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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

O estágio não é só para os jovens

Não há idade limite para participar do programa


Com o mercado de trabalho instável e dificuldades de recolocação, muitas pessoas buscam novas oportunidades em outras áreas. Ademais, após a pandemia, houve uma mudança de mentalidade da população e os cidadãos passaram a enxergar valor em outras coisas. Entretanto, os desafios são maiores para os mais velhos. Contudo, não existe uma idade limite para começar uma carreira do zero e correr atrás do seu sonho. Dessa forma, esses corajosos também têm a possibilidade de estagiar. Vamos falar sobre esse assunto.

 

Como é o mercado para as pessoas com mais idade?

 

Muitas vezes, existe um preconceito com esse grupo. Ademais, vários gestores ficam com receio de contratá-los e sofrerem com o abandono, seja pela questão financeira ou de hierarquia. No entanto, o estágio vai muito além disso. A modalidade proporciona desenvolvimento profissional e é uma excelente chance de entrar para o mundo corporativo e adquirir experiência na área de formação. Os integrantes aproveitarão para fazer boas redes de relacionamento e abrir portas para um futuro de sucesso.

 

Embora seja fundamental abrir espaço para os jovens, contar com um time diversificado pode ter inúmeros benefícios. Afinal, eles trazem vivências passadas, situações difíceis e superadas, um contraponto e o olhar de outro público. Logo, a chance de obter um bom resultado é muito maior. Sendo assim, separei alguns passos para os candidatos seguirem e conquistarem a vaga desejada:

 

Realize um planejamento: é preciso, em primeiro lugar, traçar um bom plano, considerando as possibilidades e alinhando com os objetivos ou necessidades pessoais. Analise os motivos para tomar essa decisão e se seus problemas serão resolvidos com essa troca de rumo. Também é fundamental se programar financeiramente para esse recomeço.

 

Volte a estudar: para ser estagiário, deve estar matriculado em uma instituição de ensino médio, superior, técnico, ou na educação para jovens e adultos - EJA. Entretanto, ler artigos, assistir a vídeos e fazer cursos profissionalizantes também fortalece o seu currículo. Sempre é bom lembrar: quem faz pós-graduação, mestrado ou doutorado também pode se tornar um participante.

 

Faça networking: crie novos contatos, resgate relações profissionais e acadêmicas antigas. Participe de palestras e workshops. Mantenha as redes sociais atualizadas, especialmente o LinkedIn. É essencial demonstrar para os seus colegas da nova profissão o conhecimento e a vontade de atuar. Assim, você sempre será lembrado quando precisarem ocupar uma lacuna.

 

Mostre-se flexível e adaptável: as empresas buscam essas características em colaboradores mais maduros. Pesquise sobre a corporação, mostre interesse em fazer parte da equipe e contribuir para o desenvolvimento dela, seja verdadeiro e amistoso. Você também precisará se adaptar às novas funções, gerações e ideias do mundo atual.

 

Aceite a nova ordem das coisas: é preciso estar antenado sobre as transformações sociais para conseguir atuar com todas as faixas etárias. Mudar o ultrapassado conceito de competição para o de construção e colaboração. Um bom exercício é passar a consumir novos conteúdos.


 

O que o mercado espera desses colaboradores mais experientes?

 

O Brasil tem mais de 28 milhões de idosos (acima de 60 anos). Esse número representa 13% da população do país e pode dobrar de tamanho nas próximas décadas, de acordo com as estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Em 2043, um quarto dos brasileiros terá mais de 60 anos, enquanto a proporção de crianças e adolescentes até 14 anos será de apenas 16,3%.

 

Esse momento é favorável para as organizações investirem nesse tipo de contratação. Após a pandemia, houve uma grande agitação dentro das companhias. Para aguentar o ritmo frenético, os gestores precisaram de novos membros. Dessa maneira, formar um time plural é essencial para superar esse desafio.

 

Para quem deseja seguir esse caminho, é preciso entender o mundo fora das grandes empresas. Para isso, deve se atualizar sobre as práticas atuais e tendências em geral. Realizar cursos com temas em alta, acompanhar estudiosos futuristas, novas soluções, metodologias, processos e profissões. 

 

Outro fator determinante é saber trabalhar com dados. Hoje em dia, essas informações são valores estratégicos. Entender e conseguir interpretá-los é um diferencial importante e bem avaliado. Entretanto, tão relevante quanto as habilidades comportamentais, como pensamento crítico, comunicação, letramento digital, multitarefas, alteridade, dinamismo, intraempreendedorismo entre outras, é identificar quais são as suas principais soft skills e ainda buscar constantemente se desenvolver em cada uma delas. 

 

Reconheça o próprio capital humano e quão bem você consegue alavancar os seus atributos. Mesmo esse tipo de conhecimento sendo mais difícil de ser formalizado e transmitido aos outros, ainda assim não basta só saber aplicá-lo no dia a dia, mas como criar os nexos entre os obstáculos, pois dele podem surgir futuras inovações.

 

Ademais, esteja pronto para os processos seletivos digitais. A tecnologia pode e deve ser utilizada para expandir possibilidades e crescimento. O fato de uma entrevista ser virtual não deveria tornar nenhum candidato invisível. É fundamental usar as ferramentas a seu favor e saber se posicionar. Não descuide de seus perfis nas redes sociais e faça deles uma vitrine do seu potencial.

 

As entidades têm diversas vantagens nessa relação. Além de contar com pessoas já vividas e com bastante histórias na bagagem, eles estão ali por terem vontade de atuar naquele lugar. Afinal, recomeçaram a carreira para isso. Outrossim, ainda destaco o aspecto financeiro. Existe a isenção de impostos e direitos trabalhistas, tais como FGTS, INSS, 1/3 sobre férias, multa rescisória e 13º salário.

 

Entretanto, quem pode efetuar esse tipo de contratação? De acordo com a legislação: pessoas jurídicas de direito privado e os órgãos da administração pública direta, autárquica e fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como profissionais liberais devidamente registrados em seus respectivos conselhos de fiscalização. Logo, médicos, dentistas, engenheiros, arquitetos e advogados, por exemplo, também têm essa possibilidade.

 

Portanto, abra as portas do seu negócio para esse grupo com vontade de mostrar serviço e dar um restart na vida. Dessa forma, você ajudará a educação e a economia do país. Conte com a Abres nessa missão. Juntos somos mais fortes!

 

Carlos Henrique Mencaci - presidente da Associação Brasileira de Estágios - Abres


Lista para 2023: Quer ir morar no interior ou litoral e não sabe como ganhar dinheiro nessas pequenas cidades?!

Morar em locais mais afastados permite mais criatividade para criar um negócio promissor e inovador. (Créditos: Unsplash)

Optar por morar em locais mais calmos garante mais qualidade de vida

 

Viver em uma cidade grande como São Paulo requer viver de acordo com o ritmo do local, andar sempre agitado, encontrar milhões de pessoas diariamente, percorrer a cidade inteira pelas linhas de metrôs e trens. Um fato é que não são todas as pessoas que gostam desse estilo de vida, optar por morar em um lugar mais afastado permite uma qualidade de vida melhor, respirar novos ares, ter seu próprio negócio e levar um diferencial para o interior ou arredores litorâneos. 

Essa alternativa de mudança ficou ainda mais evidente durante a pandemia da Covid-19, de acordo com a Lello condomínio, foi possível notar que 49% dos profissionais e moradores deixaram a capital. Para 52% dos síndicos, houve também um aumento na quantidade de pessoas que foram para suas segundas casas no litoral. 

“O home office na pandemia foi essencial para que as pessoas pudessem ressignificar suas formas de trabalho, permitindo, principalmente em grandes cidades, que conseguissem sair dos grandes escritórios e trabalhassem em áreas mais tranquilas. Os pequenos negócios foram surgindo como meio de se levar um diferencial para as cidades litorâneas e para o interior. Para a Solutudo, foi um período para apoiar ainda mais os empreendimentos menores, criando soluções para que atingissem mais clientes. A Solutudo compartilha negócios de vários segmentos para que o público encontre as informações que precisa sobre a sua região, por meio de uma mídia local e digital”, afirma o CEO da Solutudo, Rafael Somera. 

Pensando no cenário das pequenas empresas, o Ceo da Solutudo, Rafael Somera, separou algumas soluções para ganhar dinheiro fora das grandes cidades:


1. Ache um problema ainda não resolvido, ou não bem resolvido

Antes de criar o seu próprio negócio é preciso entender que sua empresa é uma solução, ou seja, antes de pensar que o empreendimento pode solucionar os seus problemas, pense nos problemas de que pessoas ela irá solucionar, se achar um problema que muitas vezes já foi até resolvido em um grande centro, mas ainda não chegou ao interior, pode ser um bom começo.


2. Realize um mapeamento de preços

Muita gente fala de atender a qualquer custo e isso é o primeiro passo do fim, é preciso avaliar bem quanto custa para resolver e solucionar o problema do cliente de uma forma que lhe sobre lucro, que nada mais é que o combustível que sua empresa precisa para remunerá-lo e para investir nela mesma.
 

3. Invista em recursos digitais

Houve um tempo onde tudo que você precisava era de um bom ponto com uma boa fachada, mas o tempo passa e a maioria das pessoas estão andando nas ‘ruas digitais’ e lá isso também conta, um bom ponto, ou seja, um lugar onde as pessoas passem, como: redes sociais, google entre outros, e também ter uma boa fachada, uma boa apresentação digital para que as pessoas que buscam por uma solução aos problemas, te encontrem e confiem no seu trabalho.


4. Mantenha a criatividade e a organização alinhadas

Tudo que a gente está muito acostumado a ver a gente banaliza, ou seja, se você fizer igual a todo mundo, será tratado como mais um. Para se diferenciar é necessário buscar e ousar na criatividade para se comunicar e fazer seus produtos, isso sem perder a organização e a garantia de entrega. Ser diferente, mas eficiente!

 

Rafael Régis Somera e Erika Roberta Morales - fundaram a marca Solutudo que apoia as pequenas empresas com soluções que oferecem uma ponte entre os empreendedores e os clientes, facilitando a jornada de compra e venda, ao oferecer as melhores referências do mercado.
www.solutudo.com.br/


Volta às aulas na era digital: sua instituição de ensino está preparada?

Especialista destaca como a automação de processos pode facilitar a organização das escolas em 2023


Além do Carnaval, outro evento importante marcado para fevereiro é a volta às aulas. Na maioria das escolas o ano letivo começa oficialmente no segundo mês do ano em 2023. Antes de abrir as portas para receber os alunos, há bastante trabalho a ser feito, como organizar tudo para que o retorno da equipe também seja proveitoso.

Neste período de férias dos estudantes, alinhar as mudanças e expectativas para os próximos semestres é fundamental. “Neste ponto, a tecnologia é uma grande aliada para que o planejamento seja mais rápido e efetivo, garantindo melhor visualização de dados e estatísticas do ano letivo anterior, por exemplo. A automação de processos e uso de plataformas de gestão educacional leva a um melhor desempenho da equipe em geral, desde direção, financeiro, coordenação e professores. Além de garantir transparência para alunos e seus responsáveis, em qualquer nível de ensino”, afirma Michel Robert Weigmann, CEO da Edusoft, empresa de tecnologia pioneira no desenvolvimento de soluções de gestão educacional.


Organização do calendário escolar

2023 conta com vários feriados prolongados, feriados facultativos e os regionais. Portanto é preciso encaixar os dias letivos obrigatórios e decidir datas de provas, exames e conselhos de classe. Além disso, há inúmeras datas comemorativas, festas, e dias dedicados a importantes personalidades da história e cultura nacional e internacional, que podem ser utilizados em aulas especiais para apresentar a cultura para os estudantes. 

Datas de conselhos de classe, reuniões pedagógicas, feiras de ciências e outros eventos que utilizem a estrutura da escola também já podem ser definidos para que os estudantes e responsáveis possam planejar seu ano também.


Análise do ano anterior

Para que melhorias possam ser feitas com constância e assertividade, é importante não só implementar e pensar em novas estratégias, materiais e profissionais para entrar na sua instituição de ensino. O olhar para o passado recente também revela importantes insights com itens para melhorar ou retirar da sua pauta.

“Com o uso de uma plataforma para a gestão educacional que seja completa, o gestor da instituição de ensino tem vários indicadores à sua disposição para analisar. Pesquisas de feedback podem ser feitas de forma personalizada e respondidas anonimamente de forma online pelos estudantes e alunos. Desta forma o gestor escolar pode ter ideia da avaliação dos alunos com relação a diferentes aspectos da escola ou universidade e pode programar melhorias e alterações”, diz Michel.

Avaliação pedagógica dos estudantes, questões que ficaram pendentes e até renegociações financeiras são imprescindíveis antes de o ano letivo começar pra valer.


Digitalização da gestão escolar

Se em 2023 a sua instituição de ensino ainda não aderiu a processo digitalizados para administrar todos os setores da escola, agora é a hora. “Com uma plataforma como o Mentor Web, da Edusoft, é possível facilitar processos e execução de tarefas. Captação de alunos, inscrições online, processo seletivo, gestão financeira e da secretaria, biblioteca, notas fiscais eletrônicas são alguns dos processos dentro de uma escola que podem ser automatizados, liberando profissionais talentosos da instituição para pensar no futuro e planejar os próximos passos da escola”, afirma Michel.

O universo da educação brasileira é bastante desafiador, portanto com o auxílio da tecnologia o gestor pode contribuir para que o ecossistema escolar seja mais leve, tenha mais transparência e organização, ajudando todos os profissionais de sua equipe a ter maior visibilidade dos processos necessários para o sucesso da escola, que não deixa de ser uma empresa.


Edusoft
www.edusoft.com.br

Volta às aulas: serviços da Educação estão disponíveis no Poupatempo

Canais eletrônicos são responsáveis por 99% do total de atendimentos relacionados à vida escolar

 

Nesta sexta-feira (3), os 3,5 milhões de estudantes das 5,3 mil escolas estaduais de São Paulo retornam às salas de aula. Para facilitar a vida de alunos, dos pais e responsáveis, o Poupatempo disponibiliza os serviços da Secretaria de Estado da Educação de forma presencial e online. Somente em janeiro de 2023, foram mais de 70 mil atendimentos, sendo a maior parte deles pelos canais digitais do Programa. 

A consulta de registro do aluno (RA), Intenção de transferência escolar, Boletim escolar, Declaração de matrícula, Consulta de concluinte e Consulta de matrícula são alguns dos serviços que podem ser realizados de forma online,  por meio do portal (www.poupatempo.sp.gov.br), aplicativo Poupatempo Digital e ainda através do Assistente Virtual, chamado "P". Além dos atendimentos via portal e WhatsApp, pelo número (11) 95220-2974. Entre os serviços mais buscados estão consulta de matrícula, com 73,6 mil; boletim escolar, com 70,8 mil; e consulta de RA, com 35,3 mil. 

Além da Educação, os canais eletrônicos disponibilizam serviços de outros órgãos como Detran.SP, Secretaria da Fazenda e Planejamento, Desenvolvimento Econômico, Saúde, Instituto de Identificação Ricardo (IIRGD), Procon, CDHU, Sabesp, Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP), Procuradoria Geral do Estado (PGE-SP), Receita Federal, prefeituras, entre outros. Atualmente são quase 260 opções.


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

Campanha do Instituto Planejamento Familiar amplia visibilidade e discussão sobre gravidez na adolescência

“Gravidez na adolescência: engravidar tem hora e não é agora!” é o tema do projeto que acontece de 1 a 8 de fevereiro, durante a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência

 

A conscientização é o primeiro passo para a prevenção e, consequentemente, para garantir um bom planejamento. É com este intuito, disseminando informação de qualidade às famílias, que o Instituto Planejamento Familiar (IPFAM) promove junto à Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, realizada de 1 a 8 de fevereiro em todo o país, a campanha “Gravidez na adolescência: engravidar tem hora e não é agora!”. Assim como a semana instituída pela Lei nº 13.798/2.019, a campanha do IPFAM visa ampliar a visibilidade sobre medidas preventivas e educativas que contribuam para a redução da incidência da gravidez na adolescência. A iniciativa tem o apoio do Grupo Mulheres do Brasil, movimento que reúne mais de 110 mil voluntárias no Brasil e no exterior, e que atua em causas pelo protagonismo feminino.

Uma das peças da Campanha que será veiculada nas redes sociais

Durante toda a semana, as redes sociais da instituição (@iplanejamentofamiliar para Instagram e Facebook), farão postagens para promover esta conscientização, fomentando dados, vídeos e informações relevantes e acessíveis sobre a gravidez precoce, métodos contraceptivos e a importância do planejamento familiar desde cedo. Esses materiais e muitos outros também estarão reunidos no site  da instituição para livre acesso.

A gravidez precoce faz parte da realidade de muitos jovens de 10 a 20 anos em todo o mundo, sendo mais evidente e em maior número em países em desenvolvimento, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), que alerta sobre o aumento do risco de complicações para as mães que têm uma gestação nessa fase e para o recém-nascido, além de ampliar problemas socioeconômicos. “É uma condição que pode gerar muitos problemas. Conhecer métodos contraceptivos, ter acesso a eles e saber usá-los corretamente pode mudar o destino desses adolescentes”, esclarece a advogada e cofundadora do IPFAM, Ana Clara Polkowski. “É preciso ter, antes de tudo, informação clara quanto ao funcionamento dos métodos anticonceptivos, além do acesso facilitado a esses recursos”, complementa.

Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 380 mil partos realizados em 2020 no Brasil foram de mães com até 19 anos de idade, o correspondente a 14% dos nascimentos acontecidos naquele ano no país. Este número era de 14,7% em 2019 e 15,5% em 2018.

Para Lilian Leandro, cofundadora do IPFAM e cientista da computação que fez a transição para o Terceiro Setor, há um avanço da conscientização nos últimos anos, mas ainda está longe de ser o ideal. “O número de partos realizados em mães adolescente no Brasil é extremamente elevado, sobretudo se considerarmos que o Brasil dispõe de sistema público de saúde que garante o fornecimento de inúmeros métodos contraceptivos. Este cenário que precisa ser combatido intensamente por toda a sociedade, por isso a importância de eventos de conscientização para pais e filhos como a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência”, relata Lilian.

O objetivo do Instituto Planejamento Familiar é assegurar a todo cidadão o acesso aos serviços de saúde sexual e reprodutiva, com foco no planejamento familiar, por meio da informação e da educação. Esses conteúdos técnico-científicos, de fácil entendimento e interpretação, são disponibilizados gratuitamente para a população por meio dos canais digitais do instituto, que, inclusive, são interativos, para que as pessoas possam tirar suas dívidas. O público pode buscar mais informações no site www.iplanejamentofamiliar.org, enviar um e-mail no endereço contato@iplanejamentofamiliar.org ou entrar nas redes sociais @iplanejamentofamiliar.

A iniciativa conta com o apoio do Grupo Mulheres do Brasil, movimento que reúne mais de 110 mil voluntárias no Brasil e no exterior, e que atua em causas pelo protagonismo feminino, da Plan International, da UNFPA -- Fundo de População das Nações Unidas e do Instituto Liberta.


Mais de 10 mil novos diagnósticos de Câncer de Colo de Útero são esperados em 2023, revela INCA

Exames de rotina, como o teste para detecção precoce do HPV, principal causador da doença, podem ajudar a evitar as milhares de mortes anuais, em consequência do avanço da doença entre o público feminino

 

 

Considerado o terceiro tipo de câncer mais incidente entre as mulheres, excluídos os tumores de pele não melanoma, as ocorrências de câncer de colo do útero seguem crescentes no Brasil. De acordo com dados do INCA – Instituto Nacional do Câncer – são esperados mais de 17 mil novos diagnósticos da doença neste ano de 2023; um índice de risco em torno de 13,25 casos para cada 100 mil mulheres. Trata-se de um cenário alarmante, que motivou a criação do Janeiro Verde pela Sociedade Brasileira de Cancerologia, com o intuito de conscientizar a população sobre a importância da prevenção, detecção precoce da doença e tratamentos.     

Silencioso, o câncer de colo do útero costuma apresentar sintomas quando se encontra em estágios mais avançados. Causado por alguns tipos de HPV (Papilomavírus Humano), uma das maneiras mais efetivas de diagnóstico é o monitoramento frequente da presença do vírus no organismo. Embora 90% dos casos de HPV representem uma contaminação transitória, onde o próprio sistema imunológico consegue se defender, o risco aumenta quando a presença do patógeno prolonga-se e acaba por gerar lesões no colo do útero, que se tornam feridas e evoluem de forma maligna. 

“As consultas e exames de rotina são essenciais e devem fazer parte do calendário anual do público feminino. Além do Papanicolau e da colposcopia, a captura híbrida é um teste molecular sensível, capaz de detectar a presença do HPV, suas variantes mais comuns e de alto potencial cancerígeno. Esse tipo de exame permite identificar a contaminação antes mesmo de surgir a primeira lesão. Desta forma, as pacientes que apresentam um diagnóstico positivo para a presença do vírus, podem receber um acompanhamento mais próximo e com maior frequência de monitoramento para tratamentos precoces e maiores chances de cura”, explica Raphael Oliveira, Gerente de Marketing Regional LATAM para Diagnósticos Moleculares da QIAGEN, multinacional alemã especialista em tecnologia para diagnóstico molecular, que entre suas soluções apresenta esse tipo de exame. Cabe ressaltar que o teste somente é disponibilizado no sistema de saúde privado, ou seja, para mulheres que possuem planos de saúde, algo que representa em torno de 1% de todas as mulheres brasileiras que são elegíveis ao teste. 
 
Ainda de acordo com o executivo, o índice de sucesso da captura híbrida pode ser comprovado mundialmente, especialmente por se tratar de um teste robusto, possuir diversos controles e calibradores, o que garante um resultado confiável.
“A testagem molecular existe há mais de vinte anos e está entre os testes mais utilizados pelos médicos para rastreio genético do HPV. Milhões de mulheres já realizaram a captura híbrida e muitas vidas já foram poupadas pela contribuição dessa tecnologia”, complementa. 

O câncer de colo do útero não costuma apresentar sintomas iniciais e, quando aparecem, pode ser um indício de avanço da doença. Além da realização anual dos exames de rotina, é preciso atenção para alterações como sangramento vaginal sem causa, corrimento alterado, dor abdominal ou pélvica constante, sensação de pressão no abdômen, vontade frequente de urinar e perda rápida de peso. Ao surgimento desses sintomas é recomendado buscar ajuda médica com urgência.  

 

QIAGEN
https://www.qiagen.com/us/

Alimentação em dia, diabete no controle

Cuidar da saúde independe de diagnósticos. O conceito de saúde preventiva cresceu depois da pandemia. Manter uma vida saudável auxilia no pleno equilíbrio e evita o surgimento de algumas doenças que podem acontecer em virtude da má alimentação, sedentarismo e obesidade. A diabete mellitus tipo 2 por exemplo, pode ser controlada com o tratamento aliado à mudança no estilo de vida e nos hábitos alimentares. 

A diabete é uma doença caracterizada pela elevação da glicose no sangue que chamamos de hiperglicemia. Isso ocorre pela secreção de um hormônio chamado insulina e que produzimos no pâncreas. A função da insulina é promover a entrada da glicose na célula de forma que ela pode ser aproveitada para diversas atividades celulares e funções no organismo. 

Quando temos falta de insulina ou defeito isso resulta na diabete. Lembrando que existem dois tipos de diabetes - a do tipo 1 que é realmente uma deficiência, no qual a pessoa não tem o hormônio insulina, geralmente a pessoa nasce assim, é um problema imunológico e não tem a ver com hábitos de vida.

Já a do tipo 2 - na maioria dos casos é originada por hábitos de vida não tão saudável, como a má alimentação, a obesidade e o sedentarismo. Nesse caso a pessoa tem e já produziu a insulina, contudo, ela passa a produzir de forma deficiente. 

O tratamento deverá ser feito corretamente com medicação e principalmente com a mudança de hábitos. Uma adequação na quantidade que se come será fundamental, principalmente as quantidades de carboidratos, mesmo sendo um carboidrato bom de raiz não é recomendável ingerir grandes quantidades para não gerar uma carga glicêmica muito alta. 

No caso de retirar drasticamente itens no cardápio do diabético é necessário atentar aos outros macronutrientes, as proteínas e carboidratos devem ser ingeridos de forma adequada para não ocorrer fraqueza ou deficiência. 

Dicas da Dra Larissa Moraes da Clínica Pineapple Medicina Integrativa:  Os alimentos que as pessoas com os diagnósticos de diabetes 2 precisam evitar são aqueles com alto índice glicêmico, ou seja: carboidratos em excesso, pães, farináceos, bebidas com açúcar, com muita caloria, doces e industrializados em geral. O melhor é sempre apostar nas comidas de verdade, com poucas raízes, proteínas e gordura sempre de boa qualidade. Não esqueça que a atividade física e a hidratação são inegociáveis.  

Fique atento: Não é totalmente proibido consumir doces, porém o acesso é prejudicial. Quanto às bebidas alcoólicas não são recomendáveis. A diabete é autoimune, mas pode ser controlada se a pessoa optar por uma vida mais saudável. Agora, não tratar sim, pode trazer complicações severas futuras.  

 

 

 Dra Larissa Moraes Cruz - CRN 68413/SP

 

Volta às aulas: Médico alerta para a importância do diagnóstico precoce da escoliose

O tipo idiopático é o mais comum da doença e acomete adolescentes, principalmente do sexo feminino, na época do estirão


Apesar de 6 milhões de brasileiros conviverem com a escoliose, a doença ainda é desconhecida pela população e nem sempre é diagnosticada precocemente, um obstáculo já que os médicos afirmam que quanto mais cedo a descoberta da enfermidade, maior é a probabilidade de sucesso do tratamento não operatório.

Existem diferentes tipos de escoliose, porém a mais incidente é a idiopática cuja principal característica é o surgimento no início da fase de puberdade. Como o próprio nome já diz, a escoliose idiopática não tem causas definidas, mas sabe-se da forte influência genética, já que a incidência é alta em parentes diretos de pacientes com escoliose e ocorre com maior prevalência em adolescentes do sexo feminino. 

“A escoliose idiopática pode ser identificada pela alteração do contorno das costas e coluna, além de um desalinhamento dos ombros, diferenças entre os lados na cintura e nos quadris e queixas de desconforto e dores. O desafio é que muitas vezes essas adolescentes não expõem o próprio corpo, utilizando roupas largas, o que retarda tanto a percepção do problema por parte da família como a procura por ajuda médica”, esclarece Carlos Romeiro, cirurgião de coluna e integrante do Mude a Curva, projeto que reúne médicos voluntários e realiza cirurgias pelo país para desafogar o sistema público de saúde. 

Conjunto de ossos articulados que formam o eixo de sustentação do corpo, a coluna vertebral não tem como função apenas a proteção da medula espinhal, do sistema nervoso central, como possibilita agilidade e movimento dos membros, viabilidade e manutenção da postura ereta, proteção aos órgãos internos, além de absorção e dissipação de choques mecânicos e pressão gravitacional. 

Segundo o Dr. Romeiro, com tantas funcionalidades, é possível compreender o que uma deformidade nessa estrutura pode significar a longo prazo para a saúde do paciente. “A escoliose idiopática ainda afeta a qualidade de vida e a autoestima dos pacientes. Infelizmente, adolescentes sofrem bullying pela doença, situação inadmissível, mas comum”, relata. 

Mas como é feito o tratamento da escoliose? Dependendo das particularidades de cada caso, recomenda-se exercícios supervisionados por um fisioterapeuta, o uso de um colete ortopédico ou ainda a cirurgia, a artrodese da coluna. O procedimento realinha e promove a fusão das vértebras, e é indicado quando o paciente apresenta curvas de 45 graus ou mais. 

O SUS (Sistema Única de Saúde) oferece serviços de apoio e atendimento aos pacientes, mas há uma fila de espera para quem necessita de procedimento cirúrgico. Esta necessidade, inclusive, move o nosso projeto Mude a Curva, movimento filantrópico, conduzido pelo Brazilian Spine Study Group (BSSG), uma organização sem fins lucrativos fundada por seis cirurgiões de coluna de diferentes localidades do Brasil, que objetiva operar pacientes regulados pelo SUS com deformidades vertebrais via mutirões. 

Recentemente, o projeto beneficiou pacientes que aguardavam na fila do SUS em um mutirão que operou 20 pacientes com escoliose em Goiânia, em parceria com a Medtronic, multinacional referência em tecnologia em saúde, e responsável pelos equipamentos necessários para o procedimento cirúrgico. Mas o projeto já passou por outras regiões do país e deve continuar com a ação no ano de 2023.


Síndrome de Tourette

A médica psiquiatra Dra. Jéssica Martani, de SP, especialista em comportamento humano e saúde mental, fala sobre a Síndrome de Tourette.

 

“A Síndrome de Tourette é e uma síndrome neurológica no qual a principal característica são tiques motores ou vocais. Essa síndrome é incompreendida, em relação as suas causam mas, hoje sabemos que há causas genéticas que podem causar essas alterações neuroquímicas. Entretanto, já existem relatos do diagnóstico de pessoas com essa síndrome após sofrerem traumatismo craniano”, fala a médica. 

Ela conta que, na grande maioria dos casos, os sintomas são os tiques motores, que são os primeiros sintomas a surgir tais podem ser variados como piscar, franzir a testa balançar a cabeça, que, geralmente ocorrem entre os 4 e 6 anos de idade. 

“Os principais problemas são a dificuldade na socialização da criança, que podem ocasionar em diversos problemas inclusiva abalos na autoestima, propiciando outros transtornos mentais como ansiedade e depressão e prejuízos na vida adulta que podem acometer até a vida profissional”, alerta.
  
Apesar da doença não ter cura, Dra. Jéssica fala que pode ser controlada, mas é essencial que o tratamento seja feito com o médico neurologista e, muitas vezes, ainda é importante intervenção do médico psiquiatra e do psicólogo - já que a ação multidisciplinar pode necessitar de psicoterapia a medicamentos de uso controlado, injeções de toxina botulínica e até mesmo a prática de exercícios físicos. 

Mesmo as causas não sendo 100% conhecidas, tende a ter questões genéticas envolvidas. “Por isso é importante ter atenção aos sinais que normalmente são os tiques motores, que podem ser variados como piscar, franzir a testa balançar a cabeça”, alerta. 

Entre os tiques motores, pode haver pinçamento de olhos, tiques nos quais a pessoa faz certas expressões, caretas, movimento de dedos e mãos, chutes e até gestos obscenos. Nos tiques vocais, é possível englobar ato como como cuspir, gemer, soluçar, limpar a garganta e falar palavras inadequadas. “Todos podem ser repetitivos e difíceis de controlar”, revela. 

“O diagnóstico é feito pelo médico especialista, mas vale atenção aos sintomas que podem aparecer com uma frequência diária, em pelo menos um ano, daí os exames de imagem e a avaliação médica que possa descartar outros diagnósticos são essenciais”, finaliza Dra. Jéssica.
 

Dra. Jéssica Martani - Médica psiquiatra, observership em neurociências pela Universidade de Columbia em Nova Iorque -- EUA, graduada pela Universidade Cidade de São Paulo com residência médica em psiquiatria pela Secretaria Municipal de São Paulo e pós graduação em psiquiatria pelo Instituto Superior de Medicina e em endocrinologia pela CEMBRAP. CRM 163249/ RQE 86127
 

Imunidade: como manter a defesa do corpo em dia

Freepik
Com alimentação equilibrada, prática de atividades físicas e suplementação e outros hábitos, especialistas explicam o que fazer para evitar problemas de saúde



A imunidade é a capacidade do organismo de reagir contra agentes, que ele identifica como estranhos e que podem afetar a saúde de forma negativa. Após a pandemia da Covid-19 o assunto imunidade passou a ganhar cada vez mais espaço na mídia. Nas redes sociais, técnicas para aumentá-la passaram a ser amplamente difundidas e com isso surge a dúvida sobre o que realmente funciona e o que não.

Saber mais sobre este tópico é muito importante, uma vez que uma imunidade competente vai proteger não só contra doenças infecciosas, mas também contra doenças crônicas, como câncer, e o desenvolvimento de doenças autoimunes.

De acordo com a clinica médica do Hospital Anchieta de Brasília, Drª Patrícia Maira, uma boa imunidade se adquire com um estilo de vida saudável. Hábitos como uma alimentação anti-inflamatória, rica em frutas, verduras e legumes, boas noites de sono e cuidar do intestino são essenciais.

“Além disso é necessário evitar alguns fatores que podem causar baixa na imunidade como o estresse excessivo, tabagismo, ingestão de bebidas alcoólicas, deficiência de nutrientes, devido a má alimentação, sedentarismo e o uso recorrentei de corticoides e antibióticos”, conta a especialista.

Outro fator importante, de acordo com Patrícia, é a prática de atividades físicas. “Exercícios físicos de forma moderada trazem inúmeros benefícios à saúde, e um deles é a melhora da imunidade por reduzir o estresse e ajudar na produção de anticorpos, deixando o organismo mais fortalecido e aumentando a capacidade cardiorrespiratória", diz.

A médica conta que alguns suplementos também ajudam a melhorar a imunidade como Ômega 3, Cúrcuma, Probióticos, Zinco, selênio, Vitamina A, C, D e E, mas que é necessário um acompanhamento médico para saber onde está a deficiência de imunidade para que os medicamentos façam o efeito correto.


Shots para imunidade

Atualmente com a alta repercussão do assunto, receitas de shots para imunidade que propõem grandes mudanças tem se propagado na internet . Esses shots são concentrados em nutrientes e compostos bioativos que trazem muitos benefícios à saúde e por isso podem atuar na imunidade.

De acordo com Mariana Arraes, médica experiente em emagrecimento e longevidade saudável, as bebidas não são um shot da imunidade e sim aditivos naturais que promovem aumento e melhor absorção de nutrientes no corpo. A médica alerta para a forma que eles devem ser tomados.

“Tudo precisa estar interligado. Não existe apenas um shot isolado que irá aumentar sua imunidade. Ativos com vitamina c natural, anti-inflamatório, antioxidante promovem uma melhora no seu sistema imune, porém se outros hábitos não existirem, o shot será uma gota no oceano”, explica Mariana. Antioxidante, antiinflamatório, digestivo, estimulante e diurético são algumas funções que o shot tem no organismo. Drª Mariana dá algumas dicas de como fazer a receita. “A base sempre gosto de limão pela manhã e você pode acrescentar alguns ativos como: Cúrcuma, Maca peruana, Própolis, Spirulina. Já nos que têm o café preto sem açúcar como base podemos colocar canela, maca peruana, tribulus, e pode até ser usado como pré treino.”



O incômodo das praias: o que fazer ao sofrer queimaduras por águas vivas

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Dermatologista orienta qual deve ser o procedimento ao ser atingido pelas populares "mães d´água"

 

A presença de veranistas no litoral nesta época do ano vem sempre acompanhada de um banho de mar. E é justamente quando a água está com temperaturas mais mornas, que elas aparecem com mais intensidade: as águas vivas.

Em contato com a pele, o animal libera substâncias que provocam queimaduras. Se isso ocorrer, a dica é usar o já conhecido vinagre. A dermatologista e diretora da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS), Cintia Cristina Pessin, explica que as compressas de vinagre ou água do mar gelada ajudam a inativar os nematocistos (pequenos tentáculos que contêm células urticantes) das águas vivas.

“Compressas ou packs de água do mar gelada ou vinagre têm efeito analgésico nesses casos e devem ser aplicadas na área lesada imediatamente, ainda na praia, como rotina de primeiros socorros”, explica.

A recomendação é usar a água do próprio mar sempre para aliviar a ardência e não a água doce eventualmente trazida de casa.

“A água doce ativa os nematocistos (mecanismos de defesa das águas vivas) em contato com a pele por osmose, piorando a dor e a queimadura, por isso nunca deve ser utilizada. Outras medidas como aplicação de álcool, urina ou refrigerante tipo cola nas áreas lesionadas também devem ser evitadas”, acrescenta.

A médica acrescenta ainda que analgésicos podem ser utilizados para alívio da dor que ainda persiste após as medidas de tratamento locais. Dor intensa ou persistente é um sinal de alerta para buscar atendimento médico de urgência.

Em crianças há algum procedimento diferente do que é indicado para os adultos?

As crianças têm a pele mais sensível e delicada do que os adultos, além de uma área de superfície corporal proporcionalmente maior, o que predispõe à maior gravidade das lesões de pele causadas por animais aquáticos como águas vivas e caravelas. Sendo assim, se a área lesada for extensa ou houver formação de bolhas, presença de dor intensa persistente ou falta de ar, é necessário procurar atendimento médico imediatamente.

 

Marcelo Matusiak


Pesquisa da UFSCar oferece treinamento para pais de crianças com TEA

Treinamentos serão online e gratuitos (Imagem: Pixabay)

Objetivo é aumentar repertório de habilidades sociais dessas crianças
 

A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está oferecendo um treinamento gratuito e online para pais de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), níveis 1 e 2 de apoio, entre 6 e 13 anos, visando, por meio da orientação aos pais, aumentar o repertório de habilidades sociais dessas crianças. O treinamento integra uma pesquisa de Letícia Thays Bessa Silva, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação Especial (PPGEEs) da UFSCar. 

O objetivo do estudo é realizar um treinamento em habilidades sociais parentais baseado nos déficits identificados inicialmente no repertório das crianças. "Esse treinamento se faz importante visto que as crianças com autismo, geralmente, apresentam déficits de interação social e, consequentemente, déficits diferentes nas classes de habilidades sociais. Assim, o treinamento visa, por meio de orientações parentais, aumentar o repertório de habilidades sociais", salienta a pesquisadora da UFSCar. 

O treinamento é totalmente online, com encontros semanais de 60 minutos cada, durante seis semanas. As vagas são limitadas e serão preenchidas por ordem de inscrição. Os interessados em participar podem responder o questionário online, disponível em https://bit.ly/405BYXA. Dúvidas podem ser esclarecidas com a pesquisadora Letícia Bessa pelo e-mail leticiabessa@estudante.ufscar.br ou pelo WhatsApp (62) 99150-2315. O trabalho, intitulado "Efeito de um treinamento de habilidades sociais para pais de crianças com autismo", tem orientação de Gerusa Ferreira Lourenço, professora do Departamento de Terapia Ocupacional da Universidade. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 57561622.0.0000.5504).


VISÃO NO ESPORTE

 Técnicos e médicos do esporte alertam: cuidar da visão é fundamental para bom desempenho em atividades físicas

 

Problemas de visão podem atrapalhar o desempenho de praticantes de atividades físicas e de atletas de diferentes calibres (amadores e profissionais). A conclusão é de preparadores físicos, técnicos e médicos do esporte. Segundo eles, problemas de performance ou mesmo a dificuldade de introdução ao esporte podem ser um alerta para mais atenção à saúde ocular. Para sensibilizar a população para essa realidade, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) lança a campanha Visão no Esporte, que traz inúmeros esclarecimentos sobre a relação entre atividade física e cuidados com os olhos. 

A iniciativa inclui a distribuição de material informativo em diferentes plataformas, além da realização de uma maratona educativa, no canal do CBO, no YouTube. O evento online acontece em 11 de fevereiro (sábado), a partir das 10 horas. Na programação, serão exibidos depoimentos, palestras, debates, entrevistas e reportagens que ajudarão o interessado a compreender melhor a relação entre esporte e saúde ocular. 

Acesse aqui o site oficial da campanha.  

Especialistas no preparo e treinamento de atletas apoiam o projeto do CBO. Na percepção desses profissionais, a saúde daqueles que praticam atividades físicas deve ser considerada de forma integral, o que inclui os cuidados com a visão. Diante disso, lembram que cada modalidade esportiva traz particularidades técnicas que podem provocar questionamentos relacionados às condições de visão dos praticantes.

 

Protocolo - De acordo com Sérgio Campolina, Médico do Cruzeiro Esporte Clube e do Sada Cruzeiro de Vôlei, a avaliação dos atletas (amadores ou profissionais) deve seguir um protocolo cuidadoso para que todos os aspectos da saúde sejam considerados. “Pequenos detalhes podem pesar no desempenho, tanto daqueles que almejam bem-estar, como daqueles que querem resultados de performance. Nesse sentido, um perfil de avaliação oftalmológica é fundamental”, comenta. 

Na avaliação dos especialistas, problemas de acuidade visual costumam ser os mais percebidos entre os esportistas. Os jogadores e competidores com erros refrativos (miopia, astigmatismo, hipermetropia e presbiopia) precisam de acompanhamento oftalmológico periódico, mas nem sempre sabem da sua condição. 

“Em vários momentos vivenciei situações em que problemas visuais influenciaram diretamente nos resultados. Certa vez, um dos atletas sob minha supervisão observou uma perda em seu desempenho e que foram confirmados pelas estatísticas do time. Por atuar em posição de defesa, o jogador tinha queixas relacionadas a bolas aéreas, levantando a possibilidade de a dificuldade estar relacionada a iluminação da quadra”, relata Campolina. 

O médico detalhou que esse atleta, cujo nome mantém em sigilo, só conseguia enxergar a bola quando já estava muito próxima, o que comprometia o tempo de reação em campo. A suspeita de que a baixa no seu desempenho estaria relacionada a problemas na visão foi constatada após ele ser encaminhado para uma avaliação oftalmológica, onde foi diagnosticado um déficit visual considerável. 

“Não foi um diagnóstico precoce, pelo contrário, o problema foi identificado durante um campeonato. No entanto, com a orientação do oftalmologista, o atleta passou a utilizar lentes corretivas associadas a óculos de proteção, sendo eleito o melhor jogador do campeonato”, revela.
 

Dificuldades -- Além da acuidade visual, outras habilidades que dependem dos olhos podem ser comprometidas. Percepção de profundidade, tempo de reação visual e visão periférica são exemplos de capacidades que podem ser reduzidas devido a problemas nos olhos, gerando dificuldades em ações durante as partidas. 

O tênis, por exemplo, é um esporte rápido, dinâmico e de muita precisão, o que exige do atleta sua capacidade máxima de visão. Daniel Melo, treinador do campeão mundial Marcelo Melo, explica que tenistas, principalmente aqueles que possuem erros refrativos, devem cumprir um acompanhamento oftalmológico de forma periódica. 

“A acuidade visual é essencial para distinguir altura, profundidade e velocidade da bola, por isso, é fundamental estar com a saúde ocular em dia. Os tenistas com problemas de visão podem adotar várias formas de correção visual, já acompanhei jogadores que usam lentes ou realizaram cirurgias refrativas. Também é comum a utilização de óculos escuros com grau para treinos e partidas sob o sol”, comenta o técnico. 

O preparador físico Chriszogno Bastos, que também atua com jogadores profissionais de tênis, assim como atletas de categorias de base e amadores nessa modalidade, explica que as dificuldades expressas pelos atletas não podem ser ignoradas. “Quando é pedido para o atleta executar uma tarefa simples e ele apresenta dificuldades para executá-la, investigamos se existe algum problema. Às vezes, nem ele mesmo sabe, mas pode estar com perda visual”, esclarece.
 

Programação -- Esses e outros temas serão discutidos durante a maratona on-line, a ser promovida pelo CBO, no dia 11 de fevereiro. Questões como primeiros socorros em caso de trauma ocular, avaliação de atletas de alta performance e papel das equipes multidisciplinares nesses atendimentos também serão analisados. A programação contará com a presença de atletas, influenciadores e especialistas, reforçando a importância da adesão aos hábitos saudáveis e dos cuidados com a visão durante a prática de atividades físicas. 

Para Cristiano Caixeta Umbelino, presidente do CBO, “os preparadores, técnicos e médicos do esporte são importantes aliados dos oftalmologistas na melhoria da saúde ocular dos atletas. No mesmo sentido, os educadores físicos costumam ser os primeiros a perceberem as dificuldades do público que está se inserindo numa modalidade esportiva, ou mesmo daqueles que buscam exercitar o corpo pelo bem da sua saúde”.

 

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