Pesquisar no Blog

quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

Drogas antipsicóticas podem aumentar o risco de câncer de mama

 Drogas antipsicóticas podem aumentar o risco de câncer de mama

Rastreando medicamentos fornecidos a mais de meio milhão de mulheres nos Estados Unidos, pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Washington, em St. Louis, descobriram que muitos medicamentos antipsicóticos mais antigos, comumente prescritos, e alguns mais novos, estão associados a um aumento significativo no risco de câncer de mama. Os antipsicóticos são prescritos para uma ampla gama de condições, incluindo depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, demência e transtornos do espectro do autismo. 

Embora estudos anteriores tenham descoberto ligações entre o uso de drogas antipsicóticas e o risco de câncer de mama, este é o primeiro estudo a comparar os antipsicóticos mais recentes com as drogas mais antigas e a observar como as drogas afetam os níveis de um hormônio chamado prolactina. Níveis elevados de prolactina foram associados ao câncer de mama. 

A prolactina é um hormônio importante envolvido na puberdade, gravidez e amamentação. No entanto, muitos antipsicóticos elevam os níveis de prolactina e podem produzir efeitos colaterais, como irregularidades do ciclo menstrual, produção anormal de leite materno e crescimento anormal do tecido mamário. 

Os resultados serão publicados na edição de fevereiro do Jornal of Clinical Psychopharmacology, mas já estão disponíveis on-line. 

“Muitas mulheres com doenças psiquiátricas, como esquizofrenia e transtorno bipolar, tomam antipsicóticos por décadas, e eles são essenciais para manter os sintomas sob controle”, disse o primeiro autor do artigo, Tahir Rahman, professor associado de psiquiatria. "Mas tanto os medicamentos antipsicóticos mais antigos quanto alguns medicamentos mais novos aumentam os níveis de prolactina e aumentam o risco de câncer de mama, o que é preocupante. Nós concordamos com esse conselho e acreditamos que os psiquiatras devem começar a monitorar os níveis de prolactina em seus pacientes que tomam antipsicóticos." 

Os pesquisadores classificaram os medicamentos antipsicóticos em três categorias, com base em seus efeitos estabelecidos sobre a prolactina. A categoria 1 incluiu medicamentos associados a níveis elevados de prolactina, como haloperidol, paliperidona e risperidona. Os medicamentos da categoria 2, que tiveram efeitos de médio alcance sobre a prolactina, incluíram os medicamentos iloperidona, lurasidona e olanzapina. A categoria 3 incluiu medicamentos com menor efeito sobre os níveis de prolactina, como aripiprazol, asenapina, brexpiprazole, cariprazina, clozapina, quetiapina e ziprasidona. 

Os pesquisadores compararam os efeitos de todas as três categorias de medicamentos antipsicóticos aos anticonvulsivantes e ao lítio, que também costumam ser prescritos para tratar distúrbios psiquiátricos. Quando comparado com esses medicamentos, o risco relativo de câncer de mama foi 62% maior para mulheres que tomaram medicamentos de categoria 1 e 54% maior para aquelas que tomaram medicamentos de categoria 2, enquanto os antipsicóticos de categoria 3 não foram associados a nenhum aumento no risco de câncer de mama. 

"Certas drogas são conhecidas por elevar a prolactina e as mulheres que tomaram essas drogas eram mais propensas a ter câncer de mama", disse Rahman. "Mas não detectamos nenhum risco aumentado em mulheres que tomam antipsicóticos que não aumentam os níveis de prolactina". 

Em modelos de camundongos, a prolactina pode contribuir para o enfraquecimento dos sistemas celulares que impedem que as lesões pré-cancerosas se tornem câncer de mama. Nas pessoas, os níveis de prolactina tendem a ser mais baixos em mulheres que tiveram mais filhos em uma idade mais jovem do que em mulheres que têm menos filhos ou esperam até serem mais velhas para fazê-lo. 

Neste estudo, usando dados coletados de 2012 a 2016, a equipe de pesquisa realizou um estudo retrospectivo e observacional do risco de câncer de mama em mulheres de 18 a 64 anos que tomaram antipsicóticos. Os dados vieram dos bancos de dados IBM MarketScan e Multi-State Medicaid, que contêm informações médicas anônimas sobre mais de 170 milhões de pessoas. 

Rahman e seus colegas usaram bancos de dados para saber quais pacientes foram tratadas de câncer de mama durante um período de 12 meses. Em seguida, eles compararam essa informação com pacientes que tomavam medicamentos antipsicóticos. Das 540.737 mulheres no banco de dados em uso de antipsicóticos, apenas 914 foram identificadas como tendo câncer de mama. Mas um número significativo dessas mulheres estava tomando medicamentos conhecidos por aumentar a prolactina.
 

"Medicamentos antipsicóticos podem salvar a vida de pacientes que têm episódios psicóticos em que experimentam sintomas como alucinações e delírios", disse Rahman. "Nos últimos anos, os medicamentos foram aprovados para tratar outras condições também, incluindo depressão e transtorno bipolar”. 

Em outro estudo recente, a equipe analisou amostras de sangue de mulheres que tomaram a droga antipsicótica aripiprazol (Abilify) como um tratamento complementar para a depressão. Eles descobriram que seus níveis de prolactina não aumentaram e que algumas mulheres que iniciaram o estudo com altos níveis de prolactina experimentaram diminuições nos níveis de prolactina após 12 semanas de tratamento. 

Essas descobertas -- combinadas com evidências pré-clínicas dos efeitos anticancerígenos de alguns antipsicóticos -- inspiraram Rahman e seus colegas a propor o reaproveitamento de algumas drogas antipsicóticas na luta contra o câncer de mama. 

“Não queremos alarmar os pacientes que tomam medicamentos antipsicóticos para problemas de saúde mental com risco de vida, mas também achamos que é hora de os médicos rastrearem os níveis de prolactina e monitorarem vigilantemente seus pacientes que estão sendo tratados com antipsicóticos”, disse Rahman.

  

Rubens de Fraga Júnior - professor titular da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná. Médico especialista em geriatria e gerontologia pela SBGG.

 

 Fonte: Tahir Rahman et al, Risk of Breast Cancer With Prolactin Elevating Antipsychotic Drugs, Journal of Clinical Psychopharmacology (2021). DOI: 10.1097/JCP.0000000000001513

Estudos revelam que pandemia acelerou aumento de crianças com obesidade

Shutterstock  
 A pesquisa Diet & Health Under Covid-19, que entrevistou 22 mil pessoas de 30 países, identificou que foram os brasileiros os que mais ganharam peso durante a pandemia de COVID-19.

 

O Relatório Global de 2021, produzido por agências da Organização das Nações Unidas (ONU), responsável por avaliar o impacto global da pandemia, aponta que, em 2020, mais de 2,3 bilhões de pessoas (30% da população mundial) não tiveram acesso à alimentação saudável, sendo este um dos fatores mais importantes para a prevenção da obesidade infantil e doenças associadas.  

Um estudo global publicado em 2017 pela revista científica The Lancet projetou que, se as tendências observadas na época continuassem, até 2022 a obesidade em crianças e adolescentes de 5 a 19 anos superaria a proporção de pessoas com baixo peso pela primeira vez. Essa previsão agora parece certa se tornar realidade. A pandemia de COVID-19 acelerou em muitos países o quadro de obesidade infantil, afinal, as crianças ficaram mais tempo em casa, sentadas e deitadas, geralmente na frente de uma tela.  

A estimativa da Organização Mundial da Saúde é que para 2025 o número de crianças obesas no planeta chegue a 75 milhões. Os registros do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que uma em cada grupo de três crianças, com idade entre cinco e nove anos, está acima do peso no País. Atrelado a escassez de alimentos, a má alimentação está presente de forma intensa, com crianças pagando um alto preço.  

Dados da ONU de 2020 estimam que mais de 149 milhões de menores de cinco anos sofrem de atraso de crescimento ou possuem uma estatura muito baixa para sua idade; mais de 45 milhões - debilitadas ou muito magras para sua altura; e quase 39 milhões - acima do peso. Três bilhões de adultos e crianças não conseguem acessar comidas saudáveis, em grande parte devido ao aumento da pobreza e a inabilidade de adquirir verduras, carne e laticínios, itens cujos preços seguem em ascensão.

 

Desafio no tratamento - O desafio para profissionais que atuam no tratamento da obesidade também cresce à partir do momento que cada vez mais pessoas, especialmente a população mais vulnerável, comem as chamadas calorias vazias, que não possuem nenhum valor nutricional e possuem altos índices de gordura e açúcares.  

"Isso aumenta a população de mal alimentados, de pessoas vivendo com obesidade, com sobrepeso e doenças associadas a ela como, por exemplo o diabetes, hipertensão e problemas nas articulações, entre outras. Tudo isso também aumenta os custos de investimentos em saúde pública", afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), cirurgião do aparelho digestivo, Fábio Viegas.  

Segundo ele, é comum as pessoas pensarem que crianças acima do peso são encontradas apenas em países ricos. "Na África, cerca de 27% das crianças abaixo dos cinco anos estão com excesso de peso e na Ásia já estão em 48%", informa Viegas. 

O presidente da SBCBM reforça que durante a pandemia, notou-se um aumento ainda maior do número de crianças acima do peso. "Esta é uma questão multifatorial, não só física, mas também mental. Com tanto tempo em isolamento, observou-se crianças mais ansiosas e descontando algumas de suas frustrações na comida. Escolas fechadas, aspectos ambientais e comportamentais fizeram com que elas estivessem muito mais tempo em frente ao computador, por exemplo, o que acaba implicando no sedentarismo, aumentando o consumo de alimentos ricos em açúcares e gorduras", avalia.

 

Obesidade x pandemia -- O Brasil é hoje um dos países com a mais alta taxa de pessoas com obesidade no mundo. No entanto, com a pandemia o quadro se agravou.  

Para que se tenha ideia o número de cirurgias bariátricas realizadas pelo SUS caiu em 69,9% em um ano, saindo de 12.568 em 2019, para 3.772 em 2020. Em 2021, até o mês de outubro, foram realizadas 1.940 cirurgias pelo Sistema Único de Saúde, redução em 84,5% se comparado a 2019. A realização de cirurgias pelos planos de saúde também caiu 11,9%, saindo de 52.599 procedimentos realizados em 2019, para 46.419 cirurgias em 2020. 

Em contrapartida, a recente pesquisa Diet & Health Under Covid-19, que entrevistou 22 mil pessoas de 30 países, identificou que foram os brasileiros os que mais ganharam peso durante a pandemia de COVID-19. Aqui, cerca de 52% dos entrevistados declararam ter engordado. A média global é de apenas 31%. Ainda segundo a pesquisa, os brasileiros ganharam, em média, cerca de 6,5 quilos neste período. 

De acordo com a última Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério da Saúde, um em cada quatro adultos está obeso. São 29,5% das mulheres e 21,8% dos homens. 

A obesidade impacta diretamente na saúde global dessa população. Existe uma série de comorbidades como, por exemplo, diabetes, hipertensão, doenças nas articulações -- que podem surgir ou se agravar diante do excesso de peso.


Implante Hormonal não pode ser banalizado e vendido como "chip da beleza

Equipe do médico brasileiro Dr. Elsimar Coutinho, referência mundial no assunto, explica que o método não deve ser usado para fins estéticos


A terapia com implante hormonal é um método indicado para tratamento de distúrbios ginecológicos para endometriose, adenomiose, TPM intensa e outras patologias. Implante hormonal é um dispositivo implantável embaixo da pele, que libera hormônios de maneira progressiva por um período de até um ano.

Dr. Elsimar Coutinho, médico que criou o primeiro anticoncepcional injetável de uso prolongado no Brasil e se dedicou às pesquisas neste setor, formou uma equipe especializada na clínica que leva seu nome.
Dr. Luiz Calmon, ginecologista, um dos discípulos e diretor médico da Clínica Elsimar Coutinho, explica que o implante jamais deve ser utilizado pensando em qualquer benefício estético para a paciente.
Quando o tratamento é feito de forma correta e com um produto de qualidade, os principais benefícios são o aumento da disposição, melhora da libido, alívio de cólicas menstruais e sangramentos intensos.
Nem todas as mulheres devem e podem usar implantes hormonais, pois o uso inadequado, a falta de especialização, procedência do produto e dos profissionais, podem causar um efeito totalmente oposto ao desejado, explica o especialista.


Como funciona


O tratamento com implantes hormonais é realizado por meio da implantação subcutânea de um segmento de tubos de silicone semipermeáveis. Esses tubos medem de 4 a 5 cm e comportam cerca de 40 a 50 mg de uma substância hormonal pura, que pode ser estradiol, testosterona bioidêntica ou progestínico.
Após a implantação, o hormônio é liberado gradativamente na corrente sanguínea, de maneira segura e com dosagem personalizada, por um período de seis meses a um ano. Em suma, o método bloqueia a ovulação, fazendo com que a mulher não menstrue ou tenha TPM.

Entre os principais motivos que fazem com que os implantes hormonais sejam cada vez mais procurados estão: eficácia, praticidade, segurança, conforto e bem-estar.
A necessidade de buscar profissionais dedicados ao tema foi endossada há 50 anos pelo próprio Dr. Elsimar Coutinho: “Nós estamos aqui por causa delas e nada mais justo do que dedicar meu trabalho ao bem-estar e à saúde das mulheres”.

Dr. Luiz Calmon explica que a mulher que tem interesse em utilizar o método, deve passar por uma avaliação clínica e laboratorial minuciosa.
“Saber a procedência do implante, o que contem em cada um deles e ser acompanhada constantemente pelo médico que prescreveu o método é fundamental para o sucesso e segurança do tratamento”, finaliza.

 



Dr. Luiz Carlos Calmon – Médico Ginecologista e obstetra. Formado na Escola de Medicina e Saúde Pública na Bahia, e possui registro nos conselhos regionais para atendimento em 4 importantes Estados do País (Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília). Especialista em Histeroscopia pela Sociedade Brasileira de Endoscopia, realizou diversos cursos de extensão nos Estados Unidos, em Oncologia, no Roswell Park Memorial Institute – Buffalo e também Fellowship no Departamento de Prevenção de Câncer Ginecológico do Detroit Medical Center – Michigan. Além de exercer a medicina, atua como Membro do Conselho Deliberativo do Centro de Pesquisa e Assistência em Reprodução Humana, Membro da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia e Membro da Sociedade Bahiana de Colposcopia e Patologia do Trato Genital Inferior, ambos no Estado da Bahia. Dr. Luiz conquistou ainda a certificação, nos anos de 2016, 2017 e 2020do Prêmio Top of Quality Brazil pela Cia Nacional de Eventos e Pesquisas pela Excelência e Qualidade em atuação com destaque e credibilidade como Médico Ginecologista. Figura também como sócio-responsável técnico pela Laboratório Elmeco – Produção de Implantes Hormonais, em Salvador.



Clinica Elsimar Coutinho
http://clinicaelsimarcoutinho.com.br/
clinicaelsimarcoutinho
Central de Atendimento Unificada: 4007-2947


Plataforma Não Me Perturbe fecha 2021 com 9,5 milhões de números de telefone cadastrados

Plataforma faz parte das medidas de autorregulação implantadas pelas operadoras de telecom e bloqueia números de celular e telefone fixo para não receber chamadas de telemarketing de telecom e bancos

 

A plataforma Não Me Perturbe, em operação desde julho de 2019, fechou o ano de 2021 com 9,55 milhões de números de telefone cadastrados para não receber chamadas de telemarketing e empresas de telecom e de oferta de crédito consignado. A iniciativa, criada pelas operadoras de telecom, faz parte das medidas de autorregulação do setor para melhorar a relação com os consumidores. Durante o ano de 2022 foram cadastrados mais de 2 milhões de números.

Quem quiser bloquear seus números de celular e telefone fixo para não receber ligações de telemarketing desses dois setores deve fazer o cadastro diretamente no site https://www.naomeperturbe.com.br/ ou por meio dos Procons em todo o país. O bloqueio ocorre em até 30 dias após o cadastro no site.

A maior parte dos números bloqueados está no estado de São Paulo, com 4,594 milhões de números registrados. São Paulo também concentra a maior base de clientes do país, com 71,8 milhões de celulares e 10,7 milhões telefones fixos. Em segundo lugar em volume de cadastros na plataforma NMP está Minas Gerais, com 856 mil números, seguidos do Paraná com 844 mil e do Rio de Janeiro com 587 mil registros.

O Distrito Federal tem a maior proporção de telefones cadastrados na plataforma, são 297 mil números cadastrados, o que representa 5,8% da base de telefones fixos e móveis do DF.

“A plataforma é um compromisso com o cliente que não quiser receber ligações de telemarketing desses dois setores, tanto que em 2021 os setores de telecom e bancário fizeram uma grande campanha nas redes sociais para aumentar a divulgação da Não Me Perturbe”, comentou o presidente executivo da Conexis Brasil Digital, Marcos Ferrari.

Ferrari lembrou que a plataforma só funciona para ligações de empresas de telecomunicações e para oferta de crédito consignado e não bloqueia ligações, por exemplo, de planos de saúde ou redes varejistas. Ele destacou, no entanto, que ela está aberta para adesão de outros setores.

Os efeitos positivos da Não Me Perturbe podem ser verificados tanto na queda de reclamações de usuários de serviços de telecomunicações, que desde abril tem apresentado reduções superiores a 20%, e quanto nos dados da empresa de verificação de números de telefone Truecaller, que mostram que o setor não está entre os que mais fazem ligações indesejadas.

Em 2019, antes da criação da Não Me Perturbe, o setor respondia por 48% das chamadas de telemarketing, em 2020 a participação caiu para 6% e, em 2021, o setor não foi mais listado no ranking da Truecaller.

A autorregulação atua dentro de procedimentos mais modernos de regulação responsiva com o objetivo de melhorar a relação com os consumidores. Desde março de 2020, além do telemarketing, o SART vem atuando em outras frentes de autorregulação, com a implantação dos normativos de Atendimento, Cobrança e Oferta. Os normativos trazem orientações para as prestadoras no relacionamento com os usuários e contaram com a participação próxima da Anatel e dos conselheiros independentes que compõem o SART.

 


Conexis Brasil Digital

https://conexis.org.br


5 dicas importantes para cumprir as metas em 2022

 Definir objetivos tangíveis, revisar metas e ser compreensível consigo mesmo estão entre as recomendações da Country Manager do InfoJobs

 

Como todo começo do ano, a maior parte das pessoas já traçou suas metas para o novo que se inicia. Porém, apesar da animação, nem sempre todos conseguem alcançar os objetivos pré-estabelecidos um a um. Afinal, imprevistos acontecem e muitas vezes acabamos por mudar nossas condições e, até mesmo, nossas intenções. Pensando nisso, Ana Paula Prado, Country Manager do InfoJobs, empresa de tecnologia para RH, separou cinco dicas importantes para cumprir de vez as metas em 2022.


1. Defina objetivos tangíveis 

É fundamental colocar metas alcançáveis, ou seja, dentro da sua realidade em cada momento de vida, e sempre de forma clara. Eles podem ser desafiadores, mas precisam ser tangíveis para que você não deixe de lado ou desanime ao longo do ano.
 


2. Escreva os objetivos em algum planner ou aplicativo 

Acredito que visualizar cada uma das metas ajuda a ter sempre um controle maior, uma vez que elas estão à nossa disposição, isso também ajuda a manter o foco e não deixar nada cair no esquecimento.


3. Divida por períodos
 

Uma forma de controlar é colocar metas a curto prazo e definir um tempo para as ações macro. Outra dica é dividir por períodos e áreas da vida. Exemplo: Se meu objetivo relacionado aos estudos é ler 4 livros no ano da minha área, posso dividir 1 livro por trimestre.


4. Revise suas metas
 

Além de anotar os objetivos, eu também considero importante acompanhar a evolução de cada um, por isso uma prática legal é marcar datas de revisão, ou seja, a cada determinado período é importante que você analise cada meta a fim de entender como estão sendo desenvolvidos os pontos. Talvez você tenha acumulado 1 livro para o próximo trimestre, por exemplo, e precise de um novo cronograma.


5. Seja compreensível com você

É importante buscar por metas tangíveis, mas muitas vezes algumas situações fogem do nosso controle, por isso a cobrança deve ser saudável também. Os objetivos precisam ser motivadores e não o oposto, se estiverem gerando pressão ou sentimentos negativos, recalcule a rota! O mais importante é desfrutar as conquistas!

 

InfoJobs - empresa de tecnologia para RH.


Seis situações em que a pandemia desencadeou mudanças de segurança




Algumas das mudanças nos ambientes de TI motivadas pela pandemia de Covid-19 - principalmente relacionadas ao trabalho home office e à adoção da nuvem - vieram para ficar e exigirão revisões de longo prazo nas estratégias de segurança cibernética corporativa.

A pandemia forçou uma aceleração da digitalização e uma mudança para a nuvem que muitos CISOs não estavam preparados para apoiar de maneira tão rápida. A mudança obrigou muitas empresas a procurar soluções de curto prazo para que as organizações continuassem operando e que os funcionários permanecessem produtivos remotamente. Em muitos casos, as organizações implantaram tecnologias para apoiar o novo ambiente de trabalho sem avaliar possíveis implicações de segurança.

Tais decisões foram tomadas de forma muitas vezes precipitada, para garantir que os trabalhadores remotos pudessem acessar com segurança os dados corporativos. Agora, estas medidas precisarão ser substituídas ou reforçadas por controles que possam atender aos requisitos de um mundo pós-pandemia.

O momento agora pede por recursos que permitam melhor visibilidade, controle e gerenciamento de infraestruturas de TI, onde os dados são espalhados por ambientes locais e em nuvem e os usuários os acessem a partir de redes e dispositivos gerenciados e não gerenciados.

Esta é também uma oportunidade para que os CISOs possam medir os softwares de negócios recém-adicionados e verifiquem o aumento do risco e da exposição que afetam os negócios.



1. Adoção mais rápida de modelos de acesso zero-trust

A mudança para um ambiente de trabalho e negócios mais distribuídos após a pandemia acelerará a adoção de modelos de acesso zero-trust nos próximos anos. Os dados e serviços corporativos estão agora permanentemente espalhados por ambientes locais, híbridos e de nuvem pública, e os usuários estão acessando-os a partir de redes e dispositivos gerenciados e não gerenciados.

Para garantir acesso seguro aos dados corporativos, as organizações terão que adotar, cada vez mais, modelos zero-trust, onde cada solicitação de acesso - de dentro e de fora da rede - é autenticada e examinada. Nos próximos anos, espera-se ver as organizações corporativas adotando ainda mais o modelo zero-trust para incorporar dados e cargas de trabalho. O objetivo será chegar a um ponto em que o acesso seja onipresente e seguro e não haja distinção entre acesso na nuvem e no local.



2. Controles para proteger uma superfície de ataque mais ampla

A pandemia mudou totalmente a maneira como as organizações trabalham. Muitas pessoas irão continuar operando de forma constante em um modelo 100% remoto, enquanto outros manterão um modelo híbrido por um futuro indefinido.

Da mesma forma que a necessidade de distanciamento social e a escassez de força de trabalho aceleraram a automação e o uso de IA em muitos setores, incluindo varejo, hospitalidade e manufatura, o acesso dos funcionários, por exemplo, precisará ser protegido, não importa de onde eles trabalhem.

Os turnos de escritório também terão implicações de segurança física para os CISOs, à medida que espaços de co-working, espaços compartilhados e hot-desking se tornarem mais proeminentes.



3. Os requisitos regulatórios serão alterados para lidar com novos riscos

Espere mudanças nos requisitos regulatórios, de conformidade e contratuais. As autoridades reguladoras modificarão ou expandirão os requisitos existentes para se adaptar ao modelo de trabalho híbrido pós-pandemia.

Regulamentos como o Padrão de Segurança de Dados da Indústria de Cartões de Pagamento (PCI DSS) e o padrão ISO/IEC 27001:2013 para segurança da informação devem ser atualizados e podem estar entre os primeiros a introduzir novos requisitos para lidar com riscos pós-pandemia. Essas alterações provavelmente serão implementadas em fases e ao longo de vários anos.

Em contratos B2C e adendos de segurança a mudança acontecerá de forma mais rápida. As empresas de tecnologia já estão vendo transformações nos requisitos de segurança nos contratos de seus clientes, pois essas organizações querem garantir que o trabalho remoto adequado e os controles de segurança física estejam em vigor", diz ele. Os CISOs devem garantir que seus controles de segurança abordem adequadamente essas áreas para ajudar suas empresas a conquistar negócios.



4. Autenticação mais forte e criptografia persistente

O uso crescente de SaaS e outros sistemas baseados em nuvem, como Zoom, Microsoft Teams e Dropbox, para apoiar a colaboração distribuída, resultou em muitas informações comerciais acabando em muitos lugares diferentes.

Muitas organizações precisarão de criptografia persistente e métodos de autenticação de usuário mais fortes para suportar esse tipo de ambiente de trabalho a longo prazo. Do ponto de vista da priorização, uma autenticação forte precisará ser implementada antes que a criptografia de dados possa funcionar.

Um estudo baseado em pesquisas que a Yubico realizou em parceria com a empresa de analistas 451 Research, no início deste ano, mostrou que 75% das organizações planejam aumentar os gastos com autenticação multifatorial (MFA), para lidar com novos riscos de longo prazo em um mundo pós-pandemia.

Já 49% dos líderes de segurança descreveram o MFA como a principal tecnologia de segurança que adotaram por causa da Covid-19 e da migração para um modelo WFH.



5. Melhor visibilidade e monitoramento da rede

A mudança apressada por causa da pandemia para um ambiente de trabalho mais distribuído e com prioridade na nuvem resultou na perda de visibilidade das organizações - em diferentes graus - sobre os dispositivos que se conectam às suas redes e dados.

Em muitos casos, as organizações sacrificaram a segurança no interesse de garantir a continuidade e a disponibilidade dos negócios. Eles adotaram abordagens de curto prazo que permitiram que os funcionários remotos permanecessem produtivos e que os negócios operassem sem interrupções.

Ao permitir que os usuários acessem dados corporativos de redes domésticas não gerenciadas usando uma combinação de dispositivos gerenciados e não gerenciados, os grupos de segurança corporativa perderam a visibilidade - e o controle - necessários para gerenciar o acesso seguro. Uma visibilidade aprimorada será fundamental para as organizações nos próximos anos.



6. Evoluindo as práticas de gerenciamento de riscos cibernéticos

Muitas organizações precisarão revisar suas práticas de gerenciamento de riscos e continuidade de negócios para lidar com riscos em um ambiente de TI pós-pandemia.

As áreas de melhoria incluem planejamento e preparação para adversidades, permitindo uma melhor visibilidade das interdependências operacionais em toda a empresa para equipes de operações isoladas e a transformação do gerenciamento de riscos em uma atividade operacional.


Carlos Rodrigues - vice-presidente da Varonis


A ordem - ou a desordem - cronológica dos processos judiciais

Ocorrido um fato da vida que tem consequências jurídicas e que gera conflito de interesses entre duas ou mais partes, a contenda deva ser resolvida pelo Estado Democrático de Direito. Mas especificamente, pelo que se denomina Estado-Juiz, o Poder Judiciário. E ainda estamos longe de conquistar a necessária sabedoria no ato de ver os processos julgados.

Falamos especialmente dos processos que se destinam a resolver os conflitos de direito civil. Numa palavra, o autor da demanda a propõe, segundo as normas adequadas, para transformar o fato em direito. Diz, primeiramente, o Judiciário, que esse fato tem uma conotação jurídica; se procedente a ação, por exemplo, o vencedor tem o direito de exigir do vencido que cumpra uma condenação, ou observe uma declaração de sua existência ou inexistência; ou ainda se comporte de acordo com um "status quo" construído por uma sentença. Agora, o direito deve vir a ser fato, neste mundo circular.

Neste Brasil de população imensa, é imenso o número de processos. E, por mais que seja elevado o número de órgãos judiciários destinados a julgá-los, sempre a velocidade processual é insuficiente. Acumulam-se numa luta surda para serem julgados - uns antes dos demais, obviamente.

Ante o drama de tornar a Justiça brasileira mais célere e efetiva, o atual Código de Processo Civil - de 2016, que substituiu o de 1973 - criou, com a melhor das intenções, um critério denominado "ordem cronológica" para prolação de sentenças e acórdãos. Pensou-se que, chegados os processos, os juízes e tribunais encarregados dos julgamentos, observando a anterioridade e posterioridade, e assim emitindo suas sentenças e acórdãos, estariam respeitando a impessoalidade e a igualdade - nenhum processo saltaria sobre o outro, evitando-se apadrinhamentos. Entretanto, simplesmente esqueceu-se de que cada processo fala de uma ocorrência singular e diversa, é dizer, cuida de assuntos desiguais. Todos são urgentes. E cada conjuntura reclamando julgamento mais ou menos imediato.  Ao criar um critério único, os legisladores de 2016 se esqueceram de que a igualdade é o tratamento de situações desiguais na medida de sua desigualdade. E não se pode dizer, por exemplo, que o julgamento de um usucapião, em que a parte alega que está há vinte anos na posse mansa e pacífica de um imóvel, e quer a declaração de domínio (propriedade), seja mais urgente, somente pelo critério de tempo, do que uma demanda originária de um recente contrato descumprido, ou do pagamento de uma nota promissória.

A situação se torna ainda pior quando os Juízos (órgãos judiciários) ampliam, por indevida analogia, o critério da cronologia aos atos dos servidores, para além de sentenças e acórdãos. Uma carimbagem no sentido de que um processo foi encerrado segue na frente da expedição de uma carta de citação. A iniquidade veio prevalecer no terreno do andamento dos processos. O decenário processo do leitor, que não é considerado "preferencial", ficará atrás de outro, iniciado ontem...

Um estudo sociológico da burocracia - a começar de Max Weber - faria muito bem a nossos ilustres jurisconsultos que se debruçam sobre a trama dramática dos acontecimentos jurisdicionais. E a juízes e servidores.  Aprendam equidade, tão vinculada à Justiça, cansou-se de dizer Aristóteles, e modernamente John Rawls ("A Justiça como Equidade"). Vejam as capas e os conteúdos dos processos antes de movimentá-los. Ouçam com atenção os advogados que clamam por justiça.

 

Amadeu Garrido de Paula - poeta e ensaista literário, advogado, atuando há mais de 40 anos em defesa de causas relacionadas à Justiça do Trabalho e ao Direito Constitucional, Empresarial e Sindical. Fundador do Escritório Garrido de Paula Advocacia e autor dos livros: "Universo Invisível" e "Poesia & Prosa sob a Tempestade" e do blog: Ambos à venda na Livraria Cultura e também um dos ganhadores do "Concurso Nacional de Novos Poetas de 2020" e do "Concurso Sarau Brasil 2020", ambos da editora Vivara.


Vai à praia? Especialista dá dicas para evitar queimaduras com águas-vivas e caravelas

Mesmo mortas, toxinas ainda podem ter ação e queimar os banhistas 
 

O mês de janeiro é conhecido por ser o período de férias e as famílias viajam para o litoral em busca de sol, mar, descanso e diversão, mas é necessário tomar alguns cuidados para a viagem não se transforme num problema. Na praia, é preciso estar atento às águas-vivas e caravelas. Mesmo mortas, elas podem continuar liberando as toxinas que provocam queimaduras na pele, alerta a professora Maria Fernanda Palanch, da São Judas, mestre em Fisiologia Geral.

Por isso, a recomendação é não tocar nos animais encalhados na praia, pois as toxinas ainda podem ter ação, mesmo depois de um tempo da morte do animal. Uma vez em contato com as toxinas, não se deve esfregar o local do ferimento e é recomendado lavar com a própria água do mar.

“A água doce potencializa a liberação das toxinas dos tentáculos. Recomenda-se fazer compressas com água do mar gelada para amenizar a dor. O cuidado deve ser redobrado com as crianças, pois essas são mais sensíveis às toxinas das caravelas e águas-vivas”, destaca a especialista.

Outro cuidado é ao avistar uma dessas espécies no mar flutuando na superfície é sempre bom se afastar. “Quando se percebe a presença desses animais na área de banho, o ideal é que os banhistas se afastem, já que os tentáculos podem ser bem compridos, podendo alcançar até alguns metros de comprimento e atingir as pessoas”.

Esses tentáculos apresentam substâncias urticantes presentes em estruturas semelhantes a pequenas agulhas capazes de liberar toxinas na pele. Essas toxinas podem provocar desde pequenas irritações na pele até sérias queimaduras. Em geral, o contato com os tentáculos das águas-vivas deixa vergões bem marcados na pele. As caravelas possuem toxinas mais fortes e podem ser responsáveis por uma queimadura grave.


Bagres - No Verão, outro campeão de acidentes são os bagres. Esses peixes são comuns em águas rasas nos fundos arenosos, ou podem estar presentes na beira d’água, já mortos. “Os banhistas podem pisar num bagre e se machucar com os espinhos presentes nas nadadeiras dorsais e peitorais. Os espinhos podem provocar dor intensa e infecção, necessitando de auxílio especializado de um médico para a retirada correta do espinho.

Para quem vai mergulhar nas áreas de costões rochosos, como ao lado da Ilha das Palmas, ou nadar próximo à Ilha de Urubuqueçaba, ou caminhar nessas regiões quando a maré está mais baixa e há exposição das rochas, é importante cuidar para não escorregar nas algas ou pisar nas cracas e mexilhões. Esses animais ficam presos nas rochas e um passo mal dado em cima deles pode provocar cortes na pele. A única recomendação é olhar onde está pisando e cuidado quando estiver mergulhando próximo aos costões.

Ainda nessas regiões de costões rochosos existem ouriços-do-mar que possuem seu corpo coberto por espinhos. “Na nossa região, acidentes com esses animais não são muito comuns, pois há poucos ouriços encontrados encalhados na praia. Porém para quem se aventurar próximo aos costões deve ter cuidado com esses espinhos que causam normalmente uma dor intensa. Há necessidade de retirar os espinhos da pele para evitar infecções”.

Como dá para perceber, para garantir que as férias de verão sejam uma boa lembrança, é preciso cuidado na praia: onde pisa, nada e evitar o contato com os animais marinhos, já que alguns podem causar acidentes bem chatos, que podem atrapalhar a diversão”, finaliza Maria Fernanda.



São Judas


 

O momento para investir em estagiários é agora!

Com sabedoria, preparar equipes para os novos cenários é essencial

 

Um novo ano se inicia e, com ele, alguns desafios a serem vencidos relacionados à pandemia. Embora seja importante respeitar os protocolos de segurança, nos direcionamos a uma realidade mais favorável. As cepas estão menos agressivas, remédios contra o vírus estão em constante desenvolvimento e tudo se encaminha para a normalidade dentro de alguns meses. 

 

Justamente por estarmos mais esperançosos, esse comportamento se reflete no mundo todo - e em vários os aspectos. Assim, investidores têm mais confiança, empresas passam a expandir seus quadros de talentos e todos traçamos metas para serem alcançadas amanhã e depois. 


 

Equipes qualificadas

 

Então, a melhor aposta para os empreendedores com o desejo de montarem times com energia e inovação é o estágio. Isso porque contratar quem mais precisa de uma oportunidade é uma atitude socialmente legal e pode gerar diversos benefícios. 

 

As vantagens são inúmeras. Primeiramente, preciso citar a Lei 11.788/2008, responsável por regulamentar esse estilo de admissão. Nela, está definido: somente quem estuda no nível médio, técnico, superior ou nos dois anos finais do fundamental pela Educação de Jovens e Adultos (EJA) pode estagiar. 

 

O objetivo para quem ocupa essa posição, portanto, é a união do conteúdo aplicado em sala de aula com a prática do mundo empresarial. Com isso, as organizações já obtêm diversos ganhos. Afinal, qual líder não quer em sua staff alguém com conhecimentos atualizados e fresquinhos relacionados às profissões? 

 

Como essa é, na maior parte dos casos, a porta de entrada da juventude no mercado de trabalho, a corporação também tem como ponto positivo um colaborador sem vícios de outras vivências. Assim, é fácil moldá-lo para desenvolver as habilidades necessárias para o indivíduo assumir novas responsabilidades e, por que não, construir carreira dentro do quadro? 


 

Incentivos fiscais

 

O estágio não gera vínculo empregatício, logo, a contratante fica isenta dos encargos trabalhistas, como FGTS, INSS, 13º salário, sobre férias e verbas rescisórias. Essa medida é indispensável para estimular a abertura de vagas desse tipo e os ganhos vão além da parte fiscal. 

 

A economia volta a girar e será ainda mais impulsionada em 2022. O número de desempregados irá baixar e isso dará um gás para todos os negócios. Dessa forma, acreditar na força da moçada, oferecendo a chance deles se capacitarem, darem os primeiros passos rumo à independência financeira e favorecer seu desenvolvimento são atitudes essenciais para o futuro da nossa nação. 

 

Por isso, gestores de todo o país: invistam em estagiários! 

 

 


Carlos Henrique Mencaci - presidente da Abres - Associação Brasileira de Estágios.


Inflação de 10,06% - veja ações emergenciais para enfrentar esta realidade

A inflação é uma realidade no Brasil, atingindo pesadamente o bolso dos brasileiros. Dados doIPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) aponta que a inflação oficial no país fechou 2021 registrando uma alta no custo de vida de 10,06%. Mas, a inflação real que abate o bolso do brasileiro é muito maior, sendo que os preços de itens básicos são os que mais sobem. 

A comprovação dessa triste realidade é muito simples, basta ir a qualquer supermercado, loja ou posto de combustível e ver que o dinheiro não tem mais o valor para consumo que tinha em 2020. 

"Por mais que possa se argumentar que o mundo está passando por uma alta inflacionária, no Brasil temos um aumento ainda maior e é preciso ver o impacto direto desses números para a população, que é o que mais importa. E infelizmente o resultado vem sendo drástico, com o aumento do endividamento e, o pior, da miséria", analisa Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (ABEFIN). 

O especialista explica que são necessárias estratégias drásticas para combater essa inflação, e mesmo assim serão sentidos os reflexos nas contas. "Os reajustes nos ganhos geralmente são mensais, mas os aumentos dos preços são diários, sendo necessária atenção a cada item de consumo. É preciso reavaliar cada ato de consumo", explica Domingos. 

São muitas as medidas a serem tomadas para o reajuste das finanças, mas algumas devem ser imediatas. O presidente da ABEFIN listou sete dessas:
 

• Energia, água e gás - Banhos longos, luzes acessas e dispositivos ligados na tomada podem consumir muita energia elétrica sem perceber - e esses são gastos que passam despercebidos até o momento de pagar a conta. O mesmo acontece com o uso de água e gás. Economizar no uso desses recursos e tomar mais cuidado ao usá-los vai acarretar uma economia na conta no fim do mês.
 

• Conta de celular, streaming e cabo - As tarifas das operadoras de celular podem aumentar e, por isso, recomendo comparar os valores. Também cuidado com serviços de streaming e tv à cabo, muitas vezes se contratou e não utiliza mais, contudo o gasto continua a corroer as finanças. Um alerta se faz a aplicativos pagos e joguinhos de celular, esses são realmente necessários?
 

• Supermercado - O preço de alguns itens básicos aumentou em grandes proporções, o que pode prejudicar ainda mais o seu bolso. Recomendo fazer uma lista de compras com os itens que são realmente necessários e optar por marcas mais baratas. Tome cuidado também com as promoções: às vezes pode parecer vantajoso levar produtos em maior quantidade pelo preço de um, mas você pode estar desperdiçando dinheiro.
 

• Reutilize - Roupas, por exemplo, são itens que podem ser reutilizados criando novas peças, o mesmo pode ser feito com vários produtos, até alimentos. Assim você consegue economizar - e esses não são produtos baratos. A recomendação é que você pense em todos os outros itens de sua casa que podem ser reutilizados e não gaste duas vezes.
 

• Gastos com lazer - Um dos gastos mais fáceis de controlar são os relacionados a passeios, restaurantes e lazer no geral. Com a inflação, os passeios ficam cada vez mais caro - e por isso é recomendado evitar passeios mais custosos. Dê preferência a opções de lazer mais baratas, a diversão pode ser a mesma.
 

• Pequenos gastos - Esses são os grandes vilões dos orçamentos e como são gastos pequenos, eles passam despercebidos e, ao final do mês, o valor total pode ser surpreendente. O melhor é evitar pequenos excessos de todos os dias como vários cafés e lanchinhos, e até a cervejinha, pois isso pode consumir boa parte de sua renda.
 

• Carro - O combustível é um dos vilões dessa alta inflacionária, assim, é preciso otimizar esse gasto. Faça uma análise, pode ser mais econômico deixar de usar o carro no dia a dia e optar pelo transporte público, ou mesmo pode ser vantajoso usar aplicativos de transporte e vender o veículo. Mais uma opção pode ser compartilhar viagens e dividir as despesas. Outro fator que deve sempre lembrado é de manter o carro revisado para evitar gastos com manutenção.


Até as menores partículas de poluição alteram o ciclo de chuva na Amazônia

Estudo realizado em Manaus constatou que nanopartículas resultantes de atividades humanas, entre elas a queima de combustíveis fósseis, crescem rapidamente na atmosfera e interferem no desenvolvimento das nuvens. Descoberta traz mais acurácia aos modelos meteorológicos e às simulações sobre as mudanças climáticas (foto: Luiz Augusto Machado/IF-USP)

 

Até mesmo as partículas mais finas de poluição impactam os mecanismos de formação e desenvolvimento das nuvens e alteram o regime de chuvas. Estudo realizado na cidade de Manaus (AM) mostrou que, por meio de um processo químico conhecido como oxidação, pequenos aerossóis expelidos por fábricas ou escapamentos de carro, por exemplo, crescem muito rapidamente, atingindo tamanho até 400 vezes maior. E isso interfere na formação das gotas de chuva.

"Entender os mecanismos de formação de nuvens e de chuvas na Amazônia é um grande desafio pela complexidade de processos físico-químicos não lineares da atmosfera”, explica Paulo Artaxo, professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP) e autor do estudo publicado ontem (12/01) na Science Advances.

 

A descoberta de pesquisadores brasileiros e norte-americanos aumenta a precisão de modelos e de simulações matemáticas sobre as mudanças climáticas. “Essas nanopartículas de poluição [com menos de 10 nanômetros] costumavam ser desprezadas em cálculos e modelos atmosféricos. A atenção era voltada para as partículas com mais de 100 nanômetros, pois são elas que atuam como núcleo de condensação de nuvens [onde o vapor de água condensa e forma gotículas] e alteram o padrão das chuvas. Com este estudo mostramos que, ao longo de sua trajetória na atmosfera, as partículas menores vão se oxidando e crescendo rapidamente até atingirem o tamanho necessário para virar um núcleo de condensação”, explica Luiz Augusto Machado, professor do IF-USP e coautor do artigo.

Os dados foram coletados com auxílio de aviões que sobrevoaram a região de Manaus em baixa altitude, percorrendo cerca de 100 quilômetros (km) da pluma de poluição produzida na metrópole entre os anos de 2014 e 2015. O trabalho teve apoio da FAPESP por meio da campanha científica Green Ocean Amazon (GoAmazon) e de um Projeto Temático – ambos vinculados ao Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG).

“Pouco se sabia sobre a atuação dessas nanopartículas nos regimes de chuvas. Acontece que a região de Manaus é um lugar único no mundo, um laboratório a céu aberto. É uma megacidade rodeada de floresta e distante de outras cidades. Por isso, ela permite entender como uma metrópole modifica um ambiente parecido com o da era pré-industrial”, conta Machado.

Aerossóis são partículas (sólidas ou líquidas) suspensas no ar. Eles podem ser produzidos naturalmente pela floresta, como partículas primárias, ou secundariamente na atmosfera a partir de precursores gasosos (COV) emitidos pelas florestas (aerossóis orgânicos secundários), por exemplo, ou – como o que foi investigado neste estudo – por atividades humanas, como a queima de combustíveis fósseis.

Machado explica que os aerossóis com menos de 10 nanômetros, ao serem liberados na região de Manaus por escapamentos de veículos, pela indústria ou durante a geração de energia elétrica, formam uma espécie de pluma de poluição que segue em direção ao sudoeste (por causa dos ventos). Os pesquisadores avaliaram que é durante esse trajeto que as partículas crescem rapidamente.

“É muito difícil avaliar o efeito do material particulado na chuva, pois existe um número grande de variáveis atmosféricas que interferem nessa relação. Por isso, comparamos a linha de poluição com as áreas ao redor, que estão fora da pluma de poluição. O que percebemos é que esse particulado vai crescendo de tamanho rapidamente. A 10 km de distância de Manaus ele já está maior e a 30 km é possível que já tenha atingido tamanho suficiente para se tornar um núcleo de condensação, interferindo na formação das gotas de chuva”, diz.

 

Impacto variável

Os mecanismos de formação de nuvens são complexos e dependem de muitos parâmetros atmosféricos. No caso dos pequenos aerossóis, eles vão interferir na condensação das gotas de chuva. No entanto, dependendo de como está a condição atmosférica e, sobretudo, a formação de nuvem a cada momento, as chuvas podem ser intensificadas ou reduzidas.

Machado explica que, como há muito material particulado, quando a pluma de poluição entra em contato com uma nuvem, ocorre uma competição pelo vapor d'água lá presente – reduzindo o tamanho das gotas.

“Para que a chuva caia, é necessário que as gotas tenham um determinado tamanho. É o que chamamos de velocidade terminal da gota, que precisa ser menor do que o movimento de ar que está subindo. Caso contrário, a nuvem fica com um monte de gotinha pequena e a chuva não cai”, explica.

Porém, ressalta Machado, caso ocorra um vento vertical muito forte, ele pode levar essa grande quantidade de gotinhas para uma maior altitude, formando partículas de gelo, podendo gerar uma tempestade intensa.

“Percebemos que, conforme esse material particulado vai crescendo, ele se torna núcleo de condensação. Quando encontra uma nuvem pequena e fraca [nuvem quente], chove pouco. O aerossol reduz a precipitação. Mas se a nuvem ganhar potência e se tornar uma cumulonimbus [de grande desenvolvimento vertical], por exemplo, os aerossóis aumentam a precipitação. Ou seja, até mesmo essas pequenas partículas de poluição têm influência na formação das chuvas”, detalha Machado.

Segundo os pesquisadores, o projeto deve continuar de forma ampliada, captando novos dados. A equipe vai realizar este ano o experimento Cafe-Brasil (Chemistry of the Atmosphere: Field Experiment in Brazil) com o auxílio de uma aeronave alemã que pode voar a 15 km de altitude. Artaxo explica que estudos similares usando sensoriamento remoto também estão sendo realizados na torre ATTO, de 325 metros de altura, no meio da floresta amazônica (leia mais em: agencia.fapesp.br/29519/).

"Nesse estudo que publicamos agora, coletamos os dados por meio de voos de baixa altitude [4 mil metros]. A aeronave alemã que vamos utilizar para as nossas próximas coletas é um dos mais sofisticados aviões-laboratórios que existem. Desse modo, poderemos fazer um experimento para entender questões físico-químicas fundamentais na produção de aerossóis, nuvens e precipitação que ainda permanecem um mistério para nós", conta Artaxo.

O artigo Rapid growth of anthropogenic organic nanoparticles greatly alters cloud lifecycle in the Amazon rainforest, de Rahul A. Zaveri, Jian Wang, Jiwen Fan, Yuwei Zhang, John E. Shilling, Alla Zelenyuk, Fan Mei, Rob Newsom, Mikhail Pekour, Jason Tomlinson, Jennifer M. Comstock, Manish Shrivastava, Edward Fortner, Luiz A. T. Machado, Paulo Artaxo e Scot T. Martin, pode ser lido em www.science.org/doi/10.1126/sciadv.abj0329.

 



Maria Fernanda Ziegler
Agência FAPESP https://agencia.fapesp.br/ate-as-menores-particulas-de-poluicao-alteram-o-ciclo-de-chuva-na-amazonia/37706/

Carteira digital de vacinação no aplicativo do Poupatempo registra 8,5 milhões de acessos em 2021

  Plataforma estadual conta com banco de dados próprio, o sistema VaciVida 

 

O aplicativo Poupatempo Digital permite a consulta da versão digital da carteira de vacinação contra a Covid-19, para comprovar a primeira, segunda e terceira doses, além de contar com lembretes de imunização. Os cidadãos de todos os 645 municípios paulistas podem obter o documento de forma gratuita, prática e segura. Em 2021, os acessos ao comprovante vacinal por meio do app chegaram a 8,5 milhões.  

O documento traz informações sobre as doses, data da vacinação, o profissional vacinador, nome e registro do local, fabricante e o número do lote da vacina aplicada. A ferramenta também permite baixar e fazer a impressão do comprovante, se necessário, e consta um QR Code que comprova os dados do cidadão.  

A plataforma estadual é abastecida pela plataforma VaciVida, desenvolvida pela Prodesp – empresa de Tecnologia do Estado de São Paulo, em parceria com a Secretaria Estadual da Saúde. O banco de dados vacinais oficial do Governo de São Paulo adota rígidos protocolos de segurança digital e aplica as melhores práticas nacionais e internacionais.  

“O aplicativo do Poupatempo reúne em um único lugar os serviços públicos do Estado, com cerca de 170 opções online, disponíveis na palma de mão, 24 horas por dia. Relacionadas à vacinação, são três funcionalidades: o pré-cadastro, carteira digital e a validação do certificado de vacinação”, diz Murilo Macedo, diretor da Prodesp, empresa que administra o programa Poupatempo.  

Lançado em maio de 2020, o Poupatempo Digital já foi baixado mais de 8 milhões de vezes. O aplicativo está disponível gratuitamente para download tanto na Google Play quanto na App Store. 


Posts mais acessados