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terça-feira, 11 de maio de 2021

A idade da mulher e a cirurgia plástica

Para muitas mulheres, os procedimentos estéticos cirúrgicos são a melhor maneira de buscar uma melhor versão delas mesmas. Nas mãos e bisturis dos milhares de cirurgiões plásticos, elas depositam a confiança de que serão mais felizes após realizarem os tão sonhados procedimentos estéticos. O fundador da  Academia da Pele, uma startup criada para revolucionar e democratizar o autocuidado, Dr. Eduardo Kanashiro, nos traz a visão de quais são as intervenções mais buscadas por elas em cada faixa etária.


Aos 20 anos

Ao sair da adolescência, a autocrítica é muito grande e, muitas vezes, até exagerada. Os jovens dessa faixa etária se olham muito no espelho, fazem as famosas selfies  e também buscam se adequar dentro de um padrão, na maioria das vezes, estimulados por personalidades e pelo uso excessivo de filtros nas redes sociais. As mulheres, principalmente, buscam uma autoimagem que reforce a sua sensualidade. Nesse sentido, o nariz tem um impacto muito profundo na aparência - que também pode ser fruto de algum trauma anterior causado por bullying - e o aumento dos seios, como sinônimo de feminilidade. 

 

Aos 30 anos

É uma faixa etária marcada pela gravidez, tendo em vista que a grande maioria das mulheres opta por filhos após os 30 anos.  De fato, a gestação pode provocar alterações importantes no corpo da mulher, afetando a autoestima e a confiança das pacientes. Estrias, gordura localizada, além de flacidez nas regiões do abdome e seios, são alguns exemplos de queixas das mulheres.

A correção desses desconfortos pode ser realizada por procedimentos cirúrgicos isolados ou combinados, como propõe o Mommy Makeover. As cirurgias mais buscadas nessa faixa etária são: mastopexia, abdominoplastia e lipoaspiração.

 

Após os 40 anos

Dos 40 anos em diante, as cirurgias mais procuradas visam o rejuvenescimento - principalmente facial - como o Face Lifting e a Blefaroplastia. As cirurgias têm como objetivo reverter o processo de envelhecimento e funcionam através do ‘descolamento’ da pele e reposicionamento dos tecidos. Além disso, o Face Lifting trabalha também com a musculatura da face e promove uma melhor sustentação. Outros procedimentos muito comuns nessa idade são o botox, os preenchedores faciais e os tratamentos que estimulam colágeno, como laser, ultrassom microfocado e os bioestimuladores injetáveis.

 

Terceira idade

Ultrapassar os 60 anos não significa que o indivíduo deixou de se amar e ser vaidoso. Muito pelo contrário: atualmente esse público tem se cuidado muito mais, já que a terceira idade está cada vez mais ativa. Por isso, percebemos um crescimento na busca por cirurgia plástica na terceira idade.

Entre as cirurgias plásticas, além das citadas anteriormente, são bastante comuns aquelas que tratam excesso de pele e flacidez dos braços (braquioplastia), coxas (dermolipectomia de coxas), bem como os procedimentos adjuvantes para as mãos, colo, região dos lábios e até para diminuir os lóbulos das orelhas.

 

“Gosto sempre de reforçar que a cirurgia plástica vai muito além da estética, tendo impacto importante na vida do paciente, do ponto de vista de sociabilidade. Porém, é dever do médico ser muito transparente com relação às expectativas do paciente e nunca prometer resultados. Por mais habilidade que tenha o cirurgião, a particularidade de cada paciente é fundamental nos resultados”, afirma o Dr. Kanashiro. 

 



Dr. Eduardo Kanashiro -Médico pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos (UNILUS), com residência em Cirurgia Geral pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), Cirurgia Plástica pela Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) e Cirurgia Crânio Maxilo Facial pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP). Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).  Além da Academia da Pele, o Dr. Eduardo também é fundador da Clínica Due e foi Investidor Anjo e board advisor da MedRoom, startup brasileira focada no desenvolvimento de aplicações para treinamento em saúde com realidade virtual, vencedora do BIG Starter 2017 com o melhor jogo de educação e finalistas no Serious Games Showcase & Challenge 2017, vendida recentemente para o Grupo Anima. O médico também pertence à associação de investidores anjo BR Angels, formada por mais de 100 CEOs e empreendedores de grande relevância nacional e internacional.


Quais os melhores procedimentos estéticos para fazer no inverno?


A estação mais fria do ano também é a
mais indicada para tratamentos e cirurgias plásticas 

 

De acordo com o cirurgião plástico, Dr Alan Landecker, realizar alguns procedimentos estéticos e intervenções cirúrgicas nos meses mais frios é uma orientação médica, para um pós-operatório ou pós-procedimento mais tranquilos. Isso porque as temperaturas mais baixas facilitam a cicatrização, a aplicação de medicamentos tópicos e a eliminação do sol nas primeiras semanas.   

Veja os mais procurados na estação: 

 

Peeling químico 

Ao remover as camadas mais externas e danificadas da pele, ele estimula a formação de um novo tecido. Desta forma, manchas, cicatrizes e até rugas são suavizadas, deixando a aparência mais jovem.  

São usados ácidos para estimular a descamação da pele, deixando o rosto muito sensível à luz. Durante o processo de renovação celular, deve-se evitar a exposição ao sol, sob o risco de aparecerem manchas indesejadas. 

 

Microdermoabrasão – Peeling Físico 

Esse procedimento consiste em remover as camadas superficiais da pele com microcristais, que atuam como esfoliantes. Assim como o peeling químico, é indicado para prevenir e suavizar manchas e rugas. Essa técnica pode ser usada, ainda, para tratar estrias. 

 

Laser de CO2


Muito procurado por mulheres de pele madura, auxilia na retirada de rugas, com efeito rejuvenescedor. Provoca uma espécie de queimadura na pele. Na cicatrização, a derme se retrai e produz colágeno. A eficácia é maior, mas a recuperação é um mais lenta, sendo os raios solares muito prejudiciais. É ideal também para quem tem cicatrizes de acne. 
 

Além dos tratamentos estéticos, a procura por cirurgias plásticas aumenta de maneira considerável no inverno. Apesar de poderem ser feitas em qualquer época do ano, quando o assunto é recuperação, a realização durante os meses com temperaturas mais baixas apresenta vantagens.  

Entre as cirurgias mais desejadas, destacam-se: 

 

Rinoplastia 

Rinoplastia - imagem divulgação


Procedimento cirúrgico que harmoniza o tamanho e o formato do nariz, além de proporcionar a correção de alguns problemas respiratórios. A intervenção é feita diretamente na estrutura do nariz e, após a cirurgia, exige-se repouso nas primeiras semanas. Quando realizada no inverno, pode dar ao paciente resultados mais rápidos, na medida em que o inchaço é menor. 

 

Mamoplastia de aumento 

Consiste em dar mais volume e equilíbrio aos seios, através de próteses de mama. A cirurgia traz maior harmonia ao corpo, contribuindo para o aumento da autoestima.  

As vantagens de realizá-la durante o inverno estão ligadas, especialmente, ao conforto que a paciente terá ao utilizar o sutiã pós-cirúrgico, peça fundamental para o sucesso da cirurgia, além, do repouso. 

 


 

 

Dr Alan Landecker - Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da (Sociedade Internacional de Rinoplastia) com cerca de 15 anos de experiência. É formado em medicina e cirurgia geral pela Universidade de São Paulo (FMUSP) CRM-SP 87043 e em Cirurgia Plástica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e Clínica Ivo Pintanguy. Especialista em rinoplastia estruturada primária e secundária (Rhinoplasty Fellow) pela University of Texas Southwestern em Dallas, Texas, EUA, sob o Dr. Jack P. Gunter. É precursor da Rinoplastia Piezoelétrica Balanceada (RPB) que tem por base utilizar a técnica inovadora de piezoelétrica (ultrasônica) aliada às técnicas cirúrgicas de rinoplastia estruturada e preservadora com o objetivo de realizar uma cirurgia capaz de oferecer o máximo de previsibilidade, com o menor trauma cirúrgico possível e minimizar as chances de complicações, além de facilitar eventuais reoperações. www.landecker.com.br 

 

 

 

 

 

PMMA sendo utilizado no lugar de ácido hialurônico em preenchimentos faciais com danos permanentes

 Em busca de harmonização facial ou de pequenas intervenções estéticas, um número cada vez maior de pessoas vem sendo lesadas por "pseudo" profissionais não capacitados e que utilizam substâncias nocivas


É crescente a busca por procedimentos estéticos e entre eles está a harmonização facial, onde pequenas imperfeições como olheiras, rugas, lábios finos, entre outros, são corrigidos por meio de preenchimentos.

A opção mais segura utilizada pelos dermatologistas para esses fins é o ácido hialurônico que, por sinal, deve ser aplicado apenas por um profissional capacitado, preferencialmente, por um dermatologista, que conhece e estudou a fundo as características da pele, vasos, nervos e músculos. 

No entanto, são cada vez mais comuns matérias sobre procedimentos mal sucedidos, com a substituição de ácido hialurônico pela substância sintética PMMA, cujo custo é consideravelmente menor e sem a mesma segurança e resultado do ácido hialurônico, que é reabsorvido pelo organismo em alguns meses.

Como explica o diretor da rede de clínicas dermatológicas Meu Dermato, o médico dermatologista Guilherme Kenji Ito, o ácido hialurônico tem a função de preencher pequenas imperfeições, volumizar e sustentar regiões da face com perdas de volume pelo processo de envelhecimento. “Com a técnica MD Codes é possível sustentar a pele, promovendo um efeito lifting e consequentemente a melhora de ‘rosto derretido’. Utilizamos para preenchimento de lábios, volumização da região malar (bochechas), olheiras profundas e hidratação facial”, diz. 

Preenche regiões com perdas de volume e também hidrata a pele. “Ele não causa rejeição porque é um componente da pele, considerado um hidratante natural, totalmente diferente do PMMA, que é uma substância sintética”, afirma Ito. 

O médico orienta, ainda, sobre a importância de se certificar sobre a qualificação do profissional, certificações e também sobre o produto que será utilizado, assim como a quantidade. “O recomendado é que a embalagem do produto seja aberta na frente do paciente, de modo que ele possa conferir qual a substância, validade e dosagem”, conclui.

 


Meu Dermato

www.meudermato.com.br


Queda de cabelo é um dos sintomas pós-Covid que pacientes têm enfrentado atualmente

A pessoa que teve covid enfrenta diversos sintomas que podem aparecer depois de um período de ter contraído a doença. Uma dessas consequências pode ser a queda de cabelo. Para isso o médico dermatologista Baltazar Sanabria, especializado em transplante capilar, esclarece que doenças infecciosas podem desencadear essa perda de cabelo, e é chamada de eflúvio telógeno agudo.

Em média, após três meses que a pessoa contraiu coronavírus pode começar a queda de cabelo. Essa infecção faz com que o ciclo capilar tenha uma alteração, e isso causa essa perda. Dr Baltazar informa que "na verdade não é uma queda é uma troca, até porque o cabelo cai, só que naquele mesmo momento ele é reposto por outro. Então existe uma alteração de ciclo antes do tempo certo". Isso é mais comum em mulheres do que nos homens.

"Quando o paciente tem a infecção, ele tem uma predisposição a ter esse eflúvio telógeno agudo, e não tem nada que se possa fazer para evitar essa queda. Isso vai acontecer independente de qualquer tratamento, desde que comprovado que a perda de cabelo é em decorrência do vírus. Não existe um tratamento específico para interromper", explica Sanabria.

Sempre que a pessoa perder uma quantidade maior de cabelo é importante procurar um médico especialista para descartar outras causas. É levado em consideração o histórico do paciente e se é em decorrência de doença infecciosa ou não. Vale ressaltar que, às vezes, uma alteração laboratorial ou a deficiência de alguma vitamina também pode justificar essa queda de cabelo.

Para quem tem dúvida sobre a existência de um medicamente para essa solução do sintoma pós-covid, Dr Baltazar fala que não existe um tratamento específico. "A gente vê que 20% dos pacientes com covid que tem essa queixa, realmente não tem nada que faça a queda parar, é só questão do tempo mesmo".

Os que já tiveram coronavírus e querem realizar o transplante capilar, Sanabria destaca que "pode realizar esse procedimento tranquilamente. O paciente tem que estar curado e completamente recuperado para ser submetido a cirurgia até porque é um procedimento que tem uma anestesia local associado a sedação".

Na situação contrária, para pacientes que realizaram o transplante capilar e contraiu covid após a cirurgia, Dr Baltazar esclarece que "não tem problema, essa queda de cabelo é temporária, então vai durar três meses e, em geral, todos os cabelos que caírem serão repostos. Por isso os médicos especialistas falam que na verdade não é uma queda é uma troca".

 



Dr. Baltazar Sanabria, CRM MS 6751 - Formado em medicina pela UFGD (universidade federal da grande dourados), Baltazar Sanabria fez residência em dermatologia pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), é especialista em doenças dos cabelos e couro cabeludo pelo hospital servidor municipal de São Paulo e Fellowship em cirurgia da calvície pela clínica Wels- São Paulo e pela clínica Dr. Alex Gisnburg, em Israel, uma referência no assunto no mundo. Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Membro titular da Sociedade Brasileira de Restauração Capilar.


Prótese mamária e amamentação: é possível conviver em harmonia


As mamas, além de serem a fonte do alimento materno, elas são o símbolo de sensualidade da mulher e desempenham papel fundamental na estética do corpo feminino. Por isso, as cirurgias mamárias estéticas são cada vez mais frequentes, sendo uma das cirurgias plásticas mais realizadas no Brasil e no mundo.

Mas será que a prótese mamária pode interferir na amamentação? O que se deve levar em consideração quando for fazer uma cirurgia mamária?

O cirurgião plástico e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) Dr. Fernando Amato explica que as cirurgias que não envolvem cortes na glândula mamária, geralmente não interferem na amamentação, como por exemplo na mamoplastia de aumento (prótese de mama) com acesso (corte) realizado no sulco mamário, deixando a prótese localizada atrás da glândula.

“Porém, quanto mais cortes acontecer na cirurgia, mais chance de uma cicatrização da glândula poder interferir em uma futura amamentação. E quando falamos que pode, é porque existe uma chance, muitas vezes pequena, de interferência”, diz o especialista.

O mais importante, segundo o Dr. Amato, é sempre conversar com o médico sobre os riscos existentes e entender qual método será utilizado na cirurgia. Assim, é possível tomar decisões que não tragam arrependimentos futuros.

Abaixo, Dr. Fernando Amato detalha os tipos de cirurgias nas mamas e os cortes que podem ser indicados:

  • Mamoplastia de aumento com implante de silicone: mais conhecida como prótese de silicone.
  • Mamoplastia redutora: consiste na cirurgia para diminuir o volume mamário.
  • Mastopexia: reposicionamento da aréola e pode ser associado ou não a colocação de um implante mamário.

 

Cortes que podem ser indicados pelo cirurgião:

1- sulco mamário

2- axilar

3- periareolar (ao redor do mamilo/bico)

4- vertical

5- em formato de T invertido

6- em formato de L

 

“O mais importante antes da cirurgia plástica é pesquisar se o especialista tem o registro profissional e se é titulado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Isso representa 50% de chance de diminuir possíveis complicações em uma cirurgia. Mais uma orientação que sempre dou é conversar muito com o seu médico, tirar todas as dúvidas que surgirem. Assim, o resultado tende a ser bem satisfatório”, comenda Dr. Amato.

 



Dr. Fernando C. M. Amato Graduação, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica e Mestrado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Membro Titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).

https://www.instagram.com/meu.plastico.pro/

 

Quer pintar o cabelo? Saiba como preparar os fios antes da coloração

A tricologista Viviane Coutinho separou alguns cuidados essenciais para mudar o visual do cabelo sem causar danos aos fios 

 

Muita gente aproveitou a pandemia do coronavírus para mudar o visual e pintar o cabelo, indo desde o ruivo, passando pelas cores-fantasia e pelo loiro, até chegar no platinado. Mas saiba que essa transformação requer cuidados extras: é preciso respeitar a natureza da estrutura capilar durante todo o processo para não causar danos maiores aos fios. 

A tricologista Viviane Coutinho, membra-docente da Academia Brasileira de Tricologia (ABT), separou algumas dicas indispensáveis para quem não vê a hora de apostar na mudança das madeixas. Ela explica a importância de se preparar o cabelo antes da coloração.

“Todos sabem que é essencial cuidar do cabelo após a coloração. No entanto, muita gente ainda não entende que os cuidados realizados antes da mudança acontecer também podem fazer toda a diferença no resultado.”

Segundo a profissional, os produtos e hábitos mais adequados vão depender das necessidades de cada fio, então é fundamental que um especialista avalie o estado da fibra capilar. “Os fios podem estar saudáveis, mas também podem estar ressecados, com perda de densidade, falta de nutrientes e outros problemas acumulados”, conta.

No caso da descoloração, processo que retira de forma definitiva o pigmento da cor, a agressão ao cabelo é ainda maior. “O pó descolorante e a água oxigenada são usados nesses procedimentos para remover a pigmentação, mas com isso, também acabam retirando os nutrientes naturais do cabelo e ressecando as madeixas. Em casos graves, pode causar ferimentos no couro cabeludo e até mesmo a queda de cabelo.”

Para evitar possíveis transtornos, confira dicas para preparar o cabelo antes da descoloração:

 

Evite o calor da chapinha, secador e babyliss

A tricologista afirma que reduzir o uso de ferramentos de calor ajuda bastante na preservação da saúde capilar. 

“Esses aparelhos emitem temperaturas muito altas. Como a tintura é um processo que fragiliza e abre as cutículas, é fundamental evitar outros procedimentos que podem danificar as madeixas. Caso queira fazer em datas especiais, pelo menos aplique primeiro um bom protetor térmico para diminuir o impacto do calor”, recomenda.

 

Invista na reconstrução para fortalecer os fios

Um dos segredos da pré-coloração é tornar o fio mais resistente. O cronograma capilar, que consiste nas etapas de hidratação, nutrição e reconstrução, é uma ótima forma de conquistar madeixas fortes e emolientes. 

A reconstrução, em especial, visa devolver a queratina ao cabelo. “A elasticidade é uma característica normal dos fios, que evita que eles se quebrem na hora de pentear. O problema é quando o cabelo fica elástico em excesso", descreve. “Produtos como a queratina conseguem tratar o fio por dentro e por fora para receber a química.”

 

Use óleos vegetais para nutrir o cabelo

A nutrição é responsável por trazer a oleosidade necessária aos fios ressecados e combater a porosidade do cabelo. O método da umectação é um dos mais populares, segundo a tricologista, para evitar o efeito espigado, em especial nas pontas.

“Basta aplicar o óleo vegetal puro nos cabelos e deixá-lo agir por 20 minutos”, acrescenta. “O de abacate é um dos mais potentes e densos. Indico bastante para os casos mais delicados.”

 

Não deixe de fazer o teste de mecha

Um dos maiores dramas no mundo capilar é a incompatibilidade de químicas. Quando duas químicas são incompatíveis, isso resulta no corte químico: os fios se partem, ficam elásticos e quebradiços.

“O cabelo alisado, por exemplo, é como se estivesse encapado. Por isso, um processo de pintura será muito mais demorado nessas situações. Pode ser que nem se chegue ao tom desejado justamente por ele estar com essa ‘capa’”, aponta Viviane.

Para saber se você pode ou não mudar a cor do fio, basta fazer um teste de mecha. “Pinte uma mecha no tom desejado pelo menos 24 horas antes da transformação completa.. Caso o cabelo não reaja bem, o ideal é adiar o procedimento e focar no tratamento capilar até que eles estejam saudáveis o suficiente para receber a coloração”, orienta.

Outra dica é fazer o teste de pele. “Aplique o produto com o cotonete atrás da orelha 48 horas antes da pintura do cabelo e observe como sua pele irá reagir. Se a pele não apresentar nenhuma coceira ou vermelhidão, é sinal positivo”, completa.


Dermatologista ensina os segredos para que o perfume dure mais no seu corpo

Karla Lessa explica os fatores que influenciam a duração da fragrância em sua pele

 

Você é daqueles que não entende por que mesmo borrifando o perfume várias vezes, ele sai do seu corpo mais rápido que o desejado? De acordo com a dermatologista Karla Lessa, a fixação do perfume depende de muitas variáveis, como o tipo de pele e grau de hidratação dela.

"Quanto mais sua pele estiver hidratada, mais o perfume tende a se fixar. Na pele mais oleosa, geralmente a fixação do perfume também é melhor", explica a profissional, que também afirma que a transpiração é outro fator de influência na fixação da fragrância. 

"O suor também impacta muito. Quanto maior a transpiração, menor a fixação, porque o perfume é exalado na medida que a pele respira”, acrescenta. Além disso, a umidade do tempo também interfere na duração do perfume na pele. “Quanto mais quente o clima, menor a fixação.” 

De acordo com a especialista, os perfumes cítricos e aromáticos são mais voláteis. Ela também diz que é importante entender a quantidade de óleos e concentração presente na hora de comprar um perfume. “O ‘Éu de parfum’ e o ‘extreme de parfum’ são os mais concentrados”, indica. 

Ela ainda separa outras dicas para o dia a dia que fazem com que o perfume fixe melhor. 

“Não esfregue o perfume da pele! Sabemos que essa prática é inconsciente, ainda mais nos pulsos. Mas isso faz as notas evaporarem mais rapidamente”, recomenda. “Perfumar também ajuda a construir camadas de aromas. Mesmo que você só vá levar um casaquinho, dê uma borrifada nele. No fim do dia, quando for usá-lo, a fragrância vai estar lá bem presente.” 

Karla também ensina em quais partes do corpo o perfume exala com mais intensidade. "As regiões atrás da orelha, nuca e pulsos são as mais indicadas", responde a profissional, que dá uma dica importante na fixação do cheiro. "Capriche na hidratação da pele e deixe o seu cheirinho por onde passar”, completa.


Problemas típicos da pele no inverno e com evitar

Dermatologista de nomes como Ana Hickmann, Izabel Goulart, Fiuk e Julia Konrad lista as principais doenças da estação e dá dicas de cuidados com a pele

 

No inverno é comum que a nossa pele mude bastante. O tempo frio faz com que a gente mude de hábitos na nossa rotina de cuidados, como tomar banhos quentes, o que prejudica o microbioma e barreira física de proteção cutânea, podendo causar o surgimento de algumas doenças de pele.

Segundo o dermatologista Amilton Macedo, que atua na área de medicina preventiva há mais de 28 anos, além dos os maus hábitos que adotamos no frio, no inverno transpiramos e produzimos menos sebo, o que leva a uma redução  do manto lipídico, que age como protetor natural, protegendo a pele do frio, de bactérias, fungos e poluentes do ar. “Com o enfraquecimento dessa barreira podem surgir irritação, coceira, perda de luminosidade, rachaduras e fissuras, além do típico ressecamento, deixando a pele  mais sensível, o que pode desencadear doenças como dermatite, psoríase e outros problemas dermatológicos”, explica Amilton Macedo.

As doenças mais comuns na estação são: 


Dermatite atópica: geralmente acontecem nas crianças, principalmente as que apresentam algum tipo de alergia respiratória. Esses pacientes têm deficiências na barreira da pele e, consequentemente, apresentam uma proteção contra infecções e irritações reduzidas, agravando a desidratação da pele. A doença promove coceira e até lesões mais graves, que podem formar crostas e soltar secreções. Por isso, deve-se caprichar no uso de hidratantes específicos;


Dermatite seborreica: conhecida pelo aparecimento de placas que descamam, como a caspa no couro cabeludo e/ou na pele, sendo mais frequente no rosto, tronco e costas. O problema acontece com mais frequência no inverno, devido aos banhos quentes e demorados, que se tornam frequentes;


Psoríase: é uma doença inflamatória crônica, que pode acometer a pele, as unhas ou o couro cabelo e, em casos mais graves, afeta também as articulações. A hidratação adequada ajuda a aliviar as crises da doença.

Seguindo o Dr. Amilton Macedo, para evitar o aparecimento das doenças típicas da pele durante o inverno são necessários alguns cuidados diários:

 

1-  Na hora do banho é importante não ficar muito tempo no chuveiro e evitar a água muito quente.  O uso de buchas e de sabonetes comuns, que ressecam a pele, também deve ser evitado;

2-  Não seque o corpo com toalhas ásperas e sempre faça essa ação delicadamente, para não agredir a pele;

3- Evite usar esfoliantes, principalmente se a pele já está sensível;

4-  Aplique um hidratante específico para a sua pele, logo após o banho - dê preferência a um produto que tenha a Lanolina em sua composição, que devido a sua alta concentração de óleos, ela garante hidratação profunda e é ideal para peles secas e ressecadas.

5-  Investia em uma alimentação saudável, rica em vitaminas, antioxidantes e bastante líquido para preservar o filtro protetor da pele.

 

“Além desses cuidados, é essencial ter o acompanhamento dermatológico no caso do aparecimento de qualquer uma dessas doenças, para que sejam recomendados os produtos e tratamentos adequados para as características da sua pele”, reforça o dermatologista.


Prótese mamária e amamentação: é possível conviver em harmonia

As mamas, além de serem a fonte do alimento materno, elas são o símbolo de sensualidade da mulher e desempenham papel fundamental na estética do corpo feminino. Por isso, as cirurgias mamárias estéticas são cada vez mais frequentes, sendo uma das cirurgias plásticas mais realizadas no Brasil e no mundo.

Mas será que a prótese mamária pode interferir na amamentação? O que se deve levar em consideração quando for fazer uma cirurgia mamária?

O cirurgião plástico e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) Dr. Fernando Amato explica que as cirurgias que não envolvem cortes na glândula mamária, geralmente não interferem na amamentação, como por exemplo na mamoplastia de aumento (prótese de mama) com acesso (corte) realizado no sulco mamário, deixando a prótese localizada atrás da glândula.

“Porém, quanto mais cortes acontecer na cirurgia, mais chance de uma cicatrização da glândula poder interferir em uma futura amamentação. E quando falamos que pode, é porque existe uma chance, muitas vezes pequena, de interferência”, diz o especialista.

O mais importante, segundo o Dr. Amato, é sempre conversar com o médico sobre os riscos existentes e entender qual método será utilizado na cirurgia. Assim, é possível tomar decisões que não tragam arrependimentos futuros.

Abaixo, Dr. Fernando Amato detalha os tipos de cirurgias nas mamas e os cortes que podem ser indicados:

  • Mamoplastia de aumento com implante de silicone: mais conhecida como prótese de silicone.
  • Mamoplastia redutora: consiste na cirurgia para diminuir o volume mamário.
  • Mastopexia: reposicionamento da aréola e pode ser associado ou não a colocação de um implante mamário.

 

Cortes que podem ser indicados pelo cirurgião:

1- sulco mamário

2- axilar

3- periareolar (ao redor do mamilo/bico)

4- vertical

5- em formato de T invertido

6- em formato de L

 

“O mais importante antes da cirurgia plástica é pesquisar se o especialista tem o registro profissional e se é titulado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Isso representa 50% de chance de diminuir possíveis complicações em uma cirurgia. Mais uma orientação que sempre dou é conversar muito com o seu médico, tirar todas as dúvidas que surgirem. Assim, o resultado tende a ser bem satisfatório”, comenda Dr. Amato.

 



Dr. Fernando C. M. Amato Graduação, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica e Mestrado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Membro Titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).

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Mineração: empresas e profissionais estão preparados para a retomada?

Uma das mais importantes atividades econômicas do Brasil, a mineração experimenta, atualmente, o que pode ser um novo boom do setor. Desde os primeiros meses do ano, há uma grande recuperação da demanda e dos preços, com a cotação do minério de ferro, por exemplo, atingindo patamares históricos recentemente. Cenário muito diferente do vivenciado em 2020, após o avanço da pandemia do novo coronavírus e todas as dificuldades e incertezas que surgiram como reflexo dela. E um momento propício para reflexões – e ações – fundamentais para o setor: as empresas e os profissionais estão preparados para essa retomada, que exige reestruturação, adaptação, humanização das relações e diversidade em todas as esferas?

Aliás, no mercado de hoje, independentemente do ramo de atuação, quem não se reinventar está fadado ao fracasso. No caso da mineração, práticas ortodoxas de gestão, comuns em um passado recente, já não cabem mais. E o modelo de gerenciamento de pessoas e de liderança tem espaço para ser repensado drasticamente na maior parte das corporações inseridas nessa atividade – que reúne uma cadeia produtiva extremamente vasta e fornece matéria-prima para a fabricação de praticamente tudo que nos rodeia. Para isso, é preciso, entre outros fatores, o desenvolvimento de áreas de Recursos Humanos efetivas e assertivas, a fim de apoiarem esse processo de transformação junto ao alto comando.

Depois dos acidentes ocorridos nas cidades de Mariana (MG) e Brumadinho (MG), as luzes de alerta foram acesas nesse segmento, especialmente no que tange à segurança. Além disso, seguiu-se um período de escassez de demanda. As empresas mais estratégicas usaram as circunstâncias desfavoráveis para repensar o business. E quem saiu à frente? Aquelas que investiram em tecnologia, bons parceiros, inovação para a proteção das pessoas e dos ativos, bem como aprimoraram seu capital humano (busca de talentos), tanto tecnicamente, quanto em relação às habilidades e competências. O foco passou a ser a contratação de pessoas que conseguissem transitar em distintos

níveis hierárquicos, seja internamente, seja em diferentes instâncias (Ministério Público, Ministério de Minas e Energia, órgãos ambientais etc.).

Novas áreas começaram a ser criadas, posições foram repensadas, ampliou-se a aplicação de job rotation até mesmo para os níveis mais técnicos, com o objetivo de fortalecer a sinergia e o conhecimento do todo. Enfim, as organizações estão se remodelando, em busca de mais produtividade e de otimização de seus recursos, cada vez mais escassos. Melhores práticas são identificadas e aplicadas, tal qual a tecnologia tem sido impulsionadora de mudanças nesse tradicional setor, que é extremamente técnico na sua operação, esbarra em diversas leis reguladoras e licenças de funcionamento, além de enfrentar um enorme custo-Brasil (problema comum a outros segmentos da economia).

Assim, da mesma forma que as corporações precisam aperfeiçoar sua cultura e sua gestão, também não há mais espaço para colaboradores e lideranças medíocres, sendo vital que os trabalhadores do setor se reinventem a cada dia. É o que chamamos de “profissional digital”, ou seja, antenado às transformações, que se adequam ao tempo e promovem reestruturações do negócio. São eles que estarão cada vez mais em destaque e serão cobiçados por esse mercado em plena recuperação.

A melhoria contínua das empresas e profissionais é essencial para o crescimento da mineração no nosso atual mundo “Vuca” (volátil, incerto, complexo e ambíguo), onde as decisões não cabem apenas ao líder. Todos participam, com sugestões sobre business, mercado, tendências e o que pode ser alterado, questionando, constantemente, o status quo. Citando Napoleão Bonaparte, “a grande arte é mudar durante a batalha” e procurar as soluções eficientes, mesmo em um panorama totalmente sem previsibilidade.

Portanto, é vital, nesse contexto, que as lideranças atuem na construção de espaços que favoreçam o desenvolvimento da criatividade e da inovação, especialmente com a ampliação da diversidade no setor. Em outras palavras, precisam integrar, permanentemente, pessoas com ideias, personalidades, culturas e desejos completamente distintos. Desse modo, conseguirão montar

uma arena propícia, quando bem gerenciada, para traçar constantemente novos caminhos. Evidentemente, para que isso ocorra, o líder deve ter escuta ativa, dar voz aos seus liderados e, sobretudo, gerenciar e mediar conflitos, bem como reunir o máximo de competências e habilidades – ou as tão faladas soft skills.

 


David Braga - CEO, board advisor e headhunter da Prime Talent. É também professor convidado da Fundação Dom Cabral (FDC) e autor do livro “Contratado ou Demitido – só depende de você”. Ele atua, ainda, como embaixador da ONG ChildFund e é Conselheiro de RH da ACMinas.


Autoconhecimento pode ser seu professor de inglês

O domínio da língua inglesa é requisito eliminatório no mercado de trabalho brasileiro, onde, paradoxalmente, mais de 95% da população não têm a menor intimidade com o idioma e, dos 5% restantes, nem 2% são fluentes.

O Brasil sempre investiu pouco em educação pública, todos sabem. Mas menos ainda na boa formação em relação a línguas estrangeiras. Prova disso é a última pesquisa EF English Proficiency Index, organização internacional da área. 

Realizado em 2020, o estudo aponta o país em 53º lugar em proficiência no idioma inglês, em um ranking de 100 nações. A vizinha Argentina está em 25º. Nos Países Baixos, primeiro lugar nesse pódio, mais de 90% da população conhecem bem o idioma, aprendido desde a mais tenra infância, a fase ideal para se conectar com outras línguas.


Olhando no espelho

Quantas vezes você já ficou entusiasmado com o anúncio de uma vaga de emprego que requeria todas as suas habilidades, mas a última linha da descrição da vaga exigia ‘fluência em inglês’? Único requisito que você não tem, e que faz com que projetos de carreira, neste momento, desabem como castelos de areia.

Do outro lado, nos departamentos de recursos humanos, saiba que a angústia dos recrutadores não é menor. Horas dedicadas a formar a descrição de vaga, e depois sobre análises de centenas de excelentes currículos para as mais variadas funções, descartadas simplesmente porque os candidatos não dominam a língua-chave para os negócios e as relações empresariais.


Gap

Essa falha histórica na educação dos brasileiros dificulta o aprendizado mais tarde, quando já são jovens ou adultos formados e precisam encarar um curso de línguas para ter um upgrade na profissão ou na formação acadêmica.

Muitos, inclusive, desistem de voar mais alto profissionalmente ou de fazer um curso no exterior porque consideram que jamais vão conseguir vencer essa falha.

Dominar outra língua pode parecer difícil, mas está longe de ser o “bicho de sete cabeças”. Lembre-se de que você passou por cada etapa escolar e estudou para ter as habilidades que a sua profissão requer. Aprender inglês é mais um desafio de aprendizado, mas a via você já conhece. Dedique seu tempo a isso.  Aprendemos a ser engenheiros, publicitários, médicos, por exemplo. Por que não aprenderíamos um novo idioma?


Autoconhecimento ?

As resistências no aprendizado têm raízes na sua alma, na forma como você encara a si mesmo. Aprender inglês vai exigir um esforço e disciplina, mas creia que o  autoconhecimento, que é um lado da personalidade que está em constante transformação, pode jogar a favor ou contra você. É preciso derrubar bloqueios de comportamento, como timidez, medo de errar ao escrever ou falar em público, e mania de perfeição, que são travas recorrentes aos alunos em fase adulta.

Um ‘saco’ com um monte de desculpas, como  “falta de tempo”, “não gosto de inglês”, “não tenho como investir”, entre outras velhas conhecidas, vai ser usado pelo seu ‘adversário’, nesse jogo. Quem quer, aprende e vence!

Errar faz parte do aprendizado e, quando se tem objetivos definidos, encara-se os desafios. Coloque o aprendizado no seu orçamento, na sua agenda, dentro do seu tempo, de maneira confortável.

Busque uma escola e professores com os quais de identifique e se sinta acolhido, e amplie também a sua vida pessoal, pois o domínio da língua inglesa abre possibilidades infinitas, já que o mundo gira em torno desse idioma.

 



Prof. Bob Maia - professor de inglês, pós-graduado em Comércio Exterior (FACESP) e fundador da escola de inglês Keep Calm and Learn Good English.  

Depoimento em primeira pessoa: Médico de MSF na Índia

Na cidade de Mumbai, profissional de saúde descreve a rotina de atendimento aos pacientes


Em meio a segunda onda de Covid-19 na Índia, Médicos Sem Fronteiras reiniciou suas atividades de emergência em Mumbai, no estado de Maharashtra. A precariedade do sistema de saneamento e a grande densidade populacional da cidade são desafios para o controle da pandemia. Diante de tantas dificuldades, Gautam Harigovind, coordenador-médico do projeto de COVID-19 de MSF, em Mumbai, faz um relato do que os médicos e pacientes estão enfrentando nas últimas semanas.

“Imagine um hospital com mil leitos, 28 enfermarias, além das áreas de emergência, pronto-socorro e triagem. Um hospital improvisado a partir de uma enorme tenda com hastes de metal. Entrar nele pela primeira vez foi uma experiência surreal, que eu nunca tinha vivido antes. O teto é muito alto, mas a ventilação não é tão boa. Ele atende a alguns padrões, mas realmente não é adequado ao clima de Mumbai, que, durante a manhã, é muito úmido. A unidade de saúde é terrivelmente quente, por isso, trabalhar com as roupas de proteção por seis horas é inimaginável. O calor é quase insuportável.

Estamos há três semanas com nosso projeto de emergência em Mumbai, recebendo cerca de 200 a 250 novos pacientes para internação todos os dias e, embora a situação em Mumbai continue muito grave, como equipe, tivemos uma semana mais positiva. Nos últimos quinze dias, notamos uma evolução no quadro dos nossos pacientes acima das nossas expectativas.

Quando comecei a trabalhar no centro de COVID-19 da cidade, em setembro do ano passado, estava um caos, com uma enorme quantidade de pessoas assustadas chegando todos os dias. Depois disso, as coisas se acalmaram e o atendimento aos pacientes ficou mais tranquilo.

Hoje, nosso maior desafio é o desgaste das equipes. As pessoas simplesmente não conseguem trabalhar neste ambiente por longos períodos de tempo. É exaustivo e os ciclos de desgaste são mais rápidos agora do que na primeira onda. Neste momento, após três dias de atendimento, você já está esgotado. Mesmo que o seu turno seja de apenas seis horas, pois essas são horas de atendimento à COVID-19. São horas marcadas pela falta de condições adequadas, pelo grande número de pacientes e pela falta de gerenciamento apropriado.

Também temos problemas para contratar mais pessoas que possam atender toda a demanda. Por exemplo, existem 28 enfermarias, cada uma deve ter duas enfermeiras presentes por turno, que são quatro ao longo do dia. É só fazer as contas e você pode entender que é difícil encontrar tantos profissionais de saúde.

Estamos focados no recrutamento e no treinamento de novos profissionais. Muitos dos enfermeiros do Ministério da Saúde são recém-formados, que foram empurrados para algo que ninguém esperava ou poderia imaginar. Eles estão tentando cumprir seu trabalho, mas são inexperientes e não sabem como gerenciar seu tempo ou suas atividades. As enfermeiras de MSF estão apoiando os profissionais de saúde locais com orientação e treinamento ao lado do leito do paciente.

A COVID-19 também me transformou como pessoa e como médico. Doentes estão morrendo, mas eu já me acostumei. Nós tivemos que nos adaptar a essa realidade e eu não tive tempo para refletir sobre ela. Eu costumava ser muito sensível ao paciente, mas agora estou com medo de construir relacionamentos com eles. No início, eu criava vínculos e, quando voltava para meu próximo turno, via a cama vazia. Isso partia o meu coração. Eu costumava chamar os doentes pelos seus nomes ou, pelo menos, como os meus pacientes. Agora eu me refiro a eles como “pacientes”. Foi assim que essa pandemia me transformou.

Para sobrevier a tudo isso, criamos maneiras intuitivas de tornar o trabalho mais fácil para nossa equipe. O time de MSF está repleto de pessoas muito fortes e essa é uma característica que procuro quando estou recrutando pessoas. Cada membro da nossa equipe é realmente forte, tanto em suas habilidades clínicas, quanto em sua personalidade. Atualmente, estamos encorajando o nosso pessoal a iniciar conversas com seus doentes sobre as possíveis consequências da COVID-19. O objetivo é ajudar os profissionais de saúde e os pacientes a entender o que pode acontecer, inclusive a possibilidade de morte. Tivemos resultados positivos com essa estratégia. Isso nos ajudou a aceitar os desfechos, não só porque tivemos essa conversa, mas porque o paciente pode, de alguma forma, estar preparado.

Todos devem falar o máximo que puderem sobre a situação na Índia. O que está acontecendo agora é uma atrocidade e, se ninguém estivesse falando sobre isso, simplesmente aconteceria. Na Índia, há muitas pessoas prontas para serem voluntárias da maneira que puderem e tantas outras desejam receber cuidados médicos, caso seja possível. As lacunas estão na infraestrutura.

No momento, as lacunas estão diminuindo. Estamos realmente trabalhando ao máximo para colocar as coisas no lugar antes que algo pior aconteça. Se não acontecer, ótimo. A COVID-19 é um contexto no qual eu amo estar errado!”


Em ritmo de exaustão, profissionais da enfermagem podem recorrer a regime especial e antecipar aposentadoria

 Março e abril registraram recordes nas mortes de profissionais da enfermagem por Covid-19. A Pandemia tem afetado a estabilidade emocional dos enfermeiros, que, por outro lado, lutam pela aprovação de um projeto de lei que estabeleça um piso salarial para a classe. 

 

 

           Os riscos no ambiente de trabalho para os profissionais de saúde sempre existiram, mas a pandemia da Covid-19 tem impactado de modo mais agressivo sob os profissionais da enfermagem. Apenas nos meses de março e abril de 2021, o Conselho Federal de Enfermagem registrou 223 mortes de enfermeiros, com mais de 53 mil casos suspeitos desde o começo da pandemia. Em rotina turbulenta e exaustiva, física e emocionalmente, parte desses profissionais tem recorrido ao regime especial da previdência, que permite antecipar a aposentadoria. Muitos, porém, não conhecem o direito ao regime especial para se aposentar.

 

A advogada especializada em Direito Previdenciário, Marília Schmitz, do escritório Schmitz Advogados, explica que os profissionais de enfermagem contam com regras consolidadas que permitem aposentadoria especial, mas a falta de planejamento ou de documentação faz com que muitos não aproveitem a condição especial, por exemplo, de se aposentar com 25 anos de trabalho.

 

Na prática, a aposentadoria especial, diferente da aposentadoria por tempo de contribuição, reduz a quantidade de anos a serem comprovados. No caso dos enfermeiros, por exemplo, é preciso comprovar 25 anos de atividade trabalhada em condições especiais, para homens e mulheres. “Temos casos de quem já tinha direito adquirido por tempo de contribuição em 2019, ou seja, antes da reforma da previdência, que além da vantagem de se aposentar com 25 anos, pode ainda contar com um cálculo diferente, com possibilidade de uma aposentadoria maior”, explicou Marília Schmitz.

 

Uma pesquisa realizada em março deste ano pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que entrevistou 1.829 profissionais da saúde da linha de frente da Covid-19 no país, levantou que 80% dos profissionais relataram impactos negativos à sua saúde mental pelo exercício da função na pandemia, sendo que 70% não se sentem prontos para lidar com a rotina turbulenta atual nas rotinas em ambiente hospitalar. Por outro lado, apenas 19% desses trabalhadores buscaram ajuda profissional para cuidar do problema de exaustão emocional, ou seja, 81% estão lidando com essa problemática sem procurar auxílio.

 

Em outra esfera, a classe tem acompanhado os trâmites do projeto de lei que estabelece o piso salarial de enfermeiros (PL 2.564/2020), de autoria do senador Fabiano Contarato (Rede-ES), mas que ainda precisa ser votado no Senado. A proposta fixa o salário base dos enfermeiros em R$ 7.315,00, dos técnicos de enfermagem em R$ 5.120,00 e dos auxiliares de enfermagem e parteiras em R$ 3.657,00, além de fixar jornada máxima de trabalho.

 

“É nobre a dedicação desses profissionais da enfermagem neste momento que todos enfrentamos, mas precisamos esclarecer que alguns já teriam direito à aposentadoria especial, o que se configura como um alívio diante do grama a que os profissionais da saúde estão agora submetidos”, frisou Marília Schmitz.


 

Dia Internacional da Enfermagem


No dia 12 de maio é comemorado o Dia Internacional da Enfermagem, em uma homenagem ao dia de nascimento de Florence Nightingale (1820-1910), uma mulher britânica que se dedicou a essa profissão e foi a autora do juramento lido nas formaturas ou colações de grau do curso de enfermagem.

 

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