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segunda-feira, 30 de maio de 2022

Investir em comunicação é salto para o sucesso

Alguém gosta de desperdiçar tempo, dinheiro e energia? Se não estiver muito claro o que temos a ganhar aprimorando a comunicação1, a tendência é nos acomodar. Avaliar o esforço e criar estratégias visando fortalecer essa poderosa ferramenta são primordiais para o aprofundamento da interação humana e, consequentemente, melhores resultados na vida empresarial.

O que você tem a ganhar melhorando as suas comunicações?


Autoconhecimento

Imagine uma pessoa que vive isolada, sem contato frequente com outras. Ela se conhece? Tem domínio e consciência dos próprios atos e do que eles representam para os outros? É impossível. O autoconhecimento está diretamente associado aos múltiplos relacionamentos que fazem parte do nosso dia a dia, como os interpessoais e a leitura que fazemos do mundo. Conforme expandimos nossas comunicações e compartilhamos informação, as pessoas passam a ter opiniões sobre nós e, dessa forma, recebemos o feedback2, elemento essencial na construção do autoconhecimento.


Autoconfiança

A autoconfiança é diretamente proporcional ao grau de conhecimento de si mesmo: o autoconhecimento. Se um comunicador reconhece os próprios pontos fortes e fracos, poderá direcionar melhor as ações dele e criar relações mais harmoniosas com os interlocutores.


Liderança

Durante muito tempo, a liderança foi exercida com base em conceitos rígidos, estruturas hierárquicas definidas, e não havia muito espaço para diálogos e refutações. Atualmente, isso mudou. A liderança não é mais imposta, mas conquistada e compartilhada. Para ser líder, é preciso também demonstrar os pontos de vista bem como as próprias habilidades e, ao fazê-lo, aproveitar ao máximo os recursos e técnicas que a comunicação oferece.

Por meio da comunicação eficaz, os talentos individuais afloram gerando líderes dotados de competência técnica e interpessoal para criar sinergia na equipe, de modo que a transmissão da mensagem passe a ser o ponto-chave do sucesso empresarial.


Oportunidades profissionais

Há profissionais conhecedores de diversos assuntos, entretanto com dificuldade em transmitir conhecimentos. Calam informações e permanecem estagnados.

É importante que outros conheçam o seu saber, percebam seu potencial e a utilidade do seu conhecimento. A comunicação possibilita esse intercâmbio, por isso também há necessidade de se investir no marketing pessoal3. Na era da valorização do capital intelectual, somar é estabelecer diferença competitiva. Faça das suas comunicações um investimento lucrativo.


Criatividade

Pessoas mais abertas às comunicações provavelmente têm mais condições de resolver problemas. Soluções criativas dependem muito dessa liberdade com que você estabelece novas relações entre os fatos. Sem interesse em diversificar a cultura, não há progresso. Identificar novos encadeamentos em áreas diferentes é um dos melhores exercícios para a comunicação e, consequentemente, desenvolve a criatividade.


Flexibilidade nas relações interpessoais

Quando as comunicações são aprimoradas, desenvolvemos a capacidade de filtrar informações, detectando as insignificantes. Assim, podemos fazer uma leitura mais precisa das pessoas e aprimorar também nossa habilidade para estabelecer relacionamentos. Considerar que as relações são destituídas de matematicidade, torna-as mais dotadas de elegância e compreensão.


Vitória sobre os desafios

Por meio das comunicações, inclusive os desafios são enfrentados com mais entusiasmo, os horizontes se abrem e contamos com mais possibilidades diante dos obstáculos. Além disso, as etapas a serem cumpridas até o objetivo podem ser melhor visualizadas. Aí é só comunicar também a vitória.

Compreender a dimensão do processo comunicativo permite-nos, portanto, conhecer as facetas da nossa personalidade e o modo como atuamos nos vários grupos sociais. É, especialmente, uma estratégia desafiadora e essencial para obtenção de vantagem competitiva do profissional no universo empresarial.

  • Processo que envolve a transmissão e a recepção de mensagens entre uma fonte emissora e um destinatário receptor, no qual as informações, transmitidas por intermédio de recursos físicos (fala, audição, visão etc.) ou de aparelhos e dispositivos técnicos, são codificadas na fonte e decodificadas no destino com o uso de sistemas convencionados de signos ou símbolos sonoros, escritos, iconográficos, gestuais etc.;
  • Informação que o emissor obtém da reação do receptor à sua mensagem e que serve para avaliar os resultados da transmissão;
  • Conjunto de ações, estrategicamente formuladas, que visam influenciar o público quanto à determinada ideia, instituição, marca, pessoa, produto, serviço etc.

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Renato Lisboa - neuropsicanalista, autor do best-seller 3 Segundos: Escolhas que transformam a vida e vice-presidente da Abrapcoaching.


Online ou offline, eis a questão

 As atuais estratégias de marketing devem estar presentes em ambos os meios

 

Que a aplicação de estratégias de marketing traz muitos benefícios para qualquer negócio, todo mundo sabe. No entanto, muitos empresários ainda têm dúvida sobre qual tipo de tática adotar: anunciar pelo meio digital e alcançar muitas pessoas, correndo o risco de se perder entre vários outros anunciantes; ou se utilizar dos meios tradicionais de divulgação, como rádio, TV, jornais, e etc., e acabar perdendo público?

Ambas as estratégias devem ser utilizadas, dependendo do produto ou serviço a ser divulgado e do nicho da empresa. A eficiência da internet para as vendas já foi comprovada, mas mesmo que a web seja capaz de alcançar inúmeras pessoas, ainda há potenciais consumidores que podem ficar de fora do radar, seja por faixa etária ou situação socioeconômica. Nesse sentido, a integração online e offline é fundamental.

No mundo dos negócios, a relação empresa-cliente pode se tornar um tanto fria se não for incorporado valor ao produto ou serviço. Estratégias de customer experience ou até descontos, brindes e amostras grátis fazem sucesso tanto no meio físico quanto no digital e fidelizam os clientes. O marketing voltado para o mundo offline possui várias vantagens como, por exemplo, a credibilidade que os meios tradicionais já têm e de que a internet ainda não dispõe.

Já o ambiente digital possibilita ao empresário gastar menos com a divulgação, além de poder rastrear os resultados e avaliar os possíveis erros e acertos de determinada campanha, assim como segmentar seus anúncios por gênero, idade, localização, entre outros. A estrategista em marca pessoal, Luciana Burko, destaca a importância de se manter uma coerência entre os conteúdos disponibilizados para o público.

“Se o cliente vir um anúncio em um outdoor ou mesmo em uma bicicleta de propaganda, inclusive já usada por uma das minhas mentoradas no interior do Paraná, ele também irá procurar o mesmo produto no ambiente virtual. Então é preciso estar atento à comunicação usada para divulgar os produtos de forma que o consumidor consiga identificá-los, tanto no meio online quanto no offline. Isso se chama comunicação integrada como uma estratégia de fortalecer a sua marca”, diz ela.

Sem dúvida, o uso das redes sociais é muito importante nesse cenário, pois são uma excelente ferramenta que alcança milhões de pessoas, e que podem fornecer informação para o cliente, gerar valor para o produto e possibilitar o compartilhamento das campanhas, mas lembrando que devem ser sempre coerentes aos demais pontos de contato offline.

 

Luciana Burko Maciel - Estrategista em Marca Pessoal

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Em maio, Índice de Expansão do Comércio (IEC) registra alta de 47% na comparação anual

Em relação a abril, IEC cresceu 4,4%, influenciado, principalmente, pelo nível de investimentos das empresas


 
O Índice de Expansão do Comércio (IEC) – indicador da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) que mede a intenção dos empresários de expandir os negócios – registrou alta de 47% em maio, quando comparado ao mesmo período do ano passado. Por trás do resultado está a base bastante fragilizada de comparação, já que, há um ano, o cenário era ainda mais desafiador graças aos impactos da pandemia de covid-19 na economia.
 
Em comparação a abril, houve crescimento de 4,4% – chegando a 117,1 pontos. O que mais influenciou o resultado mensal foi o subíndice Nível de Investimentos das Empresas, com alta de 5,6%, passando de 98,1 pontos, no mês anterior, para os atuais 103,5. O subíndice que mede as Expectativas para Contratação de Funcionários subiu 3,6%, registrando 130,6 pontos. Na comparação interanual, o nível de investimentos e as perspectivas quanto às contratações demonstraram crescimentos de 72,5% e 31,6%, respectivamente.
 
Embora os impactos dos transtornos causados pela falta de abastecimento de insumos e matérias-primas no comércio ainda estejam presentes, o Índice de Estoques registrou, na passagem de abril para maio, 122,9 pontos – o melhor resultado desde dezembro de 2019 (124,3 pontos). Aparentemente, os empresários estão contando com um estoque maior. Assim, para aumentar as receitas, parecem mais propensos a investir em ações que vão ajudar a reduzi-los – por exemplo, a contratação de novos funcionários, entre outras iniciativas –, diante da contração do consumo provocada pela inflação.
 
A normalização das atividades após maior contenção da variante ômicron e mais equilíbrio no nível de estocagem no comércio sinalizaram, também, uma melhora discreta da confiança dos comerciantes. Contudo, inflação, juros elevados e todas as incertezas na economia limitam a recuperação da confiança no curto prazo. Desta forma, estas variáveis continuam imprimindo um cenário desafiador para o empresariado e tem se mostrado mais relevante do que as consequências do desabastecimento na cadeia de insumos.
 
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) cresceu 2,3%, em maio, na comparação com abril, apontando 117,5 pontos. Na comparação anual, a alta é de 40,2%. O ICAEC, subíndice que avalia as condições atuais do comércio, obteve alta de 4,4% e registrou 100,4 pontos. O IEEC, que mensura a expectativa dos gestores, caiu 0,3%, chegando a 145,3 pontos. Já a última variável que compõe o indicador, o índice de investimento (IIEC) subiu 4%, passando para 106,8 pontos em maio. Na base de comparação anual, os três quesitos registraram crescimento: o primeiro avançou 88%; o segundo, 22,5%; e o terceiro, 34,4%.
 
Em maio, o Índice de Estoques (IE) avançou 2,3%. Em relação ao mesmo período do ano passado, o indicador cresceu 24%. A proporção dos empresários que consideravam a situação dos estoques adequada subiu 1,6 pontos porcentuais (p.p.): de 59,4%, em abril, para os atuais 61%. Aqueles que relataram que a situação estava inadequada acima do desejado caiu 1,9 p.p. – passando de 27,9%, no mês anterior, para 26,1%.
 
O porcentual dos empresários que consideravam seus estoques abaixo do desejado subiu 0,6 p.p.: de 11,6% para 12,2%. A proporção dos que relataram que os estoques estavam adequados seguiu maior do que os que afirmavam que a situação estava inadequada: 61% contra 38,3%, respectivamente.

 



 
Notas metodológicas


ICEC


O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) contempla a percepção do setor em relação ao seu segmento, à sua empresa e à economia do País. São entrevistas feitas em painel fixo de empresas, com amostragem segmentada por setor (não duráveis, semiduráveis e duráveis) e por porte de empresa (até 50 empregados e mais de 50 empregados). As questões agrupadas formam o ICEC, que, por sua vez, pode ser decomposto em outros subíndices que avaliam as perspectivas futuras, a avaliação presente e as estratégias dos empresários mediante o cenário econômico. A pesquisa é referente ao município de São Paulo, contudo sua base amostral reflete o cenário da região metropolitana.


 
IEC


O Índice de Expansão do Comércio (IEC) é apurado todo o mês pela FecomercioSP desde junho de 2011, com dados de cerca de 600 empresários. O indicador vai de 0 a 200 pontos, representando, respectivamente, desinteresse e interesse absolutos em expansão de seus negócios. A análise dos dados identifica a perspectiva dos empresários do comércio em relação a contratações, compra de máquinas ou equipamentos e abertura de novas lojas. Apesar desta pesquisa também se referir ao município de São Paulo, sua base amostral abarca a região metropolitana.


 

IE


O Índice de Estoque (IE) é apurado todo o mês pela FecomercioSP desde junho de 2011 com dados de cerca de 600 empresários do comércio no município de São Paulo. O indicador vai de 0 a 200 pontos, representando, respectivamente, inadequação total e adequação total. Em análise interna dos números do índice, é possível identificar a percepção dos pesquisados relacionada à inadequação de estoques: “acima” (quando há a sensação de excesso de mercadorias) e “abaixo” (em casos de os empresários avaliarem falta de itens disponíveis para suprir a demanda em curto prazo). Como nos dois índices anteriores, a pesquisa se concentra no município de São Paulo, entretanto sendo a sua base amostral considera a região metropolitana.

 


FecomercioSP

Notas sobre o Dia Mundial das Crianças Vítimas de Agressão


O dia 04 de junho foi escolhido pela ONU (Organização das Nações Unidas) como O Dia Mundial das Crianças Vítimas de Agressão e entra na agenda social desde 1982 para discutir seu significado e dar maior atenção ao enfrentamento do problema. Entende-se “agressão”, em seu sentido mais amplo, como toda forma de violência, das quais destaca-se: trabalho infantil, abuso e exploração sexual, violência doméstica ou intrafamiliar, violência institucional, violência urbana, entre outras. As estatísticas mundiais sobre o tema ainda assustam. Segundo o UNICEF (Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância), mais de 35 mil crianças e adolescentes foram mortas de forma violenta entre 2016 e 2020 somente no Brasil. 

O país avançou substancialmente com relação as agressões físicas com a lei 13.010/2014, conhecida como Lei Menino Bernardo, que alterou o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), estabelecendo que os menores de 18 anos não podem ser educados com o uso de castigos físicos, de tratamento cruel ou degradante. O artigo 4º do ECA trata das violências, porém era necessário outro dispositivo jurídico para explicitar que educar por meio de tapas ou palmadas não é permitido. As falas de muitos pais ou responsáveis que tentam justificar “que não espancam os filhos, mas batem para o seu bem”, não pode mais ser tolerado. Percebe-se que, de forma geral, os adultos batem mais por questões emocionais deles do que propriamente daquilo que as crianças ou adolescentes estão fazendo. Muitas vezes projetam no outro suas angústias e amarguras da vida adulta, deixando de considerar que crianças e adolescentes estão em uma fase peculiar de pessoa em desenvolvimento, momento de maturação física, psíquica e social. 

Outra legislação que o país recentemente aprovou foi a Lei 14.344 de 2022, denominada de Lei Henry Borel, cujo nome remete a história de um menino de 4 anos que suspostamente foi morto pelo padrasto, o vereador Jairinho, no Rio de Janeiro, em 2021. Esta lei tornou crime hediondo o homicídio contra menores de 14 anos e estabeleceu medidas protetivas para crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica e familiar. O recrudescimento das leis é fundamental para evitar tais crimes contra a infância e a adolescência, todavia, a sociedade deve se mobilizar continuamente para impedir o aumento desses crimes e o aumento dessas agressões. 

Campanhas preventivas são importantíssimas para chamar atenção de toda a sociedade e possibilitar as notificações ao Conselho Tutelar da região na qual a criança ou adolescente mora, conforme previsto no art. 13 do ECA. Se alguém não se sentir seguro para fazer a notificação de violência contra crianças e adolescentes ao Conselho Tutelar, pode fazer anonimamente via disque 100. O que não podemos deixar de fazer é a notificação, pois um caso de violência doméstica pode levar as crianças ou adolescentes à morte. 

Os profissionais nas áreas da Saúde, Educação, Assistência Social e Justiça estão na linha de frente para acolher as crianças e adolescentes vítimas de agressões, e muitos têm dificuldades nesse atendimento, o que pode gerar uma revitimização dos atendidos. Assim, a capacitação de profissionais e a supervisão dos casos de violência contra crianças e adolescentes é de suma importância na qualidade do atendimento e garantia de direitos. 

A Rede de Proteção da Infância e Juventude é ampla, mas precisa avançar, permitindo melhores condições de trabalho para os profissionais e aprimoramento dos fluxos de encaminhamento dos casos de violência. A cidade de São Paulo conta com mais de 20 unidades de Serviços de Proteção às Vítimas de Violência (SPVV), que é um serviço ligado a proteção especial da política de Assistência Social. Além disto, a capital paulista conta com mais de 50 Conselhos Tutelares, Delegacias Especializadas, Varas da Infância e Juventude, Ministério Público, Defensoria Pública e Organizações da Sociedade Civil que atendem, muitas delas, com a parceria junto à prefeitura. 

O Serviço-Escola do curso de Psicologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) atende crianças e adolescentes de abrigos, muitos com histórias de violência física, psicológica, sexual, negligência e abandono. Além disto, faz acompanhamento de casos espontâneos de crianças e adolescentes que chegam com queixas de conflitos familiares, desobediência, agressividade, Transtornos como o Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), entre outras. Todos os casos, independentemente da origem encaminhada, sejam pelo fluxo interno, ou por meio dos parceiros, as famílias são orientadas e participam de todo o processo. 

Vários estudantes de Psicologia desenvolvem seus estágios obrigatórios atendendo casos de agressões contra crianças e adolescentes nos Conselhos Tutelares, Abrigos-SAICAS, SPVVs e nas instituições parceiras. Visando a inclusão de crianças e adolescentes abrigados para a convivência familiar e comunitária, os estagiários de Psicologia Jurídica atuam na formação de Padrinhos e Madrinhas, bem como na formação de candidatos para a adoção. Essas atividades e ações buscam a garantia e a proteção de criança e adolescente e vem ao encontro da missão institucional confessional da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

 

Marcelo Moreira Neumann - professor e supervisor de Psicologia Jurídica e Direitos Sociais do curso de Psicologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) e supervisor de Serviços de Proteção às Vítimas de Violência do município de São Paulo.


Semana do Meio Ambiente Inhotim celebra a biodiversidade e aspectos culturais do Cerrado

Ipê Amarelo. Instituto Inhotim. Foto: João Marcos Rosa
Nesta edição, programação de oficinas, visitas mediadas, palestras e outras ações gratuitas tem como norte o Ser do Cerrado, projeto executado em parceria com o Ministério Público de Minas Gerais por meio da Plataforma Semente com recursos de medidas compensatórias ambientais. Objetivo é aumentar a sensibilização sobre a conservação do Cerrado,  segundo maior bioma do país, e território de diversos ecossistemas. 

 

Entre os dias 1º e 5 de junho, o Inhotim será palco da Semana do Meio Ambiente 2022, edição Ser do Cerrado, com programação gratuita, aberta ao público de todas as idades, com palestras, visitas mediadas, oficinas e apresentações culturais, e ainda a abertura de um novo espaço educativo no Instituto, o Meliponário. Nesta edição, a programação tem como norte a sensibilização e valorização do Cerrado, tema que vem sendo abordado ao longo do ano nos programas do Instituto por meio do Ser do Cerrado, projeto executado em parceria com o Ministério Público de Minas Gerais por meio da Plataforma Semente, com recursos de medidas compensatórias ambientais.  

Abrigo de diversas espécies da fauna e da flora, o Cerrado é o segundo maior bioma do país e hotspot mundial -- termo utilizado para designar lugares de elevada riqueza natural, mas que também sofrem com elevado grau de degradação. Nele, também estão situadas reservas hidrológicas que abastecem alguns dos rios mais importantes da América do Sul e fornecem água para todas as regiões do Brasil. Apesar de toda a sua relevância, o Cerrado se encontra altamente ameaçado e precisa de atenção.  

“O Cerrado tem relevância ecossistêmica fundamental e também resguarda grande parte do patrimônio histórico e cultural do Brasil. Traremos atividades diversas para aumentar a conscientização do público sobre sua diversidade e preservação”, explica Juliano Borin, Curador Botânico do Inhotim, que irá mediar a visita Bastidores do Viveiro no dia 1º de junho. “Durante as visitas, vamos convidar os participantes a investigar as adaptações que as espécies do Cerrado tiveram que desenvolver para se reproduzir. Troncos retorcidos, folhas coriáceas, árvores não muito altas e sistemas radiculares super desenvolvidos são só alguns exemplos das adaptações que podemos perceber nas plantas desse bioma”, completa.  

“Falar de Cerrado no Inhotim é falar do próprio território, afinal, Brumadinho está localizado em uma região de transição deste bioma com a Mata Atlântica”, reflete Sabrina Carmo, Coordenadora do Jardim Botânico. “O Jardim Botânico é uma plataforma perfeita para práticas de educação ambiental que foquem na mensagem de que o Cerrado é nosso, que precisamos conhecê-lo — plantas, animais silvestres e pessoas — e entender como esses seres se relacionam e qual o nosso papel na sua conservação”.   

O Inhotim possui uma coleção de cerca de 4,5 mil espécies de diversos continentes — algumas raras e ameaçadas de extinção —, distribuídas entre os 140 hectares do Instituto. Simultaneamente à atuação como Museu de Arte Contemporânea, o Inhotim é Jardim Botânico e desenvolve programas que visam à conservação da biodiversidade e pesquisas acerca de mudanças climáticas, entre outros temas relacionados à flora nativa.  

Durante a programação, o Inhotim abre as portas do seu Meliponário para visitação do público, espaço situado no Viveiro Educador. O Meliponário é resultado de uma parceria com o CRESAN (Centro de Resgate e Ecologia de Abelhas Nativas), um projeto de Brumadinho, e tem fins exclusivamente conservacionistas. O novo espaço permite ao público conhecer algumas espécies de abelhas sem ferrão, que são muito importantes para a polinização da flora nativa.

A programação da Semana do Meio Ambiente Inhotim 2022 contempla visitas mediadas com foco em Cerrado; ciclo interdisciplinar de palestras sobre o bioma; mostra de sementes do bioma; apresentações culturais locais e oficinas educativas. Algumas atividades terão, ainda, transmissão simultânea e tradução em Libras.  

 

Semana do Meio Ambiente Inhotim 2022 Ser do Cerrado

Programação Completa 

 Visitas Mediadas 


Bastidores do Viveiro  

Vista aérea do Viveiro Inhotim. Foto: Brendon Campos

Conhecer a biodiversidade do Cerrado é primordial para sua conservação. Nessa visita, o público terá a oportunidade de conhecer os jardins do Viveiro, a produção de plantas e as coleções botânicas guardadas nas estufas e casas de sombra.

Quarta-feira, dia 1º de junho, às 10h, mediada por Juliano Borin, Curador Botânico do Inhotim.

Domingo, dia 5 de junho, às 10h, mediada por Samuel Gonçalves (@umbotaniconoapartamento), Doutor em Botânica e colecionador de plantas.

Tradução em Libras. Local: Saída da Recepção  

 

Visitas com o Educativo - Ser do Cerrado 

A partir do acervo botânico com espécies do Cerrado, o Educativo Inhotim convida para conhecer e refletir sobre esse bioma por meio de visitas mediadas com educadores.  

De 1 a 5 de junho, às 14h.

Tradução em Libras no dia 2 de junho

Local: Saída da Recepção

  

Mostra de Sementes 

Mostra de sementes. Laboratório do Inhotim. Foto: João Marcos Rosa

A exposição concentra parte da diversidade de frutos e sementes de espécies típicas do Cerrado e as estratégias que elas utilizam para sobreviver e conquistar novos ambientes. O público terá a oportunidade de conhecer, tocar e entender como essas estruturas são utilizadas pelas pessoas, bem como a importância de conservar a flora do Cerrado.  

De 2 a 5 de junho, das 10h às 15h

Local: Viveiro Educador  

 

Palestra 

Conhecendo a Fauna do Cerrado 

Ipê Amarelo, Instituto Inhotim. Foto: João Marcos Rosa

Nesta palestra, o biólogo da Secretaria de Meio Ambiente de Brumadinho, Vinícius Barbosa, abordará a fauna de Brumadinho, principalmente as espécies que ocorrem no Cerrado, ameaças para conservação e experiências com resgate de fauna no município.

 Dia 2 de junho, às 10h

Local: Teatro

 


Oficinas Educativas 

Oficina Saberes do Cerrado 

Diante da diversidade cultural do Cerrado, educadores do Inhotim irão produzir, com os participantes, bijuterias e cosméticos naturais a partir de matérias-primas desse bioma.  

Dia 3 de junho, às 10h30 e às 14h

Local: Viveiro Educador

Tradução em Libras na oficina das 14h

Classificação livre (crianças deverão estar acompanhadas de um adulto responsável)

 

Oficina de Ilustração Científica 

Conhecimentos artísticos e científicos se encontram para representar graficamente a biodiversidade do Cerrado. Nesta oficina, o Educativo Inhotim irá, através do desenho de espécies do Cerrado, promover aprendizados sobre a flora e a fauna do bioma, sensibilizando público quanto a importância da conservação da biodiversidade.  

Dia 4 de junho, às 10h30 e às 14h

Local: Viveiro Educador

Tradução em Libras na oficina das 14h

Classificação livre (crianças deverão estar acompanhadas de um adulto responsável)  

 

Oficina de Produção de Exsicatas 

A partir do contato direto com a flora do Cerrado presente no Inhotim, os visitantes irão conhecer as estruturas vegetais e montar prensas de identificação botânica.  

Dia 5 de junho, às 10h30 e às 14h

Local: Viveiro Educador

Classificação livre (crianças deverão estar acompanhadas de um adulto responsável)

 

Roda de Conversa 

Polinizar 

No dia de abertura do Meliponário do Inhotim, o público será convidador a descobrir curiosidades únicas sobre as abelhas sem ferrão por meio de um bate-papo com especialistas em criação e conservação dessas espécies.  

Dia 3 de junho, às 15h

Loca: Meliponário (Viveiro Educador)

 

 

Ciclo de palestras 

Cerrado Sempre-Vivo 

Canela-de-ema, Instituto Inhotim. Foto: João Marcos Rosa

No ciclo de conversas interdisciplinares, o público vai conhecer mais sobre o Cerrado com profissionais das áreas de paisagismo, pesquisa e educação: Mariana Siqueira (projeto Jardins do Cerrado), João Meira Neto (Universidade Federal de Viçosa) e Rosângela Azevedo Correa (Museu do Cerrado).  

Sábado, 4 de junho, às 9h30

Abertura com apresentação do ¿Silencie? Coletivo Percussivo.

Com tradução em Libras

Local: Transmissão ao vivo pelo YouTube (as inscrições estão encerradas).

 

Apresentações culturais 

Luzmilla Luz

A artista apresenta o show performático Sintrópica, construído a partir de temáticas que exaltam a terra e as forças da natureza. Os cantos apresentados neste trabalho remetem às cantigas populares, cirandas numa celebração da natureza, através re-encantamento de nosso olhar para o mundo. É um chamado pelo cuidado da Terra, pelo cuidado da vida.

Dia 4 de junho, às 15h30

Local: Viveiro Educador

 

Orquestra de Câmara Inhotim 

Nesta apresentação, o público vai conhecer a obra Os Jardins de Inhotim, do premiado compositor brasileiro Jônatas Reis. A apresentação terá participação do violonista Celso Faria sob a regência do Maestro César Timóteo.  

Dia 5 de junho, às 15h30

Local: Viveiro Educador  

As inscrições para as Oficinas serão realizadas por meio de formulário no site do Inhotim. O restante das atividades terá inscrições presenciais no dia do evento. Há limitação de vagas em algumas atividades.

 

 

 

Dicas de segurança para os adolescentes

Empresa de segurança indica medidas preventivas aos jovens, que hoje estão entre as principais vítimas da violência

 

Segundo o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), entre 2016 e 2020, 35 mil crianças e adolescentes, entre 0 e 19 anos, foram mortos por violência no Brasil, uma média de 7 mil por ano.

O Panorama da Violência Letal e Sexual contra Crianças e Adolescentes no Brasil, lançado pelo Unicef e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em outubro de 2021, corrobora os dados sobre violência contra os jovens com uma análise inédita de boletins de ocorrência das 27 unidades da Federação e demonstra que  adolescentes morrem, em sua maioria, fora de casa, vítimas da violência urbana e do racismo.

O estudo aponta ainda que o adolescente é a principal vítima de mortes violentas e que das 35 mil mortes violentas de pessoas até 19 anos, identificadas entre 2016 e 2020, mais de 31 mil tinham entre 15 e 19 anos.

Uma das recomendações do Unicef é que, para prevenir e responder à violência, é importante garantir que crianças e adolescentes tenham acesso à informação, conheçam seus direitos, saibam identificar diferentes formas de violência e pedir ajuda.

Para Vinicius Freitas, Diretor de Operações do GRUPO GR, uma das maiores empresas de segurança do país, “levantamentos como esse ajudam a entender o cenário e a tomar medidas preventivas, que garantam mais segurança às famílias e aos jovens”.

Freitas aponta que hoje os adolescentes, em especial os que frequentam locais públicos, são alvos de furto de celulares e pequenos pertences, como relógios, joias, tênis, além de sofrerem de sequestros relâmpagos e aplicação de golpes de Pix. “A regra de ouro para detectar esse tipo de golpe é desconfiar quando a ‘esmola’ for grande demais. Os familiares precisam trocar informações com esses jovens sobre as situações cotidianas de segurança, em um diálogo aberto e participativo, sem intimidar com broncas, para que os jovens não mintam sobre as situações ou omitam fatos. O ideal é criar uma orientação diária e repetitiva para uma cultura natural de segurança”, explica.

Ele comenta ainda que os locais e horários mais visados para a abordagem costumam ser entrada e saída de residências, escolas, academias e pequenos eventos isolados em estabelecimentos comerciais, entre 6 e 9 horas, 11 e 14 horas e 18 e 21 horas. “Além disso, é necessária a atenção aos locais com mais de duas opções de rota de fuga, com baixa iluminação pública durante a noite e com carência de policiamento.”

E recomenda que, para não chamar a atenção dos bandidos, é importante não deixar os pertences pessoais visíveis, conhecer o local aonde vai, vestir roupas e pertences compatíveis e ficar atento. Em caso suspeito, procurar pontos de apoio, como comércios, locais com movimentação de pessoas e a base policial.

Nos casos de tentativa de assalto, que têm sido muito frequentes nas cidades, Freitas orienta a manter a calma, comunicar os movimentos ao assaltante para não instigar uma reação, jamais reagir, evitar encarar o ladrão e não o confrontar ou tentar convencê-lo de algo. “Nunca se deve pagar para ver se a arma do criminoso é de verdade ou não. A vida vale muito mais do que qualquer coisa que o criminoso venha a roubar.”

Ele ainda recomenda que, caso o jovem seja abordado, relate o ocorrido e abra um Boletim de Ocorrência para que a Secretaria de Segurança Pública, com dados de localidade de maior reincidência, possa planejar e promover o posicionamento das viaturas policiais e realize a ronda preventiva.

 

GRUPO GR

 

Amanhã (31) é o último dia para aderir ao Relp

Está chegando ao fim o prazo para os empreendedores que desejam aderir ao Programa de Reescalonamento do Pagamento de Débitos no Âmbito do Simples Nacional

 

Termina nesta terça-feira (31) o prazo para os empreendedores que desejam regularizar sua situação financeira com a União. Podem aderir ao Programa de Reescalonamento do Pagamento de Débitos no Âmbito do Simples Nacional (Relp) os microempreendedores individuais (MEI) e os donos de micro e pequenas empresas (MPE) que possuem dívidas, mesmo que não estejam mais nesse regime de tributação. Segundo levantamento junto à Receita Federal, até o dia 29 de maio, 168.160 MPE e 68.321 MEI já aderiram ao Relp. Somente na sexta-feira (29), foram 34 mil adesões.

Até o momento, o Ceará é quem lidera, com quase 92%, o ranking de estados em porcentagem de adesão ao chamado “Refis do Simples”. O Amapá e a Bahia vêm na sequência, com 78,7% e 75,7%, respectivamente; já Pernambuco (24,68%) e Acre (25,73%) são as Unidades da Federação com os piores resultados. No total, o Sebrae estima que aproximadamente 2 milhões de empresas tenham débitos no Simples.

Por meio do Relp, os empresários podem quitar suas dívidas com descontos proporcionais às perdas de faturamento registradas durante a pandemia. Quem aderir à iniciativa vai conseguir reduzir ou até mesmo liquidar multas, juros e encargos, além de ser capaz também de parcelar as dívidas em até 15 anos.

O gerente de Políticas Públicas do Sebrae, Silas Santiago, destaca as vantagens do programa de parcelamento. “É uma maneira bastante favorecida de parcelar os débitos do Simples em um período longo, de até 180 meses, e com desconto de multas e juros. O prazo não será prorrogado. Lembrando que após fazer a adesão e gerar a guia de pagamento, essa primeira parcela também deve ser quitada até 31 de maio”, reforça.

A data-limite para a inclusão no chamado “Refis do Simples” vale também para as 340 mil empresas que já fizeram pedido para aderir ou retornar ao regime em janeiro deste ano, mas estão pendentes por causa de débitos tributários.


Como aderir

Para débitos na Receita Federal, a adesão ao financiamento é pelo Portal e-Cac, ou Portal do Simples Nacional. Nos casos de débitos em Dívida Ativa, a negociação é via portal Regularize.

O Sebrae disponibiliza um material completo com cartilhas e vídeos explicativos. Para acessá-lo, basta clicar aqui


Imposto sobre Produtos Industrializados: caos tributário e insegurança jurídica

A segurança jurídica é fundamental para o desenvolvimento dos negócios, e deve ser observada pelo Poder Público. Através dela, é possível tomar decisões e prever as possíveis consequências futuras dos atos que foram praticados no presente. A segurança jurídica é fundamental para atrair, criar e manter empresas e empregos, consagrando o princípio da previsibilidade e garantindo mais segurança nas relações comerciais. É um instrumento de orientação, proteção e tranquilidade dos cidadãos, que devem poder praticar seus atos e realizar seus investimentos sem que sejam surpreendidos com situações novas, repentinas e, por vezes, absurdas.

Por outro lado, a insegurança jurídica faz com que as empresas não consigam prever as consequências dos seus atos, mesmo que lastreados nas normas jurídicas vigentes. Essa falta de clareza gera grande desconfiança por parte dos investidores, prejudicando o desenvolvimento econômico como um todo. É o que estamos assistindo com as sucessivas alterações de normas referentes ao Imposto sobre Produtos Industrializados – TIPI. Façamos um breve apanhado dos fatos para compreender a grande confusão instalada em nosso país:

  • 19/11/2021: editada a RESOLUÇÃO GECEX Nº 272, que trouxe diversas alterações na Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) e Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI), bem como diversas modificações no Sistema Harmonizado (SH-2022). As centenas de inclusões, exclusões e alterações entraram em vigor em 1º de abril de 2022.
  • 30/12/2021: promulgado o DECRETO Nº 10.923, aprovando a Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados – TIPI, também com efeitos a partir de 1º de abril de 2022.
  • 25/02/2022: o DECRETO Nº 10.979 altera a Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados – TIPI, reduzindo as alíquotas em 18,5% para os produtos classificados nos códigos da posição 87.03 e 25% para os produtos classificados nos demais códigos, exceto para os produtos classificados nos códigos relacionados no Capítulo 24 da TIPI.
  • 08/03/2022: o DECRETO Nº 10.985 altera o Decreto nº 10.979, de 25 de fevereiro de 2022, que, por sua vez, já havia alterado a TIPI, dispondo ainda sobre a devolução ficta de automóveis em decorrência da redução das alíquotas do IPI.
  • 31/03/2022: na véspera da entrada em vigor da nova TIPI, o DECRETO Nº 11.021 altera o Decreto nº 10.923, de 30 de dezembro de 2021, prorrogando início de vigência da TIPI de 01/04/2022 para 01/05/2022.
  • 01/04/2022: como a vigência da nova TIPI foi adiada para 01/05/2022 e as alterações da Resolução GECEX nº 272/2021 entraram em vigor em 01/04/2022, a Receita Federal do Brasil publica o ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO RFB Nº 2, adequando a Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (Tipi) às alterações ocorridas na Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM).
  • 14/04/2022: o DECRETO Nº 11.047 revoga, a partir de 1º de maio de 2022, o Decreto nº 10.979, de 25 de fevereiro de 2022; e os art. 1º e art. 2º do Decreto nº 10.985, de 8 de março de 2022.
  • 28/04/2022: o DECRETO Nº 11.055 revoga, a partir de 1º de maio de 2022, o Decreto nº 10.979, de 25 de fevereiro de 2022; os art. 1º e art. 2º do Decreto nº 10.985, de 8 de março de 2022; e o Decreto nº 11.047, de 14 de abril de 2022. Este decreto também promoveu nova alteração na TIPI, ampliando as reduções das alíquotas do IPI, de 25% para 35%, com efeitos a partir de 1º/05/2022.
  • 06/05/2022: ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, em decisão monocrática, concede liminar em uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) protocolada pelo partido Solidariedade contra os três decretos que reduziram as alíquotas do IPI em 25%, depois em 35%, e zeraram a tributação sobre concentrados de refrigerante. O objetivo da ação é proteger a Zona Franca de Manaus.

Em meio a tantas idas e vindas, as empresas e seus departamentos fiscais praticamente entraram em colapso, tamanho o número de alterações que tiveram que ser feitas e refeitas. A TIPI, que deveria entrar em vigor em 1º de abril de 2022, não entrou, sendo adiada sua vigência para 1º de maio. No mês de abril, todas as atualizações já feitas pelas empresas foram perdidas, pois os cadastros tiveram que voltar à situação anterior. Em paralelo a isso, os Estados não acompanharam essas alterações, de modo que determinadas UF não homologaram as NCM antigas e outras homologaram as novas NCM, mesmo a TIPI não tendo entrado em vigor.

Como se não bastasse, o governo realizou mais alterações na Tabela do IPI antes de sua entrada em vigor em 1º de maio, o que novamente fez com que as empresas corressem para atualizar seus cadastros e a classificação fiscal dos produtos. Coroando a confusão, a liminar concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, suspendeu a redução nas alíquotas do IPI incidente sobre mercadorias concorrentes àquelas produzidas na Zona Franca de Manaus, causando grande insegurança jurídica.

Os contribuintes estão vivendo em um caos tributário e têm muitas dúvidas em relação à decisão de Moraes. Em entrevista concedida ao JOTA, o presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato, destacou questões ainda pendentes de respostas: “1. Quando passou a valer? 2. A decisão restabelece a TIPI anterior (nas NCM’s antigas) ou só muda as alíquotas dos produtos e mantém os novos códigos NCM? 3. Para efeito de aplicação dela, o ME entende que precisa haver produção + PPB, ou apenas o PPB? 4. Se amanhã ou depois for publicado um PPB novo e o produto vier a ser fabricado, haverá redução de alíquota para produtos fora da ZFM? 5. Será divulgada uma relação dos produtos que voltarão às alíquotas normais de IPI?”

É inegável que tamanha insegurança jurídica prejudica a competitividade de nossa indústria e aumenta o Custo Brasil, além de contribuir decisivamente para a quantidade absurda de conflitos judiciais. O número excessivo de normas editadas e a falta de clareza torna muito difícil garantir os pilares da segurança jurídica. Com efeito, as leis e atos normativos deveriam ser claros, compreensíveis, diretos e objetivos, de modo que todos pudessem organizar suas vidas e fundamentar suas decisões sabendo das consequências. Além disso, se as normas mudam a toda hora, não há segurança sobre o que é atualmente válido (ou inválido) ou se as regras permanecerão as mesmas no futuro. Sem estabilidade jurídica não é possível compreender quais efeitos jurídicos cada conduta pode acarretar. É exatamente o que está acontecendo com as indústrias nesse momento, afundadas em dúvidas e temerosas de tributar seus produtos de forma errada, o que pode gerar autuações posteriores por parte da Receita Federal do Brasil.

 

Frederico Amaral - CEO da e-Auditoria, empresa de tecnologia especializada em auditoria digital.

 

e-Auditoria

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