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quinta-feira, 2 de junho de 2016

Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil aborda o problema na cadeia produtiva




12 DE JUNHO

Tema orienta atividades da sociedade civil e ações de fiscalização do Ministério do Trabalho

‘Não ao Trabalho Infantil na Cadeia Produtiva’ é o tema de 2016 do Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, lembrado em 12 de junho. Durante o mês, este será o foco das atividades de sensibilização e fiscalização do Ministério do Trabalho e dos órgãos da sociedade civil que tratam da agenda.

A proposição do tema pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), chancelada pelo Brasil, se baseou em uma nova realidade do trabalho infantil, com crescimento de casos em empresas terceirizadas e na contratação de mão de obra não especializada. 

A secretária-executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI), Isa Oliveira, explica que o trabalho infantil na cadeia produtiva é sempre informal e muitas vezes classificado entre as piores formas. “Acontece normalmente assim: o pai da criança é contratado para um serviço, de pedreiro, por exemplo, e leva o filho à obra como ajudante. Ou a família é contratada para prestar serviço a uma empresa de sapatos, e a criança fica com a tarefa de prender as tachinhas da decoração do sapato. A criança não é contratada diretamente, mas ela entra na cadeia produtiva.”

No Brasil – A legislação brasileira proíbe o trabalho sob qualquer condição até os 13 anos. A partir dos 14 anos, pode-se trabalhar como aprendiz. Dos 16 aos 18, as restrições são para atividades noturnas (das 22h às 5h), insalubres ou perigosas e que façam parte da lista das piores formas de trabalho infantil.

De acordo com Isa Oliveira, 3,3 milhões de crianças e adolescentes trabalham no Brasil. Destes, apenas 500 mil estão em situação regular, como aprendizes, ou com carteira assinada. Os demais (2,8 milhões) estão em situação de informalidade de vínculo, sem garantia de direitos. Em muitos casos, trabalham com a própria família, em atividades como criação de animais, confecção, construção civil e produção de joias e bijuterias.

Ação – Como em anos anteriores, durante este mês de junho as equipes de fiscalização do Ministério do Trabalho vão concentrar esforços nessa área e as Superintendências, promover e participar de atividades em articulação com a Rede de Proteção da Criança e do Adolescente em todo país.
“Estas ações têm como objetivo tirar o tema ‘trabalho infantil’ da invisibilidade, possibilitando uma discussão social sobre o tema”, explica o chefe da Divisão de Fiscalização do Trabalho Infantil no Ministério do Trabalho, Alberto de Souza. 


Você sabe o que é a metacognição?




Ana Regina Caminha Braga, psicopedagoga e especialista em educação infantil, explica o que é e a sua importância em sala de aula

Você sabe o que é a chamada metacognição? Não? Vamos dar um exemplo. Quando você assiste à televisão e coloca seu lado crítico em evidência, você está exercendo uma atividade metacognitiva. Ou seja, a metacognição é o conhecimento que a pessoa apresenta sobre aquilo que armazenou na memória e aprendeu para a realização das atividades do cotidiano, estando consciente de suas habilidades e limitações.

Segundo Ana Regina Caminha Braga, psicopedagoga e especialista em educação especial e em gestão escolar, a metacognição possibilita a identificação dos conhecimentos necessários para a realização e a análise de uma situação dentro das possibilidades da pessoa, de maneira que ela esteja cada vez mais consciente de suas escolhas, e de como realiza e processa cada aprendizagem construída. 

No âmbito da educação infantil, quando trabalhada de maneira adequada pelos professores, ela possibilita e encoraja as crianças a explorar de maneira significativa suas habilidades. “Dentro de uma perspectiva que compreende a importância das crianças tomarem consciência de suas aprendizagens desde cedo, é possível ressaltar que para elas estarem aptas a tomar grandes decisões é necessário que os professores estejam preparados e em suas práticas pedagógicas estejam referenciados a lecionar com atitudes metacognitivas, sendo esse um passo importante ao facilitar o processo de amadurecimento de seus posicionamentos”, comenta a especialista.

Segundo Ana Regina, essas crianças ingressam na escola com um conhecimento prévio de mundo e das relações estabelecidas com os seus pares. E a partir daí que os professores devem se dedicar a desenvolver a metacognição em sala, fazendo isso o docente auxilia na construção de uma aprendizagem consciente e controlada, nas quais pode ser visível o significado de cada decisão. 

Quando a professora ou professor acompanham a aprendizagem da criança, mediando este processo, favorecem um ensino voltado à construção da autonomia de sentido e significado das informações, assim como a autoconfiança por parte de quem aprende. “A criança quando revela suas habilidades e limitações, também demonstra para o professor/professora em sala de aula os aspectos que precisam ser mais elaborados para que o seu desenvolvimento e aprendizagem aconteçam significativamente”, explica. 

No entanto, a psicopedagoga alerta que uma das dificuldades presentes em sala de aula, é o tempo disponível para esse trabalho, o que acaba não possibilitando que o desenvolvimento da metacognição aconteça diariamente. “O professor/professora em sua prática, por vezes, está direcionado ao papel de manter a criança em determinada tarefa, sem a preocupação de observá-la mais de perto e verificar se ela está ativa em sua aprendizagem”, completa. 

Para finalizar, Ana Regina lembra que a presença da metacognição como atitude docente é primordial para a diferença em sala de aula. O exercício metacognitivo favorece uma ação voltada tanto ao processo como ao resultado das aprendizagens. É o início de um movimento em direção a uma prática pedagógica reflexiva, autônoma e de qualidade.

Frugivorismo: você conhece os benefícios e riscos de uma dieta a base de frutas?



Nutricionista explica o que é uma dieta frugívora e quais são os benefícios e malefícios para o organismo.

Viver alimentando-sesó de frutas pode parecer loucura para alguns, mas para outros isso é uma realidade. Para quem não sabe, existe uma dieta que é justamente a base de frutas frescas. É a chamada dieta frugívora.  Para complementar a busca pelo emagrecimentosão incluídas hortaliças como: brócolis, couve manteiga, alface, abobrinha entre outros. Além disso, o cardápio conta também com frutas oleaginosas (castanhas do Pará, castanha de caju, nozes, amêndoas).

Para a nutricionista comportamental, Patrícia Cruz, nessa dieta o detalhe está no preparo dos alimentos. Todos são minimamente processados, quase todos são consumidos na sua forma in natura. Sem cozimento nenhum. Alimentos de origem animal, como carnes, ovos e leites são excluídos totalmente.

CARDÁPIO
Vegetais tenros como alface, aipo, brotos verdes, flores, funcho, espinafre, rúcula, brotos de leguminosas entres outras folhas agradáveis ao paladar e levemente  doces: são ricas em fibras, vitaminas e minerais. Agradáveis ao paladar mesmo sem passar por processos de cozimento;

Frutas vegetais(tomate, pepino, pimentões, quiabo, abobrinha, chuchu, berinjela, cenoura, beterraba): algumas delas, como o tomate e o pepino, são classificadas como frutas, por isso recebem esse nome. De modo geral são ricas em licopeno, vitamina A e fibras;

Vegetais crucíferos (aspargos, brócolis, couve de Bruxelas, repolho, couve-flor):o brócolis e couve de Bruxelas são boas fontes de cálcio vegetal.  Os demais ricos em fibras;

Frutas (banana, caqui, jaca, fruta do conde, figo, abacaxi, laranja, limão, tangerina, kiwi, mamão, manga, uva, maça, amoras, mirtilos, morango) e frutas secas: todas são fontes de carboidratos, fibras, vitaminas, principalmente C, minerais como o potássio e antioxidantes com como resveratrol;

Frutas oleaginosas (nozes, amêndoa, avelã, macadâmia, castanha do Pará, pecan, pistache, pignoli, amendoim): fontes de gordura do “bem” monoinsaturada e poliinsaturada. Protegem o coração;

Sementes (abóbora, girassol, gergelim): fontes de gordura monoinsaturada;

Frutas ricas em gordura (abacate, coco verde, azeitonas): são fontes de gorduras boas (monoinsaturadas) que combatem o colesterol. Além de apresentarem vitaminas como vitamina E de antioxidantes;

Cereais (milho) e leguminosas (ervilhas, feijões todos apenas quando recém colhidos e jovens): fonte de proteína de valor biológico, ferro e fibras;

Cogumelos comestíveis: fontes de proteínas.

Todas as categorias dos alimentos citados devem fazer parte do hábito alimentar diário.

BENEFÍCIOS
Devido ao grupo de alimentos que faz parte da dieta e o fato do seu consumo ser sem processos de cocção, a dieta passa a ser uma rica em fibras e pobre em gordura saturada, sódio. Para Patrícia Cruz, em um primeiro momento pode-se afirmar que é uma dieta de proteção para doenças cardiovasculares e crônicas não transmissíveis. Por outro lado, ao longo prazo ela pode trazer deficiências de outros nutrientes importantes para o bom funcionamento do organismo como: proteínas, ferro, vitamina B12, cálcio. 

ALERTA
Para a nutricionista, a dieta não pode ser tida como saudável por pregar uma restrição severa. “Não há necessidade de indicar esta dieta a um grupo da população específica. Pois, por ser muito extremista, excluindogrupos de alimentos, a médio e longo prazo, isso pode acarretar deficiências nutricionais importantes.” – explica.

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