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terça-feira, 17 de maio de 2022

Medicina suplementar: Banco de leite do Hospital Anchieta completa 17 anos no mês das mães

Crédito: Hospital Anchieta
Pediatra aponta a importância das doações de leite humano e explica como lactantes podem doar, mesmo sem sair de casa


No mesmo mês do dia das mães, também é celebrado o Dia Internacional de Doação de Leite Humano (19/05), como forma de celebrar as mais diversas formas de amor materno e as diversas “mães” que existem espalhadas pelo mundo. Uma coisa que representa a maternidade, principalmente no seu início, é a amamentação, mas muitas mães passam por desafios nesse processo e necessitam de uma rede de apoio profissional. 

O Hospital Anchieta de Brasília inaugurou o seu próprio Banco de Leite Humano em 1995 e faz parte da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (RBBLH) desde a sua criação. É um representante ativo na medicina suplementar do Distrito Federal e funciona como Centro de Lactação, presta atendimento a mães de prematuros que estão internados em unidades neonatais, apoia as nutrizes que apresentam dúvidas ou dificuldades na amamentação, além de coletar, processar, armazenar e distribuir leite humano a bebês prematuros e de baixo peso, explica a pediatra / neonatologista e responsável técnica pelo Banco de Leite do Hospital Anchieta, Dra. Mariana Palhares Temer.
 

Falando em doação de leite humano. Quem pode doar? 

Toda mulher que amamenta é uma possível doadora de leite humano. Basta ser saudável e não tomar medicamentos que interfiram na amamentação. A pediatra aproveita o momento e faz um apelo às mães que estejam amamentando, no sentido de que contribuam para aumentar os estoques do Banco de Leite Humano: “Qualquer quantidade de leite humano doado pode ajudar os bebês internados, esse gesto pode salvar a vida de várias crianças”, enfatiza Dra. Mariana.
 

Baixa no estoque 

A pediatra ressalta que o estoque de leite humano está baixo por conta da diminuição das doações, podendo estar relacionada ao aumento das síndromes gripais no início do ano. “Em fevereiro registramos o menor estoque que já tivemos, por isso, mais do que nunca devemos sensibilizar as pessoas e reforçar a importância da doação e o impacto que esse gesto pode causar”, finaliza Mariana. 

É importante frisar que o atendimento no Banco de Leite do Hospital Anchieta de Brasília é individualizado, humanizado e composto por uma equipe multidisciplinar, com pediatra, fonoaudiólogo, técnicos em enfermagem, enfermeiro e nutricionista. O hospital segue as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Pediatria.  

A mãe doadora pode fazer o cadastro diretamente no BLH do Hospital Anchieta através do telefone (61) 3353 - 9136.


ENTENDENDO A DEPRESSÃO

O QUE É E QUAIS SÃO AS CAUSAS?


Estudos conduzidos em famílias com irmãos gêmeos ou pessoas adotadas concluíram que a genética tem bastante peso sobre a doença. Em geral, ocorre depressão quando os níveis de determinados neurotransmissores (como a serotonina, a dopamina e a noradrenalina) estão em níveis inadequados. Além disso, alguns eventos estressantes, como a morte de uma pessoa próxima, podem desencadear a doença em quem já tiver uma predisposição.

Além do estresse e da genética, outros fatores de risco incluem: problemas hormonais, abuso de álcool ou outras drogas, traumas psicológicos, conflitos de relacionamento, problemas financeiros, desemprego, crises familiares, entre outros.


QUAIS SÃO OS SINTOMAS PSICOLÓGICOS DA DEPRESSÃO?

Muito mais do que uma simples tristeza, a depressão é caracterizada por uma desmotivação profunda, em que a pessoa tem dificuldade em encontrar um sentido para as suas ações. Não são raros os casos de pessoas que têm dificuldade de sair da cama, trabalhar, sair de casa, estudar, enfim, concentrar-se nas suas atividades.

Sair com amigos ou fazer aquelas atividades que antes eram prazerosas agora já não oferecem graça nenhuma. Pensamento lento, falta de energia, problemas de concentração e memória e desânimo também são sintomas constantes. Em alguns casos, podem surgir sensações de culpa, uma visão exclusivamente negativa sobre a vida e pensamentos suicidas.


QUAIS SÃO OS SINTOMAS FÍSICOS DA DEPRESSÃO?

Pessoas deprimidas relatam fraqueza e cansaço, mesmo sem grandes esforços, uma sensação de que o corpo está pesado e sem energia. Além disso, as alterações nos neurotransmissores também podem causar insônia ou sonolência excessiva. O mesmo acontece com o apetite, que pode aparecer exagerado ou bastante reduzido.

Uma sensação geral de mal-estar pode vir acompanhada de problemas digestivos, suor excessivo, coração acelerado e cansaço. A falta de desejo sexual também é bastante frequente entre pessoas com depressão.


QUANDO PROCURAR AJUDA?

Todos nós temos dias ruins ou fases ruins da vida. Especialmente quando elas têm causas definidas, precisamos entender que a tristeza é algo natural. Se falhamos em algum projeto, se perdemos um ente querido ou se fomos demitidos, é natural que uma sensação negativa nos domine.

Os quadros depressivos, porém, não se resumem à tristeza, mas incluem uma total falta de esperançade que as coisas possam melhorar. É uma grande falta de vontade de fazer qualquer coisa, que se prolonga por dias, até semanas, sem sinal de melhora. Além disso, nem sempre há um evento específico que desencadeia a depressão.

É neste segundo cenário que você deve se preocupar em procurar ajuda. O lado bom é que, com psicólogos e psiquiatras, a depressão tem cura, e o indivíduo pode voltar plenamente a viver como antes. Portanto, tanto por meio de medicamentos prescritos como de práticas terapêuticas, não hesite em pedir ajuda!


ENTENDENDO O TRANSTORNO DE ANSIEDADE


POR QUE SENTIMOS ANSIEDADE? EXISTE ALGUM LADO POSITIVO NELA?

A resposta é: sim. Ela tem um lado bom e importantíssimo, por sinal. A ansiedade é uma antecipação mental de possíveis situações problemáticas e de sofrimento físico ou emocional. Ela é importante para que todos nós, ao antecipar essa possibilidade, sejamos capazes de fazer o que for preciso para evitá-la. Resumindo, sentimos ansiedade para nos prepararmos para os desafios da vida.

Aliás, a ansiedade tem uma importante função evolutiva. Se não fosse por ela, o homem primitivo não sairia do lugar, não procuraria alimentos por meio da caça e da pesca, não teria descoberto o fogo, não teria desenvolvido a agricultura e, você, Homo sapiens do século XXI, não estaria lendo este texto agora. Aliás, sem o sistema de “luta ou fuga”, a nossa espécie provavelmente teria sido dizimada por algum animal de grande porte.


EXISTE UM NÍVEL SAUDÁVEL DE ANSIEDADE?

Como é possível perceber, a ansiedade não apareceu nas nossas vidas sem motivo. Na vida contemporânea, ela também é essencial. Sem essa preocupação com o futuro, você não procuraria trabalho, não compraria comida, nem casa, nem carro, nem qualquer coisa necessária para viver com o mínimo de qualidade e tranquilidade.

Sem ansiedade, os adolescentes não se preparariam para as provas, e os adultos não pagariam as suas contas, ou seja, ninguém sairia do lugar. Na verdade, a total ausência de ansiedade é também um problema grave, pois demonstra que o indivíduo pode estar com um quadro profundo de depressão, desmotivado e sem qualquer interesse pela vida, o que também exige tratamento imediato.


QUANDO A ANSIEDADE EXTRAPOLA OS NÍVEIS SAUDÁVEIS E SE TORNA UM TRANSTORNO?

Podemos concluir que a ansiedade é fundamental para a nossa existência, desde que ela se apresente em níveis adequados. O excesso desse sentimento também é prejudicial.

Quando a ansiedade começa a ser desproporcional aos acontecimentos e a causar muito sofrimento psicológico, ou mesmo físico, ela também está “descalibrada”. Nesses casos, a ansiedade pode configurar um verdadeiro transtorno, caracterizado por sintomas como: preocupação excessiva, cansaço frequente, inquietação, irritabilidade, tensão muscular, problemas de concentração e noites mal dormidas.

Outros sintomas físicos podem incluir: alterações gastrintestinais, suor excessivo, dores de cabeça, taquicardia, palpitação, respiração ofegante e elevação da pressão arterial. Obviamente, esse tipo de ansiedade é patológico e precisa de um tratamento imediato, geralmente com acompanhamento psiquiátrico e psicológico.

Portanto, nós precisamos, sim, de ansiedade, mas em níveis funcionais. Isso significa que a ansiedade precisa existir para nos motivar a fazer o que é preciso, principalmente para nos prepararmos para os momentos difíceis, como uma prova ou uma apresentação no trabalho, por exemplo.

Ela é prejudicial se estiver tanto em níveis muito baixos quanto em níveis muito altos. A ansiedade saudável é aquela que nos leva à ação e a uma rotina de produtividade para alcançarmos os nossos objetivos. Se essa energia está em falta, ou se ela está se apresentando de forma excessiva, de um jeito ou de outro ficamos paralisados.

Portanto, agradeça diariamente pela sua ansiedade, pois ela o trouxe até aqui. Apenas não permita que ela apareça mais do que o necessário, a ponto de prejudicar a sua vida pessoal, profissional e social. Cuide-se e procure ajuda quando for necessário!


POR QUE AS DUAS DOENÇAS SÃO TÃO CONFUNDIDAS?

Nos consultórios psiquiátricos, nem sempre a pessoa chega sabendo aquilo que tem. Os sintomas podem ser confundidos, de modo que apenas o psiquiatra, entrevistando o paciente e compreendendo a sua vida, pode estabelecer um diagnóstico. Basicamente, os transtornos ansiosos e a depressão mexem com os mesmos neurotransmissores e podem ser tratados com medicações semelhantes, mas são doenças distintas.

A depressão é marcada pela perda do prazer e da capacidade de ver sentido na vida, caracterizando-se pela desmotivação, pelo pessimismo e pela falta de vontade de fazer qualquer coisa no presente. Os transtornos ansiosos, por sua vez, correspondem a um medo excessivo de tudo o que pode dar errado no futuro, pois a mente está sempre acelerada e preocupada, desencadeando os sintomas físicos e psicológicos citados acima.

As duas doenças têm alguns sintomas em comum e até mesmo podem ocorrer simultaneamente. Entretanto, apenas os médicos e os psicólogos podem fazer o diagnóstico de cada paciente, com base no seu relato e nos sintomas vivenciados. A boa notícia é que as duas condições têm cura, por meio da psicoterapia e do uso de medicamentos, quando for necessário. Por isso, em caso de suspeita, não hesite em procurar ajuda especializada!

 


José Roberto Marques - referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ, onde na média de 46,5 % após 6 meses sua metodologia exclusiva diminuíram o escores de ansiedade, stress e depressão (https://lp2.ibccoaching.com.br/avalicao-de-impacto-psc/ ). A pesquisa também indicou um aumento expressivo nos escores de felicidade, otimismo e autoeficácia. Esses dados científicos são inéditos no mercado de autoconhecimento. Além disso, é autor de mais de 61 livros publicados.

 

Saiba o Que é Ginecomastia. Condição Que Afeta a Mama Dos Homens.

Ginecomastia é uma condição que afeta os homens provocando o aumento descontrolado das mamas. Existem alguns tipos de ginecomastia que variam de acordo com o tipo e as características do tecido mamário em excesso. 

Numerosos mecanismos fisiopatológicos estão envolvidos na gênese da ginecomastia, todos levando a um aumento líquido da relação estrogênio/andrógeno no tecido-alvo (mama). A ginecomastia puberal requer estudo especial, pois 50-75% dos homens nesta fase do desenvolvimento apresentam aumento do tecido mamário.

Ginecomastia é hipertrofia das glândulas mamárias em homens. Costuma aparecer na adolescência, entre 10 e 16 anos, devido às grandes alterações hormonais nessa fase da vida. Geralmente as mamas voltam ao tamanho normal, mas, em 5% dos casos continuam na vida adulta. A ginecomastia pode ser uni ou bilateral e variar bastante o tamanho. As causas para ginecomastia são muitas: desbalanço hormonal, uso de alguns medicamentos, doenças da tireoide ou hipófise, entre outras. Em alguns casos, não há excesso de glândula mamária, mas somente excesso de gordura ou de pele, como em pacientes após cirurgia bariátrica ou grandes emagrecimentos. A correção com cirurgia é simples: 

- lipoaspiração: quando há somente excesso de gordura na região.

- retirada da glândula mamária: quando a glândula é pequena, sem excesso de gordura. Feita por uma incisão pequena no mamilo.

- retirada da glândula + lipoaspiração: para os casos de pacientes com glândula mamária e excesso de gordura nessa região.

- retirada de pele: nos casos de mamas grandes, pendulares ou alguns casos de pacientes após cirurgia bariátrica.
 

Quais são as causas da ginecomastia?

De acordo com o cirurgião plástico Dr. Hugo Sabath, da Clínica Sabath, as causas da ginecomastia estão relacionadas ao desenvolvimento anormal das glândulas mamárias nos homens por conta de um desequilíbrio hormonal, podendo atingir somente um dos seios ou os dois. Existem alguns fatores que podem contribuir para a produção anormal de hormônios no corpo, dentre eles: 

• obesidade;

• insuficiência renal;

• efeito colateral do uso de anabolizantes;

• infecções nos testículos;

• efeito colateral de alguns medicamentos. 


A ginecomastia pode ser glandular (somente excesso de glândula mamária), gordurosa (apenas com excesso de gordura) ou mista (além de gordura, há também tecido glandular em excesso).


“Na maioria das vezes, inicia-se a cirurgia realizando uma lipoaspiração nas mamas e em seguida é realizada a retirada do excesso de glândula. O paciente terá o resultado definitivo em apenas 3 meses.” esclarece o cirurgião plástico da Clínica Sabath.



Quais são os sintomas da ginecomastia?

“Os sintomas da ginecomastia podem aparecer em forma de desconforto social por conta do tamanho alterado de uma ou das duas mamas. Em relação aos problemas físicos, pode haver dor na região e a aréola pode ficar maior e mais escura.” explica Hugo Sabath
 

Ginecomastia tem cura?

Ginecomastia tem cura. O tratamento para ginecomastia deve ser orientado por um especialista experiente. Em geral, casos mais leves são resolvidos com medicamentos e mudanças de hábitos. Casos mais graves precisam ser resolvidos com cirurgia para retirar o excesso de mama.
 

Pós-operatório.

“Na primeira semana após a cirurgia é necessário realizar sessões de drenagem linfática, para reduzir o inchaço e remodelar as cicatrizes, evitando retrações e fibroses.” Finaliza o Dr. Hugo Sabath.
 


Hugo Sabath - Graduação em Medicina - Universidade Católica Boliviana -- UCB - Bolívia -- Residência - Especialização em Cirurgia Geral - Hospital Universitário Japonês – Bolívia. Graduação em Medicina. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, UFRN, Brasil.  Orientador: UFRN -UFPB. - Residência - Cirurgia Geral - Hospital Stella Maris – Brasil. Residência - Cirurgia Plástica - Faculdade Medicina do ABC Hospital Santa Catarina
Reconstrução mamária com experiência na área de medicina , ênfase em Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica. -- AC Camargo. Membro Titular da Sociedade Boliviana


Atendimentos em telepsiquiatria aumentam 12% em 4 meses e queixas por Burnout ganham destaque

A síndrome, reconhecida pela OMS como doença, está diretamente ligada ao estresse crônico no trabalho e apresenta impactos significativos na saúde integral dos indivíduos 

 

Que a dicotomia entre as mudanças provocadas pela pandemia e o modelo de trabalho poderiam gerar impactos na saúde ocupacional, já não era dúvida. Basta um breve acompanhamento das equipes para identificar que sintomas de exaustão e perda de eficácia não resultavam somente no efeito do trabalho remoto. Mais do que isso: é a Síndrome de Burnout se revelando aos poucos. Fato que pode ser comprovado pelos dados reunidos por Conexa, maior player de saúde digital da América Latina. Afinal, de novembro de 2021 a março de 2022, ocorreu um aumento de 12% nas consultas de telepsiquiatria com registros de quadros relacionados à doença.  As teleconsultas psicológicas também tiveram um boom em março, chegando a 120 mil atendimentos, contra apenas 5 mil no mesmo mês em 2020.

“Diferentemente do início da pandemia de Covid-19, hoje as empresas já conseguem analisar como está a saúde de seus colaboradores de uma forma mais ampla. Afinal, além dos mecanismos, como a telemedicina e a telepsicologia, há programas de bem-estar que oferecem uma nossa visão à liderança, a qual deixa de ser pautada no controle e passa a acolher e humanizar profissionais em quadro de estresse crônico”, destaca a psicóloga Luciene Bandeira, diretora de saúde mental de Conexa e responsável técnica por Psicologia Viva.


Visão holística

O primordial, de acordo com Luciene, é o meio corporativo compreender o conceito de saúde como algo que não se restringe aos comportamentos e resultados no ambiente de trabalho, mas sim a uma ação global, que, inclusive, resvala nas premissas de ESG (Environmental, Social and Corporate Governance). “As organizações podem gerar relatórios variados para mostrar as iniciativas em prol da preservação ambiental, das relações com a comunidade, com acionistas e governo, mas se atentar ao social como uma forma de entender as particularidades do indivíduo e o que o aflige nos âmbitos profissional e pessoal se faz essencial. O bem-estar deixou de ser algo de responsabilidade particular e o mundo já está abrindo os olhos para o cuidado integral da saúde, sem dissociar os ambientes frequentados, suas práticas e impactos”, ressalta.


Desafios para o RH

Se antes seguir a legislação já era o suficiente para ofertar o básico à saúde dos colaboradores, hoje o verdadeiro desafio dos departamentos de recursos humanos é ir além. Com a pandemia, questões atreladas à produtividade e clima organizacional são relatadas de forma recorrente por líderes e funcionários e saber endereçá-las de forma propositiva se tornou parte de um processo de assessment em todos os níveis. “A adoção de protocolos de Covid-19, a manutenção de ritos que mantivesse o engajamento em dia, as orientações aos gestores para manter os times motivados e o tato para lidar com quadros de medo generalizado, necessidade de reintegração social e questões de ansiedade, depressão e burnout foram apenas algumas das atribuições incorporadas à área.

Por essa razão, segundo Luciene, a tendência de atuação humanizada e pautada em pessoas precisou sair rapidamente do discurso e entrar na prática. “A Conexa tem mais de 280 clientes B2B que decidiram ofertar os serviços de saúde digital e treinamentos à liderança como uma maneira de suportar as demandas destinadas ao RH. Vemos nisso um movimento interessante com ampla projeção de crescimento e do reconhecimento do bem-estar como o pilar prioritário na condução de qualquer estratégia de negócios”, pontua.

Recentemente, a empresa promoveu o lançamento do Programa BETI (Bem-Estar no Trabalho Importa), trazendo soluções modulares para que empresas de todos os portes possam repensar sua atuação na saúde ocupacional e agir em prol de um ambiente diferenciado, que retenha talentos e propicie o encaminhamento adequado para assuntos de cunho psiquiátrico e/ ou psicológico. A iniciativa estimula o colaborador, por meio do suporte ao departamento de recursos humanos e do treinamento da liderança, a adotar ações de cuidado, suporte, prevenção e promoção da saúde de forma contínua.

  

Conexa  - Player de saúde digital.

https://www.conexasaude.com.br/

 

As cefaleias


As dores de cabeça, ou cefaleias, compõem um grupo de disfunções dolorosas muito comuns que possuem grande impacto na qualidade de vida das pessoas, sendo atualmente considerada uma das principais causas de incapacidade na população adulta. Até 52% da população mundial, conforme estudo recente, relatam ter dor de cabeça pelo menos uma vez ao ano. Efetivamente, muitas pessoas não conseguem trabalhar ou estudar de forma adequada por sofrerem de cefaleia. 

Existem diferentes tipos de dores de cabeça, que geralmente são causadas por enxaqueca ou cefaleia tensional, mas também podem ser causadas por doenças mais complicadas, como tumores cerebrais, ruptura de aneurismas ou infecções cerebrais, entre outras. Cabe ao médico, ao atender o seu paciente, definir o correto diagnóstico da cefaleia e estabelecer o melhor tratamento para cada caso, podendo inclusive solicitar, quando necessário, exames complementares como tomografia de crânio e ressonância magnética de encéfalo. 

Dentre as várias causas, a enxaqueca se destaca pelo grau de incapacidade que pode gerar. Essa dor, que compromete entre 12 a 15% da população, se caracteriza por ser hemicraniana, intensa, pulsátil, acompanhada de náusea e/ou vômitos, aversão à luz e aos barulhos. A enxaqueca piora com atividades físicas rotineiras e tem duração superior a quatro horas, podendo ocorrer com uma frequência variável. Não raras vezes, a enxaqueca é antecedida por alterações da visão, denominadas de aura. 

Outra dor de cabeça muito comum é a cefaleia tensional, com duração podendo variar entre 30 minutos a sete dias. Esta cefaleia, que pode ocorrer em 31 a 72% da população ao longo da vida, é bilateral e opressiva, de intensidade fraca a moderada, não sendo agravada por atividade física rotineira e não apresenta náusea ou vômitos, podendo eventualmente acarretar aversão à luz e aos barulhos. 

Outro tipo de dor de cabeça é a cefaleia em salvas, que embora muito mais rara, acometendo em torno de 0,1% da população, é altamente comprometedora, sendo considerada uma das piores dores de cabeça que existe. Esta cefaleia pode ocorrer várias vezes ao dia, sendo sempre do mesmo lado, geralmente em torno do olho, que fica vermelho e lacrimeja, ocorrendo a obstrução da narina que está do mesmo lado da dor. 

É importante mencionar que o tratamento correto da dor de cabeça, estabelecendo a adequada profilaxia da mesma, além de melhorar muitos os sintomas dolorosos, ajuda a evitar o uso desnecessário de analgésicos ou anti-inflamatórios, que podem inclusive agravar a dor de cabeça, levando a quadros de cefaleia crônica. Por isso, é fundamental saber qual é o tipo de dor de cabeça que o paciente apresenta para que se possa fazer o correto tratamento e a melhor investigação para cada caso. 

 

Carlos Roberto Caron - professor de Neurologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR).

 

Maio Cinza: a importância da conscientização

Dra. Juliana Zuiani, médica neurocirurgiã

Crédito: Vanessa Galina

Maio Cinza é uma campanha para conscientização sobre o câncer no sistema nervoso central (SNC) e um alerta para cuidados relacionados à prevenção da doença. Responsável por 4% das mortes decorrentes de neoplasias em todo o mundo, o câncer de SNC está entre os dez tipos de cânceres mais letais. Em jovens com idade inferior a 15 anos, os tumores do SNC são a segunda principal causa de câncer. 

O diagnóstico precoce é fundamental para um bom resultado no tratamento. Não havendo indicação de rastreamento na população em geral, é importante não menosprezar alguns sintomas como: convulsões, desmaios, tontura, desequilíbrio, alterações da fala, deglutição ou da visão, dores de cabeça persistentes, vômitos, formigamentos e perda de força. A avaliação de um especialista é de extrema importância nessas situações. 

Essa é uma doença com poucos fatores de risco conhecidos: o tabagismo e a exposição à radiação -- inclusive a radioterapia para tratamento de outros tipos de câncer. Estes dois são os principais agentes quando falamos de tumores primários do SNC. Porém, a maior parte dos tumores do SNC não são primários, ou seja, não se originaram ali. São tumores secundários, originados de uma neoplasia em outro órgão, conhecidos como metástases. Diante disso, os fatores de risco são relacionados ao câncer no órgão de origem. 

Os pacientes mais jovens, mesmo vitimados com tumores malignos, respondem bem ao tratamento e podem chegar entre 70% a 80% de cura. Já nos adultos os resultados não são tão animadores. O Gliobastoma, tumor primário maligno mais comum no SNC, é bastante agressivo e letal em mais de 70% dos casos em até cinco anos de duração da enfermidade. 

O tratamento dos tumores malignos vai depender o seu tipo histológico, grau e localização, mas, em geral, o paciente é submetido a cirurgia, radioterapia e quimioterapia. 

Os tumores benignos, em sua quase totalidade, têm a cirurgia como principal arma terapêutica, sendo curativa na grande maioria das vezes. Em outras situações podemos apenas acompanhar a lesão com exames de imagem e avaliação clínica periódica.

Conscientizar é uma das melhores formas de prevenir e salvar vidas.
  
 

Dra. Juliana Zuiani - Formada em Medicina pela Unicamp, onde também fez Residência Médica em Neurocirurgia; Especialização em Neurocirurgia Funcional na Universidade de Toronto - Canadá, e aperfeiçoamento na Cleveland Clinic -- EUA; Especialização em microcirurgia no ICNE - SP com o Prof. Dr. Evandro de Oliveira; Título de especialista em Neurocirurgia; Membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia e da Sociedade Brasileira de Estereotaxia e Neurocirurgia Funcional; Coordenadora da Divisão de Neurocirurgia Funcional do Hospital da PUC Campinas.

Gravidez e nutrição: porque suplementar pode ser a melhor estratégia


Além de provocar um turbilhão de emoções, a gravidez gera uma série de alterações fisiológicas, bioquímicas e anatômicas na mulher. O organismo trabalha sem parar para desenvolver o embrião e todo esse esforço causa sono e cansaço. Por isso, a cada semana a saúde do bebê e o bem-estar da futura mamãe exigem mais e mais cuidados. Um ambiente gestacional favorável requer o estabelecimento de novos hábitos e rotinas, o que inclui maior preocupação com as necessidades nutricionais.

A demanda imposta pelos processos que envolvem o crescimento, desenvolvimento e rápida replicação celular das células fetais, placentárias e maternas implica na adoção de uma dieta equilibrada, composta por macro (carboidratos, proteínas e lipídeos) e micronutrientes (vitaminas e minerais). Porém, alguns merecem atenção especial, como o ferro, mineral de extrema importância para o desenvolvimento do feto.

O aumento na absorção de ferro, principalmente do aparelho digestivo, ocorre devido à formação de glóbulos vermelhos da gestante, do bebê e da placenta. As necessidades diárias de ferro crescem ainda mais a partir da segunda metade de gestação, chegando a ser, em média, de 7,5 mg/dia nas últimas 10 semanas da gravidez. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 41,8% das mulheres grávidas em todo o mundo sejam anêmicas, sendo que pelo menos metade dos casos é resultante da deficiência de ferro.

A anemia pode ser fruto de alterações na produção das hemácias, da destruição precoce dessas células, da perda de sangue ou de um mix de fatores. Dentre as anemias relacionadas aos problemas de produção podemos citar as anemias nutricionais, sobretudo as causadas por deficiência de ferro (anemia ferropriva) e falta de vitamina B12 e/ou ácido fólico (anemia megalobástica).

As intervenções para evitar a anemia ferropriva na gestação incluem a suplementação diária oral do mineral. Tal medida faz parte do protocolo da assistência ao pré-natal e visa reduzir o risco de baixo peso ao nascimento, anemia materna e consequências futuras, como doenças cardiovasculares, neurodegenerativas e alergias alimentares. A OMS recomenda que as gestantes recebam de 30 a 60 mg, por dia, de ferro elementar e que a suplementação continue até seis semanas após o parto para reabastecer os estoques de ferro do organismo.

A absorção e fixação do ferro dependem também de nutrientes como o ácido fólico, folato, vitaminas do complexo B, além de cobre e magnésio. O folato faz parte do grupo de vitaminas essenciais e é encontrado em folhas verdes, legumes, gema de ovo, fígado, leite e frutas cítricas. Já a vitamina B12 - presente em carnes peixes, ovos e leite - desempenha papel importante na formação das hemácias e no equilíbrio do sistema nervoso. A deficiência de tais nutrientes é capaz de acarretar uma síntese inadequada do DNA, prejudicando o processo de multiplicação das células, a divisão celular.

O período gestacional também é considerado como de maior risco para a deficiência do ômega 3, ácido graxo mais importante para o desenvolvimento neonatal. O seu consumo diário pode favorecer o fortalecimento cerebral e visual do bebê, além de prevenir o parto prematuro, a eclâmpsia e a depressão pós-parto. Isso porque o ômega 3 desempenha diversas funções, como transporte de oxigênio, armazenamento de energia, regulação da pressão arterial e da resposta inflamatória e alérgica do organismo, além de atuar no processo de coagulação.

Vale destacar, ainda, que alguns alimentos são facilitadores da absorção do ferro -- como os sucos de laranja e de limão, o morango, o brócolis e a pimenta -- e outros são considerados vilões por prejudicar esse processo, como a soja, o chocolate, a ingestão de café e chás, e o uso de antiácidos.

Revisão sistemática sobre a nutrição durante a gravidez, abordando 20 estudos com mais de 141 mil mulheres, mostrou o impacto positivo da suplementação de múltiplos micronutrientes associados ao ferro e ao ácido fólico em vários desfechos do nascimento. O levantamento constatou a redução de bebês com baixo peso e pequenos para a idade gestacional, além da provável diminuição de partos prematuros.

Prever e corrigir situações de maior risco por deficiências nutricionais lançando mão de suplementos alimentares podem significar importantes benefícios para a saúde materna e do bebê. A gestação provoca alterações metabólicas que aumentam as necessidades nutricionais diárias. Encarar esse enorme desafio contando exclusivamente com a alimentação pode ser uma estratégia de alto risco. 


Lilian de Paiva Rodrigues Hsu - professora adjunta da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e Chefe do setor de Gestação de Alto Risco do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

 

A Importância do Maio Roxo para a Conscientização da População Brasileira sobre as Doenças Inflamatórias Intestinais


Maio chegou. E com ele, algumas datas nos fazem lembrar de pessoas e momentos importantes em nossa vida: Dia das Mães, Dia do Trabalho, Abolição da Escravatura. Há outras datas, talvez menos divulgadas, mas muito importantes também, como o Dia Nacional da Adoção, o Dia Mundial da Língua Portuguesa, que coincide com o Dia Nacional da Comunicação e muitos outros. 

Em 19 de Maio, acontece o Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal, que foi definido internacionalmente em 2010 como um dia para promover a conscientização da população sobre a doença inflamatória intestinal, uma condição que afeta e aflige milhões de pessoas em todo o mundo, notadamente jovens entre 20 e 40 anos, com crescimento significativo de novos diagnósticos nos últimos 20 anos em países em desenvolvimento, como o Brasil. 

Como as doenças inflamatórias intestinais são pouco conhecidas e o diagnóstico precoce e adequado impacta de maneira importante o próprio manejo da doença, bem como sua evolução e interferência na qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares, a Federação Europeia de Colite Ulcerativa e Crohn (EFCCA, sigla em inglês) criou, em 2012, o Maio Roxo, uma forma de estender as campanhas de alerta por todo o mês, não apenas um dia, e conferindo à cor roxa um novo significado nesse período do ano. 

No Brasil, essa campanha começou a ser realizada pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) em 2016, com ações que reúnem pessoas de todas as partes do país para participar de eventos que esclarecem os desafios enfrentados por pessoas que sofrem dessas doenças, auxiliando-as, e a seus familiares e amigos, como adotar um estilo de vida saudável, além de esclarecimentos sobre os sintomas e apresentação das armas de que dispomos atualmente como tratamentos. 

Mas, afinal, o que são doenças inflamatórias intestinais? São um grupo de doenças inflamatórias crônicas do sistema digestivo, tendo a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa como mais prevalentes.1 A principal diferença entre as duas é o grau de extensão e a localização das lesões, sendo que a retocolite ulcerativa é mais superficial e acomete principalmente o intestino grosso e a doença de Crohn afeta o final do intestino delgado (íleo) e o início do intestino grosso (cólon), provocando, também, lesões mais profundas. Ambas podem causar cólicas severas, desconforto debilitante, perda de peso não intencional e outros sintomas que interferem na qualidade de vida do paciente. Podem ser de longa evolução e os sinais iniciais são, por vezes, ignorados. 

As DIIs possuem um caráter multifatorial, o que significa que vários componentes podem ser responsáveis pelo acometimento da doença. Acredita-se que genética, hábitos alimentares, flora intestinal e estilo de vida estejam relacionados ao crescimento dessas doenças, mas o conhecimento das reais causas e mecanismos pelos quais essas doenças se desenvolvem ainda não são inteiramente compreendidas.2-3 

Apesar dessas doenças se manifestarem ao longo da vida, não existindo cura, é importante salientar que elas não são fatais, nem contagiosas, e que há tratamentos médicos capazes que, junto com mudanças no estilo de vida e na dieta, permitem controlar os sintomas, o que se traduz em maior qualidade de vida aos pacientes. 

O Maio Roxo existe para ajudar as pessoas a aprender o máximo possível sobre essas doenças a fim de melhorar sua saúde geral. Além de promover o conhecimento e a conscientização para as doenças inflamatórias intestinais, o Maio Roxo também lança luz à necessidade de Políticas Públicas e Laborais que levem em consideração as situações de pessoas com condições crônicas, como as DII, trazendo benefícios para toda a sociedade. 

Além dos custos diretos que a doença provoca aos sistemas de saúde, alcançando bilhões por ano, é preciso também contabilizar os custos indiretos à sociedade, pela ausência no trabalho ou aula, pelo tempo perdido com a família e pelos danos psicológicos, como ansiedade e depressão, que a doença produz não apenas nos pacientes, mas também nas pessoas de convívio direto, como família e amigos, e indireto, como colegas de trabalho e da escola. 

Quando se vive com uma condição crônica como a DII, invisível por si só, posto que seus sintomas não são facilmente notados por outros ao redor, a sensação de inadequação, vergonha e o sofrimento decorrente podem ser tão grandes que a pessoa acredita ser a única a padecer desse mal. E isso faz com que hesitem em falar abertamente sobre a doença. No entanto, os pacientes dessa condição são milhões, não apenas no Brasil, onde a cada 100 mil pessoas, cerca de 13 são diagnosticadas com essas doenças, mas também em todo o mundo.4 

E o arsenal de tratamentos tem evoluído bastante na última década, com particular enfoque nos medicamentos biológicos, que produziram verdadeira revolução no manejo dessas doenças, modificando a resposta do paciente, de forma que o organismo volte ao seu equilíbrio anterior, contribuindo para o processo de melhora dos sintomas. 

É essencial que as pessoas reconheçam os sinais de DII e procurem tratamento, o que pode fazer com que a doença seja controlada e passe a regredir (remissão clínica), reduzindo o peso que a doença exerce na qualidade de vida de todos os envolvidos.

 


Aldacilene Souza da Silva - Ph.D e Medical Science Liaison (MSL) | Celltrion Healthcare

 

 

Referências

1- Vuyyuru SK, et al., 2022. Immune-mediated inflammatory diseases of the gastrointestinal tract: Beyond Crohn's disease and ulcerative colitis. JGH Open. 6(2):100-111. doi: 10.1002/jgh3.12706.

2- Gill PA, et al., 2022. The Role of Diet and Gut Microbiota in Regulating Gastrointestinal and Inflammatory Disease. Front Immunol.13:866059. doi: 10.3389/fimmu.2022.866059.

3- Santana PT, et al., 2022. Dysbiosis in Inflammatory Bowel Disease: Pathogenic Role and Potential Therapeutic Targets. Int J Mol Sci. 23(7):3464. doi: 10.3390/ijms23073464.

4- Lima Martins A, et al., 2018. The prevalence and phenotype in Brazilian patients with inflammatory bowel disease. BMC Gastroenterol. 18(1):87. doi: 10.1186/s12876-018-0822-y.


Inteligência Artificial ajuda no combate a casos de hipertensão

No Dia Mundial de Combate a Hipertensão, celebrado em 17 de maio, tecnologia contribui para o mapeamento mais ágil de novos casos

 

A hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, é uma doença que afeta os vasos sanguíneos e pode causar diversas complicações como ataques cardíacos e acidente vascular cerebral. É responsável direta por mais de 8,5 milhões de mortes em todo o mundo, sendo 300 mil somente no Brasil, anualmente. 

Segundo um levantamento recente da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1,2 bilhão de adultos tem hipertensão. Para chegar a esse número, a instituição reuniu dados de 1.201 estudos referentes a 184 países, incluindo o Brasil, cobrindo 99% da população mundial na faixa etária entre 30 e 79 anos. 

Com base neste cenário, novas tecnologias foram sendo desenvolvidas para ajudar no combate a essa doença. Uma das áreas que mais evoluiu foi a aplicação da Inteligência Artificial na saúde para monitorar e identificar casos de hipertensão, que é também a principal desencadeadora de AVC, doença isquêmica do coração. 

Uma das novidades que mais chama atenção neste campo é um monitoramento completo do bem-estar do paciente em apenas 30 segundos. Usando apenas a câmera do celular (ou outro dispositivo conectado) e respondendo a simples perguntas, a Inteligência Artificial compreende e analisa dados como frequência cardíaca e respiratória; nível de oxigenação; índice de estresse; pressão arterial; riscos de doenças cardiovasculares e de AVC, entre outros apontamentos. 

Com o nome de ‘WellnessTest’ (teste de bem-estar, em português) o serviço também gera alertas sobre possíveis casos de hipertensão. A novidade está sendo oferecida atualmente apenas para seguradoras, operadoras de saúde e outras empresas preocupadas com a qualidade de vida dos seus colaboradores. “De posse das informações, já é possível promover ações específicas e preventivas para a melhoria da qualidade de vida com foco total naquele indivíduo”, explica Fernando Ferrari, diretor-geral da DOC24 no Brasil. “A saúde está seguindo o caminho da inteligência artificial e, cada vez mais, teremos inovações nessa área”, completa. 

Apesar da nova ferramenta para monitoramento, os médicos reforçam a importância da adoção de hábitos de vida saudáveis para o combate mais eficaz aos casos de hipertensão, como a prática de atividade física regular; a boa alimentação e o controle do uso de sal na alimentação; evitar o fumo; reduzir o consumo de bebidas alcoólicas; e o controle da glicemia e do diabetes.


DOC24

http://www.doc24.com.br


Interromper a menstruação pode ajudar na qualidade de vida? Entenda

O Professor Doutor de Ginecologia da Faculdade de Ciências Médicas de MG, Dr. Walter Pace, fala sovre o tema 

 

A menstruação é, sem dúvida, um período que costuma causar desconforto para as mulheres. Cólicas, dor de cabeça, irritabilidade, inchaço e dor nas mamas e mudanças de humor são alguns dos sintomas que acompanham o ciclo menstrual que, normalmente, ocorre no intervalo de 28 a 30 dias, e que consiste no espaço de tempo entre uma menstruação e outra e que faz parte do processo reprodutivo da mulher. 

É durante o ciclo menstrual que o corpo se prepara para a gravidez. A menstruação corresponde ao processo de descamação do endométrio -membrana interna do útero - quando não há a fecundação do óvulo pelo espermatozoide. A camada espessa, formada durante o período de preparação da gestação desprende-se da parede uterina ocasionando o sangramento. 

É ainda nesta fase que ocorrem importantes mudanças no organismo feminino devido às oscilações hormonais. Os hormônios trazem, muitas vezes, uma série de manifestações clínicas que podem propiciar alterações emocionais. Como eles (hormônios) vão mudando durante o mês, os níveis aumentam e diminuem, o que faz com que haja alternância de comportamento da mulher. 

Esse é um dos fatores que tem incentivado mulheres a buscarem tratamento para suspender a menstruação, pois o bloqueio do ciclo menstrual favorece o equilíbrio no comportamento feminino que, naturalmente, é afetado por conta de intensas variações hormonais. 

 

Entenda os benefícios da supressão menstrual para a saúde da mulher 

Para muitas mulheres, a supressão da menstruação, que significa interromper a menstruação, ainda é um assunto que envolve alguns tabus. Resistência associada a fatores culturais e a falta de informação podem influenciar na decisão da mulher de bloquear ou não a menstruação, mesmo quando surgem sintomas que interferem na qualidade de vida. 

O tema ganhou notoriedade no Brasil e no mundo a partir dos estudos do Dr. Elsimar Coutinho, Professor Doutor em Ginecologia e cientista renomado que com pioneirismo defendeu a ideia de que a menstruação é um sangramento desnecessário ou inútil. Entre as suas contribuições para a ciência destacam-se “Is Menstruation Obsolete?” (A Menstruação é Obsoleta?”), publicado pela Oxford University Press, e “Menstruação, a sangria inútil” - em que revelou como a supressão menstrual pode contribuir para a saúde das mulheres. 

Outro fator que merece ser destacado é que a menstruação pode causar consequências à saúde   quando o sangramento ocorre em excesso, nesses casos não é raro o surgimento de anemias e doenças infecciosas. 

É importante dizer que existe uma série de doenças que são hormônio dependentes, ou seja, quando não há o equilíbrio dos hormônios elas podem ficar mais prevalentes ou evoluírem mais rapidamente, principalmente, o estrogênio, que estimula a formação e o agravamento de doenças tais como, a endometriose, a miomatose, hiperplasia doenças de mama, entre outras. 

A supressão menstrual deve ser indicada nos casos em que a mulher apresenta sintomas que inviabilizam ou pioram a sua qualidade de vida, a exemplo de sangramento excessivo, tensão pré-menstrual (TPM), oscilações significativas de humor e as doenças hormônio dependentes – já mencionadas. Interromper esse processo pode prevenir doenças que prevalecem quando as mulheres menstruam. 

 

Quais são os métodos para interromper a menstruação? 

Há muitas formas de suspender a menstruação, a mais conhecida é por meio da utilização de pílulas anticoncepcionais. Em muitos casos, as mulheres recorrem a esse tratamento com o intuito de se livrar dos sintomas característicos dessa fase, com as cólicas e a tensão pré-menstrual, a TPM. No entanto, também há situações em que a supressão menstrual é indicada com o propósito de reduzir os riscos de doenças hormônio dependentes mais graves, como por exemplo, a endometriose, o câncer de útero e de ovário. 

Hoje existem inúmeras alternativas medicamentosas capazes de diminuir os efeitos colaterais proporcionado pelo uso diário das pílulas. Os mais eficazes são os implantes hormonais e o DIU. Os implantes hormonais nada mais são do que uma via de administração de hormônios.


Dia mundial da Hipertensão: Demanda por remédios para tratar a doença cresce 15,24% no país

 Dados levantados pela InterPlayers mostram São Paulo liderando a expansão das vendas com alta de 18,32% em um ano. A redução das restrições da pandemia pode estar relacionada com o fenômeno

 

Em 17 de maio é celebrado o Dia Mundial da Hipertensão. Uma data muito importante para conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico preventivo e do tratamento da doença. Principalmente ao levar em consideração o aumento da procura por medicamentos contra esse mal. Levantamento feito pela InterPlayers, o hub de negócios da saúde e bem-estar, com base em seu próprio banco de dados, mostra que entre abril de 2021 e março de 2022 as farmácias venderam, em média, 15,24% mais medicamentos para hipertensão do que nos 12 meses anteriores.    

O estado de São Paulo, que lidera a demanda por esse tipo de remédio, registrou a maior alta no período, 18,32%. O Rio Grande do Sul aparece na segunda posição em termos de crescimento (16,96%) e o Rio de Janeiro, que é vice-líder em vendas de remédios para hipertensão, apresentou o terceiro maior crescimento (13,69%), seguido pelo Paraná (13,64%) com pouca diferença. As unidades da federação que apresentaram as menores elevações foram o Rio Grande do Norte (6,48%) e a Paraíba (5,23%).  

A hipertensão mata cerca de 10 milhões de pessoas por ano no mundo. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cerca de 30% dos brasileiros são hipertensos. Trata-se de uma doença crônica não transmissível, que é caracterizada pela elevação sustentada dos níveis de pressão arterial. Por ser assintomática, a hipertensão costuma evoluir com alterações estruturais e funcionais em determinados órgãos, como coração, cérebro, rins e vasos sanguíneos. É também o principal fator de risco para doenças cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC), doença renal crônica e morte prematura.  

Obesidade, histórico familiar, estresse, cigarro, sedentarismo, hábitos alimentares inadequados e envelhecimento estão associados ao desenvolvimento da hipertensão arterial. “Nos últimos dois anos, por causa da pandemia, as pessoas adotaram isolamento social e muitas consultas foram canceladas ou nem mesmo agendadas. Com isto, tratamentos foram interrompidos e novos casos deixaram de ser diagnosticados. Com a redução destas restrições muitas pessoas retomaram seus tratamentos e novos pacientes tiveram o diagnóstico e isto pode justificar tal variação”, analisa Ilo Souza, gerente de Inteligência Comercial, da InterPlayers.  

 

InterPlayers - hub de negócios da saúde e bem-estar, promove ampla integração com todos os componentes do segmento farmacêutico e hospitalar, com destacada participação no mercado, integrando farmácias, clínicas, hospitais, distribuidores e indústrias em todo o território nacional.

 

Medicina Nuclear ajuda no diagnóstico e tratamento de doenças relacionadas à tireoide

No Dia Internacional da Tireoide, especialista explica como área da medicina auxilia nos casos de alteração da glândula, garantindo uma qualidade de vida melhor aos pacientes

 

O Dia Internacional da Tireoide é comemorado na próxima quarta-feira, 25 de maio, e, como qualquer campanha de conscientização, o objetivo desta data é levar informação científica de forma palatável à população, possibilitando o reconhecimento de possíveis patologias de uma forma mais clara, inclusive em pessoas que nunca ouviram falar na possibilidade de alguns tipos de doença. 

A tireóide é uma glândula que usa o iodo para produzir os hormônios que regulam o metabolismo das células, controlando a função de praticamente todo o tipo de tecido no corpo humano. Essa glândula pode apresentar problemas que podem ser divididos em dois grandes blocos: as doenças nodulares e quando ocorre alguma alteração na função deste órgão. 

Se pegássemos pessoas na rua com aparelho de ultrassom portátil, poderíamos descobrir nódulos em 60% das vezes, sendo que 90% ou 95% desses nódulos são benignos. Isto é, poderiam ter presença de líquidos ou células que não trazem problemas ao indivíduo. Os outros 5% a 10% desses nódulos detectados podem abrigar malignidade. Então, estamos falando, inicialmente, em câncer de tireoide. Por sua vez, 95% dos casos de câncer de tireoide têm um comportamento brando. Nestes casos, o tratamento padrão é cirurgia. As pessoas serão operadas e estarão curadas na vasta maioria das vezes”, explica a Dra. Adelina Sanches, diretora da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN). 

A segunda classe de doenças que envolvem a tireoide é aquela que pode alterar a função desse órgão para mais (hipertireoidismo) ou pode existir a redução na liberação desses hormônios (hipotireoidismo). “A tireoide pode ser reconhecida como um dos grandes maestros da manutenção do nosso metabolismo. Com o excesso de hormônios, a gente vai ter uma aceleração do metabolismo, causando emagrecimento, insônia, tremores, nervosismo, agressividade, é como se a pessoa ficasse mais acelerada que o normal. Já no hipotireoidismo, o paciente ficará com o metabolismo reduzido, vai ganhar peso, reter líquido, ficará cansado, sonolento, terá alteração de memória”, explica Dra. Adelina. 

A medicina nuclear atua, principalmente, nos casos de câncer de tireoide e hipertireoidismo. Neste segundo caso, usa-se radiação para bombardear a tireoide e fazê-la diminuir de tamanho. Estando em um tamanho menor, ela passa a produzir menos hormônio, havendo a reversão ou diminuição do quadro do paciente. “Já quando se trata de câncer, é como se fizéssemos um polimento por dentro, não deixando resíduos de células malignas, tentando prevenir o retorno dessas doenças. Em alguns casos, pode-se entrar com radiação de uma forma mais pesada para tratar metástases”, afirma a diretora da SBMN. 

Para os casos de câncer mais graves e agressivos, que são muito raros, a medicina nuclear chega como um grande auxílio, podendo minimizar o risco de complicações futuras. “A presença de médicos bem capacitados para lidar com a doença é fundamental para que mesmo em casos raros, a pessoa tenha o atendimento médico necessário para poupar ações excessivas para os casos leves e para não poupar esforços para os casos agressivos”, salienta a Dra. Adelina.

 

Contraindicações 

Com relação às contraindicações para o tratamento com a medicina nuclear, elas podem ocorrer em casos de gravidez ou amamentação. “Uma das raras contraindicações são para pacientes que estejam amamentando ter que fazer tratamento com iodo radioativo, que são usados para combater doenças da tireoide, tanto para o diagnóstico, como para o tratamento. Neste caso, a paciente tem que ficar três semanas sem amamentar e isso fará com que ela perca a capacidade de se auto regular e manter isso depois. No caso de gestantes é a mesma situação, ou seja, a exposição de uma mulher grávida deve ser fortemente evitada nos primeiros três meses de gestação, a não ser que seja uma situação de risco de vida”, aponta a Dra. Adelina. 

Apenas em casos muito extremos é que seria solicitado que a lactante parasse de amamentar para fazer o tratamento, como aponta a diretora da SBMN: “Muitas vezes, é importante se manejar a doença de outra forma até que a gente aplique radiação um pouco mais pra frente, no processo de tratamento, garantindo a amamentação do filho”. 

Fora essas duas situações, há casos muito raros e graves de hipertireoidismo nos quais os pacientes estão na UTI e que antes de se iniciar o tratamento, é necessário que a doença esteja em um relativo equilíbrio. “O tratamento com radiação, por alguns dias, pode apresentar até uma leve piora dos sintomas, que é a liberação dos hormônios da glândula que será agredida propositalmente pela radiação para que, depois, o paciente entre em uma fase de melhoria contínua. Pacientes com quadros descompensados têm contraindicação para fazer esse tratamento”, finaliza a diretora da SBMN.
 

 

Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear – SBMN

 

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