Pesquisar no Blog

quinta-feira, 29 de abril de 2021

O impacto da Covid-19 na "Geração Sanduíche"

A vida moderna valoriza muito o aspecto profissional das pessoas. Com isso, as mulheres passaram a ter filhos mais tarde do que era comum, ajudando a nascer uma nova geração, com uma nova nomenclatura.

Esta nova geração diz sobre o fato de precisarmos “manter a peteca no ar” e nos equilibrar entre os cuidados com os filhos, muitas vezes pequenos, e com nossos pais e avós que, no processo de envelhecimento, passam a precisar de mais atenção financeira e emocional.

Pressionadas entre as duas gerações, somos chamadas de Geração Sanduíche.

Uma etapa da vida particularmente difícil para as mulheres, que agora não têm apenas uma dupla jornada, mas sim, tripla. Não fosse o suficiente o acúmulo de cuidados que, embora desafiadores, nos deixam felizes em permitir cuidar de nossos amados familiares, agora somos pressionados pelos impactos da Covid-19, levando muitos de nós à exaustão.

Soma-se ao zelo tradicional, o cuidado com o vírus. Não basta agora nossa presença, muitas vezes é necessário o oposto disso, nossa ausência! Evitarmos ficar próximos fisicamente de nossos pais e avós para não levar o vírus para eles. Nos distanciarmos de nossos filhos caso tenhamos que trabalhar na rua. Não é mais apenas nosso corpo que aponta sinais de cansaço. É nossa mente.

Sobrecarregados pela culpa de não poder agir nós mesmos nos cuidados aos nossos familiares, adicionamos uma dose extra de preocupação ao nosso sanduíche.

Alguns de nós voltaram a morar com os pais para diminuir os riscos e manter os cuidados. Muitas vezes sem necessariamente ser pelo fato dos cuidados contra contaminação, mas pela queda de renda, que levou jovens adultos a voltar para casa.

Nos EUA, 7 em cada 10 americanos estão agora cuidando de pais e filhos com o mesmo orçamento, de acordo com a pesquisa “Caregiving and COVID-19” da seguradora  New York Life.

A Covid-19 colocou muitos desses cuidadores transgeracionais em posições insustentáveis. Mas a situação econômica prejudicada e, o aumento da expectativa de vida, traz outra geração. Os sanduíches duplos. Pessoas com 60 anos que ajudam a cuidar de netos para que os filhos trabalhem. Além de sustentarem e apoiarem os próprios pais, já com 80 ou 90 anos.

No entanto, para os membros do sanduíche duplo há certo benefício, como por exemplo a possibilidade de convivência social com os netos, mais jovens, permitindo a manutenção da inserção deste idoso de 60 anos na comunidade.

Para a geração sanduíche tradicional resta a adaptação que tem sido trazida pela normalização do trabalho flexível e remoto. Com muitos ajustes ainda a serem feitos, é verdade. Mas são indícios de alguma diminuição de toda essa pressão, assim como a preservação de bem-estar mental e social com o estreitamento dos laços familiares.



Marcia Sena - farmacêutica especialista em qualidade de vida na terceira idade e fundadora da Senior Concierge


Experiência do usuário como tendência para o marketing e a comunicação digital em 2021

O ano de 2020 foi completamente atípico para inúmeros segmentos ao redor do mundo, incluindo a área de negócios. No entanto, as expectativas para o próximo ano são bastante positivas, com muitas possibilidades e inovações. Setores como o marketing e a comunicação digital vão se destacar ainda mais com estratégias voltadas para a experiência do usuário, que podem ter consequências positivas na geração de resultados para os negócios.

O fato de passarmos cada vez mais tempo conectados aos smartphones, tablets e computadores faz com que a vivência do consumidor se torne um recurso cada vez mais necessário de aproximação entre marca e público. Durante o Key Trends 2021, um evento de perspectivas e tendências para o mundo da comunicação e marketing, organizado pelo portal Mundo Marketing e pela Kmaleon, plataforma de busca e comparação de ferramentas digitais, revelou-se que uma das principais tendências para o setor será o investimento na experiência do usuário aliado às narrativas de cada negócio.

Perfis em redes sociais, sites e/ou blogs são como uma porta de entrada para o usuário. Diante disso, cada organização pode investir em narrativas que aproximem o consumidor de seu negócio por meio das sensações vividas no momento da navegação. Apesar de parecer um trabalho voltado para os profissionais de design ou de tecnologia, a estratégia necessária requer um trabalho multidisciplinar, envolvendo as áreas de governança, comunicação e análise de dados, o que permite que o processo final, desenvolvido pela empresa, seja integrado.

A experiência do usuário consiste na união dos atributos que causam satisfação no internauta, ou seja, no prazer que ele tem ao navegar pelo site ou blog, na geração de valor a partir do conteúdo, produto ou serviço e no atendimento recebido.

A rede de lojas Magazine Luiza utiliza a inovação e a tecnologia para dar suporte ao consumidor. Um dos desafios da marca, para realizar os mais de 250 mil atendimentos por mês, era manter o lado humano nas soluções dos problemas. Logo nos primeiros meses que a estratégia foi introduzida, houve uma diminuição de 16% do tempo de atendimento e um aumento de 15% na produtividade digital, com destaque para a agilidade na solução dos processos, resolvidos em menos de duas horas para cerca de 90% dos clientes da loja.

As melhorias proporcionadas pela experiência do usuário para as instituições são inúmeras. Além disso, outras formas de negócio podem ser trabalhadas simultaneamente, como a análise de dados para gerenciar melhor o atendimento, mais agilidade nas soluções de problemas, entre outros benefícios.

Para 2021, com a perspectiva de melhora financeira e o retorno gradual de novas oportunidades de emprego, as instituições terão que traçar novas estratégias para conquistar mais clientes, além de fidelizar ainda mais o público-alvo.

As empresas deverão aprender a lidar com o avanço tecnológico cada vez mais rápido, e, para não perder espaço no mercado, quem estiver mais preparado e melhor adaptado vai conseguir atrair ainda mais usuários, fazendo com que se eles se tornem seus próximos clientes.

 


Dino Bastos - CEO da Partners Comunicação Pro Business e vice-presidente de Comunicação e Marketing da Sucesu Minas.


Geração Distribuída torna o consumidor de energia livre

A discussão a respeito da revisão das regras da Geração Distribuída de Energia (REN 482/2012) acontece desde o ano de 2019. A proposta defendida pelas associações das Distribuidoras (ABRADEE), dos Grandes Consumidores (ABRACE e ANACE) e das Comercializadoras de Energia (ABRACEEL), inviabiliza de forma irreversível a Geração Distribuída (GD), pois estabelece um “pedágio” de 62% à energia produzida pelos consumidores. Por esta proposta, os consumidores pagariam 100% sobre a energia que comprassem das distribuidoras, mas teriam que entregar a que gerassem a 38% ao invés dos mesmos 100% que pagariam.

Entende-se por Geração Distribuída a produção de energia próxima aos centros de carga, conectada ao sistema de distribuição, de pequeno porte e não despachada pelo Operador Nacional do Sistema (ONS). Ou seja, o próprio consumidor pode gerar sua energia para consumo próprio.

O projeto de lei 5829/2019 de autoria do deputado federal Lafayette de Andrada (Republicanos/MG) visa implementar um marco legal da geração distribuída. A pauta está na Câmara para votação do texto.

Para o presidente da Abrapch, Paulo Arbex, a geração distribuída oferece a única alternativa disponível ao consumidor de energia elétrica para se tornar verdadeiramente livre, pois é a única que lhe permite gerar a sua própria energia, sem depender de intermediários que cobram enormes “pedágios”.

Opinião similar a do presidente da Abrapch sobre a democratização da geração distribuída é do próprio Lafayette de Andrada. Para o relator do PL 5829/2019, se aprovado, o marco regulatório irá baratear a conta de luz dos consumidores brasileiros, porque propiciará a instalação de sistemas remotos compartilhados.

Andrada projeta que até 2032 a geração fotovoltaica distribuída gerará aos consumidores uma economia de R$ 154 bilhões.


Taxa Selic: Copom se reúne na próxima semana

Especialistas comentam sobre expectativas em relação à próxima reunião que definirá a taxa de juros


Na próxima semana, nos dias 4 e 5 de maio, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne para definir a nova taxa de juros Selic. Na última reunião, que ocorreu em março, o comitê optou por romper a mínima história de 2% e iniciar um clico de alta da taxa, que alcançou o patamar de 2,75%. Segundo o boletim Focus divulgado no último dia 26 de abril, a expectativa é que a Selic continue a subir e chegue até o final do ano a 5,50%.

A inflação, um dos principais motivos que justificam a alta dos juros, continua acelerada. Em março, por exemplo, o IPCA subiu 0,93%, a maior alta para o mês desde 2015.

Para Rossano Oltramari, sócio e estrategista da 051 Capital, se as expectativas inflacionárias continuarem a se deteriorar semana após semana, o Banco Central pode ter que elevar os juros de forma mais intensa e prolongada do que o previsto para o ano todo.

"O Banco Central não consegue mais segurar os juros em patamares baixos e iniciou o ciclo de alta nos juros muito em função das pressões inflacionárias e deterioração da inflação. Um dos principais componentes que impacta os juros é o ciclo de alta das commodities, como soja, milho, trigo e carne, que estão subindo fortemente no mundo todo, Tivemos uma desvalorização cambial muito forte no último ano, o que traz pressão inflacionária grande, principalmente em relação a componentes importados", explica.

Além disso, a vacinação caminhando a passos lentos, as medidas de restrição, a taxa de desemprego alta no país e a insegurança em relação aos gastos fiscais são assuntos que os especialistas do Banco Central observam com atenção: "Isso não significa que os juros nunca mais vão voltar a cair, temos que observar os dados de inflação para entendermos os próximos movimentos da política monetária".

Para João Beck, sócio da BRA, escritório credenciado da XP Investimentos, a alta do dólar também causa impacto na inflação, que se deteriora e contribui para a elevação dos juros. "Em parte causada pelo aumento de taxas de juros nos EUA e noutro espectro pelo aumento do risco fiscal local. Os EUA vivem uma dobradinha de forte expectativa de crescimento do PIB combinada com projeção alta de taxas de juros. O Brasil ainda se arrasta no tema crescimento e reduziu muito a taxa de juros. É natural que o dinheiro saia daqui. Isso tem que ser ajustado com dólar mais alto e taxa de juros mais alta. Precisamos ficar baratos e remunerar bem o investidor para que ele não saia", explica Beck.

Além disso, segundo João, tem contribuído para a inflação a retomada da economia antes do esperado: "As cadeias de produção ficaram desabastecidas. Com a descoberta e distribuição da vacina, a demanda por bens e serviços sobe e as cadeias de produção desabastecidas aumentam preços. Preço de commodities diversas subiram no passado recente".

Segundo Jansen Costa, sócio-fundador da Fatorial Investimentos, o mercado entende que já passou a necessidade de manter os juros tão baixos nesse momento de pressão inflacionária. "Vamos ver se, com a mudança de patamares de juros, podemos trazer mais capital estrangeiro para dentro do país e maior valorização para o real", completa.


Seus dados pessoais podem estar à venda na Darknet

O alerta dado pela Check Point Software Technologies, em razão do aumento acentuado de golpes e ataques, é para reforçar as cinco recomendações primordiais aos usuários sobre como podem e devem se proteger contra os cibercrimes  

 

A Check Point® Software Technologies Ltd. (NASDAQ: CHKP), uma fornecedora líder global de soluções de cibersegurança, alerta para o aumento acentuado do número de roubos de dados pessoais e informações confidenciais com o objetivo de vender na Darknet.   

Um relatório recente da Risk Based Security® revela que, embora o número de violações divulgadas publicamente de dados confidenciais de organizações tenha diminuído para 48% em 2020 em comparação com 2019, o volume de registros por essas violações aumentou em 141%, ou seja, 37 bilhões. No início deste mês, foi divulgado que 500 milhões de dados pessoais de usuários do Facebook vazaram na Internet, incluindo números de telefone, endereços de e-mail e informações de localização. 

Esses dados são muito valiosos aos cibercriminosos porque podem revelar as credenciais de login dos usuários em várias de suas contas online. O Dark Web Price Index 2020 da Privacy Affairs dá uma visão geral dos preços solicitados na Darknet por diferentes tipos de informação pessoal roubada, com detalhes de cartão de crédito sendo vendidos entre US$12 a US$35 e credenciais de banco online roubadas para contas com um saldo mínimo de US$2.000 comercializados por US$65. As credenciais de acesso a uma conta do Gmail, por exemplo, estão sendo ofertadas por US$150.  

“Os dados pessoais e as credenciais de conta são as principais ‘mercadorias’ na Darknet. Para os cibercriminosos, estas informações são meios valiosos para obter lucro”, diz Fernando de Falchi, gerente de Engenharia de Segurança da Check Point Brasil. “É importante que os usuários, bem como as organizações, percebam a importância de proteger os seus dispositivos e dados com softwares de segurança. Mais do que isso, é necessário que saibam identificar as táticas utilizadas pelos cibercriminosos para acessar os sistemas e roubar informações.”  

A Check Point recomenda aos usuários as cinco orientações essenciais de proteção:  

  • Nunca compartilhar credenciais. Roubo de credenciais é um dos principais objetivos do ciberataque. Muitas pessoas utilizam as mesmas senhas e nomes de usuário em várias contas diferentes, o que significa que ter um dos acessos roubados pode corresponder, na verdade, à perda de várias contas. A Check Point recomenda a todos os usuárioes a não compartilhar ou reutilizar esse tipo de dado. 
  • Suspeitar sempre de e-mails de redefinição de senha. Quando o usuário recebe um e-mail não solicitado em que é solicitado a ele para redefinir a sua senha, deve-se visitar sempre o site diretamente (fazendo uma pesquisa no Google ou outro buscador e nunca clicar no link que foi enviado); e mudar a senha para aquela plataforma e para todas nas quais o usuário utilize os mesmos acessos.  
  • Manter os softwares atualizados. Muitas vezes, os cibercriminosos acessam as aplicações e softwares de segurança por meio da exploração de vulnerabilidades possivelmente presentes neles. Entre alguns desenvolvedores, há verificações por estas vulnerabilidades e eles lançam os patches que impedem a disseminação de atividade maliciosa. Manter os softwares constantemente atualizados é fundamental para evitar esses ataques. 
  • Utilizar autenticação de múltiplo fator. Definir para os acessos o fator de dupla autenticação. Desta forma, mesmo que a senha seja roubada por um cibercriminoso, ele não conseguirá acessar a conta, uma vez que será necessária mais do que uma confirmação de identidade. Impressão digital ou um código enviado para o contato telefônico são exemplos de segundos fatores de autenticação.  
  • Utilizar proteções de software. Muitos ataques de ransomware podem ser detectados e resolvidos antes que aconteçam. Para maximizar a sua proteção, o usuário deve contar com um sistema de detecção de ameaças automatizado.  

 

 

 Check Point Software Technologies Ltd.

www.checkpoint.com/pt/

https://www.twitter.com/checkpointsw 

https://www.facebook.com/checkpointsoftware 

https://blog.checkpoint.com  

https://www.youtube.com/user/CPGlobal 

https://www.linkedin.com/company/check-point-software-technologies 

https://research.checkpoint.com/  

https://twitter.com/_cpresearch_ 


RG: documento não tem prazo de validade e segunda via pode ser feita pelo aplicativo RG Digital SP e em totens do Poupatempo

 Para solicitar a primeira via do documento é preciso agendar online data e horário para atendimento no Poupatempo

 

A Carteira de Identidade é um dos documentos mais usados por cidadãos de todas as idades, pois possui as principais informações e a foto, fundamentais para a identificação. Por isso, é importante manter o documento em bom estado de conservação e em local seguro. Entretanto, caso haja algum imprevisto e seja necessário emitir uma segunda via, é possível solicitar pelo próprio celular, baixando o aplicativo RG Digital SP, da Polícia Civil de São Paulo, ou em totens de autoatendimento do Poupatempo, distribuídos em diversas localidades do Estado.  

O pedido online da segunda via da Carteira de Identidade pode ser feito por qualquer cidadão com 16 anos ou mais e que possua um RG anterior emitido no Estado de São Paulo, após agosto de 2014. O documento já conta com um QR Code, que é a garantia de que as informações já estão no Sistema Automatizado de Identificação Biométrica (Abis) da Polícia Civil.   

É importante destacar que o RG não tem prazo de validade definido por lei, embora algumas instituições solicitem o documento atualizado, como medida de segurança, para prevenir fraudes. 

  

Passo a passo   

Nos totens do Poupatempo, o próprio cidadão realiza a validação biométrica e o pagamento da taxa de emissão, que pode ser feito em cartão de débito bancário, durante a solicitação do documento. Nesse caso, o novo RG será enviado pelos Correios ao endereço do solicitante, no Estado de São Paulo, e mediante pagamento da postagem.   

Os equipamentos de autoatendimento estão disponíveis em estações do Metrô e da CPTM, shoppings centers, supermercados, e unidades do Descomplica SP, por exemplo, durante todo o horário de funcionamento dos estabelecimentos. Para informações sobre os endereços, basta acessar o portal www.poupatempo.sp.gov.br e clicar na opção ‘Locais de Atendimento’.     

Já no aplicativo da Polícia Civil, a validação é feita pelo celular e o cidadão recebe as orientações para pagamento da taxa em seu e-mail de cadastro. Nesse caso, a retirada do documento ocorre após cinco dias úteis, no local escolhido pelo usuário durante a solicitação online.     

O app RG Digital SP está disponível para ser baixado gratuitamente na Play Store (Android) e na App Store (IOS). Com tecnologia de reconhecimento facial, ele permite ainda que a identidade virtual seja baixada e armazenada no aparelho celular.   

Para ajudar a entender melhor o processo, o portal do Poupatempo oferece um vídeo explicativo, que também pode ser acessado pelo Youtube do programa, no link https://www.youtube.com/watch?v=lmOvFFBNyzk 

  

Atendimento presencial para primeira via do RG   

No caso da primeira via do RG, o cidadão precisa comparecer presencialmente em um posto de atendimento para conferência da documentação original, como a Certidão de Nascimento ou Casamento, e realizar a primeira coleta das impressões digitais, foto e assinatura. Para isso, antes é necessário agendar data e horário para atendimento nas plataformas digitais do Poupatempo.   

O diretor da Prodesp, empresa de Tecnologia do Governo de São Paulo que administra o Poupatempo, Murilo Macedo, alerta para os cuidados a serem tomados neste período de isolamento social. “Devido à pandemia, o Poupatempo tem seguido as orientações do Plano São Paulo para garantir a saúde e segurança dos usuários e de nossos colaboradores. Por isso, trabalhamos com a capacidade de atendimento reduzida e pedimos que os cidadãos avaliem a necessidade de se deslocarem aos postos neste momento, para que possamos priorizar quem tem urgência na solicitação de serviços públicos. Lembrando que pelo portal e aplicativo, o Poupatempo já oferece os atendimentos mais solicitados no programa”, afirma. 

  

Outros serviços online   

Desde o início da pandemia, em março de 2020, o Governo de São Paulo tem investido em tecnologia para manter os atendimentos ao cidadão. Atualmente, o Poupatempo oferece mais de 130 opções no portal www.poupatempo.sp.gov.br, aplicativo Poupatempo Digital e totens de autoatendimento.   

Entre as opções oferecidas nas plataformas digitais, estão renovação, segunda via e CNH definitiva, emissão de Atestado de Antecedentes Criminais, pesquisa de débitos e restrições de veículos, transferência, Licenciamento (CRLV-e), consulta de IPVA, serviços eleitorais, seguro-desemprego, Carteira de Trabalho, entre outros. 


Não importa a cor do gato, desde que ele agarre o rato

O desejo de ser livre e o desejo de viver em sociedade são duas vontades e dois objetivos inerentes à condição humana, em qualquer lugar do mundo e em qualquer cultura. Quando indivualmente ou em grupo o homem aceita abrir mão de sua liberdade, seja para perdê-la parcialmente ou totalmente, em geral o faz em obediência a uma força capaz de obrigá-lo ou por ser um meio de garantir sua sobrevivência. Dessa premissa, mas não só dela, deriva o poder. 

Qual a definição de poder? Em essência, poder é a capacidade de decidir, impor e determinar as ações de outrem, com o direito ou a força para punir em caso de desobediência. No Estado de Direito, o poder deriva da lei. Na Ditadura, o poder deriva da força armada. Mas não é só isso. Alguém somente tem poder se dispuser dos meios de ação que o torne efetivo, isto é, que seja obedecido. As fontes do poder são várias, mas há três que se destacam. 

A primeira, não necessariamente por ordem de importância, é o “poder das ideias”. A ideia é uma formulação composta dos elementos conceituais e descritivos de uma ação real, seja um ato físico (como produzir um bem ou serviço, ou castigar alguém) ou um comportamental (como o jeito de se portar em um ambiente, votar em alguém). Uma vez que a ideia formulada seja explicada, ela tem o poder de convencer se for dotada dos componentes capazes de convencer o ser humano. 

Nesse sentido, o “poder das ideias” é um poder intelectual. Quase tudo o que acontece no mundo, uma guerra ou revolução, nasce primeiro no intelecto de uma pessoa ou de um grupo. A revolução soviética de 1917, por exemplo, não foi obra de operários, como queria Marx; foi uma revolução de intelectuais. Lenin, Stálin, Trotsky, só para citar os mais proeminentes, nunca foram operários. Eram intelectuais marxistas e revolucionários bolcheviques.  

A segunda fonte do poder é o “dinheiro”. Em uma economia de mercado, aquele que contrata alguém para fazer algo consegue seu intento porque paga. Ou seja, um empresário ou o comprador de qualquer coisa leva o outro a produzir um bem ou serviço mediante remuneração. É um poder econômico, que responde pela maior parte de tudo o que é fabricado no mundo. O próprio Estado e o governo exercem em esse poder em larga escala. Eu não executo tal ou qual serviço porque sou obrigado. Executo porque meu patrão ou meu cliente assim o quer, e é de meu interesse atendê-lo. 

A terceira fonte é o “poder de intimidar”. Ou seja, o poder das armas, da força. É o caso da força policial. Lembro a história de Cassius Clay (1942-2016), o grande pugilista norte-americano, o melhor do boxe em todos os tempos. Ele fora convocado pelo exército para lutar na Guerra do Vietnã, recusou-se a ir para a guerra e, em junho de 1967, foi condenado a cinco anos de prisão e perdeu todos seus títulos. Quantos jovens somente foram à guerra para não ir à prisão?

Os liberais em economia e em política defendem que é possível alcançar os dois objetivos, portanto, é possível ser livre e viver em sociedade, e mais: a ordem liberal é a organização social mais adequada para cumprir quatro objetivos principais: o respeito à condição humana; o desenvolvimento das potencialidades individuais; a prosperidade material; e a justiça social. Liberdade é a ausência de coerção de indivíduos sobre indivíduos. 

O poder das ideias (um poder intelectual) e o poder do dinheiro (transações livres no mercado) não são fontes coercitivas, pois não podem obrigar a quem não queira agir conforme o que se lhe ordena. A coerção existe quando os indivíduos são levados, sob algum tipo de pressão, a colocar-se a serviço de interesses alheios e, portanto, em detrimento dos seus propósitos e interesses pessoais, como bem lembrou o grande Friedrich Hayek (1899-1992), aduzindo: “A coerção é má porque anula o indivíduo como ser que pensa, avalia e decide, já que o transforma em mero instrumento dos interesses e fins de outrem”.

Esse tema me surgiu lendo as polêmicas envolvendo Brasil e China no episódio da importação de insumos para as vacinas contra o coronavírus. A China é um país comunista, um regime político ditatorial, com informação e opinião controladas pelo Estado e, embora com enclaves capitalistas e determinadas zonas de liberdade, está longe de ser uma democracia e uma economia de mercado. Mas o Brasil resolveu que isso é o direito de autodeterminação da China e estabeleceu amplas relações comerciais com aquele país, como se pode ver pela expansão do comércio bilateral entre os dois países nos últimos 40 anos. 

A política comercial da China atual tem origem em 1979, ano em que Deng Xiaoping (1904-1997) tornou-se o líder supremo do país. Disposto a fazer reformas liberalizantes e determinado a promover o crescimento econômico a taxas elevadas, Deng Xiaoping assustou seu próprio povo com abertura comercial exterior e reformas econômicas internas. Quando indagado sobre o que pretendia, ele respondia com uma só frase: enriquecer o país rapidamente. 

Na prática, era um plano para reduzir a imensa pobreza chinesa, que aliás persiste até hoje para amplas faixas da população (a população chinesa anda perto de 1,4 bilhão, equivalente a 6,5 vezes a população brasileira). Questionado se as reformas inspiradas pelo capitalismo não agrediam o ideário político comunista, Xiaoping respondeu: “Não importa a cor do gato, desde que ele agarre o rato”. Então, a China escolheu um caminho e persiste nele até hoje. 

O problema do Brasil é esse vai-e-vem sobre a política externa, conforme o governante de plantão, e essa mania de qualquer político iletrado, sobretudo no poder federal, se achar no direito de usar os holofotes para dar palpite e criticar – ou elogiar – governos estrangeiros, sem se dar conta que, na diplomacia internacional, qualquer frase mal colocada cria um monte de problemas e melindres. Voltarei ao assunto, mas fico me indagando quantos de nossos políticos, sobretudo no parlamento federal, têm conhecimento sobre ciência política e o esquema do poder internacional, suficiente para serem autoridade no que falam.

 


José Pio Martins - economista, reitor da Universidade Positivo.


Bioeconomia Tropical Sustentável: o terceiro salto da ciência brasileira

Vivemos um momento crucial para as Ciências que integram o complexo Água, Energia e Alimento, pilares da Bioeconomia Tropical Sustentável. Do desempenho das instituições e dos pesquisadores envolvidos nessas áreas dependerão diretamente a qualidade de vida, a superação da fome, o bem-estar e, especialmente, o grau de sustentabilidade com o qual vamos conseguir continuar produzindo elementos essenciais à vida preservando os recursos naturais para as gerações futuras. 

Nos últimos 50 anos, a Plataforma de Ciência, Tecnologia e Inovação, a partir da qual o Brasil criou a Agricultura Tropical Sustentável, barateou e democratizou a oferta de alimentos, ampliando a qualidade desses alimentos e gerando um impacto positivo sobre a saúde das pessoas. Além disso, permitiu aos povos tropicais produzir alimentos em seus próprios países, gerando renda e emprego para populações antes miseráveis. 

Se hoje conseguimos entregar muito mais alimentos usando menos terra, menos recursos naturais, se hoje o Brasil é responsável por alimentar perto de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo, uma grande parte dessas conquistas é resultado da  Ciência, da Tecnologia e da Inovação desenvolvidas em ambiente tropical. Um esforço articulado de Universidades, da Embrapa, de outras instituições científicas e do empreendedorismo dos agricultores brasileiros. 

Apesar de todos os avanços, o desenvolvimento da agricultura tropical brasileira apresenta fragilidades tais como a significativa dependência por fertilizantes e agrotóxicos. Sem contar com a incoerência de ainda termos uma parcela significativa da população sem acesso adequado à alimentação. Portanto, é preciso avançar ainda mais e a Ciência, a Tecnologia e a Inovação são indispensáveis seja na identificação, mensuração ou na solução destas questões. Nos próximos 30 anos o mundo terá que produzir mais alimento do que a soma de tudo que já foi produzido em toda a história da humanidade. 

É nesse quadro que o Projeto Biomas Tropicais integra, em Rede, algumas das mais importantes organizações da Ciência brasileira e do mundo. Dessa vez, a missão não só é necessária, mas é urgente. E também vital! 

Ciência e Cientistas, porém, não conseguirão fazer isto sozinhos. Ninguém faz mais nada sozinho no mundo de hoje. As fronteiras entre as áreas do conhecimento estão cada vez mais tênues. Um exemplo bastante trivial disso é a própria Bioeconomia, tema desse evento. Uma palavra gerada a partir da reunião de duas áreas do conhecimento. 

Além disso, quando tratamos um tema com tantas facetas, como é caso do desenvolvimento sustentável, é fundamental tratá-lo de forma multidisciplinar, reunindo diversos atores e áreas do conhecimento. É preciso sobretudo, reunir o conhecimento gerado por outros pesquisadores e projetos como o Programa Ecológico de Longa Duração-PELD, fomentado pelo CNPq, e que há 24 anos vem reunindo importantes informações a respeito de diversos biomas brasileiros. Na ciência, devemos sempre nos lembrar da célebre frase de Issac Newton em uma carta endereçada a Robert Hooke em 1676 “Se eu vi mais longe, foi por estar sobre ombros de gigantes”. Com essa bela frase o físico ilustrou uma característica muito importante da ciência: que ela é necessariamente uma construção coletiva. 

A comunicação entre os pesquisadores é essencial, mas não suficiente, é preciso que haja também o compartilhamento do conhecimento gerado a fim de diminuir a distância entre a a academia e as expectativas que a sociedade deposita no desenvolvimento da ciência e na tecnologia. A ciência influencia, mas também é influenciada pela sociedade. Neste sentido,  comunicação entre ciência e sociedade é uma via de mão dupla, e e o único caminho na direção de sonharmos juntos um mundo melhor. 

Por isso, nos dirigimos hoje principalmente a todos, mas especial aos jovens. A juventude sabe que a Ciência é parceira dos valores, da visão de uma sociedade menos desigual, de um sistema produtivo mais humano e consciente. É só olhar a evolução da condição humana ao longo do processo civilizatório para constatar essa sinergia. 

Mas, os tempos atuais são desafiadores e mais complexos. Exigem mais protagonismo da visão da Ciência na formação da opinião e do comportamento na sociedade. 

Essa Frente de Ciência hoje aqui reunida mostra não só que isso é possível. Precisamos juntos saltar da Economia Industrial para a Economia do Conhecimento. No ambiente de transformações aceleradas do Século XXI isto é uma questão de sobrevivência. 

O conhecimento é o caminho para uma sociedade organizada de forma mais humana, mais lucrativa para os agentes econômicos, mas responsável com o Planeta e com as gerações futuras. 

O Fórum do Futuro e o Projeto Biomas procuram refletir assim os mais genuínos anseios dos jovens! 

 

 

Evaldo Vilela -Presidente do CNPq e Coordenador Científico do Fórum do Futuro

 

Brasileiros estão mais confiantes em utilizar meios de pagamentos digitais, aponta Minsait

 Em 2020, 62% dos brasileiros aumentaram o uso de aplicativos de pagamento


Em meio à pandemia, os brasileiros se viram diante de uma realidade pouco conhecida: a de ficar em casa e, com isso, encontraram na internet não só um aliado para comprar, mas para pagar também.

De acordo com o 10º Relatório de Tendências em Meios de Pagamento, da Minsait Payments, uma empresa da Minsait, os brasileiros estão aderindo cada vez mais aos meios digitais como alternativa de pagamento. De acordo com o estudo, em 2020, 62% dos brasileiros aumentaram o uso de aplicativos de pagamento. Além disso, 44,8% utilizam o app do banco pelo menos uma vez por dia, porcentagem que coloca o Brasil em segundo neste quesito na América do Sul, logo após o Chile, com o índice de 46,9%.

Diante da impulsão na digitalização dos meios de pagamento, os consumidores brasileiros se mostram mais confiantes em relação a estas novas ferramentas. Segundo o relatório, quase 50% da população bancária do Brasil acredita em que as big techs fornecerão um serviço financeiro melhor do que os bancos tradicionais, ainda que 38,8% continuem utilizando dinheiro normalmente.

Prova disso, é que os dispositivos móveis têm sido mais utilizados para fazer compras online: com um crescimento de 6,2%, o Brasil hoje é o segundo país na América Latina que mais usa celulares para esta finalidade, apenas atrás da Colômbia.

Modalidade preferida na hora das compras, as novidades oferecidas pelos cartões de crédito vêm ganhando espaço no hábito de compra dos brasileiros. Atualmente, os cartões contactless já representam 38,4% da preferência, enquanto 61,6% ainda preferem o modo tradicional.

O Relatório de Pagamentos Minsait reúne as opiniões de mais de 80 executivos do setor bancário, bem como as recolhidas em 4.400 pesquisas à população bancária na Espanha, Portugal e Reino Unido, América Latina e Itália.

O relatório completo está disponível em: https://mediosdepago.minsait.com/pt

 


 Minsait Payments

https://mediosdepago.minsait.com/es


Minsait

www.minsait.com


É possível trabalhar para viver e não viver para trabalhar? País reconhecido pela felicidade mostra que sim

Carreira e vida familiar são, quase sempre, um embate para brasileiros. Com jornadas de trabalho longas e que, muitas vezes, envolvem mais de uma ocupação, cuidar da casa e da família são planos que ficam somente para as poucas horas vagas do dia. No Brasil, trabalhar somente meio período e melhorar a  qualidade de vida são ideais que parecem não combinar com a realidade. Mas outras culturas e países mostram que isso é possível Na Holanda, por exemplo, muitos profissionais buscam viver dessa maneira. O país é reconhecido pela ONU como um dos dez lugares mais felizes do mundo.

Dados do Gabinete de Estatísticas da União Europeia mostram que a Holanda tem uma das maiores taxas de pessoas trabalhando meio período. Números de 2017 revelaram que quase metade da população está empregada dessa maneira, trabalhando cerca de 30,3 horas semanais, sendo que a média da União Europeia é de 19,7% dos europeus atuando dessa forma, com uma jornada média de 37,7 horas por semana. E se as realidades de Brasil e Holanda são tão diferentes nesse ponto, como é a rotina dos imigrantes que optaram por levar a vida em terras brasileiras? 

Para quem veio ao Brasil, a rotina foi diferente do que vemos na Europa. Para começar a vida do zero, foi necessário trabalhar em jornadas intermináveis. Além disso, em muitos casos, os holandeses que vieram para a América buscaram trabalhar no seu próprio negócio, principalmente com agricultura e pecuária, o que fez com que a carga de trabalho e de compromisso fossem ainda maiores para garantir renda e sucesso. 

Outro fator que deve ser levado em conta quando comparamos culturas e suas formas de exercer atividades é como são feitos os compromissos pessoais, como a própria limpeza da casa. No Brasil, a terceirização é comum, muitos lares contam com diaristas ou empregadas domésticas, que auxiliam nas tarefas e também no cuidado com as crianças, muitas vezes. Na Holanda, por outro lado, esse não é um hábito comum e, por isso, as responsabilidades domésticas ficam exclusivamente com a família, que acaba reservando momentos para isso. 

Além disso, a cultura holandesa preza pelos rituais que unem os familiares, por isso, estar presente na criação dos filhos, no dia a dia dos pais e avós e na rotina da casa é um pilar fundamental, que não pode ficar de lado. Na Holanda, o normal é trabalhar para viver. No Brasil, vemos que o modo é viver para trabalhar. E nada melhor que as trocas entre as culturas para mostrar que outras formas de construir a rotina são possíveis!



Tineke Voorsluys - conselheira da Associação Cultural Brasil Holanda


Como transformar um dom em dinheiro

Descobrir o seu talento pode te levar ao sucesso


Com o hiato mundial em novas oportunidades de empregos e vários desligamentos de trabalhadores das suas empresas em decorrência da pandemia do coronavírus, muitas pessoas, para continuarem a manter o sustento de suas casas, precisaram se reinventar com novos hobbies, aproveitando seus talentos.

Entretanto, achar em algum hobbie a oportunidade de gerar dinheiro, pode ser difícil. Antes de tudo, é necessário entender em que horizonte de oportunidades profissionais você está inserido. Uma pessoa pode, por exemplo, ter saído do emprego e conseguido uma ótima fonte de renda cozinhando, mas, como uma pessoa é diferente da outra, esse ramo pode não ser o ideal para você.

Apesar de ter mais de 7 bilhões de pessoas espalhadas pelo mundo todo, ainda sim, cada uma é única em sua excentricidade. Não só pelas digitais e pelo DNA, o interior de cada pessoa é diferente. Seus gostos, manias, jeitos e talentos. Cada um tem o seu. Segundo Madalena Feliciano, gestora de carreiras, “Na hora de iniciar um novo hobbie, o primeiro passo a ser tomado é fazer uma análise sobre seus gostos, talentos e dons”.

Para se tornar uma pessoa rentável, desse modo, é necessário ter autoconhecimento. Cada pessoa tem em si uma identidade própria que a distingue dos outros. Nessa identidade está inserida todas as nossas particularidades, bem como os nossos talentos. “Para escolher um novo rumo de vida que te dê lucro e que ao mesmo tempo te realize, você deve se autoconhecer. O que você faz que gosta tanto que poderia fazer até mesmo de graça? Pelo quê você é reconhecido pelos outros? As respostas dessas perguntas te levarão ao verdadeiro entendimento da sua missão de vida”, explica a coach.

Não adianta você começar a cozinhar, se o seu verdadeiro talento está nas atividades de artesanato. O mundo está repleto de pessoas, e, por isso, se especializar no que você realmente gosta, é muito importante, já que somente você sabe fazer alguma coisa exatamente do seu jeito. Conseguir uma nova fonte de renda e fazer dinheiro com essa fonte, está intrinsecamente ligado aos seus dons.

“Saber onde está o seu talento…”, afirma Madalena, “...é saber onde você deverá investir”. Quem trabalha com o que gosta não gera só dinheiro, mas também felicidade, já que se torna uma pessoa realizada e alinhada ao seu propósito de vida. Para se adequar em uma nova área, não esqueça: Antes de tudo, se conheça. Saber quem você é, é o passo principal para saber para onde você deve ir.

 


Madalena Feliciano - Gestora de Carreira e Hipnoterapeuta

https://madalenafeliciano.com.br/

https://www.instagram.com/madalenafeliciano/

https://www.facebook.com/madalena.feliciano1

https://www.linkedin.com/in/madalenafeliciano/

madalena@ipcoaching.com.br

www.ipcoaching.com.br

www.outlierscareers.com.br

Rua Engenheiro Ranulfo Pinheiro Lima, nº 118, Ipiranga/SP.


quarta-feira, 28 de abril de 2021

Quais são os riscos de uma gravidez no cenário de 2021?

www.freepik.com
Ministério da Saúde recomenda adiar possíveis planos de gestação


O início da pandemia em 2020 interrompeu o planejamento na vida de muitos brasileiros. Grande parte dos casais que gostariam de aumentar a família no ano passado em especial, tiveram que adiar seus planos com a esperança de que o clima de incerteza terminasse com a chegada de 2021. Porém, ele permanece.

Com as novas variantes do coronavírus no Brasil, na última semana o Ministério da Saúde aconselhou a população que, caso pudessem, evitassem uma gestação no momento. “Tanto a gestação, quanto os primeiros meses pós-parto são naturalmente períodos delicados, que podem ter seus riscos agravados pelo vírus”, esclarece Doutor Fernando Prado, ginecologista e obstetra especializado em reprodução assistida da Clínica Neo Vita.

O especialista explica que infecções respiratórias podem ser mais sérias a partir do segundo trimestre de gestação, devido à pressão aplicada pelo útero nos pulmões e a mulher também tem o sistema imunológico mais sobrecarregado na gravidez. Além disso, os riscos de trombose, que já são maiores durante a gravidez, duplicam com a doença.

A sobrecarga do sistema de saúde também deve ser considerada. Segundo dados do Observatório Obstétrico da Covid-19, apenas 1 em cada 5 mulheres gestantes com o vírus conseguiu acesso a UTI desde o começo da pandemia no país. Até julho de 2020 o Brasil registrou 77% das mortes de gestantes e puérperas pelo coronavírus no mundo, segundo estudo realizado por instituições públicas e divulgado pelo periódico médico International Journal of Gynecology and Obstetrics.

“O grande problema é a falta de dados que podemos dar aos pacientes. Existem diversos estudos sendo realizados no momento sobre como o vírus se comporta em relação à gestante e ao bebê, mas nada concreto”, complementa o especialista.

De qualquer maneira, com os cuidados e recomendações médicas sendo seguidos à risca, foi possível para muitas mulheres terem seus bebês tranquilamente durante a pandemia. Mas, doutor Fernando Prado acredita que não há nada de errado em não querer correr riscos em um momento como este. “Se você está numa idade fértil, entre os 20 e 35 anos, não é errado esperar que a situação se estabilize. Há opções para adiar a maternidade sem prejudicar as chances futuras”, enfatiza.

Agora, para quem está se aproximando do fim deste período ou não pode esperar, há sempre a possibilidade de congelar os óvulos para pensar numa gravidez futura em um período menos conturbado, sem interferir nos níveis de fertilidade existentes agora. Segundo o IBGE, a procura pelo procedimento vem aumentando até antes da pandemia. Neste último ano, doutor Prado informa que na clínica em que atua houve um aumento de 30% na busca pelo congelamento de óvulos e embriões.

“No final, acredito que o mais importante é estar confortável com a sua decisão. Por isso, converse com seu médico e família para juntos considerarem todas as opções para que a melhor decisão seja tomada”, finaliza.

 


Fernando Prado - Médico ginecologista e obstetra, especialista em reprodução humana, doutor pelo Imperial College London e pela Universidade Federal de São Paulo, diretor técnico da Neo Vita e diretor do setor de embriologia do Labforlife.


 

5 dicas para escolher um médico

Como você escolhe o seu médico? Infelizmente, no Brasil este é um privilégio de poucos. Sabemos que a grande maioria dos brasileiros não tem tal oportunidade e é atendida pelos médicos dos serviços vinculados ao Sistema Único de Saúde – e, vale ressaltar, na maior parte das vezes terão a felicidade de ser cuidados por médicos qualificados, humanos e comprometidos com a saúde pública. Mas, e aquele usuário da saúde suplementar ou que busca atendimento particular? Como escolhe?

Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos mostrou que as pessoas gastam mais tempo à procura de um carro novo do que pesquisando sobre um bom médico. De acordo com o relatório, a maioria dos adultos investe de 10 horas a algumas semanas para escolher o veículo ideal para comprar, enquanto gasta menos de uma hora investigando sobre um profissional ou hospital quando precisa. Outro dado interessante vem do relatório de um sistema internacional de busca por serviços médicos: o tempo de tolerância do paciente para aguardar por um serviço de saúde que atenda sua ligação para agendamento é de quatro minutos. Após essa espera, se não atendidas, mais de 70% das pessoas passam para o profissional seguinte da lista.

Nas minhas últimas férias com a família, antes da pandemia, fiz pesquisas nos sites de busca de hotéis e restaurantes analisando vários itens, mas principalmente a opinião dos usuários. As pessoas tendem a ser críticas e este é um bom termômetro para não se dar mal na escolha. Normalmente, falam da localização, limpeza e higiene, atendimento, qualidade das refeições, preços etc. Infelizmente, para serviços médicos e de saúde não temos uma cultura assim, nem sequer um serviço que ofereça uma busca nestes moldes. Existe muita discussão ética sobre isso. Às vezes o tratamento não deu certo pelo fato de a doença ser grave, e não por falha do médico; às vezes o médico é qualificado para uma determinada situação, mas não tanto para outra. São muitas as variáveis e, por isso, a avaliação é delicada e gera controvérsias. Na minha opinião pessoal, acharia muito útil. 

No entanto, enquanto não temos ferramentas de busca tão elaboradas assim e tampouco um estudo sobre o tema no Brasil, vale a pena nos questionarmos se estamos empenhando tempo e energia suficientes na escolha de um profissional ou hospital que vá cuidar da nossa saúde. Como escolher o melhor profissional para nosso caso? É claro que, em situações de emergência, nem sempre podemos fazer isso. Mas em caso de uma consulta ou procedimento cirúrgico eletivo, vale a pena pesquisar bem. Um hospital ou plano de saúde contam com diversos médicos. Mas qual será o melhor para o seu caso? Esta é uma boa pergunta para começar a fazer, e vou dar a seguir algumas dicas que sigo sempre que estou no papel de paciente ou quando preciso indicar um colega para um familiar, amigo ou paciente.

 

1.     Entenda qual é a especialidade adequada para seu caso

Um bom começo é priorizar qual é o seu principal problema e procurar o especialista da área. Isso evita, muitas vezes, demora no diagnóstico e no tratamento, além de não correr o risco do famoso encaminhamento "au-au" – ao ortopedista, ao cirurgião, ao cardiologista e assim por diante. Por exemplo, se você está com dor nos joelhos, dê preferência a um ortopedista que atue mais especificamente nesta área.

Muitas vezes é difícil para uma pessoa que não é da área da saúde saber exatamente qual a origem do problema e que especialidade procurar. Nessas situações, o melhor é procurar um clínico geral ou médico de família, chamados médicos de atenção básica de saúde. Estes profissionais costumam ter uma visão mais generalista da situação, conseguindo com muita eficácia resolver a grande maioria das questões clínicas, além de ajudar na indicação de especialidades pontuais quando necessário. Outra grande vantagem do médico da atenção básica é que ele tem uma tendência maior para trabalhar na prevenção. Não podemos esquecer que prevenir é a melhor forma de nos mantermos saudáveis. O antigo ditado já dizia: "Melhor prevenir do que remediar". Países desenvolvidos como a Inglaterra adotam esse modelo com sucesso.

 

2.     Procure indicação de familiares, amigos e outros profissionais da saúde

Uma dica valiosa é a recomendação de familiares e amigos que já passaram pela assistência de um médico ou serviço de saúde. Mesmo sendo leigos na área da saúde, foram pacientes – e isso diz muito. Viveram na pele a experiência. A boa relação médico-paciente e médico-família é uma das principais virtudes de um médico. Quem passou por isso, tanto como paciente ou como familiar, sempre terá a disposição e o prazer de relatar tal experiência, sendo positiva ou negativa. O que precisamos fazer é tentar identificar possíveis exageros (para o lado bom ou ruim) e sempre procurar opiniões de mais pessoas. Por vezes o problema da relação é o paciente, e não o médico. Ouvindo o maior número de pessoas, e com um ouvido mais crítico, podemos ser mais certeiros na escolha.

A recomendação de outro médico ou profissional da saúde também vale muito. Nem sempre as pessoas têm este acesso, mas quando possível deve-se levar em conta. Certamente, um médico que já conhece você e o seu caso vai ter uma facilidade maior de indicar o profissional correto. Como em qualquer negócio o “boca a boca” costuma ser uma propaganda honesta.

 

3.     Fique de olho no currículo

Lembra quando falei sobre a pesquisa mostrando que as pessoas demoram mais para escolher um carro novo do que para decidir quem vai cuidar da sua saúde? Pois é, quando pesquisamos um produto temos o hábito de investigar procedência, especificações, qualidade, rendimento etc. Procure criar este hábito também ao pesquisar um médico. Confirme se o nome consta em pelo menos duas listas de referência: a do Conselho Regional de Medicina e da Sociedade, Associação ou Colégio Brasileiro da especialidade a que ele divulga pertencer. Graças à internet, é uma pesquisa simples hoje em dia.

Outra opção é a busca pelo profissional na Plataforma Lattes (cnpq.br), uma base de dados de currículos na área de ciência e tecnologia do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Nem todos os profissionais têm seu cadastro nesta plataforma, mas aqueles que estão envolvidos com atividades acadêmicas e pesquisas geralmente possuem seu currículo cadastrado ali. Uma ótima fonte para verificar todo o histórico da formação profissional do médico, como também as publicações de livros, artigos e trabalhos científicos. A medicina é uma ciência em constante evolução, portanto o médico deve procurar estar sempre atualizado. Lembre-se disso.

 

4.     Deve transmitir confiança

A confiança no médico e no tratamento faz diferença no enfrentamento da doença e na resiliência ao tratamento.

Além de atenção, o médico deve oferecer segurança ao paciente, demonstrar domínio sobre o que está falando, dedicação e interesse no seu caso. E acima de tudo deve ser franco e honesto, sempre alertando claramente dos riscos da doença ou do tratamento, como também tranquilizando quanto ao suporte e amparo que irá prestar. O paciente melhor informado sempre será um paciente mais engajado e mais confiante. Afinal, a confiança é a base para que qualquer relação seja duradoura, inclusive a do paciente com o médico.

 

5.     Deve ser uma boa pessoa antes de ser um bom médico

Entender a dor, a vontade e as escolhas do paciente, sem preconceitos, é fundamental para um ótimo relacionamento médico-paciente. O médico deve ser empático e acolhedor. Não existe mais espaço para profissionais arrogantes, com o “rei na barriga”. Discutir seu caso com colegas e outros profissionais de saúde não é sinal de ignorância. Muito pelo contrário, é uma virtude. Reconhecer o valor de toda a equipe de cuidado e evitar o egocentrismo é a melhor forma de um médico entregar o melhor cuidado ao paciente. Más pessoas nunca serão bons profissionais. Lembre-se: não tratamos a doença, e sim o paciente. Isso transforma a relação muito mais complexa e delicada. Não aceite um mau atendimento. Você que está pagando, seja pelo SUS, por convênios ou por seu próprio dinheiro, merece toda a atenção. Não se contente com pouco. Afinal, é sua saúde que está em jogo.

 

E lembre-se: não deve ser sorteio, e sim escolha.

 

 

 

RINALDO DANESI PINTO - Cirurgião oncológico e professor da Universidade Regional de Blumenau (Furb).

 

 

Posts mais acessados