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segunda-feira, 3 de abril de 2023

Paralisia facial: o que você precisa saber sobre os tipos e sintomas

Neurologista explica sobre AVC, síndrome de Ramsay Hunt e paralisia de Bell 

 

Apesar de ser assustador, a paralisia facial pode ocorrer com qualquer pessoa, de qualquer idade, por vários motivos. De acordo com a médica neurologista e membro titular da Academia Brasileira de Neurologia, Dra. Inara Taís de Almeida, isso pode acontecer tanto por um problema no sistema nervoso periférico, como por uma lesão no cérebro, um AVC (Acidente Vascular Cerebral).

O que diferencia os dois casos é o local da face que a paralisia acomete. No caso de um AVC, o paciente apresenta dificuldade de mexer a boca ou sorriso torto.

“Além da paralisia facial, outros sintomas estão associados ao AVC, como dormência ou fraqueza nos braços ou pernas, alteração para andar, confusão mental e dificuldade de fala. A movimentação da testa e fechar os olhos mantêm-se normais, sintomas relacionados a problemas com o sistema nervoso periférico”, explicou a especialista.

Enquanto o AVC é causado por falta de irrigação sanguínea na parte do cérebro responsável pela movimentação do rosto, a paralisia facial periférica pode ser motivada pelo vírus do herpes, o mesmo responsável pelo aparecimento de bolhas nos lábios e genitais, por exemplo.

O vírus varicela-zoster – responsável pela catapora e pelo herpes-zoster – pode causar a síndrome de Ramsay Hunt.

“Essa síndrome paralisa o rosto, pois é uma doença infecciosa que afeta o nervo facial, perto de um dos ouvidos, que controla os movimentos da metade da face. Os principais sintomas são erupções cutâneas com bolhas próximas aos olhos e fraqueza/paralisia facial”, contou a neurologista Dra. Inara Taís de Almeida.

Além da síndrome de Ramsay Hunt, a paralisia de Bell também causa danos aos movimentos do rosto. Ela não é totalmente conhecida, existe uma possível associação com o vírus do herpes. Os principais sintomas são assimetria da boca quando a pessoa tenta sorrir e dificuldade em fechar o olho do lado atingido.

“O diagnóstico é feito através do exame clínico, ou seja, através de testes realizados na própria consulta com um especialista. O tratamento é feito com medicações e fisioterapia nos músculos da face, sendo alta as chances de recuperação”, esclareceu.

Com sintomas semelhantes à paralisia de Bell, a doença de Lyme acomete o nervo facial e consequentemente os movimentos do rosto. Essa infecção é transmitida por carrapato, causando anormalidades neurológicas, cardíacas ou articulares. Porém, é importante lembrar que é raríssima no Brasil.

A especialista ressalta ainda que cada pessoa tem uma resposta diferente às doenças, mas que o diagnóstico rápido, o tratamento e a fisioterapia precoce são os principais fatores que determinam uma boa recuperação. Portanto, assim que perceber os primeiros sintomas, procure atendimento médico.

 



Dra. Inara Taís de Almeida - Neurologista e Neuroimunologista de São Paulo, membro titular da Academia Brasileira de Neurologia. Graduação em Medicina pela Faculdade de Tecnologia e Ciências e residência médica na Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Fellowship clínico (especialização) em Neuroimunologia no Ambulatório de Doenças Desmielinizantes na Universidade Federal de São Paulo - Unifesp.
Instagram: @inara.neuro

 

Abril Roxo

  Confundida com a Endometriose, Adenomiose pode causar infertilidade e perdas gestacionais em mulheres jovens  

 

Roxa é a cor do mês de abril. Isso se deve à conscientização sobre a adenomiose, alteração benigna do útero com a presença de endométrio (tecido). Na maioria dos casos, a enfermidade acomete mulheres entre 40 e 50 anos, podendo também atacar, mesmo que raramente, mulheres mais jovens, o que pode dificultar a gravidez. 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada dez mulheres no mundo sofre com adenomiose. No Brasil, um grande número de pacientes se submete à histerectomia (cirurgia de retirada do útero). Segundo números do Sistema Único de Saúde (SUS), em 2021, houve mais de 11 mil procedimentos ambulatoriais e 3,7 mil em hospitais. 

Muitas mulheres acabam confundindo a adenomiose com a endometriose. Na visão do médico ginecologista e obstetra Dr. Domingos Mantelli, a endometriose acomete entre 10 e 15% das mulheres em idade reprodutiva, o que impacta frequentemente as pacientes que nunca engravidaram anteriormente podendo ocorrer, até mesmo, na adolescência. 

Já a adenomiose, por sua vez, é mais frequente em mulheres que já engravidaram e também naquelas submetidas à curetagem, miomectomia ou parto cesárea. “Mas, a adenomiose em jovens pode ocasionar diversos problemas como dificuldade em engravidar, além de perdas gestacionais e partos prematuros”, adverte o ginecologista.  

Cólicas menstruais intensas, sensação de pressão e inchaço na parte inferior do abdome no período menstrual, sangramentos menstruais irregulares e, nos casos mais graves, hemorragias estão entre os sintomas mais comuns. A infertilidade pode ser também detectada em alguns casos. 

 

Clínica Mantelli
https://clinicamantelli.com.br/


Dia Mundial da Saúde: Conheça hábitos para uma vida saudável

O Dia Mundial da Saúde é comemorado no dia 7 de abril. A data foi criada em 1950 e é comemorada no mesmo dia da fundação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que ocorreu em 1948. O objetivo da data é garantir o melhor nível de saúde para as pessoas em todo o mundo, através da divulgação de temas importantes para a sociedade e que possam contribuir com a melhoria da qualidade de vida.

Focar na saúde é uma forma de aumentar o seu bem-estar, sua qualidade de vida e sua longevidade. Porém, existem muitos desafios no dia a dia. Mudar essa rotina exige uma boa dose de disciplina, força de vontade e compreensão sobre o que são hábitos saudáveis.

Especialistas esclarecem alguns hábitos saudáveis que irão te ajudar a ter uma saúde melhor e longevidade:

Faça Pausas: “Nosso estilo de vida atual é tão acelerado que por muitas vezes esquecemos que nosso corpo não é uma máquina. Faça pausas! Por mais que pareça incoerente em um primeiro momento, relaxar e refletir é fundamental. Separe um tempo toda semana para fazer isso”, orienta Ivana Cabral, psicóloga e reprogramadora mental.

Durma um sono de qualidade: “Ter uma boa noite de sono é essencial para todos, e não só pela disposição, o sono é um fator importantíssimo para a saúde física. Durante uma noite de sono muitos acontecimentos importantes se realizam no nosso organismo. Para o período da noite, não se esqueça de que o seu organismo estará preparado para o descanso. Portanto, diminua a intensidade das luzes artificiais para que a produção de melatonina não seja atingida, e assim, garantir uma boa noite de sono”, explica a infectologista e especialista em medicina integrativa Flávia Cohen, da clínica FVC.

Pegue Sol: “Uma certa porção de Vitamina D. Além dos benefícios, como mais disposição e energia, o Sol é uma forte influência para o sono: ele regula e coordena os sistemas do nosso organismo, inclusive nas pausas noturnas. Acontece que para isso é preciso investir alguns minutinhos diários de exposição ao Sol, entre 6h e 10h, de 10 a 30 minutos”, reforça a infectologista e especialista em medicina integrativa Flávia Cohen, da clínica FVC.

Rir é o melhor remédio: “Ditado popular com um fundinho de verdade e comprovação científica. O riso pode te garantir alguns benefícios para a saúde, como artifício natural de bem-estar físico e mental. São eles: diminui a dor, ajuda na imunidade, melhora a digestão e afasta a depressão”, orienta a infectologista e especialista em medicina integrativa Flávia Cohen, da clínica FVC.

Exercite o seu cérebro: “Você sabia que o seu cérebro precisa de exercícios e estímulos para funcionar melhor? Com atitudes simples e bons hábitos você pode melhorar a sua qualidade de vida cerebral. Mudar a rotina, ler mais e evitar usar tecnologia por pelo menos uma hora antes de dormir”, aconselha Dr. Haroldo Chagar, Neurocirurgião (Membro SBN e SBC).

Tenha contato com a natureza: A paisagista Rayra Lira mostra como uma relação com as plantas pode se tornar uma terapia e ajudar na busca pela felicidade: “Os benefícios para a saúde são muitos como, por exemplo, melhora da concentração, diminuição do estresse e do cansaço mental”. Rayra diz que as plantas podem reduzir os níveis de ansiedade e seu cheiro pode ajudar a melhorar a qualidade do sono e a produtividade durante o dia: “Observe sempre a sua plantinha, tirei até fotos para ter uma noção do crescimento dela. As plantas ajudam no processo terapêutico, além de harmonizar a casa, trazendo equilíbrio; ajudam a desenvolver os sentidos e proporcionam bem-estar físico e mental”, finaliza.

Pratique exercícios físicos regularmente: Para a enfermeira Yasmin Lacerda, da rede Amor e Cuidado, a prática de exercícios físicos regularmente também ajuda a promover o sentimento de felicidade. “Entre os diversos benefícios da atividade física está a liberação de serotonina e endorfina, que promovem sintomas de felicidade. Vamos aproveitar e usufruir dessa prática no nosso dia-a-dia, aliado aos alimentos mais saudáveis, que trazem sensações de bem-estar” – aconselha.

Multiplica a sensação de bem estar: O autocuidado e guiar nossos pensamentos são fatores que auxiliam na obtenção de uma vida mais leve, contagiando quem está à nossa volta. A reprogramadora mental Ivana Cabral (@ivanacabral_oficial) destaca os efeitos dessa relação entre autocura e bom humor: “Praticar mantras e afirmações positivas são ferramentas muito eficazes para o autodesenvolvimento. Pessoas positivas emanam alegria e boas energias. Dá vontade de estar o tempo todo ao lado de gente assim!”, finaliza.

 

Reações Alérgicas: Como Identificar um Choque Anafilático e o que Fazer

Recentemente uma jovem de 25 anos morreu após ter cheirado uma pimenta-bode. Segundo o relato, Thais, que era asmática, teve falta de ar e precisou ser levada às pressas para o hospital. Chegando ao local, ela teve de ser reanimada pelos médicos.  

Na avaliação neurológica, a jovem pode ter sido vítima de uma reação cruzada – quando há uma resposta imunológica a produtos diferentes, mas com componentes semelhantes. Foi apontado também que a possibilidade de um elemento não identificado ter causado um choque anafilático, a forma mais grave de resposta alérgica que uma pessoa pode experimentar.  

O antecedente de asma da jovem já mostra que ela tem uma predisposição a processos inflamatórios, autoimunes e até mesmo imunoalérgicos, o que pode configurar um fator de risco a mais nessa situação.

 

Entendendo melhor sobre o choque anafilático 

O médico especialista em medicina laboratorial e pós-graduado em nutrologia, Dr. Roberto Franco do Amaral, explica que, o choque anafilático é uma condição séria e potencialmente fatal que pode ocorrer em resposta a uma reação alérgica grave. Essa reação ocorre quando o sistema imunológico do corpo libera uma grande quantidade de substâncias químicas, incluindo histamina, em resposta a um alérgeno. 

Os alérgenos podem ser encontrados em vários lugares, como alimentos, medicamentos, veneno de insetos, látex e muitos outros. Eles são reconhecidos pelo corpo como uma ameaça, desencadeando uma resposta imunológica que pode causar uma série de sintomas, desde leves até potencialmente graves. 

"Se não for tratado imediatamente, a reação alérgica grave pode predispor ao choque anafilático que cursa com insuficiência respiratória, queda importante da pressão arterial e morte se não tratado imediatamente. É por isso que é importante reconhecer os sintomas e procurar ajuda médica imediatamente se você ou alguém próximo a você apresentar esses sintomas após a exposição a um alérgeno conhecido, ou suspeito.” alerta o Dr. Roberto Franco do Amaral. 

O tratamento para o choque anafilático geralmente envolve a administração imediata de epinefrina, um medicamento que ajuda a aliviar os sintomas rapidamente e estabiliza a pressão sanguínea. O paciente também pode receber oxigênio, líquidos intravenosos e outros medicamentos para tratar os sintomas. 

É importante mencionar que o choque anafilático pode ocorrer em qualquer pessoa, independentemente de ter ou não alergias conhecidas. No entanto, se você tem uma alergia conhecida a um alérgeno, é importante evitar a exposição a esse alérgeno sempre que possível e, se indicado por um médico alergologista, carregar uma injeção de epinefrina consigo em caso de uma reação alérgica grave.

O médico Dr. Roberto Franco do Amaral comenta também que se você não sabe qual é o seu alérgeno, é importante procurar um médico para fazer testes de alergia e desenvolver um plano de ação em caso de uma reação alérgica. O médico pode ajudá-lo a identificar seus alérgenos e desenvolver um plano de tratamento personalizado para ajudá-lo a gerenciar suas alergias e reduzir o risco de choque anafilático.

 

Como identificar uma reação alérgica?

A identificação de uma reação alérgica severa pode ser feita observando os sintomas que a pessoa apresenta. Os sintomas podem variar de leves a graves, dependendo da pessoa e da causa da alergia.

Os sintomas comuns de uma reação alérgica leve podem incluir coceira, vermelhidão, inchaço ou erupção cutânea na pele, nariz entupido, coriza, tosse ou espirros e até falta de ar, mesmo que leve. 

No entanto, uma reação alérgica severa, também conhecida como choque anafilático, é uma emergência médica que requer atenção imediata. Os sintomas de uma reação alérgica severa podem incluir:

  • Urticária em todo o corpo

  • Inchaço dos lábios, língua, garganta, rosto ou outros lugares do corpo

  • Dificuldade para respirar ou engolir

  • Dor abdominal, náuseas, vômitos ou diarreia

  • Tontura, fraqueza ou desmaio

  • Pressão arterial baixa ou rápido batimento cardíaco

Se uma pessoa apresentar esses sintomas após a exposição a um alérgeno conhecido ou suspeito, é importante procurar ajuda médica imediatamente.  

“Vale lembrar que uma reação alérgica severa pode ocorrer mesmo em pessoas que nunca apresentaram uma reação alérgica antes. Portanto, é importante estar ciente dos sintomas e procurar ajuda médica imediatamente se houver suspeita de uma reação alérgica severa. Se você ou alguém próximo a você tem histórico de alergias mais intensas, é importante estar preparado com uma injeção de epinefrina e saber como usá-la corretamente em caso de emergência. Mas essa medicação sempre será indicada por médico especialista” finaliza o Dr. Roberto Franco do Amaral. 

 

M Roberto Franco do Amaral - Diretor Médico da Clínica Franco do Amaral. Médico clínico geral. Graduação em Medicina pela Universidade Severino Sombra. Residência Médica em Patologia Clínica – Medicina Laboratorial na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) com 1 ano de clínica médica no Hospital do Servido Público Estadual de São Paulo (HSPE – IAMSPE). Título de Especialista em Patologia Clínica – Medicina Laboratorial pela Associação Médica Brasileira. Pós graduado em Nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia. Palestrante e idealizador do curso para médicos Performance Física e Envelhecimento Saudável. Coescritor do livro: Você Precisa Saber – Tudo sobre a medicina do futuro.



Autistas famosos servem de inspiração e desmistificam as limitações do Autismo: Psicanalista lembra que o apoio da sociedade faz toda a diferença


Desde 2007, quando a ONU criou a data de 2 de abril, como sendo o dia Mundial da Conscientização do Autismo (TEA), somos convidados a refletir sobre as necessidades das pessoas dentro do espectro autista.

 

Mas, muito mais do que celebrar conquistas, é um momento para se levar informação e conhecimento no intuito de eliminar o preconceito que ronda o universo da saúde mental.

 

O autista pode tudo o que desejar, pode muito e precisa ter essa força e apoio de todos, espelhando-se em vários artistas famosos, diagnosticados com o TEA e que, através de suas habilidades não se deixaram intimidar por um rótulo e ganharam o mundo com sua arte.

 

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição que afeta o desenvolvimento neurológico identificado por uma gama de características variáveis.

 

Dentre elas, podemos citar: a dificuldade de comunicação e interação social, o atraso no desenvolvimento motor, hipersensibilidade sensorial e comportamentos metódicos, restritivos ou repetitivos. Além da hiperatividade ou muita passividade, dificuldade em aceitar mudanças de rotina, sensibilidade a alguns sons e texturas, entre outros.

 

Mas engana-se quem pensa que só crianças podem ter autismo. Adultos também podem ser diagnosticados com o espectro. Neste contexto, o ideal é que o diagnóstico venha o mais rápido possível, para que se possa iniciar uma intervenção precoce.

 

Levando em consideração que o objetivo do diagnóstico não é e nunca será rotular aqueles que estejam dentro do espectro, mas sim orientar as famílias quais suportes são mais adequados e onde buscar ajuda.

 

É certo que cada uma das comorbidades que aparecem dentro do espectro, precisam de técnicas adequadas e com comprovação científica de que funcionam, para dar melhores condições de vida ao paciente e a sua família.

 

Porém, o preconceito e a desinformação ainda rotulam o autismo como uma limitação. A história provou que essa teoria é falsa e que muitas pessoas diagnosticadas com o espectro fazem grandes coisas e podem se destacar.

 

 É o caso de autistas famosos como o empresário Bill Gates; o cientista Albert Einstein; o físico Isaac Newton; o jogador Lionel Messi; a ativista Greta Thunberg; o compositor Mozart; a zootecnista Temple Grandim; o comediante Dan Aykroyd; o surfista Clay Marzo; a cantora Courtney Love; o pintor e cineasta Andy Warhol; o ator Sheldon Cooper; a modelo Nina Marker; o ator Anthony Hopkins; a cantora Susan Boyle; o ator Keanu Reeves; o empresário Elon Musk e os brasileiros João Vitor Silva Ferreira, campeão mundial de judô; a cantora do Programa Altas Horas, Leilah Moreno; e o campeão de Jiu-Jitsu Diego Vivaldo. Uma lista de personalidades que, entre outros, servem de inspiração para autistas e pais de autistas, demonstrando que, dentro de suas habilidades, é possível se destacar e desmistificar as limitações do transtorno.

 

Portanto, esse grupo de desordens de origem neurobiológica que possui um impacto considerável na vida do indivíduo, denominado Autismo ou TEA, não determina até onde a pessoa vai chegar.

 

Podemos perceber que serão as condições, o apoio, as possibilidades, as oportunidades sociais, escolares e de intervenções que vão fazer toda a diferença na vida dela. Portanto, o autismo não tem cura, mas o seu preconceito e o seu desconhecimento a respeito do assunto, sim.

 

Afinal, o autismo é parte deste mundo, não um mundo à parte, e é fundamental promover a informação adequada, a inclusão e o respeito.

 

 

Andrea Ladislau - graduada em Letras e Administração de Empresas, pós-graduada em Administração Hospitalar e Psicanálise e doutora em Psicanálise Contemporânea. Possui especialização em Psicopedagogia e Inclusão Digital. É palestrante, membro da Academia Fluminense de Letras e escreve para diversos veículos. Na pandemia, criou no Whatsapp o grupo Reflexões Positivas, para apoio emocional de pessoas do Brasil inteiro. Instagram: @dra.andrealadislau 

 

Médico urologista fala sobre a reposição hormonal, um tabu ainda para muitos homens

 Tema voltou a ser discutido após Anvisa recolher lotes falsificados de medicamento para repor testosterona

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recolheu e proibiu a comercialização de lotes falsificados de Durateston®, um dos medicamentos mais utilizados para reposição hormonal de testosterona, alertando os consumidores a sempre procurarem estabelecimentos confiáveis para adquirir remédios, solicitar nota fiscal e, neste fármaco, antes de ingerir o comprimido, confirmar na bula se é da farmacêutica Aspen Pharma.

 

O fato é que a notícia acendeu novamente o tema considerado repleto de tabus e dúvidas por muitos homens: a reposição hormonal masculina, que nada mais é do que a administração de hormônios que estão deficientes devido alguma situação que levou suas glândulas a produzirem uma quantidade menor do que o necessário para o bom funcionamento do organismo.

 

No caso, o hormônio presente nos homens, e que os levam a procurar o urologista, é a testosterona.O médico urologista Heleno Diegues Paes explica quando sua reposição deve ser feita: “A reposição de testosterona é indicada para quem apresenta sintomas da sua deficiência e comprovação laboratorial de que os níveis estão baixos. Não há uma idade certa para isto ocorrer, nem ocorrerá em todos os homens. Mas é mais comum com o envelhecimento”.

 

O reconhecimento da baixa dosagem de testosterona no sangue acontece quando indivíduos apresentam sintomas da sua deficiência. Mas, o Dr. Heleno ressalta que o exame não é indicado como check-up em indivíduos saudáveis e assintomáticos, já que isso poderá levar a resultados falso-positivos e risco de tratamentos desnecessários.

 

“Os sintomas da testosterona baixa são diminuição do desejo sexual, ganho de peso, cansaço, astenia, sonolência, depressão, perda de massa muscular, diminuição da densidade óssea e diminuição da velocidade de crescimento dos pêlos corporais. Em qualquer um desses casos é indicado acender o alerta e procurar um urologista”.

 

Em caso positivo


Após constatada por um profissional qualificado a necessidade da reposição hormonal masculina, existem diversas apresentações possíveis das medicações com testosterona. As mais comuns são as injetáveis, de aplicação intramuscular, e as transdérmicas, na forma de gel.

 

Mas existem também comprimidos, adesivos cutâneos, intranasal e implantes subcutâneos. E qual a melhor maneira? O especialista é bastante claro: “É aquela que seja mais cômoda, tenha menos efeitos colaterais e preço compatível com sua realidade financeira, ou seja, cada pessoa terá uma forma melhor para si mesma. Isso será decidido entre o paciente e o médico”. 

Homens jovens que possuem deficiência de testosterona geralmente são inférteis. Para quem pretende manter um potencial reprodutivo, o tratamento precisa considerar a existência de uma reserva testicular que permita a espermatogênese.

 

Agora, se existir essa reserva, o urologista afirma que o tratamento não deverá ser feito com uso de testosterona, mas de gonadotrofinas, que são hormônios derivados da hipófise que estimularão o funcionamento dos testículos. Ele lembra, ainda, que homens saudáveis que usam testosterona com finalidade estética, visando o anabolismo, fatalmente terão um prejuízo na fertilidade.

 

E mesmo trazendo diversos benefícios para a saúde, como a melhora dos sintomas e, consequentemente, da qualidade de vida, Dr. Heleno alerta para os diversos efeitos colaterais que isso certamente irá gerar.

 

“Por isso, o tratamento deve ser realizado por um médico especialista no assunto. São necessários exames de monitoramento ao longo do uso dos remédios. Dentre os efeitos adversos cito o aumento da concentração dos glóbulos vermelhos, eventos tromboembólicos, elevação das transaminases hepáticas, aumento do volume prostático e consequente piora dos sintomas urinários, dislipidemia, aumento do risco cardiovascular”. 

Por outro lado, uma boa notícia! Se diagnosticada a deficiência devido insuficiência testicular, o tratamento da reposição hormonal masculina é para a vida toda.  


Heleno Paes - Santista de nascimento e criação, começou a se interessar pela medicina no final do ensino médio, quando precisou socorrer um amigo com cólica renal. Posteriormente esteve em uma excursão promovida pela escola para ajudar os estudantes a escolher a profissão, e conheceu a faculdade de medicina da USP. Ficou maravilhado com o estudo do corpo humano, com as peças do laboratório de patologia, e decidiu que era isso que queria fazer. Assim, ingressou na Faculdade de Medicina do Centro Universitário Lusíada, em Santos, em 1997. Após seis anos, concluiu a graduação e se alistou no Exército. Foi para a Amazônia à serviço do Exército e realizou diversos trabalhos junto à população carente local. Após um ano, regressou e foi morar em São Paulo, onde se especializou em cirurgia geral no Hospital Municipal do Tatuapé, depois em Urologia no Hospital Santa Marcelina e, por fim, em Transplante Renal na mesma instituição.



8 de abril: Dia Mundial de Combate ao Câncer. Há o que comemorar?

Sim! A medicina avança e novas ferramentas trazem tratamentos
mais assertivos

Considerado o “mal do século”, o câncer é uma enfermidade que aflige o homem desde quando sequer havia palavras para descrevê-la. Nas últimas décadas, muito tem sido feito para detectar e controlar a patologia que abrange mais de 100 diferentes tipos de doenças malignas.

No Brasil, com uma previsão anual de 704 mil novos casos de câncer para o triênio 2023-2025, o tumor maligno mais frequente é o de pele não melanoma, responsável por 31,3% dos casos, seguido pelo de mama em mulheres (10,5%), próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%). O câncer é a segunda principal causa de morte no mundo, atrás apenas das doenças cardíacas. Não há um padrão para a patologia. Ela pode aparecer em qualquer parte do corpo e agir de formas diferentes em cada pessoa, podendo ser mais agressiva ou não. O câncer origina-se de uma célula do organismo que sofreu alterações genéticas e passou a se comportar de forma anormal, proliferando-se mais do que deveria. Assim como cada indivíduo, o câncer tem características específicas e, por essa razão, pode não responder da forma esperada aos tratamentos quimioterápicos que são, em sua maioria, padronizados.

Atualmente, as maiores dificuldades dos tratamentos anticâncer são a crescente resistência dos tumores às drogas, a heterogeneidade do tumor e o metabolismo individualizado de quimioterápicos. Alguns tumores mostram-se resistentes a certos medicamentos e saber previamente quais terapias são mais eficazes para cada caso particular auxilia na tomada de decisão dos médicos oncologistas. 

Pesquisas têm demonstrado que os tratamentos individualizados estão revolucionando a medicina ao oferecer uma abordagem terapêutica personalizada. Leva-se em conta que cada paciente é único, cada tumor é único e as respostas às terapias também devem ser assim consideradas. 

Dentre as novas ferramentas que têm proporcionado maiores chances de sucesso está o modelo “Organoides Derivados de Pacientes” (PDOs). Trata-se de um cultivo celular que melhor reflete in vitro as condições observadas in vivo. 

Os investimentos da Invitrocue Brasil na tecnologia de organoides levaram ao Teste Onco-PDOTM. A tecnologia deste teste inovador permite recriar, em um ambiente controlado, organoides a partir das células do tumor do próprio paciente, que foram retiradas por biópsias ou durante cirurgia. Esses organoides derivados do paciente são cultivados, crescem e se auto-organizam em laboratório de forma similar àquela observada no organismo. Ao expor os PDOs a diferentes tratamentos, é possível avaliar quais terapias induziram a morte das células cancerosas, fornecendo dados para que os médicos oncologistas possam ter uma melhor compreensão da resposta do tumor e assim traçar um plano terapêutico mais assertivo, ou seja, um tratamento personalizado.

Disponível para coleta em todo o Brasil, o Teste Onco-PDOTM está disponível para câncer de mama, pulmão, colorretal, pancreático, gástrico, próstata e ovário. Com ele, o médico escolhe 8 de 60 drogas para testagem e o resultado demonstrará como as células do próprio paciente responderam em laboratório, representando uma ferramenta de alto valor para o médico oncologista. 

No Dia Mundial de Combate ao Câncer os especialistas ressaltam que a prevenção e o diagnóstico precoce são as medidas mais importantes e que 70% das neoplasias podem ser curadas, dependendo do estágio da doença. Consulte o seu médico para mais orientações. 



Invitrocue Brasil
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Páscoa: Confira 14 benefícios do chocolate para o seu cérebro


A data mais deliciosa do ano, a Páscoa, está chegando e todos estão ansiosos para celebrar esta data sem peso na consciência, afinal, a data pede por chocolate. Além de nos dar uma maravilhosa sensação de bem-estar, o chocolate não traz apenas benefícios imediatos, mas quando consumido de maneira controlada e moderada, o doce pode oferecer uma série de vantagens para o cérebro humano.

Seus benefícios possuem relação com o cacau, a fruta utilizada em sua produção. Logo, quanto maior for a concentração desse ingrediente, melhor a qualidade do produto, trazendo ainda mais vantagens para a saúde. A fruta possui flavonoides, compostos orgânicos responsáveis por garantir desenvolvimento das principais atividades cognitivas, melhorando a função cerebral ao aumentar o fluxo de sangue para o cérebro devido às substâncias estimulantes como a cafeína e a teobromina.

“O chocolate é unanimidade e, assim como outros alimentos precisa ser observado dentro do contexto de uma dieta balanceada como orientam os nutricionistas. Podemos observar, por exemplo, que o grande ‘problema’ do chocolate seria o consumo excessivo de açúcar e para isso já temos excelentes opções no mercado com chocolates em 70% que, quando consumidos de forma moderada, fazem muito bem para a saúde”, lembrou a neurocientista do SUPERA – Ginástica para o cérebro, Livia Ciacci

Para você pode comer seu chocolate sem culpa, separamos 14 benefícios que o chocolate traz para o seu cérebro. Confira:

1. Ajuda a prevenir o Alzheimer: os flavonoides encontrados no cacau estimulam o crescimento de novas células cerebrais, prevenindo a morte das células já existentes.

2. Contribui para a memória: os flavonoides também aumentam a quantidade de sangue presente no giro denteado, uma área específica do hipocampo, estrutura no cérebro que é relacionada à memória.

3. Aumenta a libido: algumas substâncias encontradas nos chocolates amargos, como a L-arginina e o zinco, são importantes propulsores de libido, favorecendo a função adrenal e apoiando o desejo sexual.

4. Melhora o humor: o chocolate também é fonte do aminoácido triptofano, um sintetizados de serotonina, o neurotransmissor que desenvolve a felicidade e controla o humor.

5. Eleva a qualidade do sono: o triptofano, que também é encontrado no chocolate, tem a função de regular a qualidade do sono e até mesmo estabilizar o apetite, sendo um grande aliado na manutenção do descanso do corpo.

6. Favorece o bem-estar: quem não fica muito feliz depois de comer um pedacinho de chocolate? Isso acontece porque ele também pode despertar a sensação de bem-estar graças a anandamina, um ácido graxo essencial do ômega 6.

7. Reduz o estresse: o chocolate é uma fonte de magnésio e rico em tirosina, uma substância que estimula a produção da endorfina, serotonina e da dopamina, ajudando, assim, a reduzir o estresse.

8. Reduz os sintomas depressivos: por conter a feniletilamina, um neurotransmissor envolvido com a regulação do humor, o chocolate ajuda a liberar endorfinas de bem-estar no cérebro, produzindo uma redução significativa no risco de sintomas depressivos.

9. Melhora a cognição: consumir cacau leva a melhorias de curto e longo prazo na cognição em geral, facilitando a atenção, a velocidade de processamento e memória no trabalho.

10. Melhora o fluxo sanguíneo: o cacau melhora a saúde dos vasos sanguíneos e pode reduzir a pressão arterial, melhorando o fluxo sanguíneo em geral, que é uma das chaves para a saúde do cérebro.

11. Aumenta os neuroquímicos da paixão: como o chocolate possui feniletilamina, que libera endorfinas no cérebro, um dos neuroquímicos produzidos quando você se apaixona, o consumo de chocolate auxilia nesta área.

12. Reduz a inflamação: os flavonoides também possuem efeito antioxidante e anti-inflamatória, que são associadas a uma variedade de problemas de saúde mental, como depressão, esquizofrenia, transtorno bipolar e de personalidade e doença de Alzheimer, por exemplo.

13. Aumenta a serotonina: por possuir este neurotransmissor conhecido por melhorar o humor, o aumento da serotonina auxilia na diminuição do risco de depressão, podendo desempenhar, inclusive, um papel importante no desenvolvimento da doença de Alzheimer.

14. Auxilia no aprendizado: os flavonoides encontrados no cacau também ajudam no aprendizado, sendo indicado seu consumo na hora em que estiver estudando.

“Esta sensação de felicidade após o consumo de chocolate está diretamente relacionada à presença do triptofano, um aminoácido que induz a produção de serotonina, um neurotransmissor melhora o humor, o comportamento emocional e atua no funcionamento gastrointestinal”, lembrou, Livia Ciacci, neurocientista do SUPERA – Ginástica para o cérebro.

Os benefícios são inúmeros e a ciência confirma isso, porém, lembre-se: estas vantagens são encontradas em maior parte no chocolate amargo e não significa que quanto mais, melhor. O ideal é 1 ou 2 pedaços pequenos por dia e com mais de 50% de cacau.

Dessa forma, seu cérebro terá todos estes benefícios e o seu corpo também.


Anticoncepcional causa câncer de mama? Mito ou verdade?

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Para a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), dados de publicações científicas devem ser cuidadosamente avaliados, assim como o histórico pessoal, os hábitos e os fatores de risco de cada mulher que faz uso de contraceptivos hormonais

 

Um estudo recente, publicado na revista PLOS Medicine, reacende as discussões sobre câncer de mama e uso de anticoncepcionais hormonais. No artigo, pesquisadores da Universidade de Oxford chegaram à conclusão que os riscos de desenvolver a doença, associados às pílulas com estrógeno e progesterona, ou somente com progesterona, são muito pequenos. “Uma pesquisa mais ampla, realizada anteriormente com um número muito superior de mulheres, compartilha a mesma conclusão”, observa o mastologista Guilherme Novita, diretor da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM). Mesmo não trazendo novidades, o médico alerta que o estudo de Oxford chama a atenção para os índices apresentados pelos pesquisadores. “São números que vêm sendo amplamente divulgados, mas requerem uma análise aprofundada, justamente para não gerar desinformação e preocupações desnecessárias entre as mulheres que utilizam contraceptivos hormonais, que trazem mais benefícios do que prejuízos”, afirma.

O artigo publicado neste mês pela PLOS Medicine , do qual participaram cerca de 10 mil mulheres com idades inferiores a 50 anos, indica que as chances de desenvolvimento de câncer de mama pelo uso de anticoncepcionais hormonais aumentam em até 30%. Para o mastologista Guilherme Novita, da SBM, a grande discussão não diz respeito apenas aos números apresentados pelos pesquisadores de Oxford, mas à maneira como o estudo foi conduzido.

“Este estudo foi realizado a partir de um modelo que chamamos caso-controle”, diz. O médico explica que neste modelo os pesquisadores selecionam um número de pacientes com câncer e outro grupo que não tem a doença e perguntam a cada uma das mulheres se tomaram pílula no passado. “Se de dez pessoas com câncer de mama, nove tomaram anticoncepcional, e de dez mulheres sem câncer, só uma usou a pílula, o entendimento é de que o anticoncepcional está muito relacionado ao câncer de mama.”

O estudo caso-controle, segundo Novita, é bastante frágil e, em geral, não considera condições importantes, como hábitos, realidades socioeconômicas e o ambiente em que vivem os grupos pesquisados. “O nível de controle neste estudo é nível D de evidência, com muitos fatores que podem interferir no resultado”, ressalta.

A título de comparação, o mastologista lembra o estudo sobre a Covid-19 em Serrana, no interior paulista, realizado com 50% da população, recebendo vacina, e a outra metade, placebo. “Este estudo teve nível A de evidência, e a partir da porcentagem de cada grupo infectado pelo coronavírus, concluiu-se que a vacina funcionava”, sintetiza.

 

Outras constatações

O mastologista Guilherme Novita ressalta que o estudo recente de Oxford, indicando que os riscos de desenvolver câncer de mama pelo uso de anticoncepcionais hormonais são muito pequenos, entra para o rol das pesquisas que convergem para a mesma conclusão.

Em 2017, lembra o médico, um estudo publicado na New England Journal of Medicine, uma das mais prestigiadas publicações científicas do mundo, resultou do acompanhamento de 1,8 milhão de mulheres na Dinarmarca, na faixa etária entre 15 e 49 anos, por um período médio de dez anos. “As mulheres foram avaliadas prospectivamente, com uma população homogênea, confrontando quem usou anticoncepcionais e quem não usou”, destaca.

Nos resultados, quando comparadas com as que nunca usaram contraceptivos hormonais, as mulheres que faziam uso de anticoncepcionais tiveram um risco relativo de ter câncer de mama 9% superior a partir de um ano e 38% maior a partir de uma década de uso. Em síntese, o estudo demonstrou que para todas as participantes, a chance de ter câncer de mama até os 50 anos era de 2%. Para quem usou o medicamento por um ano, 2,2%, e para quem fez uso por mais de uma década, 2,76%.

“Tanto na pesquisa recente de Oxford quanto no estudo realizado em 2017, a constatação é de que os anticoncepcionais aumentam um pouquinho o risco de câncer de mama”, observa Novita. “Mas há outros fatores, além da pílula, que contribuem significativamente para ampliar as estatísticas da doença.” O médico destaca, por exemplo, maus hábitos alimentares, excesso de peso, sedentarismo, consumo diário de álcool em quantidades moderadas, uso de anabolizantes androgênios por mulheres, falta de gestação ou gravidez tardia.

“Em uma análise realista, o contraceptivo hormonal é muito benéfico, pois diminui a gravidez indesejada e as complicações de gestação em mulheres com menos de 25 anos no Brasil. A diminuição do risco de câncer de ovário também está relacionada ao uso de anticoncepcional”, enumera. O mastologista avalia, no entanto, que não se deve utilizar a pílula de forma indiscriminada. “A recomendação médica é sempre necessária”, diz.

Para pacientes com menos de 40 anos, salvo as que tenham risco muito elevado por histórico familiar ou por mutação genética, não há contraindicação para o uso de contraceptivos hormonais. “Evidentemente, como controle, a mamografia deve ser realizada todos os anos”, indica. Para mulheres com mais de 45 anos, quando o risco de câncer passa a ser mais significativo, a recomendação, segundo Novita, é para que se evite o uso sempre que possível, substituindo-os por anticoncepcionais não hormonais, como preservativos e DIU de cobre.

“Quando se analisam as estatísticas sobre o câncer de mama, os benefícios do uso dos anticoncepcionais hormonais entre a população mais jovem são infinitamente maiores que os prejuízos”, conclui Guilherme Novita.


Vacinas são a principal forma de prevenção contra doenças do frio

A chegada do outono aumenta o alerta sobre a importância da vacinação


Com a chegada do outono as doenças relacionadas ao sistema respiratório tendem a causar um impacto maior na população. Isso acontece devido às baixas temperaturas, ao tempo que fica mais seco, a menor dispersão de poluentes e a tendência de uma maior aglomeração em locais fechados, o que faz com que vírus e bactérias sejam transmitidos de maneira mais rápida, gerando surtos e epidemias.

Segundo a enfermeira especialista em vacinação da Clínica Vacinne, Katia Oliveira, gripes, sinusite, laringite, faringite, bronquite e resfriado são algumas das doenças mais comuns nesse período. “É importante redobrar a atenção nesta época do ano, principalmente para pessoas que já portam doenças respiratórias crônicas como asma,  Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) ou rinite alérgica, pois a tendência é que as crises aumentem. Pessoas com imunidade baixa também devem se proteger, assim como o restante da população, evitando situações mais críticas”, explica.

Kátia conta que manter hábitos saudáveis de forma rotineira aliados à prevenção, é a melhor forma de evitar as doenças características dos dias mais frios. “É fundamental alimentar-se de forma saudável, praticar atividades físicas, evitar aglomerações e lugares fechados e dormir bem. Além disso, é importante manter o calendário de vacinação em dia, principalmente para as crianças e pessoas que estejam no grupo de risco”.

 

Importância da vacinação

As doenças respiratórias como pneumonia, asma e DPOC representam um conjunto das principais causas de internação no Brasil, principalmente quando há o agravante de situações como à gestação, parto e puerpério, é o que aponta os registros do DATASUS, que mostram que essas internações representam mais de um milhão de casos por ano. Quadros de pneumonia e influenza são também preocupantes, representando mais de 600 mil internações e 44.523 mortes de janeiro a agosto de 2022, segundo dados do Sistema Único de Saúde (SUS).

Para evitar as doenças típicas do outono, Kátia reforça a vacinação como sendo o principal artifício. “Temos visto doenças que estavam erradicadas voltando, como o sarampo, além disso doenças como a COVID-19 e a Influenza cepa Darwin (H3N2) são muito perigosas, assim como as meningites. Essas são doenças que podem acometer pessoas durante o ano todo, mas no frio ficam potencializadas. É fundamental que todos se vacinem, lembrando que a vacina contra a gripe deve ser aplicada anualmente”, conta a enfermeira.

 

Kátia elenca as três principais vacinas que devem ser aplicadas no outono:

Influenza (Gripe): doença contagiosa, causada por um vírus comum que pode afetar a todos, de qualquer idade, e pode gerar complicações, como pneumonia. A vacinação quadrivalente previne contra quatro tipos de vírus da gripe. Pode ser aplicada em qualquer pessoa a partir dos 6 meses. É importante tomar todos os anos uma vez que o vírus da gripe é mutante e a proteção proporcionada pela vacinação tem duração de um ano.

 

Pneumocócica Conjugada 13: previne cerca de 90% das doenças graves (pneumonia, meningite e otite) em crianças, causadas por 13 sorotipos de pneumococos. Para crianças a partir de 6 anos, adolescentes e adultos com doenças crônicas que justifiquem a vacinação e ainda não tenham sido vacinados é indicada dose única. Em algumas situações, duas doses com intervalo de dois meses podem ser indicadas. Nesses casos, pode ser necessário complementar a vacinação com a vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente (VPP23). Para os maiores de 60 anos, recomenda-se uma rotina complementar à vacinação com a vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente (VPP23).

 

Meningite ACWY e Meningite B: esta é uma doença preocupante, que se manifesta mais frequentemente como meningite ou sepse. Tem caráter rapidamente progressivo e potencial de sequelas e letalidade importantes. Por isso, a recomendação dos pediatras é aplicar as vacinas em crianças com até 5 anos, que são mais vulneráveis, apesar da doença atingir também outras faixas etárias como adolescentes e adultos. 


Autistas requerem acolhimento, respeito, tratamento e inclusão na sociedade

Supervisora do Serviço Social do Seconci-SP descreve o transtorno e os cuidados preconizados

 

Pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) precisam ser acolhidas, respeitadas, tratadas e incluídas na sociedade. Esta é a mensagem de Flávia Lopes Augusto Sampaio, supervisora de Serviço Social do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), por ocasião da campanha Abril Azul, que tem em 2 de abril o Dia da Conscientização sobre o TEA. 

A data tem por objetivo difundir informações para a população sobre o autismo e assim reduzir a discriminação, o preconceito que cerca as pessoas afetadas pelo transtorno e favorecer a inclusão delas na sociedade, respeitando o seu modo de ser.

Em artigo, Flávia explica que “o autismo é um transtorno que afeta o neurodesenvolvimento, aparece na infância e tende a persistir na adolescência e na idade adulta. É necessário avaliar a importância do diagnóstico precoce, uma vez que esse transtorno é uma condição de saúde caracterizada por dificuldades em três importantes áreas do desenvolvimento: a socialização, a comunicação e o comportamento”.

Depois de descrever os três níveis de TEA que uma pessoa pode ter e os cuidados requeridos em cada um deles, a assistente social destaca a importância de os esquemas de tratamento serem introduzidos tão logo seja feito o diagnóstico, e aplicados por equipe multidisciplinar.

“As intervenções psicossociais podem reduzir as dificuldades de comunicação e de comportamento social e ter um impacto positivo no bem-estar e na qualidade de vida de pessoas com TEAs e seus cuidadores. As intervenções voltadas para pessoas com TEAs devem ser acompanhadas de atitudes e medidas amplas que garantam que os ambientes físicos e sociais sejam acessíveis, inclusivos e acolhedores”, escreve Flávia.

Isso envolve a intervenção de médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, pedagogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e educadores físicos, além da imprescindível orientação aos pais ou cuidadores. “É altamente recomendado que uma equipe multidisciplinar avalie e desenvolva um programa de intervenção personalizado, pois nenhuma pessoa com autismo é igual a outra”, explica.

“Enquanto mãe de uma criança autista, reforço o quanto são importantes as intervenções técnicas, mas também o cuidado familiar, escolar para o desenvolvimento das crianças. O lugar de autista é onde ele quiser, o cuidar é necessário para inclusão, mas também é necessário o conhecimento da sociedade, legislações e políticas públicas para que isso de fato ocorra”.

Para a assistente social, “o 2 de abril é um dia de luta para expandirmos e garantirmos os direitos das pessoas com autismo, bem como para mostrar à sociedade que existe essa parcela da população (1% no Brasil) que tem os mesmos direitos como qualquer outra pessoa, e que as suas diferenças sejam respeitadas. Precisamos entender que existem diferenças entre indivíduos e não seria distinto com as pessoas com Transtorno de Espectro Autista, por isso temos que respeitar a diferença e a diversidade, além de proporcionar tratamentos específicos”.

Leia a íntegra do artigo https://www.seconci-sp.org.br/abril-azul-conscientizacao-sobre-tea-transtorno-do-espectro-autista.html


Chocolate ajuda ou atrapalha o sono?

Especialista da Emma Colchões traz dicas importantes para que o consumo de chocolate durante o período da Páscoa não interfira no sono; E o segredo, como sempre, está na quantidade consumida


A Páscoa, celebrada no dia 9 de abril neste ano, está conectada às mais deliciosas guloseimas e os mais diferentes tipos de chocolates. No Brasil, de acordo com uma pesquisa realizada pela Betway, 21,3% das pessoas consomem chocolate uma vez por dia. Entre janeiro e setembro de 2022, dados da Associação Brasileiras da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab) apontam que o consumo de chocolate cresceu 16,3%, em relação ao mesmo período de 2021.

Um levantamento realizado pela Kantar, empresa de pesquisa de mercado, insights e consultoria, com foco na Páscoa de 2022, registrou sete milhões de novos lares compradores de ovos de chocolate em comparação a 2020. No total, 36,2% dos lares brasileiros consumiram ovos de chocolate no ano passado, um acréscimo de 12,5% em relação a 2020. Para 2023, a companhia prevê a manutenção da tendência de aumento de consumo de ovos de chocolate. De acordo com o levantamento, ovos de chocolate artesanais já representam quase a metade do volume consumido durante a Páscoa pelos brasileiros. O consumidor costuma comprar, em média, 500 g dos produzidos a mão e embalagens de 390g dos industrializados.


O sono e o chocolate

 A ansiedade é uma questão importante que impacta negativamente o sono de muitas pessoas ao redor do mundo. E um aliado surpreendente para lidar com leves oscilações de humor é o chocolate. Inclusive, a pesquisa da Betway, já citada, revela, também, que 52% das pessoas afirmaram que o mais comum é consumir chocolate em algum momento da semana, normalmente após uma grande refeição, como almoço ou jantar, ou em outras ocasiões, como Tensão Pré-menstrual (TPM) e picos de ansiedade.

“Muitos experimentos mostram que o consumo de chocolate melhora as respostas ao estresse e à capacidade de controlar a ansiedade. Em particular, um estudo mostrou que o chocolate é rico em um nutriente específico chamado flavanol, que neutraliza os efeitos adversos da privação do sono na memória”, explica Theresa Schnorbach, psicóloga especializada em terapia cognitiva comportamental para insônia e líder da equipe de Pesquisa do Sono na Emma - The Sleep Company.

Por outro lado, Theresa pontua que, como tudo na vida, o segredo está na quantidade consumida. “Tudo proveniente do cacau contém algum percentual de cafeína. Por exemplo, uma barra de 100 gramas de chocolate amargo 80% contém tanta cafeína quanto uma xícara de café”, explica. “Portanto, tenha cuidado com as quantidades ingeridas de chocolate - apenas um quadrado de chocolate amargo beneficiará seu humor sem afetar o sono”, pontua.

A especialista também explica que chocolate amargo não é recomendado para crianças. “Os pequenos e pequenas são mais sensíveis à cafeína e a ingestão de chocolate amargo em um período mais próximo ao horário de dormir pode atrapalhar o sono das crianças”, explica. “Então, ao invés de chocolate amargo, as crianças podem consumir chocolate ao leite, que tem baixo teor de cacau e cafeína”, finaliza.

 

Emma-The Sleep Company - team.emma-sleep.com/press


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