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sábado, 11 de dezembro de 2021

Cinco dicas para ser e viver a sua melhor versão


Ano novo, vida nova. Esse costuma ser o lema de fim de ano de muitas pessoas. Nessa época, fazemos grandes planos, promessas e renovamos nossas esperanças para um ano melhor. De fato, o calendário é um excelente incentivador para nos motivarmos. Entretanto, mudar de ano, por si só, não muda a vida de ninguém. Para que algo aconteça é preciso agir.


A boa notícia é que para colocar em prática a ideia de ser e viver a sua melhor versão não é preciso fazer uma grande repaginação de si mesmo. É necessário, apenas, reforçar comportamentos e atitudes positivas. Veja cinco dicas para ser e viver sua melhor versão a partir de hoje.

1 - Evite comparações
Quando você se compara, você deixa de olhar para fatores que não são óbvios. Afinal, cada um vive uma realidade distinta. Portanto, isso não é justo
com você e nem com o outro. Concentre-se, apenas, em você e acredite no seu potencial.

2- Exercite a sua gratidão

Agradeça tudo aquilo que já aconteceu na sua vida até este momento: até mesmo as dores e dificuldades que te fizeram evoluir e se tornar o ser humano que você é hoje.

3- Assuma a responsabilidade

Nós somos os únicos responsáveis pelo o que acontece na nossa vida, seja para o bem ou para o mal. Então, saia da sua zona de conforto e comece a agir em direção aos seus objetivos. Você pode até começar devagar. Mas, aja. Todos os dias, faça algo que te deixe mais perto de realizar o seu sonho.

4- Busque soluções

Para tudo que acontece, você pode reclamar, aceitar ou buscar uma solução. Então, ao invés de reclamar, experimente realizar trocas. Troque promessas por ações, amizades tóxicas pelas boas, comida ruim por saudável, uma hora de procrastinação por uma hora de exercícios físicos e 45 minutos de celular por 45 minutos de leitura.

Nossos erros ensinam muito mais que os acertos. Quando percebemos e aceitamos essa realidade, passamos a tentar entender o motivo pelo qual falhamos e isso nos faz evoluir. Por isso, persista, siga em frente, com atitude e coragem sempre!

Você está pronto para viver a sua melhor versão? Como eu sempre digo, se você tiver que começar alguma coisa, comece hoje. Não permita que o passado atrapalhe os seus pensamentos. Afinal, o que mais importa é viver o agora.



Clemilda Thomé - foi uma das primeiras empresárias no Brasil a se tornar bilionária ao vender sua empresa NEODENT para uma multinacional suíça. Hoje, é uma das mulheres de negócio mais influentes do país.


Boas conversas difíceis

 Conversas difíceis são difíceis, mas não são ruins.


São difíceis porque, de alguma forma, tocam em algum tema delicado para pelo menos uma das partes envolvidas, podendo funcionar como um gatilho emocional que limita as possibilidades de um resultado positivo.

E não são ruins porque, se são difíceis, são necessárias.

Uma das coisas que aprendi, trabalhando por 23 anos no mundo corporativo e mediando inúmeras conversas difíceis, é que, seja qual for o conflito, sempre existem várias verdades em jogo, e cada lado defende a sua.

Cada lado tem a sua razão, a sua dor, o seu objetivo, e, por esse motivo, impregnados de emoção, acabam abrindo pouco espaço para discussão e busca de uma solução conjunta.

Mas como trabalhar esse cenário?

O que podemos fazer para ter boas conversas difíceis?

Reuni, aqui, alguns pontos que podem te ajudar nessa missão:

 

  1. PROMOVA MAIS CONVERSAS DIFÍCEIS: as conversas difíceis são um mal necessário – existem para solucionar ou aliviar problemas e conflitos e, por esse motivo, não devem ser evitadas, mas sim, conduzidas da forma mais consciente, cuidadosa e saudável possível;

 

  1. INVESTIGUE O QUE TORNA A CONVERSA DIFÍCIL: se você tem evitado o tema, ou fica nervoso só de pensar na conversa, então o assunto deve tocar em alguma parte sua que precisa de atenção. Saber o que faz dessa conversa algo difícil é fundamental para que você atue na causa, preveja possíveis reações e se prepare melhor para o momento;

 

  1. AVALIE, COM EMPATIA, O SEU INTERLOCUTOR: agora é hora de se colocar no lugar do outro. O que torna a conversa difícil para ele? Quais são os objetivos, sentimentos, medos e possíveis reações que essa pessoa pode ter? Existe algo que você possa fazer para amenizar os ânimos e deixar a situação mais produtiva? Não se esqueça que ele também tem a verdade dele!

 

  1. LIVRE-SE DE SUA ARMADURA: geralmente, por sabermos que a situação será mais delicada, já nos armamos de forma a nos sentirmos mais fortes para o momento. O grande ponto é que, armaduras tendem a ser pouco flexíveis e, se você chegar dessa forma para uma conversa difícil, o desafio tende a aumentar;

 

  1. FALE SOBRE O NÃO DITO: muitas vezes, só de falar, para o outro lado, o quanto você sabe que a situação é delicada, assumir que a conversa também não é simples pra você, e dizer que você se preparou e fará de tudo para atingir um bom resultado para ambos, já ajudará – e muito – a estabelecer um outro nível de conexão.

 

Agora pare um pouquinho e pense quantos problemas você deixou de resolver e quantas insatisfações você já “engoliu”, simplesmente para evitar uma conversa difícil.

Não se esqueça de que aquilo que não é tratado não se cura sozinho, podendo infeccionar e deixar o problema ainda maior.

Saia do piloto automático, respire fundo, se prepare da melhor forma e busque soluções, sempre!

  


MÔNICA CAMARGO TRACANELLA - Psicóloga especialista em desenvolvimento humano, atuou por mais de 20 anos na área de Recursos Humanos de conceituadas empresas, como Grupo Pão de Açúcar, Pepsico e Sul América Seguros. Possui sólida experiência com desenvolvimento de lideranças, desenvolvimento de herdeiros e governança familiar, tendo atuado por mais de 4 anos como Head de Desenvolvimento e Formação no Family Office da Itaúsa. Estrategista em Branding e Carreira, em 2018 deixou o mercado corporativo e decidiu empreender, mantendo-se em sua área de atuação. Atualmente está à frente da Brand4U, uma empresa de Personal Branding e Planejamento de Carreira, voltada para o desenvolvimento de profissionais de todas as áreas.


A solidão pandêmica foi uma experiência positiva para muitos

O tempo gasto sozinho durante a pandemia, levou a efeitos positivos no bem-estar em todas as idades, descobriu nova pesquisa.

O estudo com mais de 2.000 adolescentes e idosos, publicado na Frontiers in Psychology, descobriu que a maioria das pessoas experimentou benefícios da solidão durante os primeiros dias da pandemia global de covid-19.

Todas as faixas etárias experimentaram efeitos positivos e negativos de estarem sozinhos. No entanto, os pesquisadores descobriram que as descrições da solidão incluíam mais efeitos positivos do que negativos. Em média, as pontuações de bem-estar quando os participantes estavam sozinhos eram de 5 em 7 em todas as idades, incluindo adolescentes de 13 a 16 anos.

Alguns participantes do estudo falaram sobre piora do humor ou bem-estar, mas a maioria descreveu suas experiências de solidão em termos de sentimento, competência e sensação de autonomia. 43% de todos os entrevistados mencionaram que a solidão envolvia atividades e experiências de competência - tempo gasto na construção de habilidades e atividades, e isso era consistente em todas as idades. Enquanto isso, a autonomia - auto conexão e confiança em si mesmo - era uma característica importante, especialmente para os adultos, que a mencionavam duas vezes mais do que os participantes adolescentes.

Adultos em idade produtiva registraram as experiências mais negativas, com mais participantes mencionando perturbações no bem-estar (35,6% vs 29,4% em adolescentes e 23,7% em adultos mais velhos) e humor negativo (44% vs 27,8% em adolescentes e 24,5% em adultos mais velhos). As experiências de alienação, ou o custo de não interagir com os amigos, foram duas vezes mais frequentes entre os adolescentes (cerca de um em sete, ou 14,8%) do que entre os adultos (7%) e os idosos mencionaram com menor frequência (2,3%).

"Nosso artigo mostra que os aspectos da solidão, uma forma positiva de descrever estar sozinho, são reconhecidos em todas as idades como proporcionando benefícios para o nosso bem-estar. Conduzimos a pesquisa no verão de 2020, que coincidiu com o fim do primeiro lockdown nacional no Reino Unido. Sabemos que muitas pessoas se reconectaram com hobbies e interesses ou valorizaram cada vez mais a natureza em caminhadas e passeios de bicicleta naquela época, e esses elementos do que descrevemos como 'motivação autodeterminada', em que escolhemos passar um tempo sozinhos para nós mesmos, é aparentemente um aspecto crítico do bem-estar positivo", disse a Dra. Netta Weinstein, professora associada de Psicologia da Universidade de Reading e principal autora do artigo

"Ver adultos em idade ativa experimentando uma perturbação do bem-estar e humor negativo pode, de fato, estar relacionado à pandemia, reduzindo nossa capacidade de encontrar solidão pacífica. Como todos nós nos ajustamos a um 'novo normal', muitos adultos que trabalham descobriram os momentos usuais de estar sozinho, seja em seu trajeto ou durante uma pausa no trabalho, onde interrompido", adicionou ela.

Os resultados vêm de uma série de entrevistas aprofundadas nas quais participantes do Reino Unido responderam a perguntas abertas sobre suas experiências de solidão. A equipe de pesquisadores codificou as respostas para encontrar experiências compartilhadas e mediu dados quantitativos sobre dois aspectos do bem-estar associados à solidão, a motivação autodeterminada (a escolha de passar um tempo sozinho) e o humor pacífico.

 


Rubens de Fraga Júnior - professor titular da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná. Médico especialista em geriatria e gerontologia pela SBGG.

 

Fonte: Netta Weinstein et al, What Time Alone Offers: Narratives of Solitude From Adolescence to Older Adulthood, Frontiers in Psychology (2021). DOI: 10.3389/fpsyg.2021.714518

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

A sensação de sol cada vez mais forte é verdadeira e traz preocupação na prevenção do câncer de pele


Freepik

Dezembro Laranja alerta para importância dos cuidados com a proteção permanente da pele ao longo de todo o ano, mas especialmente nesta época

 

A sensação é do que chamamos de um “sol cada vez mais forte” por conta do enfraquecimento da proteção da camada de ozônio. É uma realidade que, a cada ano, fica evidente especialmente nesta época do ano. Neste contexto é que fica o alerta da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS, que atua na campanha Dezembro Laranja, organizada em todo o país.

“A camada de ozônio tem uma falha, no hemisfério sul, cuja abrangência varia de acordo com os regimes de ventos e estações do ano. Nos anos 80 e 90, este vazio na camada de proteção vinha progressivamente aumentando devido a componentes como o CFC (clorofluorcarbono) e o metano. Nos últimos anos, porém, com a assinatura de acordos entre os países, proibindo o CFC, esta falha da camada está sendo lentamente reduzida, diminuindo assim a chegada desta radiação mais intensa na nossa atmosfera. Porém não é possível relaxar. Estimamos que, nos próximos anos, esta progressiva regeneração poupe milhões de pessoas de sofrerem com esta tão grave e sofrida doença”, explica o dermatologista membro da SBD-RS e coordenador da Campanha Dezembro Laranja no RS, Fabiano Siviero Pacheco.

O câncer da pele é considerado o mais prevalente na população brasileira, tanto entre os homens quanto entre as mulheres. Dados oficiais estimam que no ano de 2020 foram diagnosticados 190 mil pacientes com tal doença, com aproximadamente 4.500 mortes neste mesmo período. Os mais frequentes são os carcinomas de pele, menos agressivos. Por outro lado, o melanoma, com menos casos, pode ser grave, sendo responsável pela maior parte das mortes pela doença.

 

Marcelo Matusiak

 

Surdez pode ocorrer em apenas um dos ouvidos, alerta Hospital Paulista

Shutterstock
Lado em que ocorre a perda auditiva também pode influenciar na gravidade da situação do paciente

 

Entre as várias confusões que são feitas por pacientes e seus familiares é de que a surdez sempre atinge os dois ouvidos. De acordo com o otorrinolaringologista José Ricardo Gurgel Testa, do Hospital Paulista, algumas doenças geram predominantemente a surdez em apenas um dos ouvidos.

"São quatro cenários principais que podem envolver a surdez em apenas um dos ouvidos. Pode ser através de (i) uma infecção viral como a otite; (ii) de uma lesão vascular da cóclea, hemorragia ou infarto; (iii) devido a trauma; (iv) ou até mesmo por conta de tumores do nervo auditivo", explica o especialista.

Ainda segundo o médico, engana-se também quem pensa que a surdez em um dos ouvidos gera apenas um desconforto. Nessa situação, o paciente já apresentará dificuldade de comunicação, pois perderá capacidade de localização da fonte sonora, ainda que escute perfeitamente com o outro ouvido.

Até mesmo o lado em que ocorre a surdez influenciará nas dificuldades vividas pelo indivíduo. Conforme explica o médico, as pessoas podem ter dominância cerebral do lado esquerdo ou do lado direito. A maioria tem dominância cerebral e cognitiva na parte direita do cérebro.

"Se essa pessoa tiver, portanto, perda auditiva do lado direito, seu raciocínio será mais comprometido principalmente quando precisar usar a audição em locais ruidosos, pois sua dominância cerebral também está daquele lado", completa.


Adaptação

Se a perda auditiva em dos ouvidos não é total, o paciente poderá corrigir o problema de forma simples, com um aparelho auditivo. No entanto, em casos de perdas totais ou mais severas, a idade da pessoa será preponderante para o sucesso do tratamento. Quanto mais velho, maiores serão as dificuldades para a recuperação.

"Em relação à adaptação, mesmo se não houver tratamento adequado, o paciente que desenvolveu surdez em um ouvido durante a infância ou adolescência acaba registrando certa adaptação no cérebro para conviver com a dificuldade. No idoso, essa adaptação é muito mais difícil", afirma.


Sintomas

E como perceber que a surdez ocorre em somente um dos ouvidos antes de consultar um médico? De acordo com o otorrinolaringologista, é essencial que familiares e pessoas próximas observem a queixa do paciente, especialmente se for alguém idoso que, naturalmente, terá mais dificuldades para expor com clareza suas dificuldades.

"O paciente irá relatar pressão e zumbido em apenas um dos ouvidos, como se estivesse obstruído. Pode haver uma confusão da própria pessoa também em relação à gravidade do problema. Ou ele entende que a perda auditiva é grande, quando não é. Ou entende que a perda é leve, quando na verdade é mais severa", explica o médico.

Segundo ele, somente com o exame auditivo será possível avaliar o grau da perda, realizar o diagnóstico correto e proceder ao tratamento mais adequado.



Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Ouvir música favorita melhora a plasticidade cerebral e o desempenho cognitivo de pacientes com Alzheimer

Pesquisadores da University of Toronto e Unity Health Toronto demonstraram que ouvir músicas pessoalmente significativas induz plasticidade cerebral benéfica em pacientes com deficiência cognitiva leve ou doença de Alzheimer precoce.

Mudanças nas vias neurais do cérebro se correlacionaram com o aumento do desempenho da memória em testes neuropsicológicos, apoiando o potencial clínico de intervenções personalizadas baseadas em música para pessoas com demência.

O estudo multimodal de referência foi publicado hoje no Journal of Alzheimer's Disease.

"Temos novas evidências baseadas no cérebro de que a música autobiográfica - ou seja, música que tem um significado especial para uma pessoa, como a música que dançaram no casamento - estimula a conectividade neural de maneiras que ajudam a manter níveis mais elevados de funcionamento", diz o Dr. Michael Thaut, autor sênior do estudo, diretor do Music and Health Science Research Collaboratory, Tier One Canada Research Chair in Music, Neuroscience and Health, e professor da Faculdade de Música da Universidade de Toronto e da Faculdade de Medicina de Temerty.

"Normalmente, é muito difícil mostrar mudanças cerebrais positivas em pacientes com Alzheimer. Esses resultados preliminares, embora encorajadores, mostram uma melhora na integridade do cérebro, abrindo a porta para novas pesquisas sobre aplicações terapêuticas da música para pessoas com demência - músicos e não músicos, parecidos".

A equipe de pesquisa relatou mudanças estruturais e funcionais nas vias neurais dos participantes do estudo, principalmente no córtex pré-frontal, o centro de controle do cérebro onde ocorrem os processos cognitivos profundos. Os pesquisadores mostraram que expor os cérebros de pacientes com declínio cognitivo em estágio inicial à música autobiograficamente saliente ativou uma rede neural distinta - uma rede musical - composta por diversas regiões cerebrais que mostraram diferenças na ativação após um período de escuta musical diária. Diferenças também foram observadas nas conexões do cérebro e na substância branca, fornecendo mais evidências de neuroplasticidade.

"Intervenções baseadas em música podem ser uma intervenção viável, econômica e prontamente acessível para aqueles em declínio cognitivo em estágio inicial", disse a Dra. Corinne Fischer, autora principal, diretora de Psiquiatria Geriátrica do Hospital St. Michael's de Unity Health Toronto e professor associado da Faculdade de Medicina Temerty da U of T.

"Os tratamentos existentes para a doença de Alzheimer mostraram benefícios limitados até o momento. Embora estudos controlados maiores sejam necessários para confirmar os benefícios clínicos, nossos resultados mostram que uma abordagem individualizada e domiciliar para ouvir música pode ser benéfica e ter efeitos duradouros no cérebro".

Para o estudo, 14 participantes - oito não músicos e seis músicos - ouviram uma lista de reprodução com curadoria de músicas autobiograficamente relevantes e conhecidas por uma hora por dia ao longo de três semanas. Os participantes foram submetidos a ressonância magnética estrutural e funcional baseada em tarefas antes e depois do período de escuta para determinar as mudanças na função e estrutura do cérebro. Durante essas varreduras, eles ouviram clipes de músicas já conhecidas e compostas recentemente. Ouvida uma hora antes da digitalização, a nova música era semelhante em estilo, mas não tinha nenhum significado pessoal.

Quando os participantes ouviram a música recém-composta e ouvida, a atividade cerebral ocorreu principalmente no córtex auditivo, centrada na experiência auditiva. No entanto, quando os participantes ouviram música há muito conhecida, houve ativação significativa na rede profundamente codificada do córtex pré-frontal, uma indicação clara do envolvimento cognitivo executivo. Houve também um forte envolvimento nas regiões subcorticais do cérebro, áreas mais antigas minimamente afetadas pela patologia da doença de Alzheimer.

Os pesquisadores relataram diferenças sutis, mas distintas nas mudanças estruturais e funcionais do cérebro, associadas à audição de música em músicos em relação a não músicos, embora mais estudos em amostras maiores sejam necessários para verificar essas descobertas. A exposição repetida à música com saliência autobiográfica melhorou a cognição em todos os participantes, independentemente da musicalidade.

"Quer você seja um músico ao longo da vida ou nunca tenha tocado um instrumento, a música é uma chave de acesso à sua memória, seu córtex pré-frontal", diz Thaut.

"É simples - continue ouvindo a música que você amou durante toda a sua vida. Suas músicas favoritas de todos os tempos, aquelas peças que são especialmente significativas para você - fazem disso seu cérebro funcionar".

Este artigo se baseia em um estudo anterior no mesmo grupo de participantes que primeiro identificou os mecanismos cerebrais que codificam e preservam as memórias musicais em pessoas com declínio cognitivo em estágio inicial.

Em seguida, os pesquisadores planejam replicar o estudo em uma amostra maior e instituir uma forte condição de controle para investigar o papel da musicalidade na moderação das respostas cerebrais, e se é a música ou o conteúdo autobiográfico que induz mudanças na plasticidade.

 

Rubens de Fraga Júnior - professor titular da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná. Médico especialista em geriatria e gerontologia pela SBGG.

 

Fonte: Corinne E. Fischer et al, Long-Known Music Exposure Effects on Brain Imaging and Cognition in Early-Stage Cognitive Decline: A Pilot Study, Journal of Alzheimer's Disease (2021). DOI: 10.3233/JAD-210610


Nova prevalência de autismo representa aumento de 22% em relação ao estudo anterior

 

Divulgação
Uma em cada 44 crianças aos 8 anos de idade é diagnosticada com o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA); estudo anterior apontava uma em cada 54 crianças

O Centro de Controle de Doenças e Prevenção (CDC) dos Estados Unidos publicou, no dia 2 de dezembro, o mais recente estudo que discorre sobre a prevalência do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). De acordo com o relatório, uma a cada 44 crianças aos 8 anos de idade é diagnosticada com TEA nos EUA. O número representa um aumento de 22% em relação à pesquisa anterior, de 2020, cuja proporção era de 1 para 54. Numa transposição dessa prevalência (de 2,3% da população) para o Brasil, teríamos hoje cerca de 4,84 milhões de autistas no país. Porém, ainda não temos números oficiais de prevalência de autismo no Brasil.

Um segundo estudo do CDC, também trouxe outra perspectiva: depois de olhar para crianças de 4 anos nas mesmas 11 comunidades analisadas nos EUA, no primeiro relatório, os pesquisadores descobriram que houve progresso na identificação precoce de crianças com autismo. Essas crianças tinham 50% mais chances de receber um diagnóstico de autismo ou classificação de educação especial até os 4 anos, quando comparadas às crianças de 8 anos.

A Profa. Dra. Giovana Escobal e a Psicóloga Dafne Fidelis, profissionais que possuem sólida formação conceitual em pesquisa, atendimento e supervisão na área de Análise de Comportamento, explicam que os sintomas começam na infância e tendem a persistir na adolescência e na idade adulta. “Na maioria dos casos, as condições são aparentes durante os primeiros cinco anos de vida. Embora algumas pessoas com transtorno do espectro autista possam viver de forma independente, outras têm graves incapacidades e necessitam de cuidados e apoio ao longo da vida”, explicam.

Alguns atrasos no desenvolvimento da comunicação e dificuldades na linguagem podem ser sinais para um possível diagnóstico de Transtorno do Espectro do Autismo, necessitando de intervenção especializada. “Esse diagnóstico é feito por um médico especializado e quanto mais nova a criança for, mais cedo começam os tratamentos e melhores as chances de bons resultados. Quanto antes diagnosticar, melhor. Isso faz a diferença” dizem as especialistas Giovana Escobal e a Psicóloga Dafne Fidelis.

As profissionais esclarecem que, para um diagnóstico mais elaborado e fiel a condição da criança, é recomendando levar a um profissional capacitado para diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Ele poderá dar as respostas que procuram e, caso necessário, encaminhar para acompanhamento e tratamentos.


Sobre o Instituto Abacare

O Instituto Abacare, tem como diretoras a Profa. Dra. Giovana Escobal e a Psicóloga Dafne Fidelis, com sólida formação conceitual em pesquisa, atendimento e supervisão na área de Análise de Comportamento.  No instituto, são realizadas intervenções comportamentais, ensino, estágios, pesquisas, consultorias e capacitações, visando atender serviços em nível Municipal, Estadual e Federal. Com localização privilegiada o Instituto está instalado na Av. Carlos Consoni, 791, no bairro Jardim Canada em Ribeirão Preto.

Mais informações sobre acompanhamentos, cursos e consultorias podem ser encontradas por meio do site http://www.abacare.com.br/, ou através do Facebook e Instagram @institutoabacare.

 

O papel da cirurgia plástica no tratamento do câncer de pele, um dos mais comuns no Brasil

Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica ressalta a importância da prevenção a doença e como é a atuação da especialidade no tratamento

 

Dezembro é o mês de conscientização do diagnóstico e controle do câncer de pele, um dos mais frequentes no Brasil. O tipo denominado não melanona, por exemplo, corresponde a aproximadamente 30% de todos os tumores malignos do país, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca). E se detectado precocemente, tem altos percentuais de cura. Em relação ao tratamento, ele pode variar de acordo com a agressividade da doença, mas o direcionamento assertivo pode fazer toda a diferença nesse processo.

O cirurgião plástico, juntamente com uma equipe multiprofissional, tende a conseguir bons resultados nos procedimentos em razão do estudo e do treinamento que a especialidade oferece. "Fazemos a remoção cirúrgica de lesões cancerígenas e outras que a pele possa ter, utilizando técnicas que visam preservar tanto a saúde quanto a imagem do paciente", explica o Cirurgião Plástico Dr. Eduard Rene Brechtbuhl, Regente do Capítulo de Oncologia Cutânea e Hemangiomas da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) .

É importante ressaltar que o tratamento não é o mesmo para todos os pacientes, alguns vão exigir maior complexidade na ressecção e na reconstrução para obter o resultado desejado. Outro fato é que toda cirurgia gera cicatrizes e é neste ponto também a relevância do trabalho de um profissional capacitado para a realização desse procedimento. "O nosso objetivo é atenuar ao máximo as marcas da cirurgia por meio de técnicas de cirurgia plástica reparadora tentando evitar, dessa forma, alterar o aspecto físico, já que a maioria dos tumores de pele acometem na região da face", destacou Dr. Eduard, que ainda reitera: sabemos que a estética é importante para a função social do paciente, mas nosso primeiro olhar será sempre para a saúde, ou seja, tratar o câncer de pele".


DIAGNÓSTICO E CAUSAS

Assim como para todas as demais doenças, o alerta para o diagnóstico precoce também prevalece para o câncer de pele. É importante ficar atento às mudanças de texturas e manchas na pele, que são os primeiros sinais. Geralmente, o diagnóstico pode ser feito de forma ambulatorial por meio de exame clínico. "Esse tipo de câncer pode se manifestar como uma pinta ou mancha, geralmente rósea ou enegrecida, como um nódulo avermelhado ou como uma ferida que não cicatriza", diz Dr. Eduard, que também reitera o alerta sobre a exposição prolongado do sol. "Um dos principais fatores é expor a pele ao sol sem proteção e o perigo é ainda maior para pessoas de pele e olhos claros, ruivos ou com sardas, pois possuem maior sensibilidade".


SEGURANÇA DO PACIENTE:

A SBCP reforça sobre a importância de cirurgias plásticas serem realizadas por médicos especialistas habilitados, tanto em procedimentos estéticos como em cirurgias reparadoras, pois são profissionais capacitados para tais procedimentos.

Médicos especialistaspossuem formação sólida e específica, que envolve longos anos de estudo e pesquisa. Para se especializar em cirurgia plástica, por exemplo, são necessários ao menos 11 anos, sendo 6 anos para formação em medicina, 2 ou 3 anos de especialização em cirurgia geral e mais 3 anos para especialização em cirurgia plástica. Esse tempo de formação é o que assegura a qualificação e a formação científica do médico por meio de estudo científico, treinamento e aperfeiçoamento.


Câncer de pele: evolução em técnicas de remoção de tumores e reconstrução da pele melhora prognóstico de pacientes

Rede de Hospitais São Camilo SP apoia campanha Dezembro Laranja, ampliando a conscientização sobre a importância de hábitos preventivos no combate à doença


Uma pinta no nariz foi o primeiro sinal de alerta para Atair, de 61 anos, diagnosticado com carcinoma basocelular (CBC) em 2015. “A mancha era diferente das pintas comuns, coçava e não cicatrizava, por isso achei estranho e procurei um dermatologista.”

De acordo com o cirurgião plástico da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo Dr. Flávio Marques, o caso de Atair reflete a realidade das estatísticas. Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) indicam que a doença é responsável por mais de 180 mil novos diagnósticos por ano, sendo mais frequente entre os brasileiros e responsável por 30% dos cânceres diagnosticados no país.

Classificado entre dois tipos – melanoma e não melanoma –, dependendo do seu tipo histológico, o câncer de pele pode ter altos índices de cura quando diagnosticados e tratados precocemente.

“A busca por uma avaliação permitiu que Atair recebesse o diagnóstico em estágio inicial”, relata o especialista. Ele explica que o tipo não melanoma (carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular) representa cerca de 94% do total de casos de câncer de pele, acometendo principalmente pessoas com mais de 50 anos, de pele e olhos claros.

“A exposição crônica ao sol é a principal causa deste tumor, que pode se manifestar em qualquer parte do corpo, com maior frequência na pele do rosto e pescoço, que são as áreas comumente mais expostas”, destaca Dr. Flávio.

O tipo melanoma, por sua vez, embora com maior índice de mortalidade, é menos frequente. “Apesar de o diagnóstico de melanoma normalmente trazer mais medo e apreensão aos pacientes, as chances de cura aumentaram consideravelmente nos últimos 20 anos, pela detecção precoce da doença”, afirma o médico do Hospital São Camilo.

Segundo ele, a evolução da ciência em tratamentos e cirurgias de remoção e reconstrução possibilita resultados cada vez mais eficazes.



Evolução em diagnósticos e tratamentos

O São Camilo Oncologia foi pioneiro na implantação de um exame capaz de analisar profundamente pintas e sardas e realizar um mapeamento corporal total, permitindo detectar precocemente e evitar a progressão do câncer. No caso de Atair, Dr. Flávio realizou um exame de congelação peri-operatório para garantir margens livres de acometimento pela neoplasia.

A partir daí, o aperfeiçoamento constante das técnicas de reconstrução possibilita, atualmente, que a pele do paciente se aproxime o máximo possível da normalidade.

O cirurgião plástico explica que, ao remover o tumor, toda a área ressecada precisa ser reconstruída adequadamente. “Isso é importante não apenas na questão da saúde física do paciente, mas também para o resgate da sua autoestima e bem-estar”, ressalta.

“Quando soube que teria que remover o tumor, tive muito medo de como ficaria meu rosto, mas o resultado me surpreendeu. Tenho uma pequena marca, mas me sinto como se nunca tivesse tido câncer”, comemora Atair.

Já para pacientes que não podem ser submetidos à cirurgia, o tratamento é feito por outras modalidades terapêuticas. “Além dos tratamentos já utilizados para tratar carcinoma basocelular, em março deste ano, a Anvisa aprovou uma medicação que representa a esperança para pacientes cuja doença continuou progredindo mesmo após o uso das estratégias tradicionais”, finaliza o médico.



Dezembro Laranja

Com o objetivo de ampliar a discussão e conscientizar a população sobre a importância da prevenção ao câncer de pele, a Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo apoia a campanha Dezembro Laranja iluminando suas fachadas durante todo o mês.

Durante a campanha, a Instituição também fará divulgações voltadas a seus colaboradores, através dos canais internos. Já o público geral poderá conferir informações sobre prevenção, diagnóstico e formas de tratamento nas redes sociais da Rede.



Hospital São Camilo

@hospitalsaocamilosp


DEZEMBRO LARANJA E O CÂNCER DE PELE

O diagnóstico precoce e a prevenção são fundamentais no combate à doença

 

A campanha Dezembro Laranja, promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), é fundamental para estimular a prevenção e o combate à doença, que é resultante de alterações genéticas, ambientais e de fatores de estilo de vida. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a cada ano, são registrados cerca de 185 mil novos casos da doença. 

De acordo com Simone Neri, dermatologista, os tipos de câncer mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares. Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer de pele e registra 8,4 mil casos anualmente. Segundo a SBD, quando descoberto no início o câncer de pele tem mais de 90% de chance de cura. Por isso, a campanha é fundamental para alerta a população sobre o diagnóstico precoce e como se prevenir.

 

O Câncer de Pele 

O câncer de pele é uma condição de alta prevalência com etiologia multifatorial resultante de alterações genéticas, ambientais e de fatores de estilo de vida. No Brasil, entre todos os tumores malignos, os cânceres de pele apresentam as maiores incidências. Provocado pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele, os cânceres mais comuns são:

 

1. Carcinoma basocelular (CBC): o mais prevalente dentre todos os tipos, surge nas células basais, que se encontram na camada mais profunda da pele. Tem baixa letalidade e pode ser curado em caso de detecção precoce. Surgem geralmente em regiões expostas ao sol, como face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. Mais raramente, podem se desenvolver também nas áreas não expostas da pele. O aspecto clínico deste tipo de câncer é muito variável e pode apresentar-se como uma descamação, uma ferida ou até mesmo como um nódulo ulcerado. Somente um médico especializado pode diagnosticar e prescrever a opção de tratamento mais indicada.

 

2. Carcinoma espinocelular (CEC): O segundo mais prevalente dentre todos os tipos de câncer, se manifesta nas células escamosas, que constituem a maior parte das camadas superiores da pele. Pode surgir em todas as partes do corpo, embora seja mais comum nas áreas expostas ao sol, como orelhas, rosto, couro cabeludo, pescoço etc. Geralmente, está associado a áreas com danos solares como enrugamento e mudanças na coloração. 

“O carcinoma espinocelular é duas vezes mais frequente em homens do que em mulheres. Assim como outros tipos de câncer de pele, a exposição excessiva ao sol é a principal causa, mas não a única. Alguns casos da doença estão associados a feridas crônicas e cicatrizes na pele, além do uso de alguns medicamentos e exposição a certos agentes químicos ou à radiação. A apresentação clínica geralmente são lesões vermelhas na forma de machucados ou feridas grossas e descamativas, que não cicatrizam e sangram ocasionalmente. Eles podem ter aparência similar à das verrugas. Somente um médico especializado pode fazer o diagnóstico correto”, explica a Dra. Simone.

 

3. Melanoma: Esse é tipo menos frequente dentre todos os cânceres de pele. O melanoma tem o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade. Embora o diagnóstico de melanoma normalmente traga medo e apreensão aos pacientes, as chances de cura são de mais de 90%, quando há a detecção precoce da doença. Ele pode se apresentar como uma pinta ou sinal na pele, em tons acastanhados ou enegrecidos. 

É muito importante observar a própria pele constantemente, e procurar imediatamente um dermatologista no caso de alterações. Essas lesões podem surgir em áreas difíceis de serem visualizadas pelo paciente, embora sejam mais comuns nas pernas, em mulheres; no tronco, em homens; e no pescoço e rosto em ambos os sexos. Além disso, vale lembrar que uma lesão considerada “normal” para um leigo, pode ser suspeita para um médico. 

Pessoas de pele clara e que se queimam com facilidade quando se expõem ao sol têm risco maior de desenvolver a doença. O melanoma tem origem nos melanócitos, as células que produzem melanina, o pigmento que dá cor à pele. Normalmente, surge nas áreas do corpo mais expostas à radiação solar. Nos estágios iniciais o melanoma se desenvolve apenas na camada mais superficial da pele, o que facilita a remoção cirúrgica e a cura do tumor.

 

Nos estágios mais avançados, a lesão é mais profunda e espessa, o que aumenta a chance de se espalhar para outros órgãos diminuindo as chances de cura.  Por isso, o diagnóstico precoce do melanoma é fundamental. Embora apresente pior prognóstico, avanços na medicina e o recente entendimento das mutações genéticas, que levam ao desenvolvimento dos melanomas, possibilitaram que pessoas com melanoma avançado tenham hoje um aumento na sobrevida e na qualidade de vida. 

A hereditariedade é um dos fatores do câncer de pele do tipo melanoma. Por isso, familiares de pacientes diagnosticados com a doença devem se submeter a exames preventivos regularmente. O risco aumenta quando há casos registrados em familiares de primeiro grau. 

Para auxiliar na identificação dos sinais perigosos siga a Regra do ABCDE. Mas, em caso de sinais suspeitos, procure sempre um dermatologista. Nenhum exame caseiro substitui a consulta e avaliação médica.

 

Sinais perigosos siga a Regra do ABCDE:

 

Assimetria: se uma metade da lesão for diferente da outra;

Bordas irregulares: quando o contorno da pinta ou mancha não for regular;

Cor: sinais, pintas ou manchas com cores diferentes;

Diâmetro: pintas ou manchas com um diâmetro maior que 6 mm;

Evolução: qualquer tipo de mudança no tamanho ou cor.

 

Dicas para evitar o Câncer de Pele:

Exposição solar: Ao sair ao ar livre, procure ficar na sombra, principalmente no horário entre 10h e 16h, quando a radiação UVB é mais intensa. Use sempre protetor solar com fator de proteção solar (FPS) 30 ou maior.

 

Uso correto do protetor solar:

O produto deve ser aplicado ainda em casa, e reaplicado ao longo do dia a cada 2h. Aplique o equivalente a uma colher de chá rasa para o rosto e três colheres de sopa para o corpo. O filtro solar deve ser usado todos os dias, mesmo quando o tempo estiver frio ou nublado, pois a radiação UV atravessa as nuvens.

 

Roupas:

Hoje, é possível complementar as estratégias de foto proteção com outros mecanismos como, por exemplo, roupas, chapéus e óculos apropriados.

 

Melhor fator de proteção:

Um filtro solar com FPS 30 é capaz de evitar queimaduras e proteger o usuário

dos raios emitidos pelo sol que penetram profundamente na pele e que causam um dano progressivo às células.

 

Como escolher:

Segundo o consenso de foto proteção da Sociedade Brasileira de Dermatologia é aconselhável que os filtros solares tenham no mínimo FPS de 30. Porém, se você tiver pele clara, de preferência aos filtros com FPS de no mínimo 60, que certamente a sua pele estará mais protegida. “Como prevenir é sempre o melhor remédio, evite os fatores que desencadeiam o câncer de pele usando filtros solares com regularidade”, finaliza a Dra. Simone Neri.


Novo tratamento imunobiológico para Asma Grave é incorporado ao SUS e será disponibilizado gratuitamente no país

Tratamentos também foram incorporados ao rol de terapias da ANS


Os brasileiros diagnosticados com Asma Grave têm motivos para comemorar. Após ganhar a cobertura obrigatória dos planos de saúde, em abril deste ano, tratamentos à base de imunobiológicos passarão a ser disponibilizados gratuitamente no país. Este é mais um importante passo na ampliação do acesso às terapias inovadoras para o controle da doença. Um grande avanço.

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) aprovou o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Asma no Sistema Único de Saúde (SUS). O documento insere novas tecnologias no tratamento da doença, bem como mecanismos de controle clínico, acompanhamento e verificação de resultados terapêuticos a serem seguidos pelos gestores da rede pública de saúde.

O superintendente da associação de pacientes Crônicos do Dia-a-Dia (CDD), Gustavo San Martin Elexpe Cardoso, reforça a importância da aprovação do PCDT. "Ao longo dos últimos oito anos, período em que o PCDT não foi atualizado, o tratamento da Asma evoluiu muito. Durante esse período, a asma vitimou cerca de 7 indivíduos por dia no Brasil. A atualização do PCDT passa a oferecer opções para todos os tipos de pacientes, o que é um preditivo positivo para reduzir esse alarmante dado. Disponibilizar tratamentos que controlem a doença, sobretudo no asmático grave, permite reduzir efeitos colaterais e melhorar a qualidade de vida do indivíduo e de toda a família", afirmou Gustavo.

A atualização do PCDT é um importante passo e um marco na evolução do tratamento da doença no Brasil. A maioria dos pacientes serão beneficiados pelas opções terapêuticas e critérios de diagnóstico e tratamento atualizados.

Para a presidente da Associação Brasileira de Asma Grave (Asbag), Raissa Cipriano, "a falta de informação e o direcionamento tardio para um especialista são obstáculos na jornada do paciente com Asma Grave". Enquanto as crianças levam, em média, um ano entre os primeiros sintomas e o diagnóstico, os adultos demoram cerca de 4 anos.

G., 8 anos, filha de Raissa, sofre dos sintomas desde os primeiros meses de vida, mas só teve o diagnóstico de Asma Grave aos 2 anos. "Passamos por vários médicos, inúmeras crises, 32 internações e a necessidade de uso constante de oxigênio. Foi apenas com 4 anos que ela recebeu o tratamento adequado. Hoje, tem uma vida normal, corre, brinca, vai à escola, mas antes se cansava para falar, ir do sofá da sala ao banheiro e não conseguia alcançar a irmã mais nova nas brincadeiras", conta Raissa. "Estamos sempre em busca de tratamentos mais eficazes e a liberação dos imunobiológicos representa uma revolução no controle da doença, permitindo ao paciente ter melhor qualidade de vida e saúde, maior liberdade para realizar as atividades que deseja e traz maior conforto aos pais, afinal só quem têm crianças com Asma Grave sabe como os cuidados começam do raiar do dia e seguem muitas vezes pela madrugada", acrescentou a mãe.


Sobre a Asma Grave

Segundo a Organização Mundial da Saúde, em 2021, 300 milhões de pessoas no mundo vivem com Asma, sendo que de 3% a 10% desses pacientes têm Asma do tipo Grave. No total, ocorreram mais de 46 mil mortes relacionadas à doença globalmente. No Brasil, cerca de 20 milhões de pessoas convivem com diferentes formas desta doença respiratória, de origem inflamatória. A Asma é a terceira ou quarta causa de hospitalizações pelo SUS, conforme o grupo etário, tendo em média 350.000 internações anualmente. Uma das principais medidas para o controle da Asma é o tratamento adequado de acordo com a gravidade da doença e a adesão do paciente ao tratamento.

Os imunobiológicos mudaram o manejo de várias doenças crônicas, caso da Asma Grave. De última geração, os medicamentos biológicos são indicados para tratar os casos da doença que não respondem ao tratamento convencional.

 

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