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segunda-feira, 12 de junho de 2023

Quanto custa ficar doente nos EUA? Sistema de saúde é considerado um dos mais caros do mundo

Situações de urgência e emergência mais complexas custam entre US$ 35.000,00 e US$ 100.000,00

Custas médicas particulares podem ser de 5 a 100 vezes mais caras do que contratar um seguro viagem


Se adoecer nos Estados Unidos pode levar um estadunidense sem seguro saúde à falência, imagine um brasileiro durante uma viagem de turismo ou negócios. Listado entre os países com o sistema de saúde mais caro do mundo, uma consulta em domicílio para tratar sintomas comuns de gripe, por exemplo, custa US$ 300,00, em média, de acordo com dados da Omint Seguros.


Contudo, se a situação necessitar de um atendimento clínico mais específico, os valores podem ir de US$ 1.050,00 a US$ 30.000,00. Agora, se for alguma urgência ou emergência mais complexa que demande um atendimento especializado, como uma cirurgia, os valores podem chegar até a US$ 100.000,00, o que equivale a quase R$ 500.000,00 no câmbio atual, sem contabilizar os gastos com medicamentos.


Cada vez mais os brasileiros estão planejando viajar para os Estados Unidos. Com visto obrigatório, São Paulo é o estado que possui o maior tempo de espera para agendar a entrevista no Consulado Americano: são 556 dias. Embora haja tal gargalo na emissão de vistos, o número de turistas brasileiros deve aumentar 19% neste ano.


“A espera pelo visto e os custos de uma viagem internacional não têm inibido os brasileiros de viajarem. Por isso, precisamos reforçar a importância do seguro viagem, já que adoecer nos Estados Unidos pode custar de 5 a 100 vezes o valor do bilhete de um seguro viagem bem estruturado e não temos controle do que pode acontecer”, alerta Tiago Godinho, Gerente de Seguros de Vida Individual e Viagem da Omint Seguros.


O que considerar ao contratar um seguro viagem

No mercado brasileiro, há várias opções de seguro viagem, mas o executivo afirma que é preciso ter muita cautela ao contratar um. “Existe uma diferença entre ter um seguro e estar protegido de fato. É preciso considerar algumas variáveis na contratação: destino, tipo de viagem, coberturas e capital segurado”, explica.

O especialista em seguro viagem da Omint Seguros comenta que não existe a obrigatoriedade do seguro viagem para entrar nos EUA. “Algumas pessoas acabam deixando de contratar o seguro viagem porque o País não exige, mas é aí que mora o perigo, pois em caso de urgência ou emergência, os custos de um atendimento podem ser bem altos. Recomendamos que, além de contratar o seguro viagem, independente do destino, é importante verificar o capital segurado, já que um local que possua uma medicina com custo elevado exige que o capital segurado seja mais robusto para cobrir os possíveis gastos em um momento de fragilidade”.

Godinho conclui. “As coberturas relacionadas às despesas médico-hospitalares e odontológicas são as essenciais em qualquer viagem. Porém, nós sempre reforçamos que é necessário estar atento a outras coberturas, como: assistência e ressarcimento em casos de extravio de bagagem, cobertura de cancelamento de viagem, entre outras”. 


Turismo aquecido

O ano de 2022 foi um período intenso de recuperação para o turismo: dados da CNSeg mostram que o seguro viagem movimentou R$ 901,22 milhões em prêmios recebidos, 166,70% a mais que em 2021. Nessa curva ascendente, a vertical de seguro viagem da Omint Seguros cresceu 224% em receita em 2022, na comparação com o ano anterior. Já no primeiro trimestre de 2023, o faturamento do Omint Seguro Viagem teve um crescimento de 17% no comparativo do mesmo período do ano anterior.

“O setor de serviços, ao qual o turismo está atrelado, colaborou para a alta do PIB em 2022 após a retomada das atividades que permaneceram em hiato durante a pandemia, de acordo com o IBGE. Após esse reaquecimento, 2023 tem potencial para ultrapassar os números pré-pandemia seja para viagens turísticas ou corporativas”, finaliza Godinho.

 

Omint Seguros.


Remuneração estratégica variável: as empresas deveriam considerá-la?

Para vice-presidente do SERAC, a estratégia ajuda a reconhecer e reter colaboradores


A remuneração é uma ferramenta importante para a manutenção de colaboradores em qualquer empresa, mas ela pode ser trabalhada para potencializar alguns objetivos, como reconhecer o trabalho dos colaboradores e diminuir o turnover, contribuindo para a retenção da equipe. 

De acordo com Carla Martins, vice-presidente do SERAC, é muito importante que as empresas avaliem a remuneração estratégica variável como uma ferramenta poderosa para reconhecer o resultado do trabalho de um colaborador ou da organização em geral. “Entendo que ela pode começar pelas empresas familiares. Existem muitos pais que dão salário fixo para os filhos, mas eu acredito na importância da remuneração variável. Se o filho se sente parte do negócio e pode ganhar mais, ele vai querer fazer dar certo. Além de tudo, é o sucessor do negócio, então por que não valorizá-lo?”, analisa.

No SERAC, a prática da remuneração variável começou em família, foi potencializada e levada para os colaboradores. “Nossos gerentes, por exemplo, recebem remuneração 100% variável. Os analistas recebem uma parte fixa e outra variável, que tem a ver com entregas, comportamento etc.”, explica Carla. 

Ela acredita que cada pessoa na organização precisa ser responsável por ao menos uma parte da remuneração que recebe. “A remuneração estratégica é bem alinhada com a cultura e visão de cada empresa, então se você quer crescer muito em número de clientes, mas seu funcionário não ganha um real a mais com o cliente que conquista, mantém ou atende com excelência, para ele tanto faz. Na verdade, para ele é até pior porque vai trabalhar mais e não será reconhecido financeiramente por isso”, avalia.

Para a vice-presidente do SERAC, a remuneração variável estratégica pode ser usada por qualquer empresa como uma ferramenta para reduzir custos do RH ou fomentar o negócio. “Nós procuramos usar como um incentivo em diversos momentos, desde quando alguém faz indicações até quando conquista grandes resultados”, finaliza. 



Carla Martins - É vice-presidente do SERAC, especialista em pessoas e processos, comandando a alta liderança da organização de quase 300 colaboradores. Acredita que a liderança estratégica é a grande propulsora do crescimento das organizações e por isso é mentora e palestrante de gestão de times de alta performance e criadora do Método 4RS de RH. Carla é contabilista formada em Marketing pela ESPM e pós graduada em Big Data e Marketing. @soucarlamartins

SERAC
Instagram: @sou_serac


Atacarejos crescem e se confundem com supermercados

Spani/divulgação
Modelo de loja com preço mais baixo, que nasceu para atender pequenos comerciantes, está cada vez mais parecido com o de um supermercado, com risco de custo maior e perda de essência


Um modelo de loja que surgiu há décadas e caiu no gosto do brasileiro é o chamado atacarejo que, como o próprio nome diz, mistura a venda no atacado e no varejo.

Em um país no qual boa parte da população luta para que o salário dure até o final do mês, nada mais natural do que procurar estabelecimentos que ofereçam preços mais baixos.

Com áreas entre 4 mil e 6 mil metros quadrados e custos 15% menores, em média, os atacarejos se multiplicaram no país, com desempenho de causar inveja de outros setores.

No Estado de São Paulo, os também chamados cash and carry representam cerca de 30% de toda a venda do varejo alimentar, que foi da ordem de R$ 307 bilhões no ano passado.

Este levantamento é da Varejo 360, empresa que utiliza inteligência artificial para fazer pesquisa de mercado a partir de tíquetes de compras fornecidos por consumidores.

Somente no Estado de São Paulo, portanto, os atacarejos venderam cerca de R$ 76 bilhões no ano passado, número que deve crescer dois dígitos neste ano, mantido o resultado até abril.

No primeiro quadrimestre deste ano, o faturamento do setor cresceu 10% em relação a igual período do ano passado, considerando as mesmas lojas, e 23,4% somando as novas.

Em abril do ano passado, eram 478 lojas no Estado de São Paulo, número que subiu para 522 em abril deste ano, ou 44 unidades a mais, de acordo com a Varejo 360.

A rede Assaí foi a que abriu mais loja no período (23), seguida pelas redes Atacadão (11), Tenda (4), Roldão (2), Tonin (2), Esperança (1), Mercadão (1), Giga (1), Bem Barato (1) e outras.

CIDADES

Em algumas cidades paulistas, os atacarejos chegam a representar até 62% de toda a venda do varejo alimentar, como é o caso de Jandira, com lojas do Assaí, Atacadão e Roldão.

Municípios em que a participação supera 50% são: Praia Grande (60%), Itanhaém (57%), Ribeirão Pires (56%), Guaratinguetá (54%), Taboão da Serra (53%) e Cotia (52%).

Em Mauá e em Santa Barbara D´Oeste, a venda dos atacarejos corresponde à metade de toda a venda do varejo alimentar e, em Várzea Paulista, representa 49%, de acordo com a Varejo 360.

Em São Paulo, a participação é de 28%, em São Bernardo do Campo, de 44%, em São José dos Campos, de 37%, em Santo André, de 40%, em Sorocaba, de 25% e, em Campinas, de 31%.

Além das redes Assaí, Atacadão e Roldão, disputam o mercado de cash and carry nessas cidades as redes Tenda, Spani, Mais, Mercadão, Brasileirão, Giga, São Jorge, Vencedor e Higa.


NEGÓCIOS

Evidentemente, todos esses números estimulam a expansão e os negócios no setor. Em janeiro deste ano, o grupo paranaense Muffato adquiriu 16 lojas da rede atacadista Makro.

Com a aquisição, a empresa se prepara para disputar o mercado de atacarejo em São Paulo e interior, com a bandeira Max Atacadista.

O grupo catarinense Pereira, com forte atuação na região Centro-Oeste do país, entrou no Estado de São Paulo ao abrir a sua primeira loja, a Fort Atacadista, em Jundiaí.  

O grupo Savegnago adquiriu do grupo Peralta 14 lojas da bandeira Paulistão, localizada no interior paulista, das quais duas unidades serão transformadas em atacarejo.

Fora do Estado, o mercado de cash and carry também está em expansão. A rede Zaffari, do Rio Grande do Sul, acaba de inaugurar a sua primeira loja em Gravataí com a bandeira Cestto.

A rede catarinense Angeloni também anunciou, no início deste ano, a sua entrada no mercado de atacarejo com a bandeira Super A Atacadista, em Blumenau (SC). 

A holding SMR, controlada pelo fundo de investimento Pátria Private Equity, que adquiriu a rede Supermercados Avenida, com 21 lojas no interior de São Paulo, também está de olho neste mercado.

Diário do Comércio apurou que o fundo estaria prestes a anunciar a compra de uma rede de atacarejo.

“Todo esse movimento revela que deve ter muita briga pela frente. Redes que não estavam no mercado de atacarejo decidiram entrar”, diz Fernando Faro, fundador e COO da Varejo 360.

Com custos menores, diz, os atacarejos, geralmente, têm rentabilidade maior (entre 5% e 6% sobre a receita líquida) do que os supermercados (3%), em média.


MODELO EM XEQUE  

Apesar de até agora os cash and carry terem se revelado um bom negócio tanto para quem vende como para quem compra surgem dúvidas se este modelo de loja se sustenta.

Na corrida para oferecer cada vez mais serviços para os consumidores, o fato é que os atacarejos estão cada vez mais parecidos com os supermercados.

“Se oferecem mais serviços, os cash and carry correm o risco de ficar com os mesmos custos e, consequentemente, com os mesmos preços dos supermercados”, afirma Faro.

“E, se os preços são parecidos, o consumidor vai pensar duas vezes antes de se deslocar para uma loja mais longe de casa”, diz Marcos Escudeiro, professor e conselheiro de empresas.

Nos anos 80, a rede holandesa Makro foi uma das pioneiras na venda self-service para pequenos empresários, como donos de padarias, restaurantes e mercadinhos.

Como os preços chegavam a ser até 30% menores do que os dos supermercados, famílias começaram a se reunir para formar pools de compras mediante a apresentação de algum CNPJ.

Diante de um mercado que parecia muito promissor, empresas começaram a surgir de olho não apenas nos pequenos comerciantes, mas também nos consumidores.


MAPA

Se desconsiderar os municípios com menos de 50 mil habitantes, apenas 39 cidades ainda não possuem uma loja de atacarejo, de acordo com o levantamento da Varejo 360.

Este número sobe para 65, se desconsiderar as cidades com menos de 40 mil habitantes.

“Há 20 anos, todo o supermercadista queria ser um atacarejista. Hoje, todo o atacarejista quer ser um supermercadista”, afirma Ricardo Roldão, presidente do conselho do Roldão.

Com 40 lojas e um faturamento da ordem de R$ 4,5 bilhões, a rede se prepara para abrir mais quatro unidades neste ano.

As novas unidades serão localizadas em Indaiatuba (já inaugurada), São Vicente, São Bernardo do Campo e região de Pirituba, em São Paulo.

“Os pontos dessas lojas são bem distantes da concorrência. Só vamos expandir daqui para a frente nas chamadas áreas brancas”, afirma.

O modelo de loja cash and carry, de acordo com Roldão, vem mudando muito rapidamente em razão da corrida das redes para agradar cada vez mais os consumidores.

Há uns 20 anos, diz, a participação dos pequenos comerciantes representava cerca de 65% do faturamento das lojas e, dos consumidores, 35%. Hoje é exatamente o contrário.

“Não há dúvida que está tendo um desequilíbrio no ecossistema de canais, o que é perigoso, pois pode resultar em aumento de custo e desconfiguração do modelo”, afirma.

 O atacarejo nasceu para atender a compra de abastecimento e, ao oferecer serviços, como padarias, açougues e cafés, entra no atendimento de reposição.

“Quando um player quer abraçar tudo, fica complicado. Sinceramente, não sei como este mercado vai se comportar, talvez o modelo mude de nome e passe a se chamar loja do futuro.”

Márcio Milan, vice-presidente da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), diz que existe um movimento dos atacarejos para agregar serviços por exigência dos consumidores.

“Com a inflação mais alta, o cliente passou a fazer compra em mais canais e, para atender essa mudança de comportamento, alguns atacarejos aumentaram o mix de produtos.”

Outros, diz, não só ampliaram a oferta como passaram a oferecer serviços. O risco da loja é perder a sua característica, que é ter linhas adequadas ao tipo de negócio e preços menores.”


CRESCIMENTO MENOR

Com o cenário econômico atual, de acordo com Faro, não dá para esperar uma grande expansão do mercado de atacarejo como se tem visto até agora.

“Não consigo ver a entrada de novos consumidores. O que dá para prever é uma rede tirando cada vez mais cliente da outra ou dela mesma, caso tenha uma loja próxima da outra”, diz.

Em Mogi das Cruzes, por exemplo, a rede Assaí possui duas lojas localizadas a menos de dois quilômetros uma da outra.

Em Praia Grande, a cada um quilômetro mais ou menos tem um cash and carry.

“No Estado de São Paulo, já acendeu a luz amarela no setor de atacarejo. Os grandes players não vão conseguir crescer com as mesmas taxas do passado porque a base é alta”, diz.

A similaridade entre as lojas de supermercado e de atacarejo também ficam evidentes, de acordo com Escudeiro, nos rankings das associações que representam cada um desses setores.

No ranking da Abras (Associação Brasileira de Supermercados) de 2023, a rede Assaí aparece em segundo lugar, com faturamento de R$ 59,7 bilhões.

O Carrefour ocupa a primeira posição, com faturamento de R$ 108 bilhões.

No ranking da Abaas (Associação Brasileira dos Atacarejos), o Assaí também ocupa a segunda posição, com a receita de R$ 59,7 bilhões, atrás do Atacadão (R$ 74,5 bilhões).

Márcio Milan, vice-presidente da Abras, diz que a Abras representa todos os setores do varejo alimentar, não apenas supermercados, o que inclui também os atacarejos.

Para Roldão, do jeito que está o mercado, é provável que haja fusões não somente de empresas do setor, mas também de associações que representam o varejo alimentar.

Obviamente, diz ele, a lição que fica de todo este movimento no setor é o aumento dos serviços, sem aumentar custos. A sua rede, diz, já está correndo atrás disso.

 

Fátima Fernandes

https://dcomercio.com.br/publicacao/s/atacarejos-crescem-e-se-confundem-com-supermercados


Como gerenciar projetos de sucesso em cinco passos

Administrar um projeto pode ser comparado a pintar uma obra de arte: requer paciência, habilidade, criatividade e um senso aguçado de direção. Assim como o historiador brasileiro Leandro Karnal nos ensina que cada pessoa é um pintor de sua própria existência, você também é o artista que pode pintar a história do sucesso de seus projetos. 

Toda vez que vemos o resultado de um projeto bem executado, isto é, no prazo, no escopo e no custo corretos, dificilmente lembramos do seu gestor. Ao contrário do famoso pintor, que leva o crédito pelos seus quadros, o gestor de projetos costuma somente ser lembrado quando algo dá errado. Este texto é para colaborar com uma reparação histórica aos heróis dos projetos, tão esquecidos em algumas empresas. 

Além dessa reverência ao profissional, gostaria de compartilhar com vocês, que desejam trabalhar nessa nobre função, algumas recomendações práticas para gerir bem os projetos. Minhas dicas não excluem a leitura aprofundada de manuais e livros, nem eliminam a necessidade da realização de curso sobre o tema. Apenas compartilham um pouco da experiência de alguém que está nessa atividade desde o estágio, em 2005. 

Então, como transformamos projetos em obras-primas bem-sucedidas?

 

1. Defina seus objetivos claramente: Um bom pintor tem uma visão clara do que quer expressar em sua tela. De maneira semelhante, a gestão eficaz de projetos começa com uma compreensão clara dos objetivos do projeto. É aquela passagem que Edward Deming cita sobre a importância da visão sistêmica. Em projetos, assim como na gestão dos processos, isso é fundamental. Começar um projeto com os objetivos frouxos ou “flexíveis” em demasia é certeza de que haverá tensão e brigas no final.


2. Planeje antes de executar: Assim como um artista esboça antes de pintar, um gerente de projetos eficaz planeja antes de executar. Este passo envolve identificar tarefas, alocar recursos e definir prazos. Vale consultar sempre os especialistas em cada uma das atividades para estimar os prazos com coerência e responsabilidade. Afinal, “chutar” prazos para agradar às partes interessadas é empurrar problemas para o futuro. E, no futuro, esses danados costumam custar muito mais e serem mais penosos.

 

3. Exerça uma comunicação clara e eficaz: Comunicação é o pincel que um gerente de projetos usa para colorir o caminho do projeto. Ela garante que todos na equipe estejam na mesma página e que cada membro entenda seu papel no projeto. Gerentes de projetos eficazes são mestres nessa arte. Sentam com todos os envolvidos e arrumam tempo para alinhar os objetivos do projeto às metas individuais de cada um dos participantes. Sem esse alinhamento, o engajamento do time será baixo e a entrega ficará comprometida. Manobre para garantir que todos tenham compreendido claramente o que lhes é esperado.

 

4. Acompanhe e monitore o progresso: Assim como um artista revisa e aperfeiçoa seu trabalho, um gerente de projetos deve acompanhar e monitorar o progresso do projeto, fazendo ajustes conforme necessário para manter o projeto no caminho certo. Alterações são fundamentais ao longo do percurso, pois fatores inesperados acontecem com uma frequência maior do que desejamos. Agora, tome cuidado para não perder a mão. Mantenha todos alinhados em relação ao progresso e esclarecidos sobre os novos rumos. Como um pintor, pequenas alterações, como apagar um cachorro, até o Picasso fazia. Agora, o quadro precisa transmitir a mensagem para a qual ele foi pensado.

 

5. Cultive uma mentalidade de aprendizado contínuo: Como Karnal nos ensina, o aprendizado é um processo constante e vital. Como gerentes de projeto, devemos estar sempre prontos para aprender com nossas experiências e buscar maneiras de melhorar. Nesse ponto, os cursos de Lean Seis Sigma podem ser uma ferramenta poderosa para melhorar os processos de gestão de projetos. Não são antagônicos, mas complementares.

 Lembre-se: a gestão de projetos não é apenas uma ciência, mas também uma arte. Requer a habilidade de equilibrar múltiplos elementos e conduzir uma equipe para alcançar um objetivo comum. Assim como um pintor transforma uma tela em branco em uma obra-prima, um gerente de projetos habilidoso pode transformar uma visão em realidade. 

E, para concluir, saiba vender o seu esforço e de todos que participaram do projeto. Comemore com todos os envolvidos os resultados alcançados. Todos merecem compartilhar os ganhos alcançados com seus esforços.


Virgilio Marques dos Santos - um dos fundadores da FM2S, doutor, mestre e graduado em Engenharia Mecânica pela Unicamp e Master Black Belt pela mesma Universidade. Foi professor dos cursos de Black Belt, Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da Unicamp, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação. Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de bebidas e foi um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica.


Meia estação e a temperatura da água no chuveiro: qual a ideal para não prejudicar a saúde?

Época do ano em que o clima está mais ameno, indicação de especialistas é que a água fique em torno de 35ºC e 38ºC, dependendo da região. Banhos muito quentes podem causar danos à pele, ao cabelo e afetar a pressão arterial, além de aumentar o consumo de energia


Embora as condições climáticas não estejam tão definidas como há algumas décadas, o outono é marcado por um clima mais ameno, ventos, redução das chuvas e menor incidência dos raios solares, o que torna os dias mais curtos em relação às noites. E é durante o banho um dos momentos em que mais sentimos a transição de estações: a água deixa de ser fria e requer um aumento na sua temperatura. A mudança é simples, mas precisa ser feita com cautela para prevenir consequências adversas à saúde – e ao bolso. 

A medicina considera vários aspectos ao analisar a temperatura ideal para o banho, levando em consideração os efeitos sobre a pele, a circulação sanguínea e o sistema nervoso. A temperatura ideal para o chuveiro durante a meia estação varia de acordo com as condições físicas pessoais e climáticas. Para muitas pessoas, a temperatura ideal para um banho confortável durante a meia estação gira em torno de 35ºC a 38ºC - uma faixa que oferece uma sensação agradável e relaxante, sem ser fria ou quente. 

“Claro que é importante levar em consideração fatores como a sensibilidade da pele e o clima do ambiente. Mas é imprescindível ficar atento à temperatura da água do chuveiro. Há quem aumente um pouco mais do que o necessário, mas de acordo com as consultorias que fazemos com dermatologistas, sempre há a orientação de não utilizar água muito quente durante o banho, por questões de saúde”, comenta Enio Bernardes, diretor da Sintex, indústria de duchas e torneiras com mais de 80 anos no mercado.

Apesar de ser indicada para relaxar os músculos e dilatar os vasos sanguíneos, auxiliando na circulação, a água muito quente pode causar queimaduras e irritações na pele; em pessoas com problemas cardiovasculares, pode ocorrer o aumento da pressão arterial e causar desconforto. 


Economia de energia 

Na meia estação, além da escolha da temperatura do chuveiro ser mais flexível, é também um período que traz a oportunidade de economizar no bolso. Ajustar adequadamente o chuveiro para um nível de água confortável, mas moderado, pode ajudar a reduzir o consumo de energia. 

Uma boa estratégia para garantir uma conta de energia longe dos valores altos é optar por equipamentos que ofereçam uma boa potência e ampla regulagem de temperatura do zero ao máximo, como por exemplo, a Ducha Eletrônica produzida pela Sintex. O equipamento foi eleito em uma pesquisa como a segunda melhor compra do gênero no e-commerce em 2023, pelo seu valor, eficiência, segurança e controle de gasto com energia.   

“É um produto que proporciona ótimos custos-benefícios. Com uma potência que pode chegar a 7000 W, atende todas as regiões do país, principalmente as serranas, mais frias. Por possibilitar a regulagem da temperatura através de uma haste móvel com o equipamento ligado, garantindo conforto e segurança durante o banho, a temperatura da água aumenta gradualmente até o ponto desejado, o que evita aquecimento em excesso e um controle maior sobre o gasto de energia”, avalia Enio.


Sintex
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Redbelt Security alerta casais para intensificar cuidados com golpes relacionados ao Dia dos Namorados

 Nesta data, os cibercriminosos se aproveitam de duas das maiores vulnerabilidades humanas – a carência e a necessidade de mostrar afeto – para enganar as pessoas e roubar seus dados pessoas, especialmente sensíveis, para cometer as mais variadas fraudes e golpes. Por isso, não é à toa que a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP), constatou que, em 2022, 9 em cada 10 sequestros realizados estavam relacionados a golpes em aplicativos de relacionamento 

 

Com a proximidade do Dia dos Namorados é importante redobrar a atenção com os possíveis golpes relacionados a esta data que os criminosos podem colocar em prática. Os apaixonados, que decidem presentear seus pares, podem ser vítimas desde o mais comum, o tradicional phishing, no qual os cibercriminosos criam campanhas personalizadas em sites de comércio eletrônico e similares a fim de realizar vendas fraudulentas e roubar as credenciais dos usuários, até golpes e fraudes “amorosas”, direcionados a usuários individuais em redes sociais e, principalmente, em aplicativos de namoro, que nesta época, batem recordes de downloads e usuários ativos.  

“Esses golpes “amorosos” são mais sofisticados e se caracterizam principalmente pela forma de interação com os alvos em potencial, pois o criminoso observa as páginas das redes sociais ou o perfil do site de relacionamento dos indivíduos, hospeda um conteúdo on-line que seja de interesse e aguarda que as pessoas informem ali dados pessoais e afins. Ou seja, nestes golpes de relacionamento, a fraude depende 100% da interação do atacante com cada vítima especifica, utilizando técnicas de engenharia social”, explica Marcos de Almeida, gerente de Red Team da Redbelt Security. 

A sofisticação dos golpes justifica o fato dos dados Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) registrar que, somente em 2022, 9 em cada dez sequestros ocorridos no estado estarem relacionados a golpes em aplicativos de relacionamento. “Os criminosos são muito hábeis em criar perfis falsos com histórias emocionais para ganhar a confiança das vítimas. Eles se passam por pessoas interessadas em relacionamentos sérios, envolvem emocionalmente os usuários e conseguem acesso a informações pessoais e dados sensíveis”, explica Almeida.

Segundo o executivo da Redbelt Security, consultoria especializada em segurança da informação e na oferta de serviços gerenciados de cibersegurança, entre os golpes mais comuns estão:

  • Romance Scam - nesse tipo de golpe o criminoso cria um perfil falso em uma plataforma de relacionamentos e estabelece um vínculo emocional com a vítima. Depois de ganhar sua confiança, o golpista pode solicitar dinheiro para situações urgentes, como tratamentos médicos ou problemas financeiros. Quando a transferência é feita, o criminoso desaparece.
  • Phishing amoroso - os golpistas enviam mensagens falsas em nome de aplicativos de namoro populares, solicitando informações pessoais, como senhas e números de cartão de crédito, alegando a necessidade de atualizar o perfil para garantir a segurança. Com esses dados, podem cometer fraudes financeiras. 
  • Sextortion - o golpista estabelece um relacionamento virtual com a vítima e, por meio de conversas íntimas, obtém fotos ou vídeos comprometedores. Em seguida, ameaça divulgar esse conteúdo publicamente, a menos que a pessoa pague uma determinada quantia. Em alguns casos, eles chegam a ameaçar enviar tal conteúdo para seguidores e amigos do alvo.
  • Sequestros e roubos - neste tipo de golpe, o cenário é o mesmo dos anteriores, porém, o crime extrapola as barreiras do mundo virtual. Os criminosos marcam um encontro presencial com a vítima e, em seguida, podem sequestrá-la, assaltá-la ou até mesmo aplicar o conhecido “Boa noite, Cinderela”. Para isso, muitas vezes atuam em grupo, e com ajuda de um homem ou mulher, que possuem o perfil real no aplicativo de namoro ou rede social.

Cuidados fundamentais

Para evitar cair nesses golpes, é importante tomar algumas precauções, como: 

  • Desconfie de perfis suspeitos - verifique cuidadosamente os perfis antes de se envolver emocionalmente com alguém. Pesquise informações sobre a pessoa em outras redes sociais e faça perguntas para confirmar a autenticidade. 
  • Mantenha suas informações pessoais seguras - nunca compartilhe senhas, dados bancários ou informações pessoais sensíveis, como nome dos pais, região da cidade que mora, doenças na família, informações sobre rotinas diárias etc. com pessoas desconhecidas em aplicativos de namoro ou redes sociais.
  • Use a internet a seu favor - prefira realizar os primeiros contatos por meio de redes sociais, antes de fornecer o número de celular, porque só esse número já é suficiente para o criminoso obter diversas informações sensíveis, como nome completo, endereço, CPF, RG e afins.
  • Tenha cuidado com solicitações de dinheiro - desconfie de qualquer pedido de dinheiro, mesmo que pareça urgente e legítimo. Procure verificar a situação com pessoas de confiança antes de agir.
  • Seja cauteloso com conteúdo íntimo - evite compartilhar fotos ou vídeos comprometedores com pessoas desconhecidas. Lembre-se de que uma vez que o conteúdo é compartilhado se perde o controle sobre ele.
  • Denuncie suspeitas – caso suspeite de um golpe amoroso ou identifique um perfil falso, denuncie à plataforma em que ocorreu o contato e, se necessário, às autoridades competentes.
“Com o crescimento exponencial das ameaças cibernéticas nos últimos anos, especialmente em datas comemorativas, é essencial que empresas e consumidores se mantenham sempre atentos em relação aos cuidados necessários para garantir sua segurança cibernética, de familiares, amigos e pessoas que se relacionam. Estas dicas são válidas para prevenir golpes e fraudes relativas ao Dia dos Namorados, mas a preocupação em evitar vulnerabilidades e riscos relacionados ao vazamento de dados e invasão de privacidade devem fazer parte do cotidiano de pessoas físicas e jurídicas”, reforça o especialista da Redbelt Security. 


Investigação pelo CADE de abuso de posição dominante por Big Techs

Em 02/05/2023, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) instaurou um procedimento preparatório de inquérito administrativo contra o Google e a Meta, para o fim de investigar a alegada prática de infrações à ordem econômica, no âmbito das discussões do Projeto de Lei (PL) 2.630/2020, também conhecido como “PL das Fake News”.

Incumbe à Superintendência-Geral (SG) do CADE conduzir procedimentos da referida natureza, coletando elementos sobre as condutas de investigados no prazo de 30 dias e, conforme o caso, decidir pelo arquivamento da investigação ou pela instauração de um inquérito. O inquérito, em que se aprofundam as investigações em até 180 dias, pode levar a um processo administrativo, se constatados indícios de práticas lesivas ao mercado.

O Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência foi acionado por denúncias recebidas pelo CADE de que as referidas empresas estariam se utilizando do controle dos algoritmos de suas plataformas digitais (Google, YouTube, Facebook, Instagram etc.) para manipular a informação que chegava aos usuários acerca do PL 2.630, favorecendo conteúdos críticos ao texto e dificultando a publicação em redes sociais de posições a ele favoráveis. Nesse sentido, um estudo realizado pelo Net Lab (Laboratório de Estudos e Internet e Mídias Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro) identificou que as plataformas estariam burlando suas próprias regras internas de publicidade para divulgar mensagens contrárias ao PL.

Assim sendo, as diversas iniciativas ostensivas adotadas pelas mencionadas plataformas (como o disparo automático de mensagens, a inclusão de links com críticas ao PL na página inicial do buscador do Google e a inserção de propagandas em áudio no Spotify) levaram o órgão de defesa econômica (CADE) a instaurar procedimento para apurar se tais condutas poderiam ser enquadradas como uma infração à ordem econômica.

O controle de condutas anticompetitivas tem fundamento constitucional, uma vez que o artigo 173, parágrafo 4°, da Constituição Federal estabelece que a lei “reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros”. Nesse sentido, a Lei 12.529/2011, que estrutura o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência e dispõe sobre a prevenção e repressão às infrações econômicas, estabelece, em seu artigo 36, o conceito de infração à ordem econômica, baseado nos possíveis efeitos de condutas adotadas por empresas com posição dominante:

Art. 36. Constituem infração da ordem econômica, independentemente de culpa, os atos sob qualquer forma manifestados, que tenham por objeto ou possam produzir os seguintes efeitos, ainda que não sejam alcançados: I - limitar, falsear ou de qualquer forma prejudicar a livre concorrência ou a livre iniciativa; II - dominar mercado relevante de bens ou serviços; III - aumentar arbitrariamente os lucros; e IV - exercer de forma abusiva posição dominante.

Entende-se que uma empresa ou grupo de empresas detém posição dominante quando controla uma parcela significativa do mercado relevante, o que lhe permite, deliberada e unilateralmente, alterar as condições desse mercado, ou quando controla 20% ou mais do mercado relevante em questão.

É incontroverso que o Google e a Meta são empresas de enorme poder econômico e grande influência no mercado global de serviços digitais. A Meta detém o Facebook, o WhatsApp e o Instagram, sendo que aproximadamente 3,7 bilhões de pessoas utilizam ao menos uma dessas redes sociais (conforme a própria Meta divulgou em outubro de 2022), o que a torna detentora de 3 das 6 maiores empresas no setor, congregando 75% dos usuários da Internet. Por sua vez, a impressionante participação do Google no segmento das plataformas de busca pode ser verificada a partir da análise do gráfico abaixo, que evidencia que ele, há mais de 10 anos, detém aproximadamente 90% de participação no mercado global do setor.

Embora a posição dominante seja evidente, a lei brasileira não define claramente no que consiste seu exercício “de forma abusiva”. As medidas adotadas pelo Google e pela Meta na discussão do PL 2630 não se enquadram explicitamente em nenhuma das 19 condutas elencadas no rol do artigo 36, parágrafo terceiro, da Lei 12.529/2011 como infrações à ordem econômica. Contudo, tal rol é meramente exemplificativo, e, diferentemente do que ocorre com normas sancionadoras de outras áreas (especialmente do Direito Penal), os ilícitos concorrenciais não foram tipificados de forma taxativa, sendo antes definidos a partir de uma análise dos efeitos concretos de uma conduta questionada.

Não é a primeira vez que o Google é notificado por condutas consideradas abusivas no Brasil. No caso do Google Shopping, por exemplo, foi acusado de utilizar sua posição dominante para aparecer nos primeiros resultados das buscas orgânicas do site, mas o CADE decidiu não aplicar qualquer penalidade à empresa, dada a inexistência de dano evidente.

A discussão não se limita ao mercado brasileiro. No cenário internacional, em 2017, a Comissão Europeia aplicou uma multa de 2,42 bilhões de euros ao Google, por se aproveitar de sua posição dominante no mercado de buscas, para distorcer os resultados e favorecer seus próprios serviços. Em outubro de 2020, por sua vez, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos iniciou um processo contra o Google por violação da lei antitruste estadunidense (Sherman Act).

Apesar da enorme parcela do mercado controlado pelo Google, a empresa se defendeu publicamente das acusações de monopólio feitas pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, primeiramente por meio de uma postagem feita por seu presidente, Kent Walker, no Blog oficial da empresa. O post foi divulgado na mesma data em que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos comunicou à imprensa sobre o início do processo. Continha um argumento simples: “as pessoas usam o Google porque querem, não porque precisam”. Ademais, a empresa também criou em seu blog oficial uma página permanente destinada a prestar informações sobre sua política relacionada à disciplina jurídica da competição nos Estados Unidos. Na página intitulada “Fatos sobre o Google e competição”, a empresa sustenta que, como os serviços oferecidos pelo Google são gratuitos, sua posição dominante não se traduz em prejuízos ao consumidor, o que seria indispensável para a caracterização de uma posição dominante como ilegal segundo a lei estadunidense.

Há que se destacar, porém, que a gratuidade dos serviços oferecidos pelas plataformas é apenas aparente, já que, ainda que não haja contraprestação pecuniária pelos serviços, os usuários “pagam” por eles na medida em que concedem um poder praticamente ilimitado na definição sobre quais as informações serão coletadas e utilizadas, assim como sobre quais informações serão difundidas através de seus canais. A falta de concorrência na Internet impede os usuários de exercerem o direito de escolha e buscarem empresas alternativas com políticas de coletas de dados menos invasivas ou por uma moderação de conteúdo mais transparente.

Enfim, caberá ao CADE determinar se as manifestações do Google e da Meta em desfavor do PL 2.630 podem ser consideradas condutas anticoncorrenciais ou se se trata de condutas legítimas tuteladas pelo direito à liberdade de expressão, de que também são titulares. Para verificar o enquadramento enquanto infração à ordem econômica, a análise deverá avaliar os efeitos pretendidos pelas duas Big Techs quanto ao PL, isto é, se visaram, ao difundir as mensagens contrárias, prejudicar a livre concorrência e iniciativa, dominar o mercado e aumentar arbitrariamente seus lucros. Se instaurado o processo e constatada a infração, poderão ser multadas em até 20% dos respectivos faturamentos brutos do último ano.

 

Michele Hastreiter - advogada, e Lorena Hauser, estudante de Direito, fazem parte da equipe da área Societária da Andersen Ballão Advocacia.

 

Confira seis pontos necessários para que o Brasil possa desenvolver as tecnologias de Captura e Armazenamento de Carbono (CCS)

As cofundadoras da CCS Brasil, organização que visa promover o cenário do CCS, destacaram os pontos principais no 1º Relatório Anual sobre esse segmento

 

O mercado de Captura e Armazenamento de Carbono (CCS) no Brasil ainda precisa passar por uma série de regulamentações e conseguir mais incentivos para que possa se desenvolver e proporcionar avanços de impacto em relação à descarbonização em diversos setores. Essas são as conclusões da CCS Brasil, organização sem fins lucrativos que visa desenvolver o cenário de CCS no país. “Ainda é necessário dar alguns passos fundamentais para criar as bases para um ambiente institucional favorável a projetos de CCS e construir capacidades nos diversos setores da sociedade”, explicam Isabela Morbach e Nathalia Weber, cofundadoras. Em maio, a organização publicou o 1º Relatório Anual de CCS no Brasil, documento que trouxe seis pontos principais para o avanço desse setor. Confira abaixo quais os principais:



- Para incentivar a implementação de projetos de CCS, é fundamental que seja estabelecida uma regulação clara, em especial para o armazenamento geológico de CO2. “É fundamental o avanço da tramitação do PL 1425/2022, com o devido debate com as empresas e com a sociedade, trazendo segurança jurídica para projetos de CCS”, afirma Isabela Morbach. Recentemente, o projeto foi aprovado, com emendas, pela Comissão de Infraestrutura do Senado e agora deverá ser votado na Comissão do Meio Ambiente. Entre os pontos mais necessários para a regulação estão os procedimentos e condições para outorga de exploração do reservatório geológico para fins de armazenamento de CO2; a definição de autoridade reguladora e fiscalizadora da operação de injeção; os critérios de encerramento completo da operação e transferência dos reservatórios de volta para o Poder Público; e a definição de diretrizes ambientais para fins de licenciamento dos futuros projetos.

- Um mercado de carbono efetivo pode incentivar a implementação de projetos de CCS, fornecendo uma fonte de receita para essas atividades. Uma das alternativas é que isso seja feito por meio da criação de um sistema de créditos de carbono que reconheça e valorize os projetos de CCS.

- Mapear oportunidades e realizar um levantamento das áreas com maior potencial para o armazenamento geológico de CO2 e suas estimativas de capacidade é fundamental para identificar as oportunidades para projetos de CCS. Para além da regulação, também é importante ter clareza de quais e como serão definidas as obrigações de redução de emissões de CO2 nacionais.

- A estruturação da cadeia de CCS, em todas as suas etapas, é capital intensiva. “A necessidade de altos investimentos com a aquisição de equipamentos para viabilizar rotas de CCS pode ser impulsionada pela criação de financiamentos incentivados por bancos de desenvolvimento, reforçando o papel do Estado no estímulo à descarbonização da economia”, ressalta Nathalia. Os incentivos para projetos de CCS podem vir na forma de financiamentos subsidiados, descontos fiscais, leilões para aquisição de créditos de carbono e outras medidas que reduzam os custos de implantação e operação dos projetos.

- A divulgação de informações sobre o CCS e seu papel para a mitigação das mudanças climáticas é essencial. “A conscientização do público sobre a importância de reduzir as emissões de CO2 e sobre o papel de CCS é crucial para o engajamento social e de entidades públicas e privadas, que podem incentivar a implementação de projetos”, destaca Isabela.

- O desenvolvimento de tecnologias nacionais de captura de carbono mais eficientes e de menor custo tem papel relevante para tornar CCS uma opção mais viável para as empresas que buscam alternativas de descarbonização. “O Brasil possui centros de pesquisa de excelência que podem contribuir muito nesse aspecto e, ainda, no processo de formação da mão-de-obra necessária aos projetos”, diz Nathalia Weber.

No Relatório sobre CCS no Brasil, as especialistas destacam o grande potencial para o desenvolvimento da Captura e Armazenamento de Carbono no país, com vantagens competitivas em diversas áreas. Segundo elas, além do potencial das empresas petrolíferas, diversas indústrias-chave difíceis de descarbonizar, como a siderurgia, cimento, indústria química e de fertilizantes, podem ser beneficiadas pela cadeia de CCS. “O Brasil ainda possui forte vocação para a produção de etanol, que pode incluir a captura de CO2, além de uma grande capacidade para a produção de hidrogênio de baixo carbono que pode ser utilizado como combustível limpo em vários setores”, afirmam as cofundadoras da CCS Brasil.

Porém, elas destacam que o ritmo do desenvolvimento de projetos de CCS pode variar de acordo com os setores e regiões do país e desafios específicos de cada área. “Precisamos de um esforço coordenado e colaborativo entre empresas, governo e sociedade civil para superar esses desafios e aproveitar ao máximo as vantagens competitivas do país em tecnologias de baixo carbono, considerar as perspectivas de diversos stakeholders envolvidos visando a construção de soluções que atendam às necessidades de todas as partes envolvidas e promovam o desenvolvimento socioeconômico de forma justa e equitativa”, finalizam.


CCS Brasil


Background check pode detectar casos de falsos médicos

Especialista explica porque e como a checagem de antecedentes deve ser realizada por unidades de saúde

 

Na última terça-feira (30/05), em na cidade de São Paulo, uma mulher foi presa por estar atuando falsamente como médica e receitando medicamentos e exames. A mulher possuía o nome e sobrenome de uma médica e utilizava o CRM desta para exercer a profissão ilegalmente. Ela também divulgava o trabalho nas redes sociais.

De acordo com o Código Penal, o exercício ilegal de medicina é praticado por falsos profissionais que utilizam credenciais que não pertencem a eles, profissionais especializados em uma área, mas exercendo a medicina em outra, assim como o médico que se formou no exterior, mas não realizou o Revalida. 

Porém, a checagem de antecedentes – conhecida como background check – é uma ferramenta que pode ajudar na contratação de profissionais da área da saúde. O propósito dessa verificação é prevenir atos contra pacientes e manter transparente a reputação de uma unidade de saúde. Por meio da verificação, é possível evitar crimes como abusos sexuais, falsidade ideológica e golpes nas instituições do setor. 

“Vemos muitas vezes casos de supostos profissionais de saúde, que falsificam documentos para trabalhar na área. O background check consegue verificar se esse profissional é quem realmente ele diz ser, se suas credenciais e documentos batem com os apresentados e se possuem antecedentes, minimizando os riscos de falsidade ideológica, abusos, crimes de corrupção, entre outros”, comenta Francisco Fernandes, head de Background Check do Grupo IAUDIT.

Segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), entre 2015 e 2021, foram 177 casos de abuso sexual denunciados às autoridade do Rio de Janeiro, ou seja, trata-se de uma denúncia de abuso praticada em unidades de saúde a cada 14 dias. Porém, o número de casos reais é ainda maior, visto que o Fórum Brasileiro de Segurança Pública afirma que apenas 10% dos crimes são notificados no país.


Checagem de antecedentes previne a atuação de falsos médicos

Os casos de falsos médicos atuando são notícia no Brasil a cada ano. Somente em 2021, apenas no Rio Grande do Sul, o Conselho Regional de Medicina do Estado (Cremers) recebeu 47 denúncias de exercício ilegal de medicina. Existem vários impactos negativos para as instituições quando o background check não é feito de forma correta ou simplesmente não é realizado. 

“As consequências podem chegar nas seguintes áreas: crimes contra pacientes, vazamento de dados (tanto de pacientes quanto de colaboradores), descumprimento da LGPD, maiores chances de crimes de corrupção, além da possibilidade de contratação de um falso profissional”, explica Fernandes.

Aliás, a checagem de antecedentes também pode ser feita na busca de fornecedores, parceiros e no processo de onboarding de clientes – para instituições privadas. Para o uso da ferramenta na área da saúde, alguns cuidados a mais devem ser tomados na hora de realizar o processo. 

“O background check é personalizado com aquilo que é mais relevante para cada instituição. Para a área de saúde, além das mais de 200 fontes oferecidas pelo processo, é imprescindível a checagem do CRM, bem como de antecedentes criminais”, fundamenta o especialista.

No entanto, o processo de checagem de antecedentes, muitas vezes, é feito pela própria instituição contratante de maneira manual, o que faz com que o risco seja alto, de acordo com o head de Background Check do Grupo IAUDIT. 

“A diferença do processo de background check oferecido por uma empresa especializada é que essas têm preparo correto para utilizar tecnologia e buscar, em um maior número de fontes, apontar e detalhar possíveis inconsistências de maneira mais assertiva, o que reduz o risco na hora da contratação de um profissional ou parceiro”, finaliza ele.

 

Grupo IAUDIT
https://www.iaudit.com.br/

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