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segunda-feira, 6 de setembro de 2021

"Pais devem se educar para saber como educar os filhos", garante filósofo Fabiano de Abreu

Especialista em estudos da mente humana, Fabiano de Abreu constrói mais uma teoria educacional que revela a rebeldia da criança


Não é difícil encontrar pais que  acreditam que acharam o padrão de sucesso para criar os filhos. O problema é que muitas dessas estratégias são baseadas nas vivências e na opinião pessoal dos pais, sem levar em consideração que crianças também possuem personalidade, quereres e em alguns casos até  opinião. Mas e quando os pais também não têm condutas coerentes? E se os filhos possuem um grau de compreensão tão elevado que já não obedecem só por obedecer? Como evitar conflitos e encontrar uma educação equilibrada? 

O filósofo, jornalista, psicanlista e escritor Fabiano de Abreu aponta que educar dentro do próprio princípio sem a busca de uma lógica e um entendimento amplo sobre as razões do filho pode acarretar problemas de mal comportamento e incompreensão. “Para educar alguém precisamos educar a nós mesmos. Muitos pais esquecem que os comportamentos dos filhos são o reflexo dos próprios comportamentos, funcionamos muito como espelhos, uma base”, explica.

Levando em consideração essa lógica, uma criança rebelde não deixará de ser rebelde apenas por ser repreendida. O progenitor ou quem estiver encarregado da sua educação deve tentar entender o motivo da rebeldia e conseguir remediar de forma racional. Deve ainda, desbravar caminhos para que a própria criança possa compreender e, por vontade própria, tentar mudar o seu comportamento, defende o especialista.

 

Lidando com filhos acima da média

Não são apenas crianças rebeldes que tendem a ser problemáticas quando o assunto é educar. Aprender a lidar com uma criança acima da média também pode ter seus poréns. Um exemplo é a criança com um cognitivo avançado devido à sua alta inteligência numa idade que não tem experiência ainda para ter consciência do seu comportamento.

Fabiano elucida que esse tipo de filho vive uma dualidade: experiência vs inteligência com o cognitivo baseado nesta inteligência. “Portanto, o seu comportamento pode ser entendido de uma forma diferente e assim, o adulto não sabe lidar com esta educação”, aponta. 

Outro fato é que crianças inteligentes tendem a mentir, o que não necessariamente é um padrão de comportamento mau. “A mentira faz parte do mundo infantil, por conta da fantasia, do pensamento mágico. Usar a inteligência para mentir manipulando, os que a amam para obter o resultado final a seu favor é completamente natural. Deve existir, contudo, alguém que identifique os excessos e saiba delimitar, cortar e impor limites para proteger essas crianças delas mesmas”, defende Fabiano. 

Possuir uma inteligência mais avançada também pode fazer com que pais negligenciem a criação dos filhos. “Ser inteligente não significa que a criança não precise ser guiada, amada e educada. Não devemos acreditar que se a criança é inteligente, o tempo junto com a sua inteligência a fará se auto educar ou ela, sozinha, encontrará uma forma para ter um bom futuro. Traumas ou uma má educação na infância refletem-se nos problemas desta criança quando se tornar adulto”, alerta.

Fabiano defende que a inteligência pode sim ser responsável pela auto educação e percepção do que é melhor para si, mas nunca sem supervisão e limites impostos. A criança tem que sentir que o mundo não gira em torno dela, que há mais para além da sua existência e que para cada escolha ou ato há uma consequência. “Ensinar a saber lidar com as perdas e com os ganhos, saber dosear a excitação e a frustração é um dos principais papéis dos pais”, defende.

O adulto, ao educar, não se deve deixar cegar. A inteligência emocional é uma presença constante entre pais e filhos, para o bem e para o mal e, muitas vezes, os pais não enxergam verdadeiramente as situações que têm perante si, garante o filósofo. “O emocional pode atrapalhar com toda a certeza, e por vezes é preciso criar um pouco de distância para compreender as problemáticas. Temos que contribuir para que o seu futuro seja bom, recheado de bastantes conquistas sempre vinculadas ao uso pleno da sua inteligência e capacidades”, recomenda.

 

Para entender melhor:

Cognitivo: é uma expressão relacionada ao processo de aquisição de conhecimento. O processo cognitivo envolve diversos fatores e nuances dentro do conhecimento e das percepções através da arquitetura da mente — memória primitiva, o inconsciente, o sobre inconsciente, o pré consciente e o consciente. A experiência é parte relevante no desenvolvimento do cognitivo. 

Inteligência: É genética e se configura com características muito próprias desde o nascimento. Uma pessoa de grande inteligência tende a ser um intelectual e intelectual é quem tem e busca conhecimento de determinados temas.   

Intelecto: pode ser trabalhado e desenvolvido dentro do conhecimento adquirido e da experiência.

 

Crianças inteligentes cometem ações surpreendentes para os outros e normais para elas mesmas

Primeiramente vamos entender o verdadeiro significado das palavras para mergulhar na profundidade dos conceitos onde encontramos o lar do conhecimento, da consciência e da razão.

Cognitivo é uma expressão relacionada ao processo de aquisição de conhecimento. O processo cognitivo envolve diversos fatores e nuances dentro do conhecimento e das percepções através da arquitetura da mente.  Falamos de memória primitiva, o inconsciente, o sobre inconsciente, o pré consciente e o consciente. Pensamentos, linguagem, percepção, memória, raciocínio entre muitos outros fatores como comportamento, personalidade e etc., que fazem parte do desenvolvimento intelectual. A experiência é parte relevante no desenvolvimento do cognitivo.

A inteligência é genética e é diferente de intelecto. O intelecto pode ser trabalhado e desenvolvido dentro do conhecimento adquirido e da experiência. A inteligência é algo que possuímos com características muito próprias desde que nascemos. Uma pessoa de grande inteligência tende a ser um intelectual e intelectual é quem tem e busca conhecimento de determinados temas. 

Agora que sabemos o significado das palavras podemos nos aprofundar mais ainda neste linha de conhecimento. Por vezes, ter noções mais corretas e fiéis de certas características e comportamentos ajuda os pais a lidar com os seus filhos de uma outra forma, entendendo algumas das problemáticas nos seus sentidos mais amplos e ao mesmo tempo compreender que o que parece nem sempre o é.

 

“Para educar alguém precisamos educar a nós mesmos”

Eu sempre digo que para educar alguém precisamos educar a nós mesmos. Muitos pais educam os seus filhos dentro do próprio princípio sem a busca de uma lógica e um entendimento amplo sobre as razões do filho. Não esqueçamos que muitas das vezes os comportamentos dos nossos filhos são o reflexo dos nossos próprios comportamentos, funcionamos muito como espelho, somos a base.

Uma criança rebelde não deixará de ser rebelde apenas por a repreendermos. O progenitor ou quem estiver encarregado da sua educação deve tentar entender o motivo da rebeldia e conseguir remediar de forma racional. Deve desbravar caminho para que a própria criança possa compreender e, por vontade própria, dentro do convencimento tentar mudar o seu comportamento. 

Uma criança inteligente, de alto QI, tem o cognitivo mais desenvolvido que muitas outras crianças do seu ciclo, diferenciando-se assim do comportamento natural das demais e desta forma se sentir incompreendida. Observamos muitas vezes que este tipo de criança é quase um camaleão mesmo que inconscientemente. Ela adapta-se quase instantaneamente ao local e à pessoa com quem se encontra de forma a se integrar. Consegue ser criança mas também ser mais adulta se a ocasião assim o pedir. Mudam os assuntos, a forma de estar e comportar, a forma de falar e de ocupar o espaço. Não deixa de ser também uma manipulação constante e da qual elas não têm verdadeira consciência.

Uma criança com um cognitivo avançado devido à sua alta inteligência numa idade que não tem experiência ainda para ter consciência do seu comportamento, vive uma dualidade: experiência vs inteligência com o cognitivo baseado nesta inteligência. Portanto, o seu comportamento pode ser entendido de uma forma diferente e assim, o adulto não saber lidar com esta educação.

Crianças inteligentes tendem a mentir, mas também não podemos confundir a mentira crua com manipulação. A mentira ou mentirinha, pode ser uma forma de manipular para conquistar de forma inteligente. Nesta situação os adultos têm a capacidade de distinguir pois a criança ainda não tem a experiência necessária para que possa fazer uma melhor manipulação e cairmos nela. Mentir não é necessariamente um padrão de comportamento mau.

A mentira faz parte do mundo infantil, por conta da fantasia, do pensamento mágico.

Usar a inteligência para mentir manipulando, os que a amam para obter o resultado final a seu favor é completamente natural. Deve existir, contudo, alguém que identifique os excesso e saiba delimitar, cortar e impor limites para proteger essa criança dela mesma.

Comportamento rebelde pode ser um aviso de uma falta que precisa ser suprida. A rebeldia é o resultado da independência programada da criança até mesmo como resposta de querer ser como o adulto e acreditar que este posicionamento o iguala.

Ser inteligente não significa que a criança não precise de ser guiada, amada e educada.

Não devemos acreditar que se a criança é inteligente o tempo junto com a sua inteligência a fará se auto educar ou ela, sozinha, encontrará uma forma para ter um bom futuro. Traumas ou uma má educação na infância refletem-se nos problemas desta criança quando se tornar adulto.

Se queremos o melhor para os nossos filhos ou os nossos educandos, devemos ter inteligência para saber lidar com eles e ajuda-los para que possam ser adultos plenos e grandes profissionais. Ter o resultado que pretendemos começa a partir da educação dada desde a infância.

A inteligência pode sim ser responsável pela auto educação e percepção do que é melhor para si mas nunca sem supervisão e limites impostos. A criança tem que sentir que o mundo não gira em torno dela, que há mais para além da sua existência e que para cada escolha ou ato há uma consequência. Ensina a saber lidar com as perdas e com os ganhos, saber dosear a excitação e a frustração é um dos principais papéis dos pais. O adulto ao educar não se deve deixar cegar. A inteligência emocional é uma presença constante entre pais e filhos, para o bem e para o mal e, muitas vezes, os pais não enxergam verdadeiramente as situações que têm perante si. O emocional pode atrapalhar com toda a certeza, e por vezes é preciso criar um pouco de distância para compreender as problemáticas. Temos que contribuir para que o seu futuro seja bom, recheado de bastantes conquistas sempre vinculadas ao uso pleno da sua inteligência e capacidades.

 

 

Fabiano de Abreu Rodrigues - jornalista, empresário, escritor, filósofo, poeta, personal branding e psicanalista luso-brasileiro.


A depressão no subconsciente

Entenda como a hipnose pode intervir positivamente


A depressão, também chamada de Transtorno Depressivo Maior (TDM) é um problema grave que pode ser fatal e afeta mais de 11,5 milhões de brasileiros, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O problema tem sintomas como: insônia ou excesso de sono, isolamento, mudanças de humor, falta de interesse, tristeza persistente e, em casos extremos, pensamentos suicidas.

“O depressivo que procura tratamento já dá o maior passo em direção à sua melhora. Nunca se pode dispensar o diagnóstico e acompanhamento psicológico ou psiquiátrico, porém, a hipnose pode ser uma boa opção, pois não trata apenas a doença no momento que se encontra e sim a causa”, conta Madalena Feliciano, hipnóloga.

Não há causa conhecida para a depressão, existem pessoas que indicam pré-disposição hereditária ou biológica, assim como aqueles que acabam desenvolvendo a doença por algum acontecimento específico.

“Com a hipnose, partindo do pensamento que o paciente adquiriu a depressão em determinado momento, pois não nasceu com ela, há um motivo para que tenha acontecido”, relata.

Por mais que o paciente não saiba qual é a razão, o subconsciente grava cada memória de nossas vidas. Através da regressão, é possível descobrir, identificar e interferir no que está causando essa mudança mental.

“Uma nova interpretação daquela memória que pode ter sido traumática traz também sentimentos diferentes para como o depressivo vê a vida agora”, explica Madalena.

É possível superar a depressão, contanto que você procure auxílio. Ter sua própria mente de volta é algo que todo pessoa merece, assim como viver com qualidade.

 

 

Madalena Feliciano - Gestora de Carreira e hipnóloga

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Professor Aprígio Gonzaga 78, São Judas, São Paulo - SP.


Setembro Amarelo: mitos, verdades e os sinais do comportamento suicida


O suicídio continua sendo uma das principais causas de morte em todo o mundo, de acordo com as últimas estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicadas recentemente no relatório “Suicide Worldwide in 2019”. Todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama. Em 2019, mais de 700 mil pessoas morreram por suicídio: uma em cada 100 mortes. No Brasil, o número de mortes por suicídios aumentou 12% em quatro anos. Em 2015, foram 11.736 notificações ante 10.490 registradas em 2011, segundo dados do Ministério da Saúde.

 

O comportamento suicida envolve uma complexa interação de fatores psicológicos e biológicos, inclusive genéticos, culturais e socioambientais, segundo o psiquiatra Dr. Adiel Rios, pesquisador do Instituto de Psiquiatria da USP e do Laboratório Interdisciplinar de Neurociências Clínicas da UNIFESP. “Estima-se que de 15 a 25% das pessoas que tentam suicídio cometem nova tentativa no ano seguinte, e 10% conseguem consumar o ato em algum momento no período de 10 anos, compreendido entre a tentativa anterior e o suicídio consumado. Ao longo da vida, de cada 100 pessoas, 17 chegam a pensar em suicídio”, relata Dr. Adiel.

 

Entretanto, o psiquiatra explica que o ato suicida nem sempre envolve planejamento, ou seja, em muitos casos, a pessoa pode cometer suicídio por impulso, sem ter demonstrado previamente a intenção. “O grupo de maior risco é o das pessoas que já tentaram o suicídio. Apenas uma em cada três delas chega ao pronto-socorro, recebe o primeiro atendimento, mas nem sempre é encaminhada para serviços de saúde mental, onde pode receber cuidados adequados. Sem isso, a maioria pode voltar a tentar o suicídio”.


 

Depressão: principal causa de suicídio


Um estudo realizado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) apontou um aumento de 90,5% nos casos de depressão entre os brasileiros, desde o início da pandemia. A doença, tida como uma das mais incapacitantes do mundo pela OMS, é a principal causa de suicídio, seguida pelo transtorno bipolar e abuso de substâncias.

 

“A depressão pode ser resultado de alterações nos neurotransmissores do cérebro (como a serotonina, a noradrenalina e a dopamina, responsáveis pela sensação de prazer e bem-estar) ou de fatores como genética, problemas pessoais graves, traumas, abuso de substâncias lícitas e ilícitas, entre outros, gerando um quadro debilitante e difícil de lidar sem ajuda”, explica a Dra. Danielle H. Admoni, psiquiatra na Escola Paulista de Medicina UNIFESP e especialista pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria).

 

Segundo Flávia Teixeira, psicóloga, mestre em Saúde Coletiva pela UFRJ, professora de pós-graduação em Psicologia Hospitalar na UFRJ e pós-graduada em Psicossomática Contemporânea; erros e preconceitos vêm sendo historicamente repetidos, contribuindo para a formação de um estigma em torno da doença mental e do comportamento suicida.

 

“Em pleno século XXI, numa era em que temos acesso facilitado a todo tipo de informação, o preconceito com as doenças mentais e com as terapias ainda persiste. O estigma resulta de um processo em que as pessoas passam a se sentir envergonhadas, excluídas e discriminadas. Isso acaba intimidando e impedindo pessoas portadoras de transtornos mentais a buscarem tratamentos adequados”, diz Flávia Teixeira.

 


Mitos sobre o comportamento suicida


Para auxiliar o entendimento e desmitificar o tabu em torno do assunto, a ABP listou os principais mitos acerca do comportamento suicida:


 

O suicídio é uma decisão individual, já que cada um tem pleno direito a exercitar o seu livre arbítrio


Falso. Os suicidas estão passando quase invariavelmente por uma doença mental que altera, de forma radical, a sua percepção da realidade, interferindo em seu livre arbítrio. O tratamento eficaz da doença mental é o pilar mais importante da prevenção do suicídio.


 

Quando uma pessoa pensa em se suicidar, terá risco de suicídio para o resto da vida


Falso. O risco de suicídio pode ser eficazmente tratado e, após isso, a pessoa não estará mais em risco.

 


As pessoas que ameaçam se matar só querem apenas chamar a atenção


Falso. A maioria dos suicidas fala ou dá sinais sobre suas ideias de morte. “De alguma forma, boa parte dos suicidas expressou seu desejo de se matar, seja para médicos, familiares ou amigos. Daí a importância de estar atento às alterações no comportamento do indivíduo em questão”, pontua Danielle Admoni


 

Se uma pessoa que pensava em se suicidar, em um momento seguinte passa a se sentir melhor, significa que o problema já passou


Falso. Se alguém cogitou o suicídio, mas depois aparenta estar tranquilo, não significa que tenha desistido da ideia. “Uma pessoa que decidiu tirar a própria vida pode se sentir aliviado simplesmente por ter tomado a decisão de se suicidar, passando aos outros a impressão de que já está tudo bem”, diz Adiel Rios.


 

Quando um indivíduo mostra sinais de melhora ou sobrevive a uma tentativa de suicídio, está fora de perigo


Falso. Um dos períodos mais perigosos é quando se está melhorando da crise que motivou a tentativa, ou quando a pessoa ainda está no hospital, após uma tentativa felizmente fracassada. A semana que se segue à alta do hospital é um período em que a pessoa está particularmente fragilizada. Como um preditor do comportamento futuro é o comportamento passado, a pessoa suicida, muitas vezes, continua em alto risco.


 

Não devemos falar sobre suicídio, pois isso pode aumentar o risco


Falar sobre suicídio não aumenta o risco. Muito pelo contrário. Falar com alguém sobre o assunto pode aliviar a angústia e a tensão que esses pensamentos trazem.

 


Sinais que merecem atenção


De acordo com Stella Azulay, Educadora Parental pela Positive Discipline Association e especialista em Análise de Perfil e Neurociência Comportamental; alguns sintomas e comportamentos podem sinalizar que uma pessoa precisa de ajuda. “Tristeza profunda e contínua, apatia, desânimo, perda do interesse pelas atividades que gostava de fazer, pensamentos negativos, alterações do sono, falta de libido e falta de apetite são sinais de alerta. O indivíduo pode ter dificuldade de perceber ou até de reconhecer que há algo de errado, especialmente no momento atual, em que muitos sintomas gerados pela pandemia podem se confundir com os de uma doença real”, pondera Stella Azulay. 

Segundo Flávia Teixeira, perceber as mudanças no próprio comportamento é um processo fundamental. “Vencer os preconceitos e buscar ajuda especializada são as melhores formas de tratar os transtornos mentais e recuperar o bem-estar e a qualidade de vida”, finaliza a psicóloga.


Como fica a saúde mental de quem investe todas as suas economias e perde tudo inesperadamente?


Nas últimas semanas as mídias foram invadidas por depoimentos e reportagens de pessoas que, acreditando no sonho do enriquecimento e da prosperidade financeira, investiram todas as economias financeiras, em muitos casos somas gigantes de uma vida inteira, e perderam tudo em função de investimentos monetários fracassados. Infelizmente, casos deste tipo são mais comuns do que podemos imaginar. E diante dessa enxurrada de histórias de tristeza e lamentação, vamos refletir como essa situação pode afetar psicologicamente um indivíduo e o que fazer quando essa realidade bate à sua porta.

 

O primeiro ponto que deve ser analisado é a facilidade que os indivíduos possuem de criar expectativas. Criamos expectativas em relação ao outro, ao futuro e em relação a nossas conquistas futuras. O grande problema é que nem tudo é previsível. E é exatamente esse o nosso maior ponto nevrálgico: sofremos por não controlar tudo. Quando algo foge ao nosso controle, entramos em estado de desequilíbrio que afeta tanto o comportamento, quanto o emocional.

 

Isso porque a necessidade em ter o controle das situações nas mãos é um sentimento intrínseco de nossa espécie. Tudo o que é externo e nos foge ao controle, gera insegurança e medo e nos faz sentir vulneráveis. E no caso em questão, estamos falando de uma situação de perda, muitas vezes perda de somas consideráveis. Fato é que, ninguém investe para perder, e quando isso ocorre entra em cena sensações incômodas como: a impotência, o fracasso e a culpa.

 

Emocionalmente falando, o indivíduo que perde suas economias e se frustra com o resultado negativo, se vê angustiado ao ponto de não conseguir sentir-se em paz, o que gera transtornos emocionais relevantes, como perda de sono, perda de apetite, estresse generalizado, ansiedade, tristeza profunda, depressão, síndrome do pânico e, em casos mais extremos, pode até chegar a atentar contra a própria vida.

 

Sim, a saúde financeira pode influenciar diretamente sua saúde mental. Elas são pilares fundamentais da qualidade de vida de qualquer pessoa. Portanto, não é possível tratar a saúde financeira sem levar em conta a saúde mental do indivíduo. Se por um lado, ter uma boa saúde financeira contribui para uma melhor qualidade de vida e, consequente, uma mente mais saudável e equilibrada, uma saúde financeira devastada, certamente, será acompanhada de distúrbios mentais.

 

Não há dúvidas de que uma boa saúde financeira irá contribuir para que a mente esteja em equilíbrio. Prova mais que certa, de que devemos estar sempre atentos a nossa saúde em todos os aspectos, financeira, mental e física. 

 

Outro ponto que deve ser observado aqui, é a sensação de fracasso e inutilidade que pode invadir a mente deste ser humano que se vê perdido e, muitas vezes até sem recursos. E dependendo das circunstâncias em que esse investimento tenha ocorrido, as chances de potencialização de um sentimento de inutilidade ou frustração, por sentir-se enganado, são grandes. Emoções que retroalimentam o estresse, levando o indivíduo a vivenciar sensações de cabeça pesada, irritabilidade, alterações de humor, entre outros gatilhos que justificam a desestruturação mental.

 

Um outro fator bem relevante de todo esse processo é que além da tristeza, do medo e da raiva, o indivíduo pode também carregar o sentimento de culpa. Uma culpa que distorce a realidade dos fatos e acelera o complexo de inferioridade, a baixa autoestima e a elevação do estresse. O que pode estimular que ele seja exteriorizado através de atitudes desesperadoras em busca da falsa ilusão do alívio e do auto perdão. Visto que, essa impotência também pode estar ligada a vergonha de se expor e mostrar sua fragilidade para parentes e amigos próximos.

 

Afirmo enfim que, as questões de ordem financeira alimentam diretamente os danos a mente e vice-versa. E se a saúde mental não estiver em dia, sua autoestima e autoconhecimento não estiverem preservados, certamente você poderá cair em falsas promessas motivadas por ganhos elevados, sem análise adequada dos riscos de determinadas operações, gerando ainda mais ansiedade e depressão.

 

E o que fazer quando essa realidade se apresenta? O ideal é não se entregar a comportamentos e emoções, como: o mau humor, irritação, isolamento social, desatenção, falta de produtividade profissional, culpa excessiva e tristeza profunda. Se não tratado a tempo, essas questões podem levar a consequências mais desastrosas como o envolvimento em vícios como cigarro, álcool, comida e drogas ilícitas, na tentativa de descontar a frustração em excessos ou mesmo na tentativa de suicídios.

 

Infelizmente nem todos percebem que a frustração e a perda podem gerar doenças mentais. Culpa e vergonha camuflam o problema e ajudam o indivíduo a manter um disfarce mascarado socialmente. Mas a solução não é se culpar e se esconder.

 

Se o equilíbrio mental não acompanhar sua reorganização financeira e esse ciclo não promover o rompimento com a negação do problema, as questões vão retornar e você estará novamente em apuros, sem possibilidades de reversão. Não adiantar fugir dos problemas. Devemos encarar de frente para conseguir perceber sua dimensão e desta maneira, verificar de que forma poderão ser solucionados. 

 

Quando a mente busca um mínimo de equilíbrio ela consegue visualizar saídas muito eficazes para quitar as pendências. A solução pode ser cuidar da situação financeira e saúde mental ao mesmo tempo, e isso vale até mesmo para quem não está afogado em dívidas.

 

Enfim, sua saúde mental é muito valiosa e tudo o que possa vir a feri-la deve ser descartado e eliminado de seu cotidiano. Nada é mais saudável do que viver em paz com nossos pensamentos e sem o peso das cobranças e culpas, seja de que natureza for. A terapia pode contribuir para que o indivíduo aprenda a se organizar melhor, em ações e pensamentos. Sabemos que quando estamos desajustados internamente, o nosso exterior reflete este desajuste e potencializa nossas fragilidades e impulsos.

 

Saber lidar com seus recursos sem acreditar em falsas promessas e milagres financeiros impossíveis, é importantíssimo para se ter uma vida tranquila e repleta de bem-estar. Não deixe que as questões finanças estraguem sua saúde mental e nem o contrário.

 

Seja dono do seu planejamento e elabore estratégias para eliminar estes fantasmas e fique cada vez mais atento aos seus futuros investimentos, aliado sempre a uma ajuda profissional para que o equilíbrio emocional seja reestabelecido e sua saúde mental também não fique à deriva.

 

 

Dra Andréa Ladislau - Psicanalista Andréa Ladislau: doutora em psicanálise, psicopedagoga, palestrante, administradora, membro da Academia Fluminense de Letras, colunista do site UOL e de outros veículos importantes do país. 


No mês de combate ao suicídio, especialista alerta sobre a relação entre a depressão, a pandemia e as doenças reumatológicas



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Durante a pandemia, com o isolamento social, casos de depressão tornaram-se constantes entre pacientes crônicos. Para um paciente reumatológico, os problemas provenientes da privação foram exacerbados por um panorama clínico de pessoas que convivem diariamente com a dor.

As taxas de suicídio são mais elevadas entre pacientes com doenças crônicas em comparação com a população geral sem essas doenças. Quando levamos em consideração pacientes com dor crônica essa taxa chega a ser o dobro.

A doutora Jaqueline Lopes especialista na Cobra Reumatologia, alerta para o cuidado maior para com esses pacientes.

Portanto, neste Setembro Amarelo, destacamos a importância de abordar a depressão e o suicídio no contexto de pacientes portadores de alguma doença reumatológica.

Enquanto a COVID-19 ainda passava por muitas pesquisas para o entendimento da classe médica e cientifica, pacientes foram afetados por notícias desconexas e pelo medo do desconhecido, e cerca de 20% a 30% desses pararam suas medicações por conta própria. Dificuldade para dormir, cansaço, fadiga constante, rigidez muscular, sono não reparador e emoções negativas foram ainda maiores durante o isolamento, intensificando as queixas de dores.

 "Indivíduos com dor, apresentaram maior chance de depressão e uma das consequências mais sérias da depressão é o suicídio e a ideação suicida. Um estudo avaliando pacientes com artrite reumatoide identificou que 11% haviam experimentado ideação suicida." Ressalta a Dra. Jaqueline Lopes

As mudanças de hábitos também foram decisivas para que o quadro se agravasse, pois, além do sedentarismo, o uso de bebidas alcoólicas e de tabaco para compensar frustrações, não só pioraram as dores e desconfortos físicos, como também agravaram as questões psicológicas, reforçando gatilhos que podem levar ao suicídio.

Infelizmente, o diagnóstico de depressão e o tratamento ainda é muito negligenciado. Um estudo realizado no Canadá mostrou que menos da metade das pessoas com depressão grave e reumatismo havia consultado um profissional de saúde mental. 

A especialista da Cobra Reumatologia enfatiza que para o quadro não evoluir para fatores críticos, é necessário também o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, como um psicólogo e psiquiatra, bem como o apoio incondicional da família.

 


Dra. Jaqueline Lopes - Graduada em Medicina pela Universidade Federal do Mato Grosso (2001), Jaqueline Barros Lopes tem residência em Clínica Médica (HUJM), residência em Reumatologia (FMUSP), é especialista pela Sociedade Brasileira de Reumatologia e tem Doutorado em Reumatologia com ênfase em Osteoporose (FMUSP). Hoje, é diretora cientifica da renomada Cobra Reumatologia.


Setembro vermelho: entenda mais sobre as doenças cardiovasculares

No mês marcado pelo Dia Mundial do Coração (29), o Instituto Opy reforça a importância dos cuidados preventivos com a saúde cardiovascular e destaca a atenção nos primeiros mil dias de vida.

 

As doenças cardiovasculares estão inseridas no grupo das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT´s) e seguem liderando as estatísticas de mortalidade no Brasil. Dados do Ministério da Saúde de 2020 revelam que as doenças do coração estão entre as principais causas de morte entre os brasileiros, com cerca de 30% do total de óbitos, equivalente a 400 mil por ano.

Recém-lançado, o Instituto Opy de Saúde, braço filantrópico da Opy Health, atua na promoção da saúde com foco principal na prevenção de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs) e no cuidado dos primeiros 1000 dias de vida (período que vai da gestação aos 2 anos de idade), fomentando projetos e apoiando soluções de impacto na atenção primária da saúde pública. Ajudar na redução da prevalência das DCNTs, inclusive de doenças cardiovasculares, é um dos focos do Instituto Opy de Saúde, que reforça a importância da campanha "Setembro Vermelho" sobre conscientização, prevenção e tratamento dos problemas no coração.

De acordo com a diretora-presidente do Instituto, Flavia Antunes, apesar de os genes herdados influenciarem no surgimento das DCNTs, muitos casos podem ser evitados. "A prevenção tem um papel fundamental para evitar problemas do coração. Embora a genética tenha um peso grande, os maiores fatores de risco ainda são o sedentarismo, a má alimentação, a falta de identificação de pacientes, e, consequentemente, seu acompanhamento", esclarece Flávia, ressaltando que o colesterol alto, hipertensão, tabagismo, diabetes são alguns fatores que aumentam o risco de um evento cardiovascular, todos associados aos hábitos do dia a dia.

Outro ponto importante analisado por Flavia está ligado aos cuidados durante os primeiros 1000 dias de vida. "O período é conhecido como ‘intervalo de ouro’, quando se formam e se programam as células do corpo, e que gera impacto na saúde no curto e no longo prazo. A combinação de fatores genéticos com influências externas como alimentação, amamentação, medicamentos, quantidade de infecções, e prática de exercícios, vão dar o resultado final da equação, indicando mais ou menos risco daquela pessoa viver com obesidade, ter diabetes ou desenvolver doenças cardiovasculares.", alerta a diretora-presidente. "Por isso a adequada nutrição, incluindo o leite materno como prioridade até os 6 meses de idade, e o estilo de vida saudável são alguns dos melhores e mais elementares investimentos de saúde no início da vida."

Adicionalmente, a realização periódica de avaliação médica e exames específicos conforme faixa etária e gênero não pode ser esquecida no combate dessas doenças. Para a médica sanitarista e membra do Conselho de Administração do Instituto Opy, Catherine Moura, cuidar de forma integral e preventiva da saúde do coração é uma maneira eficaz de redução de riscos, melhoria da qualidade de vida em geral e de maior longevidade. "Precisamos investir em ações educativas continuadas para conscientização da população e em políticas públicas com foco na prevenção, promoção do bem-estar e vida saudável em todas as fases do ciclo de vida", destaca Catherine, que lembra que cuidar da saúde do coração controla doenças indesejáveis e pode salvar vidas. "Cuidar da saúde do seu coração pode significar anos adicionais de vida com mais qualidade e menos chance de adoecer", conclui Catherine.


Dor Crônica e Covid 19 - Muitas Dúvidas e Poucas Certezas

A Médica, Especialista em Tratamento da Dor pela AMB e Docente da Pós Graduação de Dor no Einstein-RJ, Dra. Amelie Falconi, Nos Esclarecer Pontos Importantes.


Os impactos causados pela pandemia, nós já conhecemos e são muitos, mas ainda existem áreas que geram muitas dúvidas nas pessoas e é pouco comentado: O aumento do número de casos de dores crônicas, tanto em consultório quanto em hospitais e o impacto no Tratamento da Dor nestes pacientes, devido a pandemia.

A Especialista em Tratamento da Dor, Dra. Amelie Falconi, referência na área, diz que durante este tempo foram observadas algumas situações entre os pacientes. Entre elas:

  • Pacientes com dor apresentaram exacerbação da dor já existente;
  • Desenvolvimento de dor crônica em pacientes que tiveram Covid19;
  • Desenvolvimento de dor crônica em pacientes que não foram contaminados.

O isolamento social e as restrições causaram uma dificuldade e manutenção do tratamento. O acesso às prescrições e reabilitação foram limitados, causando exacerbação das dores.

Pacientes que não foram infectados apresentaram uma maior prevalência de distúrbios do sono, estresse, sofrimento emocional, interrupção das atividades físicas, redução da mobilidade e mudanças nas relações familiares, impostas pelo home office e educação escolar dentro de casa. Isso foram fatores que influenciaram no desenvolvimento de dores crônicas na população – Explica a Dra. Amelie Falconi,

Além disso, os pacientes que se infectaram com Covid19 cursam com uma incidência de dores ainda maior, especialmente cefaleias, dores musculares e neuropatias. Não podemos nos esquecer da importância dos procedimentos intervencionistas da dor nesse tempo, mesmo agora, “quase” pós pandemia.

Dra. Ameli explica que os procedimentos são minimamente invasivos, permitem uma alta rápida do ambiente hospitalar e aliviam o sofrimento, evitando assim, que esses pacientes busquem os hospitais para controle da dor e sejam expostos ao vírus. Além disso, os procedimentos permitiram a alta precoce de pacientes que estavam internados por dores após a infecção com COVID -19.

O campo da dor crônica é um dos mais atingidos pela pandemia COVID-19, deixando muitos pacientes sobrecarregados com o sofrimento causado pelas dores e o tratamento em curso atrasado – Ressalta a Dra. Amelie Falconi.


Alguns Fatores De Risco Para O Desenvolvimento De Dor Crônica Em
Pacientes Que Tiveram COVID-19. 

  • Os pacientes que foram submetidos à muitos procedimentos dolorosos.
  • Na fase inicial, a covid acometeu a população mais idosa que, naturalmente, tem a saúde mais frágil, muitas vezes com outras doenças, tornando-se então, um grupo que já é alvo de dor crônica.
  • Quando os pacientes ficam imobilizados por muito tempo também é um fator de risco, isso porque há uma perda de massa muscular, podendo desenvolver um quadro de sarcopenia. Isso tudo leva a uma sobrecarga da estrutura esquelético-muscular e consequentemente causa muita dor, tanto muscular como articular.
  • Pacientes que na UTI, tiveram dificuldade de acesso à reabilitação, devido a grande demanda dos profissionais de fisioterapia terem ficado sobrecarregados com pacientes graves de ventilação mecânica.


Muito Se Fala Em Sequelas Respiratórias Associadas Ao COVID-19. Existem Outras?

Existe uma Síndrome que se chama Síndrome Pós-Terapia Intensiva, que se relaciona com várias disfunções físicas, cognitivas e psicológicas, presente em vários pacientes após a alta da UTI. A dor crônica costuma ser uma dessas disfunções. As estimativas de dor crônica após uma internação no CTI variam entre 14-77% - Explica a Dra. Amelie Falconi.

Levando isso em conta, além do grande número de pacientes internados em UTIs pelo COVID-19, pode ser que essa doença se torne mais um fator de risco para o desenvolvimento de dor crônica.

Dra. Amelie chama atenção para um fato importante: Em virtude de outras prioridades, a dor acaba sendo um sintoma frequentemente deixado para segundo plano nas UTIs. E se levarmos em conta que nessa situação de pandemia ocorreu uma demanda ainda maior das equipes, o problema se agravou.

Pacientes em UTI recebem muitos estímulos dolorosos ao longo do dia como aspiração de vias aéreas, mudanças de decúbito, troca de curativos, reposicionamento de tubo traqueal e outras intervenções. Além disso, muitos pacientes sobreviventes de COVD-19 ficam um período de tempo em sedação, imobilizados e em ventilação mecânica, causando fraqueza e fadiga, que sabemos, possui uma grande associação com a dor crônica. E mesmo em pacientes não internados em UTIS, sabemos que o COVID-19 está associado a diversos tipos de dores, entre eles mialgia, artralgia, dor abdominal, cefaleias, dores no peito e precisam ter um controle adequado dessas dores! – Conclui a Dra. Amelie Falconi

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Aneurisma mata ex-BBB. Você sabe o que é esta doença?

Neurocientista explica sobre a doença que vitimou a artista de apenas 43 anos e seus sintomas.

 

A ex-BBB Josiane Oliveira, participante da nona edição do programa, morreu no último sábado aos 43 anos, vítima de um acidente vascular cerebral (AVC). De acordo com sua família, ela estava fazendo tratamento de um aneurisma diagnosticado no final de 2020.

 

No entanto, situações como essa são de extrema gravidade para os pacientes. Para quem não conhece, “um aneurisma é uma protuberância causada por uma fraqueza na parede do vaso sanguíneo, geralmente onde ele se ramifica”, afirma o PhD, neurocientista, psicanalista e biólogo Fabiano de Abreu.

 

Os sintomas de um aneurisma também chamam a atenção pelos efeitos que causam no organismo, destaca Fabiano: “A pessoa sente uma dor de cabeça súbita e agonizante - tem sido descrita como uma ‘dor de cabeça trovão’, que é semelhante a um golpe repentino na cabeça. Ela resulta em uma dor cegante diferente de tudo o que já experimentou antes. Além disso, a pessoa fica com o pescoço duro, apresenta um quadro de vômitos, e sente dor até quando olha para a luz”, observa. Vale lembrar que as vítimas de um aneurisma cerebral precisam ser tratadas imediatamente, pois em muitos casos a demora no socorro pode levar à morte.

 

Existem alguns fatores agravantes que podem levar a essa enfermidade, reforça o neurocientista: “Fumar, ter pressão alta e um histórico familiar de aneurismas cerebrais certamente são fatores de risco em que a pessoa deve-se manter sempre atenta”, destaca. Sobre a relação entre o AVC e o aneurisma, Fabiano explica que “o primeiro ocorre quando há um vaso sanguíneo rompido ou o suprimento de sangue ao cérebro é bloqueado. Por mais que pareçam diferentes, o aneurisma cerebral pode ser uma causa do AVC, pois a parede enfraquecida está sujeita a ruptura. Apenas cerca de 20% dos aneurismas chegam a romper”, completa.



 

MF Press Global 


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