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quarta-feira, 25 de maio de 2022

Especialista explica como a terapia de casal pode diminuir conflitos


Casais que procuram pela técnica podem serem mais compreensivos, respeitosos e responsáveis afetivamente
  


A terapia de casal, modalidade clínica de atendimento psicológico, busca promover uma melhor qualidade de vida e dinâmica conjugal. Com o intuito de auxiliar na resolução de conflitos e abrir espaço para uma comunicação mais assertiva, o serviço procura alinhar as expectativas que cada um tem sobre seu cônjuge.

Segundo a psicóloga e coordenadora do curso de Psicologia da UNINASSAU Paulista, Márcia Karine, o psicólogo vai ser um intermediador do casal, a fim de ampliar o diálogo entre eles. "Todo relacionamento possui problemas, afinal, cada pessoa tem sua forma de pensar, agir e sentir. A comunhão a dois é complexa, mas é necessário reconhecer as dificuldades e procurar uma ajuda profissional", explica.  

Entre os principais motivos que levam os casais a buscarem a terapia estão a tentativa de melhorar a comunicação, equilibrar as diferenças individuais, identificar metas e objetivos em comum, entender as necessidades do outro, desenvolver estratégias para fortalecer a relação e superar uma traição. "O número de divórcios tem aumentado, principalmente pós-pandemia. Uma relação que não possui paciência, diálogo e atenção pode facilmente ser desgastada com o tempo", comenta.  

Conforme a coordenadora, o psicólogo será o facilitador da conversa e quem vai direcionar o casal para sair do ciclo de desentendimentos e frustrações, mostrando que a solução para os problemas pode ser mais simples. "O profissional irá atuar com neutralidade e ética, para que nenhum dos pacientes se sintam ameaçados ou julgados por conta das suas ações e pensamentos", finaliza.  

A terapia à dois é recomendada quando há conflitos no relacionamento conjugal e os envolvidos não conseguem administrar e superar os problemas sozinhos. Assim, acabam prejudicando o bem-estar de cada um.

 

Izabelly Gomes


O poder do hábito positivo

O hábito é algo poderoso e que sem dúvida nos auxilia a conquistar os nossos objetivos. E tenho alguns que trago comigo desde a minha infância, adquiridos da minha educação e da minha cultura familiar, a qual tanto me orgulho.

Sendo a família a estrutura social básica e o primeiro núcleo da construção de nossos hábitos e na construção do nosso aprendizado, penso que é relevante refletirmos como os hábitos da família podem interferir em nossos saberes, até porque são essas primeiras pessoas que temos contato logo nos primeiros anos de vida e que são indispensáveis para a construção de um indivíduo.

E hoje, quando faço uma análise dos meus hábitos positivos diários, lembro muito de quantos deles aprendi com minha mãe. Separei alguns:

  1. Acordar sempre cedo e motivado a iniciar o dia: ela tinha o hábito de nos acordar com flores, colhidas em seu jardim.
  2. Estabelecer uma rotina de trabalho diário para suas seis filhas, cada uma tinha sua tarefa e não podíamos deixar de cumpri-las, como por exemplo: lavar roupa (não tínhamos máquina de lavar), limpar a casa (não tínhamos empregada), cozinhar e fazer horta.
  3. Almoço em família: era um hábito esperarmos meu pai chegar para ela servir o almoço com todos ao redor da mesa. Esse momento era muito especial para todos nós.
  4. Cultivar flores: ela cultivava o nosso jardim sempre florido e nos ensinou a manter nossa casa sempre com flores.
  5. Tratar todas as pessoas de forma igual: lembro com carinho quando ela pedia para servirmos um café para as pessoas que limpavam a frente da nossa casa.
  6. Usar um batom vermelho: ela sempre dizia que a mulher era uma flor e por onde passasse tinha que espalhar beleza e um perfume no ar. Uso até hoje meu batom vermelho.
  7. Ser amiga de todas as mulheres: com ela aprendi verdadeiramente o sentido da sororidade.
  8. Estudar diariamente: ela aprendeu a ler e escrever na fase adulta, pois não teve acesso a escola na sua infância e sempre nos cobrou levar a frente nossos estudos e com isso ela realizou seu sonho de ver todas as suas filhas formadas em curso superior.
  9. Exercício da Gratidão: sempre nos ensinou a agradecer a todos as pessoas que nos ajudavam, ela sempre preparava os buquês de flores para entregarmos aos nossos professores.

Hoje, coloquei mais um hábito na minha vida, que é o de cultivar rosas no sítio onde ela mora, para poder fazer uma homenagem a ela com toda minha gratidão e orgulho por ser filha de uma mulher inspiradora como ela.

 

Edna Vasselo Goldoni - fundadora e presidente do Instituto Vasselo Goldoni, CEO da Vasselo Goldoni Desenvolvimento, HR Influencer 2021 – 1º lugar no Brasil; membro honorário e vitalício da All Ladies League Global Network (Soul Sister), única mulher indicada ao Prêmio TOP OF MIND Profissional de Vendas, sendo finalista em três Edições; representou o Brasil no Congresso Mundial da ONU Mulheres em 2016.


A liberdade como ferramenta de combate ao radicalismo

Cientista social e jornalista Thales Guaracy analisa fanatismos e aponta caminhos para a solução dos dilemas do mundo moderno


Radicalismo político, xenofobia e rivalidades nacionais que resultam em conflitos bélicos. Dramas sociais que pareciam superados há muito tempo voltaram a pautar noticiários e rodas de conversa. Impulsionados pelo desenvolvimento da tecnologia e a popularização das redes sociais, fenômenos supostamente arcaicos avançam pelo mundo todo.

Para analisar as origens destas novas divisões sociais e contribuir com a indicação de possíveis caminhos para a resolução destes dilemas modernos, Thales Guaracy, cientista político e jornalista vencedor do prêmio Esso de Jornalismo Político, lança o livro A Era da Intolerância pela Matrix Editora.

Para o autor, a cultura dos discursos antagônicos, marcada pelo eterno cabo de guerra do “nós versus eles”, ganhou novo fôlego a partir do atentado às Torres Gêmeas, em 2001, e se mostrou completamente enraizada durante a pandemia iniciada em 2020.

Guaracy elenca acontecimentos econômicos, políticos, sociais e a revolução tecnológica como fio condutor para construir sua narrativa. Segundo ele, as últimas duas décadas registraram uma crescente de incertezas e conflitos que definem o início do século XXI.

O livro formado por 16 capítulos reforça como a liberdade, que fortaleceu a democracia no mundo pós-guerra fria e resultou em transformações positivas na economia e nos costumes, também impulsionou o desemprego em massa e a exclusão social. O retorno dos governos autoritários, o fortalecimento das ameaças à democracia e a definição dos limites da liberdade são alguns dos temas apresentados ao leitor de maneira profunda e didática.

A Era da Intolerância é uma leitura indicado para quem deseja entender como a sociedade chegou a esse momento tão dividida: opiniões se transformaram em armamento e oposições ganharam ares de conflitos irremediáveis. Além de se aprofundar nas origens da intolerância, o autor aponta soluções e desenha o caminho para a construção de relações pautadas pelo respeito à liberdade.



Ficha técnica

Livro: A Era da Intolerância
Autor: Thales Guaracy
Editora: Matrix Editora
ISBN: 978-65-5616-105-1
Páginas: 312
Preço: R$ 59,00
Onde encontrar: Matrix Editora, Amazon

 

 Sobre o autor

Thales Guaracy é cientista social, jornalista e escritor. Formado pela Universidade de São Paulo, recebeu o prêmio Esso de Jornalismo Político. Foi editor de veículos como Veja, Exame, Forbes, VIP, Playboy e o Estado de São Paulo. Como diretor editorial da Editora Saraiva, criou o selo Benvirá e o Prêmio Benvirá, pelos quais lançou novos autores, premiados e de grande sucesso comercial. Como autor, publicou livros de ficção e não ficção, entre eles “A conquista do Brasil (1500-1600)”, “A criação do Brasil (1600-1700)”, “O Sonho Brasileiro”, “Filhos da Terra”, “Anita” e “Amor e Tempestade”.

 

Matrix Editora

 www.matrixeditora.com.br

Quando vamos aprender a descansar de verdade

Especialista em medicina integrativa, faz alerta sobre sobrecarga física e mental, relacionada a dupla jornada de trabalho, home office e trabalho hibrido pós-pandemia


O termo “workaholic” tem sido muito utilizado nesta era da produtividade e até visto por alguns como um elogio para profissionais em tempo integral, aqueles que dão conta de tudo, são multitarefas e basicamente incansáveis. Mas, será que o trabalho tem ocupado mais espaço do que deveria em nossas vidas? Porque ainda estamos estimulando a ideia de que homens e mulheres precisam ser super-heróis o tempo todo? Estes são alguns dos questionamentos levantadas pela especialista em medicina integrativa, Dra. Esthela Oliveira.

Segundo uma pesquisa feita pela LHH do Grupo Adecco, empresa suíça de recursos humanos que atua em 60 países, 38% dos 15mil trabalhadores ativos entrevistados no estudo, afirmaram ter apresentado sintomas característicos da Síndrome de Burnout, no último ano. “Com o home office ganhando espaço devido a pandemia, uma barreira delicada foi rompida, aquela que diferenciava o espaço e tempo de trabalho com o destinado ao lazer e descanso”, afirma a especialista.

Em um período muito curto de tempo as pessoas tiveram de se acostumar com rotinas hibridas de trabalho, unindo tarefas domésticas às de trabalho em um mesmo ambiente, o que resultou em uma inevitável sobrecarga física e principalmente mental. Não atoa, o Burnout entrou para a lista das doenças de trabalho reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde em 2022.

“O problema é que com a rotina tão intensa e bagunçada, fica fácil esquecer da importância do descanso. Mas, assim como um elástico que quando esticado demais, perde a elasticidade, nós também nos levamos ao limite quando não aprendemos a desacelerar. As consequências disso são os picos de estresse, mudanças de humor, problemas com as relações interpessoais, falta de concentração e memória, distúrbios alimentares e do sono, além da ansiedade e dos prejuízos a médio e longo prazo, como diabetes, sobrepeso, insônia, depressão, dores inexplicáveis no corpo, cabeça e coluna”, alerta Esthela.

Segundo a especialista em medicina integrativa, quando não dedicamos um tempo para relaxar e condicionamos nosso corpo a um esforço máximo, o cérebro passa a entender o cansaço e vários outros sinais como uma ameaça, liberando no organismo hormônios que mantenham o corpo acordado e ativo, mesmo quando não há mais forças, levando a um nível extremo de exaustão e estresse.

“É neste ponto que a Síndrome de Burnout surge e todo o porco começa a sofrer as consequências. Não podemos permitir que chegue a isso. O descanso é imprescindível. O sono deve ser reparador e para isso a dica é entrar em modo off-line por pelo menos uma hora antes de deitar, sem telas, apenas um estímulo sonoro leve, se quiser. Tire momentos do seu dia para fazer pausas de alguns minutos nas atividades a fim de desacelerar. Procure aderir a práticas relaxantes, invista tempo em um hobby, faça atividades físicas. Tente viajar e sair da rotina sempre que possível, estar em meio à natureza, em um lugar calmo, pode ajudar”, recomenda.

A médica indica ainda: Sempre que sentir os níveis de estresse muito altos, tente parar um pouco e prestar atenção na sua respiração, se concentre nela para se acalmar e lembre-se que não é preciso dar conta de tudo hoje, organize prioridades e aceite o que não pode ser resolvido. Procure conversar com alguém nessas situações, ter uma rede de apoio em casa e no trabalho é sempre importante.

 

Esthela Oliveira - Médica do esporte (RQE 76855), membro titular da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte e médica do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein. É pós-graduada em nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). Pós-graduada em Medicina Integrativa pelo Instituto de ensino e pesquisa Albert Einstein. Em 2019 Realizou curso de Mind Body Medicine na Universidade de Harvard. Fundadora da Side Clinic, espaço que busca trazer uma visão mais ampla no cuidado com os pacientes, acompanhando-os em todas as etapas da vida e em todas as suas esferas: físico, emocional e mental, por meio da associação de técnicas integrativas, como ferramenta para complementar a medicina tradicional.

draesthelaoliveia l @sideclinic


Conheça os exercícios seguros para mães no pós-parto

Crédito: Pure Pilates
Saiba como voltar à ativa devagar, sem forçar muito o corpo

 

Quem teve um bebê recentemente pode sentir a necessidade de realizar alguns exercícios, mas ficar em dúvida em relação a qual deles é o mais adequado para suas necessidades, que são mais específicas e exigem um certo cuidado. Afinal, ter um bebê é um processo delicado, em que a mulher passa por muitas mudanças no corpo para gerar o ser mais especial de sua vida!

A professora Josi Araújo (CREFITO 245732), da Pure Pilates, maior rede de Pilates da América Latina, indica três atividades físicas seguras para quem teve um bebê recentemente:


1- Pilates!

Primeiro, o Pilates, porque ele é conduzido por profissionais, como fisioterapeutas, enfermeiros e educadores físicos, o que o torna mais seguro para mulheres que estão passando pelo período pós parto. Além disso, o Pilates ajuda a fortalecer os músculos e permite aumento da massa magra, diminuindo a flacidez causada pela gestação, além de contribuir com a redução da diástase, que é o afastamento dos músculos e tecidos abdominais devido a uma gravidez ou ganho excessivo de peso. Para tratar a diástase você precisa de uma reeducação postural, associada ao fortalecimento abdominal feito da forma correta, para que essa “abertura” não aumente. Procure um studio de Pilates de confiança, com profissionais capacitados e pense em começar o quanto antes a sua prática. A dica é fazer ao menos uma vez por semana e aumentar progressivamente.


2- Hidroginástica!

A hidroginástica é um exercício muito bom para gestantes e também para quem teve um bebê recentemente. Por não ter impacto, ela ajuda a queimar calorias e a fortalecer os músculos, mas sem causar problemas nas articulações. É possível fazer hidroginástica até 3 vezes por semana, aproveitando os momentos em que o bebê está mais calmo ou sob os cuidados de outra pessoa, já que as aulas são bem rápidas, durando em torno de 40 minutos a uma hora. É uma ótima opção e vale a pena investir com um professor especializado em gestantes ou puérperas.


3- Natação!

Assim como a hidroginástica, a natação é excelente para quem teve um bebê recentemente, porque fortalece os músculos sem causar impacto. Mas é válido começar devagar, entendendo um pouco suas limitações e buscando um equilíbrio para evitar sobrecarga. Mas, no geral, a natação é excelente e pode ajudar muito a mulher a voltar à ativa. 

 

Fonte: Pure Pilates

www.purepilates.com.br/

Instagram: @purepilatesbr

Facebook: /pure.pilates.br


Seja o melhor que você pode - seja você

Cláudia Lisboa
Atualmente somos massacradas o tempo todo com a idéia de que podemos fazer ‘n’ atividades e dar conta de todas com a maior facilidade, basta querer.

Mas nós mulheres que vivem uma vida real sabemos que isso não é tão fácil e simples assim. Cuidar da casa (mesmo quando se tem alguém pra auxiliar), família, trabalho, estudar, aperfeiçoar na carreira, ter tempo para uma atividade física, isso não é fácil.

 E aí vem os posts, aquelas que dizem que fazem isso com muita facilidade e você, como eu não dão conta sem se levar a um limite extremo, e se sente incapaz. Bem eu não, sempre fui muito consciente das minhas limitações. Aliás eu como não fui preparada para as atividades domésticas tenho muita dificuldade de exercê-las com destreza, agilidade, eficiência, etc. então eu me permito não dar conta de tudo.

Por exemplo nos dias que minha filha tem balé cedo, normalmente deixo as vasilhas do café na pia pra lavar só na hora que retorno, /ás vezes as camas por estender, e saio sem culpa, pois o importante naquele momento é preparar minha filha para aula. Assim em cada atividade, em cada situação tenho certeza que muitas vezes algo vai ficar a desejar e assim vou vivendo sem me culpar.

Me permito ter momentos de lazer apesar de a casa não estar tão arrumada quanto eu desejava. Enfim o que importa é você saber que está fazendo o seu melhor, não o que a vizinha, a moça da internet fazem, pois não somos iguais, não temos as mesmas habilidades, somos diferentes, mas todas especiais.

Claro que com isso não quero dizer que você vai jogar tudo para o alto e pronto, mas que você em cada situação deve dar o seu melhor, sabendo que às vezes o nosso melhor estão aquém de alguns padrões. Minhas faxinas na casa por exemplo estão aquém de muitas outras, as habilidades na cozinha então zero, rsrsrs. Mas procuro fazer o meu melhor.

Para mim é uma questão das prioridades do momento, neste momento algumas das minhas prioridades estão mais voltadas para os filhos por exemplo e por esta razão sei que não terei tempo para me dedicar a cursos extensos com grandes cargas horárias então devo me sentir mal porque outras conseguem. Neste momento estou realizando o meu melhor, e isto é o melhor que posso ser.

Como uma amiga minha sempre diz: permita-se, permita-se sonhar e realizar sonhos, permita-se às vezes não dar conta de tudo, às vezes não quere fazer nada, mas isto só às vezes. Seja o melhor que você puder ser, e não o que os outros querem que você seja, mesmo que estes outros estejam muito próximos. Ninguém conhece melhor seus limites e habilidades que você mesma. Não é um convite à mediocridade, nem a acomodar-se, mas a se auto-avaliar e não colocar o sarrafo muito alto a ponto de se sentir incapaz e menor.

Você é especial, igual a você na há outra. 

“Não é o cabelo extravagante, joias de ouro, ou roupas finas que deve torná-la bonita. Não, a sua beleza deve vir de dentro de você -a beleza de um espírito manso e tranquilo. Essa beleza nunca vai desaparecer e vale muito a pena muito para Deus. ” – 1 Pedro 3: 3-4

 

Cláudia Lisboa


ANTIFRÁGIL: O MUNDO PRECISA DE PESSOAS ADAPTÁVEIS

No lugar de prevenir crises, conflitos e situações inesperadas, líderes e liderados têm buscado cada vez mais encarar os desafios corporativos com o comportamento antifrágil.

 
Antifrágil é um termo que ganhou espaço entre gestores de RH e times de liderança, e sugere uma mudança de postura que pode criar oportunidades na rotina das empresas.

O conceito antifrágil veio da obra de Nassim Taleb (Antifrágil: coisas que se beneficiam com o caos.) Para ele o oposto de ser frágil não é ser robusto ou resiliente, mas alguém que supera a incerteza, sem ser destruído por ela. O ideal é ser antifrágil, ou seja, aproveitar o caos para evoluir. Dessa forma, a incerteza se torna desejável e necessária. Além da evolução, uma pessoa antifrágil estaria imune a erros de previsão e protegida de eventos adversos.
 

A psicóloga, pós graduada em neurociência e CEO da Eleve Consulting tem constatado em seus treinamentos o crescimento da necessidade nas empresas de contar com colaboradores que utilizam com facilidade o conceito de antifrágil. “Com o mundo bani ( B (brittle) = Frágil A (anxious) = Ansioso N (nonlinear) = Não-linear I (incomprehensible) = Incompreensível) as pessoas estão sempre precisando se reinventar para não cometer os mesmos erros. Seja no trabalho ou na vida pessoal, sempre estamos sujeitos a enfrentar adversidades. São ocasiões que não esperamos e não conhecemos. Diante disso, ser antifrágil significa passar por esse tipo de circunstância e tirar proveito por meio de aprendizados.” analisa Shana.

A antifragilidade significa entender e encarar a existência de conflitos e acontecimentos desfavoráveis, usando isso como mola propulsora para seguir em frente. As dificuldades podem impulsionar uma série de avanços. Como diz Taleb em seu livro, "o antifrágil adora a aleatoriedade e a incerteza, o que também significa decisivamente - o amor pelos erros - por certa classe de erros. A Antifragilidade nos torna aptos a lidar com o desconhecido, de fazer as coisas sem compreendê-las e fazê-las bem”.

Como você e seus liderados encaram as adversidades? A antifragilidade acompanha a volatilidade de um mercado que atravessa rápidas transformações, e pode ser um fortalecedor frente aos problemas. Pense nisso.


Shana Wajntraub - psicóloga com MBA em Gestão de Pessoas pela Universidade Federal Fluminense, pós-graduada em neurociências pelo Mackenzie. Mestranda em comunicação e análise de comportamento pela Manchester Metropolitan University- UK (Paul Ekman). Tedx speaker, speaker coach e curadora dos palestrantes do TEDx Campo Grande, professora da HSM.


Liberdade, liberdade

Para Thomas Hobbes, filósofo do século XVII e um dos precursores da teoria contratualista, a liberdade é uma expressão intrínseca  da natureza humana. Liberdade é a força que provoca um movimento ininterrupto, que ignora obstáculos e visa apenas a si mesma. A inspiração do pensador inglês para configurar esse atributo da liberdade foi a teoria atomística dos gregos antigos, como Demócrito e Leucipo e depois Epicuro: os corpos naturais movimentam-se sem razão nem finalidade, exceto a de simplesmente mover-se. Isto é, existem para satisfazerem seus impulsos internos. Assim também seria com os homens.

Com a sedentarização e a formação dos primeiros agrupamentos humanos, o surgimento de um contrato social teria sido a consequência inevitável dos inúmeros problemas produzidos por esse individualismo exacerbado no seio da comunidade. Afinal, toda vez que uma pessoa exercia sua liberdade e outra pessoa próxima a ela também queria exercê-la, havia um choque que envolvia um risco. E o risco - do prejuízo material, da dor e da morte - despertou nos indivíduos a Razão, isto é, a capacidade de articular ações para além dos seus instintos. Ficava claro que em uma comunidade, a liberdade como fundamento ilimitado era um perigo real para todos e “o homem tornava-se lobo do próprio homem”. Nada sobreviveria em um ambiente assim. Qualquer projeto que se estendesse no tempo estaria condenado a ser destruído: comércio, agricultura, indústria, nada prosperaria onde o instinto dominasse e a Razão não estabelecesse regras de convivência. A separação entre a natureza humana e a civilização conheceu, na liberdade, seu primeiro desafio: como preservar sua vitalidade - que define um indivíduo - sem permitir que seus excessos inviabilizassem qualquer projeto coletivo - o que define uma sociedade. A saída foi criar um corpo artificial, o Estado, com regras a serem obedecidas por todos. E a principal regra  seria a contenção de parte dessa liberdade diante do outro. Obedecida por todos, teríamos então um espaço de convivência possível para a sobrevivência comum. Desobedecida, a violência voltaria com tudo e contra todos.

Freud, em sua obra "O mal estar na cultura”, de 1929, retoma esse dilema civilizatório, descrevendo-o: Essa substituição do poder do indivíduo pelo da comunidade é o passo cultural decisivo. Sua essência consiste em que os membros da comunidade limitem-se em suas possibilidades de satisfação, enquanto o indivíduo antes não conhecia nenhuma barreira como essa. A próxima exigência cultural é, portanto, a da justiça, isto é, a garantia de que, uma vez que passe a existir a ordem de direito, ela não seja novamente infringida em favor de um indivíduo.

Logo, fica claro para esses autores, que a Liberdade é um componente da natureza humana e, como tal, indissociado da sua existência. Por outro lado, seu exercício pleno é a matriz da violência em comunidade. O simples querer de um único objeto por duas pessoas, em um ambiente sem regras de controle da liberdade individual, poderia resultar na agressão ou na morte. Só o exercício civilizatório lento e tenaz foi capaz de evitar a inviabilização da vida em comunidade. Exercício civilizatório que foi se aperfeiçoando para garantir o máximo da liberdade, limitando apenas o que põe em risco a integridade física e moral do outro. Diz Freud: Uma boa parte da luta da humanidade acumula-se ao redor da única tarefa de encontrar um equilíbrio adequado, isto é, que proporcione felicidade, entre essas reivindicações individuais e as reivindicações culturais da massa.

A recusa em obedecer os protocolos sanitários de proteção coletiva como, por exemplo, o uso ou não da máscara em ambientes públicos; o respeito  às determinações judiciais que visam coibir excessos do indivíduo contra a coletividade, passando pelo controle do que se diz e do que se escreve em relação a outras pessoas ou instituições, como as manifestações de cunho homofóbico, racial, misóginas; as mentiras e manipulações conscientes com o propósito de induzir a ação do outro, todas essas ações inscrevem-se no âmbito desse embate entre o exercício de uma liberdade ilimitada voltada para a satisfação individual ou a necessidade do controle social dessa mesma liberdade, em nome da coexistência e da possibilidade mesma de existência social. Ou seja, é a diferença entre a vigência da barbárie ou a possibilidade da civilização. Concluo com a dúvida levantada por Freud: Um dos problemas do destino da humanidade é saber se esse equilíbrio pode ser alcançado através de uma determinada configuração da cultura ou se o conflito é irreconciliável.

Só o tempo - e nossas escolhas e esforços comuns - poderão dizer.

 

Daniel Medeiros é doutor em Educação Histórica e professor no Curso Positivo.
daniemedeiros.articulista@gmail.com
@profdanielmedeiros


A relação entre a depressão, o frio e as baixas temperaturas


Nos últimos dias várias cidades do Brasil estão sofrendo com o frio e as baixas temperaturas.

Casacos pesados, luvas, botas, entre outros acessórios de inverno, apesar de estarmos no outono, saíram dos armários.

Além disso, as doenças respiratórias também deram o ar da graça. Mas engana-se quem pensa que estes são os únicos personagens deste cenário de frio.

A depressão também entra em cena quando enfrentamos mudanças climáticas bruscas. E como o clima tem influência no humor, mesmo quem gosta de frio pode sentir impactos emocionais, principalmente se já possuírem uma leve tendência à depressão.

Sabemos que a depressão é considerada pela OMS – Organização Mundial de Saúde, como o “Mal do Século”. Ela atinge um número cada vez maior de pessoas e pode, se não for tratada, trazer consequências irreversíveis para a vida do indivíduo.

Muitas são as causas possíveis para esse transtorno: causas genéticas, estresse pós traumático, entre outros.

Porém, as mudanças de temperatura e, em especial, o frio intenso, pode contribuir para agravar quem sofre deste problema ou mesmo desencadear gatilhos que provoquem o surgimento da depressão.

Estudos revelam que uma pessoa ativa, em constante atividade física ou motivada com as tarefas cotidianas, ao se deparar com a baixa temperatura, poderá ter sua rotina de vida alterada a tal ponto que, sofrerá modificações em algumas áreas cerebrais responsáveis pelo equilíbrio e bem estar.

Visto que é, inevitável a alteração do humor que favorece os sintomas depressivos.

Isso acontece porque, em temperaturas drasticamente mais baixas, é natural que a movimentação do indivíduo seja reduzida.

Também podemos identificar a queda da energia, do ânimo e dos impulsos de vontade habituais.

Pois, é um período em que a lentidão do pensamento e o desânimo contribuem para que o indivíduo sinta a necessidade do isolamento social.

Um dos fatores de intensa aplicabilidade no surgimento e potencialização da depressão. Além disso, neste período sazonal do ano, também temos as baixas luminosidades.

Em alguns momentos do dia, o sol frio desaparece, o céu fica escuro e parece que a noite se antecipou. Mas um indicativo clássico da manifestação depressiva. A explicação biológica para este fenômeno é a detecção da baixa luminosidade por algumas áreas específicas do nosso cérebro, o hipotálamo e o pineal, que também regulam o ciclo de humor no organismo.

A falta de luminosidade também causa mudanças na melatonina, hormônio secretado pelo cérebro durante a noite e inibido pela manhã, quando o sol nasce. Por isso, as pessoas permanecem no padrão noturno, o que causa sonolência, cansaço, irritação, tristeza e fome maior do que o normal.

Enfim, como evitar esse desânimo ou tristeza nesses períodos?

O ideal é fazer caminhadas ao ar livre bem agasalhado, sem desanimar e deixar a preguiça de lado e apostar nos exercícios físicos, que estimulam a liberação de endorfinas, hormônio ligado à sensação de prazer, que vai melhorar o humor e afastar pensamentos negativos.

O importante é não ficar parado. Cancelar compromissos por conta do desânimo pode ser prejudicial a sua autoestima.

É preciso atribuir significados positivos ao frio. Portanto, tente ser otimista pensando em boas memórias dos momentos frios e em casos mais extremos, busque a terapia para encontrar um equilíbrio emocional.

 

Dra. Andréa Ladislau – Psicanalista


Meditação: apenas 5 minutos fazem a diferença

 WW VigilantesdoPeso, líder no segmento de wellness, explica os efeitos da prática no dia a dia
 

Saúde mental é um assunto que ganhou grande relevância nos últimos anos, principalmente com a situação da pandemia. Prova disso é que, de acordo com pesquisa realizada pelo instituto Ipsos, em 2021, 75% dos brasileiros estão preocupados com ela. O levantamento revelou ainda que oito em cada 10 entrevistados acreditam que a saúde mental é tão importante quanto a física. A meditação, prática milenar que engloba relaxamento corporal, proporcionando calma e tranquilidade física e mental, é uma ótima alternativa para quem busca este equilíbrio.

Para celebrar o Dia Mundial da Meditação, comemorado no último dia 21 de maio, a WW Vigilantes do Peso levantou algumas informações e dicas para esclarecer dúvidas e auxiliar na prática da atividade. Meditar é um exercício de concentração que visa equilibrar as emoções, oferecendo novas formas de lidar com estresse físico e psicológico. 

A prática auxilia na regulação do sistema nervoso parassimpático, responsável pelo relaxamento, e pode ser definida como um estado de profunda tranquilidade e maior consciência, ajudando a focar a atenção, relaxar a mente e equilibrar o humor. Além disso, diminui a presença do cortisol, hormônio relacionado ao estresse, reduzindo sintomas de ansiedade e depressão e atuando na concentração, contribuindo para a melhora do sono e bem-estar em geral. 

Mesmo tendo uma rotina agitada, há vários exercícios curtos e simples que podem ser introduzidos mais facilmente. Com apenas 5 minutos diários de concentração em você mesmo e na sua respiração, já é possível sentir a diferença. Embora possa parecer pouco, este tempo é suficiente para se sentir relaxado, em paz e focado, mesmo que seja sua primeira vez.

Por ajudar na concentração e no equilíbrio de emoções, a prática pode ser uma ótima ferramenta para auxiliar em metas de perda de peso e bem-estar. Se você tem a tendência de comer por questões emocionais, como tristeza, ansiedade ou por impulso, fazer um exercício de respiração pode facilitar a quebra desses padrões, mantendo a escolha consciente de cuidar melhor de você.

Outro ponto importante é que não há certo ou errado. A meditação é um exercício muito pessoal, que depende do perfil do praticante e de seu dia-a-dia. Existem centenas de estilos diferentes. Não existe uma técnica que seja a melhor. Por isso, para conseguir alcançar os resultados desejados, vale experimentar alguns tipos e ver qual deles é mais efetivo para que você se conecte com seu eu interior. Confira alguns estilos efetivos para você explorar e adaptar a suas necessidades.


1. Meditação Mindfulness
Definida como “prestar atenção, intencionalmente, no momento presente”. A prática envolve fechar os olhos e concentrar-se na sua respiração, nos sons à sua volta e em qualquer sensação que experimentar. Essa meditação propõe simplesmente observar seu estado presente, ao invés de mudar como você se sente, o que está pensando ou fazendo. É indicada para quem busca estabelecer pensamentos claros e reduzir ansiedade e depressão.


2. Meditação Transcendental Automática

Consiste em repetir mentalmente um mantra (geralmente em Sânscrito) várias vezes. A palavra “mantra” significa “ferramenta da mente” e é baseada na ideia de que a repetição substitui gradualmente outras vozes na sua mente. É ideal para aqueles que desejam relaxar ou focar em uma determinada tarefa.


3. Meditação Bondade-Amorosa ou Metta 

Como o nome sugere, essa técnica envolve repetir mentalmente frases amorosas direcionadas a você mesmo ou a outros, para trazer mais compaixão a sua vida. A ideia é se sentir mais positivo sobre você e as outras pessoas, praticando a autocompaixão, além de cultivar empatia, aprimorar as habilidades interpessoais e melhorar a conexão com outras pessoas.

No Blog da WW Vigilantes do Peso, você encontra mais dicas sobre o tema, além de um exercício de meditação de apenas 3 minutos. Vale a pena conferir, aqui!

 

WW VigilantesdoPeso

https://www.ww.com/br


As cinco maiores dores de uma mulher ao planejar uma gestação


De acordo com um estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), 50% das mulheres saem do mercado de trabalho em até dois anos após sua licença-maternidade. Já a pesquisa realizada pelo Google demonstrou que 88% dos homens brasileiros declararam que ser um bom pai significa participar ativamente da rotina dos filhos, porém, apenas 37% assumem que, de fato, são participativos.  

Apesar do crescente aumento da discussão sobre equidade de gênero, essa conscientização ainda está longe de refletir a realidade. Grande parte das famílias ainda funciona, hoje, tendo a mulher como principal responsável pelo cuidado da casa e dos filhos, assumindo duplas ou triplas jornadas de trabalho.  

Na prática, o dilema da mulher moderna entre carreira, família e filhos está além de estatísticas e dados analíticos. Os números, na verdade, são apenas a ponta do iceberg para a mulher que pretende realizar o sonho de se tornar mãe. Enquanto, em casa, a família e os amigos cobram pela chegada dos filhos, no trabalho é quase que consenso que conciliar carreira e maternidade é impossível. Num piscar de olhos, o que era para ser um momento único de alegria e realização se torna um mar de incertezas, dúvidas e insegurança.  

Como tentante e ao longo dos últimos dois anos acompanhando outras mulheres no Carreira & Mamadeira, consigo identificar os maiores medos e inseguranças que o público feminino enfrenta durante essa jornada. São eles:

 

1 - Será que ainda vou ter tempo para continuar sendo eu?  

É claro que a rotina da mulher irá mudar! A chegada de um bebê impacta o cotidiano de várias maneiras e não há como negar. O que já era corrido ficará ainda mais. E nesse cenário, os extremos nunca ajudam. É muito comum encontrar discursos em que a maternidade é romantizada ou demonizada, mas quase ninguém fala das possibilidades que existem entre esses dois pontos.  

Óbvio que dormir até mais tarde em um sábado vai ser raro, chegar em casa e se jogar no sofá com o parceiro pode não mais fazer parte da rotina, assim como viagens-surpresa de fim de semana terão que ser melhor planejadas, confraternizar com os amigos vai demandar uma rede de apoio. A questão é que a vida é feita de fases, e é muito importante saber aproveitar cada uma delas, com seus ônus e bônus. Quando a decisão é tomada de forma consciente, então, fica muito mais fácil lidar com os perrengues e as renúncias. 

Isso não quer dizer, de forma alguma, que é preciso se acostumar com o caos, por mais que ele tome conta um dia ou outro. Nesse momento, vale investir tempo no planejamento, construir uma rede de apoio e ter combinados muito claros com o parceiro. Lembre-se: ele é o maior aliado nessa jornada, não como ajudante, mas como pai e igualmente responsável pela nova rotina. Somente mulheres realizadas podem ser mães felizes para criar filhos emocionalmente saudáveis.
 

2 - Filho segura ou destrói o casamento? 

Nem um, nem outro, se o casal estiver em sintonia. Quem planeja engravidar precisa, além de estar bem consigo mesma, desenvolver maturidade no relacionamento a dois. E, nesse processo, o diálogo é sempre o melhor caminho. Alinhar sobre expectativas, vontades e limites é essencial para evitar aborrecimentos lá na frente.
 

3 - E os pitacos das famílias?  

Eles já existem muito antes dos filhos chegarem, mas fato é que aumentarão proporcionalmente ao aumento da família. Isso não necessariamente precisa ser ruim e cada casal deve entender em que nível a interferência é bem-vinda. 

É preciso ter em mente que quanto maior for a dependência, maior será a interferência. Por isso, ainda durante o planejamento, é importante que o casal entenda que situação deixa ambos mais confortáveis para que possam se programar. Se a ideia é que a rede de apoio sejam os avós, é necessário ter essa conversa. Se o melhor é uma escolinha, creche ou babá, vale fazer um pé de meia. 

No geral, o período logo após o nascimento do bebê é o que mais deixa as mulheres inseguras e preocupadas. Infelizmente, muitas mulheres já passaram por experiências traumáticas com conselhos não requisitados, visitas não agendadas e falta de bom senso, o que acaba disseminando essa sensação de que todo pós-parto precisa ser terrível.  

De fato, a mulher passa por oscilações hormonais bastante intensas, a ponto de não precisar de nenhum estresse extra nessa equação. Nesse momento, o mais importante é entender que a prioridade é o bem-estar do casal e do bebê recém chegado e que para isso, em determinados momentos, talvez seja necessário frustrar algum familiar.  

Não que exista uma regra, mas se cada um ficar responsável por alinhar expectativas e limites com sua família, esse momento pode ser muito mais tranquilo e leve para todos. Para que o bebê fique bem, basta a mãe estar bem. O homem, nesse contexto, tem o papel inegociável de colocar o bem-estar da mulher acima de qualquer outra coisa.

 

4 - De que jeito eu adiciono um bebê nessa rotina caótica? 

Trânsito, trabalho, trânsito. Se em home-office, é reunião atrás de reunião. A rotina já é complexa e extremamente corrida. Como encaixar, nessa complexidade, uma nova vida? Como ser uma boa mãe sem precisar abrir mão de todo o resto?  

Calma! Ser uma mãe participativa não é sinônimo de não desgrudar do filho, o equilíbrio é a chave. É preciso saber priorizar o tempo. No trabalho se dedique a sua função. Quando chegar em casa, feche o notebook, desligue o celular e se entregue àquele momento.  

E o mais importante: se libertar da culpa. A mulher que escolhe ou precisa trabalhar após a maternidade é tão mãe quanto a que se dedica 100% aos filhos. Construa uma boa rede de apoio, faça acordos com seu parceiro, tente conseguir flexibilização de horários ou modelo de trabalho e aproveite a jornada.

 

5 - E a grana, será que vai dar? 

Por fim, a situação financeira completa os 5 medos mais enfrentados durante o processo de planejamento de uma gravidez. Ter as finanças da casa organizadas, um orçamento familiar saudável e indivíduos conscientes da realidade é indispensável para quem quer aumentar a família. Ao lidarem com uma nova vida, gastos serão necessários e imprevistos poderão ocorrer de forma recorrente, por este motivo, a maneira como esse dinheiro será gasto deve ser pensada. 

Se esses mecanismos ainda não existem, é hora de implementar (inclusive, temos uma planilha financeira incrível que foi pensada especialmente para ajudar nesse desafio e está disponível lá na nossa bio do @carreiraemamadeira). Evitar se comprometer com gastos a longo prazo, quitar dívidas e construir uma reserva de emergência são alguns primeiros passos importantíssimos.  

Sim, os medos existem e sempre vão existir. Antes mesmo de a possibilidade de me tornar mãe existir, outras inseguranças tomavam conta de mim. Mas, o que o Carreira & Mamadeira mais me ensinou, e o que tentamos dia após dia passar como mensagem é que é possível sim ser uma mulher realizada em todos os âmbitos da vida. Para isso, no entanto, é preciso coragem: de fazer escolhas, de se posicionar, de assumir responsabilidades, de lidar com as consequências e, enfim, viver a sua vida perfeitamente imperfeita, e não de mais ninguém.

 

Mayara Prieto - Head de Marketing da Movidaria, marca empreendedora que investe no Carreira & Mamadeira 


No Dia Nacional da Adoção (25/5) é preciso acabar com a ‘romantização’ desse processo

  

O Brasil tem mais de 30.900 crianças acolhidas em abrigos, segundo dados do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA) do Conselho Nacional de Justiça (2020). 

Há 19 anos, a ONG PAC (Projeto Amigos das Crianças) -- que há atende a população em situação de vulnerabilidade e/ou risco social nos distritos de Pirituba, São Domingos e Jaraguá, em São Paulo -- e abriga cerca de 45 crianças, com idades entre 0 e 18 anos luta para dar a elas muito mais que um lar. Um abrigo se especializa em acolher e prepará-las para seguirem autônomas de suas próprias vidas. 

“Orfanato” é uma nomenclatura antiga, em desuso, e define um estabelecimento que recebe crianças e adolescentes em situação de abandono. E encontravam ali a moradia até encontrarem uma nova família. 

O termo atual é “abrigo”, que oferece moradia provisória para crianças e adolescentes, com foco no retorno destas às famílias ou encaminhamento para famílias substitutas. Porém, mais importante que a nomenclatura que a define é o trabalho que ela presta na transformação social, oferecendo às suas crianças oportunidades de educação, formação profissional, esportes e artes. 

Nesse Dia Nacional da Adoção (25/9), é importante “desromantizar” um processo que luta contra ‘mitos e fábulas’ que tornam o processo ainda mais difícil para ambos os lados. Engana-se quem acredita que nos abrigos todas as crianças estão disponíveis para adoção. Aliás, diante de tantos mitos que envolvem a adoção, o mais cruel é acreditar que existem tantas crianças disponíveis para adoção quanta as famílias que esperam tê-las. 

De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), atualmente existem cerca de 4 mil crianças e adolescentes na fila da adoção no Brasil - a maior parte delas têm mais de 15 anos de idade para uma fila que que supera os 35 mil inscritos para receber um novo integrante. 

Mas, quais os fatores tornam o processo lento e burocrático para entregar esses 4 mil que crescem em abrigos às essas famílias que amargam uma espera sem fim nas filas de adoção? 

Em primeiro lugar, é preciso acabar com o conceito romantizado da adoção. É preciso buscar as informações corretas para começar o processo. Visitar abrigos e encontrar a criança antes da fila de adoção atrasa demais todo o processo. Procurar o abrigo, escolher a criança não são as primeiras etapas. É preciso iniciar pela Vara de Infância e Juventude e estar ciente de que quanto mais “filtros” se coloca na busca, maior seu prazo na fila. 

A diferença entre a intenção de adotar e escolher um filho para criar é bem grande e a fila, prioritariamente, se ocupa em buscar uma família para a criança a ser adotada e não o contrário: encontrar para a família uma criança com todos os filtros que eles desejam. 

É isso que aumenta o tempo na fila. Porém, para quem não faz restrições e se dedica a dar um lar para uma criança que não seja preferencialmente branca, com até 3 anos de idade, sem qualquer problema de saúde etc. o tempo de espera na fila tende a ser menor. Na fila, tem crianças acima de 15 anos (as mais rejeitadas), HIV positivas, com deficiências inúmeras. 

Até estar totalmente apta para adoção, a legislação exige algumas etapas que são importantes para a criança. É preciso que sejam reativadas as tentativas de convivência com a família biológica, com acompanhamento e segurança. Mesmo com casos de violência, maus tratos ou incapacidade para prover os direitos da criança, sabemos que muitas delas preferem viver com suas famílias originais a serem entregues à sorte da adoção. Mesmo com todos os problemas, a criança prefere permanecer com sua família biológica, pelo vínculo afetivo e por não conhecer outro modelo de família e afeto. 

Quando se constata legalmente que a família biológica não pode mesmo ter a guarda, a criança ainda tem que passar por um período de adaptação com a nova família. Esse é um processo difícil e doloroso. 

O tempo para as crianças é curto nesse processo. Quanto mais crescem, menos chances de serem escolhidas. Menos “filtros” carregam. Segundo dados divulgados pelo Conselho Nacional da Justiça em 2021, enquanto existiam na ocasião cerca de 1.700 processos de adoção de crianças até 3 anos, o país tinha apenas 103 processos para os mais de 15 anos. 

Outro engano é achar que para adotar uma criança é preciso ter casa própria, patrimônio avaliado entre outros. Poucos sabem que para se adotar alguém é preciso ser maior de idade e ter a intenção real e comprovada de acolher um novo filho. Mais nada. 

Mais um mito a ser derrubado é sobre o cancelamento da adoção. Isso não existe. Uma vez adotada, com o processo totalmente concluído com todas as etapas a adoção legalizada é irrevogável. Ninguém, por lei, tira da família adotiva essa criança. Isso é um mito maldoso que faz as famílias recuarem e desistirem da adoção. No site do CNJ é possível encontrar o passo a passo da adoção (clique aqui). 

Ante ao processo de adoção, as instituições que abrigam essas crianças exercem um trabalho legítimo de transformação social. Recebê-las nas condições emocionais e físicas que chegam implica em dar a elas o amor que lhes foi negado ou tirado. Essas instituições se encarregam de reconstruir essas crianças e prepará-las para um mundo diferente, com a rotina de estudo, alimentação, diversão que é exigido por lei para que tenham um desenvolvimento completo. Para que sejam e vivam como crianças na sua essência. 

É trabalhar todos os dias para que apaguem de suas vidas a rejeição, a memória de outros tempos e tudo isso em meio a visitas e adaptações que precisam enfrentar em novos lares e famílias interessadas em adotá-las. 

A verdade é que não há romantismo na adoção. A adoção é um sofrimento! Para quem está na fila à espera e para quem faz a fila andar. Dar este passo, implica em se livrar do preconceito, colocar o amor em dobro acima da causa pessoal e entender cada fase desse processo. É estar ciente todos os dias que ser adotado é uma sorte, mas também é uma tristeza. Afinal, para ganhar uma nova família é preciso perder de vez a família biológica. Isso não é ganho. É um empate, na melhor das hipóteses.

 

Sobre o PAC - Projeto Amigos das Crianças   

Fundado há 18 anos, o PAC -- Projeto Amigos das Crianças é uma Organização Social sem fins lucrativos certificada pelo CEBAS - Certificação de Entidades Beneficentes de Assistência Social - que atende a população em situação de vulnerabilidade e/ou risco social nos distritos de Pirituba, São Domingos e Jaraguá (SP).  Atualmente, o PAC conta com mais de 70 funcionários, cerca de 3.500 voluntários, 139 mantenedores via doação e mais de 7 empresas parceiras que  

subsidiam as oficinas promovidas pela organização, como Zendesk, Mutant, TOTVS, Serra do Mar, Aktie Now, Elo, Sow e Netas. 

Para mais informações sobre o PAC, acesse: (clique aqui)

 

Rosane Chene, empreendedora social e diretora da ONG PAC 

 

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