críticos e aos fãs inúmeras cenas de luta e golpes totalmente reais.

Na criação desta nova onda cinematográfica, os stunts – dublês, em tradução livre – estão sendo cada vez mais procurados por roteiristas e diretores, e obtendo cada vez mais reconhecimento na indústria.  

Para aplicar os golpes, o Krav Magá se tornou referência devido aos movimentos simples e rápidos que podem ser desempenhados por qualquer pessoa em qualquer idade.

“O Krav Magá não exige força física e se baseia nos movimentos naturais do corpo, com golpes curtos e rápidos que visam atingir os pontos sensíveis do corpo do oponente, sendo uma ótima opção para coreografar as cenas”, explica Avigdor Zalmon, presidente da Federação Internacional de Krav Magá.

Muitos sucessos de bilheteria no início dos anos 2000 já mostravam golpes de Krav Magá nos cinemas. Confira:

Nunca Mais (2002): Para interpretar uma esposa vítima de abusos e violência doméstica, Jennifer Lopez buscou aulas de Krav Magá para aprender movimentos de autodefesa. Ao ser questionada sobre a preparação física para o filme, a atriz ressaltou a confiança que as mulheres sentem ao praticar as aulas.

Busca Implacável (2008): O queridinho da Tela Quente apresenta o ator Liam Neeson no auge dos seus 56 anos utilizando movimentos de Krav Magá na maioria das cenas de luta. O sucesso do longa foi tão grande que garantiu mais outras duas sequências.

A Grande Mentira (2010): O filme foca na história de uma agente israelense do Mossad, interpretada por Jessica Chastain, que treinou os movimentos de Krav Magá durante 4 meses. Em entrevista, a atriz descreve a luta como uma forma de sobrevivência para conseguir se defender dos perigos e voltar para casa em segurança.

O Protetor (2014): Denzel Washington treinou com a unidade de elite da Marinha dos EUA para viver o personagem principal do filme. A maioria dos movimentos utilizava a prática de Krav Magá, as quais são facilmente reconhecidas em algumas cenas.

Splinter Cell – Conviction: A menção honrosa dos games vai para a Ubisoft, que em 2009 contratou um instrutor de Krav Magá para auxiliar no desenvolvimento das cenas de ação do jogo.

A Federação Internacional de Krav Magá realiza aulas híbridas e disponibiliza vídeos com aulas gratuitas em seu canal do YouTube e em suas redes sociais.

Através dos treinos da Federação Internacional de Krav Magá, o aluno aprende a se defender, superar o medo da violência e do bullying, recuperar sua autoestima e autoconfiança e andar mais seguro na rua.

 


Federação Internacional de Krav Magá
https://www.kravmaga.org.br
Central de Atendimento (11) 97041-9797

 

Prática de meditação cresce 45% durante a pandemia

Pesquisa realizada pela V.Trends, hub de insights da Vivo, indica que 69% das pessoas que meditam usam aplicativos e 70% têm o objetivo de reduzir a ansiedade com a prática

 

Nos últimos meses, o distanciamento social trouxe uma nova realidade para a maioria dos brasileiros. Com mais sobrecarga mental e emocional, novos hábitos de bem-estar foram adotados e a meditação foi um destaque. Segundo pesquisa realizada pelo V.Trends, hub de insights da Vivo especializado em comportamento do consumidor, a pandemia aumentou em 45% o número de pessoas adeptas à meditação. O estudo mostra ainda que uma em cada três pessoas que meditam atualmente começaram durante este período. 

Entre o público jovem, de 18 a 24 anos, quase metade adquiriu o hábito nos últimos 18 meses. Já as mulheres compõem a maioria dos grupos dos praticantes, com 58%. A pesquisa quantitativa utilizou a plataforma MindMiners e MeSeems e a amostra foi de 640 entrevistados, praticantes ou interessados em saúde emocional e bem-estar, em todas as regiões do Brasil. 

O levantamento aponta ainda que os aplicativos têm sido uma opção cada vez mais usada para apoiar os praticantes da meditação, já que permitem meditar de qualquer lugar. Segundo o estudo, 69% dos que meditam utilizam um app e 90% relataram ter uma experiência muito boa no uso dos apps, sendo igual ou superior à meditação tradicional para a maior parte deles. E mais: a meditação é um hábito: 85% dizem praticar toda semana e 38% diariamente. 

A pesquisa mostra também que o uso da meditação como cuidado com a saúde emocional para relaxar, reduzir ansiedade, melhorar o sono e a concentração são os principais motivos que levam os moradores de grandes centros urbanos a meditar. Pessoas que mantêm este hábito apresentam uma disposição maior em buscar tratamentos para saúde emocional. Dos entrevistados, 70% afirmaram praticar meditação para reduzir a ansiedade e 68% demonstraram preocupação com a saúde mental, principalmente as mulheres (76%) e o grupo de pessoas com 25-34 anos (75%), que declaram se preocupar muito com o emocional.

 

App Vivo Meditação tem versão gratuita 

Para incentivar a prática da meditação, desde 2017, a Vivo oferece o app Vivo Meditação. O aplicativo tem uma versão gratuita, com a qual qualquer pessoa – inclusive quem não é cliente da Vivo – tem acesso a mais de 100 meditações. Agora, atenta a esse maior interesse da sociedade sobre tema, durante o mês de setembro a Vivo liberou o acesso gratuito a uma coleção de 11 meditações que estariam disponíveis apenas na versão paga do app. Guiadas pela voz marcante do monge Satyanatha, elas tratam de temas como “encontrar o melhor de si”, “acalmar o pensamento”, “descobrir a paz”, “amar a vida”, entre outros. A ação tem o objetivo de incentivar a prática durante o Setembro Amarelo, uma vez que as meditações podem apoiar na capacidade de lidar com estresse e ansiedade, e até mesmo a depressão. 

O Vivo Meditação registra mais de 2 milhões de downloads desde o seu lançamento, em 2017, e sua versão completa tem mais de 1 mil meditações, que tratam de temas como “dormir melhor”, “acalmar o pensamento” e “controlar a ansiedade”, e são uma ferramenta de apoio para o enfrentamento de momentos difíceis, como durante o isolamento social. O aplicativo está disponível para Android e iOS.

 

Dr. Sérgio Barrichello explica as causas da compulsão alimentar?

CEO da HealthMe e endoscopista bariátrico, explica as características do transtorno 

 

A compulsão é uma das doenças psiquiátricas mais presentes no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a compulsão alimentar atinge cerca de 2,5% da população mundial. No Brasil, 4,7% da população têm algum tipo de transtorno alimentar, sendo mais recorrente entre jovens de 14 a 18 anos. Cerca de 49% das pessoas que apresentam o transtorno são obesas, sendo que 15% são obesas mórbidas.

O transtorno, causado por uma ingestão muito grande de alimentos em um curto período de tempo, vem sempre acompanhado da sensação de total descontrole. A pessoa fica desesperada por não conseguir parar e isso causa um nítido sentimento de descontrole. Essa sensação, por sua vez, desencadeia uma vergonha muito intensa, uma culpa por ter feito algo que sabia que não podia.

Sérgio explica que o diagnóstico da doença é baseado em questões comportamentais. "O diagnóstico de compulsão alimentar é dado a partir desses episódios pelo menos duas vezes por semana nos últimos 6 meses. Alguns dos sintomas do compulsivo são descontrole, vergonha e culpa por ter comido, mentiras sobre a doença, alívio por comer, irritabilidade quando não consegue comer e obsessão por comida. O compulsivo sofre antes, sente prazer em comer e depois sofre novamente com a culpa", destaca o médico, completando que outro fator relevante é que esses pacientes não têm ação compensatória, ou seja, não provocam vômito ou mesmo usam laxantes.

A compulsão alimentar também está ligada à neurotransmissores, como a dopamina. Esses neurotransmissores têm algumas características alteradas que fazem o indivíduo ter essa compulsão com mais frequência. Ou seja, não é uma coisa apenas psicológica, existe química envolvida. Por isso, o tratamento psiquiátrico é importante nesse quadro todo. É importante destacar que, além dessas características neurológicas, existem os gatilhos comportamentais. O acesso muito fácil a comida também colabora nesse quadro, além de alguns fatores genéticos.

O transtorno pode começar por causa de crises de ansiedade ou problemas hormonais. Por exemplo dietas restritivas, perda de um ente querido, perder o emprego ou ficar sem dinheiro. Durante a pandemia, essas foram as preocupações da grande maioria da população no Brasil e os casos de distúrbios dispararam. O isolamento social teve impacto direto no aumento desse transtorno na população, com os índices de mortes e desemprego cada vez maiores, mais pessoas começaram a apresentar sinais de ansiedade, problemática que tem ligação direta no desenvolvimento do transtorno.

 

Setembro amarelo e os subprodutos do estilo de vida trazido pela pandemia: ansiedade, compulsões e sedentarismo

O confinamento já está trazendo a conta: transtornos de ansiedade, dor nas costas, ombros curvados e compulsões alimentares


A pandemia trouxe diversas alterações para o dia a dia da população mundial, sendo a principal delas o aumento do sedentarismo e problemas de saúde mental, com consequências graves à saúde como um todo. Na Docway, empresa de saúde digital que oferta soluções completas de telemedicina para empresas de todos os segmentos, de 2020 para 2021, houve um crescimento de 470% no número de pacientes diagnosticados com quadros de ansiedade e depressão, sendo que ainda há 4 meses pela frente. Em números absolutos, foram 1.593 casos no ano passado versus 9.104 até o momento – quase 6 vezes mais que em 2020.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que o sedentarismo é culpado por cerca de 5 milhões de vidas perdidas ao ano, as quais poderiam ter sido evitadas se a população fosse mais ativa. “O benefício da atividade física é vasto, influenciando no funcionamento correto de todo organismo, assim como na saúde mental de cada pessoa”, conta o médico especialista em medicina esportiva que atende pela Docway, Breno Lintz. Segundo ele, o fechamento de áreas de lazer e a diminuição da exposição solar somados ao distanciamento social e o medo do ‘desconhecido’ formaram uma combinação certeira para a piora da saúde mental, com casos de ansiedade e depressão aumentados neste período.

“Normalmente, o paciente que sofre de ansiedade acaba procurando alívio em três áreas que também são prejudiciais à saúde: o álcool, as drogas e a comida em excesso. Tudo isso somado ao sedentarismo tem um impacto enorme na saúde, levando a uma piora no quadro geral do paciente, com o aumento do risco cardiovascular, aparecimento da síndrome metabólica, diabetes mellitus, hipertensão, hipercolesterolemia, entre outros”, explica. 

Desde o início da pandemia, o médico observou um aumento significativo na demanda de pacientes com transtorno misto ansioso depressivo, uma vez que sofreram pela influência da pandemia com o distanciamento social, com o medo de se contagiar ou contagiar o próximo e com a perda de emprego e o dano econômico envolvido. “Isso afetou principalmente as pessoas que já sofriam alterações leves, mas acometeu também pessoas que nunca tiveram qualquer problema relacionado a sua saúde mental”, diz Lintz.

Para o médico, a prática esportiva, seja em casa ou ao ar livre, somada a reeducação alimentar são o foco principal para a solução de boa parte dos problemas de saúde, sem esquecer do apoio à saúde mental. “Em todos os casos, o acompanhamento por profissionais de saúde é essencial”, afirma. Na opinião do médico, a telemedicina é necessária: “Neste período, a telemedicina tem sido fundamental para manter e assegurar a saúde do indivíduo, principalmente por levar direcionamento saudável a todos, sem barreiras territoriais, incluídas às áreas que não possuíam suporte de profissionais habilitados”, conta.

Outro grande problema, apontado pelo médico, foi o aumento de perfis não especializados nas redes sociais que, na busca por seguidores, passaram a veicular conteúdos falsos que desinformam mais do que informam, favorecendo os malefícios à saúde geral. “Por essa razão, sempre afirmo a importância de seguir um plano de tratamento individualizado e nunca realizar dietas ou uso de medicação sem ser instruído por um profissional de saúde capacitado”, finaliza o parceiro da Docway, Breno Lintz.


Pesquisas comprovam que crianças bilíngues têm mais facilidade para aprender

Divulgação / Colégio Positivo
Neurociência aponta maior plasticidade do cérebro das pessoas bilíngues, que significa melhor adaptabilidade em diferentes circunstâncias, maior capacidade de concentração, autoconfiança, autocontrole e memória

 

Novos estudos na área da neurociência podem explicar o aumento impressionante da procura por escolas bilíngues - e a multiplicação dessas instituições na mesma velocidade. Isso porque os neurocientistas mostraram que a translinguagem proporcionada pelo bilinguismo é uma das melhores formas de desenvolver a plasticidade do cérebro, ou neuroplasticidade, que é a capacidade de mudança e reorganização dos neurônios de acordo com mudanças ambientais, experimentais, sociais e físicas. "Isso se deve, em grande parte, ao treinamento que nosso cérebro recebe ao alternar entre um idioma e outro ao decidir como se comunicar", explica a coordenadora do Ensino Bilíngue do Centro de Inovação Pedagógica, Pesquisa e Desenvolvimento do Colégio Positivo (CIPP), Ana Paula Teixeira.

Um estudo da Universidade de Stanford chamado Bilingual Brains revela que, por estimular a neuroplasticidade constantemente, crianças bilíngues têm maior habilidade de bloquear distrações, reter a atenção e priorizar, analisar, focar e organizar a informação. O neurocientista Andrea Mechelli, da University College London, mostra que falar duas línguas provoca mudanças anatômicas no cérebro, aumentando a densidade da massa cinzenta – e ainda: quanto mais cedo as crianças aprendem o segundo idioma e quando maior a proficiência, maior a massa cinzenta.

Em comparação com os monolíngues, as crianças bilíngues estudadas, que tiveram de cinco a dez anos de exposição bilíngue, alcançaram médias mais altas no desempenho cognitivo nos testes e maior foco de atenção, resistência à distração, tomada de decisão, julgamento e capacidade de resposta ao feedback. A neuroimagem correlacionada dessas crianças revelou maior atividade nas redes do córtex pré-frontal que direcionam essas e outras funções executivas que apoiam o comportamento orientado para metas, incluindo direcionamento do foco atento, priorização, planejamento, automonitoramento, controle inibitório, julgamento, memória de trabalho (manutenção e manipulação de informações) e análise.

Pesquisas na Universidade de Cambridge aumentam as evidências de que bilíngues têm vantagem em habilidade cognitiva, interação social e habilidades de comunicação. No Brasil, o Colégio Positivo conta com ensino bilíngue em 14 unidades no Paraná e em Santa Catarina. “Além de todos os benefícios cognitivos, o ensino bilíngue desperta nos alunos a sensibilidade intercultural, ampliando as perspectivas desses alunos, favorecendo que saibam se colocar no lugar do outro, entendendo melhor a sua própria realidade, seus valores, suas crenças e percebendo a realidade do outro como algo a ser visto com menos estranheza, e mais aceitação", revela a coordenadora.


Nomofobia: conheça o medo de ficar sem celular e os riscos causados pelo vício no aparelho

Você já ouviu falar em nomofobia ou no-mobile? O nome pouco conhecido refere-se a uma fobia que tem crescido em todo o mundo. Trata-se do medo irracional de ficar sem o celular. Esse medo também é conhecido como síndrome da dependência digital. Pesquisa publicada pela Digital Turbine mostra que 20% dos brasileiros não ficam mais de 30 minutos longe do celular.

Para o psicólogo Davi Alves, professor do curso de psicologia da Faculdade Pitágoras, o avanço tecnológico é um dos fatores que contribuem para a dependência. "A cada dia surgem aparelhos celulares com as mais altas tecnologias. Reforçando a necessidade em estar sempre perto de um celular, pois nele se resolve tudo: trabalho, estudos, entretenimento e compras. Com isso, cria-se o hábito de estar no celular. A todo tempo somos reforçados a emitir esse comportamento e quando nos percebemos distante dele é como se deixássemos de viver ou de estar conectado com o mundo", explica o docente.

O estudo da plataforma de mídia também apontou que 92% dos brasileiros fazem compras pelo celular e que desse percentual 30% passaram a comprar ainda mais pelo aparelho móvel após o início da pandemia. Davi Alves ressalta que apesar da comodidade ofertada pelos aparelhos, é preciso ficar atento aos sinais que indicam vício. "Quando a pessoa percebe que não está conseguindo fazer coisas que não estejam vinculadas ao uso imediato do celular é preciso atenção. Por exemplo, a pessoa vai a um aniversário e tem a sensação de que ali está chato por ter que conversar ou emitir outros comportamentos que não dependem do celular. Estudando, namorando, comendo ou fazendo outra atividade e ao mesmo tempo olhando o celular e verificando mensagens. Ou seja, quando existe um condicionamento da vida ao uso do celular".

Levantamento do Google mostra que 73% dos brasileiros não saem de casa sem os seus dispositivos. O psicólogo ressalta que o uso exagerado do aparelho pode trazer consequências. "Elas são diversas e na maioria das vezes terríveis quando lembramos que somos uma espécie que vive em comunidade e para que essa comunidade exista de forma sólida e saudável é importante que seus membros se relacionem. Essa relação, em parte, pode ser até realizada via celular, mas o aparelho não responde às necessidades de relação que o homem precisa. Com isso, percebemos relações frágeis entre amigos, familiares, entre alunos e professores, entre relações amorosas. São pessoas preferindo fazer uso do celular à interação presencial. Estamos rompendo com um princípio, em que o viver em comunidade está sendo trocado para o viver uma vida mais individualizada e com menos contato possível".

O profissional da saúde explica que é preciso analisar as consequências do uso descontrolado e os prejuízos desse comportamento. "De acordo com a magnitude desse comportamento socialmente disfuncional, a ajuda de um psicólogo é indispensável e certamente o processo terapêutico vai ajudar esse sujeito a melhorar esse vício em um contexto de reflexão. Onde se possa compreender quais são os reforçadores desse comportamento, bem como propor ao sujeito outras possibilidades".

Davi Alves pondera que o problema não é a tecnologia em si, mas a maneira como nos relacionamos com ela, já que o celular é um item quase que essencial para muitas pessoas que usam para trabalhar e estudar. Ele defende que o uso deve ser de forma saudável para que o aparelho seja um auxílio e não uma dependência. "Quando a função de algo é clara para o sujeito, ele consegue estabelecer uma relação baseada em clareza. Se o celular é para trabalhar, importante definir qual o horário de trabalho. Se for para estudar, limitar o horário de estudo. Se usado para manter relações afetivas, definir quanto tempo do seu dia será dedicado a isso. Quando temos clareza da função, melhor controle podemos exercer sobre esses comportamentos", conclui o psicólogo.

 


Faculdade Pitágoras

https://www.faculdadepitagoras.com.br e https://blog.pitagoras.com.br/category/noticias/.

 

Kroton

https://www.kroton.com.br


Muita calma nessa hora!

 Pensamentos divergentes devem resultar em questionamento, e não em agressão


Recentemente, o Brasil presenciou uma severa troca de ofensas durante os depoimentos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que apura a suposta aquisição fraudulenta de vacinas.

Não quero fazer nenhum juízo de valor, se você é contrário ou a favor de qualquer tipo de discussão, ou se é favorável ao partido A ou ao partido B, mas o que importa é o fato da discussão ter ficado acalorada por conta de divergências políticas. A “paixão” com que você defende um determinado ideal pode impactar de forma positiva ou negativa a sua imagem.

Episódios deste tipo só ocorrem no trabalho quando não há um ambiente sólido, pautado pela transparência. E isso pode ocorrer em muitas empresas, com uma troca de acusações ou palavras que não fazem sentido no mundo corporativo.

Para evitar que isso aconteça, é preciso ter transparência na comunicação. E essa é a primeira dica. É possível sempre destacar um determinado ponto de vista, mas como diz a filósofa brasileira e amiga, Terezinha Rios, ponto de vista nada mais é do que a vista a partir de um ponto.

Não somos donos de uma verdade absoluta. Porque muitas vezes, numa discussão entre duas pessoas, seja na família ou no ambiente corporativo, às vezes queremos ganhar a discussão e não necessariamente descobrir ou entender o ponto de vista da outra pessoa.

Por isso, meu convite é para que você faça essa reflexão com sua equipe. Será que eu entendo necessariamente o ponto de vista do outro?

Talvez, as minhas experiências de vida, aquilo que já vivi ou estudei, me levam a acreditar que esse é o caminho melhor. Talvez para a outra pessoa, pelas experiências dela, que são completamente diferentes das suas, façam ela acreditar que o outro caminho é o melhor.

Mas qual é o melhor caminho? Não existe caminho certo, afinal, tem a minha verdade, a sua verdade e a verdade de verdade.

A partir do momento que tenho a transparência como pilar fundamental das relações de trabalho, eu entendo a realidade do outro. E mesmo que o outro não concorde comigo e vice-versa, eu respeito. E a partir do momento em que a relação é pautada pela transparência e pelo respeito, eu entendo e não ataco.

O ataque, de certa forma, pode ser um objeto de defesa. É a forma que algumas pessoas usam para se defender de uma acusação ou de uma situação. No calor da emoção, quando simplesmente abrimos a boca para falar o que muitas vezes temos vontade, é grande a chance de sermos julgados. E, no caso de uma CPI, não só julgados pelas pessoas que estão lá, mas também por milhões que assistem e depois verão a notícia, o que pode afetar a reputação dos envolvidos.

Então se você quiser dentro do seu ambiente de trabalho, no seu dia a dia, evitar esse tipo de situação para não chegar ao extremo de falar sem pensar e depois ter que fazer um pedido de desculpas, você precisa entender que do outro lado tem alguém com experiências diferentes e que talvez possa pensar de forma diferente. Afinal, ponto de vista nada mais é que a vista a partir de um ponto e as perspectivas que podemos trazer para nossa vida também são diferentes para mim, para você e para todas as outras pessoas.

A divergência de opiniões tem relação direta com a diversidade, que se tornou o motor da inovação nas organizações. E quanto mais pensamentos divergentes eu tenho dentro de uma organização, maior a chance de inovar, mas as corporações só conseguem atingir esse estágio quando há respeito e transparência. Se não houver esses dois itens, acontece a agressão que pode resultar um grande problema.

Quando falo em diversidade, não é simplesmente pensar em colocar pessoas numa equipe que têm valores diferentes. Refiro-me colocar numa equipe profissionais com valores semelhantes, mas pensamentos divergentes e ao questionar se essa é uma “linha correta”, talvez nós encontremos um ponto que seja similar e vai fazer com que a empresa cresça e a equipe evolua.

É possível criar um ambiente diverso e com respeito. Mesmo quando não concordar com uma situação, você vai respeitar a outra opinião. E em alguns momentos, talvez vá adiante com sua ideia, mas em outros, vai abrir mão para apoiar outras pessoas. O que não pode, em hipótese alguma, é faltar com respeito. Sem machismos, sem achismos e muito menos querer impor aquilo que pensa, como se fosse a verdade absoluta.

 


Alexandre Slivnik 


Psicóloga da Escola da Inteligência explica como identificar sintomas de depressão em crianças e jovens e o que fazer

Especialista detalha que é fundamental criar uma rede de apoio que ofereça segurança em expressar seus sentimentos de forma a evitar o isolamento e até mesmo o suicídio

 

Pesquisa do IBGE revela que as meninas estão sentindo mais a saúde mental negativa do que os meninos. O estudo foi realizado com adolescentes de 13 a 17 anos e informa que para 29,6% das meninas a vida simplesmente não vale a pena. Entre os meninos, o índice daqueles que também pensam da mesma forma está em 13%. Cerca de 40% das meninas não aceitam o próprio corpo, enquanto que entre os garotos o número chega a 24,5%. Outro ponto de atenção é com relação ao bullying na escola: 57,8% das meninas e 20% dos meninos disseram já ter sofrido. Esses são indícios de que jovens e adolescentes podem estar com quadro de depressão.

 

A psicóloga e consultora Educacional da Escola da Inteligência Ana Lídia Zerbinatti informa como perceber os sintomas de depressão e, principalmente, de como colaborar com quem precisa, mas que não consegue pedir ajuda. “Para evitar que este quadro se agrave mais, é fundamental estar próximo, dar atenção e ter um acompanhamento médico. Isso envolve a participação direta da família, amigos e professores”, explica.

 

Para facilitar a identificação dos sintomas e saber o que deve ser feito para ajudar os adolescentes neste momento tão difícil, Ana Lídia traz dicas que podem ser colocadas em prática pelas pessoas próximas. A seguir estão os detalhes:

 

1.     Saber o que é a depressão e quais fatores a desencadeiam

A depressão é uma doença multideterminada. Não existe uma única causa, mas um grupo delas. É a resposta do nosso organismo para um conjunto de fatores quando passamos por perdas significativas na nossa vida. Por exemplo, traumas físicos e/ou emocionais; problemas familiares, acadêmicos, no relacionamento, entre outros. Isso traz mudanças ao estado psíquico da pessoa até o ponto em que ela acaba adoecendo. Ou seja, uma desestrutura na rotina, da perda de sentido, significado e de propósito na vida dessa pessoa.

 

2.     Tomar cuidado com a massificação das redes sociais

Os maiores índices de depressão, automutilação e suicídio entre crianças e adolescentes estão correlacionados com a massificação do acesso às redes sociais. Por exemplo, segundo investigação do jornal norte-americano The Wall Street Journal, um relatório interno realizado pelo Facebook informa que o Instagram, que faz parte da mesma empresa, está relacionado a danos à saúde mental de adolescentes. O estudo informou que 13% dos usuários britânicos e 6% dos norte-americanos relataram ter pensamentos suicidas em decorrência do uso do aplicativo. Este pode ser um indicativo do perigo do uso excessivo das redes sociais porque pode proporcionar a perda de referência do que é próximo da realidade dele. São padrões excessivos de felicidade, sucesso, beleza inacessíveis que podem levar à depressão.

 

3.     As consequências na saúde mental ocasionadas pela pandemia

A pandemia trouxe uma perda muito grande na rotina de socialização. Momentos de lazer foram prejudicados e isso pode ocasionar problemas de saúde mental. O primeiro passo é que as famílias observem seus filhos, como se comportam, expressam suas emoções, quem são seus amigos. Quanto mais a gente conhece, mais tem vínculo familiar e consegue se aproximar para fazer a intervenção e estar atento aos sinais. É muito comum ouvir de famílias que sofrem com casos de depressão, de automutilação ou mesmo de suicídio que o jovem não falou nada. Muitas vezes, a gente não está prestando atenção nos sinais daquela depressão

 

É importante conhecer os sintomas da depressão e, principalmente, seus filhos porque o que mais se destaca é a mudança de comportamento daquela criança ou adolescente. Geralmente, é uma apatia, falta de vontade de fazer as coisas. Porém, faz parte do comportamento dos jovens, principalmente os adolescentes, ficarem mais entediados e com falta de interesse. Por isso, não é apenas a mudança em si, algo que acarreta em prejuízos para aquele jovem. Por exemplo, se a família começa a perceber que a pessoa não quer mais sair com os amigos, perdeu o interesse em atividades de que antes gostava, reclama de ter que ir à escola, começa a ter dificuldade na escola, perda ou excesso de peso e sono. A partir de qualquer desses indícios, é preciso ficar atenta.

 

4.     A importância da relação integrada entre família e escola

A escola também precisa conhecer seus alunos, estar atenta a esses sinais e fazer os encaminhamentos adequados. A escola deve orientar a família. O mesmo vale para a família e ambos precisam atuar de forma conjunta. A disciplina de educação socioemocional ajuda a prevenir para que o aluno possa se conhecer melhor, expressar o que sente, se aproximar mais dos amigos, família e professores, conseguir pedir ajuda quando necessário, gerenciar e reduzir situações de estresse. É importante que a pessoa com depressão tenha um acompanhamento médico porque se trata de uma doença e que as pessoas em volta criem uma rede de apoio ao paciente. É papel da família, escola e amigos estar presente, incentivar e acompanhar o tratamento porque mostra à pessoa que ela não está sozinha.

 

 

Escola da Inteligência

 

Dia Mundial de Combate ao Estresse: especialistas reforçam cuidados com o problema em tempos de pandemia

Confira como a alimentação e atividade física podem ajudar a evitar e tratar o estresse

 

Em um mundo onde o estresse muitas vezes domina, principalmente em uma pandemia, fica difícil encontrar alguém que não viva momentos de ansiedade, tornando-se uma preocupação real de saúde pública. Pensando nisso e em conscientizar a população dos cuidados com o problema, nesta quinta-feira (23), é lembrado o Dia Mundial do Combate ao Estresse, problema que pode aumentar o risco de derrame, e outros problemas cardíacos.

Uma pesquisa, publicada no jornal da Associação Americana do Coração (AHA, na sigla em inglês), no dia 13 de setembro, revelou que dobrar os níveis de cortisol (hormônio do estresse) sozinho - mas não de norepinefrina, epinefrina e dopamina - foi associado a um risco 90% maior de sofrer um evento cardiovascular.

Mas como combater este mal? Será que a alimentação e atividade física podem ajudar? Nesse sentido, já é bem conhecido que uma alimentação adequada é um fator determinante no auxílio do combate às consequências dos estímulos estressores e outras doenças, uma vez que a saúde intestinal participa diretamente na produção e liberação de precursores para neurotransmissores como o triptofano, serotonina e o GABA, que uma das suas principais funções é minimizar o estresse e ansiedade.

A psicóloga e professora do Centro Universitário de Brasília (CEUB), Ciomara Schneider, explica que o estresse não tem cura porque está ligado às pressões externas, como família, trabalho e estudo. Mas há formas de combater o estresse e minimizar o efeito, com exercício físico e uma alimentação equilibrada e saudável.

"Ele está no cotidiano, e por isso não há cura, é necessário estar sempre controlando a forma que reagimos aos momentos de estresse e procurar ajuda profissional", pondera. Ela continua: "o corpo e a mente de cada um reage ao estresse de forma muito singular de acordo com a personalidade e a rotina de cada um".



Para modular o estresse diário, procure seguir as seguintes dicas:


- Peça ajuda sempre que necessário.
- Saia da inércia, se tiver indicação, pratique exercícios físicos!
- Coma comida de verdade.
- Descasque mais e desembale menos.
- Aumente a hidratação, beba água!
- Aumente o consumo de vegetais verdes escuros.
- Tenha uma alimentação variada e colorida.
- Aumente o consumo de alimentos ricos em ômega 3 (peixes de águas profundas).
- Consuma alimentos ricos em magnésio (semente de abóbora, nozes, abacate e amêndoas).


Alimentação

A nutricionista Ana Acioli de Queiroz, do Hospital Anchieta de Brasília, explica a importância de uma boa alimentação e não cair em tentações de prazer alimentício imediato. Para ela, é crucial reforçar que os alimentos usualmente procurados como válvula de escape, são os que promovem uma sensação de bem-estar imediato, entretanto, são os principais promotores do estresse e inflamação. "São exemplos deles o açúcar, cafeína, alimentos gordurosos (frituras), farinhas refinadas, embutidos e álcool", cita.

Vale lembrar que as pessoas com transtornos mentais, seja transitório ou não, se encontram em um estado de inflamação crônica. "Estudos apontam que um intestino saudável e com diversidade microbiológica promove redução da inflamação periférica e, consequentemente, redução da neuro inflamação, auxiliando nos sintomas de depressão e estresse", ressalta.


Atividade física

O profissional de educação física, da Bodytech Goiânia, Evandro Carniato, ressalta que o exercício é um tratamento anti-ansiedade natural e eficaz, pois alivia a tensão e o estresse. Ele aumenta a energia física e mental e melhora o bem-estar através da liberação de endorfina. "Exercitar é uma maneira eficaz de quebrar esse ciclo", pontua. "Além de liberar endorfinas no cérebro, a atividade física ajuda a relaxar os músculos e aliviar a tensão no corpo. Uma vez que o corpo e a mente estão intimamente ligados, quando seu corpo se sente melhor assim, também, sua mente", conclui
.

 

Setembro Amarelo: Depressão X Alimentação

Dieta rica em carboidratos refinados, fast food e refrigerantes aumenta em até 41% o risco

 

Mulheres cuja dieta inclui mais alimentos inflamatórios, como bebidas açucaradas, refrigerantes, grãos refinados, carne vermelha e margarina, além de pobres em alimentos anti-inflamatórios, como vinho, café, azeite de oliva e verduras e vegetais verdes e amarelos têm um risco maior de sofrer com depressão. É o que afirma um estudo realizado por pesquisadores da Harvard School of Public Health (EUA).

Os cientistas descobriram que as mulheres que bebiam regularmente refrigerantes, comiam carne vermelha ou grãos refinados – além de consumirem raramente  vinho, café, azeite e legumes – eram de 29% a 41% mais propensas de ser deprimidas do que aquelas que fizeram uma dieta menos inflamatória. Pesquisas anteriores sugeriram uma ligação entre a inflamação e a depressão, mas a associação entre o padrão alimentar inflamatório e depressão era desconhecida. Estudos têm relacionado inflamação excessiva a doenças cardíacas, AVC, diabetes, câncer e outras condições.

O consumo exagerado de gorduras trans está diretamente relacionado a um maior risco de depressão, “Isso acontece porque o excesso de gorduras trans e saturadas em nosso organismo aumentam a produção de citocinas, moléculas pró-inflamatórias que causam o mau funcionamento dos neurônios”, afirma a Dra. Luanna Caramalac.

Já os refrigerantes são ricos em substâncias que podem interferir nas atividades do nosso organismo de forma negativa. “As pessoas que tomam refrigerante com frequência acabam favorecendo o aparecimento de doenças como depressão,” alerta a nutricionista

Outro fator para se preocupar é a insatisfação com o corpo que pode levar tanto à depressão em relação aos transtornos alimentares. “Ou seja, ter  uma alimentação desregrada, compulsiva e rica em gorduras ou insuficientes em nutrientes, irá favorecer esse quadro depressivo podendo desencadear uma anorexia ou bulimia, principalmente em jovens e adolescentes”, informa Caramalac.

Por fim, a ingestão frequente de fast food pode afetar negativamente a saúde mental de um indivíduo. Sendo assim, ter padrão alimentar baseado em carnes processadas e aditivos alimentares (corantes, conservantes etc.) dobra o risco de depressão na meia idade. “É importante ressaltar que as gorduras presentes nesses alimentos em excesso cultivam outros hábitos que favorecem a depressão, como sedentarismo, tabagismo e baixo consumo de frutas e legumes”, finaliza a nutricionista Luanna Caramalac.

 


Dra. Luanna Caramalac Munaro - CRN-3 49383 - Nutricionista pela UNIDERP, pós-graduada em nutrição clínica funcional, pela VP – Centro de Nutrição Funcional, pós-graduanda em adequação nutricional e manutenção da homeostase, pós-graduanda em nutrição comportamental pela IPGS, formação em modulação intestinal. Atua na área integrativa com foco em prevenção e tratamentos de doenças crônicas degenerativas e emagrecimento saudável.


Depressão em mulheres: a cura através do som

Os números comprovam: a incidência de doenças psicológicas, como a depressão, é cada vez maior no século XXI. Um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que o número de casos de depressão aumentou 18% entre 2005 e 2015: são 322 milhões de pessoas em todo o mundo, na maioria mulheres. No Brasil, a depressão atinge 11,5 milhões de pessoas (5,8% da população).

É o mundo VUCA, regido pela complexidade, volatilidade, ambiguidade e incerteza, que contribui para o crescimento de distúrbios psicológicos.

A doença é uma das principais causas de incapacitação no mundo, limitando o funcionamento físico, pessoal e social. É caracterizado pela tristeza e possui sintomas como falta de apetite, insônia, baixa autoestima e humor deprimido. Quando não diagnosticado e tratado, nos casos mais graves, a depressão pode resultar em suicídio.

Por isso a importância de campanhas como o Setembro Amarelo, da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), cujo objetivo é conscientizar e previnir o suicídio no Brasil. Trabalhos de conscientização como este transformam; refletir em conjunto e conversar abertamente sobre este tema é imprescindível para nortear o tratamento da doença, buscando possibilidades para todos.

Uma das formas de se cuidar e cuidar do outro pode ser por meio da utilização da música. Linguagem que pode curar, elevar, acalmar, iluminar, fortalecer, estimular, confortar, encorajar, animar e, ainda, fazer perguntas estimulantes e dar respostas satisfatórias.

A música expressa a dinâmica da personalidade humana, a qualidade do ser, difícil de ser captada por palavras, que são limitadas para explicar a música - que por si, expressa o significado da experiência. Estudos científicos têm reforçado a noção de que a ressonância é a base para a cura por meio do som e da música. O valor terapêutico? Está na capacidade da música produzir efeitos nos mais variados níveis do ser humano.

A musicoterapia desloca o foco da doença para o núcleo saudável da pessoa. Transforma as impossibilidades em possibilidades. Tristeza e depressão dão lugar à alegria e relaxamento. O que antes sofria disfunção no corpo, após a música gera um equilíbrio. Mas não é simplesmente prescrever que alguém escute a música preferida e a depressão deixará de existir, devem ter padrões de frequências sonoras estudadas, harmonizadas e escolhidas para produzirem o efeito necessário em cada caso.

A melhor ajuda que o tratamento pode proporcionar é que torna os obstáculos da doença mais amenos e mais fáceis de serem ultrapassados. Ao estabelecer um diálogo interdisciplinar entre musicoterapia e a cura de doenças, é possível colher resultados benéficos para o corpo e para a saúde da mulher. Uma terapia como esta pode ajudar na compreensão dos desejos e necessidades e criar os meios para cuidar de si mesma.

 


Juliana Marinho - formada em Relações Públicas pela Faap, Pós-graduada em Psicologia Positiva e Ciência do Bem-estar pela PUC-RS e cursou Civilização Francesa na Université de la Sorbonne, em Paris. Ela também é escritora com quatro livros publicados. Seu novo lançamento, A Melodia dos Sonhos, aborda a musicoterapia como tratamento para a ansiedade e fobia social.

 

10 dores que indicam que está na hora de repensar sua vida profissional

Ghoeber Morales, psicólogo e mentor de carreira, listou quais são as situações e sinais mais comuns em pessoas que escancaram a infelicidade no ambiente de trabalho. 


O que dá sentido à sua vida e como a sua profissão está inserida nela? Nos dias de hoje, é comum observar pessoas que, após alguns poucos anos atuando em uma mesma empresa ou segmento, já chegam ao estágio de repensar o que estão fazendo. Questionam-se se há reconhecimento profissional, se estão se sentindo desafiadas, se seus valores pessoais estão sendo preenchidos, se é possível fazer mais do que se tem feito e até mesmo colocam em dúvida se estão tendo sucesso na profissão. Tais indagações podem sinalizar que algumas coisas não estão mais fazendo tanto sentido. É aí que o desejo de realizar mudanças aflora.

 

“No geral há um sentimento de autoestima e autoconfiança baixos, o que faz a pessoa ficar travada e paralisada, se comparando às outras pessoas, preocupada com o julgamento alheio e sentindo que ‘a vida não está andando’ o quanto poderia estar. A pandemia escancarou muitas sensações que já existiam e, para alguns, foi o gatilho para a decisão de mudar”, comenta Ghoeber.

 

Ao longo de 17 anos estudando e trabalhando com o comportamento humano, Ghoeber Morales identificou 10 dores recorrentes em pessoas que estão insatisfeitas profissionalmente e que desejam mudar, mas ainda estão presas em alguns paradigmas. São elas: 

1 – Falta de sentido na vida profissional

2 – Baixa autoconfiança

3 – Baixa autoestima

4 – Medo do julgamento alheio

5 – Desejo de ter mais autonomia no trabalho

6 – Procrastinação

7 – Insatisfação com o salário

8 – Falta de equilíbrio entre vida pessoal e profissional

9 – Má gestão do tempo

10 – Falta de assertividade (dificuldade de dizer não e defender o que de fato deseja) 

“O medo existe em todos nós. De continuar no mesmo lugar (fracassado ou num lugar menor do que ele merece/pode estar); de não atingir o sucesso almejado, de se sentir e ser visto pela sociedade como incompetente/perdedor/fracassado, e o medo de mudar também. Ele está ali, impedindo as ações, mas ao destravar esses sentimentos, vemos pessoas se sentindo mais “adequadas” e mais “pertencentes” ao que é esperado delas (na verdade ao que eles mesmos desejam deles). Elas se reconhecem e se orgulham mais de si mesmas”, acrescenta o doutor.

E como dar o primeiro passo? Como vencer o medo de ser um agente de sua própria mudança? 

“Primeiro é preciso sair do comodismo e começar a se mexer. O apoio profissional nesse momento é ótimo pois irá ajudar a entender os objetivos, direcionar e depois disso, ajudar a promover a disciplina e regularidade. Meu papel como psicólogo é ajudar as pessoas a construírem uma vida pessoal e profissional com mais sentido. E eu amo fazer isso”, conclui Ghoeber Morales.

 


Ghoeber Morales - psicólogo graduado na UFMG, com mestrado em Psicologia Comportamental pela PUC/SP e ao longo dos 17 anos de profissão se especializou em mentoria de carreira e coaching psicológico. Desenvolveu uma metodologia única de “mentoria express”, em que num total de 2 horas faz uso de toda a sua expertise e oferece uma consultoria de ideias para aqueles que desejam construir uma vida profissional com mais sentido.

https://www.ghoebermorales.com.br 


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