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quarta-feira, 31 de março de 2021

No Dia da Saúde e Nutrição, nutricionista explica a importância de uma dieta equilibrada para pessoas recuperadas do Covid-19

Professora da Unyleya conta como restabelecer o equilíbrio imunológico e suprir as carências nutricionais do organismo após recuperação


Pacientes em recuperação da Covid-19 precisam aumentar o consumo de energia e proteínas nos casos de carências nutricionais durante o processo de internação. Aqueles que apresentaram sintomas leves da doença também precisam de cuidados alimentares para restabelecer as condições de equilíbrio imunológico.

Em comemoração ao Dia da Saúde e Nutrição – 31 de março, Silmária Soeiro, nutricionista e professora de Pós-graduação da Unyleya, explica quais são os nutrientes e proteínas necessários para o restabelecimento do sistema de defesa, onde encontrá-los e qual a importância da dieta para pacientes recuperados da doença.

“A dieta equilibrada pós-infecção pela Covid-19 é importante até porque a grande maioria dos pacientes referem persistência dos sintomas de fadiga e de cansaço após a recuperação. Todos os grupos de alimentos são importantes e devem fazer parte da alimentação no pós-alta”, declara a nutricionista. Ela resume quais são os nutrientes energéticos e as fontes de reserva de tecido ativo (proteína) para restabelecimento do sistema imunológico.

  • Carboidratos: São os nutrientes que proporcionam energia e disposição. Podem ser encontrados no arroz, aveia, trigo e seus derivados (pães e massas), raízes e tubérculos (aipim, batatas e inhame)
  • Gorduras: Assim como os carboidratos, também fornecem energia. Vale ressaltar que algumas vitaminas só podem ser obtidas em alimentos que são fonte de gorduras. Azeite de oliva, abacate, óleos vegetais, gema de ovo, leite integral e derivados (queijo branco e manteiga, por exemplo) são alguns dos alimentos ricos em gorduras.
  • Proteínas: São essenciais para manter nossa massa muscular e um adequado sistema de defesa. É possível obter proteínas através das carnes em geral (de boi, frango, peixe e porco), leguminosas (feijão, ervilha e lentilha), leite e ovos.
  • Vitaminas e minerais: São substâncias fundamentais para diversas funções do corpo, inclusive a respiração. Estão presentes em frutas, verduras e legumes, principalmente se consumidos crus ou frescos.

Segundo a nutricionista, a alimentação pós-alta deve ser consumida em horários regulares para garantir a ingestão adequada de nutrientes essenciais para a recuperação. Estes nutrientes ajudam no fortalecimento do sistema imunológico no combate às infecções oportunistas e também na recuperação do estado nutricional, tão necessário para o restabelecimento da força e disposição. Para o bom funcionamento do sistema imunológico, é necessário a combinação de vários nutrientes (carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas e minerais), presentes em maior quantidade nas fontes naturais dos alimentos.

A especialista ressalta que cada paciente tem necessidades específicas para ingestão de calorias e demais nutrientes, dependendo também da idade, presença de outras doenças, necessidades apontadas por exames laboratoriais, prática de atividade física, entre outros fatores.


Vitaminas A, C, E, D e B6 são importantes aliadas

As principais vitaminas que estão envolvidas no sistema de defesa e combate às infecções são as vitaminas A, C, E, D e B6.

  • Vitamina A: Está presente no leite integral, ovos, peixes, batata doce e vegetais de cor amarelo-alaranjados, como abóbora e cenoura.
  • Vitamina C: Ela está presente de forma natural nas verduras cruas e frutas, como mexerica, caju, goiaba, acerola, laranja e limão. O ideal é consumi-la preferencialmente a partir dos alimentos. A vitamina C também auxilia na absorção de ferro oriundo de fontes vegetais.
  • Vitamina D: As principais fontes alimentares são: peixes, gema de ovo, leite integral e derivados. A exposição solar é uma maneira eficiente de fazer com que o corpo produza vitamina D.
  • Vitamina B6: Está presente em alimentos como peixes, fígado, batata e frutas, e desempenha funções no organismo como manter o metabolismo e a produção de energia adequados, proteger os neurônios e produzir neurotransmissores, substâncias importantes para o bom funcionamento do sistema nervoso. A vitamina B6 ajuda a diminuir a falta de paladar e olfato nos casos pós-Covid-19.

Silmária explica ainda que, de uma forma geral, a reposição de uma alimentação saudável pode ser realizada seguindo as recomendações do Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde. Nele, preconiza-se que a alimentação balanceada e saudável deva ser baseada em alimentos in natura, como arroz, feijão, ovos, carnes em geral, frutas, legumes e verduras, limitando o consumo de alimentos processados e evitar os ultraprocessados.

Para os pacientes portadores de outras morbidades prévias, é ainda mais importante um acompanhamento nutricional individualizado. Geralmente, essas pessoas apresentaram mais sintomas de fadiga e cansaço por terem passado mais tempo internados.

Outra restrição é da automedicação desses pacientes. A não recomendação inclui até mesmo os complementos vitamínicos vendidos em farmácias. Toda suplementação de minerais e vitaminas deve ser avaliada por nutricionista ou médico, especialmente para os idosos, que têm maior dificuldade de obtê-la via dieta.

Para saber quais nutrientes e vitaminas precisam ser repostos, os médicos costumam solicitar um hemograma completo, que engloba a avaliação de anemia; eletrólitos e glicose (investigação de alterações metabólicas); LDH (identificação de injúria pulmonar); Proteína C-reativa e ferritina (marcador de atividade inflamatória); AST/TGO, ALT/TGP, Bilirrubinas, Albumina (identificação de dano hepático); CK (avaliação de injúria muscular); Lipase (identificação de dano pancreático); uréia, creatinina (avaliação de dano renal) e Troponina I/T (identificação de injúria miocárdica).

Confira outras orientações da nutricionista.

De que maneira a alimentação ajuda no combate às doenças?

Existem minerais e vitaminas que estão envolvidos no sistema imunológico e que devem ser consumidos regularmente como forma de ajudar no combate às doenças, incluindo o novo coronavírus. O zinco pode ser encontrado nas carnes, peixes, frango, grãos integrais e feijões, atuando na linha de frente do combate às infecções e melhora do paladar. Já o selênio pode ser facilmente obtido com o consumo de uma unidade de Castanha do Pará por dia. Essa quantidade diária fornece 100% do selênio necessário.

Saiba quais os sintomas mais comuns do pós-Covid e orientações 

Alguns sintomas da Covid-19 ainda podem persistir após a recuperação. As queixas mais comuns são: redução do apetite, perda de peso e alterações no olfato e paladar, além de fraqueza e cansaço para mastigar os alimentos.

Para o restabelecimento do ganho de peso, é necessário consumir quantidades adequadas de calorias, assim como de proteínas, vitaminas e minerais. Mesmo que o paciente não sinta fome, ele não pode deixar de se alimentar, consumindo os alimentos em pequenas porções e em intervalos menores ao longo do dia. A apresentação do prato também é importante. Além de estimular o apetite, quanto mais colorida for a refeição, mais rica será em vitaminas e minerais.

A recuperação da massa muscular depende também da incorporação de exercícios físicos específicos na rotina do paciente. Então, o ideal, é conversar com o médico e o fisioterapeuta na alta sobre os exercícios mais adequados.

 



Silmária Costa Santos Soeiro - conselheira titular do Conselho Estadual dos Direitos do Idoso-CEDI/CE, responsável técnica da ILPI Casa São Vicente de Paulo, professora de Pós-graduação da Faculdade Unyleya e Bacharel em Nutrição pela Universidade Estadual do Ceará. Também é doutoranda em Biotecnologia pela RENORBIO, Pós-graduada em Biotecnologia Aplicada à área da saúde pela Universidade Estadual do Ceará e pós-graduada em Gerontologia e Saúde do Idoso pela Faculdade Unyleya.

 

Unyleya

https://unyleya.edu.br/


Dia Mundial da Saúde e da Nutrição: atividade física e alimentação são essenciais em todas as idades

Cuidados podem e devem permanecer mesmo durante a pandemia, afirma nutricionista do CEJAM


Cuidados nutricionais e com a saúde, através de esportes, são indicados por médicos de diferentes especialidades para pacientes em todas as idades. Para incentivar a prática, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu a data de 31 de março como o Dia Mundial da Saúde e da Nutrição.

Em meio à pandemia, além das preocupações inerentes à possibilidade de contágio por Covid-19, o isolamento também dificultou diversas práticas esportivas, fazendo com que muitas pessoas deixassem de lado os cuidados com a própria saúde.

Para Camila Dornelles, nutricionista do CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim", os brasileiros ainda dão pouca atenção à saúde nutritiva, mas o cenário pode mudar a partir da disseminação de informações que deixem clara a ligação entre saúde e boa alimentação. Confira a seguir:


- As pessoas, de modo geral, ainda se preocupam pouco com sua nutrição? Como fomentar esse cuidado entre populações mais amplas?

Sim, as pessoas se preocupam muito pouco com a nutrição, mas percebo que, na maioria das vezes, isso está ligado à falta de informação. O paciente tem o diagnóstico de determinada doença, como diabetes ou hipertensão, por exemplo, mas não sabe como lidar com isso. Ou seja, ele acha que o medicamento é suficiente para o tratamento e não percebe que a própria doença pode ter surgido por conta de deficiências nutritivas.

Quando atendo pacientes nas Unidades Básicas de Saúde, gerenciadas pelo CEJAM, percebo isso, de modo geral. Há também uma dificuldade em adotar uma alimentação saudável. Lavar uma salada, preparar um vegetal ou fazer uma refeição dá mais trabalho do que buscar algo que já está pronto. Assim, as pessoas acabam optando por alimentos processados e ultraprocessados em seu dia a dia.

Antes da pandemia, era mais fácil incentivar os cuidados nutricionais e conseguíamos promover grupos, por exemplo, com pacientes de todas as idades. As pessoas contavam também com atividades físicas associadas a orientações nutricionais. Atualmente, no entanto, os grupos estão suspensos. Estamos promovendo atendimento individualizado e fazemos a divulgação deste trabalho através de cartazes, panfletos e ações nas comunidades, sem aglomeração, através de agentes de saúde que visitam as casas e a partir dos médicos, que encaminham os pacientes nas unidades.


– Os hábitos alimentares foram alterados durante a quarentena? De modo geral, estamos nos alimentando melhor? Por quê?

Sim, os hábitos foram alterados quase 100%. E para pior, tanto em qualidade como em quantidade. Em razão do tempo maior em casa e do aumento da ansiedade, os pacientes estão comendo mais vezes ao dia e têm grandes dificuldades no preparo dos alimentos.

O número de pacientes com obesidade aumentou muito. As crianças, principalmente, tiveram um aumento de oito a dez quilos neste período de isolamento. Antes da pandemia, os adultos que participavam dos grupos já haviam melhorado sua qualidade nutricional no dia a dia, apresentavam resultados melhores em relação ao nível de açúcar e colesterol e haviam diminuído peso. Todos passaram por alterações negativas durante a pandemia.


- O que essa piora na alimentação causou aos pacientes?

Muitos ganharam peso. Estão consumindo muito mais por ficarem isolados dentro de um mesmo ambiente, comem muitos carboidratos, muitos alimentos processados, como biscoito recheado, e ingerem mais doces e refrigerantes. O consumo de frutas, legumes e verduras destes pacientes diminuiu muito.

A qualidade alimentar caiu e, por isso, estamos incentivando esses pacientes a irem ao menos uma vez por semana em uma feira, um sacolão, seguindo todos os cuidados necessários, para adquirir alimentos naturais. Incentivo a preparar alimentos para a semana inteira, para facilitar esse cotidiano, e fomento a troca de alguns alimentos por outros, ressaltando o custo-benefício da mudança. De forma geral, os hábitos foram muito alterados e só pioraram.


– Um dos mitos sobre a boa nutrição é que ela tem um custo financeiro alto. Gostaria que falasse sobre isso. É possível ter uma boa nutrição gastando pouco?

É algo com o qual trabalho diariamente, pois atuamos na grande periferia de São Paulo. E é justamente isso que mostro aos meus pacientes no dia a dia. Não é necessário ter esse alto custo. Nós trabalhamos com o que os pacientes têm em casa, indicando, inclusive, o que eles podem trocar a partir do custo que têm com determinado alimento por outro que seja melhor. Às vezes, a pessoa pensa que irá à nutricionista e terá que comprar queijo branco, nozes, castanha... Isso não é verdade. Eles é quem irão me trazer o que têm em casa.

Atualmente, por exemplo, tenho uma paciente que é diabética e só tem condições de comprar uma proteína: o ovo. Trabalhamos, então, para melhorar a alimentação a partir do ovo, alterando a forma de preparo, os acompanhamentos. Além disso, sempre verifico o que podemos trocar. Quais alimentos podemos inserir na rotina dessa paciente para fazer um controle glicêmico adequado.

Se o paciente me fala que consome biscoito, salgadinho e suco em pó, pensamos no que ele pode adquirir com esse custo. É possível inserir mais frutas, verduras e legumes no dia a dia, por exemplo. Ter uma boa nutrição não é uma questão de disponibilidade financeira e, sim, de qualidade. Sempre oriento a irem à feira em seu período final, a compararem preços de supermercados e sacolões.

Alimentação é aquilo que você tem em casa. É arroz, feijão, alface e ovo que o paciente tem? Então, iremos trabalhar em cima disso. Se você tem condições de consumir um peixe uma vez por semana, iremos trabalhar com isso. Não falo apenas sobre os alimentos, falo também sobre como prepará-los. Prezo pela alimentação saudável, a boa nutrição e a qualidade da alimentação, mas pensando sempre no custo para o paciente. Vou alterar apenas o que é possível.


– Qual é a importância desta campanha, que reserva um dia específico para falar sobre saúde e nutrição?

Essa campanha é muito importante, pois damos o conhecimento às pessoas e mostramos como e onde elas estão errando, como podem melhorar e quais as consequências se mantiverem seus estilos de vida. Nós plantamos essa sementinha diariamente, mas reservar um dia é importante para mostrar a possibilidade de buscar mais conhecimento, melhorar a qualidade de vida e, consequentemente, a saúde em geral.


– Qual é a relação entre uma alimentação saudável e uma saúde privilegiada? É possível dizer que a alimentação saudável é tão importante quanto a prática de exercícios físicos para pessoas que desejam ser mais saudáveis?

Sempre falo no atendimento, principalmente quando atendo em conjunto com a educadora física, que uma coisa é consequência da outra. Para ter uma saúde privilegiada, é preciso ter hábitos de vida saudável. E isso abrange todos os aspectos: alimentação, prática de exercícios físicos, saúde mental equilibrada e boa noite de sono. Em geral, precisamos de todos esses aspectos para estar bem.

Às vezes, o paciente chega com um diagnóstico e acha que apenas tomar o remédio é a fórmula mágica para resolver os problemas. Sempre falamos sobre a ideia de um tripé, que compreende a alimentação, a medicação e o exercício físico. Não adianta só fazer o exercício físico, ou só melhorar a alimentação, ou só tomar a medicação, porque um depende do outro. Então, se eu quero ter uma saúde privilegiada, eu tenho que buscar uma qualidade de vida, em todos os aspectos.

É preciso procurar um exercício que o paciente goste, para que ele siga fazendo de forma natural. E, na alimentação, sempre falo às pessoas que não trabalho com dieta ou regime. No consultório não existe restrição alimentar. Não estou ali para impor algo e, sim, para ser uma parceira, para melhorarmos em todos os aspectos. Vou ajudar, auxiliar e orientar, mas quem vai colocar em prática são eles.

 


CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”


Covid-19: alimentação saudável não evita a doença, mas ajuda na recuperação

Nutricionistas explicam que a prevenção está no distanciamento, uso de máscara e higiene das mãos, mas um bom estado nutricional é importante para pacientes que apresentam complicações


Manter uma alimentação equilibrada, a base de proteínas, carboidratos, lipídeos, vitaminas e minerais sempre foi importante para a imunidade. Não seria diferente agora, em tempos de COVID-19. Ainda que a proteção efetiva contra o coronavírus não esteja no prato ou nos suplementos vitamínicos, o bom estado nutricional tem relação positiva no desfecho das complicações em pacientes que contraem a doença.

Quem ensina é o doutorando em Ciência e Tecnologia de Alimentos, mestre em Alimentação e Nutrição e especialista em Saúde Pública com Ênfase em Saúde da Família, Jhonathan Andrade. “A proteção contra a COVID-19 são as medidas básicas de segurança (distanciamento, uso de máscaras e higiene das mãos) e a vacina. O que podemos afirmar em relação à nutrição é seu efeito positivo no caso de complicações”, diz o nutricionista.

Professor do curso de Nutrição do UNICURITIBA, Jhonathan diz que se não há um alimento “protetor” contra o coronavírus, há aqueles que devem ser evitados por sua relação com a chamada incompetência imunológica. “Estudos mostram que os carboidratos refinados devem ser consumidos em quantidades moderadas.”

Para quem deseja ser saudável, a orientação é procurar um nutricionista e seguir uma prescrição dietética relacionada a sua individualidade metabólica, como faixa etária, prática esportiva, fatores sociais e psicológicos. “O que vale para todo mundo é diminuir o consumo de alimentos ultraprocessados”, ensina o professor.


Modismos não funcionam contra a Covid-19

O nutricionista Sérgio Ricardo de Brito, que também leciona no curso de Nutrição do UNICURITIBA, faz um alerta: modismos não funcionam contra a COVID-19. Por isso, suplementos vitamínicos e shots que combinam especiarias e prometem proteção contra a doença devem ser vistos com cuidado.

“Não há estudos suficientes para a prescrição dietética destes suplementos e shots como forma de prevenir a doença. O importante é ter uma alimentação saudável, com orientações nutricionais baseadas na ciência”, esclarece o mestre em Biologia Celular e Molecular e doutor em Medicina Interna.

O que existe, segundo o especialista em Gestão da Nutrição Clínica, são pesquisas mostrando a relação positiva para a imunidade – e não exatamente para a prevenção da COVID-19 – no consumo de compostos bioativos presentes em alimentos como açafrão, frutas vermelhas, chá verde e frutas ricas em vitamina C, como laranja, acerola, caju, goiaba e limão.

“O consumo de vegetais e tubérculos também é importante, pois são ricos em nutrientes que auxiliam em uma melhor saúde geral do indivíduo. Tomar sol para ativar a vitamina D é outro fator necessário e isso pode ser feito no quintal de casa, da janela ou da sacada do apartamento, respeitando o isolamento social. Esse, sim, é um recurso de proteção e prevenção contra a doença”, comenta o professor.


Como lidar com a perda de apetite na Covid-19

A falta de apetite é um dos problemas comuns em pacientes com COVID-19. Se vier associada à perda de olfato e paladar, a hora da refeição fica ainda mais difícil. Neste caso, a dica dos nutricionistas é evitar que as refeições sejam monótonas. Uma saída é utilizar temperos naturais e caprichar na aparência dos pratos.

“Quanto mais agradável for a refeição, melhor. O cardápio deve ser variado e a sugestão é que o paciente coma com atenção plena, calma e escolha um local arejado e tranquilo, na tentativa de tornar esse momento o mais prazeroso possível”, diz o professor do UNICURITIBA, Jhonathan Andrade.

O nutricionista Sérgio Ricardo de Brito reforça que mesmo não sendo responsável por prevenir a contaminação por coronavírus, uma alimentação equilibrada é suficiente para evitar outras doenças oportunistas. “A qualidade, quantidade, harmonia e adequação dos alimentos e nutrientes têm se mostrado muito eficiente para a saúde da população.”

Para conter o aumento da obesidade e as doenças crônicas não transmissíveis relacionadas a processos inflamatórios do organismo, a recomendação é evitar alimentos ricos em gorduras saturadas, como biscoitos recheados, snacks, macarrão instantâneo, refrigerantes, sucos em pó, balas e chocolates com alto teor de gordura.


O outono chegou! Conheça os benefícios das frutas da estação

Nutricionista da Superbom, empresa pioneira na produção de alimentos saudáveis, preparou dicas sobre como cuidar da saúde de forma deliciosa


A chegada do outono não traz só a diminuição na temperatura climática. Essa estação, que sucede o verão e antecede o inverno, traz consigo novos ares e uma variada gama de frutas que agradam o paladar e oferecem diversos benefícios à saúde. Focada na nova estação e na alimentação desta época, Cyntia Maureen, nutricionista da Superbom , empresa pioneira na produção de alimentos saudáveis, destacou as melhores frutas para serem consumidas no outono, podendo ser ingeridas in natura, em forma de suco ou geleia. Ela também descreve seus pontos positivos. Confira:


• Abacate: seja doce ou salgado, ele pode ser usado para saladas, patês, cremes e vitaminas. "Essa fruta é uma fonte de energia, rica em vitamina A e complexo B e possui gordura monoinsaturada, benéfica para prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares", afirma a nutricionista. O abacate é recomendado no combate ao colesterol, além de ser bom para a melhora no sistema circulatório e prevenção do envelhecimento precoce. A nutricionista ressalta que a presença do Ômega 3 em sua composição também pode auxiliar na saúde mental.


• Caqui: alaranjado e suculento, podendo até ser confundido com tomate, o caqui possui vitaminas A, C e complexo B. "Por ser rica em minerais como cálcio, fósforo e potássio, essa fruta tem propriedades antioxidantes", conta. Ela também combate o envelhecimento precoce, doenças degenerativas e pode fortalecer o sistema imunológico e a saúde da pele e da visão.


• Coco: além da água, ainda possui uma parte que pode ser ingerida in natura, em forma de lascas ou chips. Rico em gordura que, quando consumido em quantidades equilibradas, auxilia na prevenção de doenças cardiovasculares e apresenta bom teor de sais minerais e fibras. "O coco tem ação antioxidante, estimula a atividade intestinal e ajuda na saciedade, por isso é uma boa pedida para compor suas refeições.", explica.


• Goiaba: excelente ingrediente para bolos e vitaminas, ela também pode ser usada para sucos, molhos e sobremesas. A goiaba é rica em fibras, vitaminas A, B1 e C, cálcio, fósforo e ferro. Essa fruta que auxilia na redução do colesterol, não contém muito açúcar, gorduras ou calorias. "Além de combater infecções e fortificar os ossos, a goiaba regula o aparelho digestivo, controla o sistema nervoso e é ótima na cicatrização e aspecto da pele", afirma.


• Maçã: variando entre sucos, chás e tortas, esta é uma das frutas mais fáceis de serem encontradas. Composta por vitaminas A, C, E, Complexo B e minerais como ferro e fósforo, ela estimula o fígado, os rins e a produção de colágeno. A pectina é um composto muito importante, pois expele toxinas e colesterol do organismo. Cyntia também destaca que ela colabora para a higiene bucal, pois sua consistência auxilia na remoção dos restos de comida e placa bacteriana e ainda fortalece a garganta, previne rouquidão e cuida do coração.


• Maracujá: conhecido por seu efeito calmante, sua cor amarela e sabor azedo, esse alimento combina tanto com sobremesas, quanto com sucos e chás. Possuindo vitamina C, complexo B e sais minerais, proporciona resistência aos vasos sanguíneos, age contra infecções e colabora com o sistema nervoso e funcionamento do aparelho digestivo. A nutricionista acrescenta que ele é bom para evitar queda de cabelo e atua na manutenção da pele e olhos.


• Tangerina: fruta que pode ser ingerida naturalmente, como suco ou, até mesmo, geleia. A tangerina é fonte de vitamina C, auxilia na imunidade, contribuindo com a prevenção de gripes e resfriados. "Sua cor alaranjada mostra o quanto ela também é rica em vitamina A, que tem grande efeito na saúde da pele e cabelo. Também tem importante efeito diurético", observa a nutricionista. Além disso, essa fruta atua como um laxante natural.


• Uva roxa: seu consumo diário colabora para a longevidade. Em sua casca e sementes, esta fruta contém resveratrol, um potente antioxidante que retarda o envelhecimento e diminui o risco de doenças cardiovasculares. Maureen ressalta que a uva roxa também tem importante ação de prevenir até mesmo doenças, como o Alzheimer.


Benefícios do açafrão para a dieta e saúde

 Especiaria é boa fonte de substâncias antioxidantes e anti-inflamatórias


O açafrão, também conhecido como açafrão-da-terra, tem um número elevado de propriedades anti-inflamatórias. A principal responsável por essa ação é a curcumina, o pigmento que dá a cor amarelo-ouro à cúrcuma. "Essa especiaria também atua como medicamento natural e fitoterápico, um poderoso suplemento alimentar e dietético", diz a endocrinologista e nutróloga Gabriela Abdo Camargo, da Clínica Leger.

A médica também garante que o açafrão traz benefícios à saúde, no suporte ao tratamento de inúmeras doenças clínicas e crônicas como artrite, diabetes, colesterol, hepatite e até malária. "Um dos seus principais compostos ativos é a curcumina. O seu mecanismo de ação anti-inflamatória age na cascata do ácido araquidônico, também conhecida como cascata da inflamação, inibindo as moléculas envolvidas no processo inflamatório. Esta inibição se dá de forma modular e envolve diversos fenômenos biológicos que interferem nas ativações celulares e nos sinalizadores moleculares, denominando a atividade terapêutica anti-inflamatória", completa.

Se você ainda não se convenceu do poder desta rica especiaria, a endocrinologista Gabriela Abdo Camargo lista os principais benefícios do açafrão para a dieta e saúde e, como incluí-lo no cardápio:


Reduz a inflamação no organismo - Usada na culinária indiana, o extrato de cúrcuma (ou açafrão-da-terra) é um tempero com propriedades anti-inflamatórias. Estudos mostram que essa substância aumenta a resistência das células aos danos oxidativos, além de reduzir os processos inflamatórios no organismo. O consumo desse extrato ainda inibe o crescimento de bactérias, parasitas e fungos, que provocam doenças.


Protege o coração - O açafrão evita o acúmulo de colesterol "ruim", o que protege o coração e evita que você tenha um ataque cardíaco ou derrame. Além disso, a ciência descobriu que a curcumina reduz o risco de insuficiência cardíaca.


Evita envelhecimento precoce - Muitos estudos indicam que essas propriedades encontradas no açafrão são atribuídas principalmente aos carotenoides - crocina e safranal - com propriedades antioxidantes e coletores seletivos de radicais livres.


Evita o diabetes - Essa poderosa substância também pode prevenir o diabetes em desenvolvimento. Um estudo, feito com pré-diabéticos, incluiu o extrato de curcumina na dieta por nove meses. Um grupo realmente consumia o açafrão e o outro não. Ao final da pesquisa, nenhum dos indivíduos que recebeu as doses de curcumina desenvolveu o diabetes tipo 2.


Como incluir o açafrão no cardápio - "Na dieta use o tempero em pó à vontade em sopas, pães, bolos, biscoitos, omeletes, tapiocas, e também em aves, carnes e cozidos, legumes, arroz, feijão, ervilha, etc. A versão em pó também pode ser utilizada em sucos e polvilhada em saladas e sopas. Mas vale lembrar que, o açafrão é contraindicado durante a gravidez, lactação e para crianças menores que quatro anos de idade", finaliza a médica.



https://www.clinicaleger.com.br

 

Insônia: Saiba como combater o problema por meio do consumo de chás

O Brasil tem uma população de 73 milhões de pessoas que sofrem de insônia. Isto significa dizer que um em cada 3 brasileiros literalmente passam suas noites em claro sem dormir. O distúrbio está geralmente relacionado à depressão, ansiedade, fadiga, hipertensão, obesidade, dentre outros fatores.

Mas existem chás eficazes no combate a esses problemas, e que atuam diretamente na qualidade do sono. Além disso, a bebida representa uma opção saudável, natural e acessível para tratar a insônia, visto que os medicamentos são bastante fortes, e só podem ser consumidos através de receita médica emitida por um especialista.

Se alguém recorre ao chá com o objetivo de alcançar o sono ideal, a primeira coisa que é necessário entender é que a bebida não faz milagre. “Um chá não aciona o botão de desligar, aquele efeito ‘sossega leão’, como muita gente acredita. Isso vai depender de cada organismo, que reage de formas diferentes ao aroma, ao sabor e até ao ambiente”, explica Lucas Penchel, médico e speaker da Soulchá, empresa mineira especializada na fabricação de chás.

Isto significa que os chás considerados indutores de sono não servem pra nada? Segundo Penchel, não é bem assim. “Eles precisam ser encarados como um complemento a uma rotina que beneficie a melhora do sono. Estabelecer um horário de dormir, diminuir a exposição à luz e a telas e buscar um relaxamento físico e mental umas duas horas antes de deitar são meios que vão potencializar os efeitos tranqüilizantes dos chás”, esclarece.

No caso da bebida, a recomendação é que sejam consumidos com aproximadamente 250 ml de água quente, mais ou menos uma hora antes de ir para a cama. E reforça Lucas Penchel: use o chá a seu favor. “Aproveite o momento da degustação para tentar relaxar o corpo e a mente. Beba lentamente, sem pressa, e evite deixar que a cabeça esteja em outro lugar. Beber chá é uma terapia”, sugere.

Alguns chás reconhecidos como benéficos ao sono:


Chá de camomila
Além de reduzir o estresse, o chá de camomila é um indutor de sono por agir como um sedativo. A inalação do vapor da bebida também ajuda no relaxamento necessário para ter um sono tranqüilo.


Chá de erva-cidreira
A erva-cidreira reduz a freqüência cardíaca, e atua como um calmante que inibe a ação do estresse, da ansiedade e da depressão. Mas ela é contraindicada a gestantes e exige cuidados e recomendação médica a quem sofre de hipotensão e hipotireoidismo.


Chá de maracujá
Dá pra fazer o chá com a polpa da fruta ou ainda com as folhas e caules, onde por sinal está mais concentrado o efeito tranquilizante. Um dos segredos do maracujá é a presença do magnésio, mineral que controla a ansiedade.


Chá de lavanda
O chá de lavanda tem um aroma que ajuda no relaxamento, e seu efeito pode ter impacto também no humor (o que ajuda a reduzir também a ansiedade e a depressão).


Chá de hortelã
A hortelã é um calmante natural que reduz o estresse. Outra vantagem é que relaxa os músculos, e isso proporciona potencial alívio para a indigestão – um dos fatores bastante ligados à insônia.

 

Dia da Saúde e da Nutrição: Especialista explica como alimentação pode ajudar no controle à ansiedade

A nutrição é o ato de alimentar o equilíbrio do corpo e da mente e, neste tempo de pandemia, manter-se equilibrado e controlar a ansiedade pode ser um grande desafio. Alguns alimentos, porém, podem auxiliar nesta missão e promover a produção de serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar. Para que os alimentos tenham eficiência, é bom lembrar que a saúde intestinal também merece cuidados, pois no bom intestino há receptores dos nutrientes. Manter os exercícios físicos e uma boa qualidade de sono também são responsáveis pela saúde física e mental. Seguem algumas dicas que ajudarão nas escolhas dos alimentos que diminuem a ansiedade:

- Probióticos: favorecem o aumento de disponibilidade de triptofano e da produção de serotonina. Encontrado no iogurte, leite fermentado e até comercializado em forma de pó;


- Prebióticos: fibras encontradas em frutas, hortaliças, aveias e outros cereais;


- Triptofano: é um aminoácido essencial, ou seja, obtido por meio da dieta, pois o nosso organismo não produz, e participa no processo de produção de serotonina. Os alimentos que contém triptofano são: ovos, leite, soja, cereais, batata inglesa, banana, cacau, peixes, nozes e frutos do mar;


- Já os carboidratos aumentam a disponibilidade de serotonina e estimulam a passagem do triptofano pela barreira cerebral e podem ser encontrados em pães, beterraba, melancia, tapioca, arroz, batatas e mel;


- Ômega 3: é uma gordura benéfica para o nosso organismo. Possui capacidade de atenuar as respostas inflamatórias do organismo por meio da redução da produção de citocinas pró-inflamatórias. Ele pode ser encontrado em: sardinha, atum, camarão, salmão, óleo de canola, linhaça e nozes;


- Vitaminas B6, B9 e B12: essenciais para a produção do metabolismo da serotonina;


Fontes B6: Carnes vermelhas, fígado, leite, ovos e gérmen de trigo;


Fontes B9: vísceras, feijão, vegetais de folhas verdes, abóbora, batata inglesa, milho, maçã, queijo, ovo, leite, laranja, abacate;


Fontes de B12: carnes vermelhas e carnes brancas;


- Magnésio: é um mineral essencial e participa do processo que converte o triptofano em serotonina. Fontes: vegetais escuros, carnes, peixes, leite, cacau e oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas);


- Cacau tem triptofano e flavonoides, participa do processo de produção da serotonina e combate os danos de estresse oxidativos da célula. Fonte: chocolates amargos;


- Vale reforçar que uma boa hidratação é fundamental para o funcionamento do organismo. Então, lembre-se de tomar água.

 


Danielle Cambuí - Nutricionista do Vera Cruz Hospital


Conheça 5 curiosidades da Páscoa holandesa mantidas pelos descendentes no Brasil

Decoração típica dos holandeses para a Páscoa
Créditos: Eliane M.K. de Souza/Divulgação


Moradores das colônias seguem rituais como decoração especial e busca de pequenos ovinhos escondidos pela casa


Decoração especial, feriado prolongado diferente e chocolates recheados e menores são alguns dos costumes de Páscoa do povo holandês trazidos pelos descendentes ao Brasil e que ganham ainda mais importância para as famílias neste momento de pandemia. Com o isolamento social e crianças em casa, a busca por ovinhos de chocolate pode ganhar um novo significado dentro das tradições dos holandeses nesse período. Na Holanda, a data marca a união familiar. “Para nós é muito importante celebrar a Páscoa. Além de ser uma festa religiosa, a família busca estar unida no dia e usar esse momento como um ritual de ensinamento para os mais jovens, passando adiante a importância da fé para a cultura”, afirma a secretária da Associação Cultural Brasil-Holanda, Katia Morsink Loman.


1.  Feriado prolongado

Na Holanda, há a tradição do Primeiro e do Segundo Dia de Páscoa. O segundo dia é a segunda-feira após o domingo de celebração. Não é um dia religioso, mas de descanso ou de fazer as compras da casa.  As famílias aproveitam a data para passear em parques, praias ou irem a festivais. Outra diferença é que os holandeses não comemoram a Sexta-Feira Santa como os brasileiros.


2.  Ovos pequenos e decorados

Geralmente, no Brasil, há a venda de chocolates grandes e, muitas vezes, até caros. Já na Holanda, o que se encontra muito em supermercados e lojas de departamento são pequenos ovinhos de chocolates. Os doces são vendidos em saquinhos, caixas de bombons, coelhos de chocolate e também caixas de marshmallows em forma de patinhos e pintinhos. Katia Loman destaca que é uma tradição muito importante pintar os ovos cozidos com as crianças nesse período. “Na minha família, essa tradição é mantida até hoje. Depois de decorar os ovos, no final da tarde, temos uma refeição em família”, conta. 


3.  Decoração é especial

Os holandeses têm o costume de enfeitar a casa para a Páscoa. As lojas de departamento vendem vários itens, como copos, pratos e guardanapos, todos enfeitados. “Os enfeites levam animais como lebre, pintinho, carneirinho, galo e tudo o que lembra a primavera, como flores da época e ninhos com ovinhos”, explica a secretária da Associação. 


4.  Almoço não, mas café da manhã

No Brasil, geralmente, o almoço de Páscoa é muito caprichado. Já na Holanda, o famoso bacalhau ou o churrasco brasileiro é trocado pelo café da manhã. O menu conta com ovos recheados, peixes defumados, pão e paasstol (pão recheado com pasta de amêndoas, uva passa e nozes).


5.  Palmpasenstok

O Palmpasenstok é uma forma para recordar a última semana da vida de Jesus. Esse símbolo são dois gravetos em forma de cruz, enfeitado com fitas coloridas, um pão no formato de galo no topo da cruz, além de frutas secas, nozes, limão da pérsia e ovos. Em algumas escolas, há um desfile com o Palmpasenstok ou as crianças levam o enfeite para algum idoso, em uma casa de repouso.

Feliz Páscoa! Ou Vrolijk Pasen!

 



Associação Cultural Brasil-Holanda (ACBH)

 https://www.acbh.com.br/

 

ALSHOP: demissões vão crescer em São Paulo se fase emergencial avançar

Enquanto o estado de São Paulo se mantém na chamada "fase emergencial" até pelo menos o dia 11 de abril, empresários ligados ao setor informam que a continuidade da medida resultará em demissão massiva de funcionários. Em um alerta enviado ao governo paulista, a ALSHOP (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping) com pouco mais de 40 mil associados, diz que 84% dos empresários já demitiram parte dos funcionários. No entanto, os empresários associados vão aumentar o contingente de dispensados se as medidas se prolongarem novamente.

Em outros estados da federação como Goiás, Santa Catarina, Distrito Federal, Pará, Amazonas, Paraná e até o Rio Grande do Sul já há flexibilização do funcionamento do comércio, incluindo shoppings e o comércio de rua, bares e restaurantes. Todos se comprometeram com a aplicação dos protocolos já conhecidos como uso obrigatório de máscaras, mesas distanciadas, controle de temperatura dos frequentadores e limitação no número de clientes, além do horário reduzido de funcionamento, medidas que variam conforme o estado. 

"A ALSHOP e mais de 40 entidades ligadas ao varejo estão insatisfeitas com a condução do governo em relação às ações de combate à pandemia. Antes da segunda onda de fechamento tivemos contato mais frequente com o governo, o que agora não ocorreu mais. Enquanto os shoppings centers, que gastaram muito dinheiro para adequar os estabelecimentos visando a reabertura, as autoridades deixam o comércio informal trabalhando sem controle nas periferias em um lockdown fajuto que penaliza a economia, pois já está paralisando até mesmo a indústria. Lembro que 70% das lojas de shopping são pequenos estabelecimentos com 5 a 6 funcionários, e nossos associados já nos alertaram: as demissões vão aumentar na próxima semana", alerta Nabil Sahyoun, presidente da ALSHOP.

Nabil Sahyoun lembra que não houve nenhuma contrapartida do governo do estado até o momento. "O governo não chama de lockdown e usa outros nomes, mas não faz sentido permitir que alguns segmentos funcionem e até templos religiosos sem permitir que o comércio, tomando os devidos cuidados, possa gerar renda. O pequeno empresário não tem mais para onde pedir socorro", emenda.


ICMS mais alto e IPTU mantido

A ALSHOP também destaca que o recente aumento do ICMS (estadual) impactou todos os produtos do varejo. 37% dos lojistas já foram obrigados a reajustar os preços ao consumidor, 53% absorveram essa elevação no imposto para evitar mais repasses e 10% disseram que os aumentos não impactaram nos preços. 

"Já estamos há um mês com o comércio fechado e, por outro lado, o estado estrangula a atividade comercial com aumentos de impostos e imposição de fechamento a quem se adequou para manter-se aberto. Não houve nenhuma contrapartida por parte do governo que fechou as contas com superávit de R$ 7,7 bilhões recebendo repasses federais específicos para combater a pandemia, e até agora não temos dados positivos da saúde mostrando que as restrições não surtiram efeito até agora.  Enquanto isso, os pequenos comerciantes agonizam sem poder trabalhar", finaliza Sahyoun.


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