Pesquisa
da VAGAS.com mostra que 66% dos que estão à procura por uma vaga de trabalho no
final de ano não tem emprego
Os
desempregados estão liderando a busca por um emprego temporário neste final de
ano. É o que revela o terceiro levantamento sobre trabalho temporário realizado
pela VAGAS.com, empresa de soluções tecnológicas para recrutamento e seleção. O
estudo mostra que 66% dos que estão à procura por uma vaga de emprego no final
de ano são pessoas fora do mercado de trabalho. No ano passado, esse mesmo
grupo simbolizava 55% dos candidatos.
O levantamento
foi realizado de 29 de setembro a 5 de outubro por meio da base de currículos cadastrados no portal de carreira VAGAS.com.br.
Dos 1133 respondentes, 52% é composta por homens e 48% por mulheres, com
idade média de 26 anos, 71% pertencentes à região
Sudeste e 85% ocupando cargos operacionais.
“Isso mostra
que essa parcela foi afetada diretamente pela crise econômica. Há muito mais
gente à procura de uma oportunidade. O emprego temporário deixou de ser visto
como alternativa de renda complementar para ser uma real chance de trabalho, de
retorno ao mercado de trabalho”, conta Rafael Urbano, coordenador da pesquisa
na VAGAS.com.
Caiu também a
participação daqueles que trabalham meio período ou integral e procuram um
emprego temporário. Os que trabalhavam em tempo integral eram 20% no ano
passado e neste ano somam 6%. O grupo que atua em meio período era de 14% em
2014 e é de 7% neste ano. Que nunca trabalhou chega a 21% ante 11% no ano
anterior.
Mais
interessados em vagas temporárias
O estudo
mostra que vem aumentando o interesse pelo trabalho temporário a cada ano. Do
total de respondentes, 70% pretendem realizar algum trabalho temporário neste
final de ano. No ano passado, o índice era de 67% e, em 2013, 60%. Dos que estão
interessados nessa oportunidade, 34% informaram que esta será sua primeira
chance de emprego e que pretendem ganhar R$ 1.162,00 por mês como
temporário.
Entre os
motivos apresentados dos que pleiteiam uma vaga temporária (70%), aqueles que
pretendem conseguir uma nova oportunidade de trabalho com a atividade de fim de
ano representaram 28%. Há um outro grupo (24%) que pretende ganhar experiência
profissional. Aproveitar para se recolocar no mercado de trabalho foi intenção
de 16%. Os que pretendem pagar os estudos somam 13%. Ganhar uma renda extra
para pagar dívidas é desejo de 9%. Poupar dinheiro é objetivo de 4%. São 3% os
que querem juntar dinheiro para comprar algo que desejam muito. Aproveitar a
oportunidade e mudar de emprego é realidade para 2% e, outros motivos,
2%.
A pesquisa
separou, por faixa etária, as intenções de cada grupo com a atividade
temporária de final de ano. Conseguir uma nova oportunidade de trabalho é
desejo do grupo de 26 a 30 anos e 41 anos ou mais; ganhar experiência
profissional é prioridade para o estrato de 14 a 19 anos; aproveitar para se
recolocar no mercado de trabalho é importante para as faixas de 26 a 30 anos,
31 a 35 e 41 anos ou mais; pagar os estudos é primordial para os jovens de 14 a
25 anos.
Para aqueles
que não querem realizar algum tipo de atividade temporária (29%),
os motivos que
prevaleceram para a escolha foram: prefere um emprego fixo (65%), não consegue
conciliar com outro trabalho (15%), não tem interesse (12%), está satisfeito
com a carga atual de trabalho (2%), está satisfeito com a remuneração (2%) e
outros (6%).
Contas
básicas e estudo entre as prioridades de quitação
Da massa que
busca o emprego temporário para quitar dívidas (9%), as contas de casa (como água,
luz e aluguel), aparecem como prioridade de quitação, com 50% de preferência. O
cartão de crédito, que era vilão dos gastos no ano passado, aparece logo na
sequência dos débitos, com 41%. A importância com o pagamento dos estudos
também aumentou em relação ao ano passado: saltou de 29% para 40% neste ano.
Quitar débitos em carnês é desejo de 21%. Despesas com saúde aparecem na
sequência, com 18% das intenções. O financiamento do carro soma 15% e as demais
despesas com veículo, 12%. Com 8%, o cheque especial vem logo depois. O
financiamento da casa é prioridade para 6% e, em último lugar, o cheque
pré-datado, com 1%.
Desse mesmo
estrato de endividados (9%), o levantamento conseguiu extrair o tamanho da
dívida contraída. Quase metade (48%) está com despesas que variam de R$ 1 mil a
R$ 3 mil, mesmo índice do ano passado. No patamar de R$ 3 mil a R$ 5 mil, há
11% contra 19% em 2014. No estrato daqueles com despesas superiores a R$ 5 mil,
12% neste ano ante 8% no período anterior. Os que declararam ter débitos de até
R$ 1 mil somaram 23% contra 19% no ano passado. Os que não quiseram responder
totalizaram 6%.
Entre as áreas
de maior interesse dos candidatos que pleiteiam um emprego temporário, aparecem
na preferência: comércio e varejo, serviços auxiliares, e atividades de
informática.
Confiança
em alta
Outro dado
levantado refere-se à confiança dos trabalhadores na busca por emprego. O
estudo aponta que 94% estão totalmente confiantes ou confiantes com a
possibilidade em conseguir uma ocupação no mercado de trabalho. Esse indicador
era de 80% nos dois anos anteriores do levantamento.
“Em tempos de
crise o brasileiro mostra realmente que não desiste nunca e prova ser muito
esperançoso, mesmo com todas as adversidades que vê pela frente. Comprova a
perseverança e crença em lutar naquilo que acredita”, finaliza Rafael.
VAGAS.com