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quarta-feira, 18 de maio de 2022

Em março, turismo nacional cresce 43,5% na comparação anual

Embalado pelos últimos dias de carnaval e pela volta à normalidade em quase todo o País, setor faturou R$ 15,4 bilhões no mês

 

Em março, o turismo nacional faturou R$ 15,4 bilhões – alta de 43,5% (R$ 4,8 bilhões, em termos monetários) –, em relação ao mesmo período de 2021. Os dados são do levantamento do Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Diante deste resultado, ainda que os números permaneçam 7,1% inferiores, quando comparados ao mesmo mês de 2019, o setor se aproxima dos patamares anteriores à pandemia.
 
O turismo brasileiro cresceu impulsionado, principalmente, pelo setor aéreo, que faturou R$ 4,4 bilhões – aumento de 113,5% em um ano. Entretanto, na comparação com 2019, o segmento apresentou faturamento 3,8% menor (já com a atualização monetária).
 
Quatro fatores contribuíram para o crescimento do transporte aéreo no mês, dentre eles, maior contenção da variante ômicron, demanda reprimida na pandemia, dias de carnaval no início do mês e redução quase total das restrições e do uso de máscaras. Além destes fatores, a alta do querosene de aviação influenciou o aumento no faturamento, ao fazer os preços das passagens subirem na segunda quinzena de março.
 
O movimento nos aeroportos também pressionou os meios de hospedagem e restaurantes. Os serviços de alojamento e alimentação, os mais importantes para o setor, cresceram 57,7%, apontando faturamento de R$ 4,45 bilhões. Outra variação expressiva foi observada nas atividades culturais, recreativas e esportivas, que cresceram 33,2%, chegando a R$ 1,25 bilhão.
 
Os mesmos fatores que influenciaram o setor aéreo também impactaram o transporte terrestre, que faturou R$ 2,7 bilhões (alta de 11,1%), superando em 9,3% o nível registrado em março de 2019. O aumento das passagens aéreas deve continuar incentivando a procura por viagens via ônibus interestaduais.
 
As atividades de locação de meios de transporte, agência de turismo, operadoras e outros serviços apontaram alta anual de 4,5%. O faturamento foi de R$ 2,54 bilhões. Mesmo com a variação relativamente menor às demais, o desempenho do grupo está apenas 3% abaixo do nível de março de 2019.
 
Por fim, o transporte aquaviário faturou R$ 41,4 bilhões, registrando queda de 1,6% na comparação anual. A baixa está relacionada à base de comparação, já que o setor apresentou desempenho bastante favorável durante a pandemia, superando, em 25,2%, o nível anterior à crise sanitária.
 
Para os resultados de abril, a expectativa é que feriados e desfiles de carnaval, além da própria base de comparação – já que, no ano passado, o faturamento estava na casa dos R$ 10 bilhões –, demonstrem impacto positivo no turismo nacional. No entanto, há o desafio de amenizar o aumento dos custos, tanto para reduzir o repasse aos consumidores, quanto para manter a lucratividade.
 
Para Mariana Aldrigui, presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP, ao mesmo tempo que se celebra a equiparação do faturamento ao pré-pandemia, observa-se que o cenário econômico que se desenha implicará queda no número de pessoas viajando, seja a lazer, seja a negócios.
 
“A diversificação da oferta de produtos com custo final mais baixo ou com boas condições de parcelamento pode ser uma alternativa para o setor de agenciamento e operação. O turismo doméstico de curta distância tende a sair fortalecido”, avalia ela.
 


 Nota metodológica

O estudo é baseado nas informações da Pesquisa Anual de Serviços e dados atualizados com as variações da Pesquisa Mensal de Serviços, ambas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números são atualizados mensalmente pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e foram escolhidas as atividades que têm relação total ou parcial com o turismo. Para as atividades que têm relação parcial, foram utilizados dados de emprego ou de entidades específicas para realizar uma aproximação da participação do turismo no total.


FecomercioSP


Cinco dicas para quem pensa em investir em uma franquia de agronegócio

Abrir um novo negócio é sempre um desafio e diversos itens precisam ser considerados durante todo o processo. O modelo de franquias é uma solução para quem pensa em investir em um modelo de negócio que já vem testado pelo mercado e que apresenta resultados. Mas como qualquer investimento, é necessário que haja um planejamento prévio. 

Segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF), o mercado de franquias faturou mais de R$ 185 bilhões em 2021, o que representa um crescimento 10,7% em relação ao ano anterior. O resultado mostra que o setor está se recuperando, já que a receita do último ano chegou próximo do patamar registrado em 2019, antes da pandemia do novo coronavírus. 

Para Juliano De Stefani, gestor de Expansão e Franquias da Rech, rede de peças para máquinas agrícolas e pesadas (construção civil, pavimentação e mineração) e que também opera no formato de franquias, antes de pensar em comprar uma franquia, é imprescindível que o interessado tenha afinidade com o setor que planeja investir. “Operar em ramos de nicho, por exemplo, requer mais do empresário do que se optasse por segmentos mais abrangentes”. O executivo também afirma que para garantir o desempenho almejado, é necessário que o candidato conheça bem a região onde pretende instalar a unidade.

Confira as nossas dicas:

1.  O ideal é que o candidato a franqueado tenha uma mescla de perfis comercial (60 a 70%) e técnico (30 a 40%) ou tenha um sócio que possua uma das habilidades;

2.  É importante que você tenha potencial ou se especialize para administrar mais de uma unidade;

3.  Seja movido a desafios e esteja disposto a correr riscos que sejam administráveis;

4.  Desenvolva o seu perfil para que tenha habilidades em atendimento e vendas;

5.  Mantenha seu foco principal no atendimento à demanda do mercado local.

Boa sorte e bons negócios!


ENEL DISTRIBUIÇÃO SÃO PAULO DÁ DICAS DE ECONOMIA DE ENERGIA PARA OS DIAS MAIS FRIOS

·        O uso consciente do chuveiro elétrico pode resultar em uma economia de até 30% no mês;


·        Pequenas mudanças de hábito ajudam a reduzir o impacto no orçamento doméstico

 

Com a chegada de uma frente fria em cidades do Estado de São Paulo nos próximos dias, provocada por uma massa de ar polar, as temperaturas podem chegar a mínima de 6ºC na capital paulista. Nos dias mais frios, é comum que as pessoas alterem os hábitos para manter o conforto. Os banhos ficam mais demorados, aquecedores passam mais tempo ligados e as secadoras de roupa são usadas com frequência.

Por isso, a Enel Distribuição São Paulo, concessionária de energia elétrica que atua em 24 municípios da Grande São Paulo, compartilha algumas dicas para que os consumidores possam curtir o friozinho de forma mais eficiente e com economia:


Chuveiros Elétricos:

1. A recomendação é ficar o mínimo possível no banho. Os aparelhos mais comuns têm potência de, aproximadamente, 5.500W. Desta forma, o banho de 15 minutos por dia, por pessoa, para uma família de quatro pessoas, equivale ao consumo de energia de mais de 400 lâmpadas LED de 13W ligadas por uma hora, o que corresponde a cerca de R$ 100 na conta;

2. Se utilizarmos o chuveiro elétrico na posição morno ou verão, haverá uma economia de cerca de 30%, ou seja, R$ 30,00. Se possível, programe o banho para as horas mais quentes do dia;


Aquecedores:

 3. Em dias mais frios, podem chegar a corresponder a 1/3 do gasto doméstico com eletricidade, conforme a utilização. Evite deixar o aquecedor ligado por longos períodos e utilize-o apenas quando estiver no ambiente;


Iluminação:

4. Aproveite a luz natural e abra as cortinas durante o dia;

5. Ao pintar paredes e tetos, dê preferência às cores claras, que refletem melhor a luminosidade;

6. Troque lâmpadas incandescentes por fluorescentes ou LED, que consomem de 60% a 80% menos energia;


Máquinas de lavar e secar:

7. Utilize a capacidade máxima das máquinas de lavar e secar;

8. Nas máquinas de lavar, fique alerta à quantidade de sabão, evitando repetir a operação de enxágue;

9. Para as máquinas que têm a função de água aquecida, a empresa recomenda não usar esse recurso;

10. Quanto às secadoras, utilize-as apenas quando realmente necessário e com a capacidade máxima;


TVs e Computadores:

11. Não deixe a TV ligada sem que haja alguém assistindo;

12. Programe o timer (desligamento automático) antes de dormir, evitando que a TV fique ligada desnecessariamente;

13. No caso do computador, desligue o aparelho sempre que ficar mais de 2 horas sem utilização;

14. Desligue o monitor a partir de 15 minutos de inatividade;

Geladeiras:

15. Não abra a porta da geladeira desnecessariamente para não forçar o motor do eletrodoméstico;

16. Verifique se a borracha de vedação da porta está cumprindo sua função;

17. Nunca utilize a parte traseira do equipamento para secar roupas ou sapatos;

18. Em dias frios, reduza a potência de resfriamento da geladeira, tendo em vista que a temperatura externa já estará mais fria.

 

A Enel SP disponibiliza um simulador de consumo elétrico (https://enel-sp.simuladordeconsumo.com.br/).  É possível calcular o quanto de energia é consumida em cada cômodo da casa ao inserir as informações dos aparelhos eletrônicos. Desta forma, é possível descobrir quem são os “vilões” e fazer a gestão de cada aparelho de acordo com a rotina de cada casa. O cálculo do simulador também é feito levando em conta o perfil de consumo de cada família na hora de dar o resultado, já que a cobrança de impostos pode variar.

Mais informações estão disponíveis no site da distribuidora  https://www.enel.com.br/pt-saopaulo/Para_Voce/Dicas_e_Orientacoes.html


Caravana Brasil Pra Elas: ação conjunta para incentivar o empreendedorismo feminino tem início em maio

As ações oferecerão cursos e serviços como formalização de empresas, aberturas de contas bancárias, solicitações de crédito, entre outros


Com objetivo de impulsionar o empreendedorismo feminino por todo o país, a Caravana Brasil Pra Elas tem início neste mês de maio, inicialmente nos estados de Mato Grosso do Sul, Amapá, Tocantins e Bahia. Neste primeiro ciclo, a iniciativa busca percorrer as cidades das regiões Norte e Nordeste, levando cursos, capacitações, ofertas de crédito, palestras e demais serviços que podem alavancar a participação feminina nos negócios.

A Caravana Brasil Pra Elas faz parte do Programa Brasil Pra Elas, ação do governo federal em parceria com Sebrae e outros órgãos do sistema S, além de governos estaduais, municipais e instituições financeiras. É estruturada com uma abordagem multifacetada aderente aos diversos perfis e particularidades de cada cidade ou região.

O foco é gerar emprego e renda, inserindo as mulheres no empreendedorismo, dando a elas autonomia e liberdade econômica. Todos os cursos e serviços serão gratuitos, oferecidos em áreas de maior movimentação das cidades. O Sebrae participará de todas as caravanas, levando conhecimento e capacitação para as brasileiras que sonham em empreender ou para aquelas que já possuem o seu negócio.

Além do acesso ao conhecimento com os cursos e oficinas do Sebrae, o público da Caravana poderá formalizar empresas, abrir contas bancárias, solicitar acesso a crédito, renegociar dívidas, fazer registros de pix, entre outros. A programação também respeitará as necessidades e sensibilidades de cada região, além de incentivar as mulheres a se posicionarem em situações de vulnerabilidade ou violência doméstica. A Caravana ainda promoverá feiras com produtos das empreendedoras locais para incentivar os negócios e promover o relacionamento entre as empreendedoras.

Para a secretária de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, Daniella Marques, o evento mostra a importância do empreendedorismo para a inclusão desse público. “Toda jornada começa com um primeiro passo. Investir em mulheres muda trajetórias de cada uma delas, de suas famílias, de comunidades, de cidades e do país. Os cursos e serviços ofertados pelos parceiros do Brasil pra Elas durante as caravanas são uma porta de entrada no empreendedorismo”, reforçou.

Para o presidente do Sebrae, Carlos Melles, as Caravanas Brasil Pra Elas terão um forte impacto no empreendedorismo feminino, devido à sinergia do trabalho entre as instituições envolvidas. “Já vínhamos operando o Sebrae Delas e, agora, unindo esforços com o governo, o leque de oportunidades para as mulheres empreendedoras será ainda maior”, enfatiza. Ele reforça que as mulheres serão amparadas nas suas principais necessidades ao empreender. “Irá oferecer os primeiros passos de uma jornada empreendedora, com conhecimento, informações sobre organização financeira e crédito”.

Melles destaca que a iniciativa apresentará os resultados para a economia do país, já que milhares de mulheres que empreendem poderão sair da informalidade. “É  uma mobilização pelo empreendedorismo feminino. Quem já atua poderá se tornar Microempreenededora Individual (MEI), quem quiser abrir um negócio vai saber o que precisa e como fazer, aquela que tiver dívidas ou pendências poderá negociar e as interessadas em crédito poderão solicitar. São diversas soluções feitas exatamente para amparar e fortalecer as mulheres empreendedoras”, garante.


Serviço

21/5 Campo Grande MS

26/5 Amapá AP

27/5 Palmas TO

30/5 Salvador BA


Alienação mental na isenção do IR: como funciona e como obter?

Aposentados, pensionistas e ex-militares diagnosticados com alienação mental, possuem o direito de se isentarem do pagamento do Imposto de Renda – enquadrados na lista das 16 doenças graves em nossa legislação. Entretanto, mesmo se tratando de um benefício legal, o procedimento é desconhecido por muitos, especialmente devido à necessidade de um laudo psiquiátrico que comprove tal estado.

Prevista na Lei n. 7.713/88, a alienação mental é uma condição ampla que engloba diversas doenças. Em uma análise geral, o paciente diagnosticado apresenta alteração – completa ou parcial – de sua personalidade, comprometendo seu juízo de valor e, em situações mais severas, incapacidade de conviver sem o acompanhamento irrestrito de um responsável.

A distorção da realidade é uma das características mais presentes nestes quadros, agravada pelo alto risco a si próprio ou às pessoas ao seu redor. Dentre as classes mais conhecidas, a Esquizofrenia em estado crônico é uma das mais comuns e diagnosticadas, em conjunto com o mal de Alzheimer, entre outras psicoses. Existem diversas doenças que, quando não tratadas adequadamente, podem levar o indivíduo à alienação mental – casos que, poderão apenas ser identificados com a avaliação de um profissional qualificado.

Um médico perito deve realizar uma análise completa com cada paciente, identificando qual doença possui e sua gravidade, caso seja enquadrado na alienação mental. O relatório elaborado deverá ser o mais completo possível para fins de isenção do Imposto de Renda, identificando o quadro atual, todas as medicações de uso contínuo, além do CID da doença.

Quando preenchido por um profissional licenciado pela rede pública de saúde, o laudo deverá ser levado às fontes pagadoras para sua aprovação – seja o próprio INSS ou outras complementares. Uma vez aprovado, os beneficiários poderão recuperar todos os valores pagos retroativamente em até cinco anos, desde que a condição tenha sido adquirida dentro deste período.

Mesmo não existindo nenhum exame capaz de comprovar tal condição, é essencial contar com uma avaliação minuciosa de um psiquiatra e/ou neurologista para comprovação do estado do paciente. Apenas este documento completo poderá possibilitar a isenção do IR para os aposentados e pensionistas, evitando gastos desnecessários que possam prejudicá-los financeiramente.

Em 2021, mesmo em meio à pandemia, o número de contribuintes declarantes do IR superou a expectativa da Receita Federal, com cerca de 34 milhões de documentos recebidos, segundo dados do próprio órgão. Fora este alto volume, grande parte arca com quantias excessivas e indevidas, podendo se tornarem isentos em casos como o da alienação mental.

Evitando tal perpetuação, é extremamente importante que os pacientes diagnosticados enviem seus laudos para os órgãos responsáveis, viabilizando a recuperação dos valores dos cinco anos retroativos. Ainda, é sempre vantajoso contar com o apoio de uma empresa especializada no segmento, trazendo maior confiança na aprovação da isenção e garantindo a entrega correta dos documentos solicitados dentro do prazo estipulado.

 


Dra. Célia Moreira - médica psiquiatra.

 

Bruno Farias - sócio da Restituição IR, empresa especializada em restituição de imposto de renda.

 

Restituição IR

https://restituicaoir.com.br/

 

Voicebot: como a inteligência artificial fortalece o atendimento ao cliente?

 Garantir um atendimento próximo e assertivo é um desafio constante no mundo corporativo. É preciso buscar sempre por alternativas que tragam a melhor experiência possível, através de uma comunicação personalizada, veloz e eficiente. Dentre todos os mecanismos disponíveis no mercado, o agente virtual de voz, que é um voicebot, é, sem dúvidas, um instrumento poderoso a ser investido pelas empresas.

Altamente beneficiado pelos avanços tecnológicos, envolto em inteligência artificial, o desenvolvimento de agentes de voz humanoides já se tornou uma realidade no universo corporativo. Programados para resolver as dúvidas mais presentes dos consumidores, trazem em sua essência uma objetividade extremamente importante para a satisfação dos clientes.


Quais os benefícios do agente virtual de voz para o atendimento ao cliente?

A facilidade e agilidade em solucionar uma demanda são fatores cruciais valorizados pelos usuários. Quando resolvidos com eficácia, a credibilidade na marca e a confiança em seu atendimento se tornam imensamente favorecidos, fazendo com que os clientes se sintam seguros para tirar dúvidas sobre os produtos ofertados, renegociar dívidas, ou qualquer outra solicitação.

Todos esses ganhos podem, ainda, ser conquistados via um excelente custo-benefício – levando em consideração a superação dos gastos de um atendente humano quando comparado com o agente virtual de voz. Mesmo se tratando de um recurso tecnológico, a qualidade na conversação permanece elevada, contribuindo para uma satisfação de relacionamento que, quando não correspondida, pode ocasionar em sérios problemas para a reputação da empresa.

Em um relatório divulgado pelo New Voice Media, cerca de 74% dos clientes afirmam que deixam de procurar pela marca novamente caso tenham uma experiência negativa.  Financeiramente, o estudo identificou uma média de US$ 62 bilhões de prejuízos anualmente, em casos de atendimentos ineficazes. Quanto mais precisa, clara e direcionada for a comunicação e informação ao público-alvo, melhor será sua performance no mercado – demandas que esta tecnologia pode, sem dúvidas, sanar com grande assertividade.


Como implementar o agente virtual de voz?

Migrar do atendimento 100% humano para o de voz não é fácil – tanto para as empresas quanto para seus clientes, que já estavam acostumados a conversar com um profissional para atender suas necessidades. Toda mudança exige um período de adaptação, e o mesmo ocorrerá com a implementação do agente virtual de voz.

Contar com o apoio de uma equipe especializada no ramo será fundamental. A tecnologia precisa ser adaptada para cada negócio, conforme seu segmento de atuação, metas e exigências de seus consumidores. Por isso, estes profissionais deverão compreender a fundo cada um desses pontos, criando um fluxo aderente ao seu público-alvo.

Uma vez entregue, o ciclo de operação deve continuar sendo aprimorado constantemente, em prol de uma entrega de atendimento mais personalizado possível. A companhia deve sempre acompanhar as tendências de seu mercado, o que está sendo exigido e, atualizar o agente virtual de voz para que acompanhe os pedidos de seus consumidores.

Mesmo diante da intensa popularidade dos canais de atendimento por mensageria, o agente virtual de voz se torna uma ótima solução para agilizar e otimizar a resolução de inúmeras dúvidas dos consumidores. Para aqueles que querem finalizar a comunicação em outra plataforma, as empresas podem conciliá-lo com outros canais de atendimento, permitindo que o usuário escolha aquele que lhe for mais confortável.

Vale ressaltar que, até hoje, a voz é um dos meios de comunicação mais inclusivos do mercado, capaz de abordar a maior parte do público com maior desempenho do que diversas outras ferramentas. Sempre vise implementar soluções que tragam um fluxo permanente e amigável na conversa, priorizando uma experiência excepcional – assim, seu cliente, certamente, lembrará e recomendará sua marca para futuras compras.


Leonardo Coelho - Head de Customer Sucess e Product Manager do Voice Bot na Pontaltech, empresa especializada em comunicação omnichannel.

 

Pontaltech

https://www.pontaltech.com.br/


Auxílio-maternidade é um direito de toda a família

Benefício possibilita o fortalecimento do vínculo familiar e pode ser solicitado por todas as mulheres contribuintes


Representando mais de 10% dos benefícios oferecidos pela Previdência Social em 2021, o auxílio-maternidade é um direito cada vez mais abrangente que, mesmo a passos lentos, avança no sentido de oferecer ainda mais estabilidade à família brasileira. Porém, a obtenção do benefício ainda gera muitas dúvidas entre as beneficiárias, sejam elas empregadas ou autônomas. 

Segundo a advogada previdenciária, Tatyane Portes Lantier, as conquistas com relação ao benefício têm relação direta com a tomada de consciência de que ter um tempo remunerado faz muita diferença na criação do vínculo mãe/pai/filho. “O auxílio maternidade abrange dois direitos complementares: a licença-maternidade e o salário-maternidade, ambos concedidos para a pessoa que precisa de afastar do trabalho devido ao nascimento de filho(a), adoção ou guarda judicial, feto natimorto ou abordo espontâneo. E apesar do benefício ser direcionado para mulheres gestantes ou adotantes, também pode ser solicitado por homens, em caso de falecimento da mãe ou adoção homoafetiva”, explica.

A forma de solicitação do auxílio vai depender se a pessoa tem vínculo empregatício ou não, pois as regras são diferentes para quem tem carteira assinada e para quem não tem. Para aquelas que se enquadram nas regras da CLT, basta apresentar um atestado médico ao RH ou ao empregador, confirmando a data prevista para o nascimento. Nessa regra a mãe tem direito a 120 dias de benefício, ganhando durante esse período um salário mensal de forma  integral. “Nestes casos a empresa é responsável por avisar o INSS sobre o benefício e pelo pagamento à beneficiária, sendo, posteriormente, reembolsada pela previdência social”. A empregada também pode solicitar a prorrogação da licença-maternidade caso a empresa empregadora tenha aderido ao programa Empresa Cidadã. Nesse caso a beneficiária pode ter até 6 meses de licença.

Também têm direito ao auxílio-maternidade pessoas que fazem contribuições diretas ao INSS, como, por exemplo, as autônomas. “No caso de pessoas sem carteira assinada existe uma carência de 10 meses para a obtenção do direito. Isso quer dizer que a profissional precisa estar em dia com suas contribuições antes de ter ciência da gravidez, caso contrário não haverá tempo hábil até o nascimento do bebê”, completa Tatyane.

Uma vez que as contribuições estejam em dia, a beneficiária deve fazer a solicitação junto ao INSS. O tempo para o benefício sair pode variar entre 20 dias a um mês, a depender da região onde a beneficiária se encontre, sendo que o pagamento pode acontecer em parcelas ou num montante retroativo. “Caso o pedido tenha sido feito no período de quatro meses após o parto, a pessoa receberá o valor mensalmente por 120 dias, caso ela faça a solicitação depois disso, o valor recebido será integral. Lembrando que a mulher pode solicitar o auxílio-maternidade até cinco anos após o parto”. Já acerca dos valores a que a beneficiária tem direito, Tatyane explica que eles podem variar entre um salário-mínimo e o teto do INSS, a depender do valor da contribuição que a profissional fez nos últimos 12 meses. “Por isso é muito importante que a beneficiária tente fazer um planejamento antes de engravidar, pois dessa forma ela tem a possibilidade de garantir uma quantia adequada e que realmente cubra os gastos”, finaliza. 

 

Tatyane Portes Lantier - advogada especializada em direito previdenciário e direito constitucional e atua como advogada há mais de 20 anos, ajudando pessoas de todo o Brasil a garantirem os seus direitos.


O que considerar ao escolher seu próximo emprego?

Não houve uma única empresa que não adequou seu modelo de negócios durante a pandemia. Importantes processos que, timidamente são discutidos há anos, foram impulsionados durante o isolamento social, abrindo portas para novos critérios de seletividade de vagas e valorização de benefícios complementares – que superam até mesmo o salário ofertado. Dentre tantos requisitos, a escolha do seu futuro emprego deverá ser pautada em uma análise criteriosa e balanceada entre vários pontos.

Obviamente, todos queremos ser recompensados financeiramente por nossos esforços no trabalho. Mas, de nada adianta focarmos apenas no nosso desenvolvimento e crescimento pessoal, se deixarmos de lado o tempo para descansarmos e termos uma melhor qualidade de vida. As progressões de cargo e maiores remunerações logo perderam espaço para um maior desejo pela flexibilidade na jornada, metas mais bem definidas e, acima de tudo, lideranças inspiradoras que estimulem o desenvolvimento constante.

Como prova dessa nova busca, uma pesquisa feita pelo LinkedIn identificou que 78% dos profissionais confirmam que a pandemia despertou seus interesses por mais flexibilidade no trabalho. Ainda, cerca de 30% afirmaram que deixaram seus empregos pela falta de políticas flexíveis e, quase 40% já consideraram essa possibilidade em algum momento de suas carreiras. Um grande alerta para os empregadores.

A ascensão do home-office foi um tremendo contribuinte para esse crescente desejo. Sendo implementado por grande parte do mundo corporativo durante a pandemia, mostrou a possibilidade de profissionais manterem seu desempenho excepcional mesmo à distância, sem prejuízos em sua produtividade ou qualidade do trabalho. Não à toa, cerca de 58% dos brasileiros preferem mudar para o trabalho híbrido ou totalmente remoto neste ano, segundo um estudo feito pela Microsoft.

Toda mudança traz desafios de adaptação para a empresa e os funcionários – mas, com disciplina e organização diárias, é possível se adequar perfeitamente, indo ao encontro destes novos anseios dos profissionais e conseguindo atrair os melhores talentos do mercado para impulsionar um negócio.

Ao iniciar esse estudo, é importante compreender a fundo os reais motivadores destas mudanças, assim como se os desejos dos candidatos estão de acordo com as aspirações da empresa. Em momentos de aquecimento extremo do mercado, um match perfeito entre estes perfis será um grande passo na escolha pelo emprego ideal.

Muitos profissionais estão mudando de emprego em alta velocidade atualmente – atraídos pela possibilidade de benefícios mais flexíveis, oportunidades de crescimento e viabilidade de terem mais qualidade de vida. Mesmo se tratando de um desejo compreensível, tantos benefícios podem até soar como algo negativo para a empresa que o está avaliando. Por isso, é importante compreender exatamente o que a empresa está buscando, a fim de encontrar um alinhamento adequado entre as partes.

Toda companhia necessita de um grupo de pessoas convergindo para um mesmo objetivo e propósito, o que torna este entendimento fundamental em todo processo seletivo. É preciso encontrar o profissional mais preparado e que agregará valor para a companhia, trazendo crescimento e desenvolvimento para ambos no médio e longo prazo.

E, se de um lado a empresa precisa oferecer mais flexibilidade, por outro, os profissionais também precisam fazer por merecer. Aqueles que buscam especialização, cursos e experiências para complementar sua área de atuação, têm cada vez mais se destacado por sua amplitude de conhecimento e visão de negócio. O mais importante é buscar um equilíbrio entre as partes, deixando as expectativas bem alinhadas. Assim, ficará mais fácil encontrar seu próximo emprego.

 

Fábio Steren - sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção.

 

Wide

https://wide.works/


EDUCAÇÃO DO FUTURO

 O avanço das tecnologias e as mudanças na educação brasileira, como a adoção do novo ensino médio, estimulam a escola do protagonismo real 


O ensino repetitivo, muitas vezes, baseado na memorização de conteúdos está com os dias contados. Afinal, o avanço das tecnologias, cada vez mais presentes no dia a dia das pessoas, como a inteligência artificial, a internet das coisas e os algoritmos, passarão a ser responsáveis por fazer as funções reprodutivas. A tendência, segundo o diretor executivo das unidades escolares do grupo Bernoulli Educação, Marcos Raggazzi, é que a escola incentive a capacidade de criar dos estudantes, bem como de resolver situações-problemas. Isso ocorre quando o aluno está “colocando a mão na massa” no ensino e não apenas reproduzindo aquilo que é solicitado pelo professor em sala de aula.

Nesse contexto, ao professor está reservada a expressiva responsabilidade de gerir os processos de ensino e implementar o planejamento focado na intencionalidade pedagógica, que prioriza resultados relacionados ao desenvolvimento de capacidades cognitivas e socioemocionais.

“A mudança de ator central na escola se estabelece quando o estudante tem a possibilidade de desenvolver algo que se dá a partir do seu interesse e pode participar ativamente do processo de tomada de decisão”, sublinha Raggazzi, que apresentou a palestra “Atestado de Óbito da Escola Professoral e Certidão de Nascimento da Escola do Protagonismo Real”, durante a Bett Brasil 2022 – maior evento de educação e tecnologia da América Latina, realizado este mês, em São Paulo.

Além do impacto da tecnologia, as mudanças na educação brasileira, com a adoção do novo ensino médio, estimulam a escola do protagonismo real do estudante. Entretanto, ainda há entraves, um deles é que os exames de acesso ao ensino superior primam pelos conteúdos e não pelas habilidades. “Na hora que o estudante vai fazer o Enem e também os vestibulares, eles são avaliados pelo conhecimento que eles possuem, que muitas vezes, é um conhecimento mecânico, reprodutivo”, observa.

 

Marcos Ragazzi - diretor executivo das unidades escolares do grupo Bernoulli Educação.


Por que ESG é para todos (até para pequenos negócios)?

Em tempos de consumidor consciente e em busca de propósito, o especialista em governança Luiz Fernando Lucas mostra como aplicar esse conceito no dia a dia da empresa faz toda a diferença

 

Mesmo estando na pauta principal das grandes empresas e fundos de investimento no mercado financeiro, o ESG, sigla em inglês que está na moda e significa ambiental, social e governança ou, em resumo, sustentabilidade empresarial, hoje faz toda a diferença para qualquer negócio - o que inclui micro, pequenos e até empreendedores individuais.

E isso não depende de gastos exorbitantes com consultorias nem com áreas jurídicas para adaptar a empresa ao mercado, mas sim de mudança de consciência e atitude na cultura da empresa – e que no caso da pequena, é mais fácil ainda pois é centrada na figura do dono, do líder, do fundador, segundo Luiz Fernando Lucas, consultor especializado em governança, compliance e ESG.

Para entender um pouco mais sobre como os pequenos negócios podem aplicar ESG na prática, leia a seguir a entrevista com o especialista, advogado com MBA em Gestão e Marketing e extensão na Kogod Business School, da American University de Washington, e autor do livro "A Era da Integridade" (Ed.Gente). 

 

Os conceitos ESG estão na moda. Faz sentido o pequeno negócio aplicá-los no dia a dia da empresa? 

Há uma confusão no mercado de que ESG seja um modelo de negócio, uma ferramenta de gestão. ESG é uma filosofia de vida, um jeito de fazer as coisas. Não existe ESG sem uma liderança consciente.

Dado esse preâmbulo, o conceito cabe para qualquer empresa. Talvez para uma pequena empresa não seja viável nem faça sentido fazer relatório de sustentabilidade ou social, porque o que ela gastaria para dizer o que faz, talvez fosse maior do que ela consegue fazer.

Vamos pelas siglas: a Governança, por exemplo, faz sentido para qualquer empresa. As startups começaram a entender que, para poder escalar, crescer, é preciso ter governança. Faz sentido ter um conselho consultivo, faz sentido trazer esses conceitos para o dia a dia.

Quanto ao Social e Ambiental, arrisco dizer que, se as grandes empresas estão fazendo isso de maneira organizada e com volume maior, as pequenas empresas, pela minha experiência prática, já fazem isso conectadas com a família, com o bairro, com o cliente que ela conhece pelo nome.

Então, é muito possível aplicar ESG para uma pequena empresa se for encarado como uma filosofia de negócio, de vida e de consciência humana. 

 

Hoje os consumidores querem uma empresa com propósito, uma marca que não agrida o meio ambiente, que trate bem os funcionários... Explique como essa questão de consciência pode fazer sentido para um pequeno empreendedor?  

Se o empreendedor tiver propósito de causar algum impacto positivo na vida das pessoas, fará ainda mais sentido para ele do que pagar contas e viver daquilo.

Mesmo que seja um empresário individual numa microempresa, se tiver governança, métodos que tragam transparência e clareza na gestão que ele possa mostrar para qualquer pessoa, a empresa dele tem maior chance de sobrevivência, de sucesso. 

Até agora, falei do ponto de vista do ser humano consciente do seu papel. Mas tem o da inteligência também. Se uma empresa começa com governança, fazendo seu negócio, produto ou serviço respeitar, proteger e contribuir para o meio ambiente e, além de lucrar, ajude as pessoas do bairro, da comunidade, vai ter um monte de gente querendo que ela cresça.

 

Ou seja: aquele conselho de mudar o tal do mindset faz toda a diferença.

Isso. Índices e pesquisas mostram que empresas listadas na B3 (bolsa de valores), que possuem ESG, têm mais lucro, mais longevidade e crescem mais do que as que não têm. Então, se não é por consciência, e sim por inteligência, a chance de se tornar uma empresa de médio e até grande porte é muito maior.

E num terceiro nível, se não por consciência nem por inteligência, direi que é por necessidade, para sobreviver no mundo de hoje. Os consumidores estão atentos, a comunidade está atenta, as pessoas não querem mais um produto que polua o meio ambiente, desrespeite as pessoas... ou então essa empresa, mesmo pequena, vai causar uma crise de imagem, ninguém vai querer trabalhar lá.

Fazer o certo é o único jeito de dar certo, então adotar ESG como filosofia de negócio faz com que empresas de pequeno porte, por menores que sejam as ações e intenções e capacidades de realizar, têm de entender que ESG não é algo a mais para fazer, mas uma forma de escolher fazer as coisas.

 

Uma das grandes preocupações dos pequenos negócios são os custos. Dá para adotar práticas ESG sem grandes interferências no caixa? 

Antes de ser um assunto para consultorias que estão oferecendo serviços, modelos, implementações, relatórios, por mais que seja necessário para uma grande empresa que vai por essa linha jurídica, de criar políticas de compliance, vale lembrar que o ESG é uma sigla nova, mas os conceitos são antigos.

Antes de consultoria e do jurídico, ESG é cultura, cultura de valores, de desenvolvimento de pessoas, de líderes, de tratar de pessoas e lideranças de maneira consciente, fazendo tudo dentro desses princípios. E aí eu acrescento o compliance, que é estar dentro das regras e leis, para levar para a integridade de uma empresa. Ou seja, tudo no negócio dele pode ter ESG.

 

O senhor pode dar um exemplo prático? 

O papel do empreendedor, dentro dos conceitos ESG, é conhecer fornecedores, a cadeia produtiva, as necessidades dos seus prestadores de serviços e dos seus funcionários, fazer seu produto, marketing e gestão serem o mais sustentável possível do ponto de vista ambiental, social e de governança. 

Há um grande equívoco quando pessoas tentam rotular ESG como ação social ou voltada ao meio ambiente. Não, isso são ações externas da empresa que somam ao ESG, lá no âmago do negócio.

Porque, infelizmente, há empresas que ganham prêmios, publicam relatórios mas, na prática, as pessoas não querem trabalhar lá, há um turnover horroroso, vai nos “Reclame Aqui da vida”, na ANS ou em outros órgãos reguladores e vê um monte de reclamação, ou tem um monte de processos no Judiciário. 

De que adianta ter ESG por fazer ação para o meio ambiente ou de caridade para os outros verem, se seu próprio negócio não respeita nem o meio ambiente nem as pessoas?

 

Tem de tomar cuidado para não incorrer em greenwashing (falsa aparência de sustentabilidade), certo?

Isso. A grande pauta que tenho trazido, repito, é que ESG é cultura, é desenvolvimento de pessoas, de lideranças conscientes. Porque aí tudo o que eu for fazer vai ter como pauta o ESG, e não algo que faço só para mostrar para o mercado e valorizar minha empresa. 

Porque tem gente que é desonesta por natureza. O indivíduo comanda o negócio dele naquela base não porque tem valores, mas porque é obrigado, paga impostos quando exigem... Mas, na prática, faz tudo errado. O problema é o ESG ou a forma desse líder encarar o mundo?

Se o empreendedor tem integridade, consciência do seu papel no mundo, não vai tirar nota fiscal e pagar seus impostos porque alguém obrigou, é porque ele não vê sentido em não fazer assim.

E na pequena empresa isso é muito mais evidente. A grande tem departamentos, gente, estrutura, normalmente está no mercado, tem um grande capital financeiro e intelectual e know how para fazer... Então aquilo passa a ser um processo, uma área, um pedaço de um todo. Já na pequena, o que faz diferença é a cabeça do líder, do dono, do fundador ter ESG como cultura de valores.

 

O senhor pode dar exemplos de pequenos negócios que já aplicam conceitos ESG? 

Tem uma empresa de chocolates chamada AMMA, que nasceu para proteger os produtores de cacau e que tem responsabilidade ambiental com a cadeia de produção. E pequenos restaurantes em São Paulo, como a Enoteca Saint VinSaint (de vinhos veganos e artesanais).

Ou o Banana Verde, cujos donos sabem tudo o que vai no prato: quem é o produtor de cada alface, onde moram, sua família. Ou seja, são exemplos tangíveis de locais em que não há um produto que não tenha uma história de respeito às pessoas e ao meio ambiente por trás.

 

Hoje tem até fundos de investimento ESG. Dá para dizer então que quem não mudar essa cultura vai desaparecer do mercado?

Sim. Essa questão ESG veio do mercado financeiro, foi quem fez a sigla, pois os grandes fundos começaram a falar: só invisto nessa empresa se ela for ESG. Começou pelo Black Rock, o maior fundo de investimentos do mundo, que começou a fazer e pautou todo mundo.

Agora, é óbvio que o pequeno tem mais dificuldade de sobreviver que o grande porque ele não tem capital fácil. Mas, para os negócios sobreviverem hoje é só parar para olhar: os consumidores estão mais exigentes, querem cada vez mais produtos orgânicos, sustentáveis, empresas responsáveis... E está vindo uma troca de geração por aí de olho nisso.

A empresa se envolve num escândalo, perde valor de mercado na B3. Mas no caso de uma pequena, é mais complicado ainda porque não é só a empresa: é a família, é o funcionário... todo mundo está de olho.

Se o dono se envolver num escândalo, perde o cliente imediatamente. Então sim, é uma questão de sobrevivência, em curto prazo para alguns, e médio e longo para outros. E não porque é algo relacionado ao negócio: é uma transformação cultural em toda a sociedade que está cada vez mais consciente. 

Mas vale destacar: se uma empresa apenas contratar consultorias, ela não tem ESG. Não existe ESG sem liderança consciente. Pode ter documentação, relatório, mas não necessariamente ser uma empresa consciente, com integridade. E aí o ESG pode ser só greenwash, mesmo.

 

Qual sua dica para o empreendedor que ainda não adotou esse conceito?

Se não aplicar o ESG em sua mentalidade, ou o pequeno empresário vai quebrar ou ter uma crise existencial. Ainda mais depois dessa pandemia, quantos ficaram com a saúde debilitada, crises depressivas, ansiosos pela dificuldade em dar continuidade aos negócios?

Se ele não mudar esse pensamento, ou vai acabar com a saúde, com o bolso, ou com os dois. Para prosperar, o empreendedor não tem de ter só sustentabilidade do negócio, mas de si próprio. 

Por isso dou uma dica, vinda do Oráculo de Delfos: conhece a ti mesmo, antes mesmo da sua empresa. O pequeno empresário vive à beira de um ataque de nervos pois vivemos num país difícil, com muita burocracia, altos impostos e, nesse caso, o lugar que dói primeiro é o bolso.

Ninguém consegue estar bem emocional e mentalmente com a saúde financeira abalada. Por isso, é bom buscar autoconhecimento para poder sustentar a pressão e as dificuldades, pois elas vão passar. 

 

Karina Lignelli

https://dcomercio.com.br/publicacao/s/por-que-esg-e-para-todos-ate-para-pequenos-negocios


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