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quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Dor ao consumir algo muito quente ou muito gelado? Você não está sozinho!


Pesquisa aponta a sensibilidade nos dentes como o maior problema bucal dos brasileiros e o tempo seco está entre as causas 


Tomar um sorvete em dias quentes, um cafezinho para dar aquela levantada ou até mesmo um brigadeiro após o almoço parecem atividades bem comuns, né? Mas para algumas pessoas não é! Ao consumir algo gelado, doce ou quente vem aquela pontada aguda e intensa nos dentes. A sensibilidade é um grande tormento. E, de acordo com especialista, o tempo seco de Brasília pode intensificar ainda mais o desconforto.

Uma pesquisa mostra que a sensibilidade nos dentes está entre os maiores problemas bucais dos brasileiros, ultrapassando, inclusive, a cárie. Este levantamento encomendado pela marca Sensodyne à agência Katar, aponta que, de mil entrevistados, 32% dos brasileiros afirmam conviver com a hipersensibilidade.  E, dependendo da faixa etária o problema pode ser ainda maior.

Segundo a odontóloga Ianara Pinho, entre as causas está a erosão do esmalte ou retração da gengiva, onde a dentina e seus túbulos dentinários ficam expostos. Ela também afirma que, por causa do tempo seco da capital, as pessoas normalmente têm obstrução das vias aéreas, ocasionando a respiração pela boca “Isso vai desidratar a gengiva, causando a inflamação crônica, responsável pela sensibilidade”, diz Ianara.


O que deve ser evitado?

Há fatores que também provocam o desconforto. “Quem tem sensibilidade deve evitar: pastas com efeito branqueador, pois são muito abrasivas, o uso de escovas muito duras e também  alimentos muito ácidos”, afirma.

Outro alerta é em relação à escovação. “É importante controlar a intensidade com que se escova os dentes, porque ao colocar muita força nesse processo, há maior desgaste, expondo a dentina”, explica a especialista.  


Tem solução?

A boa notícia é que há solução. Existem pastas de dentes específicas para tratar a hipersensibilidade, mas é algo temporário, não trata 100% do problema. Sentir dor não é normal. Então, Ianara alerta que o paciente deve procurar o auxílio de um especialista. “Em alguns casos conseguimos resolver com laserterapia, mas em outros são necessárias cirurgias, restaurações ou aplicação de produtos específicos, por isso a importância de consultar um dentista”, conclui.


Obesidade afeta a saúde do fígado em crianças a partir dos 8 anos de idade


Um novo estudo descobriu que o ganho de peso pode colocar crianças em risco de uma doença hepática grave



Um novo estudo, publicado no Journal of Pediatrics, é o primeiro a mostrar que o ganho de peso pode ter um impacto negativo na saúde do fígado em crianças, a partir dos 8 anos de idade. O estudo descobriu que a circunferência da cintura maior, aos 3 anos, aumenta a probabilidade de que, aos 8 anos, as crianças tenham marcadores para doença hepática gordurosa não alcoólica.

“Com o aumento da obesidade infantil, estamos vendo mais crianças com doença hepática gordurosa não alcoólica em nossa prática de controle de peso pediátrico. Muitos pais sabem que a obesidade pode levar ao diabetes tipo 2 e outras condições metabólicas, mas há muito menos consciência de que mesmo em crianças pequenas, ela pode levar à doença hepática grave”, explica o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).

A doença hepática gordurosa não alcoólica ocorre quando muita gordura se acumula no fígado e provoca inflamação, causando danos. A condição afeta cerca de 80 milhões de pessoas nos EUA e é a patologia hepática crônica mais comum em crianças e adolescentes. “A doença geralmente não apresenta sintomas. A progressão da doença hepática gordurosa não alcoólica pode levar à cirrose do fígado e, em alguns casos, ao câncer de fígado”, diz Chencinski.

Estudos anteriores se concentraram na doença do fígado gorduroso em adolescentes e em adultos jovens. No presente estudo, os pesquisadores procuraram por fatores de risco para o fígado gorduroso em crianças menores.

Foram medidos os níveis sanguíneos de uma enzima hepática chamada Alanina transaminase (ALT). A ALT elevada é um marcador de dano hepático e pode ocorrer em indivíduos com doença hepática gordurosa não alcoólica e outras condições que afetam o fígado.

Aos 8 anos, 23% das crianças do estudo tinham níveis elevados de ALT. Crianças com uma circunferência de cintura maior (uma medida da obesidade abdominal) aos 3 anos, e aquelas com maiores ganhos nas medidas de obesidade, entre as idades de 3 e 8 anos, foram mais propensas a ter níveis elevados de ALT. Aproximadamente 35% das crianças de 8 anos com obesidade apresentaram níveis elevados de ALT versus 20%  daquelas com peso normal.

“Alguns médicos medem os níveis de ALT em crianças em risco a partir dos 10 anos de idade, mas as descobertas ressaltam a importância de agir mais cedo para evitar o ganho excessivo de peso e subsequente inflamação do fígado", defende o pediatra.

Atualmente, a melhor maneira de crianças e adultos combaterem a doença do fígado gorduroso é não engordar acima dos limites esperados, perder peso, se isso acontecer, comer menos alimentos processados ​​e fazer exercícios regularmente. Precisamos urgentemente de melhores maneiras de rastrear, diagnosticar, prevenir e tratar essa doença desde a infância, destaca Chencinski.







Moises Chencinski

Site: http://www.drmoises.com.br



Coceira na pele nem sempre é uma doença dermatológica


 Médica alerta para sintoma comum causado por doença no fígado


Existem diferentes razões para o surgimento de coceira ou irritação na pele. Entre as mais comuns estão as alergias, picadas de inseto, dermatites e outras. Mas uma doença rara e pouco conhecida pode ser a causa, especialmente em mulheres de 35 a 60 anos. Trata-se da Colangite Biliar Primária (CBP), uma disfunção hepática autoimune caracterizada por destruição progressiva dos canais biliares presentes no fígado.

“Um dos principais sintomas da CBP é o prurido, também conhecido como coceira ou comichão, sem causa aparente. A coceira excessiva surge, habitualmente, com mais intensidade à noite ou em dias quentes”, explica a médica ginecologista Patrícia de Rossi.

A especialista esclarece que existem diversas causas para esse incômodo, o que leva muitas pessoas a procurarem imediatamente o dermatologista. Porém, como o ginecologista é o médico que acompanha a saúde da mulher, pode ser o primeiro a ser consultado sobre o sintoma. “Por isso, a indicação de um exame de sangue específico, principalmente em mulheres acima dos 35 anos, é essencial”, explica.

Não existe ainda uma explicação científica que justifique o porquê da CBP ser predominante no sexo feminino. O que se sabe é que as doenças autoimunes são mais frequentes neste sexo.

Dra. Patricia afirma que, geralmente, a suspeita de Colangite Biliar Primária surge quando se observam alterações no funcionamento do fígado. Para diagnosticá-la é necessário que o paciente comece realizando dois exames de sangue simples: fosfatase alcalina e a gama glutamiltransferase (Gama GT), que mostram se pode haver lesão nos canais biliares. Após a suspeita, complementa-se a pesquisa com outros exames realizados, mediante a solicitação médica como a pesquisa dos anticorpos antimitocôndria.

Se os resultados estiverem elevados, o paciente deve ser encaminhado ao hepatologista para avaliar o que está causando essas alterações. O especialista poderá pedir outros exames de sangue e ultrassom, biópsia do fígado ou uma colangiografia, que avalia todo o caminho da bile e permite a identificação de obstruções ou lesões dos canais.

“É importante que a mulher peça ao seu médico ginecologista e também ao dermatologista a investigação do funcionamento hepático quando surgir algum desses sintomas”, finaliza.

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