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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Carnaval é uma das festas que mais preocupa profissionais da saúde


Registros de atendimentos médicos na última edição servem de alerta para foliões


O Carnaval deste ano tem tudo para ser o mais animado, mas como diz o ditado: "nem tudo é festa".  Em 2018, as capitais São Paulo e Rio de Janeiro registraram mais de 3.800 atendimentos médicos, segundo levantamento das secretarias de saúde municipais. Com a expectativa de aumento do número de foliões, nesta edição, médicos e enfermeiros se preparam para um índice ainda maior de emergências.  

Dados mostram que as equipes de saúde realizaram 2.941 atendimentos no Carnaval de Rua na capital paulista e 389 nos dois dias de desfile no sambódromo. No Rio, 524 pessoas precisaram de cuidados na Sapucaí.
Dentre as causas mais frequentes de mal-estar estão, além do consumo de bebidas alcóolicas e substâncias ilícitas, picos de hipertensão, torções e as altas temperaturas.

O calor, um dos vilões, pode fazer muito folião dançar (no mal sentido), caso as máximas diárias registradas entre janeiro e início de fevereiro se repetirem. O período teve altas que superaram os 30 º C, em São Paulo e Salvador, 41º C, no Rio. Em meio à multidão, a sensação térmica aumenta consideravelmente.
Além disso, aos despreparados, problemas musculares podem acabar com a folia mais cedo. 

“Quem vai participar do Carnaval precisa preparar o corpo para horas de movimentação, longos períodos em pé e considerar que as ruas e calçadas estão cheias de obstáculos. Então, é importante fazer um condicionamento físico antes priorizando membros inferiores, coxa e panturrilha. Durante o percurso, fazer pausas e usar o meio-fio para alongar a perna e girar os pés no chão (movimentos circulares com as pontas dos pés) para acionar a panturrilha, ajudam. Quando ela está tensionada, qualquer movimento pode provocar uma lesão”, destaca Ricardo Nakai, educador físico e diretor de treinamentos e desenvolvimentos da Akmos, onde criou o programa Impakt60, que reúne pilares para mudança de hábitos e emagrecimento em apenas 60 dias.

Cuidados com a dieta também são fundamentais para curtir a maratona sem sofrimento. Os foliões podem perder até mil calorias nos quatro dias de evento e o desgaste resulta em desmaios. “É importante, optar por alimentações leves. Alimentos como arroz, pães e massas integrais possuem carboidratos complexos (com fibras) e fazem com que a energia seja liberada aos poucos no corpo. O segredo também é se hidratar com isotônicos e água. Quem consome bebidas alcóolicas tem que redobrar os cuidados porque o álcool provoca um processo de desidratação”, recomenda Nakai.

Para minimizar os efeitos da folia entre um dia e outro, mesmo que o tempo de descanso seja curto, algumas dicas são fundamentais. “Quanto maior o consumo de água e isotônicos, mais rápida a recuperação.  Incluir na dieta suplementos multivitamínicos, com vitaminas B, como o Jumper Energy Power e bebidas detox, como o Leev Tea, um chá instantâneo, que pode ser preparado quente ou frio e limpa o organismo daqueles excessos, também ajudam no processo. É claro, quem já leva uma vida saudável, sente menos cansaço, descansar melhor e tem mais disposição para curtir”, destaca Nakai. 

Importante também é proteger a pele do forte calor com a aplicação de filtro solar regularmente. A prática, aliada à alimentação balanceada, hidratação e cuidados com o consumo de bebidas alcóolicas ajudam a evitar os vexames, atendimentos de emergências e, claro, a não passar o feriado em frente à TV. Resumindo:para curtir o Carnaval, é preciso mais do que samba no pé.




Akmos 


Ortopedista dá dicas de como se preparar para o carnaval


 Quem vai atrás dos blocos e trios elétricos ou sai em escolas de samba precisa redobrar os cuidados com o corpo para aproveitar bem a folia



O carnaval está chegando, com muitas opções de diversão para todo mundo. Mas alguns cuidados com a saúde são essenciais, principalmente para quem acompanha blocos e trios elétricos ou desfila em escolas de samba. Fazer uma alimentação leve, moderar o consumo de álcool e ingerir bastante água são regras básicas. Muita gente esquece, porém, de cuidar das articulações do corpo, que também precisam estar preparadas para aguentar a agitação dos dias da festa de Momo.

De acordo com o médico ortopedista Vitor Trazzi, da Altacasa Clínica Médica, para desfrutar da folia sem riscos é essencial tomar algumas precauções: fazer alongamentos leves pela manhã e à noite; ter cuidado com terrenos acidentados e buracos na rua; e usar calçados confortáveis para maior conforto dos pés e membros inferiores. A sobrecarga gerada por horas caminhando, dançando ou ficando em pé pode resultar em fadiga muscular e aumento da tensão nas articulações dos membros inferiores, gerando dor e desconforto.

“Durante o carnaval, a permanência por longos períodos em pé, andando e dançando nos blocos e bailes, pode gerar desconfortos lombares e articulares, principalmente nos membros inferiores. Estes, por sua vez, também apresentam o risco de traumas torcionais – principalmente devido a irregularidade das ruas e calçadas. Quedas também podem ocorrer”, explica o Dr. Trazzi.


Cuidado com excesso de álcool e medicamentos

O ortopedista alerta ainda que durante a folia também podem acontecer lesões relacionadas ao consumo abusivo de bebida alcoólica. “É importante moderar o consumo de álcool. Com o excesso, ocorre a diminuição dos reflexos e da propriocepção - capacidade corpórea de se auto perceber no ambiente -, facilitando quedas em calçadas e tropeções, que podem causar desde lesões simples, como contusões, até situações mais graves, como fraturas. A queda com uma garrafa de vidro na mão, por exemplo, pode produzir ferimentos que podem chegar a seccionar tendões”, adverte.

Segundo o médico da clínica Altacasa, na capital paulista, o uso indiscriminado de remédios sem orientação médica para alívio de dores e mal estar também pode causar sérios problemas. “O uso de analgésicos (dipirona ou paracetamol) e, eventualmente, um relaxante muscular, pode ajudar os foliões a aliviar dores. Mas é preciso cuidado ao tomar anti-inflamatórios sem a devida prescrição médica, já que este tipo de medicamento pode ocasionar alterações na pressão arterial, sérios problemas gastrointestinais e, em casos extremos, alterações renais e cardíacas. No caso específico de relaxantes musculares, sua associação com álcool pode levar à sonolência extrema e provocar acidentes de trânsito”, orienta o especialista.


Idosos na folia

A turma da chamada “terceira idade” não precisa deixar de participar da folia, mas o ortopedista chama a atenção para alguns cuidados, a fim de evitar quadros mais graves como fraturas, devido à menor quantidade de massa muscular e mineral óssea, que em geral ocorre por causa do processo natural do envelhecimento, assim como a redução do equilíbrio e da coordenação motora.

“Os idosos podem e devem, sim, brincar o Carnaval, mas os cuidados devem ser redobrados. Devem priorizar o uso de calçados confortáveis e ter cuidado ao andar nas calçadas irregulares. Como em todos os dias, mas principalmente quando se caminha por um período maior, o mais seguro é o uso de sapatos baixos e planos, de preferência tênis, pois os mesmos geram mais estabilidade do pé e tornozelo. O calçado deve ter também um solado aderente ao solo, não deve ser liso para não causar escorregões”, aconselha o ortopedista. E ele complementa: “o uso de meias de algodão limpas e secas ajuda a evitar bolhas e dores fortes nos pés”.

Tomando todos esses cuidados, dá para os foliões aproveitarem a Festa de Momo com mais tranquilidade.


Ginecologista alerta: mulheres podem fazer a diferença na redução da disseminação de DST´s e vírus HIV no Carnaval. Quase 40% dos novos casos de contaminação por HIV encontram-se na região Sudeste do Brasil


Segundo a Dra. Mariana Rosário, membro da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP), mulheres de todas as idades, gêneros e opções sexuais – héteros, lésbicas, bissexuais, trans – devem carregar consigo preservativos e exigir o uso deles nas relações sexuais. Assim como o “Não é não!” é uma campanha de sucesso, o uso do preservativo deve virar uma regra – e não exceção


No Carnaval de 2018, a campanha “Não é não” ganhou força e mulheres de todo o Brasil uniram-se contra o assédio sexual. Elas foram apoiadas pela imprensa, por artistas e por homens que, indignados com o comportamento de uma minoria, apoiaram o direito de todas se divertirem livremente, sem serem incomodadas.

Para a Dra. Mariana Rosário, obstetra e mastologista, membro da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP), titulada em Mastologia pelo IEO – Instituto Europeu de Oncologia, de Milão, Itália, está na hora de surgir uma campanha forte como esta, mas, com foco no uso do preservativo para combate às DST´s – Doenças Sexualmente Transmissíveis e HIV. “Sabemos que a mulher é peça-chave no combate à disseminação das doenças sexualmente transmissíveis. É um público que precisamos conscientizar, que precisa ter voz e força para dizer ‘não’ ao parceiro que insistir em abrir mão do uso do preservativo. A camisinha realmente protege de muitas doenças e é acessível, os postos de saúde têm o preservativo distribuído gratuitamente e, no Carnaval, há uma distribuição ainda maior. Não há desculpa para não praticar sexo seguro”, diz a médica.

Dra. Mariana Rosário explica que, sem proteção, homens e mulheres, independentemente do gênero ou da opção sexual, estão extremamente expostos a doenças. “Sífilis, gonorreia, HPV, Hepatite, Herpes, HIV, são tantas as possibilidades que não dá para nem começar o ato sem camisinha! É inadmissível! Não adianta correr ao consultório médico depois, porque muitas dessas doenças têm longo tratamento e podem cronificar, deixando sequelas para toda a vida”, orienta a especialista.


Lésbicas também precisam de proteção

Dra. Mariana diz que as lésbicas também fazem parte do grupo de risco. “Recebo pacientes, em consultório, que acreditam que, por serem lésbicas e só se relacionarem com outras mulheres, estão livres de contrair DST´s e HIV. Estão enganadas: é preciso usar preservativo no sexo oral feminino e também na penetração com acessórios eróticos. Todo o cuidado com nosso corpo é pouco, ainda que o sexo não seja praticado numa relação heterossexual”, alerta.

Mariana lamenta que haja poucas campanhas realmente fortes, que atinjam as mulheres, para que elas exijam o uso de preservativo pelos parceiros e parceiras – e também façam sua parte, claro. “Eu adoraria ver a sociedade toda engajada em uma grande campanha, envolvendo todas as faixas etárias, para que os índices alarmantes de contaminação por HIV fossem erradicados”, pondera.

Segundo dados do Ministério da Saúde, em seu Boletim Epidemiológico (que pode ser acessado pelo seguinte link: http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2018/boletim-epidemiologico-hivaids-2018), de 2007 até junho de 2018, foram notificados 247.795 casos de infecção pelo HIV no Brasil, sendo 117.415 (47,4%) na região Sudeste, 50.890 (20,5%) na região Sul, 42.215 (17,0%) na região Nordeste, 19.781 (8,0%) na região Norte e 17.494 (7,1%) na região Centro-Oeste. No ano de 2017, foram 42.420 casos de infecção pelo HIV, sendo 4.306 (10,2%) casos na região Norte, 9.706 (22,9%) casos na região Nordeste, 16.859 (39,7%) na região Sudeste, 8.064 (19,0%) na região Sul e 3.485 (8,2%) na região Centro-Oeste.






Dra. Mariana Rosario - Formada pela Faculdade de Medicina do ABC, em Santo André (SP), em 2006, a Dra. Mariana Rosario possui os títulos de especialista em Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia pela AMB – Associação Médica Brasileira, e estágio em Mastologia pelo IEO – Instituto Europeu de Oncologia, de Milão, Itália, um dos mais renomados do mundo. É membro da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP) e especialista em Longevidade pela ABMAE – Associação Brasileira de Medicina Antienvelhecimento. É médica cadastrada para trabalhar com implantes hormonais pela ELMECO, do professor Elcimar Coutinho, um dos maiores especialistas no assunto. Dra. Mariana Rosario – Ginecologista, Obstetra e Mastologista. CRM- SP: 127087. RQE Masto: 42874. RQE GO: 71979.


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