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segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Eleições e as propostas para a reforma tributária no Brasil


Em alguns dias todos iremos às urnas. Vamos escolher o Presidente da República, Governadores, Senadores e os Deputados Federais e Estaduais. Uma das pautas de grande interesse para a sociedade é a reforma tributária. Além de representar a riqueza que nós, cidadãos, transferimos para o Estado, é um importante fator que pode facilitar ou complicar vida das empresas e das pessoas, no seu cotidiano como empregados ou consumidores.

Ao peneirar os programas dos candidatos a Presidente da República, encontramos suas propostas para este tema. Vale antecipar que nenhum deles é suficiente claro e objetivo ao falar da esquizofrênica estrutura tributária brasileira. Estamos muito distantes das consolidadas experiências dos países desenvolvidos e mesmo dos países em desenvolvimento. Todos, há anos, têm uma estrutura básica que taxa consumo (geralmente o IVA), o patrimônio (heranças é fortemente tributada nesses países) e a renda (imposto para pessoas jurídicas e físicas).

No Brasil, o princípio da base tributária é o mesmo, ou seja, tributamos as mesmas bases – renda, patrimônio e consumo. Acontece que naqueles países a tributação é simples, direta e transparente. Ao contrário, no Brasil, o sistema é altamente complexo, repleto de siglas e sobreposições e, o pior, é altamente concentrador de renda e injusto, ao beneficiar os mais ricos e impor uma pesada taxa tributária nos produtos, o que compromete muito mais a renda dos mais pobres.

Mas isso já sabemos. Em outras oportunidades, já tivemos esse tema como matéria-prima de nossas análises.

A novidade é que nenhum dos candidatos faz com que possamos acreditar numa efetiva reforma estrutural e estruturante da nossa política tributária. As propostas são, em grande parte, um conjunto de promessas e generalidades, sem enfrentar as questões de fundo e sem apresentar um projeto claro e efetivo, com medidas que possam realmente simplificar o sistema tributário brasileiro.

Vejamos as pautas dos cinco mais bem ranqueados candidatos a Presidente da República, segundo os principais institutos de pesquisa do Brasil.

O candidato Jair Bolsonaro propõe a unificação de tributos e a “radical” simplificação do sistema tributário nacional por meio das seguintes propostas. E de acordo com o Plano de Governo “O Caminho da Prosperidade” (pg. 58), propõe :

a)            Gradativa redução da carga tributária bruta brasileira paralelamente ao espaço criado por controle de gastos e programas de desburocratização e privatização;

b)           Simplificação e unificação de tributos federais eliminando distorções e aumentando a eficiência da arrecadação;

c)            Descentralização e municipalização para aumentar recursos tributários na base da sociedade;

d)           Discriminação de receitas tributárias específicas para a previdência na direção de migração para um sistema de capitalização com redução de tributação sobre salários;

e)           Introdução de mecanismos capazes de criar um sistema de imposto de renda negativo na direção de uma renda mínima universal;

f)            Melhorar a carga tributária brasileira fazendo com que os que pagam muito paguem menos e os que sonegam e burlam, paguem mais.

Já o candidato Fernando Haddad divulgou novo plano de governo em que as propostas foram reduzidas e resumidas em relação ao plano de governo anterior. A candidatura segue afirmando que será feita uma Reforma Tributária com base nos “princípios da progressividade, simplicidade, eficiência e da promoção da transição ecológica”. Foram apontadas, “entre outras medidas”, segundo o Plano Haddad é Lula (pg. 42):

a)            Tributação direta sobre lucros e dividendos e a criação e implementação gradual de Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que substitua atual estrutura de impostos indiretos;

b)           Criação e implementação do “Imposto de Renda Justo”, que prevê a reestruturação da tabela do imposto de pessoa física, para isentar quem ganha até cinco salários mínimos (R$ 4.770), condicionado ao aumento das alíquotas para os super ricos.

O candidato Ciro Gomes afirmou que irá “promover a simplificação do sistema tributário, elevando a capacidade de investimento dos governos e possibilitando a prestação de serviços públicos de qualidade para toda a sociedade” e também mencionou o objetivo de “tributar proporcionalmente os mais ricos”. Ciro Gomes divulgou no “Diretrizes para uma estratégia nacional de desenvolvimento para o Brasil” (pg.10):

a)            Isenção de tributos na aquisição de bens de capital;

b)           Redução do Imposto de Renda da pessoa jurídica;

c)            Redução de impostos sobre consumo (PIS/COFINS e ICMS);

d)           Criação de um Imposto Sobre Valor Agregado (IVA), unificando vários tributos atualmente existentes;

e)           Recriação do Imposto de Renda sobre lucros e dividendos;

f)            Elevação das alíquotas do ITCD (Imposto sobre heranças e doações); 
e

g)            Simplificação da estrutura tarifária de importações.

O candidato Geraldo Alckmin fez a proposta de "simplificar o sistema tributário pela substituição de cinco impostos e contribuições por um único tributo: o Imposto sobre Valor Agregado (IVA)".

A candidata Marina Silva afirma que irá promover uma Reforma Tributária com base nos princípios da simplicidade, transparência, neutralidade (desestimular distorções entre as empresas e entre Estados e municípios) e equidade (de tratamento entre cidadãos e empresas para eliminar privilégios e a “atual regressividade que condena os mais pobres a pagarem mais impostos”).Ainda colocou como propostas no plano “Brasil Justo, Ético, Próspero e Sustentável” (pg. 21):

a)            Promoção da descentralização da autoridade responsável pela tributação;

b)           Implementação do “verdadeiro pacto federativo” em oposição ao “federalismo truncado, em que os estados e municípios não dispõem dos recursos financeiros, técnicos e gerenciais para realizar seu papel e responsabilidades a eles atribuídas pela Constituição Federal”;

c)            Para corrigir a regressividade elevada do sistema tributário do país e estimular o reinvestimento dos lucros na produção, adoção da tributação sobre dividendos, com redução simultânea do IRPJ (Imposto de Renda sobre Pessoas Jurídicas), elevação da alíquota do imposto sobre herança, com isenções progressivas e o aumento da base de tributação sobre a propriedade;

d)           Investimento em novas tecnologias para que para que todas as informações sobre o fato gerador sejam transparentes e disponíveis em um guia nacional; e

e)           Redução da concentração no sistema financeiro brasileiro por meio do apoio às fintechs, à digitalização dos meios de pagamento, bancos comunitários e moedas sociais.

Parece inevitável que seja reimplementada a tributação da distribuição de lucros e dividendos. Os candidatos que não tem a recriação do imposto de renda sobre os lucros já verbalizaram essa possibilidade. Acontece que essa proposta aumenta a esquizofrenia do sistema tributário.

Vamos manter a regra dos Juros sobre o Capital Próprio? Os acionistas, no mundo todo, recebem dividendos e são tributados por isso. Restabelecer essa tributação também no Brasil está, portanto, em linha com as modernas sociedades. Só que no Brasil os acionistas também recebem “juros”. Duas distorções: a remuneração dos acionistas é o lucro e não juros. Juros são pagos ao capitalista, que investe seu dinheiro no mercado financeiro. Assim como empregado recebe salário. A segunda é que ao receber juros, os sócios e acionistas pagam 15% de imposto de renda e a empresa deixa de pagar 34% de tributos (IR + CSLL).

Somos da opinião de que os Juros sobre o Capital Próprio deve ser eliminado. É uma jabuticaba! E com isso já vamos eliminar, em última instância, um benefício aos sócios e acionistas das pessoas jurídicas.

Não somos contra a recriação do imposto sobre a distribuição de lucros, mas essa medida deve vir acompanhada da redução da carga tributária das pessoas jurídicas, em linha com as políticas adotadas pelas economias mais avançadas. Manter uma tributação de 34% vai fazer com que nossas empresas percam ainda mais competitividade.

Já em relação ao IVA, em que pese ser uma proposta elogiável, moderna e em linha com as avançadas economias do mundo, ninguém diz como, quando e em substituição a que tributos ele seria criado. O Imposto sobre o Valor Adicionado é desejável, mas não como mais um tributo. Ele deve ser proposto como o único tributo incidente sobre o consumo.






Enio De Biasi - diretor da DBC Consultoria Tributária


Serasa Experian destaca 9 dicas para quem vende e quem compra otimizar negócios na era da Gestão de Fornecedores 4.0


Comunidades digitais de negócios, aliadas a ferramentas com foco na análise consistente e contínua da saúde financeira de parceiros de suprimentos e serviços das empresas, podem contribuir para o crescimento sustentável e seguro desse relacionamento


Impulsionada pela conectividade e pela inteligência da informação, a Gestão de Fornecedores 4.0 tem conquistado papel decisivo como influenciadora do sucesso - e do futuro - das organizações e de seus parceiros de atividades e negócios. Com o objetivo de destacar práticas que contribuam para o fortalecimento e a sustentabilidade desse relacionamento, a Serasa Experian organizou 9 dicas para compradores e fornecedores sobre as vantagens que uma adesão à comunidade virtual de negócios pode oferecer.

No pano de fundo das transformações dos processos de compras, ganham espaço as soluções tecnológicas que fundamentam esse conceito, em que diferentes empresas compartilham em um único portal suas redes de fornecedores, o que proporcionará novas interações e beneficiará também outros compradores e todos os parceiros que participam desse espaço online. “Aliadas a esse ambiente voltado à otimização da gestão de compras, plataformas integradas facilitam o acesso unificado a dados atualizados, confiáveis e precisos, fundamentais na hora de avaliar com segurança a vida financeira de cada parceiro, com foco em mitigar riscos operacionais e reputacionais decorrentes dessa relação entre compradores e fornecedores”, diz a gerente de soluções da Serasa Experian, Glaucia Ximenes.

Confira, a seguir, as dicas selecionadas pela Serasa Experian para aproveitar todas as oportunidades de realizar negócios melhores e mais seguros:


 9 DICAS PARA COMPRADORES

  1. Tomada de decisões mais ágeis e seguras.
  2. Proatividade para antecipar problemas e reduzir perdas associadas a riscos que comprometam o fornecimento ou a imagem.
  1. Gestão de riscos mais precisa.
  1. Monitoramentos mais frequentes da distribuição de risco financeiro entre todos fornecedores, a partir de dados atualizados online.
  1. Redução de custos e prazos de homologação e de avaliação de parceiros, por meio de uma ferramenta digital que dispensa a implementação de sistemas adicionais.
  1. Acesso a uma rede integrada de informações, conectada às bases de dados de órgãos públicos, como cartórios e secretarias municipais e estaduais da Fazenda.
  1. Maior transparência e aderência às regras de compliance da companhia.
  1. Visão do todo da carteira de fornecedores combinada a recursos de segmentação, como classe de risco, porte ou região.
  1. Maior diligência na condução de planos de mitigação de riscos em toda a cadeia de fornecimento, ao incentivar a adesão de seus parceiros à plataforma.

 9 DICAS PARA FORNECEDORES

  1. Acesso à sua avaliação de risco, permitindo ações tempestivas.
  1. Quanto maior a proatividade de compartilhar periodicamente informações atualizadas relativas à situação financeira, mais bem avaliada será a sua empresa.
  1. Baixo investimento para se cadastrar e usufruir dos recursos que a solução digital oferece.
  1. Visibilidade ampliada em um espaço adequado à divulgação de produtos e serviços.
  1. Aumento de participação nos processos de compras compartilhados pelas empresas que já usam a plataforma digital.
  1. Acesso a potenciais compradores, que estão fora de seu círculo atual de relacionamento.
  1. Expansão do networking de sua empresa.
  1. Oportunidade de identificar formas de aprimorar, evoluir ou inovar tanto a sua estratégia de negócios quanto de produtos e serviços.
  1. Maior transparência nas relações comerciais.

Serviço da Serasa ajuda na avaliação de fornecedores
Tanto para identificar riscos financeiros, legais ou reputacionais como para encontrar parceiros comerciais que possam agregar valor aos processos, a área de compras tornou-se estratégica para as empresas. Para imputar mais precisão nessa etapa de escolha de fornecedores, a Serasa Experian disponibiliza o Serasa Fornecedor, solução que une compradores e fornecedores para alavancar negócios com mais segurança A ferramenta (www.serasafornecedor.com.br) é gratuita para compradores, que passam a ter acesso às informações completas sobre a saúde financeira e riscos socioambientais de seus fornecedores. Para fornecedores de produtos e serviços, o portal é uma oportunidade para conhecer potenciais empresas e alavancar vendas.




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