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sexta-feira, 9 de junho de 2023

Aumenta a violência sexual contra crianças e adolescentes no Brasil


Em 13 de junho, das 7h às 13h, no Terminal da EMTU – Metrô Jabaquara, em ação da  II Semana de “Conscientização e mobilização em prol do desenvolvimento saudável e de prevenção e combate à violência contra crianças e adolescentes da cidade de São Paulo” será realizado um mutirão de de combate à violência digital às crianças e aos adolescentes.


O objetivo é esclarecer os cidadãos, particularmente pais e tutores, quanto a ameaças recorrentes no universo digital e orientá-los sobre como combatê-las para proteger seus filhos.


Denominado de Infância, eu abraço o mutirão será interprofissional com participação e apoio de instituições da sociedade civil, entidades médicas, como a Academia Brasileira de Neurologia, Sociedade Brasileira de Pediatria, Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, Associação Paulista de Medicina, entre outras (www.instituto-omp.org.br/infanciaeuabraco). A organização é da ONG Instituto Olinto Marques de Paulo e da Sociedade de Pedriatria de São Paulo.


         A recepção às crianças, pais e responsáveis será calorosa:

·      Balões coloridos para as crianças.

·      Distribuição de rosas brancas, simbolizando a paz, às mães, aos pais e responsáveis.

·      Especialistas acolhendo, prestando orientação e distribuindo cartilhas sobre os direitos das crianças.

·      Educadores esclarecendo sobre os cuidados indispensáveis ao adequado acompanhamento de crianças e adolescentes quando da nevegação em redes sociais e demais plataformas digitais.

·      Performances didáticas de um grupo de “palhaços da informação” chamando atenção para os riscos que se escondem por trás das plataformas digitais e, cada vez com maior frequência, ganham espaços nos noticiários policiais - como atentados em escolas, preparação de sequestros, pedofilia, cyberbullying, entre outros

A campanha Infância, eu abraço também vem mobilizando astros, estrelas e celebridades como o cartunista Mauricio de Sousa, papai da Monica, Cebolinha e Cascão, entre outros, além de estrelas da TV e cinema: Suzana Vieira, Nicholas Torres, Paulo Tatit e Mateus Solano, Yana Sardenberg, Júlia Zimmer e Malu Mader.

 

A propósito, no dia 13, no Terminal da EMTU – Metrô Jabaquara, haverá ainda exposição de telas temáticas especialmente preparadas por alguns dos principais grafiteiros do Brasil.  

 

Dados sobre a violência 

Foi divulgado recentemente pelo Ministério da Saúde um boletim epidemiológico sobre as notificações de violência sexual contra crianças e adolescentes no Brasil, com dados de 2015 até 2021. O documento considera crianças aquelas que têm de 0 a 9 anos, e adolescentes, de 10 a 19 anos. Os dados levam em conta características demográficas, como região do País, sexo da vítima, sexo do agressor, local de ocorrência e a quantidade de acontecimentos por criança e adolescente.


Durante os sete anos de análise, houve um crescimento exponencial nas notificações de casos de violência sexual contra crianças e adolescentes, totalizando 202.948 casos, dos quais 41,2% foram cometidos contra crianças e 58,8% contra adolescentes.


Somente em 2015, foram notificados 21.122 casos, e em 2019 este número havia subido mais de metade em relação ao início da pesquisa, chegando a 34.208 casos. No ano de 2020, essa quantidade declinou para 29.265, porém, a pandemia de Covid-19 pode ter afetado diretamente estes dados, visto que em 2021 o número de casos disparou para a casa de 35 mil notificações.


Crianças violentadas

Na violência sexual contra crianças, estima-se que 76,9% das notificações ocorreram entre meninas. Os maiores índices de ocorrência, tanto do sexo feminino quanto do masculino, foram entre a faixa etária de 5 a 9 anos (55,1%), com valores correspondentes a 53,6% e 60,1%, respectivamente.


Observa-se que os tipos de violências mais cometidos são o estupro – 52.436 (56,8%) –, seguido de abuso sexual – 26.995 (29,2%). Entre os abusadores, 81% são do sexo masculino e 4,3% do sexo feminino. Os principais agressores dessa faixa etária são os familiares e amigos/conhecidos, com 41,1% e 26,9%, nesta ordem. Em disparada, o local com maior incidência são as próprias residências, com 70,9% dos registros, em sequência as escolas (4%) e vias públicas (2,3%).


O Sudeste destaca-se como a região com o maior número de ocorrências, registrando 36.482 casos, que corresponde a 43,7% do total. Os encaminhamentos e notificações geralmente são feitos para o Conselho Tutelar. Durante os anos do estudo, o órgão público foi acionado em 56.090 casos (34,7%), e em sequência aparecem a rede de saúde (29,4%) e a de assistência social (15,4%).


Adolescentes

O estudo aponta que, entre os adolescentes, a faixa etária quem mais sofreu algum tipo de violência sexual foram aqueles entre 10 e 14 anos. 35% das meninas e 41,6% dos meninos afirmam já terem sido violentados mais de uma vez, somando-se ao todo 52.968 adolescentes.


O estupro, o assédio sexual e a exploração sexual são os tipos de violência que mais ocorrem com frequência, sendo o primeiro com 59,6% dos casos, e os outros dois aparecem com 27,4% e 4,2%, nesta sequência.


A própria residência é apontada como o local em que mais ocorrem crimes de importunação sexual, cerca de 63,4% dos casos; as vias públicas aparecem logo em seguida, com 10,5%. Em paralelo como os dados referentes à violência contra a criança, o sexo masculino também se manifesta como maior agressor, em torno de 86% dos acontecimentos.


Nesta perspectiva, a região Sudeste também se destaca, com 39.771 (33,3%) casos, seguida de Norte e Nordeste, com 19,7% e 19,3%, respectivamente. Para esta faixa, os lugares para onde mais são encaminhadas as vítimas de abusos sexuais são o Conselho Tutelar e a rede de saúde, com 30,9% e 30,2%; já a rede de assistência social ocupa a terceira posição, com 17,4%.

 

Fonte: Associação Paulista de Medicina


Em Goiás, nenhuma campanha de vacinação atinge meta; cenário preocupa especialistas

Imagem ilustrativa
Freepik
Médica infectologista, Marília Turchi, que atende no Órion Complex, em Goiânia, ressalta a importância da imunização para evitar surtos de doenças


O baixo índice de imunização em Goiás chama a atenção da Secretaria de Estado de Saúde (SES) e preocupa especialistas. Neste ano, de acordo com a SES, nenhuma das campanhas voltadas ao público a partir de 1 ano conseguiu atingir a meta estipulada pelo Ministério da Saúde (MS). 

De acordo com a médica infectologista, Marília Turchi, que atende no Órion Complex, em Goiânia, a imunização é fundamental para prevenir aumento de casos graves, internações e de óbitos pelos vírus Influenza. Estas infecções foram responsáveis  por grande número de vítimas, neste primeiro semestre de 2023, em Goiás.

A preocupação, também, foi debatida pela Organização Pan-Americana da Saúde, que em abril emitiu um alerta para o risco de surtos de doenças preveníveis por vacinação. Segundo o comunicado, no cenário atual, o índice é o mais alto em 30 anos, devido à baixa cobertura vacinal. 


Vacinação em Goiás

A vacina contra a poliomielite, por exemplo, alcançou 72,72% do público alvo em Goiás. No ano passado, o número subiu para 76,65%, tendo um retrocesso em 2023, caindo para 67,93%. A meta do MS é de 95%. O mesmo ocorreu com a vacina BCG, que protege contra a tuberculose, e a Tríplice Viral D1 (sarampo, caxumba e rubéola).

A BCG, de acordo com a pasta, tem meta de 90%, mas em 2021 a cobertura alcançou 74,21%, passando para 79,59% em 2022 e, novamente, caindo para 71,1% em 2023. A Tríplice Viral D1, por outro lado, imunizou 79,53% do público em 2021, 82,34% em 2022 e 72,45% neste ano, sendo que a meta é de 95%. A queda vem ocorrendo desde de 2016, conforme a SES.

Em relação à imunização contra a gripe, a SES conseguiu vacinar apenas 46,74% da população, fazendo com que a campanha fosse prorrogada para conseguir atingir a meta de 90%. Em 2022, a cobertura vacinal contra a influenza em Goiás foi de 70,1%. Foram 1 milhão de doses aplicadas no público-alvo.

“A vacina tem um tremendo impacto na saúde das populações e individual. Uma das principais estratégias para prevenir mortes, sequelas e sofrimento por parte de doenças é a vacinação, que também foi responsável pela erradicação de algumas doenças”, contou Marília.


Baixa em Goiânia 

A baixa procura pelos imunizantes também refletiram. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a vacinação contra a gripe, meningite, sarampo, rubéola e caxumba foi de 65,7% em 2022. Os imunizantes estão disponíveis em 72 postos de saúde da capital e 36 de Aparecida de Goiânia. 

O calendário de vacinação continua até o dia 9 de setembro, período no qual a SMS tem a expectativa de ampliar as coberturas vacinais da faixa etária. Os pais e responsáveis devem apresentar o cartão de vacina da criança ou adolescente para conferência dos imunizantes faltantes. 

“É muito importante pensar a vacina trazendo proteção ao indivíduo e proteção à coletividade. Em 2016, o Brasil recebeu a certificação da eliminação do vírus  do sarampo . Entretanto, com a queda progressiva da cobertura vacinal, o número de casos de sarampo aumentou muito desde 2018.  E o Brasil  perdeu a certificação de país livre de sarampo”, explicou a médica infectologista.


PROPOSTA PARA INCLUSÃO DOS PEIXES NA LEGISLAÇÃO REFERENTE AO ABATE HUMANITÁRIO DE ANIMAIS DE PRODUÇÃO

Até o momento não há nenhum respaldo ou suporte na legislação brasileira que ampare o abate humanitário em peixes, que é a cadeia produtiva que mais cresce

 

I - Sobre o mérito 

A senciência refere-se à capacidade de sentir, entender ou perceber algo por meio dos sentidos1, sendo um pré-requisito para a discussão da ciência do bem-estar animal. Isso significa que os seres sencientes não apenas detectam, observam ou reagem automaticamente às coisas ao seu redor, mas que também podem senti-las. Do ponto de vista evolutivo, a capacidade de perceber impressões ou sentir sensações auxilia na sobrevivência das espécies e, portanto, não é surpreendente que ela tenha evoluído nos seres humanos e em outros animais, incluindo os peixes2.

 

Embora a trajetória evolutiva e de desenvolvimento cerebral dos peixes seja diferente da de outros vertebrados, é evidente que existem muitas estruturas análogas que desempenham funções semelhantes às nossas nesses animais3. Um conjunto de evidências anatômicas, fisiológicas, comportamentais, evolutivas e farmacológicas sugere que os peixes são capazes de sentir dor, medo e outros sentimentos de maneira similar aos demais vertebrados, e que a sua percepção e as habilidades cognitivas muitas vezes correspondem, ou até mesmo excedem, a de outros vertebrados³4. Na maioria das vezes, seus sentidos primários são tão bons quanto os nossos e, em muitos casos, até melhores5 6.

 

Em relação a dor, estudos demonstram que os peixes não apenas possuem todo o aparato anatômico-fisiológico que permite detectar o estímulo nocivo que causa dor, mas também são capazes de transmitir essa informação ao cérebro, onde ela é processada, desencadeando uma resposta complexa. É por isso que quando um peixe sente dor, ele raspa a região do corpo afetada em substratos ou rochas, deixa de se alimentar ou deixa de responder a estímulos que estava acostumado a responder. Tudo isso indica que eles são capazes de sentir e reagir conscientemente a diferentes estímulos potencialmente nocivos do ambiente, favorecendo a sua sobrevivência7 8.

 

Assim, é evidente que, como outros animais de produção, os peixes necessitam de considerações de bem-estar. Entretanto, no momento não há qualquer normativa ou portaria sobre bem-estar de peixes. A Portaria 365/2021 MAPA/SDA, que aprova o regulamento técnico de manejo pré-abate e abate humanitário dos animais considerados de açougue, bem como os métodos de insensibilização autorizados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), não inclui os peixes. Embora a portaria mencione o pescado em suas especificações, posteriormente define pescado como sendo apenas espécies de anfíbios e répteis que são abatidos para o consumo, sendo que tais animais compõem uma fração praticamente insignificante dos animais que, de fato, representam o pescado. Os peixes, juntamente com invertebrados como camarões, lagostas, polvos e lulas, é que compõem o principal recurso pescado ou produzido pelas grandes indústrias.

 

No Brasil, com base nas estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e em dados científicos publicados em 2022, mais de 350 mil toneladas de tilápias são abatidas anualmente. Considerando-se um peso médio de 0,8 Kg por indivíduo, isso implica no abate de mais de 435 milhões de peixes, sem contar ainda outras espécies de produção no Brasil. Desse montante, mais de 80% são abatidos com métodos não considerados humanitários, especialmente a hipotermia em gelo ou água gelada e morte por asfixia9. Visando melhorar esse cenário em termos de bem-estar para os peixes, o MAPA coordenou a produção e o lançamento de manuais sobre boas práticas na criação de peixes de cultivo10, boas práticas no transporte de peixes11 e sobre abate humanitário nesses animais12 que legitimam o tema, mas sem nenhum respaldo legal correspondente pelo poder Executivo. Assim, é necessário que haja suporte nesse sentido para que as considerações de bem-estar propostas nos manuais sejam levadas a sério e incorporadas na prática. Nesse sentido, um primeiro passo fundamental é a inclusão dos peixes na legislação que dá suporte para o abate humanitário de animais de produção.


 

II - Nossas recomendações 

Com base nas informações apresentadas no Manual do MAPA sobre abate humanitário em peixes e no que se conhece a partir da literatura científica da área, nós fazemos as seguintes recomendações no âmbito de respaldar o abate humanitário em peixes pela legislação nacional:

 

 

1. Fase pré-abate: desembarque/descarregamento na chegada ao frigorífico: 

● Deve ser feito com uma canaleta (ponte) ou cano móvel que permita o descarregamento com o volume total de água no transporte.

● Prestar atenção para que nenhum peixe se machuque ou caia dessa canaleta/cano no processo.

● No tanque de recepção/depuração, deve-se avaliar: viabilidade, apetite, quantidade de perda de escamas, padrão de cardume e mortalidade. Lembrar que o estresse do transporte afeta a fisiologia e o apetite por dias após a descarga, o que requer monitoramento constante de ferimentos e doenças.

● Peixes moribundos ou gravemente feridos devem ser removidos e eutanasiados.

 


2. Fase de insensibilização e abate:

 

2.1. Insensibilização por percussão não perfurante:

 

● 15 segundos entre a retirada do peixe da água, sua contenção e sua insensibilização são aceitáveis.

● Administrar um golpe severo com instrumento sólido no crânio do peixe, que deve permanecer inconsciente até a morte.

● O golpe deve ser aplicado acima ou adjacente ao cérebro para causar inconsciência imediata.

● O peixe torna-se rígido, sem movimento opercular, permanecendo com a boca aberta e sem reflexos oculares.

● A percussão pode ser realizada manualmente com pistola pneumática (pistola de dardo cativo), ou de forma mecanizada (equipamentos específicos geralmente alimentados por ar comprimido com pressões entre 90-120 p.s.i.: 6-8 bar).

● Essa técnica tem menor risco, é mais efetiva e mais facilmente realizada em peixes de maior porte como as carpas e o tambaqui.

Importante: deve haver planos de contingência para o caso de haver uma falha do equipamento ou outra ocorrência inesperada que possa resultar em peixes sendo deixados fora da água ou na máquina de insensibilização. Obs: a percussão manual e o corte das brânquias podem ser uma alternativa adequada nesses casos.

 


2.2. Insensibilização por percussão perfurante:

 

● 15 segundos entre a retirada do peixe da água, sua contenção e sua insensibilização são aceitáveis.

● Inserir uma faca afiada, uma chave de fenda afiada ou ferramentas especialmente projetadas com uma haste perfurante (ponta) no cérebro do peixe.

● O impacto da ponta deve produzir inconsciência imediata.

● Por não provocar a morte imediata, deve necessariamente ser seguida de um método de sangria como a decapitação ou o corte de brânquias.

● Para peixes comprimidos lateralmente (ex: tilápia-do-Nilo) usa-se o acesso lateral da cabeça do animal; já para peixes fusiformes (forma de torpedo, ex: carpa-capim) e peixes chatos (ex: bagres brasileiros), usa-se o acesso dorsal da cabeça do peixe.

 


Sinais de insensibilização percussiva eficaz:

 

● Perda de movimento opercular

● Perda de movimento dos olhos

● Abaulamento do anel muscular próximo a nadadeira peitoral

 


2.3. Insensibilização elétrica (eletronarcose):

 

● Pode ser realizada dentro da água ou à seco fora da água, sendo que o tempo de 15 segundos entre a retirada do peixe da água, sua contenção e sua insensibilização é aceitável.

● Consiste na passagem de corrente elétrica através do cérebro com força suficiente para resultar em inconsciência imediata.

● Os peixes devem entrar de cabeça na máquina para assegurar insensibilização.

● Deve durar tempo suficiente para garantir que o animal não recupere a consciência antes da morte por sangria (considerar o tempo para que ocorra a perda suficiente de sangue para causar a morte).

● Para peixes de água doce, normalmente a força requerida é de 3V/cm, enquanto na água do mar a força requerida pode ser três vezes menor. A carga elétrica deve ser liberada por 10-60 s.

● Frequências próximas a 50Hz têm um efeito maior no cérebro e no músculo do peixe, mas que pode causar danos à carcaça. Assim, frequências maiores são recomendadas.

● Deve ser seguida de um método de sangria como a decapitação ou o corte de brânquias.

● A combinação de corrente alternada com corrente contínua tem um efeito positivo em evitar lesões e danos na carne dos peixes.

● Importante: é essencial que os peixes sejam classificados por tamanho antes da insensibilização.

 


Sinais de insensibilização elétrica eficaz:

 

● Perda de movimento opercular

● Perda de movimento dos olhos

● Pequenas contrações musculares

● Perda de posição normal do peixe

 


3. Métodos de abate proibidos:

 

● Hipotermia em gelo ou água gelada

● Asfixia (deixar o peixe fora d’água)

● Sangria sem insensibilização prévia

● Narcose por dióxido de carbono (CO2)

● Evisceração e filetagem sem insensibilização e abate prévios

 


4. Monitoramento para assegurar rápida perda de consciência e morte antes do animal recobrar a consciência:

 

● Os peixes devem ser monitorados regularmente durante toda a operação.

● Se houver dúvida sobre se um peixe está inconsciente ou não, não hesite em repetir a insensibilização ou usar um método alternativo.

● Indicadores comportamentais de inconsciência em peixes para monitoramento:

1. Nado: observar comportamento natatório espontâneo. Ausência de nado indica inconsciência.

2. Equilíbrio na água: inverter o peixe. Incapacidade de retomar à posição normal indica inconsciência.

3. Manejo: pegar e pinçar a nadadeira caudal (dentro ou fora d’água). Ausência de resposta indica inconsciência.

 

4. Picada/beliscada: picar levemente o lábio (fora d’água). Ausência de resposta indica inconsciência.

5. Choque de 6 V: estimular o lábio (fora d’água) com choque de 6 V. Ausência de resposta indica inconsciência.

6. Movimento de virar os olhos: rolar o peixe de um lado para o outro fora d’água e observar o movimento dos olhos. Olhos fixos (acompanhando o movimento da cabeça) indicam inconsciência.

7. Respiração: observar o rítmico batimento opercular dentro d’água. Ausência de movimentos ou movimentos aleatórios do opérculo indicam inconsciência.

 

Observação: atentar para o fato de que algumas espécies não respondem à picada ou ao choque mesmo quando conscientes, e que há espécies com movimentos operculares restritos, de difícil observação.

 



1 SENCIÊNCIA. In: DICIO, Dicionário Online de Português. Porto: 7Graus, 2020. Disponível em: https:// www.dicio.com.br/trabalho/. Acesso em: 23/05/2021.

2 Broom DM; Molento CFM. Bem-estar animal: conceito e questões relacionadas - Revisão. Arch Vet Sci, 9:1-11. 2004. doi: 10.5380/avs.v9i2.4057.

3 Brown, C. Fish intelligence, sentience and ethics. Anim Cogn 18, 1-17. 2015. doi: 10.1007/s10071-014-0761-0.

4Vila Pouca C, Brown C. Contemporary topics in fish cognition and behaviour. Curr Opin Behav Sci, 16:46-52. 2017. doi:10.1016/j.cobeha.2017.03.002.

5 Bshary R; Wickler W; Fricke H. Fish cognition: a primate’s eye view. Anim Cogn, 5:1-13. 2002. doi: 10.1007/s10071-001-0116-5.

6 Brown C; Laland K; Krause J. Fish cognition and behavior. In: Brown C, Krause J, Laland K (eds) Fish cognition and behaviour. Wiley, Oxford, pp 1-9. 2011.

7 Sneddon, LU. Pain in aquatic animals. J Exp Biol, 218: 967-976. 2015. doi: https://doi.org/10.1242/

8 Pedrazzani, AS et al. Bem-estar de peixes e a questão da senciência. Arch Vet Sci, 11: 60-70. 2007. doi: http://dx.doi.org/10.5380/avs.v12i3.10929.

9 Coelho ME et al. Fish slaughter practices in Brazilian aquaculture and their consequences for animal welfare.Anim Welf, 31: 187-192. 2022. doi: 10.7120/09627286.31.2.003

10 MAPA. Manual de boas práticas na criação de peixes de cultivo. 2022. Acesso: Manual_BP_cultivo_ISBN_ok2.pdf (www.gov.br)

11 MAPA. Manual de boas práticas no transporte de peixes. Acesso: Manual_BPtransporte_ISBN_ok2.pdf (www.gov.br)

12 MAPA. Manual de abate humanitário de peixes. Acesso: Manual_3_Abate_Humanitario_peixes_ISBN.pdf (www.gov.br)


Advogada de imigração apresenta 06 passos para viajar para Europa com segurança!

A primeira viagem internacional a gente nunca esquece, com certeza. Mas quais são as dicas para passar na imigração com tranquilidade?

Sem dúvida, uma viagem internacional neste período de férias, é recomendável se informar bastante antes de embarcar para não ser barrado na imigração e seu sonho de viagem se torne mais um pesadelo. 

Para ajudar os passageiros, a Dra. Lívia Suassuna, brasileira que atua em seu escritório em Londres (Reino Unido), especialista em direito imigratório e de família, preparou um manual com as principais providências que devem ser tomadas:

1 – Passagem de ida e volta - todos os países em que você vai entrar vão pedir a passagem de ida e volta. Como turista, você tem que provar que não quer ficar mais tempo no país do que seu tempo limite. Em alguns países da Europa o tempo de permanência é de até 90 dias. No Reino Unido, são 180 dias. O país é composto pela Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.

2 - Seguro-Saúde - não é obrigatório na maioria dos países, mas aconselhável. Caso você sofra algum acidente durante a viagem, você teria que pagar os custos. Você vai ser atendido, na maioria das vezes, nos hospitais públicos, mas depois vai chegar uma conta que não é barata. Principalmente nos EUA.

3 - Visto – atualmente os brasileiros não necessitam de visto de turista prévio em alguns países, pois há um acordo entre países que os liberam dessa exigência, como os países da América do Sul (exemplos: Argentina, Chile), países da União Europeia (como Alemanha, Itália, Portugal, Croácia, etc), Ásia (como Filipinas e Tailândia), a Nova Zelândia e países da África do Sul. 

Na Europa, boa parte dos países não exige o visto prévio. São 104 países que permitem que brasileiros entrem no país sem emitir um visto. É importante lembrar que o tipo de permissão é diferente se a viagem for para lazer ou a negócios.
Já nos Estados Unidos, Canadá, Austrália, China e Japão, precisam de visto prévio para poder entrar e as regras são bem exigentes. É bom planejar a viagem com antecedência para não ser pego de surpresa.


“Atenção também, se ao destino final, é exigido o comprovante internacional de vacinas. O Certificado Internacional de Vacinação (CIVP) pode ser acessado pela internet, através do próprio site do Governo Federal”, ressalta a advogada.

4 – Acomodação – É fundamental fazer um roteiro especificando a programação da viagem, lugares que pretende visitar, tempo de hospedagem e o tipo de acomodação, que pode ser hotel, Airbnb, casa de amigos, com as devidas declarações e comprovações. O oficial da imigração pedirá informações sobre isso.

5 – Dinheiro – Checar a moeda utilizada do país que você pretende viajar. Nos EUA seria o dólar. Na Europa, o euro. Mas alguns países têm a moeda própria, como no Reino Unido , que é a libra esterlina. Tem gente que brinca dizendo “quem converte não se diverte”. Mas não caia nessa! É fundamental organizar e definir quanto pode gastar durante o roteiro para não passar por inconvenientes. Lembre-se de que a viagem deve ser prazerosa, com momentos de aprendizado e trocas culturais.

6 – Checklist da bagagem: depois de todas as informações sobre a viagem, faça a lista de tudo o que é importante levar para que tudo aconteça da melhor forma. 

“Coloque na lista os documentos necessários, que devem ficar na bagagem de mão, dinheiro e cartões e computador. Não deixe de conferir as regras de bagagem! Pronto, agora é esperar o dia da viagem com a certeza de que será uma experiência incrível”, finaliza Dra. Livia Suassuna, especialista em direito imigratório.

- link de cancelamento.



13 de junho, terminal Jabaquara da EMTU/Metrô

Campanha de combate à violência digital às crianças e aos adolescentes une estrelas como Mauricio de Sousa, Suzana Vieira, Nicholas Torres, Paulo Tatit e Mateus Solano Yana Sardenberg, Júlia Zimmer e Malu Mader

 

·         Balões coloridos para as crianças.

·         Distribuição de rosas brancas, simbolizando a paz, às mães, aos pais e responsáveis.

·         Especialistas acolhendo, prestando orientação e distribuindo cartilhas sobre os direitos das crianças.

·         Educadores esclarecendo sobre os cuidados indispensáveis ao adequado acompanhamento de crianças e adolescentes quando da nevegação em redes sociais e demais plataformas digitais.

·         Performances didáticas de um grupo de “palhaços da informação” chamando atenção para os riscos que se escondem por trás das plataformas digitais e, cada vez com maior frequência, ganham espaços nos noticiários policiais - como atentados em escolas, preparação de sequestros, pedofilia, cyberbullying, entre outros

 

É nesse clima que pais, mães e responsáveis serão recepcionados em 13 de junho, das 7h às 13h, no Terminal da EMTU – Metrô Jabaquara, em ação da  II Semana de Conscientização e mobilização em prol do desenvolvimento saudável e de prevenção e combate à violência contra crianças e adolescentes da cidade de São Paulo.


Denominado de Infância, eu abraço, o mutirão interprofissional tem a participação e o apoio de instituições da sociedade civil, entidades médicas, como a Academia Brasileira de Neurologia, Sociedade Brasileira de Pediatria, Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, Associação Paulista de Medicina, entre outras (www.instituto-omp.org.br/infanciaeuabraco). A organização é da ONG Instituto Olinto Marques de Paulo e da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

 

 Celebridades e grafiteiros

A campanha Infância, eu abraço também vem mobilizando astros, estrelas e celebridades como o cartunista Mauricio de Sousa, papai da Monica, Cebolinha e Cascão, entre outros, além de estrelas da TV e cinema: Suzana Vieira, Nicholas Torres, Paulo Tatit e Mateus Solano, Yana Sardenberg, Júlia Zimmer e Malu Mader.

 

A propósito, no dia 13, no Terminal da EMTU – Metrô Jabaquara, haverá ainda exposição de telas temáticas especialmente preparadas por alguns dos principais grafiteiros do Brasil.  

 

O tamanho do problema

 

 Nos dias de hoje, as ameaças virtuais às nossas crianças lamentavelmente estão fora do controle. A proporção do perigo é cada vez maior, inclusive porque os pequenos quase nascem com um celular em mãos, navegando nas redes. Segundo a pesquisa TIC Kids Online Brasil, do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), de agosto de 2022, 93% das crianças e adolescentes do país entre 9 e 17 anos estão conectadas. São cerca de 22,3 milhões de pessoas.

Outro levantamento, desta vez divulgado em maio de 2023 pelo CCGI.br em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), aponta que 43% dos jovens dessa faixa etária não sabem checar se uma informação é falsa.


Sabemos que esses tantos milhões de jovens usuários ainda não recebem supervisão adequada. Daí a importância de conscientizá-los e apontar caminhos, como ocorrerá no Terminal da EMTU – Metrô Jabaquara e nas demais ações da II Semana de “Conscientização e mobilização em prol do desenvolvimento saudável e de prevenção e combate à violência contra crianças e adolescentes”, de 12 a 16 de junho, em iniciativa do Instituto Olinto Marques de Paulo, IOMP, (https://www.instituto-omp.org.br/quem-somos), com apoio da Sociedade de Pediatria de São Paulo, SPSP, (https://www.spsp.org.br/) e parceiros.

 

         Dados assustadores 

 

A meta é levar informações críveis e alertar milhões e milhões de cidadãos de São Paulo e de todo o Brasil para a violência de uma forma geral contra nossos pequenos e adolescentes. De acordo com dados do Panorama da Violência Letal e Sexual contra Crianças e Adolescentes no Brasil, realizado pelo UNICEF e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), entre 2016 e 2020 aproximadamente 35 mil crianças e adolescentes foram mortos vítimas de violência no país.

 

Já quando se fala de violência sexual, os números são ainda maiores: de 2017 a 2020, 180 mil passaram por situações de abuso. A pesquisa mostra que a violência com as crianças ocorre, majoritariamente, em situação doméstica, sendo praticada por parentes ou conhecidos. O mesmo acontece com a violência sexual. Os adolescentes, por sua vez, morrem muitas vezes fora de casa, em contextos de violência urbana e racismo.

 

Semana da Conscientização

 

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou o PL 17.738/2022, que altera a Lei nº 14.485, de 19 de julho de 2007, incluindo no Calendário de Eventos da Cidade de São Paulo a Semana Municipal de “conscientização e mobilização em prol do desenvolvimento saudável e de prevenção e combate à violência contra crianças e adolescentes”, a ser celebrada anualmente na segunda semana do mês de junho.

 

A ideia da campanha, sugerida pelo IOMP, é propagar atividades pela cidade que incentivem o conhecimento sobre as melhores formas de prevenir a violência contra a criança e o adolescente. Isso inclui a compreensão dos canais de interlocução e reconhecimento de situações de maus-tratos e negligência. Tais práticas não podem passar despercebidas e cabe à sociedade, como um todo, se responsabilizar por combatê-las.

 

Sobre a SPSP 

A Sociedade de Pediatria de São Paulo foi fundada em 12 de outubro de 1970, por iniciativa de uma plêiade de pediatras paulistas. Desde então, a SPSP tem trabalhado pelo incentivo à educação pediátrica continuada, pela intransigente defesa dos direitos da criança e do adolescente e pela defesa e valorização da profissão de pediatra. 

 

Sobre o IOMP

Criado em 2007 com o propósito de transformar vidas por meio de metodologia personalizada, humana e democrática, o IOMP promove qualificação e incentiva a autonomia dos educadores, engajando e potencializando ações transformadoras individuais e coletivas, contribuindo para uma sociedade melhor.

 

Apoiam o IOMP 

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Kantar: consumo de carne bovina cai 4%, enquanto o da suína dobra

 

Devido à inflação e aos altos preços, o consumo de proteínas durante as refeições tem caído: enquanto a retração no mercado de alimentos e bebidas foi de 6% no primeiro trimestre de 2023, em comparação com o mesmo período do ano passado, a diminuição nas ocasiões de consumo de proteínas foi ainda maior: -9%. 

A principal responsável pelo novo cenário é a carne bovina, que ocupava 43,1% do share de ocasiões no primeiro trimestre de 2021 e agora está com 39%. A trajetória de queda já era sinalizada no mesmo período de 2022, quando o consumo havia diminuído para 40,5%. No caminho inverso está a carne suína, que passou de 4,6% para 7,6% e depois para 9,1% nos mesmos intervalos.

 


As proteínas mais baratas, como salsichas e linguiças, que se destacaram em 2022, perdem importância na mesa dos brasileiros no curto prazo. Já os peixes e frutos do mar demonstraram estabilidade de 2022 para 2023, apesar de terem sofrido uma queda entre 2021 e 2022. E as carnes de aves, que também sofreram retração de consumo em 2022 com a alta dos preços, agora se recuperam, passando de 25,9% do share para 28,6%.

 


Kantar
www.kantar.com/brazil

 

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