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quarta-feira, 14 de abril de 2021

Abertura de empresas bate recorde histórico com 3,3 milhões de novos negócios em 2020, segundo Serasa Experian

Setores de alimentação e confecção impulsionaram o crescimento do índice

 

O Indicador de Nascimento de Empresas da Serasa Experian revelou a abertura de 3.391.931 novas empresas no país em 2020, o maior número desde o início da série histórica do índice em 2011. Na comparação do acumulado anual entre 2020 e 2019 houve crescimento de 8,7%. De acordo com o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi o empreendedorismo vem sendo uma alternativa para a geração de renda em um cenário econômico instável, que conta com o alto nível de desemprego no país.


A análise por setor mostra que os serviços de alimentação foram o principal foco dos novos empreendedores, representando 9,7% dentro do total de empresas abertas durante o ano passado. Em sequência ficaram os segmentos de confecções em geral (6,2%) e de reparação e manutenção (6,1%). Confira na íntegra os dados dos demais setores no gráfico abaixo.


Para Rabi a explicação se baseia na adaptação do perfil de consumo durante a pandemia. “As empresas do ramo alimentício, que figuraram o topo da lista de novas empresas, além de fornecerem itens básicos e essenciais possibilitam, em muitas vezes, um investimento de baixo custo para começar um negócio. Agora, quando falamos em confecção, o segundo ramo no ranking de abertura de novas empresas em 2020, fica claro que a produção das máscaras de proteção contra a COVID-19 impactou o índice. Por sua vez, a necessidade das pessoas em ficar mais tempo dentro de suas residências impulsionou a geração de novos empreendimentos ligados aos serviços de reparos e manutenções, ficando este ramo na terceira colocação do ranking”.


MEIs são principais responsáveis pela alavancagem do índice


Dentre os novos negócios criados em 2020, 2.692.311 foram de microempreendedores individuais (MEIs), 79,4% do total. As sociedades limitadas corresponderam a 10,7% e as empresas individuais apenas 3,4%. “O alto número de MEIs é um dos fatores que comprova o empreendedorismo por necessidade, já que durante quase um ano de pandemia muitas pessoas que perderam seus empregos optaram por abrir um CNPJ e trabalhar com aquilo que já sabiam fazer ou em segmentos com baixo custo de aprendizagem”, finaliza o economista.



Maior alta do país pertenceu à região Norte, com 20,9%


Dentre as regiões foi a Norte que mais cresceu na abertura de novas empresas, com crescimento de 20,9%: 174.511 novos negócios ante 144.319 em 2019. Em seguida vieram Centro-Oeste (13,3%), Sul (11,5%), Sudeste (6,7%) e Nordeste (6,6%). Veja abaixo o desmembramento por Estado, que traz Amazonas e Pará com as maiores altas do país.

 



Serasa Experian

www.serasaexperian.com.br


Saiba diferenciar perigo de risco para atender à nova NR-18

 Conhecimento dos conceitos é necessário para a elaboração correta do Plano de Gerenciamento de Riscos                                                                                                                             

Antes de elaborar o Plano de Gerenciamento de Riscos (PGR) previsto na nova Norma Regulamentadora (NR) 18 – Segurança e Saúde do Trabalho na Construção, que entrará em vigor em 2 de agosto, é importante saber diferenciar perigo de risco. A recomendação é de Uelinton Luiz, supervisor de Segurança do Trabalho do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), e de Gianfranco Pampalon, consultor de SST da entidade.

Eles explicam com o exemplo da pandemia: há um perigo, o novo coronavírus. A exposição a esse perigo (o vírus) leva o indivíduo a contrair a Covid 19 (o risco). Para diminuir o risco, devem ser tomadas medidas como uso de EPIs -Equipamentos de Proteção Individual (no caso, máscaras); medidas de proteção coletiva como barreiras físicas; medidas administrativas e organizacionais, como distanciamento social, trabalho em home office. E para mitigá-lo ao máximo possível, devemos buscar eliminá-lo (no caso, com a vacinação).

No canteiro de obras, o perigo ou uma condição perigosa são, por exemplo, a exposição a máquinas e equipamentos, o uso de escadas, atividades como trabalho em altura, ruídos. Os riscos derivam da exposição aos mesmos, que pode provocar lesões ou danos à saúde, explicam Luiz e Pampalon.

“Os riscos podem ser medidos e devem ser avaliados e classificados como aceitáveis, leves, moderados, substanciais e intoleráveis, por exemplo. De acordo com o grau do risco, o PGR deverá prever as medidas a serem tomadas para eliminá-los, substituí-los, reduzi-los ou neutralizá-los, com prioridade para aqueles de maior potencial.”

Assim, para trabalho em altura na construção de uma laje deve ser instalado guarda-corpo com fechamento com tela, para evitar queda de pessoas e materiais, de acordo com a NR-18.

Na inspeção de fachada em cadeira suspensa se exige cinturão de segurança acoplado a linha de vida vertical, para reduzir o risco. Para eliminá-lo, a realização desta atividade pode ser feita por meio de um drone.

Os riscos de danos auditivos decorrentes da exposição ao ruído de uma serra obrigam à utilização de proteção auricular, e assim por diante.



Como proceder

No PGR, os dados da identificação dos perigos e das avaliações dos riscos ocupacionais devem ser consolidados no inventário de riscos ocupacionais. Daí se elaborará o plano de ação indicando as medidas de prevenção a serem tomadas ou mantidas, de acordo com um cronograma.

Luiz e Pampalon destacam ser fundamental realizar as avaliações quantitativas e qualitativas dos agentes físicos e químicos, a fim de se adotarem as medidas corretas para sua prevenção e a avaliação da eficácia das mesmas.

“Empresas que agem dessa forma evitam acidentes e doenças ocupacionais, e assim economizam recursos que gastariam em função de prejuízos causados com afastamentos, perdas materiais, atrasos na obra; e ainda economizam se eliminarem perigos, mediante a realização de exames médicos e treinamentos, e o uso de EPIs”, comentam.




Seconci-SP

Informações: (11) 3664-5844


Futebol é mote de campanha para divulgar a Agenda 2030 e enfrentar a Covid


O Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para a Agenda 2030 (GT Agenda 2030) lança, nacionalmente, em parceria com a Frente Parlamentar Mista pelos ODS e a Rede ODS Brasil, a campanha Mudar o Jogo - Agenda 2030 para vencer a Covid-19. O objetivo é ampliar o conhecimento da população sobre o tema e fomentar, junto às gestões municipais, a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, contribuindo para enfrentar a pandemia e suas consequências, assim como corrigir problemas socioeconômicos que facilitam seu agravamento no Brasil.   

A campanha de mídia e seus objetivos serão apresentados durante evento de lançamento on-line no próximo dia 23/04, das 10 às 11h. O encontro será transmitido pelo YouTube do GT Agenda 2030 (www.youtube.com/gtagenda2030) e contará com a participação do embaixador da União Europeia no Brasil, Ignacio Ybáñez Rubio, representantes da ONU no país, do presidente da Frente Parlamentar Mista de Apoio aos ODS e da Rede ODS Brasil, correalizadores da campanha, além de membros dos executivos municipais.

 

A campanha foi elaborada com elementos do jargão futebolístico para popularizar a Agenda 2030 e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável - ODS. “Vencer a Covid é urgente e não importa a cor da sua camisa ou a cidade onde você mora, todo mundo está escalado para jogar contra a Covid e a favor do Brasil”, dizem as mensagens para as redes sociais.

 

Artistas, intelectuais, cientistas, influenciadores e demais formadores e formadoras de opinião estão se engajando, já aderindo à hashtag #Agenda2030ParaVencerACovid. Para o GT Agenda 2030, “...a expectativa é passar uma mensagem de urgência e ao mesmo tempo mostrar que há soluções e que, se o jogo mudar, podem ser implementadas, do ponto de vista das políticas públicas, medidas para tirar a economia do banco de reservas e para enfrentar a emergência sanitária, essa verdadeira tragédia que o país enfrenta”. 

 

A Agenda 2030 é um compromisso global pactuado por 193 países na ONU, em 2015, com importante liderança do Brasil. Os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável - ODS estipulam metas para serem seguidas por todos os países do mundo, com o objetivo comum de erradicar a pobreza, combater as desigualdades (inclusive as de gênero) e as injustiças sociais, ao mesmo tempo controlando as mudanças climáticas, revendo padrões de consumo e colocando a economia a favor de desenvolvimento que ‘não deixe ninguém para trás’, como diz o seu lema. Com a pandemia da Covid-19, para o GT Agenda 2030, é ainda mais urgente que essas metas globais sejam adotadas no Brasil. 

 

“Se os governos seguissem essa agenda, o combate ao vírus, o atendimento da população e até os impactos socioeconômicos poderiam ter sido mais brandos. Mas ainda há tempo de se mudar esse jogo perverso no qual a desigualdade está ganhando de goleada, e precisamos também dos municípios alinhados aos ODS”, explica Alessandra Nilo, coordenadora-geral da ONG Gestos e cofacilitadora do GT Agenda 2030. 

 

“Mudar o jogo é isso: pensar de forma equilibrada e com bom senso, com instituições fortes e gestões públicas responsáveis, inclusivas, que cuidem das pessoas e dos seus territórios, olhando e respondendo às suas necessidades atuais, sem esgotar esses meios no futuro. A campanha quer mostrar que para isso não precisamos inventar a roda: os ODS são esse guia, são totalmente alinhados à nossa Constituição Federal e constituem pilares básicos para orientar as gestões públicas. Em meio a esse caos, essa também é uma campanha sobre esperança e sobre o futuro”, afirma Alessandra.

 

A campanha Mudar o Jogo - Agenda 2030 para Vencer a Covid também prevê debates com diferentes prefeitos e prefeitas e o lançamento de um manifesto nacional. 

 

Sobre o GT Agenda 2030 – O Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para a Agenda 2030 reúne mais de 60 organizações não governamentais, movimentos sociais, fóruns, redes, fundações e federações de todo o país. Foi criado em 2014 para monitorar e fomentar a implementação da Agenda 2030 e, entre outras ações, publica a série histórica de Relatorios Luz da Sociedade Civil para a Agenda 2030 (5ª a ser lançada em Julho, 2021).

 

 

Mais informações sobre a campanha estão disponíveis em https://gtagenda2030.org.br/campanhas/mudarojogo/ 

@gtagenda2030

 

Covid e a morte sem dignidade: a mistanásia

A mistanásia é definida como uma modalidade de término de vida, como consequência da violação de direitos humanos, como o direito à saúde. Ocorre quando um indivíduo vulnerável socialmente é acometido de uma morte prematura, miserável e evitável. É possível caracterizar essa condição como o oposto da eutanásia, que significa a morte tranquila e planejada para poupar um indivíduo do sofrimento causado por alguma enfermidade incurável, a qual no Brasil não é autorizada, mas legalizada em vários países.

Na seara da Bioética e do Biodireito, fala-se também sobre a distanásia, que é o adiamento da morte, quando, por exemplo, o médico ministra ao paciente todas as drogas disponíveis, bem como utiliza a tecnologia para prolongar a vida e/ou atrasar a morte, muitas vezes lhe propiciando sofrimento desnecessário. Também é conhecida como “obstinação terapêutica”. Já a ortotanásia é um meio termo entre a eutanásia e distanásia, por ser a morte natural com o mínimo de sofrimento, utilizando cuidados paliativos. Dá-se quando, o médico trata o paciente a fim de evitar-lhe sofrimentos; mas, em casos terminais, não utiliza artifícios tecnológicos para atrasar a morte do paciente.

Normalmente, a mistanásia atinge indivíduos excluídos do seio social que dependem das políticas públicas de saúde na garantia de sua dignidade. Embora a Constituição Federal garanta ao cidadão o direito à dignidade e à honra - além de explicitamente dispor sobre a obrigação de o Estado oferecer a assistência integral à saúde - na prática, a exclusão sócioeconômica representa condições piores de habitação, educação e alimentação, o que por si já caracteriza que os excluídos são justamente aqueles que mais precisarão do sistema de saúde, embora sejam os que enfrentam as maiores dificuldades de acesso até para serem consultados, quanto mais nesse momento de pandemia.

A aceleração dos números de casos e mortes provocados pela Covid-19 no Brasil, que agora ultrapassa os 13,5 milhões de pessoas infectadas e 350 mil vítimas fatais, provocou também o aumento da mistanásia. Esse quadro está ocorrendo nesse momento de epidemia pela falta de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e de vagas de enfermarias no atendimento aos doentes com coronavírus, pois as equipes e profissionais da área da saúde são obrigados a escolher, de certa forma, quem deve morrer ou não. Não apenas isso, se considerarmos a falta de coordenação do governo federal no que se refere a medidas de enfrentamento, como a maior rigidez no controle do distanciamento social, a aplicação de recursos em hospitais de campanha, a não observação da Medicina baseada na Ciência, a demora na negociação para a compra de vacinas, enfim, veremos que possivelmente muitas mortes poderiam ter sido evitadas.

Em 2020, quando do início da pandemia, um levantamento Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib) demonstrou que o Brasil possuía 48.848 leitos de UTI, sendo 22,8 mil no SUS (Sistema Único de Saúde) e 23 mil na rede privada, ou seja, cerca de 20 leitos por 100 mil habitantes. Tal índice é considerado satisfatório e dentro dos padrões da Organização Mundial da Saúde, que recomenda de 10 a 30 camas de terapia intensiva para cada 100 mil. 

Por que então estamos sofrendo tanto nesse momento com o absurdo número de mortes registradas e muitas delas pela falta de leito na UTI? 

A ineficiência do Estado no combate a pandemia vai além da falta de leitos, faltam oxigênio, equipamentos de proteção, medicamentos e equipes capacitadas para atender a pacientes graves que precisam de tratamento intensivo. Constantemente, tem-se publicado na mídia acerca da apuração de responsabilidade do governo pelo número de mortos.

Entre muitas pesquisas que indicam haver um número maior de mortes de pacientes contaminados por Covid entre aqueles que são excluídos sofrem os efeitos da desigualdade social, destaca-se a da Rede Nacional de Médicos e Médicas Populares, a qual divulgou, em fevereiro, um estudo feito pelas pesquisadoras Ligia Bahia e Jéssica Pronestino, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no qual identificaram que a taxa de letalidade varia de acordo com o nível de escolaridade do doente. Entre os pacientes sem escolaridade, 71,3% morrem; para os que cursaram até o nível fundamental a taxa cai para 59,1% e para 47,6% entre os que cursaram até o fundamental 2. Nos níveis médio e superior, a letalidade despenca para 35% para quem tem nível médio e para 22,5% para os de nível superior. 

Continua a pesquisa no sentido de que as cidades IDH baixo tiveram 38,3% de cura e 61,7% de óbitos e os com índices médios 35,7% de alta médica e 64,3% de mortes. Os dados de cidades com taxa altas de desenvolvimento são os mais equilibrados, com 48,5% de altas e 51,5% de óbitos. Já os municípios com IDH muito alto apresentam 67,1% de cura, contra 32,9% de mortes.

Fato é que a ocupação de mais 90% das vagas de terapia intensiva em diversas cidades do país, somadas a escassez de respiradores e de equipes capacitadas, os profissionais da saúde se veem obrigados a selecionar os pacientes que têm prioridade na transferência de um leito de enfermaria para UTI. Não deveria caber aos profissionais de saúde esse tipo de julgamento profissional, mas o momento caótico faz necessário que médicos e enfermeiros avaliem quais os pacientes têm a oportunidade de sobreviver com tratamentos intensivos ou não. Importante frisar que a situação ocorre pelo anunciado colapso no sistema de saúde, não se trata de uma surpresa, pois há um ano já convivemos com a chegada da pandemia, inclusive com a decretação de emergência em saúde pública e de calamidade pública para que recursos pudessem ser utilizados no tratamento dos pacientes contaminados. 

A AMIB (Associação de Medicina Intensiva Brasileira), ABRAMEDE (Associação Brasileira de Medicina de Emergência, SBGG (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia) e ANCP (Academia Nacional de Cuidados Paliativos) AMB (Associação Médica Brasileira) lançaram um documento com recomendações para alocação de recursos em esgotamento durante a pandemia por COVID-19, exatamente para dar diretrizes éticas e legais aos médicos, que se encontram pressionados por todos os lados em razão de serem eles os responsáveis pela avaliação de quem irá prioritariamente ocupar o leito de UTI. Na verdade, não é novidade no SUS que pacientes precisem muitas vezes serem escolhidos, segundo sua gravidade e chance de sobrevivência, para ocupação de um leito.

O fenômeno da mistanásia não representa um abandono de paciente, mas sim uma consequência do colapso do sistema. A escolha não exime o profissional de oferecer ao paciente preterido de todos os cuidados no leito de enfermaria, mas uma chance de sobrevivência pode ser perdida pela ausência de cuidados intensivos. 

É uma decisão drástica criada pela completa saturação dos recursos da UTI no país e do "gargalo" no atendimento à população. E, na maioria dos casos, apesar de parecer cruel, a análise do atendimento é feita não só pela ordem na fila, mas também pela chance de sobrevivência. Hoje é crescente número de pacientes mais jovens com quadros grave o que reflete num tempo maior de internação e, por fim, na escassez de vagas. 

Garantir o acesso à saúde, como o contrário de doença, passa também por melhorar as condições de vida da população. A pandemia apenas escancara o que se sabe há tempo: o Brasil está entre os países com os piores números no que se refere aos problemas sociais existentes. Grande parte da responsabilidade desse cenário está no Estado que, pela ausência de políticas públicas, eterniza esses problemas e as desigualdades sociais. Diante de um quadro ainda mais complexo na saúde, a não observância de direitos humanos, garantidos na constituição, tem culminado em morte: a mistanásia.



 

Sandra Franco - consultora jurídica especializada em Direito Médico e da Saúde, doutoranda em Saúde Pública, MBA/FGV em Gestão de Serviços em Saúde, fundadora e ex-presidente da Comissão de Direito Médico e da Saúde da OAB de São José dos Campos (SP) entre 2013 e 2018, especialista em Telemedicina e Proteção de Dados e diretora jurídica da ABCIS.


Lixo é negócio? Gestão de resíduos sólidos tem grande potencial para crescimento no Brasil

Estudos recentes mostram que o segmento é um dos menos afetados com a crise econômica


O mercado de gestão de resíduos sólidos urbanos (RSU) é uma área com grande potencial para o desenvolvimento dos micro e pequenos negócios no Brasil. Desde que foi sancionada pelo governo federal, em 2010, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), lei nº 12.305/10, estabeleceu as principais formas de como a iniciativa pública e privada devem tratar o resíduo, incluindo incentivo à reciclagem e o reaproveitamento de diversos materiais. A crise econômica em decorrência do coronavírus trouxe diversos desafios para esse segmento. Ainda assim, o número de empresas que atuam nesse setor manteve-se praticamente estável. Em um universo com 17,2 milhões de micro e pequenos negócios, a quantidade de registros nesse segmento reduziu de 13.356 para 13.174, totalizando 182 empresas a menos entre fevereiro de 2020 a fevereiro de 2021. Número relativamente pequeno, levando em consideração a situação pandêmica e a dimensão do país. Apesar desses números, há também empresas que fazem reciclagem dos resíduos gerados pelos seus próprios processos produtivos e, também, os catadores informais.

Para o mercado que tem os resíduos sólidos como matéria-prima, as oportunidades não param de crescer. A quantidade de RSU gerados nacionalmente, entre os anos de 2010 e 2019, aumentou consideravelmente, saindo de 67 milhões para 79 milhões de toneladas por ano. Paralelamente, a coleta desses materiais também aumentou de 59 milhões para 72,7 milhões de toneladas, no mesmo período. Os dados são do último relatório feito pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), disponível aqui. O estudo também mostra que a destinação adequada para esses resíduos vem aumentando, saindo de 56,8% em 2010, para 59,5% em 2019. Os valores de recursos aplicados na limpeza urbana pelos municípios também cresceram nesse período, saindo de R$ 17,6 bilhões para R$ 25 bilhões.

O analista de inovação do Sebrae, Alexandre Ambrosini, afirma que a preocupação com a sustentabilidade é um dos fatores que explicam o aumento nos números relacionados à gestão de resíduos sólidos. “A questão da sustentabilidade é muito estratégica para o pequeno negócio, não só durante a crise, mas depois dela. Para qualquer empresa, mesmo que sua atividade fim seja a reciclagem, é importante pensar em uma gestão dos resíduos. Isso impacta diretamente na produtividade e na redução de custos, sendo uma das soluções para reduzir os impactos da crise. A sustentabilidade também deve ser uma preocupação básica em qualquer negócio, porque além de ser importante para o meio ambiente e produtividade empresarial, ser sustentável é um fator decisivo de compras para alguns clientes”, diz.

Alexandre Ambrosini salienta que o mercado de gestão de resíduos dever ser mais explorado pelos micro e pequenos negócios no Brasil. “O lixo, como chamamos popularmente, ainda é tido como um tabu. Muitos empreendedores acham que resíduos sólidos não são uma fonte de negócios. Isso se dá por vários motivos, dentre os quais a ausência de conhecimento técnico para desenhar ideias de negócios que tratam desses materiais. Quando falamos em lixo, é comum as pessoas pensarem em restos de comida, latas, embalagens... O Brasil também gera bastante resíduos de materiais de construção, resíduos de serviços de saúde e pneus, por exemplo. O empresário pode contar com o Sebrae para ampliar seu conhecimento e investir nisso”, analisa.

Ciente da necessidade de fomentar esse setor, o Sebrae dispõe conhecimentos e soluções voltados para essa temática, como o que está disponível no Centro Sebrae de Sustentabilidade. Esse centro de referência funciona como um grande catalisador de negócios sustentáveis, através do compartilhamento de conteúdos relevantes. A página com acesso gratuito traz cases inovadores, textos, vídeos, infográficos e guias para quem investe e se preocupa com o meio ambiente. “O Sebraetec é uma solução ofertada pelo Sebrae que tem apresentado resultados positivos para a gestão de resíduos sólidos. O programa tem como objetivo garantir ao seu público-alvo o acesso a serviços tecnológicos para inovação, promovendo a melhoria de processos, produtos e serviços ou a introdução de inovações nas empresas”, indica Alexandre Ambrosini.

  

14 de abril - dia do café: Ele é herói ou vilão da alimentação?



Cada vez mais popular, o café ainda alimenta polêmicas.Queridinho de uns, o consumo da  bebida pode oferecer vantagens e desvantagens, conheça-as:


Depois da água, o café é a bebida mais consumida do mundo e o Brasil é segundo maior consumidor do produto. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), em 2020 o consumo de café cresceu no Brasil 1,34% e o consumo per capita de café torrado no país é de 4,79 Kg por ano. Com isso, as empresas associadas à Abic registraram no ano passado um crescimento de 2,19%. O café movimenta a economia e  ajuda a alimentar milhares de famílias, mas e para saúde, será que o café é herói ou vilão?

De acordo com a nutricionista Amanda Cristina Motte, o café deve ser consumido de forma moderada e seus benefícios estão relacionados com a quantidade ingerida por dia e a forma de preparo. Ela diz que aqueles que têm por hábito tomar uma xícara quentinha de café, podem se beneficiar dos efeitos da cafeína e de uma série de outras substâncias. “O grão de café possui de 1% a 2,5% de cafeína, que atua como estimulante do sistema nervoso e do músculo cardíaco. Aumenta a atenção, a concentração e a memória. Possui ácidos clorogênicos em maior quantidade que os outros componentes, que possuem atividade anticancerígena e propriedades antioxidantes, responsável por retardar o envelhecimento,” afirmou a nutricionista.  


Café como estimulante  

O mais famoso efeito do café no organismo é derivado da cafeína, mas não só. “Há também minerais, açúcares, gorduras, aminoácidos e vitaminas do complexo B que ajudam a estimular o metabolismo e melhorar o desempenho na prática de exercícios físicos", afirmou a nutricionista Amanda Cristina Motte.


Ação antioxidante

Responsável por atrasar o envelhecimento do organismo, uma das funções mais importantes do café no organismo é o seu efeito antioxidante, afirmou a nutricionista. Ela cita que essa propriedade do café é bastante utilizada na produção de cosméticos e que inclusive uma investigação realizada pelo Instituto Nacional do Câncer dos EUA  mostra que o café pode oferecer um ganho de até 10% na expectativa de vida do homem e de até 15% na expectativa de vida das mulheres. A nutricionista lembra também que os efeitos antioxidantes do café também diminuem o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e outras doenças inflamatórias.


Café e a estética bucal

A odontóloga Carla Rockenbach afirma que o amarelamento dos dentes está associado a um processo de envelhecimento natural, mas para quem tem o hábito de tomar café esse processo se torna mais acelerado. “O café possui um pH muito baixo comparado ao da boca, causando desmineralização do esmalte, facilitando a aderência dos pigmentos que causam manchas e aumentando a sensibilidade dental,” afirmou a odontóloga.  

Para resolver esse problema, muitas pessoas optam por fazer clareamento dental, mas a odontóloga afirma que essa solução é temporária. “O clareamento dental é uma desidratação dos dentes, um  processo químico em que os radicais livres provenientes do agente clareador que penetram na estrutura dentária e realizam a oxidação das cadeias carbônicas que constituem as moléculas pigmentadas. No clareamento, os dentes voltam bem rápido a ficarem manchados” afirmou. Segundo a odontóloga, o mesmo acontece também com as resinas.

Para ela, a medida definitiva, que resolve as manchas de café nos dentes são as facetas de porcelana. “A faceta em porcelana é hoje o único material que não vai manchar, por que as facetas são formadas por uma substância sólida, altamente polida em que ainda é aplicada uma camada de glaze - que é uma camada a mais de brilho, isto preserva a cor e a faz permanecer intacta por um período muito maior” afirmou a odontóloga. 


Os perigos de consumi-lo em excesso

A nutricionista afirmou que, se ingerido em excesso, o café pode aumentar a frequência cardíaca e deixar o corpo em estado de alerta. “É por isso que seu consumo em excesso pode ser perigoso para o corpo, visto que pode criar cenários oportunos para fadiga motora e crises de ansiedade” disse. "Consumi-lo em grandes quantidades também pode estar associado a elevação nos níveis de colesterol e da pressão arterial”, afirmou. A profissional afirmou que o Ministério da Saúde recomenda para um adulto a dose diária máxima de três xícaras ou  até o volume 100 ml por dia. 

O excesso do consumo do café também está associado a casos de úlcera, gastrite e refluxo ou outras doenças gastrointestinais, causando desconforto e dor devido ser estimulante da secreção ácida e da pepsina do estômago é o que afirma o médico gastroenterologista,  Thiago Patta, diretor do Instituto de Videocirurgia, Gastrocirurgia e Obesidade de Rondônia. Por isso, o médico afirma que não é correto ingerir o café em jejum. “O interessante é o café ser ingerido após a refeição, para tirar aquela sonolência que dá após nos alimentarmos”, afirmou.


 Café com Leite 

O parceiro mais famoso do café é o leite, não é pra menos, pois a nutricionista afirma que quando consumido com leite, o café tem seu valor nutricional aumentado, “principalmente para crianças e idosos”, afirmou. Ela pondera que a medida ideal é no máximo a  metade de cada, ou a prevalência do leite na mistura, pois o excesso de café pode interferir reduzindo a absorção do cálcio presente no leite. 

Além disso, o leite tem o poder de ajudar a neutralizar o efeito danoso do café como agente causador das azias, gastrites e refluxos. O médico Thiago Patta afirma “essa mistura pode diminuir a ação estimulante da secreção ácida do estômago, o que reduz o refluxo gástrico e a sensação de desconforto”. 


Dia Mundial do Café (14.04): especialista do Senac RJ ensina como extrair o melhor sabor e aroma da bebida

Para tomar o melhor cafezinho, não é necessário ir a uma cafeteria nem apelar para as cápsulas. Observando algumas dicas, é possível fazer um café delicioso em casa mesmo. A instrutora do Senac RJ Priscila Soares ensina a técnica e ainda sugere receitas criativas com o grão

 

Em 14 de abril, comemora-se o Dia Mundial do Café. Essa bebida tradicional é presença diária nas mesas da maioria dos brasileiros. Mas será que as pessoas realmente sabem qual é a melhor forma de fazer um tradicional cafezinho coado? A instrutora do Senac RJ, Priscila Soares, dá algumas dicas para quem quer aproveitar o melhor sabor e aroma da bebida sem precisar sair de casa nem apelar para as cápsulas. A especialista ainda sugere duas receitas criativas utilizando o grão, entre elas um original caramelo salgado de café para servir com frango grelhado. 

A primeira dica de Priscila é, se possível, comprar o café em grão, pois o contato com o ar oxida o café, degradando alguns compostos. “Moer o grão no momento do preparo faz toda a diferença. Além de minimizar o processo de oxidação, o café moído na hora preserva os aromas que estão no interior do grão. Atualmente existem várias opções de moedores domésticos. Também é possível comprar o café em alguma loja que faça a moagem na hora, no entanto, esse produto deverá ser consumido no menor prazo possível”, explica. 

Outra dica seria optar por grãos com torras médias e frescas: muitas das moléculas aromáticas do café são provenientes do processo de torra, por isso, quanto mais fresca a torra, mais aromático o café será. Quanto à intensidade da torra, as torras mais escuras conferem notas amargas e de borracha queimada. Já as torras mais claras evidenciam aromas primários, como frutado, doce e floral, da própria fruta”, explica. 

A água também faz muita diferença. Ela deve ser sempre filtrada, já que o cloro interfere na extração e no sabor da bebida e sua temperatura deve estar superior a 96°C. Para começar, vale observar a proporção de 10g de café para 100ml de água. Se preferir mais forte, é só ajustar quantidade de café a gosto. “Uma dica é umedecer o filtro de papel ou tecido com água quente. Isso ajuda a retirar algum resíduo e prepara os poros do filtro para a filtração. Atualmente encontramos filtros permanentes de inox que são ótimas opções. Fáceis de higienizar, têm alta durabilidade e não gera resíduo. O planeta agradece”, indica Priscila. 

Em seguida, coloque o café moído no filtro e faça uma pré-infusão com um pouco da água. Só para molhar o café e ele se “acostumar” com a água. Em seguida, verta o restante da água em fluxo contínuo e molhando todo o café. Agora é só beber!

 

Receitas com café

(autoria Priscila Soares)


Espresso Tônica Tropical


Ingredientes:


50 ml de café

30 ml de gin

20 ml de licor de laranja

2 fatias de laranja

Água tônica ou Água com gás

Gelo

 

Preparo: encha 2/3 do copo de sua preferência (prefiro as taças bojudas) com gelo. Adicione o café resfriado, o licor e o gin, e mexa delicadamente. Complete com água tônica. Decore com as fatias de laranja.

 


Caramelo salgado de café para servir com frango grelhado


Ingredientes:

200 g de açúcar mascavo

50 ml de café bem forte

Sal

Pimenta da Jamaica moída

Pimenta do reino preta moída

 

Preparo: em uma panela misture o açúcar e o café, em seguida leve ao fogo. Acrescente as pimentas e o sal (o quanto gostar). Mexa até adquirir uma textura mais encorpada, como se fosse um molho levemente espesso.

Sirva sobre o frango grelhado. Você vai se surpreender.


Além da fervura: duas receitas nada óbvias com café


Personal Chef cadastrada no GetNinjas mostra a versatilidade do grão que faz parte do café da manhã de muitos brasileiros


Um dos aromas mais marcantes da manhã é o café. Indispensável no dia a dia de muitos, a bebida costuma ser mais consumida na primeira refeição do dia, mas isso não quer dizer que após o almoço, uma xícara fumegante não seja um item essencial ou o acompanhamento ideal de um lanchinho no fim da tarde. Com seu sabor inconfundível e intenso, o café é um ingrediente versátil. A boa notícia para os fãs da bebida é que a Ana Regina Bonifácio, Personal Chef que atende pelo GetNinjas e criadora do Tempeiro de Mãe, compartilhou duas receitas super criativas em versões não óbvias com o grão. Confira a seguir:



Bolo de chocolate com recheio de brigadeiro de café e cobertura de ganache



Ingredientes do bolo:


- 3 xícaras de farinha de trigo peneirada
- 2 xícaras de açúcar demerara
- 1 xícara de cacau em pó
- 1 ½ de água morna
- 1 xícara de óleo
- 3 ovos grandes em temperatura ambiente
- 1 ½ colher de sopa de fermento biológico
- 1 colher de sopa de bicarbonato

Observação: Pré aqueça o forno a uma temperatura de 180ºgraus e unte uma forma retangular com manteiga.



Ingredientes da ganache:


- 400g de chocolate meio amargo
- 200g de creme de leite

 

Dica Ninja: Com creme de leite fresco fica mais saboroso!


Ingredientes do Brigadeiro de Café:


- 1 lata de leite condensado

- 1 colher de sopa de manteiga sem sal
- 3 colheres de sopa de café solúvel
- 1 colher de sopa de cacau em pó
- 1 lata de creme de leite


Preparo do bolo:


Em um bowl, misture a farinha com o cacau e reserve. Em outro recipiente, misture a água e o óleo e reserve também. Bata os ovos com o açúcar, até ficar um creme liso e homogêneo, acrescente a mistura de farinha com chocolate aos poucos. Após todos os ingredientes misturados, acrescente a água com óleo em pequenas quantidades, mas não pare de bater. Quando a massa estiver lisa, adicione o bicarbonato e desligue a batedeira. Por fim, acrescente o fermento, mexendo delicadamente de baixo para cima para envolver toda massa. Coloque a massa na forma e leve para assar por 30 minutos.


Modo de preparo do ganache:


Coloque o chocolate em um bowl e leve-o para derreter em banho maria no fogo baixo. Quando estiver totalmente derretido desligue o fogo e misture o creme de leite. Deixe esfriar em temperatura ambiente.



Modo de preparo do brigadeiro:


Em uma panela, coloque o leite condensado, o café solúvel, a manteiga e o cacau em pó. Mantenha-os em fogo médio, mexendo sem parar até a mistura desgrudar do fundo da panela e ficar em ponto de cobertura. Retire do fogo e adicione o creme de leite. Reserve até o brigadeiro ficar na temperatura ambiente.



Montagem do bolo:


Corte o bolo ao meio com cuidado e espalhe o recheio de brigadeiro. Depois, coloque a outra parte do bolo por cima e cubra com a ganache de chocolate.

Dica Ninja: Faça a divisão do bolo com fio dental.

Dica Ninja 2: Faça uma caldinha de café fraco com um pouco de açúcar para deixar o bolo mais "molhadinho" após assado!

 

Pudim de café com chantilly



Ingredientes do pudim:


- 2 latas de leite condensado
- 8 ovos
- 400ml de leite
- 3 colheres de sopa de café solúvel


Ingredientes da calda:


- 1 ½ xícara chá de açúcar demerara
- 1 xícara de chá de água
- 1 colher de café solúvel


Modo de preparo da calda:


Coloque o açúcar e a água em uma panela e leve ao fogo brando até virar uma calda. Unte a forma canelada com a metade da calda.


Modo de preparo do pudim:


Após peneirar os ovos (para retirar a película da gema), coloque-os em um liquidificador. Adicione o leite condensado, os 400ml de leite e o café solúvel e bata por aproximadamente 4 minutos. Coloque a mistura na forma de "pudim" devidamente untada com metade da calda, cubra com papel alumínio e leve para assar no forno em banho maria a 160º. Após 25 minutos, retire o papel alumínio e deixe assar por mais 40 minutos. Após esse período, espete o pudim com um palito e se sair "sequinho", já está assado. Espere o pudim esfriar para desenformá-lo. Na outra metade da calda, adicione o café solúvel. Com o pudim já desenformado, despeje a calda e leve para gelar por pelo menos duas horas. Enfeite com chantilly!


Dica Ninja: Cuidado para a água do banho maria não secar!


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