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quarta-feira, 14 de julho de 2021

No dia do Administrador Hospitalar, especialistas apontam futuro da gestão

 Entidade filantrópica Pró-Saúde discute mudanças e desafios da profissão no pós-pandemia


Com a pandemia do novo coronavírus, o gerenciamento de serviços de saúde se tornou um desafio global. Mais do que nunca, contar com profissionais altamente capacitados se mostrou essencial para garantir a assistência para milhões de doentes em todo o mundo.  

Na semana em que é celebrado o Dia do Administrador Hospitalar (14/7), a Pró-Saúde, uma das maiores entidades filantrópicas de gestão hospitalar do país, ouviu a visão e a expectativa para o futuro da profissão. 

Além das características básicas de análise e comunicação, estudos apontam sete habilidades essenciais para gestores hospitalares, entre elas: conhecimento da indústria, liderança, pensamento crítico, construção de relacionamento, julgamento ético, adaptabilidade e pensamento rápido.  

É exatamente neste cenário que o administrador hospitalar ganha destaque. A profissão, criada na década de 60, surgiu da necessidade de formar gestores qualificados para atuar em uma área tão complexa e dinâmica como a da saúde.  

“O setor de saúde está cada vez mais competitivo. Precisamos de gestores que inspirem a organização a fornecer o melhor atendimento possível, desenvolvam e aprimorem suas habilidades analíticas, estabeleçam confiança na equipe e, principalmente, se sintam à vontade para tomar decisões em tempo real”, destaca o médico Péricles Góes da Cruz, superintendente Técnico da Organização Nacional de Acreditação (ONA), entidade sem fins lucrativos que avalia a qualidade dos serviços prestados por unidades de saúde em todo o Brasil. 

Para o administrador Rogério Kuntz, diretor Operacional da Pró-Saúde, a expectativa acerca do gestor de saúde vai muito além do tradicional planejar, estruturar, organizar, conduzir e controlar. “Diante da complexidade e dinamismo da saúde, o mercado requer constante atualização em todas as áreas da gestão, a fim de propiciar uma visão holística do negócio, com foco nos principais processos e apresentação de soluções”, enfatiza.  

Em relação às mudanças impostas pela atual pandemia, Péricles não tem dúvidas de que o principal aprendizado está na tecnologia da informação e compartilhamento de dados. “Ainda é cedo, mas o consenso emergente é que os meios digitais têm um papel importante em uma resposta abrangente a surtos e pandemias, complementando as medidas convencionais de saúde e, assim, contribuindo para reduzir o impacto humano e econômico”, declara.  

No nível operacional dos serviços de saúde, Kuntz acredita que o legado deste momento crítico está relacionado, principalmente, com a “qualificação e desenvolvimento profissional, a pesquisa e o desenvolvimento de protocolos assistenciais, o planejamento logístico e de suprimentos e, por fim, a adoção de práticas diversas a prevenção de perdas e manutenção das atividades, como por exemplo, a adoção do trabalho remoto, fortalecimento das ações de negociações e, também, a adesão a soluções digitais”, explica.  

Ambos destacam uma mudança no mercado de saúde, que converge para a criação de grandes grupos e incorporações, exigindo uma visão mais abrangente dos gestores, à medida em que crescem. Péricles ressalta ainda a mudança no perfil dos pacientes/clientes ao longo dos anos, que passaram a conduzir sua própria experiência de saúde, pressionando os serviços por um atendimento personalizado e de alta qualidade.  

“Tecnologias inovadoras recebem bastante atenção, mas a experiência do paciente, a administração médica e as operações de assistência também evoluíram. Estas tendências de maximização do mercado certamente terão um grande impacto nos sistemas de saúde nos próximos anos e a constante atualização de conhecimento é que permitirá aos gestores hospitalares a bagagem de conhecimento necessária para tais mudanças”, destaca o superintendente da ONA.


Futuro da gestão hospitalar 

As expectativas em relação aos profissionais de gestão hospitalar vão muito além do currículo básico dos cursos disponíveis. Habilidades multifuncionais, como liderança, integração e comunicação estão se tornando cada vez mais importantes.  

Asimar Cardoso, presidente do Conselho Fiscal da Federação Brasileira de Administradores Hospitalares (FBAH), destaca um elemento inerente ao gestor de saúde. “Trabalhamos com um serviço que, essencialmente, envolve pessoas. Geralmente, a origem e a solução dos problemas críticos da área de saúde estão relacionados às pessoas. Então, saber compreendê-las é crucial nas negociações, gestão de conflitos, implementação de projetos e condução das atividades rotineiras”, salienta.  

Entre as principais tendências para o futuro da área estão a redução de custos, uso de tecnologia da informação e privacidade de dados, conformidade com as legislações vigentes e avanços tecnológicos. Essa pluralidade de temas ressalta o quão complexo e exigente é o grau de formação e habilidades destes profissionais. 

“A contratação de gestores com treinamento e desenvolvimento adequado e apropriado é o fator fundamental na boa operação de hospitais que tenham o objetivo de, cada vez mais, prestar assistência a seus pacientes com qualidade e segurança. Pode-se afirmar que as organizações de saúde procurarão os candidatos mais habilidosos para garantir decisões seguras”, ressalta Péricles.  



Formação de lideranças  

No entanto, as dificuldades em encontrar profissionais são inúmeras, como por exemplo, a mudança de perfil dos candidatos ao longo do tempo, alta rotatividade do mercado e até mesmo a dificuldade de adaptação ao contexto da saúde. 

Diante deste cenário, a Pró-Saúde lançou, neste ano, um programa inédito de Trainee Executivo, voltado para a formação da alta direção de hospitais. O projeto visa promover o desenvolvimento do capital humano, com habilidades alinhadas aos métodos de inteligência em gestão aplicados pela instituição nos hospitais que administra.  

“É um projeto extraordinário em termos de gestão na área da saúde. Dentro da realidade de um país onde é normal ter que fazer mais com menos, formar pessoas com um olhar profissional para um segmento tão peculiar quanto a saúde é um enorme benefício para a sociedade”, comenta Asimar.  

“Sem dúvida, o programa da Pró-Saúde levará ao aprimoramento de profissionais de saúde voltados para a gestão, permitindo aos participantes a ampliação de seus conhecimentos e objetivando a colocação no mercado de gestores gabaritados e aptos a desempenhar suas atividades com eficiência e qualidade”, complementa o superintendente da ONA.  

A criação da Pró-Saúde está diretamente ligada à profissionalização da gestão hospitalar no país, já que seu primeiro presidente, padre Niversindo Antônio Cherubin, foi pioneiro na criação de cursos de Administração Hospitalar, em 1967. Hoje, com presença em todas as regiões do país, a entidade conta com um dos maiores quadros de administradores hospitalares do Brasil.

 

A educação das futuras gerações

Sempre que falarmos de Educação, devemos ter em mente que esta não se restringe ao Ensino. Certamente, o Ensino faz parte da Educação, e tem destacada importância, por isso trabalha-se muito em prol dos melhores resultados, mediante o aprimoramento e busca de métodos e estratégias, cada vez mais adequados à realidade e necessidades contemporâneas, contudo, reforça-se que Educação é muito mais que Ensino.

Diferentes registros históricos mostram que, de maneira geral, a humanidade sempre se preocupou com sua formação, de acordo com princípios e valores das respectivas culturas, firmando nesse contexto a Ética e a Moral, que baseiam a própria Educação, subsidiária de suas ações sociais.

Não obstante a Ética estabelecida na Antiga Filosofia Grega, da qual a sociedade atual ainda nutre seu legado, mesmo implicitamente, culturas anteriores à esta época já tinham sua Ética e Moral. De mesmo modo, culturas contemporâneas à da Antiga Grécia, e mesmo posteriores, também desenvolveram princípios e valores, que chegaram até hoje, por meio da Educação.

A formação de uma nação se norteia por um projeto educativo que deve acompanhar sua evolução, sobretudo no âmbito do comportamento social. Novos hábitos e costumes surgem continuamente, novas formas de conduta e de comportamento também, assim como as profissões, mas, para se manter a identidade cultural, deve-se pensar que tais mudanças não podem prescindir da respectiva Ética e Moral, que a caracterizam.

Estamos no início da terceira década do século XXI, surpreendidos há quase um ano e meio por uma pandemia, de origem e transcurso desconhecidos, diante de um futuro incerto e com uma indagação praticamente consensual: considerando-se as perdas acumuladas no âmbito da Educação, especialmente com relação a crianças e adolescentes, o que fazer neste momento, o que planejar e como planejar para o futuro?

Por isso, em face desta realidade, considero primeiramente que compete a todos, porém, especialmente aos profissionais da Educação, pensar em modelos de formação que sustentem as futuras gerações. Concomitantemente, é preciso mobilizar escola e família, para que juntos se disponham a implementar um plano de reposição, a curto prazo, e um plano amplo para o futuro. Certamente, não é fácil, mas é necessário.

De mesma forma que em outros momentos da história, durante e após epidemias, pandemias, revoluções culturais e guerras, novamente hoje, o ser humano deverá se reconstruir, e não somente em termos materiais, mas, sobretudo, comportamentais; o que coloca em discussão a preservação ou não dos atuais princípios e valores éticos e morais.

Entendo que, como se deu nestas outras situações, a reconstrução não deve ser do "zero", pois o ser humano é essencialmente empírico, suas experiências lhe valerão muito. Diante disso, reitero que o novo modelo de formação deverá ser desenvolvido sempre com a participação efetiva da família e de profissionais da Educação.

Nesse contexto, recorro ao sociólogo e epistemólogo francês Edgar Morin, que no último dia 08 de julho completou 100 anos de idade, e que continua a nos privilegiar com os registros de suas reflexões.

Morin escreveu um livro intitulado La tête bien faite, ou "A cabeça bem-feita", no qual deixa uma mensagem bastante interessante para os educadores contemporâneos, apesar de ter sido escrito há 20 anos. Nessa obra, Morin mostra a importância da constante reforma do pensamento humano, de acordo com as peculiaridades do dia a dia e possibilidades para o futuro. Apropriando-me da celebre frase latina da Reforma Protestante, Ecclesia Reformata et Semper Reformand Est, atribuída por alguns ao teólogo holandês Gisbertus Voetius, e por outros a Santo Agostinho, com todo respeito ao seu autor, independentemente de quem tenha sido, poderia parafraseá-la, dizendo: Educatione Reformata et Semper Reformand Est, ou seja, "Sempre é necessário reformar a Educação", sobretudo em tempo de crise.

Estamos enfrentando ondas e mais ondas da pandemia da covid-19, e efetivamente ninguém sabe como se dará "the day after". Especialmente na Educação, escola e família estão vivenciando inúmeras ações improvisadas, todas com base em suas experiências, mas também na "tentativa e erro". Tudo isso é válido e deve ser muito valorizado, pois essas ações legam aprendizado, útil para este novo modelo de Educação, que deveremos implementar. Porém, nada pode ser feito de forma atabalhoada e por francos atiradores, despreparados, autointitulados educadores. A Educação deve ser planejada no contexto social, mediante o desenvolvimento de políticas públicas sérias, de alcance nacional, com o consenso entre governo e sociedade, mas sempre norteadas por educadores, que gastam seu tempo estudando, pesquisando e reformando continuamente seu pensamento, em prol da formação de novas gerações com "Cabeças Bem Feitas".

A caminho da conclusão do primeiro quarto do século XXI, com vistas para uma Educação efetivamente eficiente e eficaz, pais e educadores devem pensar em métodos e estratégias de ensino, que propiciem os melhores proveitos, com base nos princípios éticos e morais que defendem, incluindo o uso de novas tecnologias da informação e da comunicação, porém, jamais prescindindo a existência da escola.

Para superar as incertezas da Educação, família e escola devem caminhar sempre juntas, agindo em cumplicidade recíproca, sobretudo neste tempo de reconstrução, de reposição das inegáveis perdas ocorridas durante a pandemia, e da criação de um Projeto Educacional Inclusivo, adequado às futuras gerações.

Educar é conduzir para o mundo, sem egoísmo e sem exclusão!

 


Ítalo Francisco Curcio - doutor e pós-doutor em Educação. É pesquisador no curso de Pedagogia da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

 

Dólar: o que esperar da moeda para os próximos meses?

Especialistas no mercado financeiro comentam sobre fatores que influenciaram para a instabilidade da moeda

Após o dólar sofrer queda de 15% de março até a terceira semana de junho sendo cotado até por R$ 4,90, a moeda voltou a subir em menos de 15 dias fechando a R$ 5,18 na última terça (13). De acordo com o último relatório Focus divulgado na segunda (12), se espera que a moeda americana encerre o mês de dezembro a R$ 5,05 e chegue ao fim do próximo ano a R$ 5,20.

Depois de o real ter sido a moeda que mais se desvalorizou em 2020, qual a expectativa para os próximos meses? Com a reabertura da economia, commodities em alta e ampliação da vacinação, podemos ser otimistas e esperar por uma valorização da moeda frente ao dólar?

De acordo com João Beck, economista e sócio da BRA, a crise que veio com a pandemia fez com que a situação fiscal do Brasil, que já era frágil, se deteriorasse.

"É importante citar que fomos a pior moeda do mundo em 2020. Isso que vínhamos numa crescente otimista antes da chegada da Covid-19. Com a pandemia, gastamos muito dinheiro, reduzimos excessivamente a taxa de juros e vacinamos tarde. O dólar disparou como em nenhum outro país", diz. Já em 2021, segundo ele, a situação fiscal começou a melhorar. "Os preços de commodities subiram e estamos retornando com a taxa de juros para patamares de maior equilíbrio. Mas, no computo geral, a moeda ainda está em níveis muito acima do período pré-Covid".

Para Rossano Oltramari, estrategista e sócio da 051 Capital, um dos motivos que explica essa valorização do real nos últimos três meses é a decisão do Banco Central, preocupado com a aceleração da expectativa de inflação, de elevar a taxa de juros interna, que saiu da mínima histórica de 2% e passou a 4,25% ao ano. Outro motivo é, sem dúvidas, o ciclo de alta nas commodities.

"Isso faz com que entre muito dinheiro no Brasil, ou seja, exportamos a mesma quantidade de produtos de antes, mas entra no país maior quantidade de capital estrangeiro em função do aumento do preço das commodities nos últimos 12 meses. Isso faz com que a nossa moeda ganhe valor e que a balança comercial fique mais forte", explica.

Gustavo Cuencas, educador financeiro e fundador do Canal de Alta, acredita que a proposta de Reforma Tributária encaminhada pelo governo ao Congresso e que institui a cobrança de impostos sobre dividendos aumentando também a tributação de empresas em favor do aumento da faixa de isenção do imposto de renda de pessoas físicas é outro fator que pressiona o dólar.

"A Reforma Tributária precisa ser modificada em alguns aspectos para atrair mais investidores estrangeiros. Tanto é que muitos tiraram dinheiro do mercado brasileiro novamente depois que reforma foi apresentada. A Reforma Tributária, sem dúvida, é um dos pontos principais para a entrada de dinheiro no país", afirma.

O futuro do dólar para os próximos meses é difícil de prever e depende de um conjunto de fatores. Segundo Jansen Costa, sócio da Fatorial Investimentos, questões políticas também podem influenciar no valor da moeda. "Conforme os meses passam, as eleições se aproximam, o que pode provocar muita instabilidade. Mas se o Brasil continuar subindo juros, como o previsto pelo próprio Banco Central, e as commodities continuarem em alta, há grande chance sim de o dólar cair gradualmente e chegar a um ponto de equilíbrio, que seria de R$ 4,50 a R$ 4,80", diz.

Beck também concorda que motivos políticos têm atrapalhado a moeda brasileira de se valorizar mais: "Por fatores puramente técnicos como preço de commodities, superávit fiscal, dívida/PIB já poderíamos estar mais próximos dos R$ 4,50. Mas as incertezas políticas ainda bloqueiam novos fluxos externos. O que está diretamente no radar é a política. Importante notar que histórias aparentemente desconexas já são resultado da aproximação do embate eleitoral desde todo o imbróglio da CPI até a pauta para derrubar a urna eletrônica".




Confira quatro dicas para deixar o escritório limpo e organizado

Estratégias podem ser aplicadas em empresas ou dentro de casa para um home-office compartilhado entre membros da família e, ainda assim, produtivo


Manter o escritório organizado otimiza tempo e evita estresse, mas, para isso, é essencial que todos saibam onde encontrar os utensílios que venham a precisar, principalmente aqueles mais utilizados no dia a dia. Essa lógica vale tanto para os escritórios corporativos como para quem divide o cômodo com outra pessoa da casa, tornando o home-office mais produtivo, afinal, um escritório bem arrumado é também mais fácil de limpar. Renato Ticoulat, presidente da Limpeza com Zelo, rede de franquias focada em higienização de ambientes, dá algumas dicas para facilitar na hora de manter a ordem desses espaços.


  1. Recolha materiais que estão parados e faça doações
    Uma ideia muito bacana que muitas empresas costumam fazer a cada seis meses é realizar uma campanha interna incentivando a doação de materiais como lápis, caneta, borracha, régua e outros itens que estiverem sobrando. As doações costumam ser destinadas para creches e escolas que contam com esse auxílio.  Quem estiver trabalhando em casa também pode seguir essa lógica doando o que não precisa mais.
  1. Opte por caixas decoradas
    As caixas de papelão podem ser  decoradas e  utilizadas para separar os materiais de escritório. Elas são facilmente encontradas em papelarias, supermercados, lojas de embalagem e possuem um bom custo benefício. A melhor forma de separar os materiais é por segmento: uma caixa para canetas, outra para post-its, uma terceira para tesoura e cola, e assim por diante. É importante que todas as caixas estejam etiquetadas denominando os materiais que estão dentro. 
  1. Deixe porta objetos nas mesas
    É legal ter um porta objetos com materiais de escritório sobre a mesa de trabalho. Não precisa ter grande variedade de itens, mas é importante ter o básico para o trabalho do dia a dia, como: caneta, lápis, clips, etc.
  1. Mantenha a regularidade das faxinas
    O escritório deve receber limpeza semanalmente. É de extrema importância que o local de trabalho sempre esteja limpo para manter a boa aparência e a organização. Afinal, um local sujo não oferece bem estar e afeta a produtividade de quem trabalha nele. Procure empresas que ofereçam serviço de limpeza, podendo contratar assinaturas mensais ou quinzenais de acordo com a necessidade.

 


Zelo

 www.limpezacomzelo.com.br

 

Cresce publicações de artigos científicos em repositórios online na pandemia

 Especialista no setor elenca as principais vantagens do preprint como uma solução de acesso e compartilhamento de publicações acadêmicas em tempos de isolamento social

 

O Brasil é o 11º primeiro em número de publicações científicas sobre Covid-19, segundo a Agência USP de Gestão da Informação Acadêmica. Isso explica por que os preprints estão cada vez mais populares no meio acadêmico. A Even3 - plataforma de eventos virtuais e publicações científicas - levantou que 43% das publicações depositadas no site são do formato preprint.

 

“A palavra ‘preprint’ significa ‘pré-publicação’, ou seja, de maneira geral, esse documento original e de teor científico é publicado em um repositório online, antes mesmo da avaliação de uma banca responsável por analisar trabalhos, algo bem característico dos periódicos e das revistas científicas. Por não ter sido publicado em uma revista científica e sim nesse repositório, ele acaba ficando conhecido como não publicado”, explica Welington Almeida, gerente de produto da Even3 Publicações.

 

Um estudo feito em 2020, chamado Preprinting a pandemic estima que ao menos 37% dos artigos publicados (16 mil até então) não haviam passado pela revisão de outros cientistas. Por não terem sido avaliados e revisados, tiveram a opção de serem publicados em repositórios online. “Os preprints são muito efetivos no meio científico e acadêmico, pois agilizam a comunicação e divulgação de manuscritos por todo o mundo”, afirma Almeida. 

 

Segundo Welington, “a grande vantagem desse formato é que o autor pode divulgar a pesquisa científica mais rapidamente mesmo que esta não esteja completamente finalizada, além de poder atualizar ou alterar o conteúdo sempre que necessário, caso surjam novos dados e informações relevantes, podendo contar com a colaboração de outros pesquisadores durante a construção do documento”. Além disso, um estudo em Tenesse, revela que os artigos que contavam com preprint têm em média um índice Altmetric 49% maior e 39% mais citações que os artigos sem preprint, gerando grande valor para o pesquisador que busca ser referenciado.

 

Pensando nisso, o especialista listou as 4 principais vantagens para investir no modelo preprint:

 

Agilidade na publicação


Os preprints são ideais, pois permitem a publicação do artigo em um prazo muito mais curto que os periódicos. Para ser publicado, passa apenas por uma breve avaliação, que vai confirmar que de fato trata-se de um conteúdo científico, e, se estiver tudo certo, é publicado no prazo de um dia na internet.



Acessibilidade e visibilidade

 

Esse tipo de formato permite que o autor tenha controle do alcance da sua publicação em escala mundial, já que pode visualizar a quantidade de acessos que o arquivo teve. Com essa facilidade, pode tornar o trabalho conhecido mais rapidamente, além de conquistar uma reputação e ser visada por revistas científicas resultando numa publicação mais completa. 



Construção conjunta 


O formato permite que outros pesquisadores possam ver, comentar e até promover novas parcerias. Dessa forma, é possível mensurar o impacto da pesquisa e alcançar um público mais amplo para seu trabalho.



Atualizações ilimitadas


Sempre que surgir um novo dado ou precisar alterar uma informação da sua pesquisa, você poderá alterá-la. Todas as versões ficam salvas e disponíveis no sistema. Assim, o leitor consegue acompanhar todas as atualizações feitas e o andamento da pesquisa.

 

 


Even3 


CX e tecnologia: um caminho que leva para muito além da compra

Transformações que já estavam em curso antes mesmo do surgimento da Covid-19 e as mudanças que foram aceleradas pela pandemia acabaram por levar uma enorme parcela de consumidores para o mundo on-line. Isso fez aumentar ainda mais o desafio das empresas para aprimorar a sua experiência digital. A preocupação com a experiência - ou jornada - do consumidor não se dá à toa. Um recente relatório que analisa as tendências para a experiência do cliente em 2021 mostra que 74% das pessoas deixariam de comprar de uma marca por conta de uma única experiência ruim que venham a ter com a mesma.

A Customer Experience (CX) é uma área de conhecimento centrada em experiências humanas e se estabelece no cuidado para melhorar e otimizar o relacionamento de cada cliente com um produto ou marca. Isso porque o conjunto de interações realizadas ao longo desse relacionamento pode provocar uma visão única da  empresa, inclusive na sua efetiva disponibilidade para solucionar  as necessidades que se apresentem. O mesmo relatório citado acima aponta também que 88% dos consumidores afirmam que a CX virou prioridade. O consumidor está cada vez mais exigente e as empresas lutam para acompanhar tal nível de exigência e oferecer um atendimento rápido, eficaz e - o mais importante - seguro.

Quem acompanha com atenção os movimentos de mudança no comportamento do consumidor sabe que suas necessidades e desejos estão mudando de forma muito rápida e que as empresas também precisam se adaptar e mudar na mesma velocidade. É a tecnologia capaz de permitir que essas mudanças aconteçam no ritmo necessário para aprimorar e garantir a boa experiência do cliente, seja por meio de um  aplicativo, um novo dispositivo ou ferramentas digitais. 

Hoje, a preocupação das empresas vai além de criar produtos. Ela se concentra também no cuidado em proporcionar experiências positivas em toda a jornada do cliente. Nesse caminho, inúmeros recursos tecnológicos podem agregar valor a essa missão: assistentes virtuais que reduzem o tempo de espera e permitem rápida resolução de pedidos simples e estruturados; Gestão de Relacionamento com o Cliente - que ajuda as empresas a conhecer, gerenciar e rastrear as necessidades do seu público; integrações por API's que viabilizam a interação digital de todos os elos da cadeia; e a Inteligência Artificial, que é capaz de oferecer um atendimento assertivo e ainda conhecimento por meio de análise de dados.

Qualquer empresa pode ter um CX digno de orgulho com o apoio desses recursos tecnológicos. O primeiro ponto é que experiências de sucesso não acontecem por acaso, é preciso método. O modelo de atuação do CX deve conectar as áreas da empresa em prol de um único objetivo: solucionar todos os pontos de dor na jornada de cada consumidor para que este se surpreenda positivamente, entregando  sempre um produto ou serviço de excelência. Empresas que possuem uma cultura firme e consolidada de transformação digital costumam estar mais preparadas para o desafio. O caminho costuma ser árduo, mas o resultado compensa: a tecnologia vai aproximar você de seus clientes, concorrentes e de todos os mercados, gerando um relacionamento muito além da compra.

 


Adriana Saluceste - diretora de Tecnologia e Operações da Tecnobank.


Tributação de MEI e empresas optantes pelo Simples Nacional será revisada pelo Governo Federal

Governo propõe uma revisão do imposto de renda para Microempreendedores Individuais, Micro e Pequenas Empresas


Na última quarta-feira (07/07), José Tostes Neto, secretário da Receita Federal, declarou a necessidade de uma revisão no que diz respeito aos regimes de tributação para microempreendedores individuais e micro e pequenas empresas.

De acordo com João Esposito, economista e CEO da Express CTB – accountech de contabilidade “a expectativa do governo é que, para pessoas jurídicas, haja a redução de 20% para 15% de alíquota até 2023. No entanto, já são feitos alguns estudos para redução de até 10 pontos percentuais em 2022. A revisão para empresas do Simples e MEI serão feitas em seguida”.

O secretário acredita que, mesmo que o MEI e Simples tenham sido criados para dar um tratamento vantajoso aos pequenos, ambos os regimes tiveram uma ampliação indevida ao longo tempo, e agora isso precisa mudar. “Na medida em que acontece a redução na tributação, da mesma forma que está acontecendo substancialmente na alíquota do regime normal, faz sentido que o passo seguinte seja a revisão das distorções existentes no MEI e no Simples”, explica o CEO.

Para que ocorra uma redução maior e mais rápida do IR para empresas, a Receita Federal e o Fisco estão buscando soluções para cortar os benefícios fiscais. De acordo com cálculos, para que aconteça uma diminuição de 7,5%, será necessário extinguir R$20 bilhões em subsídios. Ou seja, para alcançar o patamar almejado pela equipe econômica do governo, de 10 pontos percentuais em 2022, será preciso acabar com R$40 bilhões em benefícios fiscais para setores ou empresas. “Nos próximos dias, a equipe da Receita precisa avaliar os benefícios que seriam passíveis de corte”, diz Esposito.

Também está em avaliação a discussão acerca da isenção mensal de R$ 20 mil para dividendos de micro e pequenas empresas, junto a questão da limitação do desconto simplificado para rendas de até R$40 mil por ano.

 


Express CTB

www.expressctb.com.br

 

Especialista elenca perguntas proibidas em entrevista de emprego

Advogado alerta que questões relativas à vida íntima do candidato ferem a lei


Os candidatos a uma vaga de emprego se preparam e sabem bem o que devem responder e perguntar em uma entrevista de trabalho, mas e as empresas, sabem qual é o limite na hora de fazer o questionamento para escolher o profissional que buscam para integrar seus quadros?

O que afinal os recrutadores podem perguntar?

“Perguntas sobre religião, orientação sexual, posicionamento político, time de futebol, deficiência, gravidez ou assuntos familiares são sempre constrangedoras e podem configurar discriminação, além de ferir a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). Além do mais, as respostas não vão afetar em nada na avaliação do desempenho e da produtividade do candidato”, diz Fernando Kede, advogado especializado em Direto do Trabalho Empresarial.

Para não ferir a lei, Kede orienta as empresas a questionarem a formação, a experiência e até mesmo a veracidade das informações profissionais informadas no currículo. Segundo o especialista, esse é o limite.

Kede explica que questões da vida íntima do empregado ou candidato não devem ser feitas, pois não têm relação com o exercício da profissão ou do cargo que exerce ou vai exercer. “Por exemplo, se a pessoa pretende se casar, ter filhos não interfere na execução do trabalho. O importante é ela cumprir sua jornada e entregar o seu serviço”, afirma.

O especialista conta que muitos recrutadores fazem essas perguntas sem saber que podem estar cometendo discriminação e ferindo a LGPD. “É importante esclarecer muito bem para que as empresas tenham cautela e não cometam nenhum ato discriminatório e nem corram risco de vazamento de dados e por isso paguem altas multas”.


Questões sobre alguns assuntos podem
ser consideradas discriminatórias

Privacidade e segurança

A Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709/2018), que entrou em vigor no ano passado, tornou as empresas responsáveis por garantir a segurança das informações pessoais coletadas dos empregados e estão sujeitas a pagar uma multa de até 2% do faturamento, limitado a R$ 50 milhões, caso haja vazamento de dados.

Segundo Kede, a LGPD tornou mais evidentes a importância e os cuidados na hora de coletar e tratar dados de funcionários e candidatos. “A lei nos fez enxergar até com mais clareza essa questão, porque à medida que você vai coletando os dados, vai tendo mais dados para tratar e a responsabilidade aumenta. Às vezes, a empresa pode coletar dados de assuntos que não precisa saber e, em alguns casos, além de ter um dado em mãos para cuidar, a empresa pode estar cometendo uma discriminação”, esclarece.

Um dos exemplos citados por Kede é a pergunta sobre local da moradia. “Qual a necessidade de perguntar em uma entrevista de pré-seleção onde a pessoa mora? O empregador pode querer saber onde a pessoa mora para entender se ela vai demorar para chegar no trabalho, mas é obrigação do candidato ser pontual. Se ele vai demorar duas horas para chegar no trabalho, ele terá de sair mais cedo de casa. O que o empregador tem que exigir é que o funcionário chegue no horário. Com essa pergunta, o recrutador corre o risco de cometer uma atitude discriminatória porque a pessoa mora longe do emprego ou mora em outra cidade”, afirma.

 

Banco de dados

Kede alerta que muitas empresas têm o hábito de manter o currículo do candidato em banco de dados sem pedir autorização expressa. “Além de constituir um risco desnecessário, é ilegal e fere a LGPD. A empresa tem que pedir autorização para coletar as informações e também para manter o currículo em seu banco de dados. Isso está previsto na lei, pois a proteção de dados começa na fase pré-contratual”, explica.

 

 

Fernando Kede - advogado especializado em Direto do Trabalho Empresarial


Consumidores brasileiros ganham 16 usinas de energia solar para programa de assinatura

 Projeto do Grupo Gera vai atender clientes nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso e Minas Gerais, que já possui esse serviço 

 

Alguns estados brasileiros vão receber ainda este ano uma série de usinas solares para um serviço de assinatura destinado aos consumidores de energia elétrica no País. Num total de 16 empreendimentos, os projetos serão lançados pelo Grupo Gera, empresa nacional que atua com comercialização e geração de energia renovável no Brasil.
 
A previsão da empresa é oferecer o serviço de assinatura para os consumidores nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso e Minas Gerais. Em cada região, serão instaladas novas usinas solares especificamente para atender residências, comércios e indústrias locais que buscam redução de custo, aumento de competitividade e mais sustentabilidade.
 
Os novos complexos fotovoltaicos serão construídos em várias cidades nestes estados por empresas parceiras do Grupo Gera. Para aos que aderirem ao modelo, será concedida uma economia na conta de energia que variará conforme cada região, a depender das tarifas de energia na região, podendo chegar a até 20% de redução.
 
O serviço de assinatura da Gera Soluções é destinado prioritariamente aos consumidores que gastam acima de R$ 300 por mês na conta de luz. Esse modelo já é oferecido pela companhia no estado de Minas Gerais para pessoas jurídicas, que inicia agora no programa de assinatura, e expandirá para pessoas físicas
 
“Com essa expansão para mais quatro estados para pessoa jurídica e mais solução para pessoa física em Minas Gerais, consolidamos essa solução com foco em levar para os consumidores uma opção de economia sem a necessidade de investimento próprio. A expansão já era uma solicitação recorrente de diversos clientes, já que o modelo não oferece risco para os consumidores e ainda ajuda a reduzir o custo de energia”, explica Ramon Oliveira, diretor do Grupo Gera.


Vendas online representam mais da metade do faturamento de 30% dos MEI

Última edição da pesquisa de Impacto, realizada pelo Sebrae em parceria com a FGV, revela que, quando o assunto é comércio eletrônico, porte da empresa se sobrepõe ao segmento de atuação


As vendas pela internet aumentaram com a pandemia do coronavírus e estão sendo responsáveis por parte significativa das vendas de produtos e serviços dos pequenos negócios.  A 11ª edição da pesquisa “O Impacto da pandemia do coronavírus nos Pequenos Negócios”, realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), detectou que mais da metade do faturamento de 1/3 dos microempreendedores individuais (MEI), que atuam nesse mercado, provém dessa fonte. Entre os donos de micro e pequenas empresas esse percentual cai para 22%.

De acordo com o presidente do Sebrae, Carlos Melles, vender pela internet foi um dos caminhos encontrados por cerca de 70% dos donos de pequenos negócios para driblar a crise, que obrigou que diversos estados determinassem medidas restritivas para conter a proliferação da Covid-19. “A necessidade de inovar e descobrir novas alternativas para manter a renda permitiu que muitos empreendedores passassem a ter a principal parte de seu faturamento nas vendas online. O curioso é que o público que mais tem se beneficiado é justamente o dos microempreendedores individuais”, enfatiza.

“O MEI depende mais das ferramentas digitais do que as micro e pequenas empresas. A pesquisa mostra que, quando o assunto é comercialização de produtos de forma online, pesa mais o porte do negócio do que o segmento de atuação dos empreendedores”, destaca Melles. Entre as 21 atividades analisadas, em 14, a importância do comércio eletrônico no faturamento foi maior para os MEI. Mais da metade dos microempreendedores individuais do Turismo alegaram ter mais de 50% das vendas oriundas da internet, seguidos pelos da Economia Criativa (46%), Indústria Alimentícia (45%) e Artesanato (43%).

Em uma outra edição da pesquisa de Impacto, o Sebrae já havia detectado que a plataforma Whatsapp é a preferida pelos empreendedores que se inseriram no mundo virtual, com 84% de adeptos. Cerca de 90% das empresas que exercem atividades como Artesanato, Beleza e Moda, e que digitalizaram sua comercialização, usam esse recurso para vender seus produtos e serviços. Instagram e Facebook são as próximas opções, com 54% e 51%, respectivamente e apenas 23% dos negócios vendem por sites próprios.


Presença Digital

O Sebrae dedica o mês de julho à temática da presença digital. Ao longo de todo o mês, será realizada uma série de atividades voltadas ao debate sobre a importância da transformação digital nos pequenos negócios. A pesquisa de Impacto da Pandemia nas MPE mostra que quem aderiu às vendas online e soube explorar melhor as ferramentas sentiu menos as consequências da crise. A comercialização de produtos pela internet foi acelerada pela pandemia. Por isso, conheça todas as soluções de gestão disponibilizadas, gratuitamente, pelo Sebrae e acompanhe a programação nas redes sociais da instituição.


Tecnologia do futuro? Veja em que a Internet das Coisas já é usada no dia a dia e no que ainda pode avançar

 

Pesquisa ainda afirma que 81% dos profissionais brasileiros acreditam usar a IoT no ambiente de trabalho em até cinco anos


Segundo uma pesquisa da Gartner, INC., líder mundial de pesquisas em tecnologia, o mercado mundial de Internet das Coisas (IOT), irá totalizar US$21,3 bilhões em 2022, isso representa um aumento de 22% em relação à perspectiva de 2021, que está em R$17,5 bi. O crescimento do mercado de IOT também é previsto pela Statista Research Department, que projeta que a base total instalada de dispositivos conectados à Internet das Coisas deverá atingir US$75,44 bilhões em todo o mundo até 2025.

Para o especialista em tecnologia e CEO da Manusis - startup curitibana de gestão de ativos que usa Internet das Coisas em sua solução-, Rodrigo Rotondo, no Brasil, o mercado de IOT, ainda que tímido, já está numa crescente considerável. “A viabilização da Lei da Internet das Coisas no país no início de 2021 e também a expectativa do 5G, fez com que muitas empresas se mexessem em relação a esta tecnologia. Tudo isso aliado, também, às expectativas do mercado, que são grandes para os próximos anos”, afirma.

Um estudo feito pela Dell e Intel, o Future Workforce Study, constata que 81% dos profissionais brasileiros acreditam que o uso da IoT nos ambientes de trabalho em até cinco anos. O principal benefício no uso de IoT nos ambientes de trabalho, citado por 60% dos entrevistados no Brasil, é o uso de tecnologias mais inovadoras nas empresas. Em seguida, 57% dos brasileiros indicam que essas soluções devem facilitar a conexão de equipamentos sem fio para compartilhar informações e conectá-los entre si; 37% apontam que devem permitir um uso mais eficiente da energia; 36% acreditam que tendem a permitir um melhor aproveitamento dos espaços de trabalho; e 23% apontam que a Internet das Coisas vai possibilitar a adaptação dos ambientes às preferências individuais (em termos de temperatura, alimentos, layout de mesas etc.).

Rotondo explica que a Internet das coisas já é muito usada no dia a dia, porém, sem que as pessoas percebam. “Máquinas de cartão, smart tvs, relógios smart, aplicativos de trânsito ou de saúde: tudo isso já faz parte da nossa rotina”, diz. “Com a democratização da tecnologia e também a implementação do 5G, acredito que a IoT passe a ser mais acessível a todos em poucos anos."

O especialista adianta algumas tendências que vão se aprimorar com os anos.



1- Ambientes inteligentes. “Hoje já vemos geladeira que avisa o que está faltando, além da própria Alexa - a assistente virtual. Algumas casas ou escritórios já controlam termostato e cortinas pelo celular e isso será cada vez mais viável”;

2-Telemedicina. “Conversar com um médico de qualquer lugar do mundo nunca foi tão fácil. Segundo dados da Frost e Sullivan, a Internet das Coisas médicas têm potencial para atingir US$ 72 bilhões até 2021. Sem dúvidas, a pandemia acelerou o que já era tendência.”;

3- Agrotech. “A tecnologia ajudará o agricultor a detectar a temperatura e a umidade do ar e ativar sistemas de irrigação, por exemplo, além de programar tudo com antecedência e tornar as plantações mais econômicas e sustentáveis”, afirma;

4- Carros conectados. “Eles já existem, mas com uma internet melhor, o sistema será viável para mais gente em breve”, completa;

5- Cidades inteligentes. “Além de melhorar a vida urbana em questões de segurança, social e cultural, as cidades inteligentes serão essenciais para melhorar a qualidade de vida e a sustentabilidade.”;

6- Eficiência energética. “Muito tem se falado sobre economizar energia e com a internet das coisas é possível gerar uma economia considerável, por meio de iluminação inteligente, por exemplo, ligando um sistema de luz ao celular, controlando a intensidade dela no ambiente”;

7- Produtividade. “Na indústria global é sabido que paradas inesperadas ocasionam perdas da ordem de US$ 50 bilhões por ano. Nesse cenário, o monitoramento contínuo de máquinas e linhas de processos críticas podem garantir a redução dessas perdas em até 20% apenas como monitoramento e associado a um sistema especialista de gestão de ativos, esse número pode alcançar incríveis 50%”, finaliza.


Mercado financeiro fecha 1º semestre com mais entrada de capital estrangeiro

 B3 bate recorde com a injeção de capital estrangeiro; mercado prevê Selic a 6,5%; Ibovespa pode atingir a casa de 145 mil pontos, até o final do ano

 

No primeiro semestre de 2021, a B3 registrou uma entrada recorde de estrangeiros na bolsa de valores. Eles injetaram cerca de R$48 bilhões, o que representa quase 50% na bolsa.

Para Guilherme Ammirabile, assessor de investimentos da iHUB, mesmo com esse fluxo nos seis primeiros meses do ano, é importante salientar que o Brasil deve receber um fluxo maior de capital estrangeiro quando voltar a receber o grau de investimento, visto que ano passado houve uma retirada da B3 de R$31,8 bilhões - o pior resultado da história. “Os estrangeiros entraram devido a melhora das expectativas de crescimento do país e também com a surpresa no primeiro trimestre de 2021 - momento mais agudo da pandemia, aliado ao prosseguimento das reformas, o que diminuiu o risco no Brasil, e os ativos de riscos voltaram a subir”, comenta.

Entre os benefícios do fluxo estrangeiro estão a melhora na percepção da economia brasileira, além da confiança para o empresário escalar, tornando-o mais disposto a investir e gerando mais empregos, aquecendo a economia.

 

Ibovespa

A projeção de alguns analistas é que a bolsa de valores alcance a marca de 145 mil pontos, porém, isso não significa que o caminho será tranquilo, visto que quando o assunto é a bolsa, ainda mais no Brasil, a volatilidade está atrelada na maioria das vezes.

Ammirabile explica que alguns aspectos políticos podem impactar nesse resultado, como a reforma tributária e administrativa. “Se não conseguirmos passar por essas reformas, as chances são menores para que a bolsa atinja esse patamar. Outro fator que pode interferir é a corrida eleitoral para 2022, tema no qual já vem ganhando espaço no mercado financeiro”, comenta.

O índice encerrou 2020 com 119 mil pontos, hoje já está na casa dos 127 mil pontos, resultando em uma valorização de aproximadamente 7%. No começo de junho, o Ibovespa atingiu seu pico, chegando aos 131 mil pontos.

 

Dólar

No começo de março, a moeda americana atingiu o maior patamar do semestre, chegando na casa dos R$5,83, o que foi motivado pelo avanço da segunda onda da covid-19 no Brasil. Já a mínima foi de R$4,92, no final de junho, devido a perspectiva de um aperto monetário mais robusto por parte do Banco Central, elevando 0,75 pontos percentuais da taxa Selic, atingindo 4,25% ao ano.

Com uma taxa de juros mais alta, os investidores estrangeiros são atraídos, o que pode derrubar a cotação do dólar. “O andamento das reformas, a vacinação ganhando tração e o Banco Central sendo duro na inflação faz com que a percepção de risco no país caia, resultando em um fluxo de entrada de estrangeiros. Desta forma, o dólar tende a recuar, isso se o risco político e a reforma tributária permitirem”, explica o assessor de investimentos da iHUB.

 

Real

Apesar de ter começado o ano com uma forte depreciação, por conta de novos temores de uma segunda onda do novo coronavírus, a moeda brasileira fechou o primeiro semestre com uma valorização de 4,13%. Esse resultado é fruto de uma melhora das perspectivas de crescimento do país, após o PIB do primeiro trimestre ter surpreendido positivamente.

 

Taxa Selic

Segundo o último boletim focus do Banco Central, a Selic deve fechar o ano acima de 6,5%. Já a XP Investimentos projeta uma taxa de 6,75%.

O aumento dos preços, principalmente das commodities e da energia elétrica, além de uma retomada acentuada da demanda interna fizeram com que a inflação persistisse. Desta forma, os economistas reviram as projeções da SELIC para um patamar mais elevado, tentando conter a inflação.

“A situação hídrica deve continuar pressionando os preços da energia elétrica. Essa situação deverá forçar a inflação, pois toda cadeia produtiva é impactada e esse custo é repassado ao consumidor final. Já as commodities, que foram os principais vilões da inflação no primeiro semestre, tiveram um arrefecimento nos preços, aliviando assim um pouco a pressão inflacionária”, comenta Ammirabile.

Abaixo, confira como foi o desempenho no primeiro semestre de outros índices e opções de investimentos:

  • Ouro: -7,04%
  • IGP-M: +15,08%
  • IPC-A: +3,71%
  • CDI: +1,27%
  • Poupança: +0,88%

 


iHUB Investimentos

https://ihubinvestimentos.com.br/

Aulas on-line: 5 dicas para cuidar da saúde ocular das crianças

Com aulas on-line, crianças passam mais tempo em frente às telas
Créditos: divulgação
Fazer intervalos e ajustar o brilho do monitor são algumas dicas de oftalmologistas


Ian tem 8 anos e descobriu que precisava de óculos para leitura recentemente. Para sua mãe, Gisele Pinna, antes da alfabetização não era possível notar a necessidade, mas com o processo de aprendizado das letras, ficou claro que o menino “via tudo embaçado”, como ele mesmo comenta. Ele é aluno do 2º ano do Ensino Fundamental Anos Iniciais do Colégio Marista Anjo da Guarda, em Curitiba.

Gisele, que é professora universitária e também passa muitas horas em frente às telas desde o começo da pandemia, sabe que os olhos podem sofrer se não houver os devidos cuidados. “Com o começo da alfabetização do Ian no ano passado, mesmo nas aulas remotas, ficou claro que ele precisava de lentes corretivas. As professoras nos ajudaram nesse processo e hoje, com os óculos, ele consegue prestar mais atenção nas aulas”, explica.

O oftalmologista do Hospital Marcelino Champagnat, Marco Túlio, orienta que apesar de não podermos escapar da telas, há como buscar o equilíbrio. O primeiro passo é estabelecer a rotina de criar intervalos: 10 minutos de alguma outra atividade para cada hora de aulas on-line, por exemplo, já ajuda a descansar a visão.

Veja dicas do especialista de como evitar problemas de visão nas aulas on-line:

- Cuide com o brilho da tela: é aconselhável reduzir o brilho da tela de laptops ou tablets para reduzir o cansaço visual. Além disso, é possível aumentar o contraste para uma melhor visualização. Esses ajustes podem ser feitos por meio das configurações do dispositivo.

- Regule a luz do ambiente: além de ajustar o brilho da tela, também é importante se certificar de que a iluminação é adequada para estudos on-line. A iluminação adequada reduz o brilho e torna mais fácil e confortável olhar para a tela.

- Piscar constantemente: o olho seco é causado por quem fica muito tempo na frente de telas em atividades que exigem concentração. “As pessoas esquecem de piscar e o filme lacrimal, uma fina camada de lágrima que unta a superfície ocular, fica desestabilizada. Com isso, se desenvolve o olho seco”, explica o oftalmologista. Então, quando estiver em frente às telas, é essencial lembrar de piscar. Para quando a questão se agrava, é aconselhável usar colírio de lágrima artificial, um hidratante ocular com composição semelhante ao da lágrima.

- Faça intervalos: é melhor não olhar para a tela continuamente. Mesmo quando não é possível fazer uma pausa para outra atividade – como no meio de uma aula, por exemplo, é possível fixar o olhar em outro lugar por apenas 10 a 20 segundos para reduzir o cansaço visual.

- Lentes podem ajudar: outro fator importante é que equipamentos eletrônicos têm um comprimento de onda, conhecida como luz azul, que é nociva para a visão. “Para prevenir problemas, é recomendável o uso de lentes antirreflexo blue, que filtra esse comprimento de onda”, sugere o oftalmologista.


A responsabilidade da imobiliária na publicidade de empreendimentos

Entenda como a imobiliária deve agir em casos de uma publicidade enganosa


Uma imobiliária usa de muitas ferramentas para conseguir concluir a venda de imóveis. Já que faz a mediação entre o comprador e o vendedor de empreendimentos, os corretores e profissionais deste estabelecimento, fazem ajustes e acordos para que seja atendida a necessidade de ambas as partes que estão envolvidas no contrato. Uma das ferramentas usadas para efetuar a venda, é a publicidade. 

Colocar em evidência pública um produto, nesse caso uma construção, é comumente utilizado como forma de conseguir atrair mais compradores em uma imobiliária. Assim, é normal que sejam tratados principalmente dos benefícios que aquela compra pode possibilitar ao comprador, todavia, a imobiliária deve estar ciente de que, tudo o que ela propaga como verdade, deve ser, realmente, verídico. 

Segundo a advogada especializada em direito tributário Dra. Sabrina Rui, “uma situação bastante corriqueira são as imobiliárias fazerem publicidades dos empreendimentos que estão comercializando com o objetivo de chamar atenção de possíveis clientes. Todavia, estas devem ficar atentas que também são responsáveis pela propaganda que veiculam e pelos empreendimentos que comercializam”. 

Em outras palavras, a imobiliária é responsável por promessas e afirmações que ocorrem no momento da venda. “Um bom exemplo que se pode dizer dessa responsabilidade, é da importância de verificar se o empreendimento está regular junto aos órgãos municipais e estaduais, se a documentação está correta e apta a registro, pois, sendo detectada irregularidades, ela poderá responder pelos danos causados”, exemplifica a advogada.  

Em recente decisão, uma imobiliária foi condenada a indenizar os compradores que negociaram lotes de condomínio. Nesse caso, na publicidade afirmavam que seria possível registrar a propriedade em cartório, o que posteriormente verificou-se ser impossível. Assim, para que um empreendimento seja anunciado, a imobiliária deve ter todas as informações possíveis sobre aquela construção e repassá-las ao comprador de forma clara e objetiva. “Os intermediadores das vendas devem sempre pautar-se pela informação completa do empreendimento comercializado e, repassar de forma direta todas condições que permeiam aquela negociação”, afirma a Dra. Sabrina Rui. 

No caso citado, os compradores – adquiriram os lotes no condomínio acreditando na informação da imobiliária de que o loteamento estaria em situação regular. Entretanto, após a compra descobriram que não seria possível o registro da propriedade, pois o loteamento não havia sido aprovado pela prefeitura. 

Portanto, a responsabilidade da publicidade e da veracidade das informações recai especialmente à imobiliária, já que é essa que as transpassa aos compradores. Ao cliente, para poder confiar também, vale a pesquisa. Segundo a especialista, “para evitar cair em golpes como esse, é importante ficar de olho nas informações que são comuns sobre determinado empreendimento, e consultar especialista no assunto aumenta a segurança da compra”.   

 

 


Dra. Sabrina Marcolli Rui - Advogada em direito tributário e imobiliário

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