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quinta-feira, 12 de maio de 2022

Casos de dengue aumentaram 284% em consultas via telemedicina em 2022

Surto nacional se reflete também nas teleconsultas. É preciso que a população esteja atenta aos sintomas para monitorar possível agravamento da doença 

 

Os diagnósticos de dengue via telemedicina aumentaram 284% de janeiro ao início de maio em 2022, se comparado ao mesmo período do ano passado, segundo levantamento da Conexa, maior player de saúde digital integral da América Latina. Em todo ano de 2021, foram computados cerca de 1.600 casos, quando em apenas quatro meses de 2022 esse número já se aproxima de 2.500. Essa alta alarmante reflete o surto da doença no país, da ordem de 113%, em comparação com o ano passado, segundo o Ministério da Saúde. 

De acordo com Gabriel Garcez, diretor médico do Conexa, existem possíveis explicações para o surto deste ano: chuvas torrenciais que geram água parada, ambiente propício para o desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti; os ciclos da doença, já que vêm em ondas e a última foi em 2019; e a população ter deixado de lado as medidas preventivas por estarem focadas na pandemia. “Não podemos esquecer que em 2021 o isolamento social contribuiu para o menor número de infecções, já que as pessoas se deslocaram e transitaram por menos locais.” A boa notícia é que o surto tende a diminuir com a chegada das estações mais frias do ano e a perspectiva é que acabe até o início de junho.  

Garcez pontua que, após o diagnóstico, além dos sintomas comuns da doença, como febre, dor de cabeça, muscular e nas articulações, cansaço e vermelhidão no corpo, é preciso estar atentos aos sinais de evolução para um quadro mais grave. O diretor médico reforça que cada pessoa pode ser infectada quatro vezes na vida, já que existem quatro sorotipos do vírus e após a primeira infecção, as demais costumam ser mais graves. É preciso estar alerta. “Os sintomas comuns são amplamente divulgados, mas os do agravamento não são tão conhecidos. Identificar rapidamente esses sinais pode impactar positivamente no desfecho do paciente. Caso a febre não passe, tenha dor na barriga, sangramentos e vômitos, procure um médico.” 

Para Guilherme Weigert, CEO da Conexa, o aumento da procura por telemedicina para casos de dengue reflete a mudança de comportamento da sociedade em identificar a praticidade de uma consulta online, evitando filas em pronto atendimentos. “O teleatendimento é uma forma segura de consultar um especialista sem se preocupar com aglomeração e distância geográfica. É uma ferramenta útil e eficiente para cuidar da saúde da população.”   


Cuidados e prevenção 

Evitar locais que acumulem água parada em casa em pneus, garrafas e vasos de plantas é uma medida que deve ser tomada o ano todo. Neste momento, usar repelente e instalar telas nas portas também são recomendados.  

Se já estiver com a infecção, a principal medida é se hidratar bem e fazer repouso até os sintomas cessarem. Caso ache necessário, medicamentos podem ser indicados pelo médico para aliviar as dores e o desconforto.  

 

 Conexa    

 

"Não dá mais para esperar. Cuide-se. O câncer não ficou em quarentena", alerta campanha da SBCO

Com conteúdo qualificado nas mídias sociais e site oficial e ações ao longo do ano, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica mapeia os principais estudos do Brasil e do mundo sobre o impacto da pandemia no diagnóstico e tratamento do câncer e, com linguagem acessível e didática, alerta sobre prevenção e necessidade de retomada dos exames de rastreamento para redução dos casos, das descobertas em fase avançada e mortes por câncer

   

 

Antes da pandemia, o câncer já gerava preocupação em todo o mundo por conta de gargalos no diagnóstico, com altas taxas de tumores avançados até mesmo para tipos de câncer que possuem exames de rastreamento como mamografia, colonoscopia e Papanicolau. Além da descoberta tardia, que aumenta a complexidade do tratamento e custos e reduz as chances de cura, havia também a perspectiva do exponencial aumento da incidência da doença em duas décadas. Quando Covid-19 ainda não era pauta mundial, a projeção da Organização Mundial da Saúde (OMS) era de 19,3 milhões de casos em 2020 e um salto de 64,1% em 20 anos, ou seja, atingindo a marca de 30 milhões de novos casos em 2040 (1).

Paralelamente, no Brasil eram esperados que entre 2020 e 2022 houvesse cerca de 625 mil novos casos de câncer por ano (2). Considerando uma média de 60% de aumento em duas décadas, chegaríamos à alarmante marca de 1 milhão de novos casos/ano em 2040 no país. Com a chegada da Covid-19, o câncer não deixou de existir. Pior que isso, a doença evoluiu em agressividade, pois houve uma drástica redução de exames e visitas /revisões com médicos e especialistas que poderiam diagnosticá-la precocemente. Diante deste cenário, com a proposta de conscientizar a população sobre a importância do cuidado com a saúde, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) lança a campanha Não dá para esperar. Cuide-se. O câncer não ficou de quarentena.

O cirurgião oncológico e presidente da SBCO, Héber Salvador, explica que a ação será um movimento permanente. “Vamos desenvolver inúmeras ações com o propósito de conscientizar a população a estar atenta aos sinais do corpo, aos exames indicados para sua faixa etária e, aos pacientes oncológicos, que não negligenciem o tratamento. Será um movimento permanente, que irá abraçar as demais campanhas que já são tradicionais ao abordar tipos específicos de câncer, como o Julho Verde, Agosto Branco, Setembro Lilás, Outubro Rosa, Novembro Azul e Dezembro Laranja. Além disso, temos também a tradicional Ação Nacional de Combate ao Câncer da SBCO também em novembro”, detalha Héber Salvador.

O impacto mundial da pandemia no câncer em números – A OMS, que havia projetado um aumento superior a 60% na carga de câncer em todo o mundo até 2040, alertou para o catastrófico impacto da pandemia nos últimos dois anos no diagnóstico de novos casos de câncer. Os dados apontam que durante os meses iniciais da pandemia, o diagnóstico de tumores invasivos caiu 44% na Bélgica; assim como na Itália, os exames colorretais diminuíram 46% entre 2019 e 2020, enquanto na Espanha o número de cânceres diagnosticados em 2020 foi 34% menor do que o esperado (3).

Em sua Pesquisa Global Pulse, a OMS indicou que no último trimestre de 2021 houve uma interrupção no cuidado do câncer (exames de rastreamento e tratamento) de 5% a 50% em todos os países do mundo. Esta situação (embora tenha melhorado desde o primeiro trimestre de 2021 - quando os serviços foram interrompidos em mais de 50% em 44% dos países e entre 5% a 50% no restante) refletirá negativamente por alguns anos (4). Estudo publicado na revista científica Journal of The American Medical Association (JAMA) evidenciou que a Holanda observou uma queda de até 40% na incidência semanal de câncer e o Reino Unido teve redução de 75% nos encaminhamentos por suspeita de câncer. Estes dados foram obtidos a partir dos registros de janeiro a abril de 2019 comparados com os mesmos meses de 2020 pela Quest Diagnostics, líder mundial em medicina diagnóstica. Foram identificadas quedas significativas nas neoplasias malignas, benignas, in situ e de comportamento não especificado (5).  

Outro estudo, assinado por pesquisadores do Sidney Kimmel Cancer Center, da Filadélfia, nos Estados Unidos e do National Health Service (NHS), do Reino Unido, mostra redução de 89,2% no rastreamento de câncer de mama e de 85,5% dos exames de investigação de câncer colorretal. Os dados foram obtidos a partir dos registros de 278 mil pacientes, dentre eles mais de 20 mil do período de covid-19. A pesquisa foi publicada no JCO Clinical Cancer Informatics, revista científica da American Society of Clinical Oncology (ASCO). (6).

Recente - publicado em abril de 2022 na revista científica The American Surgeon - um estudo de coorte retrospectivo, que investigou o impacto da pandemia na triagem, diagnóstico e taxas de mortalidade das cinco principais causas de morte por câncer (pulmão/brônquios, cólon/reto, pâncreas, mama e próstata) mostra que as triagens diminuíram 24,98% para câncer colorretal e 16,01% para câncer de mama de 2019 a 2020. (7). A mesma revista, também em abril, trouxe um estudo que mostrou redução de mamografias de rastreamento em 44% e de 21% de redução de mamografias de diagnóstico (8).


Os números do impacto no Brasil – O impacto da Covid-19 no controle do câncer no Brasil começou a ser quantificado já no início da pandemia. Nos primeiros quatro meses (março a junho de 2020) sete entre dez cirurgias oncológicas não foram realizadas, aponta a SBCO. Paralelamente, levantamento da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) mostrou que ao menos 70 mil brasileiros deixaram de receber o diagnóstico de câncer no mesmo período.

Outro levantamento feito pela SBCO, junto ao banco de dados do DATASUS, aponta que ao menos 148 mil colonoscopias deixaram de ser realizados no Sistema Único de Saúde nos últimos dois anos. O sistema registra a realização de 347.098 colonoscopias em 2019. Em 2020, quando houve medidas mais restritivas para contenção da disseminação do SarsCov-2, o que incluiu o fechamento de serviços de colonoscopia, foram realizados 241.329 exames (redução de 30,4% no ano passado). Em 2021, foi registrada uma retomada na procura pelo exame, porém, observou-se ainda uma significativa redução (304.004 colonoscopias, um volume 12,4% menor em relação a 2019).


Outros números do país

- Redução de 47% na realização de mamografias no SUS de janeiro a julho de 2020 quando comparado ao mesmo período de 2019 – INCA.

-  Redução de 46,3% dos diagnósticos de câncer colorretal (intestino grosso e reto) de janeiro a julho de 2020 quando comparado ao mesmo período de 2019 – SBCO e A.C.Camargo Cancer Center.

- 61% dos serviços de Radioterapia tiveram mais de 20% de redução do movimento, sendo que 15% viram o número cair em mais de 50%. - Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT).

No Brasil, a média de deslocamento para um procedimento de Radioterapia é de 76 quilômetros. Por sua vez, a desigualdade de acesso escancara uma distância média que varia de 33 km no estado de São Paulo a 1605,5 km, que é a distância média que precisa ser percorrida por um paciente que reside em Roraima, estado que não possui qualquer serviço de Radioterapia. No Acre, que também não conta com Radioterapia, a distância ao serviço mais próximo é de 1487,3 km - Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT).

O reflexo na cirurgia oncológica - Até 2040, a demanda por cirurgias relacionadas ao câncer deve aumentar 52%, chegando a 13,8 milhões de procedimentos nos próximos 20 anos. Para dar conta desse cenário, estima-se que quase 200 mil cirurgiões e 87 mil anestesistas adicionais sejam necessários para cumprir o desafio. Além disso, também será preciso melhorar sistemas de saúde para evitar mortes decorrentes de complicações pós-operatórias. Estas previsões foram publicadas na revista científica The Lancet. (9).

O impacto já é percebido na cirurgia oncológica no Brasil, pois os pacientes estão chegando com tumores maiores e mais agressivos, o que exige procedimentos mais extensos e qualificação profissional. Embora o panorama esteja melhorando, por conta da queda dos números da pandemia e avanço da imunização contra Covid-19, é missão da SBCO trabalhar pela retomada dos cuidados e exames periódicos e que a população tenha, em dia, a sua mamografia, toque retal, colonoscopia, dentre outros exames de rastreamento, assim como os meninos e meninas vacinados contra o vírus HPV. 

Com a campanha 360º, que envolve conteúdo multimídia e qualificado nas mídias digitais e ações externas com a população, a campanha, além de conscientizar a população, visa engajar os mais de 1400 cirurgiões oncológicos membros da SBCO. Paralelamente, é essencial também a atuação multiprofissional. “Precisamos lutar pela maior oferta do ensino de Oncologia em todas as faculdades de Medicina do país e que esta disciplina também figure na grade curricular de outras áreas de saúde, essenciais para o cuidado multidisciplinar do paciente oncológico, como Fonoaudiologia, Fisioterapia, Nutrição, Psicologia, Enfermagem, dentre outras. Os médicos e os demais profissionais da saúde precisam aprender a pensar oncologicamente. Com isso, a população será mais bem assistida por eles em todas as etapas, da prevenção à reabilitação pós-tratamento”, vislumbra Héber Salvador.

 

 

 

Referências

1 - Sung H, Ferlay J, Siegel RL, Laversanne M, Soerjomataram I, Jemal A, Bray F. Global Cancer Statistics 2020: GLOBOCAN Estimates of Incidence and Mortality Worldwide for 36 Cancers in 185 Countries. CA Cancer J Clin. 2021 May;71(3):209-249. 

2 - INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Estimativa 2020: incidência do Câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2019a. Disponível em: https://www.inca.gov.br/estimativa/taxas-ajustadas/neoplasia-maligna-da-mama-feminina-e-colo-do-utero Acesso em: Acesso em 26 abril 2022.

3https://www.euro.who.int/en/media-centre/sections/statements/2022/statement-cancer-services-disrupted-by-up-to-50-in-all-countries-reporting-a-deadly-impact-of-covid-19. Acesso em 26 abril 2022.

4 - Global pulse survey on continuity of essential health services during the COVID-19 pandemic. Acesso em 26 abril 2022.

5 - Kaufman HW, Chen Z, Niles J, Fesko Y. Changes in the Number of US Patients With Newly Identified Cancer Before and During the Coronavirus Disease 2019 (COVID-19) Pandemic. JAMA Netw Open. 2020;3(8):e2017267. Published 2020 Aug 3.

6 – London JW, Fazio-Eynullayeva E, Palchuk MB, Sankey P, McNair C. Effects of the COVID-19 Pandemic on Cancer-Related Patient Encounters. JCO Clin Cancer Inform. 2020;4:657-665.

7 - Concepcion J, Yeager M, Alfaro S, Newsome K, Ibrahim J, Bilski T, Elkbuli A. Trends of Cancer Screenings, Diagnoses, and Mortalities During the COVID-19 Pandemic: Implications and Future Recommendations. Am Surg. 2022 Apr 14:31348221091948.

8 - Cairns A, Jones VM, Cronin K, Yocobozzi M, Howard C, Lesko N, Chiba A, Howard-McNatt M. Impact of the COVID-19 Pandemic on Breast Cancer Screening and Operative Treatment. Am Surg. 2022 Apr 13:31348221087920. 

9 - Perera SK, Jacob S, Wilson BE, Ferlay J, Bray F, Sullivan R, Barton M. Global demand for cancer surgery and an estimate of the optimal surgical and anaesthesia workforce between 2018 and 2040: a population-based modelling study. Lancet Oncol. 2021 Feb;22(2):182-189. 

Sobre a SBCO - Fundada em 31 de maio de 1988, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) é uma entidade sem fins lucrativos, com personalidade jurídica própria, que agrega cirurgiões oncológicos e outros profissionais envolvidos no cuidado multidisciplinar ao paciente com câncer. Sua missão é também promover educação médica continuada, com intercâmbio de conhecimentos, que promovam a prevenção, detecção precoce e o melhor tratamento possível aos pacientes, fortalecendo e representando a cirurgia oncológica brasileira. É presidida pelo cirurgião oncológico Héber Salvador (2021-2023).

 

Bactéria funciona como barreira contra infecção e reduz carga viral em moscas


Estudo feito na USP reforça a hipótese de que insetos da espécie Drosophila melanogaster mantêm uma relação de mutualismo com bactérias do gênero Wolbachia. Achado pode favorecer o combate a doenças transmitidas por mosquitos (foto: Sanjay Acharya/Wikimedia Commons)

 

Um estudo conduzido por pesquisadores das universidades de São Paulo (USP) e de Cambridge (Reino Unido) mostrou que moscas da espécie Drosophila melanogaster – comuns em qualquer cozinha – são infectadas por menos espécies de vírus e contêm menor carga viral quando são colonizadas por bactérias do gênero Wolbachia.

O trabalho, apoiado pela FAPESP e pela Royal Society, foi publicado na revista Communications Biology.

Os resultados reforçam a hipótese de que a Drosophila e a Wolbachia vivem uma relação de mutualismo, em que ambas se beneficiam, e não de parasitismo, como já se suspeitou. O achado pode ter repercussão no combate a doenças transmitidas por outros insetos.

“A Wolbachia está presente em mais da metade dos insetos terrestres. Por muito tempo, achou-se que ela era um parasita reprodutivo, porque há algumas linhagens em que ela altera a reprodução do hospedeiro e, com isso, aumenta a própria frequência na população. Mas com os avanços de biologia molecular das últimas duas décadas, descobriu-se que em muitos casos ela não faz essa manipulação da reprodução. A única maneira de explicar por que ela é tão comum, então, seria por trazer algum benefício”, conta Rodrigo Cogni, professor do Instituto de Biociências (IB-USP) e primeiro autor do artigo.

Wolbachia já foi apontada antes como tendo uma ação protetora contra vírus. No entanto, os experimentos eram realizados com animais em condições de laboratório. Por exemplo, podia-se inocular a bactéria em moscas não colonizadas anteriormente e comparar a taxa de sobrevivência após infecção viral com a de outras que não tinham o microrganismo.

Esta é a primeira vez que se constata a presença da Wolbachia e sua ação antiviral em Drosophila melanogaster coletadas em campo, portanto, mostrando que a relação existe em populações naturais.

A bactéria já é usada, inclusive, em ações para combate a doenças virais transmitidas por mosquitos, como dengue, zika e chikungunya. Estudos na Austrália e em países da Ásia mostraram que regiões onde Aedes aegypti contaminados em laboratório com Wolbachia foram soltos tiveram menos casos dessas doenças do que em áreas sem esse tipo de intervenção.

A premissa dessas intervenções é que, como a bactéria é transmitida da fêmea para os ovos, mosquitos com Wolbachia acabam predominando na população e a replicação do vírus é bloqueada nos insetos, impedindo a infecção de humanos.

O uso do Wolbito, como é chamado o mosquito com a bactéria, é uma ação conduzida pelo World Mosquito Program desde 2011. No Brasil, atualmente, é executada em cinco municípios pela Fiocruz, com apoio do Ministério da Saúde.

O estudo atual contribui para uma melhor compreensão da relação entre bactéria e insetos e pode servir de subsídio para aprimorar ações como essa.


Moscas protegidas

Os pesquisadores coletaram 1.014 moscas da espécie D. melanogaster em um pomar de Connecticut, Estados Unidos. A bactéria estava presente em 71% dos indivíduos.

Usando técnicas de sequenciamento genético, os pesquisadores obtiveram o RNA total expresso em cada mosca. A grande maioria (93%) tinha pelo menos um vírus. Foram identificados 30 deles, 17 conhecidos por infectar D. melanogaster e 13 novos, relacionados a outros vírus de insetos ou mesmo de fungos e tripanossomas.

“Como os vírus podem estar presentes na comida, no ambiente e em patógenos das moscas, não podemos garantir que todos eles necessariamente as infectem. No entanto, uma vez que muitos têm relação com outros vírus de artrópodes, sugerimos que alguns deles devem, sim, infectá-las”, afirma Cogni.

As moscas que tinham Wolbachia tiveram em média 15% menos vírus do que as livres da bactéria. Além disso, a carga viral – a quantidade de vírus vivo no organismo – foi menor naquelas que carreavam a bactéria.

“Estudos anteriores de outros grupos indicam que a Wolbachia tem de ser mutualista, ou não estaria presente numa frequência tão alta. Estamos mostrando agora que ela exerce uma proteção em populações naturais, o que reforça a hipótese do mutualismo. Porém, isso não quer dizer que não haja um custo para as moscas albergarem a bactéria”, informa o pesquisador.

Outros trabalhos já mostraram que, se por um lado a maior densidade de Wolbachia aumenta a proteção contra vírus, por outro eleva o gasto energético, acarretando, por exemplo, em uma menor produção de ovos. Pelo que o estudo indica, é um bom custo-benefício.

O artigo Wolbachia reduces virus infection in a natural population of Drosophila pode ser lido em: www.nature.com/articles/s42003-021-02838-z.

 

  

André Julião

Agência FAPESP

https://agencia.fapesp.br/bacteria-funciona-como-barreira-contra-infeccao-e-reduz-carga-viral-em-moscas/38604/


Saúde: você sabe qual é o curso ideal e quais são os requisitos para trabalhar na área?


Duas áreas da economia tiveram crescimento acelerado durante o período da pandemia: tecnologia e saúde. Para quem gosta de gente e de biologia, a saúde oferece uma ampla lista de possibilidades. O escopo de atividades e o campo de trabalho são vastos. As formações vão de médicos e enfermeiros a psicólogos, nutricionistas e fisioterapeutas.

A coordenadora dos cursos de graduação e pós-graduação da área da Saúde da Faculdade FECAF, Juliana Vasconcelos, preparou uma lista de cinco pontos para considerar antes de escolher a sua profissão ligada aos cuidados de saúde. Atuando na formação de profissionais de saúde desde 2015, Juliana acredita que este é um momento promissor para quem quer começar a trabalhar.

“Nunca os profissionais da saúde foram tão valorizados. Primeiro por conta da pandemia. Ficou evidente a necessidade de profissionais bem treinados e foram eles que lideraram a linha de frente. Além disso, vivemos um momento especial de aumento da expectativa de vida da população, que fez crescer a demanda de equipes multidisciplinares para serviço de homecare de idosos, por exemplo”, analisa.

Outro ponto interessante é que surgiram novos serviços, como a aplicação de vacinas e coleta de exames laboratoriais em casa. E a realização de testes rápidos em farmácias. “É preciso treinar profissionais para estas atividades que, até pouco tempo, nem existiam”, alerta Juliana.

 

Confira as dicas da especialista

1 -- Empatia: para trabalhar com saúde, é preciso gostar de atender o próximo e de se envolver com a história das pessoas. Mais do que a competência técnica, é preciso estar disponível emocionalmente para o trabalho;

2 -- Desafios: durante a pandemia, vimos muitos profissionais renunciando ao convívio com suas famílias para combater uma doença desconhecida em prol da sociedade. Isso é recorrente na área, especialmente para médicos e enfermeiros nos hospitais;

3 -- Dinamismo: a rotina de trabalho na saúde não é convencional. Os plantões em finais de semana, feriados e madrugadas são uma realidade até em laboratórios de análises clínicas e farmácias;

4 -- Vocação: se a pessoa não fica confortável na linha de frente, talvez um curso de biomedicina seja interessante por não ter contato direto com o paciente e sim nos bastidores das análises de exames e estratégias de tratamentos;

5 -- Especialização: as pesquisas em saúde nunca param e os estudos dos profissionais também. Para quem quer enfermagem e gosta de obstetrícia, existem cursos de especialização. O mesmo acontece com quem atua em estética e gostaria de acompanhar pacientes com câncer, é possível trabalhar especificamente para recuperar a autoestima dos pacientes submetidos à quimioterapia. A atualização é constante.

 


Faculdade FECAF

Telefone: (11) 4788-8777

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Conheça o potencial dos relógios inteligentes para monitoramento de crônicos

A tecnologia pode ser utilizada por empresas que desejam investir em medicina preventiva, garantindo o bem-estar de seus colaboradores 


Monitoramento de sono, frequência cardíaca, contagem de calorias e avaliação de desempenho em exercícios físicos estão entre as funções dos novos relógios inteligentes, que ganharam ainda mais visibilidade após serem utilizados pela primeira vez no Big Brother Brasil 22, monitorando em tempo real a saúde dos participantes do reality.
 

Entretanto, a novidade não é exclusiva dos programas de TV. "A capacidade de capturar dados de relógios inteligentes e transformá-los em informações de valor preditivo e preventivo e acompanhar estes usuários é uma linha especializada e personalizada de cuidado, destinada principalmente para casos de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão e medicina preventiva de uma maneira geral", explica Fábio Tiepolo, CEO e fundador da Docway. 

Com a tecnologia de captura de dados de relógios inteligentes, empresas podem ser capazes de mensurar casos de burnout entre os colaboradores -- doença recentemente regulada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). "Os dispositivos são capazes de detectar noites consecutivas sem dormir e picos de estresse durante o dia, que podem estar diretamente relacionados às doenças de trabalho", aponta. 

Segundo Douglas Betioli, CEO e cofundador da Philo Care, startup brasileira de tecnologia, a maioria dos agravamentos de saúde são precedidos de sinais, os quais com auxílio da tecnologia podem ser captados antecipadamente por profissionais de saúde. "O processo atual requer diagnósticos tardios que acionam protocolos de remediação. Com um acompanhamento contínuo e preventivo, sinais sutis podem alertar para um tratamento antecipado, o que é muito melhor para as pessoas e para o sistema como um todo", pondera. 

"Para empresas, é fantástica a possibilidade de geração de dados para ações de prevenção e uma melhor gestão de custos. Para o paciente, é uma alternativa inteligente de sair da medicina reativa, colocá-lo dentro de um fluxo preventivo e garantir mais bem-estar ao longo da vida", comenta Fábio. Além disso, o monitoramento da saúde em tempo real pode ser eficaz para a necessidade de acompanhamento e controle de peso, a partir da contagem de calorias e gasto diário de energia. "É comprovado que ter um profissional acompanhando e incentivando gera mais adesão ao tratamento e, portanto, teremos um colaborador mais saudável, com menos crises, diminuindo custo da empresa com sinistralidade", finaliza o CEO da Docway.



MindMiners divulga resultado de estudo sobre puerpério realizado com mais de duas mil pessoas

Em palavras o período é definido por 71% das mulheres como amor e dificuldade

 

A definição de puerpério é o período após o parto até que o organismo da mulher volte às condições normais (pré-gestação), inicia com a saída da placenta e termina com a primeira ovulação, que será seguida de menstruação. Essa é a definição que o Hospital Israelita Albert Einstein dá para o período, já para as mulheres pode ser a parte mais desafiadora de se tornar mãe, são muitas mudanças corporais e psicológicas. Tudo acontecendo ao mesmo tempo e demandando atenção de uma única pessoa: a mãe. 

 

O termo puerpério é recente e com o advento da internet ganhou força, antes a palavra passou despercebida durante anos e ainda é desconhecida para uma parte da população. O estudo, realizado pela MindMiners, empresa de tecnologia especializada em pesquisa digital, revela que apenas 43% dos pais respondentes afirmam não saber o que é, e que é uma fase tranquila, contra 71% das mães, que em palavras definem como amor e dificuldade. 

 

A intensidade do puerpério em relação ao tempo dele passado

 

 

O puerpério é tido como mais intenso em mulheres que estão passando por ele, como podemos observar no gráfico acima, a comparação mostra que os pais o definem como menos intenso. Já mães e pais de bebês com mais de 2 anos tecnicamente empatam quando afirmam que o período tem uma intensidade média. 

 

Os melhores momentos do período estão relacionados ao bebê: o colo, o cheirinho, o olhar e a conexão, e os piores estão ligados às dores físicas: cólica, sono e cansaço. Existe um olhar especial para a amamentação, o período reserva a troca e o sacrifício físico, que somente as mães que passaram por isso são capazes de entender. Os sentimentos relacionados à chegada do bebê são distintos, os homens se sentem mais felizes no período - 67% sentem felicidade, 58% amor e 57% alegria, já 80% das mulheres sentem cansaço, 74% amor e 70% medo. 

 

Falando com a amostra de grávidas das pesquisa os sentimentos entre a gravidez planejada e a não planejada são bem diferentes. O sentimento maior entre as mulheres que planejaram é amor, seguido por ansiedade e felicidade, já as que não planejaram sentem mais ansiedade, cansaço e medo, 56% da amostra. 

Entre as gestantes entrevistadas 90% estão se preparando de alguma forma - mães de primeira viagem ou não e 68% das puérperas se prepararam de alguma forma para a chegada do bebê.

 

Os principais canais acompanhados pelas mulheres que passaram ou estão passando pelo puerpério são Instagram, Youtube e Baby Center. As influenciadoras mais seguidas são Flávia Calina, Bianca Andrade, Lorena Improta, Monica Romeiro e Virginia Fonseca. É interessante notar que os nomes oscilam de acordo com a fase. Geralmente as mulheres buscam famosas que estejam vivenciando momentos similares, como é o caso da Bianca Andrade, cujo nome aparece com mais frequência no grupo de puérperas do que de grávidas.

A maior expectativa de todas as mulheres grávidas é conseguir amamentar, tão ou mais importante que isso, somente criar uma conexão instantânea com o bebê. Entre as mulheres com a gravidez planejada e as que não planejaram, o receio é o mesmo: se sentirem sobrecarregadas. O parto é muito planejado entre as mulheres e de forma geral o parto natural é o mais desejado, entretanto observa-se uma grande amostra que preferem a cesárea. Entre as puérperas que optaram pela cesárea 61% afirmaram que o parto foi como planejado, esse número sobe para 78% no parto normal. No pós-parto imediato 73% das mulheres afirmaram terem tido rede de apoio, esse número varia de acordo com a classe social: 

  • Classe A: 84%;
  • Classe B: 74%;
  • Classe C: 69%. 

A mãe da puérpera é o destaque da rede de apoio, assim como os companheiros, entretanto apenas 67% das mulheres afirmam terem recebido ajuda deles, contra 84% que afirmam ter desempenhado seu papel. A rede de apoio também é vista como diferencial na depressão pós-parto, problema enfrentado por 2 a cada 10 mulheres entrevistadas, em 60% dos casos as parturientes não possuíam rede de apoio. 

 

O estudo completo aborda também: Parceiros, mudanças, amamentação, vida após o puerpério, e você pode acessá-lo neste link: 

 

A pesquisa quantitativa foi realizada de forma totalmente online por meio da plataforma de human analytics da MindMiners. amostra ouvida integra a rede social de opinião MeSeems e contou com 4 diferentes perfis de pessoas distribuídas por todo o país:

  • 1.000 puérperas (mães com bebês de até 1 ano);
  • 500 mulheres com filhos (as) de 2 anos ou mais;
  • 300 grávidas;

·         500 pais.

 

MindMiners  


Pacientes com doença celíaca podem apresentar alterações neurológicas
 

A doença celíaca é uma condição autoimune e genética desencadeada pela ingestão de glúten (proteína presente em grãos como trigo, aveia, centeio e cevada). Ela agride as células de defesa do organismo do paciente, causando um processo inflamatório que afeta principalmente o intestino delgado, levando à atrofia das vilosidades no órgão e diminuindo a capacidade de absorção dos nutrientes. A forma clássica da doença, mais conhecida inclusive entre os próprios celíacos diagnosticados, conta principalmente com sintomas intestinais, como: diarreia, perda de peso, excesso de gases e distensão abdominal. Muitas vezes, quando os sintomas não são óbvios, existem dificuldades para a identificação por meio de outras manifestações, como as alterações neurológicas. 

Apesar de não ser uma doença rara, essa é uma condição ainda incompreendida, principalmente no Brasil: estima-se que 1% da população mundial tem a doença celíaca. Porém, no país, ainda não existe uma estatística oficial que defina o número de celíacos, segundo a Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (Fenacelbra), principalmente devido à dificuldade que muitos pacientes encontram para obter o diagnóstico adequado. Não há cura e, até o momento, o único tratamento possível é a retirada total de alimentos que contenham glúten.

 

A doença celíaca e as alterações neurológicas

Na forma não clássica da doença celíaca, os sintomas podem não ser tão claros ou evidentes para o paciente e para o médico, o que dificulta ainda mais o diagnóstico. “A doença celíaca é considerada multissistêmica, portanto pode acometer inúmeras regiões do organismo, incluindo o cérebro”, explica o Dr. Marcelo Valadares, médico neurocirurgião e pesquisador da Disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e do Hospital Albert Einstein. “Entre as principais formas de manifestações neurológicas da condição estão a cefaleia, a neuropatia periférica e a ataxia”, conclui o especialista.

Segundo o Dr. Marcelo Valadares, acreditou-se por muito tempo que as manifestações neurológicas de celíacos estavam relacionadas com a perda de vitaminas ocasionada pelos danos do glúten ao intestino delgado. “Em 1966, entretanto, uma pesquisa realizou a biópsia de tecidos cerebrais e nervos periféricos, e observou-se que havia inflamação. Essa inflamação teria origem na resposta imunológica adequada, atacando as próprias estruturas dos sistemas nervoso central e periférico”, explica.

Entre as principais formas de manifestação neurológica observada em celíacos, está a ataxia. “As ataxias são sintomas de incoordenação motoras no cerebelo, que é responsável por diversas funções. Pacientes com doença celíaca frequentemente podem ter um processo inflamatório no cerebelo, e isso pode levar à incoordenação da fala e dos movimentos dos braços ou pernas”, esclarece o neurocirurgião. Além disto, outra reação comum é a neuropatia periférica, que acomete os nervos das mãos e dos pés. “Ela pode causar principalmente alterações de sensibilidade, como percepção do toque, de temperatura, de vibração e, até mesmo, de alteração de força. Outra doença também pode causar neuropatia periférica é o diabetes melittus”.

O Dr. Marcelo Valadares explica, ainda, que a dor de cabeça relacionada à doença celíaca está relacionada a citocinas inflamatórias. “O contato com o glúten desencadeia uma resposta sistêmica com produção de irradiadores inflamatórios que causariam, por exemplo, os sintomas das dores de cabeça. É por isso que um celíaco diagnosticado que reduz o glúten e tem enxaqueca, por exemplo, diminui a frequência das dores com a retirada da proteína da alimentação”, finaliza o médico. 


  Dr. Marcelo Valadares - médico neurocirurgião e pesquisador da Disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e do Hospital Albert Einstein. A Neurocirurgia Funcional é a sua principal área de atuação, sendo que o neurocirurgião trabalha em São Paulo e em Campinas. Seu enfoque de trabalho é voltado às cirurgias de neuromodulação cerebral em distúrbios do movimento, cirurgias menos invasivas de coluna (cirurgia endoscópica da coluna), além de procedimentos que envolvem dor na coluna, dor neurológica cerebral e outros tipos de dor.


Enfermagem está entre os cursos de graduação que mais crescem no país

Centro Universitário Integrado registra aumento de 70% nas matrículas de enfermagem e investe na formação com foco em gestão de saúde

 

A atuação dos enfermeiros durante a pandemia e a crescente demanda por profissionais qualificados vêm impulsionando o setor. Assim como no mercado de trabalho, os reflexos na educação também são claros. Desde 2020, a busca por formação superior na área não para de crescer no Brasil. 

No curso de Enfermagem do Centro Universitário Integrado, o número de novas matrículas aumentou em 70%. Segundo o coordenador da Área de Saúde 1, Roney Alan Nogueira, as turmas tinham, em média, 40 alunos matriculados. “No primeiro semestre de 2022, tivemos 68 novos acadêmicos inscritos. Outro fator que chama atenção é que mais de 80% dos recém-formados já saem da faculdade com emprego garantido”, diz. 

O viés de alta é percebido em todo o país. O Censo da Educação Superior 2020 mostra que a procura por cursos de graduação em Enfermagem teve aumento de 30% no primeiro ano da pandemia. A motivação fica evidente no levantamento feito pela plataforma LinkedIn e publicado no início deste ano: a profissão está entre os 25 cargos com demanda crescente nos últimos anos. 

Na Semana Internacional da Enfermagem – que vai de 12 a 20 de maio – Nogueira, que faz doutorado em Promoção da Saúde, avalia a alta na procura pelo curso e o potencial de empregabilidade para os recém-formados. “Com a pandemia, os olhares se voltaram para a enfermagem. O cuidado com o paciente fez com que a profissão fosse mais valorizada”, destaca. 

A expectativa, continua, é de que a função será cada vez mais valorizada na sociedade, seja por meio de estímulos financeiros ou por uma cultura de reconhecimento do trabalho diante de cenários caóticos como foi o da pandemia, que pode se repetir outras vezes. 

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 Responsabilidade social

Se até pouco tempo atrás situações pandêmicas pareciam algo distante da realidade, os impactos da Covid-19 mostraram que os desafios e a possibilidade de novas crises sanitárias e de saúde serão parte da rotina dos novos profissionais de enfermagem. 

Justamente por isso, Roney Alan Nogueira diz que é preciso investir em uma formação multidisciplinar. “Cuidado e atenção são as palavras-chave no trabalho dos profissionais de enfermagem. Sem eles, etapas fundamentais nos tratamentos médicos ficariam comprometidas. Ou seja, além de o mercado ser bastante promissor para a área, é também uma profissão gratificante do ponto de vista da responsabilidade social.”

 

Visão de liderança

Para garantir a formação de profissionais diferenciados, o Centro Universitário Integrado oferece ampla estrutura de laboratórios, onde o aluno vivencia a prática a partir do segundo semestre, além de fazer estágios supervisionados e simulações realísticas. “Tudo isso é feito para que os futuros enfermeiros cheguem ao mercado de trabalho com a vivência e a confiança necessárias. Outra medida para fortalecer o ensino é que, em nosso curso, priorizamos a contratação de professores experientes, que já passaram por diferentes áreas da enfermagem”, diz o coordenador. 

No curso do Integrado, um dos diferenciais é o foco na área de gestão. Atualmente, a formação com visão de liderança e capacidade para exercer gestão em enfermagem é uma tendência na área de saúde pública e privada. 

“Ter um profissional com esse olhar é muito importante para a administração da empresa, seja ela um hospital ou uma clínica. O aluno deve sair preparado para isso, para que se sinta empoderado e confiante. Nós enfatizamos a gestão em nosso curso. Os acadêmicos têm o foco do enfermeiro gestor e assistencial”, finaliza Nogueira.

 

Comemoração e reconhecimento

O Dia Internacional da Enfermagem e o Dia do Enfermeiro são celebrados em 12 de maio. A data foi escolhida em homenagem a Florence Nightingale, ícone da enfermagem moderna no mundo, nascida em 12 de maio de 1820. 

No Brasil, entre os dias 12 e 20 de maio, comemora-se a Semana da Enfermagem, que também homenageia Ana Néri, enfermeira brasileira e a primeira a se alistar voluntariamente em combates militares. 

Para este ano, o Conselho Internacional da Enfermagem definiu como tema das celebrações o slogan “Enfermagem: Uma Voz para Liderar – Investimento na Enfermagem e Respeito aos seus Direitos para Garantir a Saúde Global”.


Publicidade paga por desempenho funciona no Brasil?

É surpreendente como o marketing mudou nos últimos 15 anos, acentuadamente nos dois últimos anos. Quando penso sobre a forma tradicional de fazer publicidade há pouco tempo atrás, com as impressões em jornais, revistas, outdoors e outros meios, bem como os filmes caríssimos produzidos para TVs, e as propagandas de rádios, ainda me assusto com a velocidade das mudanças.

Naquela época, usávamos vastas pesquisas para identificar o público-alvo, enquanto que, hoje, graças aos mecanismos de busca, às mídias sociais e à disposição do público em fornecer informações pessoais detalhadas, os anúncios podem ser hiper direcionados para seus clientes em potencial com muito mais sucesso do que anteriormente.

No Brasil, as campanhas de marketing sempre sofreram por causa do alto custo do lead qualificado. Ao contrário de outras formas, a publicidade paga por desempenho ou performance, muito comum no exterior, paga apenas pela ação ou o resultado que for realizado pelo público explorado. O foco principal é o retorno sobre investimento (ROI) da campanha.

No chamado marketing de desempenho, anunciantes e profissionais de marketing pagam apenas por ações bem-sucedidas como, por exemplo, se inscrever em uma lista de mailing, reservar um serviço, baixar um conteúdo ou fazer uma compra ou uma assinatura. Nestes casos, em vez de investir o budget para anunciar um produto ou serviço pela mídia tradicional e não saber se esses anúncios geram vendas, será possível acompanhar cada clique.

De acordo com a Performance Marketing Association, associação americana em defesa do marketing de desempenho, a estratégia amplia o alcance de sua publicidade, diversifica seu fluxo de receita e agrega inovação e criatividade ao marketing - benefícios valiosos em tempos econômicos difíceis – especialmente se as vendas começarem a ficar para trás em alguns canais.

Lembre-se, quanto mais tráfego e vendas eles direcionam para o seu negócio, mais comissões eles ganham. Portanto, eles estão dispostos a experimentar novos métodos que sua empresa pode não ter tempo ou recursos para alavancar. Os afiliados são rápidos em aproveitar as novas tendências, como o uso de campanhas de mídia social. Eles também costumam ser mais ágeis e podem lançar uma nova campanha em apenas uma questão ou um dia ou dois, enquanto sua empresa pode levar semanas para coordenar o esforço.

Eu li recentemente que o icônico comerciante americano, um dos pioneiros de marketing, John Wanamaker, dizia que metade do dinheiro que ele gastava em publicidade era desperdiçado. O problema é que ele não sabia qual metade. Esse não é o caso do marketing de desempenho. A rastreabilidade do marketing de desempenho não se baseia em estimativas. É baseada em resultados reais – o que significa que a eficácia de um programa de marketing é determinada com precisão, até o clique do mouse.

Desta forma, as estratégias de marketing de desempenho permitiriam otimizar a jornada do usuário a cada passo do caminho. Não há motivos para a mecânica se frustrar em ser uma ótima estratégia para marcas, que ficarão satisfeitas em pagar apenas pelos resultados, bem como para as agências ou empresas de comunicação que terão planejamentos e esforços de campanhas muito mais estratégicos e assertivos, visando o alvo perfeito.

Se você está procurando uma agência para lidar com a geração de leads de forma estratégica e assertiva, considere contratar uma empresa que ofereça pagamento por desempenho.

 

Erica Gomes - Partner da LC4 Comunicação, Marketing e Estratégia – empresa que compõe o ecossistema de negócios Startwp. Pós-graduada no MBA em Gestão de Pessoas e Liderança pela Fundação Getulio Vargas, bacharel em Jornalismo pela ESAMC-SP e técnica em TI pelo CEMEP-SP.


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