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quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

A importância do feedback como termômetro da empresa


Incluir esta ferramenta no planejamento de início de ano pode promover o desenvolvimento dos profissionais e da organização
 

 

Com o início de um novo ano, toda empresa costuma fazer seu planejamento e traçar as próximas ações. Incluir neste plano o desenvolvimento dos líderes e times pode impactar positivamente no resultado dos  negócios.

 

Uma das principais maneiras de promover o desenvolvimento profissional, tanto para reforçar o comportamento, quanto para dar visibilidade a pontos de melhoria, é o feedback. Ele se torna ainda mais importante se algo não está funcionando. As pessoas precisam ter a oportunidade de ajustar o trabalho e se aperfeiçoar, mas para isso precisam saber que algo deve ser aprimorado.

 

Uma pesquisa realizada pelo Hay Group, com a Universidade de Harvard, avaliou que entre 95 mil líderes, cerca de 50% criam climas desmotivadores contra 19% que promovem locais de trabalho de alto desempenho. Já no Brasil, onde foram entrevistados mais de 3 mil gestores, 63% criam um clima desmotivador contra 12% que criam climas que motivam os colaboradores.

 

Segundo a especialista em desenvolvimento de líderes e equipes e fundadora da Quare Desenvolvimento, Carolina Valle Schrubbe, avaliar o desempenho dos líderes de uma organização é uma das maneiras mais eficientes de entender o nível de maturidade, resultados, conhecimento, comprometimento, motivação e engajamento dos integrantes da equipe. “Analisar a performance e o comportamento dos líderes é fundamental para promover incremento no resultado", destaca.


 

A importância do feedback para as empresas

 

Feedbacks são considerados o ponto chave da gestão de pessoas, além de ser uma das principais ferramentas utilizadas pelos maiores CEOs. Esse canal de comunicação sinaliza se algo está bom ou ruim e apresenta as motivações para realização de melhorias.

 

Uma pesquisa feita pela Harvard analisou características do perfil de 200 CEOs do mundo e constatou que o maior cargo de liderança deve possuir autoconsciência e disposição para ouvir novas ideias de qualquer subordinado.


 

Conheça o feedback 360º

 

O feedback 360º é um excelente instrumento para compreender como o time vê seu líder. De forma anônima, os colaboradores descrevem suas percepções sobre o que o líder já faz muito bem e no que ele pode melhorar, identificando as necessidades prioritárias de desenvolvimento.

 

Esta é uma estratégia de avaliação de desempenho que calibra comportamentos, competências, capacidade de projeção e desenvolvimento. Carolina aponta que o resultado desse processo é um relatório que ajudará o profissional a levar em consideração seus pontos fortes e suas fragilidades para poder se aprimorar profissionalmente. “Quando o líder olha para si e se coloca em posição de aprendizado permanente, recebe o feedback da equipe e implementa mudanças em seu comportamento. Esse aprimoramento gera maior engajamento e resultado financeiro”, descreve.

 

De acordo com Carolina, o feedback 360º pode gerar diversos benefícios para as empresas. Confira alguns:  


 

Melhorar no desempenho: se bem utilizado, este tipo de feedback costuma andar de mãos dadas com uma melhoria no desempenho dos profissionais, permitindo identificar pontos que devem ser trabalhados e faz com que as pessoas se sintam ouvidas.


 

Identificar oportunidades de desenvolvimento pessoal: permite que a pessoa descubra áreas de desenvolvimento e crie um plano personalizado para conquistá-las.


 

Reforçar competências básicas: ajuda a promover os valores da empresa.


 

Identificar e prevenir problemas: antecipar o problema para que ele possa ser resolvido ou atenuado previamente.


 

Aprimorar as relações de trabalho: serve para estabelecer contato com outras pessoas da organização e fortalecer o trabalho em equipe.

 

A especialista reforça que, através de análises de desempenho e feedbacks, é possível aumentar o engajamento e o resultado dos colaboradores. "O Feedback 360 é uma ótima ferramenta que, para ser construtiva, deve ser aplicada por profissional habilitado e com experiência em desenvolvimento de pessoas”, indica.

 

 

 

QUARE Organizações

https://quareorg.com


4 fases para a implementação de uma jornada de compra efetiva

Especialista da Gofind explica em detalhes o processo de escolha do cliente

 

Existem vários fatores que influenciam na decisão do shopper, por isso é extremamente importante que profissionais de marketing, trade e vendas entendam a jornada de compra, sobretudo hoje em dia, quando o consumidor moderno é impactado por ações comerciais em diversos canais, on e off-line. 

A jornada de compra é um modelo usado para definir em qual estágio comercial o consumidor está, ou seja, estuda e categoriza seus hábitos de consumo para monitorar o que o cliente deseja comprar. Desta forma, é possível descobrir em qual momento da compra ele se encontra e dedicar esforço e investimento para conduzi-lo de maneira eficiente à conclusão da mesma. 

Ela é fundamental para o setor de vendas de qualquer empresa. Isso acontece devido à quantidade de informações obtidas sobre o comportamento do público-alvo. Estes dados permitem que seja executado um trabalho mais direcionado para a persona ideal e ajuda a empresa a criar um relacionamento positivo com o consumidor, melhorando todos os aspectos da experiência dele. 

Com a implementação da jornada de compra, alguns aspectos podem ser melhorados na estratégia da empresa como: identificar o momento ideal para venda; desenvolver um relacionamento positivo com o cliente; descobrir o público-alvo ideal; identificar os hábitos, interesses e necessidades do consumidor; realizar vendas consultivas; gestão otimizada de carteira e otimização das estratégias de marketing e vendas. 

No entanto, para implementar a jornada de compra de forma efetiva é necessário entender o comportamento do consumidor mais a fundo, analisando e compreendendo esse caminho até se tornar um comprador satisfeito ou, em outras palavras, um shopper. 

A jornada do shopper é um processo dividido em etapas que vai desde a pesquisa do melhor produto até a realização da compra. Para compreender melhor, Cleison Dará, analista de marketing da Gofind, empresa de inteligência de dados que digitaliza o estoque do varejo de forma rápida e fácil, listou as 4 fases essenciais. Confira a seguir:

 

1.   Aprendizado

É o momento que antecede a ida à loja, seja ela física ou virtual, esta fase está ligada a um desejo ou necessidade do público. Neste momento, é importante considerar a realização de ações de marketing para despertar o desejo sobre o seu produto ou serviço, além da utilização de ferramentas de marketing que identifiquem estas necessidades como redes sociais e plataformas de análise de dados.

 

2.          Reconhecimento do problema

Nesta fase, o consumidor precisa perceber que tem um problema, necessidade ou possui oportunidade, ou seja, é nesta fase que a empresa irá revelar para ele um problema que ele tem, mas que ainda não sabia.  

A partir disso, ele começa a pesquisar e estudar mais o problema e ir atrás de soluções para ele.

 

3.          Consideração

Nesta fase, é necessário conhecer bem o perfil do seu público, antecipe possíveis dúvidas e questionamentos, esteja preparado para sanar dúvidas, oferecer soluções e auxiliar o consumidor no processo de decisão. Tenha em mente os seguintes aspectos:

 

·         Quem está comprando é quem irá utilizar o produto?

·         Ambos se comportam da mesma maneira?

·         Qual será a ocasião de uso?

·         Como o shopper decide a compra?

 

4.          Decisão

Aqui, é a fase final da jornada de compra. Neste momento, o shopper já tomou sua decisão e irá efetuar a compra. Significa que ele cumpriu todos os passos da jornada com êxito. 

Por fim, garantir que todas as etapas da jornada sejam bem executadas por profissionais especializados e fazendo uso das tecnologias disponíveis para otimizar suas funções, garante maior controle e previsibilidade dos resultados alcançados. 

Fazer testes constantes e agir rapidamente para melhorar os processos também evita prejuízos e previne os gargalos que possam atrapalhar o sucesso dos negócios. Além disso, se destacar nos mecanismos de busca online ajuda a empresa a se manter relevante para o consumidor e a vender mais no varejo físico. 

Empresas que conseguem entender os desejos e necessidades do seu público, conseguem executar um bom planejamento estratégico focado na otimização dos canais físicos e digitais e melhorar a experiência do consumidor. Além disso, tornam-se mais rentáveis e lucrativas, obtendo maior retorno sobre seus investimentos (ROI).

 Por isso, invista seu tempo, esforço e recursos em implementar processos ágeis, planejamento estratégico, controle e análise dos indicadores de desempenho. Isso fará com que sua empresa alcance a excelência, independente do segmento.

 

Vantagens x Desafios do mercado de beleza em 2022

O mercado de beleza foi um dos setores que sofreu dificuldades e transformações durante o período de pandemia; Pensando nisso, Luiz Ferraz, fundador do centro de beleza, estética e clínica médica DUO+, esclarece o que esperar para o setor no próximo ano

 

Não é novidade que durante o período de pandemia, todos os setores de trabalho sofreram consequências e precisaram se reinventar para sobreviver. Por exemplo, quando falamos do setor de beleza, segundo estimativas da Associação Brasileira de Salões de Beleza (ABSB), mais de 357 mil salões no país já foram à falência desde o início da pandemia. Os salões de beleza estão entre as empresas que mais resistiram e inovaram durante o período de crise sanitária. Para se ter ideia, segundo a 12ª pesquisa de Impacto da Pandemia do Coronavírus nas Micro e Pequenas Empresas, realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), 70% dos espaços de atividades de beleza funcionam hoje com adaptações por conta da pandemia.

 

Para Luiz Ferraz, fundador do centro de beleza, estética e clínica médica DUO+, este ainda foi um ano atípico nos negócios, mas que está melhorando aos poucos. "No início do ano foi complicado, já que ficamos três meses de portas fechadas trabalhando com processo de contingência e atendendo nossos clientes em suas casas, além de termos noventa dias praticamente com um faturamento reduzido e o desempenho caindo. No meio do ano, as coisas começaram a alavancar novamente, mas logo estagnou. No último mês as coisas têm começado a aquecer novamente, aos poucos. O setor da beleza não teve a retomada que outros setores tiveram, como de restaurantes e eventos. No salão de beleza, ainda não senti a alavancada total que outros setores já estão presenciando”, diz. 

 

O que se espera para 2022 é que, com a vida começando a voltar ao normal, as pessoas estarão mais nas ruas e o mercado de beleza conseguirá dar uma alavancada maior. “Eu vejo que, aos poucos, as coisas têm começado a acontecer novamente. Sempre com todos os cuidados necessários, mas sinto que o mercado vai voltar a dar uma guinada. Como perdemos muitos negócios no mercado da beleza, parece que cada vez mais iremos presenciar a união de marcas de salões - se fortificando uma com a outra, realizando um aspecto de gestão compartilhada, pensando sempre em como o setor da beleza foi e continua sendo afetado durante a pandemia”, entende Luiz.

 

O próximo ano será cheio de inovações para o setor da beleza. Pensando nisso, o empreendedor explica sobre as principais vantagens e desvantagens que o mercado da beleza deve encontrar em 2022. Confira:

 

1. Os negócios do setor estarão mais unidos

 

Neste ano, os salões de beleza encontram um movimento de final de ano muito abaixo do que o normal. O próximo ano deve ser um momento de guinada para o setor. “Acredito que, em 2022, o mercado dará uma aquecida. Mas o que vai trazer uma fortaleza para os salões de beleza, são aqueles que estão se unindo uns com os outros. Em termos de consultoria, fusão e muitas coisas, sinto que isso já está virando uma tendência para o mercado brasileiro. Como as marcas de salão estão diminuindo, as que estão ficando irão se unir mais. Até mesmo a concorrência desleal vai começar a diminuir, já que é nesses momentos de luta que aparecem as maiores soluções para o mercado”, acredita Luiz

 

2. O mercado precisa se reinventar para voltar a crescer

 

O que os setores aprenderam durante a pandemia é que um negócio não consegue mais sobreviver sem se reinventar. “Eu não sei se ainda consigo enxergar um crescimento no mercado para o próximo ano, mas consigo ver uma remodelagem dos negócios de salões de beleza. Acho que os próximos anos serão de muita transformação, pois o mercado é o consumidor, e o comportamento deles mudou. Com isso, automaticamente as empresas terão que se modelar e remodelar para poder fazer parte da vida do consumidor. Então, acredito que, no próximo ano, o setor irá sofrer mais um processo de transformação do que de crescimento. Esse crescimento será colhido mais na frente, mas somente para aqueles que estão realmente antenados com a nova tendência que está surgindo”, explica.

 

3. Os profissionais precisam entender o novo comportamento do consumidor

 

O período de pandemia transformou as pessoas, com isso o comportamento dos consumidores também acabou mudando. “Hoje, eu vejo que os clientes buscam uma liberdade maior. Uma liberdade de existência, não querem mais estar tão fixos, por exemplo, tendo que estar todas as semanas dentro de um salão de beleza. Eles estão procurando, cada vez mais, serviços para que possam se cuidar de dentro de casa, com baixa manutenção. Então, para o ano que vem, os profissionais do setor da beleza precisam começar a entender o novo comportamento do cliente. Acho que será um ano em que estaremos mais colhendo informações do que realmente agindo. Após entender essas mudanças que os negócios podem se reinventar e voltar a crescer”, diz. 

 

4. O setor precisa recorrer ao cliente

 

Para Luiz, a melhor forma de se reinventar é recorrer ao seu cliente. Entender os clientes que você já tem hoje na sua base, até mesmo a equipe que você já tem, ajudará a entregar as atividades com um alvo certeiro. “Se hoje nós já temos o entendimento de que o comportamento do cliente mudou, precisamos entender pra que lado, que tipo de serviço ele está buscando, que tipo de corte ele está buscando e qual o tipo de tratamento ele quer. É preciso estudar mais a fundo os consumidores, justamente para que os negócios sejam capazes de se modelar aos seus novos gostos. Acho importante entendermos que reinventar e inovar nada mais é, principalmente, entregar o que o cliente busca”, complementa o empreendedor.

 

5. Estude o seu negócio

 

Para as pessoas que desejam iniciar no mercado da beleza no próximo ano, a principal dica é estudar muito bem a localização do novo negócio e ver todas as parcerias que podem ser feitas para já começar com movimento. “Quando falamos de salão de beleza, é importante trazer cabeleireiros parceiros que façam sentido para a sua marca, não apenas como um número de faturamento, mas aquele que busca os mesmos valores que o seu negócio e que vai te ajudar a somar e crescer. É necessário pensar muito bem na geolocalização que o negócio estará inserido e nas parcerias também. Tudo tem que ser algo que traga benefício para o negócio e na formatação da equipe”, diz. 

 

6. Olhe para o bem-estar do seu cliente


Um modelo de negócios que deve ser aderido pelos donos de salão de beleza nos próximos anos, é a junção entre clínica médica e salão. “Isso é pensar não só no estético do cliente, mas no bem-estar também. Além disso, acaba sendo uma vantagem competitiva de se ter. Uma vez que o cliente não está consumindo com tanta frequência no salão, ele pode estar na clínica médica. Esse é um comportamento que deve receber atenção. Normalmente, o cliente que busca um salão de beleza, também vai buscar e querer ter um cuidado a mais na clínica. Quando entregamos várias soluções para o cliente, ele fica com você. Dessa forma, você entrega diferentes tipos de soluções para o momento ideal do cliente e isso é uma vantagem para se ter dentro de um salão”, conclui Luiz Ferraz.



Prepare seu carro para uma viagem segura

 

É hora de pensar na manutenção do carro para as viagens de fim de ano e férias, agora que a maior parte da população está vacinada e podemos passear, mantendo todas as recomendações de segurança sanitária.


Usando veículo próprio ou alugado, é preciso tomar alguns cuidados para não ficar na estrada. Dê atenção especial para seis itens:


·     Pneus: não podem estar carecas ou com bolhas, não insista! Nessa época de chuvas é imprescindível ter pneus em bom estado.


·     Correias: Dentada e Serpentina devem ter ser trocadas a cada três anos ou 50.000km. Se quebrar na estrada é guincho mais todo o décimo terceiro!


·     Freios: verificar espessura de pastilhas e discos, aproveite e substitua o óleo de freio para não correr o risco de ficar sem freios na descida da serra.


·     Óleo do motor: se o carro tem alto consumo de óleo, melhor não ir para estrada, troque o óleo e filtro de óleo, você não gastará dinheiro, mas investindo na vida longa do seu motor.


·     Água do sistema de arrefecimento do motor: também não pode ter histórico de consumo. Na estrada tudo é mais difícil, resolva os vazamentos antes de sair de casa, mesmo que a distância seja curta. Superaquecimento do motor é outro problema sério que poderá estourar seu cartão.


·     Alinhamento e balanceamento, estes serviços economizam combustível e prolongam a vida dos pneus.


É melhor prevenir para fazer uma boa viagem!

 

 


Denis Marum - engenheiro mecânico e autor do “Curso de Mecânica Básica” e “Mecânica preventiva e manutenção”.


5 alternativas para não se endividar nas compras de fim ano

Foto: Any LanePexels
A chegada do fim de ano aquece o setor econômico com as compras de Natal e do Ano Novo, principalmente com o recebimento do 13º salário, para quem trabalha sob regime CLT. Porém, devido à crise econômica, agravada pela pandemia, há uma oscilação frequente da inflação que reflete no aumento dos preços dos bens de consumo. 

Se você fez mercado nos últimos dois meses, sentirá diferença nos preços dos alimentos da cesta básica. Café em pó, açúcar, óleo de soja... ficaram mais caros. Já o feijão, arroz agulhinha, leite e a carne bovina tiveram preços reduzidos no mês passado, mas continuam inacessíveis para boa parte da população. É o que mostra a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). 

Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), feita em abril, o percentual de famílias endividadas atingiu 67,3% em março - segundo maior patamar dos últimos 11 anos. Um estudo do Banco Central revela que famílias que fazem empréstimos reduzem o poder de compra, nos anos seguintes. Com a oferta de crédito com altos juros, a chance de crises econômicas daqui a um ou dois anos é maior. 

Diante deste cenário, você deve estar se perguntando: “como ficam as compras de fim de ano?”, caso pense em fazer ceias/almoços ou presentear familiares e amigos. A economista Gabriela Chaves, fundadora e CEO da NoFront - Empoderamento Financeiro, dá 5 dicas importantes para não se endividar no fim de ano e poder começar 2022 sem dívidas: 


1.Avalie o seu orçamento
 

O clima de datas comemorativas desperta as compras, muitas vezes, por impulso. É importante avaliar o orçamento de dezembro, priorizando os valores para despesas com alimentação, saúde, transporte, moradia, educação, entre outros. Depois, calcule o saldo final e veja se é possível, conforme a sua realidade, destinar parte para a compra de produtos e serviços para as festas de fim de ano.

 

2. Decida o que é mais importante 

Com parte do orçamento destinada para as compras, faça uma lista dos itens mais importantes a serem adquiridos. Depois, selecione quais precisam ser comprados nesse momento e quais podem ser obtidos em outro momento.


3. Pesquise preços e produtos antes
 

Após a seleção, pesquise e compare os preços dos itens, em pelo menos 3 estabelecimentos - sejam físicos ou digitais. O importante é entender a variação de preços entre as lojas, que podem resultar em uma economia significativa no seu orçamento.


4. Faça compras conjuntas
 

Uma outra estratégia é comprar em conjunto com outras famílias, em atacados. Estes lugares possuem custos e benefícios melhores, se adquiridos separadamente. Para quem quer fazer compras online, esta é uma boa alternativa, pois alguns sites possuem promoções e descontos para produtos acima de valores específicos e até fretes grátis.
 

5. Pense em alternativas 

Durante a pesquisa de preços, observe se vale a pena comprar o item no momento ideal. Caso não possua saldo suficiente para destinar a outras compras de fim de ano e pense em usar o cartão de crédito ou pedir empréstimo, é preciso planejamento e organização financeira. No caso do cartão, restrinja um valor e planeje quitar a fatura do cartão em 2022, sem comprometer o orçamento com despesas essenciais. 

Para empréstimos, faça comparativo das taxas de juros entre as instituições financeiras, antes de assinar o contrato. No site do Banco Central é possível comparar taxas de juros entre as instituições financeiras na guia ‘Estatísticas’, em ‘Taxas de Juros’. Lá, você observa as modalidades de crédito e quais são as taxas. Lembre-se que ao fazer um empréstimo, você antecipa um custo futuro que deverá ser pago com um valor maior.



Gabriela Chaves - economista formada pela PUC-SP e mestra em Economia Política Mundial pela Universidade Federal do ABC. É fundadora e diretora executiva da NoFront - Empoderamento Financeiro. Antes de iniciar sua jornada com a plataforma, trabalhou na Bolsa de Valores como analista de produtos. É pesquisadora do NEPAFRO - Núcleo de Estudos Afro-Americanos, nas áreas de gênero, raça e trabalho. Em 2020, lançou o livro “Economia do Setor Público”, pela Editora Senac São Paulo.

 

Tecnologia aplicada à saúde segue avançando em 2022

 


A saúde nunca ficou tão em evidência quanto nos últimos dois anos. O período pandêmico enfrentado, promoveu uma série de avanços em pesquisas e desenvolvimento em prol do setor, que passou por um enorme processo de digitalização, tanto em áreas voltadas para o atendimento do paciente quanto na indústria em si. Operações burocráticas e rotineiras, como registro do prontuário do paciente ou controle de custos de procedimentos médicos, passaram a ser feitas online em sistemas especializados. 

E as previsões futuras seguem neste mesmo sentido: um estudo da IDC aponta que, até 2022, serão investidos US1,931 milhões -- o equivalente a R10 bilhões -- no setor de saúde apenas na América Latina, reforçando a evolução tecnológica que é realidade no segmento e deve seguir com ainda mais força. 

Neste cenário de transformação digital, diversas tecnologias foram implementadas, e um dos grandes destaques foi a adoção dos teleatendimentos. O TeleSUS, por exemplo, foi lançado em abril de 2020 e em junho do mesmo ano já havia registrado 73,3 milhões de atendimentos, considerando quaisquer comunicações e serviços prestados pelo aplicativo, ligação telefônica ou chatbot para dúvidas. 

Com base nas minhas pesquisas e experiência no segmento da saúde, listo abaixo quatro temáticas voltadas ao uso de tecnologia na saúde que devem ser pauta em 2022.

 

Cibersegurança e LGPD 

Os dados estão presentes em todos os lugares e setores da economia, na saúde isso não é diferente. Fichas cadastrais e prontuários carregam uma série de informações pessoais importantes, sensíveis e até confidenciais que podem chamar a atenção de cibercriminosos. 

Um relatório elaborado pela Check Point Software Technologies registrou o crescimento de 40% em ciberataques semanais em todo o mundo em 2021. No Brasil, a média é de 967 ataques por semana, 62% a mais que o registrado em 2020, sendo que entre os principais alvos estão empresas de saúde, seguradoras, varejo e telecom. Diante desse cenário, é imprescindível que as instituições de saúde voltem os olhos para investimentos em soluções de cibersegurança. 

Outro ponto importante referente à segurança de dados é a regularização dos padrões e processos do setor à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que já está em vigor. Entre as principais diretrizes da legislação que impactam a saúde destaco: o consentimento da coleta dos dados, que no meio digital implica também na confidencialidade entre médico e paciente; e a proteção dos dados por terceiros, que fica ainda mais complexa uma vez que há uma série de agentes intermediários (hospital, clínica, laboratório, operadoras de saúde e mais). 

Hoje já há no mercado sistemas que estão de acordo com as regulamentações da LGPD, assim como as demais diretrizes e parâmetros dos órgãos da Saúde. Há soluções, por exemplo, que garantem a anonimização de dados sensíveis, assim como utilizam de criptografia e níveis de acesso, a fim de garantir a proteção dos dados.

 

Inteligência Artificial 

Com o alto volume de dados envolvidos e transacionados nos atendimentos médicos, o uso de ferramentas que utilizam Inteligência Artificial (IA) se torna muito uma ferramenta importante para a produtividade. A IA permite a análise de dados de forma rápida e segura, uma vez que sua atuação é baseada em eventos passados e repetidos. 

Dessa forma, podemos observar a adoção de soluções de IA para processos de pré e pós-auditoria de dados ou controle de custos hospitalares ou ainda para chatbots voltados ao esclarecimento de dúvidas e o início do atendimento, por exemplo. Outro uso mais sensível é a aplicação de Inteligência Artificial para a previsão de eventos, que na saúde pode fazer a análise de prontuários e monitoramento de pacientes, indicando possíveis doenças não-diagnosticadas ou eventos futuros. 

O uso de IA na saúde é tão relevante que, em junho deste ano, a Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou um relatório com as diretrizes sobre a “ética no uso de inteligência artificial na saúde”. O material levou 18 meses para ser produzido e contou com a participação e debate de especialistas de diversas áreas, a fim de respeitar os limites dos direitos humanos.

 

Cloud computing 

Outra forte tendência para o nosso setor é o uso de sistemas e soluções em nuvem. Segundo o relatório Healthcare Cloud Computing Market -- Global Forecast to 2024, o mercado global de computação em nuvem para saúde chegará a US51,9 bilhões até 2024. 

A computação em nuvem permite a contratação de infraestrutura como serviço (IaaS), fazendo com que as empresas do setor consigam investir em sistemas avançados e que não requerem infraestrutura física nem especialização técnica para manuseio, uma vez que o suporte muitas vezes é realizado pelo próprio fornecedor. 

Por fim, o cloud computing também é uma importante ferramenta para o armazenamento de informações de forma segura, contribuindo também para a proteção e regularização perante a LGPD.

 

Dados para melhorar a jornada do paciente 

A disponibilidade e análise estruturada dos dados certamente também pode ser usada para melhorar a experiência do paciente em sua jornada. Uma vez que há uma série de intermediários no atendimento e a coleta de diferentes informações a cada etapa, a integração entre as instituições de saúde pode contribuir para um atendimento especial e mais humanizado. Além disso, a integração também colabora para uma operação mais ágil e produtiva, fazendo com que todos os profissionais, e principalmente o médico, tenha acesso a todos os dados do paciente e rapidamente consiga fazer diagnósticos. 

Com base no que vivemos nos últimos dois anos, é inquestionável o quanto o setor de saúde se desenvolveu, a passos largos, com o apoio da tecnologia. Nesse sentido, em 2022 acompanharemos ainda mais evoluções, adaptações e inovações que contribuam para que todo o ecossistema -- pacientes, profissionais, instituições e operadoras de saúde -- tenha ganhos expressivos em produtividade e seja ainda mais beneficiado pela implementação desses recursos.
 

 


Rogério Pires - diretor de Healthcare da TOTVS


Natal e Ano Novo de brasileiros nos EUA com vacina e variante

Filas e Covid: saiba o que o viajante deve esperar do primeiro Natal e Ano Novo nos EUA após reabertura das fronteiras e as medidas do Governo Americano para manter o controle da pandemia mesmo com o surgimento da Ômicron.


 

Diferentemente de 2020, quando a entrada de turistas estrangeiros nos Estados Unidos era bastante dificultada e por vezes impossível, em 2021 o país norte-americano abriu suas fronteiras para que visitantes estrangeiros passassem as festas de fim de ano em seu território, mesmo diante do surgimento da nova variante Ômicron do coronavírus.

 

Segundo o advogado especialista em imigração e fundador da AG Immigration, Felipe Alexandre, a abertura deve levar milhares de brasileiros a passarem o Natal e o Ano Novo no país. “Vamos ter um tsunami de brasileiros. É a palavra perfeita para descrever. Há uma vontade reprimida de viajar, as pessoas estão ansiosas para vir para cá nessa época de fim de ano, sobretudo agora que elas podem entrar nos EUA sem fazer quarentena”, explica.

 

Destinos mais buscados

Cidades como Miami, Orlando, San Diego, Los Angeles, Las Vegas, Chicago e Nova York costumam ser destinos turísticos bastante populares entre os brasileiros que vão a passeio para os Estados Unidos e também entre aqueles que moram no país.

Dados do Ministério das Relações Exteriores indicam quem Nova York, Miami, Boston e Los Angeles concentram as quatro maiores comunidades de brasileiros residentes na América.

 

Como viajar

Depois de 20 meses fechados para turistas, os Estados Unidos permitiram, em 8 de novembro de 2021, a entrada de viajantes estrangeiros totalmente vacinados.

 

Para isso, segundo as regras vigentes atualmente, é necessário apresentar comprovante de vacinação (como o oferecido pelo aplicativo Conecte SUS, do Ministério da Saúde) para doses completas de vacinas aprovadas pelos EUA, o que inclui todas os imunizantes aplicados no Brasil.

 

Também é obrigatória a apresentação de um teste antígeno ou PCR negativo para Covid-19 realizado um dia antes do embarque. Menores de 18 anos não precisam comprovar imunização, mas a exigência do teste permanece.

 

As autoridades ainda exigem o uso de máscara em todos os tipos de transporte, com multas que parte de 500 dólares para quem descumprir a regra.

 

Aeroportos lotados

A semana que antecedeu o Dia de Ação de Graças, celebrado nesta quinta-feira (25) nos Estados Unidos, foi a mais movimentada para os aeroportos desde o início da pandemia. Segundo a Administração de Segurança de Transporte (TSA, na sigla em inglês), mais de 2 milhões de pessoas passaram pelos aeroportos do país durante sete dias consecutivos até a data festiva.

 

Para os últimos dias de dezembro, a expectativa é a mesma. “Para muitas pessoas, filas e multidões são um verdadeiro pesadelo. Então, caso tenha planos para ir aos Estados Unidos neste final de ano, o turista precisa se preparar e ter paciência”, antecipa o advogado da AG Immigration.


 

 

Felipe Alexandre - advogado americano/brasileiro de imigração e fundador da AG Immigration. Foi considerado quatro vezes pelo American Institute of Legal Counsel como um dos 10 melhores advogados de imigração de Nova York e referência sobre vistos e green cards. Nascido no Brasil, mudou-se para os Estados Unidos ainda criança. Vindo de uma família de imigrantes, tem dedicado sua carreira à comunidade estrangeira que busca viver legalmente no país.


Inovação na saúde e melhoria de experiência do paciente: qual o próximo passo?

 

Não é novidade que a tecnologia tem mudado a forma como vivemos. Tem sido assim nos mais diferentes setores, desde os serviços e produtos mais cotidianos que consumimos, até mesmo aqueles complexos processos industriais e de logística que sequer sabemos que existem. Hoje, é praticamente impensável ou, pelo menos, raro quem ainda pague suas contas em dinheiro vivo ou com um talão de cheques que busque no fundo da bolsa. 

Muitas vezes, nem percebemos, mas a inovação corre a passos largos em vários setores. Aliás, inovar não é um bicho de sete cabeças. Às vezes, é um ajuste simples que gera uma nova forma de pensar e agir, mas que muda completamente a vida das pessoas. E isso é motivador. Nem todos sabem, mas foi isso que me fez abandonar uma carreira de quase 15 anos em multinacionais para empreender. Porque, de fato, é inspirador poder empreender para melhorar a qualidade de vida das pessoas. 

Fato é que todo o setor de saúde foi se movimentando, mas, por ser exaustivamente regulado, a inovação não foi tão rápida por aqui, como na mobilidade e na logística, por exemplo. Até nas finanças, outra área com um arsenal de normas, a atuação da tecnologia tem sido mais veloz. Um exemplo disso é o movimento de open finance, do qual o tão falado pix é apenas uma pequena parte. 

A pandemia da Covid-19 trouxe aos países e sistemas de saúde um desafio imenso que abriu ainda mais espaço para a inovação e para a tecnologia, por pura necessidade. Um processo de anos precisou ser acelerado para alguns meses. Com os avanços e regulamentações para a telemedicina, em março de 2020, avolumaram-se os aplicativos, softwares e plataformas que ampliaram o acesso aos serviços de saúde, em tempos de tantas restrições, e que buscaram manter a qualidade a experiência do paciente. De 2018 para 2020, o Brasil viu mais do que dobrar o número de healthtechs em operação, segundo dados do Distrito. Esse movimento foi e é muito oportuno para todo o setor e, principalmente, para os pacientes. Além do que, com as perspectivas da implantação do 5G, isso, definitivamente, é só o começo. 

Da febre dos sites de consulta médica do início da década de 2010, hoje, vemos uma série de serviços tecnológicos que, de fato, tem feito a diferença na qualidade de vida das pessoas. Plataformas de telemedicina, tecnologias para receita médica digital, wearables, robôs, aplicativos, sistemas de suporte à decisão médica (Clinical Decision Support Systems) e outros softwares têm atuado de forma cirúrgica em gargalos tradicionais da saúde pública, como na melhoria da adesão do paciente ao tratamento, nas facilidades de acesso ao diagnóstico e ao tratamento, na disponibilização de dados e informações, além de vários outros aspectos que permitem um melhor cuidado aos pacientes e uma melhor gestão dos serviços públicos e privados e de todo o sistema de saúde. 

Aliás, buscar a excelência na experiência do paciente tem sido, ultimamente, uma das principais preocupações dos gestores dos hospitais e clínicas brasileiras. O tema já foi anunciado, há algum tempo, pelos princípios do conceito americano Value-Based Healthcare (VBHC) que, em uma tradução livre, significaria algo como "cuidado de saúde baseado em valor". Em resumo, significa que o foco de toda a cadeia passa a ser a jornada do paciente, criando "valor", buscando o melhor resultado para ele (desfecho clínico, melhor qualidade e experiência), remunerando de forma justa os serviços de saúde e permitindo a sustentabilidade do setor. 

Essa procura vem, principalmente, da decadência do modelo de fee for service, até então o mais tradicional de remuneração em saúde no Brasil, que é um dos principais responsáveis pelas dificuldades de sustentabilidade financeira enfrentadas pelo setor, assim como pelos pacientes com aumento, muitas vezes impagável, dos valores de planos de saúde. Tanto pelos altos níveis da inflação da saúde, como pelo cenário econômico agravado pela pandemia, muitas famílias têm abandonado os planos de saúde e recorrido ao sistema público, sobrecarregando ainda mais o SUS que, apesar de um reconhecimento até mesmo internacional de sua relevância, também apresenta limites de atendimento e dificuldades a serem superadas. 

Parte da resposta para um cenário complexo como este está nas inovações trazidas pelas healthtechs, principalmente aquelas que contribuem com a atenção primária. Esses novos serviços reforçam o pensamento que há anos vem sendo debatido por atores do setor: o de prevenção e promoção da saúde. Essa capacidade de resposta advém não apenas do escopo e do serviço que prestam, mas também pelo alto potencial de atuar e permitir gerir com bases em dados, com análises preditivas de riscos individuais e gestão populacional. 

Os exemplos são muitos: plataformas digitais de gerenciamento de pacientes com doenças crônicas, tecnologias a distância de acompanhamento diagnóstico e psicológico, e até mesmo monitoramento de adesão de tratamento. A própria telemedicina é vista como uma das principais ferramentas capazes de levar agilidade no acesso aos serviços de saúde, contribuindo para que uma menor parte da população demande tratamentos mais complexos, que, consequentemente, são mais caros. 

Mas uma ou poucas andorinhas, sozinhas, não fazem verão. Tais iniciativas e soluções ainda carecem de incentivos de acesso e adoção mais efetivos e estruturados, assim como de regulações e políticas públicas de saúde digital que contribuam para favorecer este movimento do setor.


 

Cesar Giannotti - sócio e diretor de operações da Nexodata, healthtech de receitas médicas digitais. É formado em Administração e Comércio Exterior e conta com mais de 16 anos de experiência em multinacionais, inclusive na Philips, onde liderou negócios e projetos relacionados à tecnologia e cuidados de saúde.


Raio-X da mensalidade escolar

 Para onde vai o valor pago pelas famílias para garantir uma Educação de qualidade para as crianças e adolescentes?

 

Professores, água, luz, internet, limpeza, manutenção, aluguel, telefone. Os custos para se manter uma escola funcionando são diversos, complexos e podem variar de uma instituição para outra. No entanto, observando algumas margens, é possível entender melhor de que forma a escola que você paga para seu filho está empregando o dinheiro da mensalidade.

Avaliar se uma escola é adequada, do ponto de vista financeiro, pode ser um pouco mais complexo. Para o coordenador pedagógico da Conquista Solução Educacional, Fernando Vargas, essa é uma análise que passa pela compreensão dos gastos que a instituição de ensino precisa ter para manter sua estrutura física e humana. “Quando se fala em ensino, não é só a quantidade que importa, mas principalmente a qualidade. Alguns professores são mais caros que outros e isso está muito relacionado ao que eles entregam em sala de aula”, afirma.

De acordo com o vice-presidente do Instituto Casagrande, especializado em gestão educacional, Ronaldo Casagrande, “desde que os pais possam pagar por ela, uma escola nunca é cara. Ela só se torna cara se você achar que o benefício que está sendo recebido não está de acordo com o que está sendo pago”. O especialista explica que, sendo a Educação o principal investimento que uma família pode fazer nas crianças e adolescentes, ele precisa ser encarado sob o ponto de vista das vantagens que traz. Por isso, é tão importante acompanhar o desenvolvimento dos estudantes no dia a dia. Só assim será possível compreender se a escola em que eles estudam está ou não entregando o “prometido”, ou seja, se o investimento que está sendo feito pela família na formação do filho está condizente com a entrega esperada.


Tabela básica

Embora sejam subjetivos em certo nível, a maior parte dos custos envolvidos na gestão de uma escola pode - e deve - respeitar a uma tabela geral. Afinal, como lembra Casagrande, a área financeira é uma das mais relevantes para garantir que as instituições sejam sustentáveis no longo prazo.  

Ele detalha que, em escolas relativamente bem administradas, os custos com pessoal não devem ultrapassar a metade do valor da receita. “Algumas passam um pouco disso, mas o ideal é não passar dos 55% do faturamento", alerta. Segundo Casagrande, desse valor devem ser para o corpo docente e o outro , para a equipe administrativa. Portanto, do ponto de vista dos pais, é fundamental entender que metade do que está sendo pago tem como destino a folha de pagamento da escola.

Por sua vez, o aluguel, quando existe, não pode levar mais que 8% da receita. Isso falando de forma geral. Casagrande destaca que, dependendo do nível de atuação da escola (educação infantil, ensino fundamental, ensino médio), do seu posicionamento (escola premium ou escola de conveniência), e da sua personalidade jurídica (filantrópica ou com fins lucrativos), esses percentuais podem variar. Ele também ressalta que os demais custos da escola (marketing, água, luz, internet, materiais diversos, entre outros) devem ser monitorados constantemente. “Primeiramente, a escola deve ter mecanismos de apuração de seus custos. Em segundo lugar, deve buscar parâmetros de mercado para entender o que é razoável gastar em cada categoria, estabelecendo limites de gastos. Em terceiro, é preciso que ela aja constantemente de forma a fazer com que esses custos não extrapolem as referências estabelecidas”. No entanto, ele pontua que o maior controle deve se dar na folha de pagamento. Ela é normalmente a vilã que leva as instituições a terem problemas em suas finanças. Essas são as duas maiores fatias de custo: pessoal e aluguel. Os demais, como marketing, água, luz, internet, entre outros, também precisam ser constantemente revistos, mas não chegam a ser determinantes para o valor da mensalidade.


O mito da quantidade x qualidade

A Educação é uma missão e, por isso, muitas pessoas se esquecem de que escolas também são empresas. E, como qualquer empresa, elas precisam entregar bons resultados para seus alunos, mas, também, gerar lucro. É preciso compreender que quantidade e qualidade podem, sim, andar juntas. Os cursinhos preparatórios, por exemplo, costumam ter centenas de estudantes na mesma sala de aula e, ainda assim, ensinar com qualidade. Isso acontece porque as equipes de professores são muito bem preparadas, constantemente treinadas e, principalmente, porque os alunos compreendem que estão ali para aprender.

Na Educação Básica, esse processo é mais difícil porque as crianças e adolescentes ainda não têm esse comprometimento. Uma forma de gerar essa consciência é aproximar os pais da rotina de estudos e permitir que eles participem ativamente da vida escolar dos filhos.

Nesse sentido, nem sempre uma turma com menos alunos será melhor para a aprendizagem. Além disso, do ponto de vista da escola, turmas muito reduzidas podem representar perdas financeiras. “O grande segredo de uma escola bem administrada é otimizar o número de alunos em cada turma. Às vezes, vale mais a pena ter menos alunos, no total, em turmas bem otimizadas, que mais alunos, só que em turmas menores”, diz Casagrande. 


Compare maçãs com maçãs

É claro que, quando se está escolhendo uma escola, o valor da mensalidade precisa ser levado em consideração. Mas ele só deve ser comparado entre escolas que oferecem benefícios parecidos. Para isso, vale observar a estrutura física - a escola tem pátios externos, piscina, parquinho, salas específicas para aulas especiais, como dança, por exemplo? - e também as vantagens subjetivas - quem são os professores, qual o método de ensino empregado, há serviços extra-classe, como acompanhamento psicológico? Outro fator a ser levado em conta é a região em que ela se encontra. Os preços entre diferentes regiões do país, cidades e até mesmo bairros podem variar muito e só são comparáveis a outras escolas do mesmo local. Como pontua Vargas, “o valor de uma escola não está na mensalidade cobrada por ela, mas no quanto ela contribui para que nossos filhos se desenvolvam enquanto estudantes e cidadãos”.

 

 

Conquista Solução Educacional

 

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