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quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Verão exige atenção redobrada com a saúde das crianças






Dor de barriga, dor no ouvido, manchinhas pelo corpo e conjuntivite são alguns dos problemas que podem estragar as férias da família


Durante o verão muitas famílias viajam e aproveitam os dias de folga. Porém, em alguns casos, as crianças começam a apresentar sintomas de que algo não está bem. As doenças de verão são comuns e atingem as crianças de todas as idades. Por isso, pediatras da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) alertam sobre os principais problemas que afetam os pequenos nesta época do ano.

A presidente da SPRS e gastroenterologista, Cristina Targa Ferreira, explica que uma das reclamações dos pais no verão é a gastroenterite, que pode ser causada por vírus ou por intoxicação alimentar.

- Para evitar a gastroenterite causada por vírus, é importante lavar as mãos com frequência. Além disso, evitar que uma criança infectada entre em contato com outras pessoas, evitando o contágio. Já a gastroenterite por intoxicação alimentar pode ser evitada com a armazenagem correta dos alimentos, não bebendo água que não seja tratada e comer apenas em locais que tenham uma origem reconhecida – destaca Cristina Targa Ferreira.

Os principais sintomas da gastroenterite são vômito, diarreia e febre. O tratamento pode ser realizado em casa, sem a necessidade de procurar um médico, desde que a criança beba bastante líquidos e seja hidratada. Outra dica é não suspender a alimentação e oferecer o alimento habitual nas refeições. A doença dura de 24h até cerca de sete dias. Caso o paciente fique muito prostrado e com febre muito alta, é recomendável levar ao médico.


Otite

Os incômodos com otites também mais são frequentes no verão. Segundo a otorrinolaringologista da SPRS, Berenice Dias Ramos, o problema normalmente está relacionado com a água neste período do ano.

- A otite externa é muito frequente nos meses de verão devido aos mergulhos, pois o calor e a umidade favorecem o crescimento de fungos e bactérias. Os banhos de piscina, de mar ou de banheira só ocasionam otite externa se a criança ficar por muito tempo com os ouvidos submersos. As otites estão mais frequentes também devido ao uso prolongado de fones de ouvido, pois o calor favorece as infecções. Portanto, uma forma de prevenção seria orientar as crianças para que não fiquem todo o tempo com os ouvidos dentro d’água e evitem o uso de cotonetes e de fones de ouvido neste período - afirma Berenice Dias Ramos.

Segundo a especialista, a primeira atitude, quando a criança começa a reclamar de dor no ouvido, é suspender os mergulhos, pois eles pioram o quadro. Depois, administrar analgésicos orais. Se a dor for intensa, utilizar calor seco na orelha, como uma bolsa de água quente ou uma fralda aquecida por ferro de passar roupa. O médico deve ser consultado para confirmar o diagnóstico e estabelecer qual a melhor medicação a ser utilizada. Geralmente, as otites externas resolvem apenas com o uso de gotas otológicas e analgésicos, não necessitando antibioticoterapia oral.


Conjuntivite 

O cuidado com os olhos também precisam ser redobrados nas férias de verão. Segundo a oftalmologista da SPRS, Gabriela Eckert, a conjuntivite é dividida em dois tipos: conjuntivite irritativa e conjuntivite infecciosa. No primeiro caso, o problema pode ser causado por excesso de sol ou por excesso de água, principalmente com as crianças que ficam com os olhos abertos embaixo d’água. As conjuntivites infecciosas podem ser causadas por vírus ou por bactérias.

- Na conjuntivite solar, o olho fica vermelho e não existe perigo de contágio. O ideal é que a criança proteja a região dos olhos com boné ou óculos escuros. Também existe uma conjuntivite associada ao cloro da piscina, que pode ser evitada fechando os olhos embaixo d’água, ou usando óculos de proteção. Estes dois tipos de conjuntivite irritativa duram de dois a três dias e recomendamos usar um colírio lubrificante – explica Gabriela Eckert.

Para a conjuntivite causada por bactéria, de acordo com a oftalmologista, o tratamento é realizado com colírios antibióticos, recomendados por um médico. A conjuntivite por vírus, além de ser contagiosa, é tratada com colírios lubrificantes. Para diferenciar as duas conjuntivites, basta observar o olho da criança: se tiver pus durante todo o dia, é bacteriana; se for uma secreção sem pus e mais aquosa, é viral.

- Se o olho não melhorar depois de três dias, é aconselhado levar ao médico para tratamento com medicação adequada. Lembrando que não é indicado colocar qualquer colírio nos olhos das crianças. O ideal é colocar apenas colírios lubrificantes, comprados sem receita nas farmácias. Além disso, cada criança e cada membro da família precisa ter o seu colírio – salienta.


Insolação e brotoejas

A dermatologista pediátrica Ana Paula Manzoni destaca que as brotoejas ocorrem por causa do excesso de calor que as crianças pequenas passam. As bolinhas vermelhas são mais comuns no verão e podem ser evitadas deixando a criança com roupas leves e em locais frescos.

A insolação, também comum no verão, acontece quando a criança fica exposta ao sol sem proteção e por tempo acima do indicado. A alta intensidade da insolação pode acarretar queimaduras solares, febre e mal-estar. Muitas vezes, pode deixar a criança desidratada. O ideal é evitar a exposição solar entre 10h e 16h, utilizar proteção solar e proteção física, com roupas.




Redação: Mariana da Rosa


terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Meditação não dá trabalho



“Deve-se tratar a prática da meditação como uma ferramenta poderosa para se compreender melhor, amenizar a ansiedade quando se está procurando emprego ou ter mais força quando se está trabalhando, mas sobrecarregado e infeliz com sua atividade”



Muitos procuram no coaching uma forma de reorganização interna para atingir algum objetivo, seja pessoal, profissional, financeiro ou tudo isto junto! Procuro explicar que o papel do coach é ajudar o cliente a montar uma estratégia para organizar os planos, identificar as competências necessárias para o sucesso no atingimento de objetivos e acompanhar a execução das atividades identificadas no plano. Mas o que vale mesmo é a pessoa executar essa estratégia com diligência e foco, seguindo, no presente, os passos necessários para atingir os objetivos desejados para o futuro.

Para que tais ações sejam realizadas, é fundamental que a pessoa esteja atenta a si própria, percebendo quais desejos e necessidades devem ser atendidos e validando se suas ações estão coerentes com aquilo que se quer atingir.

Muitas vezes, ao discutir tais aspectos de seu programa de coaching, as pessoas perguntam como manter o foco, uma vez que a vida requer múltiplas ações realizadas quase que simultaneamente.

A alternativa prática que recomendo para colaborar com a execução de seus planos é a meditação. Apesar de budista, não aconselho nada metafísico ou associado a uma religião. Como descrito por Facundo Guerra, que se define como “um agnóstico do tipo arrogante” no livro “Empreendedorismo Para Subversivos”: “simplesmente baixe um aplicativo de meditação no seu celular, use um de seus tutoriais e pare por dez, quinze minutos por dia para entrar verdadeiramente dentro de si”.

Se até um cético assumido recomenda esta prática, vejo que o caminho pode ser percorrido com tranquilidade por qualquer pessoa, independentemente de sua crença. Basta identificar o método mais adequado ao estilo da pessoa.

Deve-se tratar a prática da meditação como uma ferramenta poderosa para se compreender melhor, amenizar a ansiedade quando se está procurando emprego ou ter mais forças quando se está trabalhando, mas sobrecarregado e infeliz com sua atividade.

A meditação permite viver um estado de consciência sobre si como nenhuma outra técnica ou tratamento permitirá. Pode parecer estranho no início, mas a persistência na prática diminui a ansiedade, melhora a depressão e o sono, controla a pressão arterial e diminui os batimentos cardíacos. Tudo isto cientificamente provado por diversas pesquisas, trabalhos acadêmicos e relatos de meditadores frequentes.

O equilíbrio percebido por meio da prática favorecerá a compreensão sobre como agimos, reagimos e enfrentamos as questões que nos trazem satisfação ou sofrimento, viabilizando a estruturação de mudanças internas, as quais nos levarão a buscar transformações no nosso ambiente externo. Além de permitir que nos centremos nas atividades cotidianas e na execução de nossos projetos. O resultado é mais foco e alta performance na realização das tarefas e atividades requeridas para execução de planos.

Antes que alguém fale que não consegue “esvaziar a mente”, devo dizer que isso é uma bobagem. Não há como esvaziar a mente, a não ser que a pessoa esteja em morte cerebral. Aí o caso já é outro. Meditar é observar os pensamentos, sem julgamento ou seleção (isto quero, aquilo não quero).

Como entre um pensamento e outro há um intervalo, ao perceber em atenção plena o que pensamos, também notamos que entre um pensamento e outro não há nada. A observação constante amplia este intervalo, fazendo com que surja, naturalmente, o chamado vazio da mente, que dura até o próximo pensamento. Neste processo, a mente observa a mente. E isto nos faz conhecer alguém novo: nós mesmos.

Meditar não faz com que um chefe ou um cliente chato se torne uma boa pessoa, tampouco garante emprego nem substitui um bom currículo ou amplia seu networking, mas ajuda imensamente a manter a percepção sobre si e seu foco. E, assim, com a ansiedade administrada, tanto a manutenção do emprego quanto a busca por um novo trabalho ficam facilitados. Com os pés no chão e um estado de consciência ampliado, a vida fica mais simples e mais objetiva. Com foco! Afinal, as coisas são como elas realmente são.

Experimente. Meditar não dá trabalho. Nem emprego. Mas ajuda a viver melhor.







Edson Moraes é sócio do Espaço Meio -  https://espacomeio.com.br, Executive Coach desde 2014 e Consultor (Gestão & Governança) desde 2003. Foi Executivo do Bank of America entre 1982 e 2003. Seguiu carreira na Área de Tecnologia da Informação, foi Head do Escritório de Projetos e CIO por 4 anos. É Master em Project Management pela George Washington University.  Participou de programas de educação executiva na área de TI ( Stanford University, Business School São Paulo e  Fundação Getúlio Vargas). Formado em Comunicação Social – Jornalismo pela PUC/SP. É Conselheiro de Administração formado pelo IBGC, Coach pelo Instituto EcoSocial e certificado pelo ICF.  Articulista e palestrante nas áreas de Governança, Tecnologia da Informação e Gestão de Projetos.

Crise de ansiedade: o que fazer e como identificar?



Pode não ser tão evidente, mas a vida agitada e o estresse cotidiano afetam nossas emoções e são capazes até de prejudicar a nossa saúde mental. Em alguns casos, as pressões são tamanhas que acabam se tornando o gatilho para uma crise de ansiedade.

O Brasil, aliás, é o país com a maior taxa de transtorno de ansiedade do mundo, com 9,3% de sua população sofrendo desse mal. Os dados foram divulgados em 2017 pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Na época, essa proporção representava 18,6 milhões de pessoas.

Segundo a psiquiatra do Hospital Santa Mônica, Luana Harada, "o transtorno de ansiedade pode surgir associado a outros, como depressão ou síndrome do pânico. Por isso, diagnóstico preciso e o tratamento adequado são fundamentais para o progresso do paciente".

A principal característica do Transtorno de Ansiedade é a preocupação excessiva. Todo ser humano ao longo da vida, se sente preocupado com situações como o desemprego, ou a situação política, por exemplo. Mas a preocupação sentida pelas pessoas que sofrem de ansiedade, está claramente fora de proporção em relação à probabilidade real ou impacto que um determinado fato possa ter na vida. O sentimento de preocupação é difícil de ser controlado e interfere no rendimento diário. Independentemente do foco, esse sentimento temeroso é sempre acompanhado por sintomas físicos, como dor devido à tensão muscular, dores de cabeça, micção frequente, dentre outros sintomas.

A boa notícia, garante a médica, é que existem formas de identificar os sintomas e prevenir seu agravamento. Os avanços científicos nesse tema também já permitem melhorar a vida das pessoas que sofrem com esse transtorno. 

A seguir, vamos esclarecer quais são os principais sinais de uma crise de ansiedade e o que fazer diante de um quadro como esse.

Quais são os sintomas de uma crise de ansiedade?

Quem lida com muitas tarefas no dia a dia ou precisa tomar decisões difíceis pode demonstrar alguns sinais de ansiedade nos momentos mais críticos de sua rotina.

Alguns dos sintomas mais comuns são: dor de cabeça, irritabilidade, palpitação, suor em excesso (a chamada sudorese) e tensão muscular. Do lado emocional, o comportamento instável, o medo e a insegurança costumam aparecer com frequência.

É normal se sentir ameaçado diante de muitas obrigações ou grandes mudanças. Essa sensação ativa instintos básicos de sobrevivência e faz com que uma pessoa queira lutar ou fugir, ainda que de maneira inconsciente.

No entanto, é preciso diferenciar um pico emocional de um transtorno mental, pois cada situação demanda cuidados diferentes.

Os tratamentos podem incluir o uso de medicamentos, sessões de psicoterapia ou uma combinação entre eles. Mas somente um profissional qualificado poderá fazer um diagnóstico preciso e recomendar as medidas mais adequadas.

O que fazer para combater a ansiedade

Mesmo com as particularidades de cada indivíduo, há atitudes básicas que podem ser tomadas para aliviar e prevenir crises de ansiedade.

A alimentação saudável é um dos cuidados mais importantes para a saúde e o bem-estar, qualquer que seja o quadro clínico de uma pessoa. O ideal é reservar horários para as refeições, de modo a evitar a sobreposição de tarefas.

Além disso, é preciso evitar o consumo em excesso de doces e bebidas estimulantes, geralmente as válvulas de escape para quem sofre desse mal.

Luana Harada, reforça que a atividade física também auxilia no controle das emoções. Realizar com frequência qualquer exercício faz com que o corpo libere hormônios responsáveis pela sensação de bem-estar. No longo prazo, corpo e mente ficam mais equilibrados e a pessoa passa a ter mais disciplina.

Lembre-se: atenção e cuidados diários são essenciais, mas não dispensam ajuda médica especializada.

Se você quiser saber mais sobre o tema, relacionamos aqui dois vídeos, um com a doutora Luana Harada, psiquiatra, e outro com Danielle Bevilaqua, psicóloga do Hospital Santa Mônica. Elas explicam as principais causas da ansiedade e como tratá-la corretamente.




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