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quinta-feira, 29 de abril de 2021

COMO MANTER AS CONTRATAÇÕES DE ESTAIÁRIOS A DISTÂNCIA?

Frente à crise internacional, o estágio é a melhor alternativa para manter os jovens no mercado e incentivar a educação


Apesar do recrutamento remoto já ser uma tendência para algumas empresas, pela estratégia e disrupção, diante da pandemia foi preciso ter coragem, propósito e paixão pelo desafio para se adaptar. Também, por esse motivo, a tão falada transformação digital foi acelerada. Assim, os processos passaram do “off” para o “on-line”. 

Os benefícios são vários para ambas as partes. Para os selecionadores, por exemplo, ganhou-se mais agilidade, pois eles conseguem entrevistar mais indivíduos, em menos tempo. Afinal, não há deslocamento e esperas físicas. Além disso, as ferramentas digitais já filtram os aspirantes de acordo com score, testes digitais de raciocínio lógico e técnico. 

Por outro lado, para os candidatos, ampliou-se a diversidade e as fronteiras. Com a tendência ao home office, a seleção expandiu seu alcance nacional e internacional. Bem como, intensificou a pluralidade dos perfis e a inclusão de pessoas com alguma deficiência física (PCD). 

Embora muitas companhias tenham implantado planos de contingência para evitar maiores instabilidades durante esse período de isolamento, outras “surfaram nessa onda” e se saíram muito bem. Certamente, várias delas ajustarão esse método à cultura organizacional de agora em diante.

 

O estágio é uma relação de ganha-ganha 

Felizmente, o Brasil está rapidamente reduzindo os impactos provocados pela pandemia e, junto com a vacina, vem a retomada da economia e dos negócios. Nesse sentido, um dos maiores anseios da população é a reestruturação do mercado de trabalho. Em especial, nossos jovens, os quais foram os mais afetados pela crise, alcançando 29,8% a taxa de desemprego, entre 18 e 24 anos, e pior ainda de 14 a 17 anos, atingindo 44,2%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Por isso, investir no estágio é a principal maneira de preservar a juventude tanto estudando quanto dando uma chance de profissionalização no mundo corporativo. Afinal, para ser um estagiário é necessário estar matriculado. Pode ser no nível médio, técnico, superior ou EJA (Educação de Jovens e Adultos). 

Então, ao mantermos um brasileiro na sala de aula, estamos não só dando oportunidade de conhecimento, mas a chance de ganhar experiência. Com isso, garante a renda para a manutenção dos estudos e um passaporte garantido para dar o start na carreira.  

Ademais, existem também vantagens para todos os envolvidos. Vamos lá: o ato educativo escolar supervisionado não gera vínculo empregatício. Logo, a corporação fica livre de pagar encargos trabalhistas, como FGTS, INSS, 13º salário, sobre férias e eventual multa rescisória.  

Já para a moçada, além de conquistar a tão sonhada vivência no mercado, fará isso com a carga horária reduzida, máxima de seis horas diárias e 30h semanais, permitindo-lhes organizar a rotina entre a corporação e a classe. Esses incentivos foram criados para facilitar a admissão desse grupo, os quais mais precisam de uma chance para o início profissional. 

Portanto, você, gestor ou empresário, ofereça essa oportunidade aos nossos jovens. Continue contratando estagiários. Sua atitude hoje, reflete um futuro muito melhor para o nosso país.


 Carlos Henrique Mencaci -presidente da Abres - Associação Brasileira de Estágios. 

Empreendedorismo como projeto de vida

Possibilidade de realização pessoal para uns, fonte de renda e tábua de salvação para outros. Qualquer que seja a motivação para se montar o próprio negócio, o fato é que 99% das empresas existentes no Brasil são micro e pequenas e respondem por 29,5% do PIB. Elas representam um dos pilares da nossa economia e serão tão fortes e prósperas quanto a cultura empreendedora do País for desenvolvida.

Atualmente, o Brasil amarga uma taxa de desocupação de 14,2%, o que significa 14,3 milhões de desempregados. Sem perspectiva de recolocação e enfrentando uma severa crise, uma parcela desse contingente viu no empreendedorismo a saída para voltar a ter renda.

Como consequência, houve um sensível aumento de abertura de empresas. Segundo a Receita Federal, o número de pequenos negócios optantes do Simples Nacional passou de 14,7 milhões no período anterior à pandemia (fevereiro de 2020) para 17,5 milhões em abril deste ano. Um crescimento de 2,8 milhões de negócios, ou 19,6%, desde a chegada do coronavírus.

Se considerarmos os Microempreendedores Individuais (MEIs), figura jurídica vista como porta de entrada para o empreendedorismo, o crescimento foi ainda maior, de 23,5% no mesmo período, indo de 9,7 milhões para 12 milhões, ou 2,2 milhões a mais, a maior elevação em cinco anos.

O problema é que boa parte dessas novas empresas foi criada com pouco ou nenhum planejamento, tendo como responsável alguém que não se preparou para a tarefa, movido apenas pela urgência em buscar seu sustento. Além disso, nasceram em um momento conturbado, cheio de restrições e novas exigências. Muitas não darão o resultado esperado ou nem conseguirão se manter vivas.

O trabalhador com carteira assinada tampouco foi poupado pela conjuntura atual. Mesmo limitado à parte de uma operação, ele passou a conviver com as novas demandas impostas pela pandemia.

A sociedade, o mercado e o mundo corporativo vivem em estado permanente de mutação, seja por causa do imponderável como a Covid-19, crises econômicas, comportamento do consumidor ou inovações tecnológicas.

Segundo o estudo "Projetando 2030: uma visão dividida do futuro", encomendado pela Dell Technologies ao Institute For The Future, que analisou o impacto da tecnologia nas profissões, 85% dos trabalhos que existirão em 2030 ainda estão para serem criados e terão maior interação entre homem e máquina.

Para lidar com as novas exigências, são necessárias habilidades que possibilitem adaptar-se a essa conjuntura em constante evolução.

Onde buscar tais habilidades? A resposta está na educação empreendedora. É ela que permite desenvolver as características capazes de formar profissionais de sucesso, seja no comando da própria empresa ou fazendo parte de uma criada por outros (cada vez mais recrutadores buscam candidatos com o perfil empreendedor nos processos seletivos).

São características como liderança, capacidade de enxergar oportunidades, poder de decisão, colaboração, resiliência, iniciativa, saber trabalhar em equipe, busca por soluções transformadoras, entre outras.

Nem todo dono de empresa tem tais elementos em seu repertório e a maioria dos funcionários não percebe o quanto isso lhe seria útil.

Tais atributos não são um dom reservado a iluminados que os carregam desde o nascimento. São competências que podem ser aprendidas ao longo da vida. Para isso, há anos existe o ensino de empreendedorismo em escolas públicas e particulares, onde são aplicadas metodologias específicas para cada etapa da jornada do aluno, do ensino fundamental ao superior. Quanto mais cedo começar, melhor. Quanto mais escolas aderirem, maior o alcance.

O contato com esse conhecimento é capaz de moldar profissionais e empresários mais capacitados a lidar com situações adversas e mais aptos a encontrar as soluções que a sociedade precisa.

Trata-se de uma mudança de paradigma. Em uma crise como a atual, em que faltam empregos, as pessoas deixariam de pensar em fazer parte de um negócio para serem o negócio. É o empreendedorismo não resumido a uma forma de ganhar dinheiro, mas como projeto de vida. Neste 28 de abril, Dia da Educação, vale a pena refletir sobre como a educação empreendedora pode transformar essa perspectiva.



Ivan Hussni - diretor técnico do Sebrae-SP

 

Pesquisa da Toluna indica que 71% da população acredita que a pandemia deve piorar neste inverno

Segundo o levantamento, para se proteger na estação mais fria, 80% pretendem sair menos de casa

 

Com as temperaturas caindo e o inverno a poucos meses de seu início, a população brasileira demonstra um grau maior de preocupação com a Covid-19. Em uma pesquisa realizada pela Toluna, empresa especialista em insights de mercado, 71% dos entrevistados afirmam temer a possibilidade de se contaminar mais na estação mais fria do ano. Para se proteger do vírus nesta época de baixas temperaturas, os pesquisados afirmaram que vão redobrar os cuidados: 80% pretendem ficar mais em casa, 62% vão usar ainda mais álcool gel, 49% vão reforçar a ingestão de vitamina C e 49% disseram que irão ventilar mais os ambientes. E o hábito de higienizar compras ao chegar do supermercado continua: 87% dos entrevistados ainda mantém o ritual.

Mesmo com a vacinação avançando no país, muitos ainda aguardam sua hora de tomar a tão esperada primeira dose. Enquanto isso, além dos cuidados descritos acima, o tratamento precoce (à base de drogas como cloroquina e ivermectina) divide opiniões: 33% afirmam acreditar neste método, enquanto outros 42% dizem não acreditar.

Quando o assunto é uma ‘luz no fim do túnel’ em relação à pandemia, o brasileiro se mostra otimista. Ao serem perguntados o que sentem quando notam que a vida aos poucos vai voltando ao normal nos países nos quais grande parte da população já foi vacinada, 73% dos pesquisados dizem estar com esperança, 35% afirmam ficar felizes com a notícia, enquanto 22% relatam que sentem-se impotentes.

A pesquisa da Toluna também detectou que os internautas são gratos ao Instituto Butantan, que ao lado da empresa chinesa Sinovac, viabilizou a Coronavac: 88% dos entrevistados passaram a dar mais valor para a Instituição após a criação da vacina. Em mensagens que mandariam aos profissionais de lá, as frases mais ditas pelos internautas foram: ‘’a ciência tem de ser mais valorizada pelas pessoas e pelos governos’’, ‘’acelerem a produção dessa vacina’’, ou ainda ‘’esta é a esperança da nação’’.   O levantamento também apurou que muitos apoiam a priorização da vacinação para profissionais da saúde (67% concordam com a medida), para os profissionais de segurança (57% apoiam), motoristas de ônibus e metrô (65% apoiam a iniciativa). Ainda 37% da amostra concorda com a criação de um possível ‘passaporte Covid’, que permitiria livre trânsito por países a quem já foi imunizado.

A pesquisa da Toluna foi realizada no dia 23 de abril de 2021, com 842 pessoas (42% homens, 58% mulheres) das classes A, B e C, segundo critério de classificação de classes utilizado pela ABEP – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa, onde pessoas da classe C2 têm renda média domiciliar de R$ 4.500 por mês. Estudo feito com pessoas acima de 18 anos, de todas as regiões brasileiras, com 3 pontos percentuais de margem de erro e 95% de nível de confiança.

 

 

Toluna

tolunacorporate.com


Governo edita novas MPs que permitem a redução de jornada e suspensão do contrato de trabalho

Em 27/04/2021, o Governo editou duas novas Medidas Provisórias, MP nº 1.045 e nº 1.046, que permitem, novamente, redução da jornada de trabalho, a suspensão temporária dos contratos de trabalho, além de outras medidas trabalhistas. Com o objetivo de preservar o emprego e a renda, semelhante a permissão realizada em 2020 através da MP nº 936/2020, o governo pretende, com esta nova regulamentação, reduzir o impacto social da pandemia de coronavírus.

Este programa é exclusivo para os trabalhadores que possuam vínculo de emprego com carteira assinada e tem o intuito de auxiliar na preservação destes empregos. Isto porque, as constantes medidas restritivas impostas por estados e municípios para o enfrentamento da doença, tem afetado diretamente as empresas, as quais, em alguns casos são impedidas de prestar serviço e, consequentemente, tem suas receitas drasticamente prejudicadas.

A MP nº 1.046 dispõe algumas medidas que poderão ser adotadas pelos empregadores, durante o prazo de 120 dias a contar da publicação da medida provisória, tais como: adotar o regime de teletrabalho; antecipar as férias individuais; conceder férias coletivas; realizar o aproveitamento e antecipação de feriados; instituir banco de horas; permitir a suspensão de exigências administrativas em segurança e saúde no trabalho e o diferir o recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS; entre outras.

Referida MP regulamenta cada uma das medidas trabalhistas apresentadas, inovando em algumas regulamentações em relação a MP 927/2020. Como uma destas inovações, permite, por exemplo, que o empregador antecipe períodos futuros de férias por meio de acordo individual escrito e estabelece que o adicional de um terço relativo às férias seja pago após a sua concessão, a critério do empregador, até a data em que é devida a gratificação natalina. Do mesmo modo, a conversão de um terço do período das férias em abono pecuário poderá ser pago até a data em que é devido pagamento do décimo terceiro salário.

Outras inovações importantes: i) permite a concessão das férias por prazo superior a trinta dias; ii) constituição de regime especial de compensação de jornada por meio de banco de horas estabelecido e acordo individual ou coletivo, podendo a compensação ser realizada ao finais de semana; iii) as empresas que desempenham atividades essenciais poderão constituir regime especial de compensação de jornada independentemente da interrupção de suas atividades; iv) autoriza a realização de reuniões das comissões internas de prevenção de acidentes de maneira inteiramente remota; v) o depósito de FGTS das competências de abril, maio, junho e julho de 2021 poderá ser realizado de forma parcelada, sem a incidência da atualização, da multa e dos encargos, em até 4 parcelas mensais, com vencimento a partir de setembro de 2021.

A MP nº 1.045 institui medidas complementares permitindo a redução proporcional da jornada de trabalho, a suspensão temporária do contrato de trabalho e institui o pagamento do benefício emergencial, semelhantemente àquele regime instituído pela MP nº 936/2020. Dentre as novidades trazidas pela nova MP está a exclusão do benefício para os trabalhadores com contrato de trabalho intermitente, a inclusão de um dispositivo específico estabelecendo que a garantia provisória do emprego para empregadas gestantes beneficiadas pelo programa, passará a contar somente do término da garantia constitucional da gestante. Ainda, constou expressamente na MP que em caso de pedido de demissão, extinção do contrato de trabalho por acordo ou dispensa por justa causa do empregado não haverá garantia provisória no emprego

Estas novas medidas vêm em um importante período em que muitas empresas estão no limite de suas receitas, por conta das paralisações impostas pelo governo, e necessitam implementá-las para garantir o emprego de seus funcionários, bem como a saúde e manutenção de seus empreendimentos. Ainda, para manutenção da sustentabilidade do mercado de trabalho, as medidas ora propostas poderão ser prorrogadas por mais 120 dias, por meio de ato do Poder Executivo Federal.

 


Gisele Bolonhez Kucek - mestre em Direito pelo UNICURITIBA. Especialista em Direito Processual Civil. Bacharel em Direito pela UFPR. Advogada sócia da Derenne e Bolonhez Advogados Associados.


Saiba quatro ações para aprimorar a convivência em condomínio durante a quarentena

A administração de condomínios e todas as suas rotinas se tornaram, em grande parte, eventos por videoconferências e gerenciados por aplicativos, para que pudesse ser respeitado o distanciamento social e os cuidados com a pandemia. Porém, mesmo em isolamento, é fundamental que haja o comportamento para ser mantida a harmonia entre os moradores.

Para isso, Guilherme Barbosa, criador do Grupaly, aplicativo para a organização condominial, apresenta quatro medidas que vão melhorar a convivência entre os vizinhos:


- Cuidado com a higiene em locais com maior fluxo de circulação de pessoas

Em um estado de crise sanitária, os cuidados com a limpeza e higienização do ambiente são fundamentais para manter um local agradável e sem riscos aos moradores. Somando a isso, áreas do condomínio com álcool em gel disponível para todos de maneira segura também é uma iniciativa importante.


- Assembleias virtuais para informar os moradores

Informação também é cuidado. Manter as pessoas instruídas sobre os acontecimentos do dia a dia e também da rotina dos condomínios é uma prática que coloca todos na mesma página sobre as áreas comuns e o andamento do local. As assembleias virtuais também podem ajudar a organização do ambiente, serem executadas de forma prática e o primordial, todos são informados estando isolados em casa.


- Respeito às regras simples

Em situações normais, as regras corriqueiras do dia a dia para os condomínios já tem a sua devida importância visando a harmonia do local. Em tempos de pandemia, isso continua sendo fundamental. O respeito aos horários de silêncio, regulamentos de reforma, os cuidados com o elevador e os animais de estimação em áreas comuns precisam ser seguidos.


- Mais estímulo aos moradores

Vivemos um momento em que existem mais pessoas estressadas e o isolamento acarreta em trazer mais problemas emocionais. Por isso, mais mensagens de motivação e movimentação para os moradores pode melhorar o humor e deixar o clima mais leve.

Atividades indoor, em que todos os moradores participem unidos, porém, cada um de sua casa como yoga ou dança, ações interativas e o estímulo a ajuda comunitária entre os condôminos, podem ser alternativas para criar mais interação entre as pessoas e aproximá-las, de forma virtual, neste período de distanciamento.

 


Grupaly está disponível na Apple Store e no Play Store 


Servidor Público da Saúde deve receber indenização por conta do Covid-19

No final de março de 2021, foi publicada uma lei sobre a indenização para profissionais da saúde que ficarem incapacitados para o trabalho de modo permanente ou, ainda, morrerem em razão da covid-19.

Nesse caso, é preciso que a infecção tenha ocorrido durante o estado de emergência de saúde pública de importância nacional, chamado de Espin-Covid-19. Esse estado de emergência teve início em 3 de fevereiro de 2020, mas ainda não tem data de encerramento, pois depende de uma nova regra do Ministério da Saúde.



Quais profissionais da saúde podem receber indenização por conta da pandemia do coronavírus?


A indenização será paga aos profissionais descritos pelo Conselho Nacional de Saúde, incluindo médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos e outros.


Além de profissões correlatas, como assistentes sociais, profissionais que realizam testagem nos laboratórios de análises clínicas, trabalhadores de nível técnico ou auxiliar vinculados às áreas de saúde, agentes comunitários de saúde e de combate a endemias.


Nesse caso, é preciso que os profissionais de saúde e trabalhadores nas demais áreas citadas tenham atendido de forma direta os pacientes com coronavírus ou, ainda, tenham atuado em estabelecimentos de saúde que fazem atendimento a pacientes com a covid-19.


A lista de profissionais de nível superior da área de saúde inclui: assistentes sociais; enfermeiros; farmacêuticos; fisioterapeutas, fonoaudiólogos, médicos, nutricionistas, psicólogos e terapeutas Ocupacionais. 


Agora, a lista dos trabalhadores de nível técnico e auxiliar que estejam vinculados aos profissionais da área de saúde inclui: técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem, técnicos em laboratórios de análise clínica, profissionais que trabalham com testagem nos laboratórios de análises clínicas. 


Ainda, a lei inclui os profissionais que não sejam considerados profissionais de saúde, mas realizaram visitas aos pacientes com Covid-19, como agentes de combate a endemias e agentes comunitários de saúde. 


Por fim, os trabalhadores auxiliares que prestaram serviço de apoio nos estabelecimentos de saúde, entre eles: trabalhadores da limpeza, trabalhadores da lavanderia, copeiras, administrativos, segurança, maqueiros, motoristas de ambulância; etc.


Além disso, também estão incluídos os coveiros e agentes funerários.


Ou seja, nessa compensação financeira, foi aplicado um critério amplo para incluir diversos profissionais e trabalhadores da saúde. 


Portanto, o governo deve pagar indenização se ocorrer a morte ou incapacidade permanente para o trabalho do profissional da saúde ou agente comunitário de saúde e de combate a endemias.



Qual o valor da indenização?


Os servidores profissionais da saúde que ficarem incapacitados de forma permanente devem receber uma indenização de R$ 50 mil em parcela única.


Nos casos de morte do profissional, o cônjuge ou companheiro, além de demais dependentes e herdeiros, também devem receber uma parcela única de R$ 50 mil que será dividida de forma igual entre todos os beneficiários.


Além disso, em caso de morte deve ser paga indenização relativa às despesas de funeral.


Apesar da informação de parcela única, o governo federal poderá parcelar as indenizações em até 3 vezes. 


Veja abaixo mais detalhes sobre os dependentes e o adicional no valor da indenização.



Quem são os dependentes?


A Lei nº 14.128/2021, publicada em 26 de março de 2021, trata sobre a compensação financeira para profissionais e trabalhadores de saúde infectados pela Covid-19 (Sars-CoV-2).


Além disso, também fala que os dependentes para receber a indenização são os mesmos descritos na Lei da Previdência Social que trata sobre a pensão por morte.


De acordo com essa lei, existem 3 categorias de dependentes. Confira: 



Categoria 1: os dependentes nessa classe são aqueles familiares mais próximos:o cônjuge (marido/mulher); o companheiro ou a companheira (em união estável);o filho não emancipado de até 21 anos e o filho de qualquer idade, caso ele seja inválido ou tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave.

Esses dependentes não precisam provar que têm dependência econômica em relação à pessoa falecida, apenas o grau de parentesco.


Categoria 2: na classe 2, os dependentes são os pais da pessoa falecida.Porém, eles devem comprovar que dependem financeiramente dessa pessoa falecida para sobreviverem.


Categoria 3: agora, na classe 3 estão os irmãos, que também podem ser dependentes da pessoa falecida. Para os irmãos, também precisam provar que dependem da renda da pessoa falecida para sobreviverem.

Por fim, existe uma ordem de preferência entre essas categorias. Nessa classificação, se houver ao menos uma pessoa em uma classe, exclui as demais categorias.



Onde pedir a indenização?

Ainda não foi criada a regra sobre o órgão que deverá receber os pedidos e efetuar os pagamentos. Mas é provável que seja o INSS, inclusive para os servidores públicos.


Isso porque nos casos de incapacidade permanente para o trabalho, será preciso passar pela perícia médica realizada por um Perito Médico Federal.

 



Agnaldo Bastos - advogado, atuante no Direito Administrativo, especialista em causas envolvendo concursos públicos e servidores públicos e sócio-proprietário do escritório Agnaldo Bastos Advocacia Especializada.


Por que o dólar continua caro e quando o preço vai cair?


Na última quinzena de abril, o dólar ficou abaixo da linha dos R$ 5,50 – um patamar que vem sendo testado desde março. No entanto, esse “meio do caminho” entre R$ 5 e R$ 6 ainda desperta a incerteza se o brasileiro sairá mais forte da crise da Covid-19 ou se perderá o "bonde” da retomada econômica. Mas quais os principais acontecimentos recentes que fazem o preço da moeda estrangeira se manter alto e como deve ser o comportamento do dólar nos próximos meses?

 

Antes de responder e abordar como atual cenário favorece a alta do câmbio, é preciso entender a dinâmica do mercado cambial.

 

Em resumo, o principal componente que define as taxas cambiais é a lei da oferta e demanda: se eu tenho pouco produto e muita gente querendo comprar, o preço sobe. Mas se pouca gente compra, o preço cai. Quando não há intervenção direta na cotação da moeda, essa definição do custo é chamada de câmbio flutuante.

 

No Brasil, o Banco Central intervém no mercado às vezes, praticando os leilões (venda de parte da reserva cambial) para promover maior liquidez. A prática é conhecida como câmbio flutuante sujo. Outros países atuam apenas quando a taxa de câmbio está fora dos limites estabelecidos – o que é chamado de banda cambial.

 

Acontecimentos recentes x Alta do dólar

 

Para que haja abundância de dólar no mercado brasileiro, é necessário que as condições econômicas estejam favoráveis, com juros atrativos para os grandes investidores internacionais, maiores recebimentos por exportações do que pagamentos por importações (fluxo de pagamentos) e ambiente político e econômico de menor risco, por exemplo. São condições que reduzem o preço do câmbio. 

No entanto, é o inverso que está ocorrendo atualmente. A demora da vacinação na segunda onda do coronavírus, a instalação CPI da Covid-19, o impasse nas discussões de reformas e do Orçamento e o atraso na liberação de auxílios emergenciais, por exemplo, provocam um maior risco no cenário nacional, fazendo com que os investidores internacionais tirem o dinheiro do Brasil. Assim, o preço da moeda se mantém alto. 

Dessa maneira, enquanto não fizermos a “lição de casa” para amenizar a turbulência interna, apenas o cenário internacional poderá contribuir com a redução do preço da moeda, já que a situação lá fora está mais positiva – com o avanço na imunização e com os pacotes de estímulos e resultados positivos de empresas. 

Enfim, uma queda mais perceptível no preço do dólar nos próximos meses dependerá da aceleração das políticas públicas de combate à pandemia, do desenrolar das discussões e dos impasses na seara política e do desempenho da economia internacional.

 

Qual o melhor momento para comprar dólar? 

O atual momento de incertezas exige melhor planejamento e acompanhamento da variação cambial para que a compra da moeda seja feita no timing certo. A alta da inflação no Brasil também afeta diretamente na relação de poder de compra entre real e dólar. Assim, é importante contar com a ajuda de especialistas para fazer a “conta” e efetuar as transações de câmbio com menos burocracia e na hora certa.

 

 

Lucas Brigato - assessor de investimentos e sócio da Ethimos.


Dia das Mães: especialista dá dicas para aumentar vendas

Estimulada pela conexão emocional, data é uma das mais importantes para o comércio


O Dia das Mães é uma das datas mais importantes para o comércio e pelo segundo ano seguido será celebrado em plena pandemia. O forte apelo emocional da data é um dos aliados para os comerciantes que apostam nas vendas deste período para diminuir os impactos causados pela quarentena.

Com o abre e fecha do comércio, muitos consumidores migraram para a internet. Mas apesar do crescimento do comércio online, a especialista em Marketing e Estratégias de Vendas Yasmin Melo avalia que lojistas ainda cometem dois grandes erros.

“O primeiro é que todo mundo está vendendo o mesmo e da mesma forma. Um excesso de gatilhos que abusa da paciência do consumidor. E o segundo são as empresas que ainda não estão na internet. São como uma lojinha aberta no meio do deserto”, afirma.  O segundo caso é mais fácil de resolver.  A própria internet tem uma série de cursos, ferramentas e tutorais para seu negócio tornar-se online.

Para quem está na internet, mas fazendo igual ao concorrente, a especialista tem algumas dicas para destacar o negócio:

- crie um nome atrativo para os seus serviços, produtos ou categorias.

- tenha uma empresa com alma. O mais autêntico sempre se destaca. Estratégias de marketing com maior retorno são as que têm alma, as que são diferentes e têm personalidade.

- Venda sem vender. Desperte curiosidades e sensações. Mostre o que mudará na vida do seu cliente após adquirir seu produto ou serviço. Venda a sensação e não o produto.

Yasmin lembra que o Dia das Mães pode ser uma ótima oportunidade para conquistar novos consumidores.  Investir no atendimento, suporte no pós-venda, brindes e serviços diferenciados são ações que também vão ajudar a fidelizar o cliente.

 

Canadá anuncia novo caminho para imigrantes temporários que desejam pedir residência permanente no país


Mais de 90 mil trabalhadores essenciais e graduados poderão se beneficiar com o programa

 


O Ministro da Imigração, Refugiados e Cidadania do Canadá, Marco Mendicino, anunciou recentemente que mais de 90 mil trabalhadores considerados essenciais e graduados serão bem-vindos em pedir a residência permanente no país para continuarem a contribuir ativamente com a economia. 

De acordo com Armando Stocco, fundador da Northgate, escritório de consultoria de imigração, localizado em Vancouver, no Canadá, o país continua se movimentando para aumentar cada vez mais a residência permanente. “Eu acredito que toda essa movimentação do governo canadense que estamos vendo nos últimos meses seja resultado do esforço do governo em alcançar a meta de 1 milhão e 233 mil novos imigrantes até 2023”. 

A partir de 6 de maio de 2021, o IRCC (Immigration, Refugees and Citizenship Canada), começará a aceitar inscrições para o pedido de residência permanente para os profissionais e graduados que já estão no país nas seguintes vertentes:

- 20.000 inscrições para trabalhadores temporários na área da saúde

- 30.000 inscrições para trabalhadores temporários em outras ocupações essenciais

- 40.000 inscrições para estudantes internacionais que se formarem em uma instituição canadense 

Para Armando Stocco, que também é consultor regulamentado e representa os clientes perante o Ministério da Imigração, o governo canadense está em busca de pessoas que tenham um perfil qualificado para ficar por lá. “A qualificação do perfil é a chave da imigração, nós explicamos todos os passos para atingir isso e conseguir uma residência permanente no país com a melhor qualidade de vida do mundo.” 

O pedido de residência permanente ficará em aberto até o dia 5 de novembro de 2021 ou até atingir o limite, que é até 90 mil novos residentes permanentes. Para Daniel Braun, sócio de Stocco e presidente da Cebrusa, empresa que oferece soluções em imigração para o Canadá, esse anúncio do governo canadense é positivo para os brasileiros que desejam morar no país. “Mesmo com as fronteiras fechadas, o Canadá está aceitando pessoas de fora, pois precisa manter a economia em equilíbrio, prova disso é o anúncio do Ministro da Imigração que irá aceitar 90 mil pedidos de residência permanente em 2021. O país está aceitando pessoas, por isso quem deseja morar fora, esse é o momento certo.” 

Ainda segundo Daniel, mesmo diante de um cenário complicado, mais de 20 mil famílias foram morar no Canadá em 2020. “O Canadá precisa crescer e ainda mais agora com tudo que está acontecendo no mundo, o país precisa de uma rápida recuperação econômica e é exatamente por isso que esse anúncio do governo é tão importante e positivo para quem quer morar por lá.” 

O governo canadense acredita que com esse novo plano, novos empregos irão surgir e ajudará a impulsionar o crescimento da economia a longo prazo no país. De acordo com dados de janeiro de 2021 do órgão de estatística canadense, Statistics Canada, os imigrantes relatam altos salários apenas um ano após se tornarem residentes permanentes.

Mais informações: 

https://whats.link/northgateimmigrations ou contato@cebrusa.com.br

 

O impacto da Covid-19 na "Geração Sanduíche"

A vida moderna valoriza muito o aspecto profissional das pessoas. Com isso, as mulheres passaram a ter filhos mais tarde do que era comum, ajudando a nascer uma nova geração, com uma nova nomenclatura.

Esta nova geração diz sobre o fato de precisarmos “manter a peteca no ar” e nos equilibrar entre os cuidados com os filhos, muitas vezes pequenos, e com nossos pais e avós que, no processo de envelhecimento, passam a precisar de mais atenção financeira e emocional.

Pressionadas entre as duas gerações, somos chamadas de Geração Sanduíche.

Uma etapa da vida particularmente difícil para as mulheres, que agora não têm apenas uma dupla jornada, mas sim, tripla. Não fosse o suficiente o acúmulo de cuidados que, embora desafiadores, nos deixam felizes em permitir cuidar de nossos amados familiares, agora somos pressionados pelos impactos da Covid-19, levando muitos de nós à exaustão.

Soma-se ao zelo tradicional, o cuidado com o vírus. Não basta agora nossa presença, muitas vezes é necessário o oposto disso, nossa ausência! Evitarmos ficar próximos fisicamente de nossos pais e avós para não levar o vírus para eles. Nos distanciarmos de nossos filhos caso tenhamos que trabalhar na rua. Não é mais apenas nosso corpo que aponta sinais de cansaço. É nossa mente.

Sobrecarregados pela culpa de não poder agir nós mesmos nos cuidados aos nossos familiares, adicionamos uma dose extra de preocupação ao nosso sanduíche.

Alguns de nós voltaram a morar com os pais para diminuir os riscos e manter os cuidados. Muitas vezes sem necessariamente ser pelo fato dos cuidados contra contaminação, mas pela queda de renda, que levou jovens adultos a voltar para casa.

Nos EUA, 7 em cada 10 americanos estão agora cuidando de pais e filhos com o mesmo orçamento, de acordo com a pesquisa “Caregiving and COVID-19” da seguradora  New York Life.

A Covid-19 colocou muitos desses cuidadores transgeracionais em posições insustentáveis. Mas a situação econômica prejudicada e, o aumento da expectativa de vida, traz outra geração. Os sanduíches duplos. Pessoas com 60 anos que ajudam a cuidar de netos para que os filhos trabalhem. Além de sustentarem e apoiarem os próprios pais, já com 80 ou 90 anos.

No entanto, para os membros do sanduíche duplo há certo benefício, como por exemplo a possibilidade de convivência social com os netos, mais jovens, permitindo a manutenção da inserção deste idoso de 60 anos na comunidade.

Para a geração sanduíche tradicional resta a adaptação que tem sido trazida pela normalização do trabalho flexível e remoto. Com muitos ajustes ainda a serem feitos, é verdade. Mas são indícios de alguma diminuição de toda essa pressão, assim como a preservação de bem-estar mental e social com o estreitamento dos laços familiares.



Marcia Sena - farmacêutica especialista em qualidade de vida na terceira idade e fundadora da Senior Concierge


Experiência do usuário como tendência para o marketing e a comunicação digital em 2021

O ano de 2020 foi completamente atípico para inúmeros segmentos ao redor do mundo, incluindo a área de negócios. No entanto, as expectativas para o próximo ano são bastante positivas, com muitas possibilidades e inovações. Setores como o marketing e a comunicação digital vão se destacar ainda mais com estratégias voltadas para a experiência do usuário, que podem ter consequências positivas na geração de resultados para os negócios.

O fato de passarmos cada vez mais tempo conectados aos smartphones, tablets e computadores faz com que a vivência do consumidor se torne um recurso cada vez mais necessário de aproximação entre marca e público. Durante o Key Trends 2021, um evento de perspectivas e tendências para o mundo da comunicação e marketing, organizado pelo portal Mundo Marketing e pela Kmaleon, plataforma de busca e comparação de ferramentas digitais, revelou-se que uma das principais tendências para o setor será o investimento na experiência do usuário aliado às narrativas de cada negócio.

Perfis em redes sociais, sites e/ou blogs são como uma porta de entrada para o usuário. Diante disso, cada organização pode investir em narrativas que aproximem o consumidor de seu negócio por meio das sensações vividas no momento da navegação. Apesar de parecer um trabalho voltado para os profissionais de design ou de tecnologia, a estratégia necessária requer um trabalho multidisciplinar, envolvendo as áreas de governança, comunicação e análise de dados, o que permite que o processo final, desenvolvido pela empresa, seja integrado.

A experiência do usuário consiste na união dos atributos que causam satisfação no internauta, ou seja, no prazer que ele tem ao navegar pelo site ou blog, na geração de valor a partir do conteúdo, produto ou serviço e no atendimento recebido.

A rede de lojas Magazine Luiza utiliza a inovação e a tecnologia para dar suporte ao consumidor. Um dos desafios da marca, para realizar os mais de 250 mil atendimentos por mês, era manter o lado humano nas soluções dos problemas. Logo nos primeiros meses que a estratégia foi introduzida, houve uma diminuição de 16% do tempo de atendimento e um aumento de 15% na produtividade digital, com destaque para a agilidade na solução dos processos, resolvidos em menos de duas horas para cerca de 90% dos clientes da loja.

As melhorias proporcionadas pela experiência do usuário para as instituições são inúmeras. Além disso, outras formas de negócio podem ser trabalhadas simultaneamente, como a análise de dados para gerenciar melhor o atendimento, mais agilidade nas soluções de problemas, entre outros benefícios.

Para 2021, com a perspectiva de melhora financeira e o retorno gradual de novas oportunidades de emprego, as instituições terão que traçar novas estratégias para conquistar mais clientes, além de fidelizar ainda mais o público-alvo.

As empresas deverão aprender a lidar com o avanço tecnológico cada vez mais rápido, e, para não perder espaço no mercado, quem estiver mais preparado e melhor adaptado vai conseguir atrair ainda mais usuários, fazendo com que se eles se tornem seus próximos clientes.

 


Dino Bastos - CEO da Partners Comunicação Pro Business e vice-presidente de Comunicação e Marketing da Sucesu Minas.


Geração Distribuída torna o consumidor de energia livre

A discussão a respeito da revisão das regras da Geração Distribuída de Energia (REN 482/2012) acontece desde o ano de 2019. A proposta defendida pelas associações das Distribuidoras (ABRADEE), dos Grandes Consumidores (ABRACE e ANACE) e das Comercializadoras de Energia (ABRACEEL), inviabiliza de forma irreversível a Geração Distribuída (GD), pois estabelece um “pedágio” de 62% à energia produzida pelos consumidores. Por esta proposta, os consumidores pagariam 100% sobre a energia que comprassem das distribuidoras, mas teriam que entregar a que gerassem a 38% ao invés dos mesmos 100% que pagariam.

Entende-se por Geração Distribuída a produção de energia próxima aos centros de carga, conectada ao sistema de distribuição, de pequeno porte e não despachada pelo Operador Nacional do Sistema (ONS). Ou seja, o próprio consumidor pode gerar sua energia para consumo próprio.

O projeto de lei 5829/2019 de autoria do deputado federal Lafayette de Andrada (Republicanos/MG) visa implementar um marco legal da geração distribuída. A pauta está na Câmara para votação do texto.

Para o presidente da Abrapch, Paulo Arbex, a geração distribuída oferece a única alternativa disponível ao consumidor de energia elétrica para se tornar verdadeiramente livre, pois é a única que lhe permite gerar a sua própria energia, sem depender de intermediários que cobram enormes “pedágios”.

Opinião similar a do presidente da Abrapch sobre a democratização da geração distribuída é do próprio Lafayette de Andrada. Para o relator do PL 5829/2019, se aprovado, o marco regulatório irá baratear a conta de luz dos consumidores brasileiros, porque propiciará a instalação de sistemas remotos compartilhados.

Andrada projeta que até 2032 a geração fotovoltaica distribuída gerará aos consumidores uma economia de R$ 154 bilhões.


Taxa Selic: Copom se reúne na próxima semana

Especialistas comentam sobre expectativas em relação à próxima reunião que definirá a taxa de juros


Na próxima semana, nos dias 4 e 5 de maio, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne para definir a nova taxa de juros Selic. Na última reunião, que ocorreu em março, o comitê optou por romper a mínima história de 2% e iniciar um clico de alta da taxa, que alcançou o patamar de 2,75%. Segundo o boletim Focus divulgado no último dia 26 de abril, a expectativa é que a Selic continue a subir e chegue até o final do ano a 5,50%.

A inflação, um dos principais motivos que justificam a alta dos juros, continua acelerada. Em março, por exemplo, o IPCA subiu 0,93%, a maior alta para o mês desde 2015.

Para Rossano Oltramari, sócio e estrategista da 051 Capital, se as expectativas inflacionárias continuarem a se deteriorar semana após semana, o Banco Central pode ter que elevar os juros de forma mais intensa e prolongada do que o previsto para o ano todo.

"O Banco Central não consegue mais segurar os juros em patamares baixos e iniciou o ciclo de alta nos juros muito em função das pressões inflacionárias e deterioração da inflação. Um dos principais componentes que impacta os juros é o ciclo de alta das commodities, como soja, milho, trigo e carne, que estão subindo fortemente no mundo todo, Tivemos uma desvalorização cambial muito forte no último ano, o que traz pressão inflacionária grande, principalmente em relação a componentes importados", explica.

Além disso, a vacinação caminhando a passos lentos, as medidas de restrição, a taxa de desemprego alta no país e a insegurança em relação aos gastos fiscais são assuntos que os especialistas do Banco Central observam com atenção: "Isso não significa que os juros nunca mais vão voltar a cair, temos que observar os dados de inflação para entendermos os próximos movimentos da política monetária".

Para João Beck, sócio da BRA, escritório credenciado da XP Investimentos, a alta do dólar também causa impacto na inflação, que se deteriora e contribui para a elevação dos juros. "Em parte causada pelo aumento de taxas de juros nos EUA e noutro espectro pelo aumento do risco fiscal local. Os EUA vivem uma dobradinha de forte expectativa de crescimento do PIB combinada com projeção alta de taxas de juros. O Brasil ainda se arrasta no tema crescimento e reduziu muito a taxa de juros. É natural que o dinheiro saia daqui. Isso tem que ser ajustado com dólar mais alto e taxa de juros mais alta. Precisamos ficar baratos e remunerar bem o investidor para que ele não saia", explica Beck.

Além disso, segundo João, tem contribuído para a inflação a retomada da economia antes do esperado: "As cadeias de produção ficaram desabastecidas. Com a descoberta e distribuição da vacina, a demanda por bens e serviços sobe e as cadeias de produção desabastecidas aumentam preços. Preço de commodities diversas subiram no passado recente".

Segundo Jansen Costa, sócio-fundador da Fatorial Investimentos, o mercado entende que já passou a necessidade de manter os juros tão baixos nesse momento de pressão inflacionária. "Vamos ver se, com a mudança de patamares de juros, podemos trazer mais capital estrangeiro para dentro do país e maior valorização para o real", completa.


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