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sexta-feira, 2 de abril de 2021

Sinais de alerta ajudam famílias a identificar o autismo e iniciar intervenção precoce

Em comemoração ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo, a fonoaudióloga Daniella Brom participa de live nesta sexta-feira (2) às 19h para derrubar mitos, preconceitos e tirar dúvidas 

 

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) não é uma doença, é considerado como uma condição de indivíduos, seja criança ou adulto, com comprometimento do neurodesenvolvimento na linguagem e do comportamento adaptativo, social e de repetições. 

“O diagnóstico é clínico e ainda não temos exames de laboratório para detectar o TEA. Geralmente, quem sinaliza as dificuldades que podem identificar o quadro são professores ou pais que reparam que a criança chegou aos dois anos e não está falando nada ou está falando de uma forma não funcional”, explica a fonoaudióloga e diretora da FonoBabyKids, Daniella de Pádua Salles Brom. 

Por causa desse atraso de linguagem, o primeiro profissional buscado é justamente o fonoaudiólogo. Mas, é importante que essa pessoa tenha formação e conhecimento para indicar o encaminhamento para outros profissionais. “O ideal é criarmos uma equipe multiprofissional, com fonoaudiólogo, médico, psicólogo e terapeuta ocupacional para unir avaliações e terapias com a finalidade de ajudar essa criança”, diz a fonoaudióloga. 

Infelizmente, o capacitismo (discriminação e o preconceito social contra pessoas com alguma deficiência) ainda é muito presente na sociedade em relação aos autistas. Alguns exemplos são dizer que o autista não é emotivo, que a criança com autismo não olha nos olhos, ou que a criança com TEA é antisocial. Por isso, o dia 2 de abril é um dia de conscientização luta para que as pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) sejam mais valorizadas. 

“Sempre peço para as famílias que ensinem os filhos a conviver com as diferenças. O que difere uma criança com TEA de uma criança sem o TEA é a cor do cabelo, dos olhos, seu jeito, ou seja, é a mesma diferença que todos nós temos e é nas nossas diferenças que somos iguais”, pontua Brom.

 

Mas toda criança que não fala é autista? 

Não. Principalmente nos dias de hoje, muitas crianças não se desenvolvem pela falta de estímulo e pela quantidade excessiva de tempo de tela. “Em alguns casos, é comum que a criança comece a receber uma estimulação com intervenção adequada e que os sinais de dificuldade social e de linguagem vão se atenuando e a criança passa a se enquadrar nos marcos do desenvolvimento. Dessa forma, conseguimos estimular uma criança precocemente e caso ela seja diagnosticada, já está sendo estimulada com as ciências que temos para ajudar”, afirma a fonoaudióloga.

 

Sinais de atenção para buscar ajuda profissional 

- Pouco contato visual: desde a amamentação é importante incentivar a interação e o olhar entre a mãe e o bebê;

- Bebês que não imitam: por volta de seis a oito meses, os bebês já começam a imitar nossas ações e comportamentos e é preciso estar atento;

- Não atender pelo nome: a criança não responde quando é chamada pelo nome e não interage com outras pessoas;

- Dificuldade de atenção e imaginação para brincadeiras coletivas: não se interessa ou não entende e não cria histórias com personagens;

- Dificuldade com a comunicação não-verbal: não aponta para o que quer;

- Atraso na fala: crianças com mais de dois anos que não formulam palavras ou frases;

- Incômodo sensorial: barulhos e toque de outras pessoas podem incomodar e irritar a criança;

- Movimentos repetitivos: balançar o corpo, sacudir as mãos ou correr de um lado para outro quando estão felizes, tristes ou ansiosos. 

 


A live será transmitida pelo perfil do Instagram

https://www.instagram.com/fonobabykids/


Especialista em Medicina do Estilo de Vida dá dicas de como se manter ativo dentro de casa em época de lockdown

Que a prática de atividade é fundamental para a saúde física e mental, todo mundo já sabe. E em época de pandemia, se movimentar é ainda mais importante para ajudar a manter a saúde em dia. Com essa nova onda do Covid, ficar em casa é mais que necessário, mas não é por esse motivo que você deve ficar parado. 

Mas, afinal: o que acontece com o nosso corpo quando praticamos exercícios?

O começo de toda e qualquer atividade, é no cérebro, mais precisamente, no córtex cerebral (a famosa massa cinzenta e onde fica o corpo celular do neurônio), que ativa todo o sistema do corpo. O músculo é o primeiro que começa a trabalhar e, por isso, demanda mais oxigênio para ter energia. Com isso, os pulmões passam a ter um fluxo maior de entrada e saída de ar, reflexo da atividade respiratória mais intensa e, quanto mais nos mexemos, maior nosso fôlego, que não nos deixa com a sensação de falta de ar.

Essa troca mais intensa nos pulmões também acelera a frequência cardíaca, já que o sangue precisa ser bombardeado mais rapidamente para levar o oxigênio para a musculatura liberar o gás carbônico. Com isso, para permitir o fluxo vascular, a pressão máxima (fase de contratação do coração) sobe e a mínima (fase do coração relaxado) permanece estável. Por último, é a vez da regulação térmica, que acontece no hipotálamo, que tem o suor como resultado de uma ação de alta na temperatura corporal.

Além disso, durante a prática aguda de atividade física, a adrenalina e a noradrenalina são ativadas, dilatando os vasos sanguíneos, aumentando a taxa metabólica e liberando glicose e ácidos graxos no sangue, que nos dão energia para se manter em movimento. Endorfina e a serotonina também são liberadas, proporcionando sensação de bem-estar, impactando de forma direta no nosso humor e ajudando a minimizar chances de depressão e ansiedade. 

Para ajudar a manter - ou até mesmo criar - uma rotina nessa fase, a médica especialista em Estilo de Vida, Dra. Lívia Salomé, dá algumas dicas: 

  • Alongue-se: o alongamento ajuda na flexibilidade do corpo, além de ajudar a não perder força muscular. Comece o dia com um alongamento mais completo e, se você trabalha muito sentado, pare a cada 50 minutos e faça cinco minutos de alongamento; 
  • Caminhe: caminhar na área comum do seu prédio, condomínio ou até mesmo na sua rua, já ajuda. Tire vinte minutos por dia para uma caminhada leve, sem forçar para evitar lesões; 
  • Pule corda: para quem tem um condicionamento físico melhor, a corda é um ótimo exercício aeróbico e pode ser feito até enquanto você assiste seus seriado favorito; 
  • Substitua o elevador por escada: para quem mora em prédio, essa troca é sempre muito valiosa - não só em época de pandemia. Trocar um ou dois andares por dia já são suficientes para manter a capacidade cardiorrespiratória; 
  • Use a faxina a seu favor: aproveite o momento da faxina como um treino e, na medida do possível, troque eletrodomésticos pela sua força. Exemplo: dê descanso para o aspirador de pó e use a vassoura. Deixe para usar só em caso de muita necessidade; 
  • Faça agachamentos: o agachamento parece inofensivo, mas é excelente para manter a força muscular das pernas e lombar, além de trabalhar o equilíbrio. Para ajudar na postura, a dica é esticar os braços, flexionar levemente os joelhos e fazer o movimento como se fosse sentar no sofá, voltando à posição inicial com a coluna reta; 
  • Fique em pé sempre que possível: aproveite ligações ou momentos que está respondendo mensagens para ficar em pé e até caminhar pela casa. Se não tiver essa oportunidade, pare a cada cerca de uma hora e faça isso por alguns minutos. 
  • Medite: apesar da meditação não ser uma atividade física, ela é uma atividade mental, que é tão importante quanto mexer o corpo. Comece meditando dez minutos por dia com exercícios de respiração, o que ajudará muito na ansiedade e qualidade de sono. Se você tem dificuldades ou nunca meditou, há uma série de meditações guiadas na internet e até aplicativos gratuitos;

“Não podemos esquecer que manter uma boa alimentação e a ingestão de pelo menos dois litros de água, também é fundamental para manter nosso corpo e mente funcionando bem. E também indico buscar um hobby por pelo menos alguns minutos por dia, algo que desconecte dos problemas e faça a cabeça relaxar. Tudo isso é muito importante nesse momento complexo que vivemos”, explica Dra. Lívia. 


Inteligência emocional é chave para salvar relacionamentos abalados, inclusive pela pandemia

A inteligência emocional é adquirida e gera transformação em todas as áreas da vida, principalmente na conjugal
Divulgação

Terapeuta de casais explica a importância da prática, que ajuda na relação a dois e dá dicas simples que podem até evitar o divórcio


O número de divórcios teve um aumento recorde em 2020. Esse crescimento se dá exatamente no período da pandemia; quando, por um lado as pessoas ficaram mais tempo confinadas dentro de casa; e, do outro, para evitar aglomerações, os cartórios passaram a disponibilizar, a partir de julho de 2020, o serviço de divórcio extrajudicial por meio online.De acordo com dados do Colégio Notarial do Brasil, houve um aumento de 15% no número de divórcios de 2019 para 2020. Uma taxa bem maior que a média histórica de aumento de 2% a cada ano. Em Goiás o aumento foi de 19%. 

De acordo com dados divulgados no final do ano passado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a duração média do casamento caiu de 17,5 anos para 13,8 anos em uma década, entre 2009 e 2019. Para manter um relacionamento saudável e longevo, a psicóloga e terapeuta de casais Ana Lídia Agel aposta na prática da inteligência emocional. “A inteligência emocional é adquirida de forma externa, não se trata do temperamento que a pessoa herdou ou tampouco do ambiente que ela foi inserida, é adquirida no momento que a pessoa percebe que precisa investir na busca de se melhorar”, explica. 

Essa prática, também pode ser direcionada à relação do casal. “A inteligência emocional se tornou uma proposta viável de solução para tantos relacionamentos que, apesar de envolverem amor, simplesmente não conseguem fazer a convivência dar certo. As habilidades aprendidas possibilitam uma mudança, saindo do padrão de conflitos e buscando formas de resolução dos problemas. O aprendizado depende apenas da disposição em buscar um caminho de transformação pessoal, que gera transformação em todas as outras áreas da vida, principalmente na conjugal”, detalha Ana Lídia, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia. 

A especialista revela ainda que o isolamento social imposto pela pandemia teve impacto entre os casais. “A pandemia alertou as pessoas para a importância de encontrar a inteligência emocional, pois muitos perceberam que o sofrimento mental poderia ser evitado ou diminuído se houvesse a busca pelo suporte correto”, conta a terapeuta. Ela destaca que o período despertou um maior interesse dos homens pelo tema. “Quem mais buscava o acompanhamento eram mulheres, mas depois da pandemia essa procura ficou bem equilibrada, homens buscam da mesma forma esse suporte. Psicologicamente os homens são mais fechados para o novo, até pelo fato de serem mais racionais, mas atualmente percebemos eles lutando pelo relacionamento também”, salienta.

 

Saúde do lar


Para Ana Lídia, o casal equilibrado emocionalmente é essencial para a saúde emocional do lar. “Conflitos diários podem adoecer não somente o ambiente, mas desencadear doenças psicossomáticas para os membros da família, incluindo os filhos”, revela. A terapeuta de casais afirma que é necessário saber resolver e lidar com os conflitos da melhor forma antes de pensar em separação. “Os casais me procuram quando os problemas e conflitos que poderiam ser evitados já tomaram uma proporção tão grande que a fuga, muitas vezes, parece ser uma solução mais viável. Chegam falando sobre divórcio, como se essa busca profissional fosse validar a decisão de divorciar. O que os casais não entendem é que a separação não anula os problemas, mas só troca eles de casa”, detalha. 

Psicóloga há 15 anos, Ana Lídia revela os resultados do equilíbrio emocional. “A pessoa passa a pensar de forma diferente, mais leve, mais flexível, mais habilidosa, e isso muda a forma de se sentir e agir. Um exemplo é o fortalecimento dos valores morais a partir da prática de habilidades como a empatia e a assertividade, que faz a pessoa saber se colocar no lugar da outra e imaginar como ela se sentiria com tais comportamentos que antes eram de praxe praticá-los sem nenhum pesar”, salienta.  

A especialista usa uma analogia para exemplificar a transformação que o processo proporciona. “Os casais chegam até mim arrastando como lagartas e saem livres como uma borboleta”, afirma. Ana Lídia dá algumas dicas para manter uma boa relação à dois:


- Decisão racional: “Uma relação feliz e duradoura é uma decisão racional que pelo menos um dos cônjuges precisa ter como alvo. Essa decisão precisa vir associada com a busca correta das habilidades socioemocionais necessárias para uma convivência harmoniosa. Uma habilidade básica aprendida pelo desenvolvimento da inteligência emocional é a comunicação assertiva, a qual evita muitos conflitos e direciona uma comunicação não-violenta e respeitosa”.


- Bagagens: “É preciso entender as bagagens que cada cônjuge traz para o casamento e saber lidar da melhor forma com elas. Existem muitos conflitos conjugais que não são propriamente do relacionamento, mas vem das bagagens que trazem da criação e de relacionamentos passados”.


- Aceitação: “Deve-se aprender a aceitar as diferenças com empatia. Essas simples dicas colocadas em prática transformam a história do casal de forma concreta e possibilitam um relacionamento com muito respeito, duradouro e com uma boa comunicação”.


Relacionamento tóxico, como identificar os sinais

O relacionamento tóxico está ganhando espaço neste período de isolamento social, tendo em vista que muitos casos, o abuso nem sempre se manifesta como violência física e mesmo assim, pode causar graves danos mentais.  Quanto maior o grau de envolvimento emocional, maior a dificuldade de identificar os sinais no dia a dia, confundindo a superproteção do opressor, como prova de amor.

Segundo a psicóloga Célia Siqueira, o comportamento do opressor costuma ser disfarçado no início, impressiona com romantismo extremo a ponto de fazer a vítima acreditar que esse tipo de relação é a melhor que ela pode conseguir. Ao longo do relacionamento, suas características predominantes vão se revelando, como: controlador, possessivo, intolerante, ciumento e impulsivo.

“As pessoas com baixa autoestima, inseguras, submissas, carentes, economicamente dependentes e depressivas, são alvos fáceis. Na maioria das vezes, não conseguem identificar os abusos, mesmo com a presença de sinais óbvios, o importante é ficar em alerta com frequentes crises de ciúmes, empatia, ofensas, invasão de privacidade, chantagem emocional, excesso de críticas e controle financeiro”, diz Célia.

Apesar desse tipo de relacionamento ser comum entre casais, muitos casos também acontecem em ambiente corporativo e social. Quando reconhecido pela vítima, o importante é buscar ajuda, pois abusos psicológicos podem causar crises de anisedade, depressão, síndrome do pânico e diversos transtornos mentais.

 



Célia Siqueira

www.institutoceliasiqueira.com


 DIVULGAÇÃO


O nascimento de um bebê impacta fortemente a vida de um casal, sejam pais de primeira viagem, sejam os mais experientes. Uma perspectiva romântica na construção da família tem origem na ideia de que duas pessoas que se amam são responsáveis pela felicidade um do outro, as metades das laranjas, as almas gêmeas, e o filho seria a coroação desse relacionamento. O fato é que, em muitos casos, o nascimento está mais para um belo drama. 

Os primeiros anos da vida do bebê são um período especialmente crítico. E o principal motivo está relacionado às demandas de cuidado frente aos comportamentos naturais do novo membro da família e à maneira como nos estruturamos socialmente. Encontrar um ponto de equilíbrio entre as necessidades inerentes à nossa espécie e às rotinas impostas pela organização social é um desafio. Refletir sobre isso é a única maneira de evitar que os bebês, tão sensíveis, paguem o preço dessa conta. 

Um exemplo muito claro dessa pressão social sobre comportamentos está relacionado ao sono do bebê. O padrão de sono infantil é muito diferente do padrão de sono de um adulto. De forma resumida, o sono dos bebês é composto pelo sono “REM” (uma fase mais ativa do sono em que o bebê se mexe, resmunga, choraminga ou muda de lado) e pelo sono “não REM” (uma fase de sono mais calmo). E, para passar de um ritmo de sono para outro, os bebês apresentam o que chamamos de “sono de transição”. Durante toda a noite, há alternância entre esses tipos de sono.

Cada ciclo pode durar de 90 a 110 minutos, e, quanto menor a idade, mais curto o ciclo. Em alguns momentos, a criança terá um pequeno despertar, irá abrir os olhos e procurar os pais. Ao nascer, a proporção entre sono “REM” e “não REM” é de meio a meio. À medida que o bebê cresce, a duração da fase mais ativa e agitada vai diminuir e os ciclos ficarão mais longos. Em poucas palavras, comparando com os adultos, os bebês têm ciclos de sono mais curtos e mais tempo de sono agitado e leve. Ao nascer, o bebê dorme muito durante o dia e à noite. Com o tempo, o sono vai se tornando predominantemente noturno, com o desaparecimento gradual das sonecas diurnas.

Para adormecer, a criança precisa se sentir segura. E, obviamente, essa segurança significa o colo, o peito, a presença dos pais. É um instinto de preservação que nos acompanha desde os primórdios.

Do outro lado, encontramos pais exaustos. Mas isso está relacionado com a rotina que criamos, e não com o nosso desenvolvimento neurofisiológico natural. Entretanto, vivemos um problema quando tentamos tratar o não tratável, curar um problema que não existe e modificar um comportamento natural. 

Não há como “treinar” o sono dos bebês. A médica australiana Pamela Douglas conseguiu provar que bebês submetidos a algum tipo de treinamento de sono, antes dos 6 meses de idade, podem sofrer desmame precoce.

Interferir no padrão natural de sono do bebê implica em vários ciclos de sono sequenciados, sem solicitação dos pais. O bebê irá mamar menos vezes e o seio materno será estimulado muito menos na madrugada. Vale lembrar: quanto mais o bebê suga, mais leite é produzido. Quanto menos suga, menos leite haverá no dia seguinte.

Para muitas mulheres, fartas em leite, a produção menor pode não fazer diferença na amamentação. O bebê continua mamando bem de dia e ganha peso satisfatoriamente. Para outras, o resultado pode ser outro. A pouca estimulação leva à baixa produção de leite com inquietação do bebê durante as mamadas, choro e baixo ganho de peso. 

Outra questão é que o leite materno noturno é rico em substâncias que são auxiliares no sono do bebê. E se o bebê ingere menos deste leite, pode ter um sono mais agitado, apesar de todas as técnicas ensinadas.

Os treinamentos de sono sugerem que o bebê permaneça no berço, porém, para o bebê, estar longe dos pais pode ser percebido como ameaça à sua sobrevivência. E o choro não atendido pode levar a um estado de hiperativação do corpo da criança, com liberação de hormônios do estresse que aumentam a frequência cardíaca, dilatam a pupila, elevam a respiração, causam suor. 

Deixar de atender aos “chamados” do bebê leva ao desamparo aprendido, com impactos para toda a vida, ensinando a criança a se acostumar com situações ruins sem motivação para buscar ajuda. Acolha sempre seu bebê. 

Os “consultores de sono” sugerem que esse contato com a criança é prejudicial ao sono. Assim como não recomendam embalar ou deixar dormir no peito ou no colo. Não faz sentido. Tentar sobrepor tabelas de sono e tempos determinados de sonecas a comportamentos instintivos é uma falácia que leva as famílias a pensar que seus bebês são doentes, que têm problemas, distúrbios graves, ou que não são bebês “normais”. 

Procure refletir sobre essas questões – e tenha uma boa noite!

 


Marcio André Bosse - psicólogo, especialista em desenvolvimento infantil (Instagram: @papaimarcio)


Você procrastina? A solução pode estar no equilíbrio entre o corpo e a mente

Paulo Alvarenga explica como podemos deixar de procrastinar, principalmente nesse período de pandemia, além de ensinar como trabalhar as cinco dimensões de energia.

 Deixar para mais tarde, para amanhã ou até “quando bater a inspiração” têm se tornado ainda mais frequente nessa fase de isolamento.

Segundo Paulo Alvarenga (P.A), coach e especialista em ambientes psicologicamente saudáveis, a procrastinação significa evitar sofrimento. 

“Ou seja, fugir daquilo que mentalmente as pessoas entendem que vai incomodar ou gerar dor, por isso, trocam o ganho a longo prazo pelo prazer momentâneo. A ideia é sempre a de pensar nas perdas de não resolver as coisas no momento e pensar nos ganhos a longo prazo”, explica. 

Por isso, em um momento em que tantos conflitos externos e internos estão aflorados, o ato de procrastinar vem à tona com mais frequência. E como fazer para evitá-lo? 

“A pessoa deve focar em fazer coisas que estejam conectadas com a sua paixão e fazer um empilhamento de motivações. Isso chama-se ‘grit’, que é maior do que força de vontade, é motivação no outdoor”, pontua P.A. 

O poder do equilíbrio do corpo e da mente também está conectado em procrastinar ou não. Afinal, se o corpo e a mente estão bem conectados, tudo tende a fluir bem, caso contrário, ansiedade e a própria procrastinação são alguns dos muitos resultados dessa desarmonia. 

“A busca do equilíbrio entre corpo e mente é algo que escutamos desde criança, mas o momento atual tornou isso algo essencial. Assim como procuro ensinar no método que criei ‘Matriz das Energias’, devemos usar o estresse para buscar esse equilíbrio. As pessoas precisam se desenvolver nas cinco dimensões de energia: física, mental, emocional, espiritual e financeira para se tornarem mais resilientes e terem mais performance em meio à turbulência”, ressalta. 

Manter hábitos de vida saudáveis são excelentes aliados, já que como diz o ditado “Corpo são, mente sã”. E não é necessário já ter uma rotina regrada para usufruir dos benefícios, pois toda mudança é válida quando o objetivo é melhorar as saúdes física e mental. 

“É tudo uma questão de ter rotinas que estejam interligadas nas cinco energias. No caso de pessoas que já cuidam muito bem da Energia Física, comece a criar rotinas para as outras dimensões de energia. Para a Energia Mental, medite entre 10 a 20 minutos por dia, estude algum assunto em média 30 minutos por dia, leia um livro 10 minutos por dia, faça exercícios de “incantation”, ou seja, repita diariamente suas qualidades e missão de vida ou algum sonho e assim por diante”, ensina Alvarenga. 

Já quanto à Energia Emocional, ele indica que ligar para pessoas que ama, fazer diário das emoções. No âmbito da Energia Espiritual, fazer exercício da gratidão diariamente, além de refletir sobre seu propósito de vida diariamente. E na parte da Energia Financeira, organizar contas, se pagar primeiro, fazer planos e gastar menos do que ganha. 

“Na pandemia a ansiedade aumentou, consequentemente, os medos tomaram conta e, com isso, nosso estado ‘interno’ se encontra abalado. Então, nesse estado facilmente criamos um modelo de mundo com significados que nos limitam, mas sair do medo é primordial para nosso cérebro trabalhar no estado de Flow, que é onde busca constantemente soluções disruptivas. Pratique o que falei anteriormente, gerencie as energias e as expanda!”, finaliza

E lembre-se: “Não deixe aquilo que você quer agora atrapalhar aquilo que você quer muito”.


Aproveite a Páscoa para dizer adeus à chupeta de forma gentil

Livro infantil "Careta pra chupeta!" além de ter uma história divertida, apresenta um guia escrito por odontopediatra que auxilia os pequenos a deixarem o hábito


O processo de mudança é sempre muito difícil para todos. Agora, imagina quando acontece para os pequenos? Uma das dicas de especialistas é incentivar a criança a dar todas as chupetas para algum personagem. E chegou a hora do Coelhinho da Páscoa. Sim, interromper um hábito exige coragem de ambas as partes. Ser gentil, mas ao mesmo tempo firme é o caminho. Para ajudar os pais nesse difícil processo, a escritora e Publisher, Maíra Lot Micales lançou o livro Careta pra chupeta!, pelo selo Caminho Suave, do Grupo Editorial Edipro.

O livro conta a divertida história de um garoto, sua chupeta e as caretas da tia Julieta. Ao final da obra, a escritora convidou o odontopediatra uruguaio, com mestrado e especialização em odontologia infantil nos Estados Unidos, Daniel Korytnicki a escrever um guia para auxiliar pais e responsáveis nessa difícil missão e interromper o hábito de forma gentil e gradual. “É certo que o objeto da chupeta conforta muitos bebês agitados, mas o uso prolongado ou banalizado pode levar a problemas dentários e a outros riscos de doenças”, explica o especialista.  

No guia, o profissional traz diversas dicas como as vantagens e desvantagens da chupeta, a idade indicada para abandonar o hábito, etc. Confira mais dicas que estão presentes na obra e vão ajudar pais, cuidadores e claro, os pequenos nesse processo.

PASSO A PASSO PARA A RETIRADA DAS CHUPETAS:

Para crianças de até 1 ano

- Retire todas as chupetas de uma só vez, eliminando o uso delas tanto durante o dia quanto para dormir.

- Observe se a criança substitui o hábito da chupeta por outro (chupar o dedo, pôr panos na boca, entre outros). Converse com o pediatra ou dentista sobre a melhor opção nesse caso.

 

Para crianças e 1 a 2 anos

- Antes de iniciar o processo, converse com a criança e leia livros infantis sobre o tema, repetidas vezes, sempre de modo leve.

- Diga à criança que perdeu as chupetas. Dependendo da reação dela, você pode optar por um processo mais lento.

- Caso não consiga tirar todas as chupetas de uma vez, comece reduzindo o tempo de uso, especialmente durante o dia, quando a criança pode se distrair com atividades e brincadeiras. À noite, avise a criança que vai tirar a chupeta depois que ela dormir e que vai deixá-la ao lado dela; depois de alguns dias fazendo isso, retire por completo.

- Talvez a criança sinta dificuldade para se adaptar à falta da chupeta. Demonstre seu apoio com afeto e palavras encorajadoras.

           - Seja firme. É fundamental não recuar na decisão.

 

No caso de crianças acima de 2 anos

Se a criança tem mais de dois anos, existem alguns recursos que contam com a participação mais ativa dela: 

- Incentiva a criança a dar todas as chupetas para o Papai Noel, o Coelhinho da Páscoa ou algum outro personagem. Depois que ela der, não volte atrás.

- Leia diversas vezes o livro sobre o tema.

- Tenha uma conversa franca com a criança; comente que o uso de chupetas sujas pode causar doenças, faz as pessoas não entenderem o que ela fala, pode entortar os dentes...É fundamental que ela compreenda a importância de interromper o hábito.

- Se a criança costuma pegar a chupeta quando está entediada, sugira alguma atividade mais interessante, como um brinquedo ou um livro.

            - Experimente usar um calendário e para cada dia sem chupeta cole um adesivo colorido. Quando completar   uma semana dê um prêmio à criança.

  

Ficha técnica

Editora: Caminho Suave
Gênero: Literatura infantil
ISBN: 978-65-86742-01-5
Edição: 1ª edição, 2020
Formato: 24 x 24
Páginas: 32
Preço: R$ 39,90
Link de venda: Amazon

 

 

Sinopse: Era só eu estar com a chupeta na boca que todo mundo fazia careta pra mim! Tanta cara feia me fez ter uma ideia: guardar em uma caixinha todas as chupetas que eu encontrasse. Será que agora vão acabar as caretas? Reúna coragem e embarque você também nesta aventura! Dentistas e pediatras concordam que o uso prolongado da chupeta causa danos ao desenvolvimento da criança. Inspirado na vivência que a autora teve como mãe e com um guia assinado pelo odontopediatra doutor Daniel Korytnicki, este livro vai arrancar risos (e talvez caretas!) do pequeno leitor e ajudá-lo a ver que pode ser muito fácil dar adeus às chupetas.

 

Sobre a autora: Maíra Lot Micales é Publisher de livros há dez anos, e já editou mais de quatrocentas obras. Filha de livreiros, é defensora ferrenha do livro como instrumento para formação e engrandecimento pessoal, desde os primeiros anos de vida. Mãe de dois filhos, formada em Administração de Empresas pela EASP-FGV e pela HEC-Paris, com especialização em Negociação pela FGV, atuou por vários anos na gestão do Museu de Arte Moderna de São Paulo e da CASACOR, sempre lidando com bens culturais. Como mãe, adora inventar histórias como forma de transmitir mensagens educativas ao seus filhos.

Sobre a ilustradora: Samanta Flôor é artista freelancer de Porto Alegre-RS, com trabalhos publicados nas áreas editorial, de ilustração infantil, histórias em quadrinhos e animação. Desde 2017, também tatua seus desenhos.

Sobre Daniel Korytnicki: autor do guia de orientação aos pais, é odontopediatra, formado em Odontologia pela Universidade da República, de Montevidéu, no Uruguai, com mestrado e especialização em odontologia infantil nos Estados Unidos pela Universidade de Michigan e doutorado em materiais dentários pela Universidade de São Paulo (USP). Uruguaio, mora no Brasil desde 1985, onde montou um consultório para atender crianças e adolescentes.


Nesta Páscoa, salve vidas! Doe sangue!

Em seu simbolismo religioso, a Páscoa traz a esperança de uma vida nova. E esse significado traduz o mesmo propósito de quem pratica o gesto solidário de doar sangue: está trazendo a esperança de vida às pessoas que estão em tratamento e dependem desse precioso componente vital. Uma única doação pode salvar até quatro vidas!

Doar sangue nesta Páscoa é mais do que um gesto de amor! É "uma época para renascer a esperança" de vida, de tempos melhores, de pensar que juntos somos mais fortes ao fazermos a nossa parte em prol de um bem maior.

E é com essa mensagem que o Banco de Sangue de São Paulo está recebendo os seus doadores neste período de Páscoa, até 15 de abril, e os presenteando com uma deliciosa caixa de bombons de chocolate.

"Doar sangue é um gesto de renascimento, solidariedade e amor. Queremos que os doadores se sintam sensibilizados com o verdadeiro sentido da Páscoa, e façam a doação de sangue. Com essa ação, também pretendemos melhorar os nossos estoques sanguíneos que se encontram com um déficit de 45%", diz Bibiana Alves, líder de captação do Banco de Sangue de São Paulo.

Para regularizar os estoques e evitar atrasos ou impactos nos atendimentos, são necessárias 160 doações diárias. Com os casos de Covid-19, a situação faz as doações se tornarem ainda mais urgentes.

O Banco de Sangue de São Paulo segue rigorosamente todos os protocolos de segurança contra a Covid-19 e por isso conquistou o selo Covid Free de Excelência, concedido pelo IBES - Instituto Brasileiro para Excelência em Saúde, em reconhecimento por manter as melhores práticas de prevenção e enfrentamento da pandemia de coronavírus.

A unidade atende de segunda a sexta, das 8h às 17h, e sábado, domingo e feriados das 8h às 16h, está localizada na Rua Tomás Carvalhal, 711, Paraíso.


Requisitos básicos para doação de sangue:

• Apresentar um documento oficial com foto (RG, CNH, etc.) em bom estado de conservação;

• Ter idade entre 16 e 69 anos desde que a primeira doação seja realizada até os 60 anos (menores de idade precisam de autorização e presença dos pais no momento da doação);

• Estar em boas condições de saúde;

• Pesar no mínimo 50 kg;

• Não ter feito uso de bebida alcoólica nas últimas 12 horas;

• Após o almoço ou ingestão de alimentos gordurosos, aguardar 3 horas. Não é necessário estar em jejum;

• Se fez tatuagem e/ou piercing, aguardar 12 meses. Exceto para região genital e língua (12 meses após a retirada);

• Se passou por endoscopia ou procedimento endoscópico, aguardar 6 meses;

• Não ter tido gripe ou resfriado nos últimos 30 dias;

• Não ter tido Sífilis, Doença de Chagas ou AIDS;

• Não ter diabetes em uso de insulina;

Consulte a equipe do banco de sangue em casos de hipertensão, uso de medicamentos e cirurgias.


Critérios específicos para o CORONAVÍRUS:

• Candidatos que apresentaram sintomas de gripe e/ou resfriado devem aguardar 30 dias após cessarem os sintomas para realizar doação de sangue;

• Candidatos que viajaram para o exterior devem aguardar 30 dias após a data de retorno para realizar doação de sangue;

• Candidatos à doação de sangue que tiveram contato, nos últimos 30 dias, com pessoas que apresentaram diagnóstico clínico e/ou laboratorial de infecções pelos vírus SARS, MERS e/ou 2019-nCoV, bem como aqueles que tiveram contato com casos suspeitos em avaliação, deverão ser considerados inaptos pelo período de 30 dias após o último contato com essas pessoas;

• Candidatos à doação de sangue que foram infectados pelos SARS, ERS e/ou 2019-nCoV, após diagnóstico clínico e/ou laboratorial, deverão ser considerados inaptos por um período de 30 dias após a completa recuperação (assintomáticos e sem sequelas que contraindique a doação).

 


Serviço:

Banco de Sangue de São Paulo

Unidade Paraíso

Endereço: Rua Tomas Carvalhal, 711 - Paraíso

Tel.: (11) 3373-2000

Atendimento: Segunda a sexta, das 8h às 17h, e sábado, domingo e feriados das 8h às 16h. Estacionamento gratuito Hotel Matsubara - Rua Tomas Carvalhal, 480


Município mineiro adota democracia como recurso contra indisciplina nas escolas

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Assembleias e rodas de conversa permitem escuta ativa dos alunos e garantem tranquilidade na convivência


Nada de professores perdendo a cabeça com a bagunça na sala de aula, seja ela física ou virtual. Na pequena Guaxupé, no sudoeste de Minas Gerais, a indisciplina ficou no passado graças à escuta ativa dos estudantes do Ensino Fundamental. Realizando assembleias, rodas de conversa, votações e outras consultas às crianças, o município tem conseguido melhorar a convivência entre alunos, professores e equipe escolar.

Para Érica Gonçalves, coordenadora do Ensino Fundamental da Secretaria de Educação de Guaxupé, aproximar as crianças da rotina de decisões das escolas é uma forma de permitir que elas desenvolvam autonomia moral e intelectual. A ideia vai muito além das assembleias coordenadas pelos professores. “As crianças estão diretamente envolvidas na organização do ambiente escolar. Elas são diariamente incentivadas a tomar pequenas decisões, como por exemplo sobre a sequência de atividades a serem realizadas ou os temas sugeridos para projetos investigativos”, explica. "Dessa forma, deixam de ser meras espectadoras do ensino e se tornam agentes de transformação do processo educativo", completa.

Levar os estudantes para mais perto do trabalho dos professores e do restante da equipe é uma forma poderosa de aplicar os princípios básicos da democracia. Graças a essa postura, os pequenos se sentem encorajados e capazes de participar do cotidiano escolar, em vez de apenas cumprir com suas tarefas acadêmicas. “As votações, assembleias e rodas de conversa servem para que os alunos ajudem a estabelecer o conjunto de regras e combinados. Trabalhamos a escuta ativa dessas crianças e procuramos criar um ambiente em que elas têm liberdade para manifestar sentimentos, interesses, valores e ideias. Nas assembleias, por exemplo, elas podem expor seus problemas, suas dificuldades e suas vontades”, conta Érica. O resultado é uma queda vertiginosa nas reclamações sobre comportamento.


Grandes poderes trazem grandes responsabilidades

Ao contrário do que se acreditava há algumas décadas, educadores afirmam que a repressão no ambiente escolar não é uma solução para o problema da indisciplina. Não é de hoje que as práticas pedagógicas pregam que o autoritarismo pode, na verdade, prejudicar a convivência nos ambientes de aprendizagem. O supervisor pedagógico da área pública do Sistema de Ensino Aprende Brasil, Pedro Lino, explica que esse tipo de visão não está de acordo com o que se espera da escola no século XXI. “Autoritarismo não combina com Educação. Hoje, na escola, não cabe mais a imposição de ideias ou de posturas. O que deve ser adotado é o diálogo aberto e o respeito franco, aquele que corre nas duas mãos - do professor para o aluno e do aluno para o professor - e que se constrói todos os dias”, pontua.

Essa redução nas taxas de indisciplina acontece porque, quando crianças e adolescentes compreendem seu papel em determinado espaço, eles tendem a agir com mais responsabilidade e maturidade. Patricia Pirota, professora da área de linguagens para o Ensino Básico e para cursos preparatórios, já tem mais de 40 mil inscritos no YouTube e usa as redes sociais para falar sobre Educação. Ela ressalta que é fundamental colocar os alunos como autônomos no processo de aprendizagem. “Quanto mais noção eles têm de sua responsabilidade no processo, menos indisciplina na sala de aula. Em 2020, com o ensino remoto, eu tive raríssimos episódios de mau comportamento porque eles acabaram entendendo que não era bom que aquilo acontecesse. Muitas vezes, o professor faz sua parte, o pai faz sua parte e todo mundo esquece de mostrar para o aluno que ele também tem que fazer a parte dele”.


Indisciplina também é mudança

Entretanto, é imprescindível lembrar que nem sempre a indisciplina é negativa. Em alguns casos, ela pode ser uma maneira de a criança se expressar, questionar e, ironicamente, participar ativamente da sociedade em que está inserida. O professor Cláudio Marques da Silva Neto, autor do livro “Indisciplina e violência escolar: dilemas e possibilidades", afirma que a indisciplina não deve ser indesejada. “Ela é um fenômeno social altamente relevante nos processos de construção e mudança social. É um fenômeno que está na escola e que só passa a ser um problema quando vira uma forma de contestação. Muitas vezes, ela está associada à forma como o professor impõe sua autoridade”, destaca.

Para ele, é preciso encarar os problemas de cada escola e encontrar soluções que caibam no contexto em que aquela instituição está inserida. “Quando cheguei à escola em que estou hoje, os dois principais problemas eram indisciplina e violência dos alunos. Hoje, depois de dez anos, esses fatores não exigem a preocupação e o trabalho da instituição. Esse cenário se resolveu não apenas lidando com o problema em si, mas prestando atenção às angústias que professores e alunos tinham”, relembra. Segundo ele, para chegar a esse resultado, empatia, respeito e parceria entre os muitos agentes envolvidos no cotidiano escolar foram indispensáveis. 

Todas essas questões devem estar claras no projeto pedagógico da instituição, diz Pedro Lino, do Sistema de Ensino Aprende Brasil. “A escola precisa ter claro, inclusive, quais são as posturas aceitáveis naquele espaço, o que se espera de um professor, o que se espera de um aluno. E, dentro dessa perspectiva, deve articular de forma que os professores todos tenham uma linguagem comum. Que a disciplina seja uma proposta da escola e não apenas de um ou outro professor”, finaliza.

Patricia Pirota e Cláudio Marques da Silva Neto discutem outros aspectos da indisciplina no 22º episódio do  podcast PodAprender, cujo tema é “Indisciplina em sala de aula”. O programa pode ser ouvido no site do Sistema de Ensino Aprende Brasil (sistemaaprendebrasil.com.br), nas plataformas Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google Podcasts e nos principais agregadores de podcasts disponíveis no Brasil.

 

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