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terça-feira, 3 de abril de 2018

O contact center brasileiro vive a era do tudo junto e misturado


O mercado de Contact Center no Brasil está na sua quarta geração. E o que podemos esperar desta era? Antes é importante traçar uma linha do tempo para entender a evolução das centrais de contatos no Brasil.

A primeira fase chamada de "Iniciadores da indústria" começou em 1992 com a evangelização da oferta de call center na economia nacional e o boom dos telemarketings ativos e receptivos. O segundo estágio, ocorrido durante os anos de 2001 a 2008, foi personificado por fatos como a popularização dos Serviços de Atendimento ao Consumidor (SACs), o aumento operações terceirizadas, a chegada de empresas de telecom no segmento e a vitória do modelo baseado no tripé pessoas, TI e processos.

Em 2009 até os idos de 2016, surgiu a terceira geração inaugurando uma trajetória ligada aos primeiros amadurecimentos tecnológicos da atividade e a incorporação de novas linhas de oferta, como recuperação de crédito, operações B2B, field services, suporte tecnológico, multicanalidade e algumas ofertas digitais mais maduras, como URA, chat online, atendimento em redes sociais, mobile, dentre outras.

Iniciada no ano passado, a quarta geração, portanto a atual, é marcada por exaltar o valor agregado nas linhas de ofertas das empresas que atuam no mercado de contact center. Aqui, os imperativos estão vinculados à qualificação das ofertas existentes e/ou criação de novas ofertas específicas, incorporando a utilização qualificada de dados (big data), inteligência e analytics, jornada e experiência do usuário, algoritmos, IOT, modelos as a service, aplicativos, serviços em cloud, dentre outros modelos diversificados de oferta, go to market, distribuição, comercialização e relacionamento. 

Como pode-se observar o digital é um ativo que delineia as mudanças recorrentes da quarta geração do contact center brasileiro. Fatores ligados à comunicação em diversas plataformas, novos produtos e serviços, bem como a integração com chats, redes sociais e o avanço da Inteligência Artificial têm mudado permanentemente a experiência do cliente.

Toda essa movimentação também é impactada no modelo como as empresas vigentes da quarta geração performam o seu negócio, baseando-se cada vez mais na gestão do capital do cliente, que basicamente usa a tecnologia e o marketing como diferencias competitivos.

Além de criar novas possibilidades tecnológicas e de integração total (qualquer canal com qualquer informação, em qualquer lugar), a quarta geração das centrais de atendimento passará por outras mudanças em breve, que desembocarão até na nomenclatura do setor, passando de Contact Center para Contact Solution ou Contact Services. Nestas novas denominações, as informações estratégicas estarão reunidas e integradas com todas as ferramentas de relacionamento e canais disponíveis para o contato direto com o cliente, deixando a abordagem ainda mais fluida.

Em essência, com a dominância da visão única do cliente (VUC) como parâmetro desta 4ª geração, já em curso, lembraremos da geração antecessora como a era do tudo junto e misturado, uma vez que antes do VUC, cada canal era praticamente uma empresa a parte, com clientes isolados e bancos de dados independentes... mesmo que, na prática, fossem parte da "mesma" empresa, com a "mesma" marca, para um "mesmo" cliente!





Daniel Domeneghetti - especialista em Estratégia Corporativa, Top Management Consulting e Gestão de Ativos Intangíveis e CEO da DOM Strategy Partners, consultoria 100% nacional focada em maximizar geração e proteção de valor real para as empresas.

Estudo global da Cognizant aponta as principais tendências para o varejo até 2025


A mudança no perfil do consumidor e o uso de dispositivos móveis, a integração entre loja física e on-line,a colaboração na cadeia de abastecimento e tecnologias como realidade virtual, inteligência artificial e internet das coisas impactarão o varejo expressivamente 


A Cognizant, uma das empresas líderes mundiais em tecnologia e negócios, apresenta um estudo sobre o futuro do varejo e aponta as principais tendências que vão impactar o setor nos próximos anos. Até 2025, a distinção entre loja física e on-line deverão desaparecer. Uma vez que os consumidores buscam uma satisfação em tempo real de suas necessidades de consumo, o conceito de loja on-line deverá sobreviver apenas como recurso de retaguarda no gerenciamento das transações. E os espaços físicos terão uma redução em tamanho e em quantidade de lojas. Tecnologias como realidade virtual, inteligência artificial e internet das coisas terão forte impacto no varejo e em prover experiências de compra personalizadas.

“O objetivo do estudo é fornecer uma perspectiva provocativa sobre o ecossistema do varejo e quais ações os varejistas devem tomar para continuarem relevantes, diante da forte ascensão das compras por dispositivos móveis e da mudança expressiva no comportamento e nas decisões de compra do consumidor.“ afirma Roberto Wik, diretor de Produtos e Resources da Cognizant.  A seguir as principais descobertas do estudo sobre o futuro do varejo e as tendências do setor: 


Os consumidores (Shoppers)

Até 2025, os consumidores esperam uma experiência perfeita em uma gama crescente de dispositivos conectados. Além disso, os consumidores prezarão o imediatismo e a conveniência e irão procurar um ambiente em que as compras sejam personalizadas. Espera-se que os varejistas se alinhem a esses valores e ofereçam ao consumidor uma variedade de experiências suportadas por novas tecnologias, ou seja, marcas precisarão investir em experiências de compra imersivas e interativas para conquistar a fidelidade desses consumidores ávidos por inovações tecnológicas e comodidade.

Isso se traduzirá em ambientes de varejo on-line e lojas físicas interativos e altamente envolventes. Um elemento de sucesso obrigatório será uma verdadeira visão 360° do consumidor, a capacidade de monitorar seu comportamento e medir a efetividade das ações de marketing através dos diferentes canais, dispositivos e pontos de contato. A tendência no consumo colaborativo, no qual a tecnologia facilita empréstimos, compartilhamentos, aluguel e troca de bens e serviços, se tornará mais comum. Os compradores estarão muito mais dispostos (para as marcas que se anteciparem às suas necessidades) a compartilhar seus dados pessoais visando obter uma melhor experiência.  


A loja física

Entre 1980 e 2010, o espaço de varejo mais que duplicou de tamanho. Até 2025 a distinção entre a loja física e a loja virtual desaparecerá. E os varejistas sabem disso: 90% dos varejistas acreditam que o número e a área das lojas físicas diminuirão ou permanecerão iguais. 

Isso não significa que a importância das lojas físicas está diminuindo. Dentre os executivos de varejo pesquisados ​​pela Cognizant, 82,4% concordam que as lojas físicas são e continuarão a ser um ativo importante para os varejistas, independentemente da porcentagem de vendas efetuadas on-line

As lojas físicas funcionarão como vitrine e permitirão que todos os eventos monitorados sejam capturados e analisados através da utilização de internet das coisas (IoT). Isso possibilitará um melhor planejamento visando prever ou antecipar as tendências e demandas do consumidor. As grandes marcas não precisarão do mesmo tamanho de espaço que têm hoje, uma vez que os varejistas tenderão a um “modelo de vitrine”, alavancando serviços de atendimento diferenciados para satisfazer os consumidores. 

Será mais comum o conceito de lojas temporárias utilizadas pelas grandes marcas para promover seus produtos, reforçar sua marca, melhorar a experiência do consumidor e reduzir o custo de capital empregado.


Os dispositivos móveis

A adoção generalizada de smartphones cada vez mais poderosos continuará a melhorar a experiência das compras on-line. Cada vez mais os varejistas tem otimizado seus sites para compras por dispositivos móveis, conceito conhecido como mobile-fist. Esses desenvolvimentos estão transformando o smartphone em uma plataforma que pode suportar toda a jornada de compras, desde a busca e descoberta de produtos até comparações, recomendações e pagamentos. Até 2025, a localização contextual, conhecendo-se exatamente onde o consumidor está e quando estão mais engajados com a marca, será parte integrante da experiência de varejo e vai possibilitar uma maneira dos varejistas entregarem mensagens direcionadas, oportunas e contextualmente relevantes aos consumidores. Haverá ainda um crescimento significativo em pagamentos por dispositivos móveis e este será o principal canal para programas de recompensas e fidelidade.


Análise preditiva

A facilidade para alavancar múltiplos pontos de contato e informação para fornecer uma visão contextual e completa dos consumidores direcionará a evolução da análise preditiva. Até 2025, os consumidores vão permitir que serviços de assistentes digitais como um chatbot os auxiliem na identificação de ofertas relevantes. Os consumidores estarão mais dispostos a compartilhar dados pessoais desde que isto reflita em conveniência e personalização na interação com os varejistas e grandes marcas.


A cadeia de abastecimento

A colaboração e parcerias (alimentados por Big Data analytics) podem reduzir significativamente o custo inerente à cadeia de abastecimento alavancando os dados obtidos por cada elo. Para realmente colher os benefícios da colaboração, no entanto, os parceiros comerciais terão de estabelecer confiança. Como exemplo, os concorrentes poderão compartilhar transporte para eliminar as milhas vazias do caminhão, reduzindo assim custos de transporte.

A logística referente à última milha é um fator crítico de sucesso no modelo de omnichannel para oferecer melhor disponibilidade, preço, velocidade, flexibilidade, agilidade e inovação digital. 46% dos transportadores e 81% dos provedores de serviços logísticos concordam que a colaboração com outras companhias, clientes e eventualmente competidores podem resultar em uma melhor experiência ao consumidor e reduzir custos em toda a cadeia.

Graças ao GPS, a internet das coisas e ao big data, serviços de localização precisa tornarão todos os envios rastreáveis ​​em tempo real por fornecedores, fabricantes e destinatários, desde o momento do pedido até a entrega.

 Enquanto a robótica e a automação dos sistemas dos centros de distribuição ajudam a cadeia de abastecimento a se mover de forma mais rápida, o compartilhamento de dados em tempo real ajudarão os varejistas, fornecedores, parceiros logísticos e eventualmente os consumidores a colaborar em tempo real, provendo uma visibilidade universal sobre demanda, estoque e disponibilidade de recursos entre os integrantes da cadeia permitindo uma tomada de decisão mais rápida e melhorando a performance em todos os pontos da cadeia.

Os varejistas precisarão também inovar no processo de logística reversa, uma vez que o fluxo de retorno de produtos tenderá a aumentar. Este processo deverá ser gerenciado por equipe dedicada que fornecerá pontos específicos de coleta, fará a triagem dos items retornados e direcionará-los ao destino previsto conforme a opção mais efetiva, seja ele uma loja ou o próprio fornecedor. Para se sobressair neste processo, varejistas, fornecedores e provedores logísticos precisarão inovar de forma colaborativa com acesso a fonte única de informação, com objetivos e metas de performance acordados e desenvolver meios para sustentar relações de confiança sem medo do compartilhamento de dados entre si.


A tecnologia

Em dez anos, os consumidores viverão em um mundo hiperconectado e de alta velocidade, onde a internet das coisas vai enriquecer, diariamente, o engajamento do consumidor no varejo e se tornará uma fonte de dados dos anunciantes. A internet das coisas oferece oportunidades ímpares aos varejistas em fazer com que suas operações sejam mais eficientes, conectando e automatizando os elementos dos sistemas da cadeia de abastecimento, estoques, logística e gestão de frota. Um melhor fluxo de informação resultará em melhor gestão de estoques e de armazéns. Os wearables se tornarão particularmente fontes ricas de informação detalhadas considerando-se o comportamento do consumidor. Já a realidade aumentada (AR) irá se sobrepor à realidade virtual para desempenhar um papel cada vez mais importante na experiência no varejo, como experimentar um vestido ou um terno de forma virtual por meio do aplicativo do varejista. O blockchain será disruptivo e transformacional e se tornará uma parte crítica do ecossistema do varejo, para por exemplo, reduzir a falsificação de produtos, aumentar a eficiência nas transações com a eliminação da necessidade de intermediários e melhorar a rastreabilidade da cadeia de alimentos.



E como se manter à frente da Concorrência?

De acordo com o estudo, os varejistas devem considerar 8 pontos de atuação para ter relevância no setor:

  1. Construir capacidades de cientistas de dados uma vez que algorítimos começam a dominar a tomada de decisão;
  2. Instrumentalizar o seu ecossistema para capturar mais dados e melhorar a interação com consumidor;
  3. Melhorar a entrega na “última milha” visando prover maior confiabilidade ao comprador e reduzir o custo de servir;
  4. Adotar a visão 360º como princípio-chave no engajamento do consumidor;
  5. Investigar parcerias ao invés da análise tradicional de “make or buy” como forma de criar capacidades de forma rápida;
  6. Implemmentar na organização a função de Chief Information Security Officer (CISO) como um grupo separado para auditar e assegurar processos, sistemas e dados;
  7. Investigar Blockchain para permitir transações seguras;
  8. Experimentar  inovar agora para assegurar relevância em 2025.

“O setor varejista encontra-se em uma posição de intensa mudança. As decisões tomadas hoje afetarão o futuro do segmento de maneira que seria inimaginável em qualquer outra época. Novas tecnologias, como realidade virtual e inteligência artificial, serão responsáveis por oferecer experiências sensoriais e personalizadas ao consumidor, que estará mais exigente”, diz Steven Skinner, vice-presidente sênior da Cognizant e coordenador do estudo.






Cognizant
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Intervenção Federal no Rio de Janeiro é aprovada por três em cada quatro brasileiros, revela Ipsos


56% da população no país acredita que medida vai resolver o problema da segurança pública no estado onde ação ocorre, índice é maior no centro-oeste e menor no sul


A Intervenção Federal no estado do Rio de Janeiro, determinada em meados de fevereiro, tem apoio da maioria da população brasileira (75%), segundo pesquisa conduzida pela Ipsos na primeira quinzena do mês passado. A aprovação é maior ainda nas regiões norte e nordeste (ambas com 83%) e centro-oeste (81%). Apenas dois em cada dez entrevistados no Brasil todo (18%) se posicionou contra a ação. No sul, esse número sobe para 33%.

“A violência é tida como um dos cinco maiores problemas enfrentados pelos brasileiros, segundo nosso monitoramento mensal de opinião pública, o Pulso Brasil. Além disso, houve muita exposição de cenas de criminalidade e violência durante o Carnaval, um pouco antes da intervenção ser anunciada e esses dois fatores contribuem para a alta aprovação da medida neste primeiro momento”, comenta Danilo Cersosimo, diretor da Ipsos.

Para 56% dos entrevistados, a intervenção federal tende a resolver o problema de segurança pública do Rio de Janeiro. Os mais otimistas são os moradores do centro-oeste (78%) e nordeste (74%). Só na região sul, há uma opinião divergente, a maioria (55%) acredita que a ação tende a não resolver o problema.

Seis em cada dez entrevistados (64%) declaram que são a favor do Governo Federal intervir na segurança pública do seu estado, se necessário. O índice é mais alto no norte (80%), nordeste (72%) e centro-oeste (71%). Novamente, o sul aparece como a região menos favorável a esse tipo de medida, embora dividido (47% apoiaria e 46% não apoiaria).

Quase metade dos brasileiros (46%) não ouviu falar sobre a criação do Ministério da Segurança Pública, criado no final de fevereiro para coordenar e promover a integração da segurança pública em todo país, em cooperação com os estados e Distrito Federal. Os que têm conhecimento sobre o novo órgão são 53% da população.

O estudo também perguntou quem são os que mais ganham com a intervenção. “O cidadão do Rio” ficou em primeiro lugar, com 33%, seguido por “o presidente Michel Temer”, com 18%, e “os mais pobres”, com 15%. Quando a questão é quem mais perde, “o crime organizado” lidera com 53%. “Os mais pobres” aparecem em segundo lugar com13%.

A pesquisa entrevistou presencialmente 1.200 pessoas em 72 cidades do Brasil de 1º a 13 de março e integra o estudo Pulso Brasil realizado mensalmente pela Ipsos. A margem de erro é de três pontos percentuais.





Ipsos

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