A rotina escolar tem início e com ela, o frio e
doenças de inverno
O inverno está praticamente na metade e a criançada
ainda enfrentará dias muitos frios segundo os meteorologistas. E nesta época do
ano é comum o uso de toucas e cachecol, além janelas fechadas e pouca
circulação de ar nos recintos onde as crianças ficam nos dias de clima mais
amenos. Tais práticas podem prejudicar a saúde das crianças e ainda proliferar
bactérias e fungos pelos ambientes. No texto de hoje falo um pouco dos cuidados
que devemos ter dentro e fora das salas de aulas de nossas crianças e dar dicas
para evitar o contágio de doenças e outros incômodos.
Cuidado com o piolho!
O piolho não é um bicho que gosta apenas de verão
ou primavera. Ele se manifesta durante o ano todo e, no inverno, especialmente
ocorre em maior grau devido as crianças (e adultos também) ficarem mais
próximos, agarradinhos para se esquentarem e compartilharem tocas e gorros para
protegerem-se do frio. E se dentre a essas pessoas alguém estiver contaminado
com piolhos, é inevitável a transmissão.
O piolho não pula e não voa. A transmissão acontece
de pessoa para pessoa no contato entre elas – abraço com a aproximação das
cabeças, compartilhamento de acessórios como toucas e cachecol, além de outros.
A lêndea não passa de pessoa para pessoa, mas o piolho sim e a fêmea adora
mudar de endereço, assim como infesta a cabeça alheia botando muitos ovinhos,
que dentre oito ou nove dias se abrem para outros milhares de bichinhos.
Caso ocorra com o seu filho, fale com a pediatra
para saber qual o melhor tratamento e maneira de eliminar o problema. Evite
enviar a criança para a escola ou para locais onde há outras pessoas. Manter a
higiene é um dos pontos favoráveis, mas lembre-se – o piolho não escolhe sexo,
idade, classe social e muito menos se a pessoa lava ou não o cabelo.
Conjuntivite também ocorre no inverno!
No
inverno os dias são mais secos e com eles maior índice de poluição e baixa
umidade do ar. Se não fosse só isso, as pessoas correm para shoppings, cinemas
e áreas mais fechadas para lazer e protegerem-se do frio. Em ambientes como
escola, creches e até em casa as janelas costumam ficar fechadas impedindo a
renovação do ar e favorecendo a proliferação das bactérias e fungos. Inevitavelmente
a conjuntivite, que pode ser viral ou bacteriana se torna um problema e atingir
muitas pessoas de uma só vez.
Vale
ressaltar que aos primeiros sinais de coceira, olhos vermelhos, lacrimejamento,
secreção, sensação de areia nos olhos, ardência, sensibilidade à luz e inchaço
das pálpebras, procure um médico especialista para tratar logo no início. A
conjuntivite dura em torno de duas semanas e precisa sim de tratamento
específico indicado por um especialista.
Cuidado com as viroses, elas podem te pegar!
Quando falamos em viroses para as mães, geralmente elas se arrepiam e ficam
aflitas por não saberem bem o que é e como tratar as crianças. Diferente do que
o dito popular sugere que virose é um nome dado para uma doença sem
investigação, a virose tem sim um fundamento e é tratada de acordo com os
sintomas e estado clínico de cada paciente.
Para
esclarecer, todas as doenças são provenientes de algum vírus ou bactéria. Temos
como exemplo a catapora, dengue, herpes e até a gripe como manifestação a
partir de algum vírus, portanto, são viroses. Existem as viroses de trato
respiratório e dermatite também. Os sintomas de doenças transmitidas por vírus
podem ser semelhantes entre alguns, mas o tratamento sempre é indicado de
acordo com a necessidade de cada paciente e é importante que a criança ou
pessoa doente seja sempre diagnosticada por um médico. É necessário dize,
ainda, que a automedicação é um costume perigoso e piorar o quadro clínico do
paciente, além alimentar superbactérias.
Aos
primeiros sinais de dores no corpo, febre, falta de apetite, diarreia ou
qualquer outro estado que comprometa a rotina da criança e ela fique amoada,
sem disposição e pique para brincar, fale com o seu pediatra e, se necessário,
leve-a ao pronto atendimento. O mais importante é saber como agir, para isso,
tente falar com o pediatra antes de sair correndo para o pronto socorro
infantil!
Beba muita água e hidrate-se!
A água é nossa fonte de vida! Podemos ficar sem comer por mais de três
dias, mas sem beber água não! Por isso, mesmo no inverno é importante nos
hidratarmos e ingerir em média dois litros de água por dia. E é comum não
sentir sede ou necessidade de tomar água com frequência no inverno, mas podemos
acrescentar alguns ingredientes para torna-la mais atrativa e consequentemente
com maior consumo ao longo do dia. As dicas são: faça chás (sem o uso de
açúcar) e sucos naturais (pode diluir em água). Caso goste, aposte m água de
coco e sob recomendação da pediatra, também, em isotônicos.
A
hidratação do corpo é benéfica para a saúde da pele, dos cabelos, unhas, olhos
e para todas as funções que o organismo desenvolve. Quando o xixi está muito
amarelo ou sentimos dores nas costas na região próxima a bacia pode ser sinal
de que é necessário a ingestão de mais água. Fale com a sua pediatra para
esclarecer dúvidas e orientações.
Recomendações Finais:
- Alimente-se de maneira saudável, dê preferência
para alimentos orgânicos e não industrializados.
Evite frituras e embutidos que são carregados de
substâncias não apropriadas para o organismo.
- Ingira muita água e hidrate a criança ao longo do
dia.
- Ao primeiro sinal de mudanças no comportamento e
ou mal-estar da criança, não hesite, fale com o pediatra de costume e ou, em
emergências, procure o pronto atendimento infantil para o diagnóstico correto
da criança.
- Como recomendação primordial para evitar
epidemias de doenças e viroses, evite mandar a criança para escola quando
estiver doente ou sem condições apropriadas para atividades.
- Mantenha a rotina de higiene comum, verifique se
a criança se queixa de coceiras na cabeça ou no corpo, assim como dê atenção
aos comportamentos atípicos.
- Nunca automedique a criança, isso pode colocar a
vida dela em risco e favorecer o aparecimento de superbactérias. A saúde é o
bem maior que podemos garantir aos nossos filhos.
Dra. Priscila Zanotti Stagliorio - médica pediatra há mais de dez anos, atua na
zona norte de São Paulo, em consultório particular, no Pronto Socorro do
Hospital São Camilo – unidade Santana, e na rede Dr. Consulta – unidades
Tucuruvi e Santana. Em seu currículo possui diversas participações em
congressos, cursos de especialização e atuações em prontos socorros, clinicas e
ambulatórios médicos da grande São Paulo – Capital. Oferece curso personalizado
para gestantes e mamães com recém-nascidos, com o objetivo de ajudá-las na mais
importante missão de suas vidas: ser mãe. Para solicitar informações sobre os
cursos escreva para: priscilazs@yahoo.com.br / dicasdepediatraemae@gmail.com
/ contato@jcgcomunicacao.com
- coloque no assunto a informação que deseja saber e ou solicitar. O
consultório está localizado na Av. Leôncio de Magalhães, 395, Santana- SP / 11-
2977-8697.