Voltar à escola e reencontrar os amigos é um momento especial. E
registrar tudo em selfies com a galera torna-se obrigatório. No entanto, a
dermatologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Marcia Grieco, chama
atenção para o ato, aparentemente inocente, não se tornar um meio de
contaminação de piolho e escabiose entre os alunos.
Para a especialista, essa aproximação da cabeça facilita a transmissão
do piolho, que apesar de não pular, têm a incrível capacidade de se transferir
de uma cabeça para outra, quando muito próximas, ou em longos abraços e até
mesmo dividindo acessórios como pente de cabelo, faixas, tiaras e boné. E o
mesmo vale para a escabiose, que é transmitida pelo contato entre peles ou
compartilhamento de objetos pessoais como lençol e toalhas de banho.
O piolho tem a capacidade de se fixar firmemente ao cabelo mesmo quando
submersos na água. “Até mesmo as crianças que se banham regularmente são
vulneráveis a este problema, mas a falta de higiene adequada aumenta a
probabilidade de contágio”. A dermatologista ressalta ainda que o parasita é
resistente até a água da piscina com cloro.
Apesar de ser uma dor de cabeça entre os pais e professores a médica
ressalta que o tratamento é simples, através de loções ou comprimidos a base de
revectina, medicamento que atua contra várias espécies de parasitas e tem a
função de paralisar a musculatura dos parasitas, ocasionando sua morte.
Outra doença que preocupa os pais durante esse retorno às aulas e também
acontece através do contato direto entre pessoas e compartilhamento de objetos
pessoais é a escabiose, popularmente conhecida como sarna.
Assim como o piolho, a coceira é o principal sintoma da doença, além do
aparecimento de bolinhas vermelhas no corpo e até bolhas d’água. O desconforto
e forte coceira pode levar o paciente a produzir várias escoriações e
consequentemente infecção secundaria.
Márcia
Grieco sugere atenção especial dos pais não apenas nas crianças, pois a
escabiose pode ocorrer em qualquer faixa etária independente do sexo e raça e
tem maior prevalência quando os hábitos de higiene não são adequados.
“Acomete
principalmente os punhos, entre os dedos, mamilos, axilas, abdômen, nádegas e
genitália. Já nas crianças, as palmas das mãos e plantas dos pés podem ser
atingidas”.
Neste caso, o cuidado com os objetos pessoais também se faz necessário,
já que o ácaro é transmitido pela fêmea já fecundada. “A fêmea penetra na pele
e faz túneis durante a noite levando de 15 a 30 dias para depositar cerca de 50
ovos e depois morre”, explica.
A escabiose também tem um tratamento simples através de loções e xampus
específicos. Atualmente também são indicados comprimidos (que atuam matando o
ácaro causador da doença, assim como, as suas larvas e ovos) em crianças, a
partir de 15 kg, e adultos. “Em bebês e grávidas essa alternativa não pode ser
usada, mas pode ser prescrito pasta d’água com enxofre”.
Apesar
dos cuidados citados pela especialista, Márcia Grieco não descarta a ida ao
especialista para avaliação prévia. “É importante ter um diagnóstico preciso
para um tratamento adequado, eficiente e sem riscos para o paciente”.
Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos
Rua
Borges Lagoa, 1.450 - Vila Clementino, Zona Sul de São Paulo.
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